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VLT carioca resgata memória de bondes com sustentabilidade

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Antigo bonde elétrico na Avenida Rodrigues Alves, Zona Portuária do Rio (Foto: Acervo Fotográfico da Light/Divulgação)Antigo bonde elétrico na Avenida Rodrigues Alves, Zona Portuária do Rio (Foto: Augusto Malta / Acervo Fotográfico da Light/Divulgação)


Em abril, quando o VLT começar a circular em seu primeiro trecho – da Rodoviária Novo Rio até o Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio –, estará sendo escrito um novo capítulo na história dos transportes públicos da cidade.
Movido à eletricidade e totalmente não poluente, o novo meio de transporte, que vai atender a cariocas e visitantes, também resgata lembranças da época dos bondes elétricos. Até mesmo o som do antigo será lembrado. Por ser extremamente silencioso, na cabine do condutor haverá um botão para a tradicional buzina e um outro que reproduz a campainha dos antigos bondes. 
Os bondes circularam na cidade entre 1892, quando pertencia à Companhia Ferrocarril São Cristovão, e depois de 1905 até o final da década de 60, quando estavam sob o controle da Light, concessionária de energia. Para antigos usuários, especialistas em história e autoridades, o VLT é o que pode se chamar de um "bonde turbinado com alta tecnologia".
A professora Márcia Mendes, moradora da Gamboa, na Região Portuária do Rio, contou que tem memória da infância quando usava o bonde para ir para a escola na companhia da irmã. "Achava o máximo, me sentia gigante com a sensação de liberdade quando ficava na janela", lrelembrou. 
O VLT trouxe a memória do bonde. Quem andou e teve o privilégio não esqueceu. Para quem não conhece, o assunto voltou"
Roberta Saragoça, museóloga
Para ela, o VLT, que tem uma parada na porta da casa dela, é uma visão futurista dos bondes. "Eu estou otimista. Vai ser bom sim se ele realmente for usado como planejado", opinou.


O VLT carioca é um dos primeiros do mundo projetado sem a  tecnologia catenária, que usa cabos para captar energia elétrica em fios suspensos. Os trens não têm fios em rede aérea e são alimentados por duas fontes de energia.
Em entrevista ao G1, o secretário de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Jorge Arraes, explicou que o modelo do VLT do Rio é inédito até mesmo em outros lugares do mundo.


"Abastecimento pela superfície a gente tem conhecimento que existe em Dubai, mas lá é um pouco diferente já que eles circulam em áreas mais livres e não passam por regiões com construções como aqui no Rio".
Trilhos do VLT são abastecidos pelo sistema APS  (Foto: Káthia Mello/G1)Trilhos do VLT são abastecidos pelo sistema APS (Foto: Káthia Mello/G1)
A energia vem de um terceiro trilho, sistema APS (alimentação pelo solo), instalado entre os trilhos de rolamento do veículo, cuja alimentação ocorre apenas no trecho sob o trem. As composições também têm um supercapacitor, uma espécie de bateria, que recebe energia da rede e pode ser recarregado pela energia absorvida no processo de frenagem do trem. Além disso, ele é silencioso
Segundo Arraes, a sustentabilidade não é o principal foco do projeto, mas ele foi levado em consideração. "No mínimo, esses três aspectos, da poluição direta por conta do combustível, da sonora e da visual, ele atende os requisitos da sustentabilidade", explicou. 
Ele explicou que quando a operação for plena, serão feitos testes ambientais para saber, por exemplo, qual a quantidade de carbono está sendo capturada pelo fato do trem não estar queimando combustível.
Outra semelhança com os antigos bondes é o trajeto. Durante as obras, foram encontrados trilhos dos antigos bondes. Em alguns pontos, o VLT vai fazer o mesmo de 160 anos atrás. Entre os achados arqueológicos descobertos embaixo das movimentadas ruas está o calçamento da Rua da Constituição.


