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Alta de ônibus e metrô já pressiona inflação

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Depois de encerrar 2015 com sua maior inflação em mais de uma década, o país começa 2016 com os índices de preços pressionada por itens administrados. Cariocas mal viraram o ano e já tiveram de enfrentar tarifas de ônibus e táxi mais caras. Já os paulistanos terão de desembolsar mais para andar de ônibus, metrô ou trem na próxima semana. Foram anunciados também aumentos no transporte público de Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.

Boa parte desse efeito será sentido em janeiro, mas até o fim do ano outras cidades promoverão reajustes no transporte. Os reajustes já anunciados devem representar um impacto de 0,20 ponto porcentual na inflação, calcula a Tendências Consultoria Integrada. Para a LCA Consultores, o impacto final deve ser de 0,31 ponto percentual na inflação em 2016. O cálculo exclui passagens aéreas e transporte escolar, que não têm preços controlados.

Em 2015, a inflação no primeiro trimestre deu um salto com a alta de tarifas até então represadas, como energia elétrica, combustíveis e transporte público. Esses itens tiveram peso decisivo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegar a 10,48% no intervalo de doze meses encerrado em novembro.

Agora, as tarifas de transporte público dão um novo salto, efeito secundário da inflação de dois dígitos que já penalizou o bolso dos brasileiros em 2015. Isso porque muitos contratos tomam como base índices de preços, como IGP-M ou o IPCA. "Claramente, é um belo exemplo de como a inflação passada afeta os reajustes do presente. Há essa ideia de carregamento, que é um empecilho para o Banco Central na batalha contra o aumento de preços", afirma o analista Marcio Milan, da Tendências.

Em São Paulo, região com maior peso no índice oficial de inflação, as tarifas de ônibus, trem e metrô vão passar de 3,50 reais para 3,80 reais no dia 9 - alta de 8,57%. No Rio, o ônibus aumentou de 3,40 reais para 3,80 reais, avanço de 11,7%. "Uma parte desses reajustes era esperada. O que não se esperava era a magnitude, especialmente no Rio", diz Milan.

Os reajustes de ônibus no Rio e em São Paulo terão, cada um, impacto de 0,07 ponto porcentual na inflação, calcula a LCA. Com menor peso em termos nacionais, Belo Horizonte teve alta de 8,82% na tarifa de ônibus, que passou de 3,40 reais para 3,70 reais no dia 3. Em Salvador, o valor subiu 10% no dia 2, de 3 reais para 3,30 reais.

Há também aumentos de táxi no Rio, no Recife e em Porto Alegre, além de reajuste no ônibus intermunicipal no Rio e em Belo Horizonte. O Rio ainda verá suas tarifas de trem e barcas ficarem mais caras em fevereiro.
O ônibus urbano, sozinho, responde por 2,55% dos gastos de uma família média brasileira, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para os consumidores de baixa renda, essa fatia beira os 10%. Por isso eles são, como em 2015, os mais penalizados por esses aumentos.

Sem alívio em ano eleitoral - Aparentemente, nem o ano eleitoral tem persuadido as administrações públicas a aliviar a mão nos reajustes. Embora, do ponto de vista político, as eleições municipais sejam motivo para amenizar aumentos, a pressão sobre os cofres públicos parece ter prevalecido. "Havia expectativa de que os reajustes fossem mais tímidos, mas isso não se concretizou. Há pressão de custos, e algumas prefeituras estão com caixa apertado e não podem dar subsídios", diz André Braz, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Entre os custos estão o óleo diesel, que subiu 12,75% nos doze meses até novembro, segundo o IPCA, e a mão de obra. O economista da FGV lembra que o salário mínimo - que guia boa parte das remunerações do setor de transporte - avançou 11,6% neste ano, para 880 reais. "Até agora, quem tinha que dar reajuste o fez. Não conseguimos perceber processo de represamento", afirma o economista Étore Sanchez, da LCA Consultores.

Informações: Estadão Conteúdo

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Licitação de ônibus do Rio vai fixar intervalos de tempo e distâncias entre os pontos

domingo, 2 de maio de 2010


O secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, explicou nesta quinta-feira, durante a apresentação do pacote de mudanças no sistema de transporte público da cidade, que os futuros ônibus terão de ter suspensão a ar, motor traseiro, câmbio automático, direção hidráulica e escadas rebaixadas. Também serão fixados patamares de ocupação máxima, de intervalos e de distâncias a serem percorridas até os pontos. Os ônibus que circularem em grandes vias troncais, como a Avenida Brasil, serão articulados e biarticulados, iguais aos de Curitiba, que têm capacidade para transportar até 220 passageiros. Os vencedores da licitação terão seis meses - a partir de outubro, ou seja, em abril de 2011 - para operar com a estrutura atual. Findo o prazo, deverão começar a apresentar, na prática, as propostas que apresentaram. A modernização de toda frota será gradual e deverá ser feita até 2016, preparando a cidade para as Olimpíadas.
A tarifa básica nos ônibus da cidade será substituída pelo bilhete único, que deverá começar a ser implantado possivelmente em outubro. Os secretários Alexandre Sansão (Transportes) e Luiz Antônio Guaraná (Casa Civil) informaram que a passagem mais barata passará de R$ 2,35 para R$ 2,40, para o passageiro que usar um ou mais ônibus num determinado período de tempo. O bilhete único será implantado no fim do processo de licitação de todos os 836 trajetos. O edital será lançado em 24 de maio. A concessão será por 20 anos e caberá às empresas ou aos consórcios apresentar uma proposta técnica visando a reduzir a frota nas Zonas Sul e Norte e aumentar na Zona Oeste.
- Na licitação, a proposta de racionalização apresentada pelos consórcios ou empresas terá peso semelhante ao da outorga a ser paga à prefeitura - disse Sansão.

