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Expansão de ciclovias impulsiona o turismo de bicicleta em São Paulo

domingo, 16 de novembro de 2014

Com cada vez mais quilômetros de ciclovias por São Paulo, os turistas, e também moradores que querem ver a cidade por outro ângulo, estão desbravando a capital sobre duas rodas em passeios oferecidos por agências de turismo. Elas apostam no forte apelo de marketing das bicicletas após a boa recepção dos paulistanos ao aumento das vias para ciclistas.

Desde junho estão sendo inauguradas novas ciclovias, e a cidade tem hoje 183,3 km de vias para bicicletas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A meta da Prefeitura de São Paulo é entregar um total de 400 km de novas ciclovias até o final de 2015. Os passeios oferecidos pelas agências já utilizam essas rotas, mas os trajetos não ficam restritos às ciclovias.

O aumento de ciclovias na cidade causou polêmica e debates acalorados nas redes sociais. Em meio à comemoração dos cicloativistas, comerciantes reivindicam calçadas livres para receber mercadorias, motoristas questionam o impacto no trânsito e moradores se preocupam com a falta de vagas para estacionar.

Mas pesquisa realizada pelo Ibope apontou que 88% dos paulistanos são favoráveis à criação de mais ciclovias na cidade. "O investimento nas ciclovias abriu um nicho de mercado, mas a curto prazo contamos mais com o marketing que ele oferece do que com o lucro", afirma Gustavo Angimahtz, fundador da agência Pediverde.

Segundo Wilson Poit, presidente da SPTuris, o cicloturismo urbano já é comum em metrópoles como Nova York, Londres e Buenos Aires. "São lugares com estrutura mais consolidada para bicicletas e que, posteriormente, passaram por um processo de transformação cultural para aceitá-las em seus cotidianos. A oferta de estrutura proporciona serviços especializados nesse tipo de público, como o turismo de bike", explica.

Pacotes
As agências paulistanas trabalham com guias bilíngues e, geralmente, a bicicleta e os equipamentos de segurança estão incluídos no pacote. O preço varia de R$ 30 a R$ 300 por pessoa, dependendo dos itens opcionais que os clientes queiram incluir no passeio. Mas há também o Bike Tour SP que pede apenas doação de alimentos não perecíveis.

Os trajetos podem ter de 3 km a 30 km e são realizados pela manhã ou à tarde. A duração é de até 4 horas, com paradas para visitas aos pontos turísticos. Algumas empresas oferecem rotas definidas, como a Infinity Tour, que apresenta o Centro Histórico. Outras, como a Bike Expedition, têm serviços personalizados.

Normalmente, os itinerários são percorridos por grupos de no máximo 12 pessoas. A bicicleta padrão, aro 26, é utilizada como referência para a participação no city tour, mas algumas agências têm bicicletas infantis para crianças ou permitem que elas acompanhem o passeio em cadeirinhas na bicicleta de adultos.

Além dos estrangeiros, que formam parte do público de cicloturismo em São Paulo, muitos moradores da cidade têm comprado pacotes, dizem as agências. “As novas ciclovias despertaram a curiosidade dos paulistanos, que agora parecem estar criando coragem para pedalar pela cidade”, afirma Angimahtz, da Pediverde.

Confira abaixo alguns pacotes oferecidos pelas agências de cicloturismo e escolha o seu roteiro para conhecer São Paulo pedalando:

Infinity Turismo
Diz atender em média 90 pessoas por mês. Oferece o pacote SP Ciclo Tour, criado antes dos investimentos em novas ciclovias na cidade e inspirado em passeios semelhantes realizados em Barcelona (Espanha) e Buenos Aires (Argentina).

Os cicloturistas saem da Estação da Sé e passam pelos principais pontos turísticos do Centro, como o Pátio do Colégio, o Mosteiro de São Bento, o Mercado Municipal, o Edifício Martinelli e o Teatro Municipal.