Parte do piso será preservada e exposta como previsto na proposta enviada e aprovada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A área tem 15 metros quadrados é o trecho mais antigo, que ainda mantém o desenho original e de maior representatividade histórica, conforme avaliação dos arqueólogos.
E é também por isso a preocupação com os prédios históricos ao longo do traçado do VLT. Para minimizar o impacto e evitar vibrações haverá um mecanismo de controle de ruído atendendo um pedido do Instituto do Patrimônico Histórico (Iphan) e do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
"Como o trem vibra quando passa nesses locais, por exemplo na Rua da Constituição, e na Rio Branco onde estão prédios históricos, nós colocamos nesses trechos equipamentos para reduzir o impacto. É um isolante, um material sintético que é colocado no topo do trilho para proteger, dar uma proteção física", explica Arraes.
O secretário afirmou que depois da transformação urbana da Região Portuária eles estão fazendo projetos para a expansão do VLT até a Zona Sul.


"Será com outro viés que não só o da integração. Tem a ver com o resgate da mobilidade, da recuperação urbanística de um bairro como Botafogo. O VLT sairia da Cinelândia para seguir até Flamengo, Botafogo, Jardim Botânico e Gávea, para integrar com o Metrô".
Bonde na Avenida Rio Branco com Avenida Treze de Maio (Foto: Acervo Fotográfico da Light/Divulgação)Bonde na Avenida Rio Branco com Avenida Treze de Maio (Foto: Augusto Malta / Acervo Fotográfico da Light/Divulgação)
Retomada da história
A museóloga do Instituto Light, Roberta Saragoça, ressalta que o VLT trouxe da volta a memória dos bondes. Segundo ela, aumentou o interesse na história deles aumentou a partir do momento em que começou a se veicular notícias sobre a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos.

"Somos frequentemente procurados por pesquisadores e outros profissionais sobre o assunto. O VLT trouxe a memória do bonde. Quem andou e teve o privilégio não esqueceu. Para quem não conhece, o assunto voltou", explicou.    
O instituto abriga parte da história dos bondes. São fotografias de Augusto Malta, documentos, mobiliário e equipamentos à disposição da pesquisa. Um bonde reformado está em exposição e são feitas visitas teatralizadas  com personagens vestidos como na década de 20 para ajudar a manter essa memória.
Trilhos do VLT sobre a Avenida Rio Branco (Foto: José Raphael Berrêdo / G1)Trilhos do VLT sobre a Avenida Rio Branco (Foto: José Raphael Berrêdo / G1)
Menos carro e material reciclado
A implantação do novo meio de transporte tem custo avaliado em R$ 1,157 bilhão, sendo R$ 532 milhões com recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e R$ 625 milhões viabilizados por meio de uma parceria público-privada (PPP) da Prefeitura do Rio.

De acordo com informações da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto Maravilha (Cdurp), os carros que circulam diariamente pelos centros urbanos transportam em média 1,3 passageiros. A capacidade de cada  VLT é de 420 passageiros. Considerada uma taxa de ocupação média, cerca de 255 carros deixarão de circular pela cidade.
Traçado do VLT no Centro do Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)Traçado do VLT no Centro do Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)
As obras do VLT utilizaram equipamento de fresa ao longo da intervenção na Avenida Rio Branco para a remoção do pavimento, de forma a garantir o melhor uso dos recursos. Ao todo, 3.240 metros cúbicos de asfalto foram retirados da avenida e seguem sendo aproveitados nas obras.  
O novo modelo de transporte alterou o visual da Avenida Rio Branco, uma das principais da cidade. Está em construção um boulevard, com extensão de  600 metros. Nesse ponto, a pista será compartilhada com o VLT e ciclofaixa, nas proximidades da Cinelândia, onde fica o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional.
VLT vai passar na Avenida Rio Branco (Foto: Reprodução/Prefeitura do Rio)VLT vai passar na Avenida Rio Branco (Foto: Reprodução/Prefeitura do Rio)
Como vai funcionar a operação  
O VLT vai operar 24 horas por dia nos sete dias da semana, confirma Arraes. Em agosto, quando estiver totalmente entregue o VLT terá 28 quilômetros de comprimento com  32 paradas. Serão 32 trens em operação. Até o início de fevereiro sete trens já haviam sido entregues: cinco deles produzidos na França  e dois produzidos na fábrica da Alstom, em Taubabé, São Paulo. A capacidade total do  sistema chegará a 300 mil passageiros por dia.