Empresários definirão itinerários e número de ônibus em cada linha
A secretaria não apresentou um projeto de racionalização dos ônibus, tarefa que transferiu para os empresários. Caso considere necessário, porém, poderá, a qualquer momento, alterar itinerários e o número de ônibus de cada uma das linhas. Existem cerca de 8.500 ônibus no Rio. Segundo a Secretaria de Transportes, 2.500 passam pela Zona Sul, frota que pode ser reduzida à metade. O Rio-Ônibus, sindicato que representa os empresários do setor, não se pronunciou.
O edital de licitação dividirá a cidade em cinco regiões. Para a região 1 (Centro e área portuária), considerada destino, não poderão ser apresentadas propostas. Os percursos dessa área entrarão no bloco da região 2 (Zona Sul, Tijuca e adjacências). Na região 3, estão incluídos 83 bairros da Zona Norte e na região 4, Barra, Jacarepaguá e adjacências. Para ônibus que integram regiões, prevalece aquela com maior número de embarques. As empresas poderão concorrer em duas ou mais regiões, mas só poderão assumir uma delas. Sansão não informou o valor da outorga mínima que deverá ser paga à prefeitura.
O Diário Oficial publicou nesta quinta-feira justificativa do prefeito Eduardo Paes de lançamento do edital de licitação das linhas de ônibus da cidade e da implantação do bilhete único no município. "No Rio de Janeiro, o modelo vigente há décadas, de permissões para as empresas operarem linhas de ônibus, tem prejudicado a organização e a racionalização do sistema e estimulado a concorrência predatória entre os diversos modos de transporte que operam na cidade, em detrimento da integração." argumentou Paes.

Bilhete único só poderá ser usado em ônibus sem ar-condicionado
De acordo com o cronograma da Secretaria de Transportes, na segunda-feira será publicada a convocação de uma audiência pública para o dia 13 de maio. Depois da publicação do edital, em 24 de maio, a previsão é de concluir o processo licitatório entre 45 e 60 dias. Em vez de permissionários, os donos de ônibus passarão a ser concessionários e firmarão contrato com a prefeitura.
- O sistema vai funcionar melhor - assegurou Sansão. - O modelo vigente faz com que o poder público tenha poucos instrumentos de regulação do sistema e, de fato, a frágil regulação prejudica a exigência por uma melhor qualidade do serviço. Este ambiente atual faz com que os recursos, que poderiam ser investidos em qualidade de serviço, sejam desperdiçados nos congestionamentos, provocados muitas vezes pelo excesso de ônibus, linhas superpostas e falta de corredores exclusivos.
O número de viagens que o usuário poderá fazer com o bilhete único e tempo de duração do cartão ainda serão decididos. A garantia é que o passageiro poderá usar pelo menos dois ônibus durante duas horas. Guaraná alegou que mesmo aqueles que usarem um ônibus só, pagando uma tarifa maior do que a atual, terão vantagens:
- O sistema vai funcionar melhor. Vão ganhar em tempo, conforto e otimização do serviço.
Implantado sem subsídio, o bilhete único só poderá ser usado em ônibus sem ar-condicionado. Os reajustes, a partir da criação do bilhete, serão anuais. No futuro, as vans que estão sendo licitadas poderão se integrar ao sistema. A integração com o metrô, os trens da SuperVia e as barcas também ficará para uma próxima etapa.
Com a entrada em vigor do bilhete único, a tarifa básica terá o segundo aumento do ano. O último reajuste na tarifa básica no Rio, de 6,13%, foi dado no início de fevereiro, quando passou de R$ 2,20 para R$ 2,35. Antes, o último aumento fora em dezembro de 2008, quando a passagem custava R$ 2,10.

Em São Paulo, que virou referência para o bilhete único, o passageiro paga R$ 2,70 e, durante três horas, pode pegar até quatro conduções. Mas o benefício, criado em 2004, tem seu preço. O subsídio pago pela prefeitura aumentou 134% entre 2004 e 2008, chegando a R$ 636 milhões por ano, o equivalente a 5,5% do orçamento da prefeitura do Rio para 2009.
No estado, o bilhete único entrou em vigor em fevereiro, integrando 20 mil ônibus da Região Metropolitana com barcas, trens, metrô e vans intermunicipais legalizadas. A principal vantagem do bilhete único intermunicipal foi baixar para R$ 4,40 o preço de todas as viagens que usem até dois tipos de transportes num intervalo de duas horas.

Fonte: O Globo
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Rio de janeiro: Investimento em transportes não vai beneficiar todas as regiões, dizem especialistas

terça-feira, 24 de maio de 2011

Garantir um transporte público de qualidade e eficiente será um dos grandes desafios do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016. Apesar disso, especialistas chamam atenção para o risco de as obras para os jogos não beneficiarem a população de todas as regiões da cidade e apontam para a necessidade de integração dos meios de transporte - trens, metrô, ônibus.

Integração
Para aumentar os deslocamentos, a prefeitura e o governo do Rio se comprometeram a construir - em tempo para a Olimpíada de 2016 -  BRTs (corredores expressos de ônibus) e a linha 4 do metrô - que liga a zona sul à Barra da Tijuca (zona oeste) - , que já havia sido prometida para os Jogos Pan-Americanos de 2007, mas não ficou pronta.

Até a Olimpíada, o Rio será cortado por quatro BRTs, sendo um na Avenida Brasil, que ligará o centro à zona oeste. Em obras, a TransOeste deve ter a etapa Barra-Madureira inaugurada em 2012.

Já o trecho Barra-Santa Cruz da TransCarioca está atrasado, mas a prefeitura quer entregar a obra até a Copa. A TransOlímpica está prevista também para 2014. Já o BRT da Avenida Brasil não tem cronograma definido, mas a ideia é que esteja pronto até 2016.

O sistema BRT, segundo estimativas da prefeitura, transportará 900 mil pessoas por dia e tornará as viagens mais rápidas. O trajeto Penha-Barra, por exemplo, poderá ser reduzido em até 49 minutos. De acordo com a prefeitura, o trajeto que é feito atualmente em 1h36 levaria 47 minutos.

Para Regis Fichtner, secretário-chefe de Estado da Casa Civil e membro do Comitê de Coordenação da Rio 2016, o Rio de Janeiro já está trabalhando para que a população desfrute de meios de transporte de melhor qualidade e mais rapidez.

