O tema foi discutido em audiência pública recente, no Centro Cultural da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), com a presença da equipe técnica da Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo).
O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), se revelou preocupado com as dúvidas que cercam o projeto. "Eu quero saber se terá subsídio ou não, pois a prefeitura não tem condições de arcar com essa despesa. O mesmo ocorre com Várzea Grande, diante da visível dificuldade financeira que os municípios brasileiros enfrentam", disse.
Para reforçar as dúvidas a respeito da tarifa, o coordenador de Mobilidade Urbana da Secopa, Rafael Detoni, alegou que não dá para definir o valor da tarifa, pois o VLT está em sua fase inicial.
"Todo custo do VLT está sendo bancado pelo Estado de Mato Grosso. Se estamos bancando toda essa aquisição e presenteando Cuiabá e Várzea Grande com toda essa infraestrutura, o Estado não está visando retorno financeiro, o nosso subsídio está aí", afirmou.
Conforme já anunciado anteriormente pelo governador Silval Barbosa (PMDB), o Estado vai executar as obras do VLT e, após sua conclusão, lançará um edital de licitação para conceder a iniciativa privada a gestão do sistema de transporte.
A empresa vencedora poderá administrá-lo período de 30 anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. Assim, o Estado também planeja recuperar o dinheiro gasto com o investimento, que pode chegar até a R$ 1,1 bilhão.
Para contratação da empresa que vai executar o projeto do VLT, o Estado optou pelo RDC (Regime Diferenciado de Contratação), que serve para acelerar a contratação em obras voltadas a Copa do Mundo e Olimpíadas, conforme aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidente Dilma Rousseff (PT).