O passeio é para grupos de até 12 pessoas e inclui bicicleta, capacete e colete refletivo. “Gostaríamos de oferecer triciclos elétricos também, para pessoas com mobilidade reduzida, mas a falta de nivelamento das vias dificultaria o serviço”, explica Samir Reis, diretor da Infinity. A empresa estuda novos roteiros, focados na região do Bom Retiro e da Luz.
Duração: 3h
Percurso: 4,5 km
Preço: R$ 45 por pessoa
Mais informações: http://www.infinity.tur.br/

Bike Expedition
Para atender à demanda por cicloturismo urbano em São Paulo, a agência especializada em roteiros no exterior lançou, em 2008, o pacote Bike SP.edition. Um dos roteiros atravessa a região central da cidade, passando pela Avenida Paulista e pelo Mercado Municipal. A outra rota percorre a Marginal Pinheiros, passando pelos parques Ibirapuera, do Povo e Villa Lobos.
Foto: Gonzalo Cuéllar/HEY! SP
A Bike Expedition também oferece rotas personalizadas, focadas em temas como história, gastronomia ou cultura, dependendo do desejo do cliente. Bicicleta, capacete e van de apoio estão incluídos no pacote, que tem itens opcionais como filmagem, registro fotográfico e almoço.

Adriana Kroehne, que comanda a agência, conta que já fez passeios com grupos de até 200 pessoas. Nesses casos, o pacote exige aumento de segurança, carros de apoio, guias e ambulância.

Duração: entre 1h e 4h
Percurso: de 8 km a 30 km
Preço: de R$ 30 a R$ 300 por pessoa, dependendo da inclusão de itens opcionais

Hey! São Paulo
Os primeiros roteiros da HEY! São Paulo evitavam grandes avenidas devido ao risco de dividir a via com automóveis, mas a nova estrutura de ciclovias ampliou os percursos. Atualmente, a agência oferece quatro rotas principais, que são mais procuradas nos finais de semana. Porém, há opção de o cliente escolher tanto o percurso como a data do passeio.

O roteiro pelo Centro Histórico começa na Praça da Liberdade. Se a opção é visitar os grafites da Vila Madalena, o trajeto tem início na Praça Amadeu Amaral, na Bela Vista. Para conhecer a Vila Mariana, os cicloturistas se encontram em um hostel, e para realizar a Rota do Café, o ponto de encontro é a estação Consolação do metrô. A empresa oferece ainda um percurso pela Mooca, na Zona Leste, que começa na estação de metrô Belém. Outro, que vai até o Museu do Futebol, sai da Praça do Patriarca, no Centro.
Os passeios são com grupo de até sete pessoas e incluem bicicleta e equipamento de segurança. Cerca de 60 pessoas por mês fazem os passeios de bicicleta oferecidos pela agência.

Duração: 3h
Percurso: 10 km
Preço: R$ 70 por pessoa
Mais informações: http://heysaopaulo.com.br/

Pediverde
Há três anos trabalhando com cicloturismo por trilhas e rodovias no Brasil e no exterior, a agência pretende lançar em janeiro de 2015 um pacote de turismo por São Paulo em bicicleta. Sete roteiros já foram elaborados, e a agência promete fugir do tradicional, sem deixar de lado os pontos turísticos mais conhecidos.

Em princípio, os passeios serão realizados aos finais de semana em grupos de até 10 pessoas. A bicicleta e o equipamento de segurança ficam por conta do cliente.

Duração: até 4h
Percurso: entre 5 km e 15 km
Preço: ainda não definido
Mais informações: http://pediverde.com.br/

Bike Tour SP
Além dos pacotes de agências, há grupos que oferecem turismo de bicicleta gratuitamente. O Bike Tour SP é um trabalho social dos irmãos André e Daniel Moral, iniciado em 2013. O projeto chamou a atenção de empresas, que decidiram patrociná-lo. O dinheiro é investido na estrutura dos passeios.
Quem quiser participar precisa apenas contribuir com 2 kg de alimento não perecível, que são doados a uma ONG. O trajeto turístico tem sistema de audioguia – um equipamento acoplado ao capacete que informa ao ciclista dados e curiosidades sobre os locais visitados, conforme os monitores acionam o aparelho.