Atualmente 28 condutores estão em fase final de treinamento e habilitação para começar a trabalhar em abril. O objetivo é formar mais 40 profissionais
Para as duas turmas iniciais, o primeiro mês aconteceu na França, no centro de treinamento da RATP, empresa responsável pela operação do metrô e VLT em Paris. Eles também usam um simulador de condução que apresenta o trajeto entre a Rodoviária e o Aeroporto Santos Dumont reproduzindo situações a serem encaradas durante a operação.
Treinamento de condutores do VLT no Centro do Rio (Foto: Káthia Mello/G1)
Treinamento de condutores do VLT no
Centro do Rio (Foto: Káthia Mello/G1)
A segunda etapa de implantação do VLT - Central do Brasil até Praça 15 -  está marcada para agosto.


Segundo Arraes, um  dos principais desafios será o início da circulação onde será possível saber se o novo transporte terá o mesmo dinamismo pensado na implantação.
Ele confirma que o VLT terá prioridade nos sinais de trânsito e os outros motoristas vão ter que se adaptar a isso. 


" Se ele vem em uma linha e o sinal está fechado, existe abaixo um sinalizador em que o sinal abre para ele automaticamente e fecha para os outros carros, mas isso é uma situação comum". Ele lembrou ainda os problemas enfrentados pela prefeitura quando o BRT foi implantado e muitas pessoas andavam de skate e cruzavam as vias exclusivas dos ônibus.
De acordo com Arraes, as ruas estreitas, no Centro, a região da Central do Brasil com grande circulação de pessoas serão os pontos mais complicados. O VLT terá velocidade de 18 quilômetros nos trechos mais difíceis e de até 50 quilômetros, nos trechos mais desertos e durante a madrugada. A previsão é que eles circulem na horas de pico com frequência de três minutos.          
Secretário Jorge Arraes em entrevista no VLT    (Foto: Káthia Mello/G1)
Secretário Jorge Arraes em entrevista no
VLT (Foto: Káthia Mello/G1)
Preço das passagens x validação
De acordo com o secretário, a prefeitura do Rio irá fazer o  anúncio do preço da passagem do VLT em meados de março.

O pagamento será feito por cartões validados em oito máquinas próprias, no interior dos módulos do trem.


Esse é um sistema inédito no país, mas também haverá fiscalização e a prefeitura pretende mandar um projeto de lei para a Câmara para estabelecer uma multa no caso de alguém não validar a passagem. O modelo é semelhante ao que ocorre com o Lixo Zero. Segundo o secretário, o valor da multa também deverá ser o mesmo.
" Mantivemos essa que é a opção mundial. Esse tipo de transporte no mundo inteiro é assim. Em alguns países funciona melhor e em outros pior. Haverá campanha educativa e também fiscalização", acrescentou.  
No entanto, Arraes acredita que as pessoas já estão acostumadas porque já fazem uso do Bilhete Único nos ônibus, barcas e no metrô.  A diferença é que no VLT não existe catraca. 
Por Katia Melo
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Após dois dias sem ônibus, 70% da frota voltará às ruas de São Luís

Apenas 70% dos serviços de transporte coletivo da capital maranhense voltam a funcionar, segundo informou ao G1, por telefone, a assessoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA). A decisão foi tomada depois que o Tribunal Regional do Trabalho no Maranhão (TRT-MA) decretou a ilegalidade da greve, atendendo solicitação feita pela Procuradoria Geral do Município (PGM) de São Luís. 
Foto: Biaman Prado / Jornal O Estado

O Município alegou que os rodoviários informaram, por meio de ofício, que a categoria deflagraria a greve geral, mas que não constava o percentual mínimo estabelecido por lei para a garantia da prestação de serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades da comunidade, que é o caso do transporte coletivo.

Com isso, os motoristas e cobradores de ônibus retomam a partir da 0h, desta quarta-feira (24), os serviços em todas as linhas e itinerários, e em todos os horários, a fim de não causar transtorno à população na capital.

Por nota enviada ao G1, o SET afirma ter entrado “em acordo com os rodoviários e confirmou o término da paralização”. O sindicato dos empresários diz ainda que “está confirmada a normalização no sistema do transporte coletivo em são luís para esta quarta-feira”, diferente do que foi anunciado pelos rodoviários.