- O objetivo é que a população passe a usar um transporte de alto rendimento. O metrô, os trens suburbanos, barcas e os BRTs (Bus Rapid Services, ônibus de serviços rápidos, em tradução livre) – que são as faixas exclusivas para transporte por ônibus também farão parte do legado. Vamos criar um anel viário de alta performance na Região Metropolitana. Há ainda uma complementaridade nas ações do Estado e da Prefeitura, como o metrô da Barra que vai chegar ao Jardim Oceânico e se conectará com o BRT, que é uma obra da Prefeitura.

Os trens, que são muito criticados pelos usuários, costumam ter as tarifas reajustadas sem que a concessionária realize melhorias no sistema. O governo do Estado e a Supervia dizem que vão investir mais de R$ 2 bilhões nos próximos anos para modernizar o sistema ferroviário. Até março de 2011, havia 38 composições refrigeradas e a promessa é de ter 235 até 2020. 


Fonte: R7.com

O arquiteto Flávio Ferreira, especialista em espaços urbanos, diz que a zona norte, cuja população leva até 2h30 para se deslocar até a zona oeste, não será beneficiada com transportes após o término dos jogos de 2016.

Ferreira usa, como exemplo, o projeto do corredor T5 (via expressa de ônibus que ligará parte da zona norte à Barra da Tijuca). Segundo ele, a obra não será suficiente para melhorar as condições do sistema de transporte da região.

- No caso do Rio de Janeiro, os sistemas de transporte sugeridos para a Olimpíada 2016 não trarão benefícios à área mais pobre da cidade, a zona norte. Apenas o centro, a zona sul e a Barra sairão beneficiadas no quesito transporte. 
Para Fernando Arbache, professor de Logística da FGV (Fundação Getulio Vargas), é necessária a criação de transportes que se conectem, aumentando a possibilidade de a população deixar o automóvel em casa e usar os serviços públicos. Entretanto, ele alerta: “é preciso que as autoridades aumentem a qualidade dos serviços de massa”.

- A qualidade do transporte público passa por diversas etapas, como, por exemplo, precisão no tempo de deslocamento, qualidade de atendimento, frequência, qualidade do transporte, etc. O BRT [Bus Rapid Transit - corredor de ônibus] é uma solução paliativa, pois há outras possibilidades mais efetivas, como o metrô e o ferry boat [em áreas costeiras], que, em conjunto com o BRT, solucionariam o problema de transporte urbano.
Até a Olimpíada de 2016, o setor de transportes públicos no Estado do Rio de Janeiro receberá R$ 30 bilhões para desenvolvimento e implantação de modais que conectem todo o sistema, segundo o secretário estadual de transportes, Julio Lopes.

Apesar de ser uma quantia razoável, o secretário ressaltou que o sistema de transporte do Rio recebe um grande contingente de outros municípios. A região metropolitana tem mais de 11 milhões de habitantes, que realizam 19 milhões de viagens por dia, segundo a secretaria.
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Chuva no Rio complica trânsito e causa problema no metrô

terça-feira, 10 de maio de 2011

Motoristas encontraram o trânsito congestionado na manhã desta terça-feira, por causa da chuva que caiu desde a madrugada na cidade. De acordo com o Centro de Operações Rio, não houve nenhum acidente com gravidade na Zona Sul, mas com as pistas escorregadias, o trânsito fica com retenções.

Por volta das 9h, um carro invadiu o canteiro entre as galerias do Túnel Rebouças, no sentido Lagoa, deixando o trânsito lento até que o veículo fosse retirado. Na Avenida Epitácio Pessoa, também no sentido Túnel Rebouças, o tráfego também ficou lento. Na Rua Jardim Botânico, na altura do Parque Lage, no sentido Gávea, os motoristas também enfrentaram retenções.

Em São Conrado, na Autoestrada Lagoa Barra, no sentido Barra da Tijuca, o trânsito ficou muito lento. Já no Centro, os motoristas enfrentaram retenções na Avenida Presidente Vargas, na altura da Central, no sentido Candelária. O trânsito foi intenso ainda na Avenida Perimetral, na altura da Praça Mauá , sentido Praça XV.
Na Ponte Rio-Niterói, sentido Rio, no início da manhã, ocorreu um acidente envolvendo três carros e um ônibus. Motoristas enfrentaram tráfego intenso e com retenções.

De acordo com a concessionária, um carro capotou e acabou provocando a batida dos outros veículos. Apenas uma pessoa sofreu ferimentos leves.
Os moradores de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, também enfentaram um trânsito caótico, que deu um nó devido à chuva.

No Largo da Batalha, na Zona Norte do município, os motoristas levaram até 1 hora para percorrer um trecho que levaria apenas alguns minutos em direção a Santa Rosa. Em São Francisco, na Zona Sul, o tempo de percurso da Avenida Quitino Bocaiúva até o Túnel Raul Veiga, que faz a ligação com Icaraí, foi de aproximadamente 30 minutos.

O nó no trânsito acabou causando transtornos também para quem precisou utilizar o ônibus. Muitos pontos ficaram cheios e passageiros levaram de 40 minutos a 1 hora esperando um coletivo.

Metrô também apresenta problemas
Devido à chuva, a linha 2 do metrô operou com intervalos irregulares. Segundo a concessionária Metrô Rio, as composições trafegaram com velocidade reduzida já que boa parte da linha é feita na superfície.
Uma falha no sistema de energia elétrica também teria ocorrido na estação Maracanã, atrapalhando ainda mais o tráfego.

A Agetransp, agência reguladora do transporte público do Estado do Rio de Janeiro, monitorou na manhã desta terça-feira, a circulação do metrô na cidade do Rio, que apresentou problemas devido à falha elétrica.
Segundo a agência reguladora, a falta de energia nas estações de São Cristovão e Triagem, prejudicou o tráfego na Linha 2 do metrô, que ficou paralisado entre 8h10 e 8h20.