Quatro rotas em terreno plano são oferecidas aos finais de semana: Avenida Paulista, Centro Histórico, Avenida Faria Lima e Parque do Ibirapuera. Os passeios são realizados exclusivamente nas ciclofaixas. Bicicleta, capacete e equipamento de segurança estão incluídos no serviço. Cerca de 800 pessoas por mês fazem os passeios da Bike Tour SP, sendo 95% delas moradoras de São Paulo, segundo os organizadores. Crianças de 1 a 5 anos vão na cadeirinha e, a partir de 12 anos, em bicicletas infantis.

Duração: 1h15
Percurso: 3 km
Preço: 2 kg de alimento não perecível, que são encaminhados para a ONG Núcleo Assistencial Bezerra de Menezes (NABEM)
Mais informações: http://www.biketoursp.com.br/
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Informações: Vivian Reis
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Estação Fradique Coutinho do Metrô abre em SP após 4 anos de atraso

Após nove anos em obras, sendo quatro deles de atraso para a entrega, a Estação Fradique Coutinho do Metrô, foi inaugurada e aberta na manhã deste sábado (15) em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Ela integra a Linha 4-Amarela. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) participou da inauguração, marcada para 9h30.

O local também foi aberto ao público. Durante o evento houve protesto pacífico contra a construção de prédios em nascentes da Represa Billings, da Zona Sul da capital. O governador disse que aceita receber os 15 manifestantes para ouvir suas reclamações.

O horário de funcionamento da nova estação será igual ao de outras estações da linha: até a 1h no sábado e das 4h40 às 24h no domingo. Entre as próximas segunda-feira (17) e sexta-feira (17), o funcionamento ficará restrito das 10h às 15h para ajustes, segundo informou a concessionária Via Quatro. A partir do próximo sábado (22), voltará o horário normal.

A Estação Fradique Coutinho tem uma decoração colorida, numa alusão ao ambiente artístico do bairro, perto da Vila Madalena, que é conhecida pelo seu polo gastronômico, bares e agitada vida cultural.

A estação foi a primeira a abrir com banheiros. Nas demais estações as obras estão sendo contratadas. A previsão do Metrô é que 15 mil passageiros utilizem a Fradique Coutinho todos os dias.

A previsão inicial era de que a Estação Fradique Coutinho fosse inaugurada em 2010. Mas o acidente que abriu uma cratera em Pinheiros, em 2007, alterou o cronograma das obras da linha. Os trabalhos da estação começaram em março de 2012.

Para 2015 devem ser inauguradas as estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire. Em 2016, poderão ser as estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia.

Atualmente, são 78,4 km de linhas, incluindo o monotrilho da Linha 15-Prata, operado pelo Metrô, mas em fase de testes.

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Em Curitiba, Relação entre tarifa e salário mínimo permanece abaixo da média histórica

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Mesmo com o retorno da tarifa de ônibus na Rede Integrada de Transporte (RIT) para R$ 2,85, o peso do transporte em Curitiba e região em relação ao salário mínimo é o menor dos últimos 13 anos – com exceção dos primeiros 10 meses deste ano, quando a tarifa estava congelada.

Com a tarifa da tarifa da RIT – que inclui Curitiba e 13 municípios vizinhos – a R$ 2,85, o usuário que pagar 50 tarifas por mês vai gastar R$ 142,50 – o que equivale a 19,68% do salário mínimo, que é de R$ 724. É um percentual bem inferior à média do período 2012-2014, que é de 25,5%.

O percentual era de 18,65% desde janeiro deste ano, quando o salário mínimo teve reajuste e a tarifa permaneceu congelada. Mas, excetuando-se esse período, nunca foi tão baixo. Em abril de 2002, por exemplo, o custo de 50 tarifas equivalia a 35% do salário mínimo, e em maio de 2004 alcançou o maior patamar – 36,54% do salário mínimo.

“Ainda teremos uma das tarifas mais baixas do País, na comparação com o salário mínimo”, disse o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Júnior.