Reunião de apreciação
A categoria dos rodoviários mantém estado de greve até que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) realize o pagamento do adiantamento salarial, conforme firmado em convenção coletiva de trabalho.

Na manhã desta quarta-feira (24), dirigentes do sindicato dos trabalhadores se reunirá para apresentar a categoria a proposta feita pelo SET.

Os empresários propuseram pagar os motoristas nesta quarta e realizar o pagamento dos cobradores até sexta-feira (26).

Se os trabalhadores concordarem com a proposta haverá a normalização no sistema do transporte coletivo, segundo explicou o presidente da categoria Isaias Castelo Branco. Além disso, o acordo será homologado no TRT-MA em reunião na tarde desta quarta-feira.

Notificação do Procon
Também nesta terça-feira (23), o Procon no Maranhão notificou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário no Maranhão (Sttrema) exigindo medidas para contornar os prejuízos causados aos consumidores pela greve dos rodoviários de São Luís.

De acordo com o Procon, o SET deverá regularizar no prazo de 24 horas o pagamento dos salários dos trabalhadores. Já o Sttrema deverá garantir pelo menos 30% das viagens durante o período de greve, quantitativo que deve ser aumentado para 70% nos horários de pico. Em caso de descumprimento, os respectivos sindicatos serão submetidos às penalidades administrativas e civis cabíveis.

Paralisação
A capital maranhense amanheceu pelo segundo dia consecutivo praticamente sem ônibus. Na madrugada desta terça-feira (23), representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttrema) amanheceram nas garagens de algumas das empresas para orientar a categoria sobre a paralisação, que segundo o Sttrema, agora, é por tempo indeterminado.

Informações: G1 MA


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CET inicia mão dupla em trecho da Brigadeiro Luís Antônio

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Moradores, comerciantes e motoristas reclamam da implantação de mão dupla na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, entre a Rua dos Ingleses, no Centro, e a Rua Groenlândia, nos Jardins. A alteração foi anunciada neste domingo (21), e começou a ser testada na madrugada de segunda-feira (22), segundo a CET. Na prática, no entanto, a mudança já está valendo, com pintura de faixa amarela para dividir a pista, novas faixas de pedestres e bloqueio para conversão à esquerda na Alameda Jaú, um dos maiores pontos de descontentamento e confusão. Muita gente diz ter sido pega de surpresa com a mudança repentina.

A Avenida Brigadeiro Luís Antônio liga a região central de São Paulo ao Ibirapuera. Originalmente, ela tinha uma faixa para ônibus e duas para carros no sentido Centro. E apenas uma faixa, somente para ônibus, no trecho entre a Rua dos Ingleses e a Rua Groenlândia, no sentido Ibirapuera. Com a nova proposta, esse trecho passa a ter duas faixas para o Ibirapuera e, consequentemente, o sentido Centro perdeu uma das faixas para carros.

Segundo a CET, a medida foi tomada para reduzir o índice de acidentes na via, principalmente no trecho entre a Rua Cincinato Braga e a Alameda Santos, onde a  companhia registrou 116 atropelamentos, entre 2013 e 2015.

O engenheiro Sérgio Ejzenberg, mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo afirma que "o que foi feito foi algo para proteger pedestres."
"Para o leigo parece uma coisa louca porque, se tinha atropelamento e você coloca mais carros, parece que vai matar mais gente. Não é este o raciocínio. O raciocínio é não dar a falsa impressão de mão única."

Ejzenberg diz que há uma lógica nisso, porque uma via com faixa exclusiva no contrafluxo costuma ser perigosa para pedestre. Isso ocorre porque passam milhares de veículos em um sentido (que é o sentido que o tráfego é normal) e no sentido oposto passam, talvez, 50, 60 ônibus por hora, o que dá, às vezes, menos do que um minuto entre cada ônibus.

Para Ejzenberg, isso dá impressão de que é via de mão única.