A linha 1 do metrô do Rio de Janeiro também apresenta problemas nesta terça-feira. Segundo a Agetransp, o transporte de passageiros operou com atraso no sentido Saens Peña. Entre as estações Carioca e Uruguaiana, os trens circularam com restrição de velocidade. A Agetransp enviou fiscalização para o local a fim de apurar o ocorrido.

Mar permanece agitado
A Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha informou que o mar, em toda a costa do Rio de Janeiro, permanecerá agitado e com ondas de até 3 metros. A previsão vale até quinta-feira.
Segundo o órgão, a ressaca no litoral fluminense foi provocada por um ciclone extratropical, que se formou na Argentina na semana passada e chegou à Região Sudeste do Brasil no fim de semana.
A comandante da DHN, capitã de fragata Emma Giada, explicou que a formação de ciclones é normal nesta época do ano.
– Ano passado tivemos um ciclone extratropical ao largo do litoral sudeste que gerou ondas de mais de 4 metros de altura, provocando a destruição de portos e de encostas, com um prejuízo material muito grande.
Giada enfatizou que, diante da aproximação de sistemas como esse, a Marinha emite avisos de ressaca para o litoral, pedindo que banhistas e pequenos pescadores evitem o mar. Para as grandes embarcações, que navegam em alto-mar, o aviso é de mar agitado, cabendo, segundo ela, ao navegante decidir se continua ou não no curso da viagem.

Bombeiros do Grupamento Marítimo (G-Mar) de Botafogo retomaram, na manhã desta terça-feira, as buscas pelo homem que desapareceu na madrugada de domingo, na Praia Vermelha, na Urca, na Zona Sul do Rio.

O homem teria caído de uma pedra enquanto pescava na região. A família informou que ele estava com um primo e teria se desequilibrado, e não conseguiu retornar porque estava escuro. As buscas pela vítima começaram logo no início da manhã de segunda-feira.

Nesta terça, ainda houve sinais da ressaca na orla da cidade. Em alguns pontos, a faixa de areia ficou tão restrita que a água chegou ao calçadão. A previsão do G-Mar é de que as ondas cheguem a 2,5 metros.
No sábado e no domingo, o mar agitado e as altas ondas arrastaram para o mar duas mulheres que estavam na Pedra da Joatinga, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade e um pescador. Os três corpos já foram resgatados pelos bombeiros.


Um núcleo de chuva de intensidade moderada passou pela município do Rio de Janeiro, na madrugada desta terça-feira. De acordo com o Centro de Operações Rio (COR), as primeiras chuvas aconteceram na Zona Oeste e se deslocaram para a Zona Sul, por volta das 4h40m. Ainda de acordo com o COR, os painéis do Sistema Alerta Rio mostraram que este núcleo está se deslocando para o norte do Estado, em direção ao Espírito Santo.


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No Rio, BRT Transoeste enfrenta sua primeira paralisação

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Terminou na manhã desta segunda-feira (14) a paralisação ocorrida na Viação Jabour, que afetou cerca de 35 linhas de ônibus na cidade do Rio de Janeiro. A principal linha prejudicada foi a do BRT Transoeste que teve superlotação e atrasos. 

De acordo com a Rio Ônibus (Sindicato das Empresas de Ônibus no Rio de Janeiro), cerca de 40% da frota do BRT foi afetada. As demais empresas do consórcio Santa Cruz colocaram ônibus extras em suas linhas para minimizar os transtornos. 
Ainda segundo o sindicato, o BRT operou com a maioria dos ônibus articulados, mantendo intervalos de cinco minutos no serviço expresso, e de dez minutos no serviço parador.Para o sindicato a greve surpreende porque as negociações entre o Rio Ônibus e o sindicato dos rodoviários já estavam estabelecidas, com vistas ao dissídio da categoria em março, e seguiam seu ritmo normal, sem que haja motivação para justificar a presente paralisação. 

Com menos ônibus circulando, passageiros reclamam que as estações do BRT ficaram superlotadas no início da manhã. Usuários relatam também que os poucos coletivos que deixaram a garagem para circular passavam lotados e com portas abertas. Na estação Mato Alto, em Guaratiba, uma jovem, identificada apenas como Érica, desmaiou por volta das 7h30. 

Foto: Jadson Marques/R7
Apesar de alguns passageiros terem telefonado para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), eles afirmam que nenhuma ambulância apareceu na estação e nem funcionários do BRT. A jovem ficou sendo atendida por cerca de 1h pelos próprios usuários, que pararam um carro da Supervisão da Viação Jabour e pediram ao motorista para socorrê-la. 

De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Município Rio de Janeiro, o objetivo da paralisação é denunciar a chamada dupla função, quando o motorista atua também como cobrador; o não cumprimento da jornada de trabalho; o não pagamento de horas extras, além de irregularidades em relação à falta de segurança nas vias do BRT e a sinalização precária. 

O sindicato marcou uma assembleia para o próximo dia 28, às 7h, para definir uma possível greve. Sebastião José, vice-presidente da entidade, disse que o movimento não tem a intenção de prejudicar os passageiros. 

— A Jabour conta hoje com 700 veículos que atendem aos bairros de Santa Cruz, Campo Grande, Barra e centro da cidade, operando um total de 24 linhas. Essa paralisação é uma prévia para a assembleia que a categoria vai fazer dia 28 para definir se será convocada uma greve geral no dia 31. 

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Prefeitura do Rio institui tarifa única para ônibus urbanos

sábado, 1 de junho de 2013

A Prefeitura do Rio publicou na edição do Diário Oficial desta quarta-feira, dia 29/05, decreto instituindo tarifa única no sistema público de passageiros por ônibus, integrada ao Bilhete Único Carioca (BUC). Os ônibus urbanos com ar-condicionado passarão a adotar a tarifa modal básica praticada pelos ônibus urbanos sem ar-condicionado. Com isso, a cidade terá apenas uma tarifa para todos os ônibus urbanos, em vez das seis tarifas distintas em vigor. A medida, que passa a valer a partir da 0h (zero hora) do próximo sábado, dia 1º de junho, beneficiará cerca de cinco milhões de passageiros por mês que viajam em ônibus urbanos com ar-condicionado e poderão economizar até R$ 3 por viagem.