A tarifa de ônibus em Curitiba estava congelada há um ano e quatro meses – desde julho do ano passado, quando foi reduzida de R$ 2,85 para R$ 2,70. Por causa do congelamento, desde janeiro deste ano o custo de 50 tarifas estava em 18,65% do salário mínimo.

O retorno da tarifa ao valor de março de 2013 foi definido em conjunto entre Urbs e Coordenação da Região Metropolitana (Comec). A medida reduz a diferença entre o valor pago pelo usuário e o custo real do transporte, que atualmente exige um subsídio mensal de R$ 12 milhões. No total, de fevereiro do ano passado a outubro deste ano, foram destinados R$ 194 milhões dos cofres de Curitiba e do Estado para cobrir essa diferença.

Com a tarifa a R$ 2,85, a diferença para a tarifa técnica (que equivale ao custo real do transporte e é o valor repassado às empresas de ônibus) passa a ser de R$ 0,33 – valor que continuará sendo coberto por subsídio.

Até dezembro, a Prefeitura repassará mais R$ 5,7 milhões para completar a tarifa técnica e o governo do Estado outros R$ 13,6 milhões. A parcela do Estado é maior para cobrir a diferença do custo das linhas da região metropolitana de Curitiba, integradas com Curitiba, que chegam ao valor de R$ 4.

RIT

A Rede Integrada de Transporte tem uma frota operante de 1.945 ônibus que fazem, por dia, 21,5 mil viagens. A RIT transporta 2,3 milhões por dia e destes, 1,1 milhão são passageiros pagantes equivalentes sendo que 56% das passagens já são pagas com cartão transporte, índice que era de 53% até junho. Esse crescimento no uso do cartão transporte significa que R$ 300 mil deixam de circular em ônibus, estações e terminais, aumentando a segurança de usuários e operadores.

Informações: Urbs

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Goiânia deve ter outros 16 corredores de ônibus

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Foi dado o primeiro passo para a criação de 16 novos corredores do transporte coletivo de Goiânia, além dos 6 que já estão em fase de implantação. O Ministério das Cidades publicou no Diário Oficial da União do dia 5 uma portaria que incluiu os novos corredores da capital no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - Pacto da Mobilidade, destinando R$8,7 milhões para o estudo deles.

Essa foi uma reivindicação feita pelo prefeito Paulo Garcia (PT) em julho do ano passado, quando também foram solicitados recursos para a construção dos corredores preferenciais das avenidas T-7, T-9, T-63, 85, 24 de Outubro e Independência. Os recursos destinados às obras desses seis corredores, R$ 145.323 milhões, já estão disponíveis na Caixa Econômica Federal (CEF). A construção do corredor da T-7 está prevista para começar em janeiro do próximo ano, depois que for concluída a licitação para escolha da empresa que vai assumir a obra, e deve ser concluída em um ano.

As propostas destes concorrentes serão abertas dia 28 deste mês e, caso não haja nenhum problema, o contrato deve ser assinado em até 45 dias, afirma o coordenador de Implantação dos Corredores Preferenciais da Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC), Sávio Afonso. Até dia 20 de novembro a Prefeitura deve encaminhar à CEF a documentação exigida para liberação do processo licitatório dos outros cinco corredores preferenciais, que não têm previsão para o inicio das obras.

Esses seis corredores devem ter os canteiros centrais fechados e, em alguns pontos, estreitados; as calçadas vão ser reconstruídas e serão criadas ciclovias, ciclofaixas ou ciclorrotas ao longo corredor e em vias adjacentes.

Estudo

Já os 16 que foram incluídos no PAC ainda vão passar por um estudo que deve estabelecer como devem ser construídos. A portaria 701 autoriza justamente o estudo executivo dos corredores preferenciais, que vai ser realizado por empresas contratadas via licitação pública.

Fonte: O Popular

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Faixa exclusiva de ônibus tira duas toneladas de dióxido de carbono por dia

A criação das faixas exclusivas para ônibus na cidade de São Paulo ajudaram a reduzir níveis de poluição. No caso da estrutura montada no Corredor Norte-Sul, a medida tem retirado da cidade cerca de duas toneladas de dióxido de carbono diários da atmosfera.