"As pessoas acabam atravessando como se fosse via de mão unica. Na hora que começam a atravessar (porque viram que o semáforo segurou o tráfego mais lá para baixo) vem um ônibus pela contramão, entre aspas, e mata na hora."
O especialista diz que essas vias de ônibus no contrafluxo "são intrinsecamente perigosas por esta razão, não só para o pedestre, mas também para quem entra pela transversal, de carro ou de motocicleta."

"Fica com a impressão que a via é de mão única, porque só se vê passar carro em um sentido e na hora que se imbica para passar vem um ônibus na contramão entre aspas e gera um acidente."
Eizenberg diz que a CET deveria ter divulgado o estudo, por uma questão de transparência. "Divulgar o que está acontecendo e por que está acontecendo. Se é esse o problema, então a solução é correta. Mas o estudo não foi divulgado", afirmou. 

Segundo Ejzenberg, a CET tem obrigação de estudar outras vias iguais que existem na cidade. "Se não me engano, tem uma na Penha, na Coronel Rodovalho. A CET tem que explicar isso com mais detalhes porque é de interesse público."

CET trabalha em três turnos
A CET trabalha com agentes em três turnos para ajudar a orientar o tráfego nessa fase de implementação. Funcionários estão desde segunda orientando os motoristas. Na avaliação de alguns deles, a mudança, por ora, é negativa.

"Foi desfavorável porque não houve divulgação. Os motoristas estão sendo pegos de surpresa. Eles não conseguem se programar", disse um deles. Os agentes revelaram ao G1 que a lentidão, no final da tarde, está afetando o trânsito até a Avenida Santo Amaro.

Até as 18h desta terça-feira, nenhum acidente tinha sido registrado, apesar de muitos veículos ignorarem a sinalização feita com cones. Segundo os agentes, 90% dos motoristas que erraram e seguiram na contramão são motociclistas.

Segurança de uma agência de turismo da avenida, no sentido Bairro, Ari Maurício França disse que, para o comércio, a alteração foi positiva. "Ficou mais fácil para os clientes acessarem, parar o carro. Mas para o trânsito foi caótico", comentou. 

Em nota, a CET informou que "visando manter as condições de segurança na travessia de pedestres junto ao cruzamento das avenidas Paulista e Brigadeiro Luis Antonio, as conversões à direita em ambos os sentidos da Avenida Paulista para a Avenida Brigadeiro Luis Antonio permanecerão proibidas."

Ainda segundo a companhia, a medida tem como objetivo garantir as condições de segurança e fluidez no trânsito e a redução do índice de acidentes na avenida, após a finalização dos serviços, os motoristas terão uma semana para se adaptarem ao novo projeto de sinalização na via.

Com a mudança, a Avenida Brigadeiro Luís Antônio contará com faixas exclusivas destinadas aos ônibus e faixas de rolamento liberadas para os demais veículos nos dois sentidos. A circulação no contrafluxo será eliminado ao longo do trecho de implantação.

Informações: G1 São Paulo

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Nova frota entra em funcionamento com reajuste tarifário em Porto Alegre

A nova tarifa do transporte público de Porto Alegre entrou em vigor nesta segunda-feira (22). Agora, a passagem de ônibus custa R$ 3,75, e a de lotação, R$ 5,60. O valor para estudantes será R$ 1,87. Além dos novos preços, passa a circular nesta segunda na capital gaúcha a nova frota, apresentada na última sexta-feira (19).

Após o término do horário de verão e com o retorno das aula na maioria das escolas em Porto Alegre, a tabela horária normal dos ônibus foi retomada também nesta segunda. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), a redução na frequência das viagens foi de 7% desde 24 de dezembro do ano passado, quando foram adotados os horários especiais de verão.

Ainda nesta segunda, quatro novas linhas transversais passam a circular nas ruas de Porto Alegre. As linhas T12, T12 A, T12.1 e T13 beneficiarão as regiões da Lomba do Pinheiro e da Restinha, bairros afastadas do centro da cidade. Os novos itinerários serão operados pela empresa Carris, que responde pelas linhas transversais já em operação.

O reajuste da tarifa do transporte público foi de 15,38% em relação aos preços antigos, de R$ 3,25 para os ônibus e de R$ 4,85 para lotações. O percentual é superior ao aumento salarial concedido aos transportadores rodoviários, definido em 11,81% no dissídio. Os motoristas passam a receber R$ 2.424,52, e os cobradores, 1.456,60. Segundo a prefeitura, os valores são os maiores entre capitais brasileiras.