Hoje, enquanto a tarifa básica é de R$ 2,75, as tarifas de ônibus urbanos com ar-condicionado variam de R$ 2,85 a R$ 5,40 de acordo com a distância percorrida por cada linha. Moradores da Zona Oeste, que percorrem os maiores trajetos, poderão economizar cerca de R$ 130 por mês no deslocamento de casa para o trabalho. Com a instituição da tarifa única na cidade, apenas os ônibus rodoviários com ar-condicionado (frescões) terão tarifa diferenciada.

Integração plena dos ônibus no Bilhete Único Carioca - BUC

A instituição da tarifa única garantirá que a cidade atinja o objetivo de integração plena do sistema de ônibus urbanos por meio do BUC. Os cariocas poderão fazer qualquer integração ônibus/ônibus através do BUC pagando apenas a tarifa modal básica. Isso aumentará a disponibilidade de transportes e propiciará maior rapidez nas baldeações para todos os trajetos e em todas as regiões da cidade. Além disso, os ônibus com ar-condicionado estarão acessíveis para toda a população que poderá utilizar veículos mais modernos e confortáveis pagando menos. Essa medida ganha ainda mais relevância com a meta estabelecida no Plano Estratégico da Prefeitura de progressivamente dotar toda a frota de ônibus urbanos do Rio de ar-condicionado. 

Reajuste da tarifa modal para ônibus urbanos

De acordo com o contrato de concessão, o reajuste anual de tarifas de ônibus na cidade do Rio de Janeiro deveria ter sido concedido no dia 1º de janeiro deste ano. Por solicitação do Governo Federal, a Prefeitura do Rio decidiu adiar o reajuste. Também na edição do Diário Oficial desta quarta-feira, o decreto municipal autoriza a mudança da tarifa modal para R$ 2,95, com vigência a partir da 0h do próximo sábado, dia 1º de junho de 2013.

O reajuste da tarifa, calculado com base em índices da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cuja fórmula está prevista no contrato de concessão, foi feito a partir da variação de preço dos itens que compõem a planilha tarifária, como insumos (pneus, combustível, etc.) e mão de obra. Além disso, o cálculo considerou a unificação da tarifa dos ônibus urbanos com e sem ar-condicionado e a desoneração do PIS/CONFINS para operadores de transportes de passageiros, anunciada pelo Governo Federal.

Informações: Prefeitura do Rio

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TARIFA CALCULADA (fórmula prevista no contrato, variação jan2012-mai2013)
 R$ 3,039 
Unificação Tarifa com Ar-Condicionado
 R$ 0,029
Desoneração PIS/COFINS
 R$ (0,112)
TARIFA FINAL
 R$ 2,956
TARIFA ARREDONDADA
 R$ 2,95
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BRT Transarioca vai utilizar ônibus a biodiesel de cana

terça-feira, 27 de maio de 2014

Uma novidade nem tão perceptível aos olhos do passageiro mas que, a longo prazo, pode fazer muita diferença no ar que ele respira: o diesel produzido a partir da cana de açúcar será o combustível usado por parte da frota de ônibus que circulará no BRT Transcarioca. Além de totalmente renovável, o biodiesel originado da cana reduz em até 90% a emissão de gases causadores do efeito estufa, sendo ainda menos poluente que o produzido a partir da soja, hoje mais utilizado no Brasil. Será a primeira experiência no transporte público do Rio envolvendo o novo biocombustível sem a adição do diesel comum.

Inicialmente, seis veículos “verdes” rodarão pelo corredor expresso que ligará o Aeroporto Internacional Tom Jobim à Barra da Tijuca. “Dos 147 ônibus do Transcarioca, seis serão abastecidos com o biodiesel da cana, para fazermos o teste em condições reais de operação. Utilizaremos 200 mil litros do combustível para essa fase experimental de seis meses. A ideia é usarmos cada vez mais o combustível renovável da cana na frota do Rio”, revela Guilherme Wilson, gerente de Planejamento e Controle da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

Outra vantagem é que o biocombustível da cana pode abastecer veículos que utilizam o diesel convencional, sem necessidade de alteração no motor. Um dos empecilhos, no entanto, é o preço: o litro atualmente não sai por menos de R$ 9,00, cerca de quatro vezes o valor do diesel comum. 

“O produtor tem prometido trazer o combustível renovável da cana ao preço do diesel comum até 2016. Daí, poderíamos começar a fazer a substituição”, avalia Wilson. 

O biocombustível da cana é produzido na Usina Paraíso, no município de Brotas, em São Paulo, pela empresa americana Amyris. O investimento para os seis meses de experiência no Transcarioca é de R$ 2 milhões, resultado de uma parceria entre prefeitura, Fetranspor, Amyris e as distribuidoras Shell e Ipiranga. O Transcarioca será inaugurado 1º de junho, em evento com a presença da presidenta Dilma Rousseff. Passageiros poderão utilizar o serviço a partir do dia 2.

Corredor vai tirar 500 ônibus das ruas e reduzir emissões em 18%

Embora oriundo da cana de açúcar, o biodiesel produzido em São Paulo e que abastecerá os ônibus do Transcarioca é bem diferente do etanol que motoristas brasileiros já estão acostumados a encontrar nas bombas dos postos de gasolina. “Trata-se de um combustível revolucionário, que é desenvolvido a partir de micro-organismos geneticamente modificados que produzem a fermentação do caldo de cana. Em vez de etanol, há a produção de hidrocarboneto”, explica Guilherme Wilson, gerente de Planejamento e Controle da Fetranspor. “O material particulado, que é aquela fuligem que sai dos escapamentos dos veículos, é reduzido em 41% com o combustível renovável da cana”, acrescenta.