A capital paulista criou mais de 350 quilômetros de faixas exclusivas desde o ano passado, e este projeto foi apresentado nesta segunda-feira (10) pelo prefeito Fernando Haddad durante plenária sobre o tema na 66ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em Campinas (SP).

“No Corredor Norte-Sul, que é o principal da cidade, são duas toneladas de dióxido de carbono a menos na atmosfera. Só pela diminuição da queima de diesel em único corredor, que tem em torno de 25 quilômetros. Nós fizemos mais de 350 quilômetros [de faixas exclusivas] e em uma, que é menos de 10% do total, o ganho ambiental é enorme”, disse Haddad.

O prefeito destacou ainda sobre a Lei de Incentivo à Zona Leste, a criação de duas centrais mecanizadas e a Parceria Público-Privada (PPP) da Iluminação Pública, que substituirá todo o parque por LED, mais econômica que o modelo atual.

No caso do Incetivo a Zona Leste, um dos ganhos em gerar emprego nas zonas afastadas do centro, é evitar grandes quantidades de deslocamentos, uma vez que existem poucos postos de trabalho nesta região.

A 66ª Reunião Geral da FNP reunirá cerca de 600 pessoas nos debates da que abordarão entre muitos temas, os desafios para o barateamento da tarifa do transporte coletivo urbano e o papel dos governos locais nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Fonte: Via Trolebus

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No Rio, Transcarioca também terá ônibus biarticulado

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Com capacidade para transportar 270 passageiros — o que equivale a cerca de quatro ônibus comuns —, o novo veículo biarticulado do BRT Transoeste, que liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz, está circulando desde segunda-feira durante o horário do rush. Atualmente, faz o trajeto entre as estações de Mato Alto e Alvorada sem paradas. O novo ônibus é formado por três carros (unidos por duas sanfonas) e tem 28 metros de comprimento. São dez metros a mais que os primeiros BRTs e cinco a mais que os articulados. Um outro veículo, com as mesmas dimensões do biarticulado, entrará em operação também no Transcarioca.
Foto Guito Moreto / Agência O Globo. - Guito Moreto / Fotos de Guito Moreto
Segundo o gerente geral do sistema BRT, Alexandre Castro, o novo ônibus serviu para agilizar a operação. Segundo ele, o aumento gradativo da extensão dos veículos ocorreu em sintonia com a demanda.

— Os fabricantes foram se adaptando à realidade do sistema e também estão de olho no mercado em expansão. Afinal, já são 26 corredores de BRT no país que estão em projeto ou em andamento. Somente no Rio, serão quatro — Transoeste, Transcarioca, Transolímpico e Transbrasil. Em 2017, os quatro estarão transportando, em média, dois milhões de pessoas — avaliou Alexandre Castro.

O biarticulado é confortável, tem temperatura agradável em toda a sua extensão e um excelente sistema de amortecimento. Mesmo nos trechos em que existem imperfeições na pista do corredor expresso, o ônibus se mantém estável. Segundo os operadores, ele dispõe de um moderno sistema de computador que opera bolsões de ar para nivelar o carro.

Para dirigir o gigante, foi necessário muito treino. Daniel Luís é motorista da categoria E (apto a dirigir carretas e ônibus articulados) e já conduzia os articulados do BRT. Fazer as manobras com o biarticulado é para poucos. Numa curva, o terceiro carro parece sumir do campo de visão.

— Nesse tipo de ônibus, é preciso mais atenção na frenagem, porque a resposta do freio é mais lenta. Para algumas manobras, é preciso sempre ter alguém ajudando — disse Daniel.

Para quem embarca na Estação Mato Alto, a entrada em operação do biarticulado representa a esperança de conseguir viajar sentado.

— Antes, eu tinha que esperar vários veículos. Com esse ônibus, a estação fica quase vazia — disse a garçonete Natália Cristino Resende, que mora no Mato Alto e trabalha na Barra.

Informações: O Globo

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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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