A Prefeitura do Rio entregou o Terminal Deodoro, o primeiro dos quatro terminais previstos para a Transbrasil. Nesta quarta-feira (20/9), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, a secretária de Transportes, Maína Celidonio, a secretária de Infraestrutura, Jessick Trairi, e a diretora-presidente da Mobi-Rio, Claudia Secin, inauguraram a área de conexão, na Zona Oeste. A obra é considerada estratégica para a mobilidade da região, com a integração do BRT Transolímpica, ônibus convencionais urbanos e Supervia. E, no futuro, com a Transbrasil.
– Esse aqui é um terminal de integração superimportante para a cidade, porque ele junta o trem com a Transolímpica e a Transbrasil. A partir da conclusão da Transbrasil, você vai ter todo o sistema interligado. Na prática, a pessoa poderá sair de Guaratiba, Sepetiba ou Santa Cruz, e chegar ao Centro do Rio de Janeiro usando o sistema BRT até o Terminal Gentileza, pegando em seguida o VLT sem gastar um tostão a mais. O que estamos fazendo é permitir que o cidadão que se desloca por essa cidade possa ganhar, às vezes, duas horas por dia para ir para casa ver os filhos, namorar com a esposa, ver novela, ir para o culto religioso, ir para o samba e jogar pelada com os amigos em vez de ficar perdendo esse tempo no transporte – afirmou o prefeito Eduardo Paes.
Esta é a primeira etapa do início da operação, já que o terminal será um grande ponto de conexão entre os corredores Transolímpica e Transbrasil. Neste primeiro momento, o terminal vai integrar dois serviços de BRT do corredor Transolímpica (51: Deodoro x Recreio parador e 52: Deodoro x Alvorada parador), 12 linhas de ônibus convencionais urbanos e trens da Supervia (ramais Japeri, Santa Cruz e Deodoro). Os usuários de transporte público de diversas regiões terão o tempo de viagem reduzido em até 30 minutos (veja exemplos no pé do release).
Sete novas linhas foram criadas
A Secretaria de Transportes criou sete linhas de ônibus para atender o terminal: 653 – Méier x Terminal Deodoro; 764 – Catiri x Terminal Deodoro; 765 – Mendanha x Terminal Deodoro (via Estrada do Guandu do Sena); SV783 – Praça Seca x Terminal Deodoro; 788 – Campo Grande x Terminal Deodoro (via Ponto Chic); 796 – Campo Grande x Terminal Deodoro (via Estrada do Mendanha); e 798 – Campo Grande x Terminal Deodoro (via Estrada da Posse). Veja abaixo o plano operacional.
– Vamos ter dois serviços da Transolímpica no segundo piso, ligando Deodoro à Alvorada e ao Terminal Recreio. No piso inferior, temos sete novas linhas de ônibus conectando a Zona Oeste com Deodoro, além de outras cinco linhas que deixam passageiros bem na frente aqui do terminal. Tudo isso para que as pessoas possam, principalmente, chegar à Barra e ao Recreio de forma mais rápida – destacou a secretária de Transportes, Maína Celidonio.
Estas novas linhas funcionarão inicialmente apenas em horários de pico e terão seu funcionamento pleno com o início da operação do corredor Transbrasil. Com a novidade, serão 84 linhas a mais na cidade desde o dia 1º de junho do ano passado, quando começou a vigorar o acordo judicial firmado entre o município, os consórcios de ônibus e o Ministério Público Estadual para regularizar o serviço de ônibus municipais.
Além disso, outros cinco serviços de ônibus já existentes passam a deixar os passageiros em frente ao Terminal Deodoro: SV624 – Mariópolis x Praça da Bandeira (via Guadalupe); 300 – Terminal Sulacap x Candelária; 393 – Bangu x Candelária; SV777 – Padre Miguel x Madureira (via Rua do Governo); e 926 – Senador Camará x Penha.
BRT chegará no segundo andar e ônibus convencionais, no primeiro piso
O Terminal Deodoro, com aproximadamente dez mil metros quadrados, é formado por dois pisos. O andar superior é destinado às frotas do BRT. São duas plataformas, com oito vagas para embarque e desembarque, cada, totalizando 2,5 mil metros quadrados. A área do térreo, por sua vez, receberá as linhas alimentadoras. A plataforma de 3,2 mil metros quadrados conta com 24 vagas para os ônibus alimentadores que irão acessar o terminal. O acesso à plataforma suspensa será feito pelos passageiros por escadas ou elevadores. Neste piso haverá um espaço para atendimento para os usuários PCDs acessarem os ônibus. O terminal conta ainda com vias alimentadoras em seu entorno, com cerca de 4,3 mil metros quadrados.
– Prometemos à população que iríamos devolver o conforto, a dignidade e a qualidade de vida aos passageiros do BRT. Hoje, o sistema já transporta quase 400 mil pessoas por dia útil contra os 150 mil que eram transportados quando a Prefeitura assumiu a gestão do sistema BRT em 2021. Agora, entregamos este terminal com integração com a Supervia, além das linhas 51 e 52, que levam a pessoa direto para a Alvorada ou para o Terminal Recreio – disse a diretora-presidente da Mobi-Rio, Claudia Secin.
O local conta ainda com bilheteria, sanitários, prédio administrativo e setor de apoio. O caminho até a estação de trem de Deodoro da Supervia será feito por uma passarela de 236 metros quadrados com rampas de acessibilidade e escadas.
Esta é a primeira etapa do início da operação, já que o terminal será um grande ponto de conexão entre os corredores Transolímpica e Transbrasil – Beth Santos/Prefeitura do Rio
Parceria com o Governo Federal
As obras do corredor Transbrasil custarão cerca de R$ 1,9 bilhão, sendo financiadas pelo BNDES e Caixa Econômica Federal. Pelo BNDES foram aportados R$ 115 milhões, já pela CEF o valor do financiamento é de pouco mais de R$ 1 bilhão. O valor restante da obra foi pago com recursos próprios municipais.
Informações: Prefeitura do Rio