Segundo estudos da Fetranspor, com o corredor Transcarioca em funcionamento, a emissão de gases poluentes cairá 18%, mesmo sem levar em conta o uso do biocombustível da cana. Os cálculos foram elaborados com base na retirada de 500 ônibus antigos que sairão de circulação, na melhoria da eficiência energética por conta da velocidade operacional — os novos ônibus ficarão livres de engarrafamentos — e na redução da quilometragem total rodada. 
O serviço parador do BRT começará a funcionar em 2 de junho, da Barra até o Tanque. Já a linha expressa do Aeroporto à Barra, com integração à Linha 2 do metrô, começa a operar dia 4.

Relatório sobre modelo elétrico sairá em julho

Em fase de testes desde o fim de março, o ônibus elétrico em circulação no Rio ainda precisa de aperfeiçoamento para se tornar comum nas ruas da cidade. De acordo com Guilherme Wilson, gerente de Planejamento e Controle da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), os resultados apresentados até o momento são apenas razoáveis. “Estamos fazendo uma avaliação técnica detalhada do combustível gasto por dia e do carregamento por passageiros.

Devemos fechar, em julho, os primeiros relatórios do ônibus elétrico em termos de incentivo e financiamento. Acreditamos que ainda precisamos evoluir, mas não estamos abrindo mão dessa tecnologia”, diz. 

A montadora chinesa BYD, que fabrica o ônibus elétrico, anunciou este ano investimentos de US$ 100 milhões para instalar uma fábrica no Estado de São Paulo. Fato que pode contribuir para a popularização, no Brasil, de veículos movidos a energia elétrica. 

Em São Paulo, um projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal prevê devolução de metade do valor gasto com IPVA para veículos elétricos. O texto aprovado está, atualmente, em análise pelo prefeito Fernando Haddad.

Informações: O Dia

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Investimento em transporte público e restrição da circulação de carros são alternativas para aliviar os congestionamentos na cidade do Rio de Janeiro

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Investimento em transporte público e restrição da circulação de carros são alternativas para aliviar os congestionamentos na cidade do Rio de Janeiro, que será sede da Olimpíada de 2016. A pedido do R7, consultores de trânsito listaram dez diretrizes que podem ajudar a ordenar o fluxo de carros na capital com vistas à Copa de 2014 e aos jogos olímpicos.

Especialistas são unânimes quanto à necessidade de se restringir a circulação de automóveis e de se implantar políticas mais rigorosas para disciplinar o trânsito - medidas consideras impopulares pela população.

Também é preciso investir na interligação dos modais. Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela USP (Universidade de São Paulo) e perito em acidentes, critica o fato de linhas de metrô e de trem que ligam o centro à zona norte correrem lado a lado.

- Temos de ampliar a rede pensando na população da periferia, não apenas do centro. Para isso, as autoridades têm de investir em estações [de metrô] em todos os bairros. O Rio de Janeiro está defasado. Não me intimido em dizer que está pelo menos 30 anos atrasado.

O resultado disso é: com a falta de opção de transportes, milhões de carros inundaram as ruas cariocas, aumentando os congestionamentos. Apoiados na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada, os governos do Estado e do município lançaram um pacote de obras que totaliza R$ 10,8 bilhões para melhorar o transporte público.

Consultores apontam uma longa lista de medidas para (tentar) desatar o nó do trânsito da capital antes que o sistema entre em colapso. Não há dúvida de que há sugestões impopulares. Quando a doença fica grave, o remédio tende a ser amargo.

Dez soluções para desatar o nó do trânsito no Rio

Integrar os meios de transporte
Para diminuir a lotação do metrô, ônibus e dos trens, além de retirar veículos das ruas, é fundamental planejar o sistema de forma integrada. Atualmente, metrô e trem têm muitos trechos concorrentes entre si. O grande número de ônibus e táxis também atrapalham.
Um planejamento de zoneamento urbano com base nos planos de expansão do sistema de transporte seria uma das saídas, segundo Alexandre Rojas, engenheiro de transportes da UERJ(Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
-  A melhor solução é pensar em meios de interligar as redes, criando uma malha de transporte de massa eficaz. A expansão das linhas de metrô com a expansão das redes de transporte, e não é isso que está acontecendo.
Restringir a circulação de veículos
Muitas são as formas de restringir a circulação de veículos nos centros das grandes sidades, mas as que dão resultados imediatos são o rodízio e o pedágio urbano.
Os benefícios ao desafogar as ruas são inegáveis, basta verificar a experiência de outras metrópoles. Quando o rodízio chegou a Saõ Paulo, 24 horas após a implantação, 20% da frota parou de circular no município.
Por sua vez, Londres retirou 60 mil veículos do centro da cidade, depois que implantou pedágio urbano. Cingapura, Oslo e Estocolmo seguiram modelo, mas já contavam com invejável sistema de transporte.
Vale dizer que pedágio urbano já existe na linha amarela desde sua inauguração em 1997. No momento, dez anos depois, não inibe mais os motoristas, já que o fluxo de veículos chega a 100 mil por dia.
 Criar Corredores de ônibus Expressos
Para aumentar os deslocamentos, a prefeitura e o governo do Rio se comprometeram a construir em tempo para a olimpíada de 2016 os famosos BRT’s, que já haviam sido prometidos para os jogos Pan-Americanos de 2007, mas que não ficaram prontos. O mais famoso deles é a Transcarioca (Corredor T5), que deve reduzir à metade o tempo do trajeto da penha – Barra da Tijuca, que hoje dura 1h36.
Esses sistemas vão chegar em 2016 já no seu limite. Quando falamos em legado, falamos em algo para além, para o futuro. A cidade precisa ter elementos que permitam a locomoção das pessoas melhor que dessa forma.
Até a olimpíada de 2016, o setor de transportes públicos no Rio receberá R$ 30 Bilhões para desenvolvimento, segundo a secretária de transportes.
Expandir as linhas de metrô para toda cidade
Ao mesmo tempo em que as ruas do rio receberam 43% mais carros em dez anos e quase 200 mil novos habitantes, o sistema metroviário cresceu menos de 3 km. Paralelamente, mais de 12 milhões de viagens são feitas com ônibus, automóveis e outros veículos, segundo o especialista Sérgio Ejzenberg, enquanto apenas 600 mil passageiros utilizam o metrô diariamente.
- A única solução possível é o transporte de massa. É possível e é economicamente e ecologicamente viável. É muito mais barato transportar muita gente por metrô do que qualquer outro tipo de transporte.
Planos para crescer existem. A linha 3, que ligará a Praça Quinze a São Gonçalo, está orçada em mais de R$ 3 bilhões, passando sob a baía de Guanabara e cortando Niterói com uma linha terrestre. “Barato não é, mas existe rede integrada sem metrô eficiente”, aponta Ejzenberg.
Melhorar a qualidade dos trens
A promessa da SuperVia é investir R$ 2 bilhões até a Olimpiada. Se concretizada, será uma vitória para o carioca, já que um trem com quatro composições comporta até mil pessoas, o equivalente a 15 ônibus. O engenheiro de transportes da Coppe/UFRJ, Paulo Cezar Ribeiro critica as longas viagens de ônibus.
- O sistema de transporte por trem tem que melhorar para atender à população da zona oeste. É bem mais rápido e mais eficiente, além de levar mais gente. Não é possível colocar um ônibus para fazer uma viagem de Santa Cruz ao centro. É uma volta de mais de 60 km.
Nos anos 80, o sistema ferroviário transportava mais de 1 milhão de passageiros, mas a falta de investimentos fez o número cair para 145 mil em 1998. Atualmente o número de usuários já é próximo a 450 mil por dia.
Modernizar o controle de tráfego
Se nenhum carro enguiçar, se nenhum farol parar e se não tiver nenhuma consessionária fazendo reparos, na hora do rush, a velocidade média da Rua São Clemente, em Botafogo, não passará de 13 km/h, segundo a CET-Rio.
Quase 200 câmeras da companhia estão 24 horas de olho no trânsito da cidade e outros 2.200 sinais são responsáveis pelo fluxo de veículos na capital fluminense. Parece muito, mas não é, já que apenas metade dos semáforos é programada por computadores, podendo aumentar ou diminuir o tempo de abertura a distância.
“O ideal é que toda a rede pudesse ser programada a distância”, diz Alexandre rojas. No entanto, o investimento vai doer no bolso da prefeitura: um sinal inteligente custa de R$ 50 mil a R$ 110 mil.
Regulamentar o transporte alternativo
Regulamentar o transporte alternativo na região metropolitana não vai solucionar apenas o trânsito, mas também vai evitar crimes. De acordo com o Detro(Departamento de Transportes Rodoviários), só em Niterói e São Gonçalo, já ocorreram mais de cem homicídios relacionados à exploração do transporte alternativo.
O número de vans e kombis piratas que dominam as ruas do Rio e das cidades vizinhas chegam a 25 mil. Estima-se que para cada van ou Kombi (6.000), existam outras três irregulares. “ A falta de planejamento do sistema faz com que surjam os transportes alternativos e irregulares”, salienta Alexandre Rojas. Se fosse integrado à rede, ajudaria a chegar a bairros de difícil acesso, como Santa Teresa e outros morros da cidade.
Tirar das ruas os carros em más condições e irregulares
Uma medida de essencial importância para manter a fluidez do trânsito é retirar os carros velhos das ruas. Isso significaria diminuir gastos com veículos enguiçados em vias importantes, além de evitar engarrafamentos desnecessários.
A maneira mais fácil de forçar a renovação é a vistoria obrigatória. Mesmo assim, mais de 52% dos motoristas não se apresentam.
Estima-se que 35% da frota(600 mil veículos) rode de maneira irregular – não pagaram IPVA, multas e licenciamento. Se a fiscalização for mais rígida, o número de carros nas vias certamente diminuiria.
Fazer campanhas educativas
Educar motoristas é trabalhoso e lento, mas não há dúvidas de que é mais eficaz e mais barato para o estado. Para o ano de 2011, segundo o Detran-RJ, a verba para programas de educação chega a R$ 2,5 milhões. Esse dinheiro vem das multas aplicadas na cidade do Rio, mas é insuficiente para colocar uma campanha completa em pé, o que pode ultrapassar os R$ 11 milhões. Uma boa alternativa é buscar parcerias na iniciativa privada.
Educar tem como prioridade diminuir drasticamente o número de acidentes e infrações. Comparada com a frota, o Rio tem uma taxa de acidentes de trânsito com vitimas (cerca de 943 para 100 mil) superior a São Paulo que é de 822 para 100 mil.
Nos sete primeiros meses, mais de 1 milhão de motoristas foram multados na cidade do Rio, aponta o CET-Rio.
Melhorar a fiscalização
Quando a educação não funciona, não resta outra alternativa senão ser rígido com o infrator. No Brasil e no resto do mundo, quando’’dói no bloso’’ o respeito à lei aumenta. Quando os motoristas respeitam as sinalizações, o número de acidentes cai e a velocidade média nas vias aumenta.
Segundo o BID(Banco interamericano de Desenvolvimento). O Brasil tem a maior e mais bem-sucedida rede urbana de fiscalização eletrônica do mundo. E os governantes sabe, usá-la. A prefeitura do Rio assumiu em 1998 a função permanente de multar e punir quem comete infrações de trãnsito, o que garante anualmente receita superior a R$ 75 milhões.
Nesse período, já foram lançadas no sistema mais de 8,5 milhões de multas. As infrações campeãs são excesso de velocidade, avançar o sinal vermelho e estacionamento irregular.

Informações do Portal R7.com

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Greve de rodoviários deixa a população do Rio sem ônibus

quinta-feira, 8 de maio de 2014

A população do Rio de Janeiro foi pega de surpresa na manhã desta quinta-feira (8/4) pela greve dos rodoviários, que decidiram na tarde da quarta-feira (7) por uma paralisação de 24 horas. A decisão partiu de um grupo de dissidente do Sindicato dos Rodoviários do município do Rio que rejeitou o acordo fechado em abril entre a entidade representativa e o sindicato patronal, a Rio Ônibus. A maioria dos trabalhadores não conseguiu chegar ao seu destino e a cidade teve cerca de 90% da sua frota de ônibus fora das ruas, segundo a comissão de greve. A Rio Ônibus divulgou que 325 coletivos foram depredados até às 10h30min, em diversos pontos do Rio.

Segundo Eduardo Paes, compete ao governo cobrar das empresas de ônibus uma posição, ainda mais porque as passagens foram reajustadas o que, em seu entendimento, levaria ao reajuste dos salários dos funcionários. Ele ainda afirmou que já entrou em contato com o presidente da RioÔnibus. Ele falou sobre as ações dos motoristas. "Esperamos que aqueles que estão no movimento grevista que o façam sem violência e sem piquete. Não é admissível que nessa altura tenham 325 ônibus com vidraças quebradas e algum tipo de vandalismo. Isso não é aceitável", declarou o prefeito em entrevista coletiva.

Um dos representantes da comissão de greve, Hélio Teodoro, afirma que a categoria aguarda uma nova assembleia para discutir o acordo salarial, que segundo ele foi fechado entre os sindicatos sem a participação dos empregados. A negociação concedeu reajuste salarial de 10% e aumento do Ticket Alimentação de R$ 120 para R$ 150 com desconto de R$ 10. No entanto, a comissão de greve reivindica um reajuste salarial de 40% e ticket alimentação no valor de R$ 400. "A nossa classe quer um salário de, pelo menos, R$ 2.200,00, para que a negociação seja justa. E o que nos revoltou também foi a forma arbitrária com que o acordo foi fechado, só ficamos sabendo do aumento concedido quando recebemos os nossos contra cheques esse mês. Um absurdo", disse o motorista Luiz Cláudio Rocha, da empresa São Salvador, localizada no Centro. Luiz Cláudio contou que a classe recebeu nesta quarta o pagamento já com o reajuste retroativo de abril. 

Os grevistas revindicam ainda melhorias nas condições de trabalho e o fim da dupla função do motorista, que muitas vezes também desempenha a função de cobrador. “Estamos abertos para negociar, mas os 10% que foram dados, nós não vamos aceitar. Vamos continuar batendo na mesma tecla até nos receberem”, garantiu Teodoro. O grupo de dissidentes está divulgando um novo protesto para esta sexta-feira, às 15 horas, na Candelária.

Desde a madrugada, foram montados piquetes nas entradas das 44 empresas de ônibus cujas linhas circulam pela capital fluminense, para impedir os motoristas de saírem para trabalhar. Na empresa São Salvador, no Centro, apenas sete coletivos conseguiram sair, cinco deles retornaram horas depois já depredados. A Rio Ônibus informou que 325 veículos tinham sido depredados até às 10h30min, em diversas áreas da cidade. 

O presidente do Rio Ônibus, Lélis Teixeira, considera o movimento dos rodoviários ilegítimo, já que houve uma negociação com o sindicato que representa a categoria e devidamente assinado junto ao Ministério do Trabalho. Segundo Lélis, o acordo que deveria ser fechado em junho, foi adiantado para abril, por causa da Copa do Mundo, e é o maior concedido em todo o país, firmado em 10%. Lésli considerou que a negociação foi "dura" e a Rio Ônibus procurou estudar com a entidade representativa dos rodoviários o acordo que mais beneficiaria a classe, sem passar de um teto que levaria a um repasse para o consumidor.

Com relação aos atos de depredação dos coletivos, Lélis disse que a Rio Ônibus apurou que eles aconteceram em áreas próximas às garagens das empresas, por elementos que chegavam em motos, de carro e até caminhando, com pedaços de madeira e sempre pediam para os passageiros saírem dos coletivos. De acordo com a avaliação de Lélis, as ações parecem orquestradas e muito violentas. 

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio) informou, em nota, que o reajuste acordado com a Rio Ônibus foi analisado tendo como base as negociações de outros estados. De acordo com o sindicato, a proposta foi discutida em assembleia e foi "aprovada por ampla maioria”. O Rio de Janeiro tem cerca de 40 mil rodoviários. 

Trabalhadores foram os mais afetados pela paralisação

Desde a madrugada os pontos de ônibus da capital fluminense e da Baixada Fluminense já estavam lotados. No Terminal Rodoviário Américo Fontenele e na Central da Brasil a movimentação era muito grande. A diarista Isabel Guimarães teve que adiar a sua viagem para Taubaté, em São Paulo, porque perdeu o horário de partida do ônibus na Rodoviária Novo Rio. "Eu não sabia sobre a greve dos rodoviários hoje e quando cheguei na Avenida Brasil o trânsito estava todo parado, tinha um grupo de manifestantes parando os ônibus e muita gente nervosa. Estamos acostumados a ver esses protestos pela televisão, jornais, quando a gente vê assim, tão perto, assusta muito. E a gente sem ônibus, fica realmente sem chão.", contou a diarista.

A auxiliar de serviços gerais Janaína Santos, de 42 anos, é a favor da reivindicação dos rodoviários, apesar dos transtornos causados à população. "Eles [rodoviários] têm o direito de pedir aumento e tudo mais. Os nossos patrões precisam entender a situação", disse ela. Já a doméstica Rosa Cleia, de 40 anos, acha que a greve prejudica a população, que fica impedida de cumprir os seus compromissos. "Eu, por exemplo, estou aqui [no Terminal Rodoviário Américo Fontenele] desde às 7h e já são 10h e não consegui sair daqui e chegar ao trabalho. E nem sei como vou fazer para chegar a Zona Sul", contou ela.

"Essa greve nos pegou de surpresa. Fazer o que? Agora é procurar uma alternativa para chegar ao trabalho", afirmou o auxiliar de serviços gerais Sebastião Oliveira, de 53 anos. Sebastião, que reside em Xerém, contou que levou mais de duas horas até o Centro do Rio, pela Linha Vermelha. 

Por Cláudia Freitas
Informações: Jornal do Brasil

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