A prefeitura afirma que os salários dos rodoviários têm peso de 46,49% na composição da tarifa, conforme foi definido na licitação do transporte coletivo. Outros 21,2% equivalem a custos variáveis, 5% a peças e assessórios e o restante a outros itens, como a implantação de ar-condicionado em toda a frota.

Os novos veículos foram apresentados na última sexta-feira (19) no Largo Glênio Peres, no Centro da cidade. No início da operação, serão 296 veículos novos na frota. Uma das novidades é a identidade visual, com cores específicas que informam as regiões de destino para os passageiros: o azul será destinado às linhas que atendem a Zona Norte da cidade; o verde, para a região Leste; o vermelho, para Sul, e o amarelo corresponderá aos trajetos da Companhia Carris, com linhas transversais.

Todos os coletivos serão adaptados para cadeirantes. Em até 10 anos, 100% dos ônibus deverão contar com equipamento de ar-condicionado. A adesivagem com o novo layout nos ônibus que já rodam na capital será feita gradualmente.

Informações: G1 RS


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Cartão BOM movimenta R$ 1,5 bilhão de créditos eletrônicos no transporte metropolitano da Grande São Paulo

O transporte metropolitano por ônibus da Grande São Paulo, gerenciado pela EMTU/SP, movimentou em 2015  R$ 1,5 bilhão em créditos eletrônicos, por meio Cartão BOM  (Bilhete do Ônibus Metropolitano). Os créditos são emitidos pelo Consórcio Metropolitano de Transporte e usados para pagamento das tarifas nas 570 linhas intermunicipais da RMSP.  

Ate fevereiro deste ano foram emitidos 7 milhões de cartões eletrônicos, das modalidades Vale Transporte, Comum e Empresarial, Senior e Especial que propiciam também a integração com desconto de R$ 1,68 em 150 estações do  Metrô e da CPTM, no próprio sistema de ônibus metropolitano, além de ser aceito em linhas municipais de 12 cidades da Grande São Paulo, a exemplo de Taboão da Serra, Carapicuíba, Arujá, Suzano,  São Caetano do Sul, entre outras. 

Cerca de 380 milhões de usuários utilizaram o BOM no mesmo período para se locomover na RMSP. Desse total, 72% utilizaram o BOM nos ônibus metropolitanos, o correspondente a R$ 1,09 bilhão de créditos eletrônicos; 15% usaram o cartão nos trilhos, o equivalente a R$ 210 milhões de créditos; e 13% nas linhas de ônibus municipais, envolvendo o valor de R$ 200 milhões.

O Cartão BOM possui grande abrangência territorial, pois é utilizado nas linhas que interligam os 39 municípios da RMSP, incluindo a capital, com o atendimento de 2 milhões de usuários por dia, aproximadamente. 

Em 2016 já foram emitidos 100 mil cartões. Os usuários têm à disposição mais de 1.000 pontos de recarga disponibilizados pelo CMT/Autopass, além de 19 lojas e quiosques distribuídos na Grande São Paulo e na capital, incluindo estações de trens e Metrô. Para 2016 a previsão é de instalar novos pontos nas estações do Metrô Vila Pudente, Tatuapé Tucuruvi e da CPTM nas estações Barra Funda e Ferraz de Vasconcelos. Os créditos também podem ser adquiridos por meio do site www.cartaobom.com.br e a recarga é automática, no validador instalado nos ônibus. O mesmo pode ser feito com os créditos concedidos pelas empresas aos seus empregados, por meio do BOM Vale Transporte.

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Linhas 'Universitárias' iniciam operação em Porto Velho

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Três novas linhas de ônibus terão início nesta segunda-feira (22), a partir das 18h, em Porto Velho. Segundo o consórcio do Sistema Integrado Municipal de Transporte de Passageiros (SIM), as rotas Universitária I, Universitária II e Universitária III foram criadas para atender os alunos das instituições de ensino superior da capital. Elas vão sair dos terminais Ulisses, Guajará e Norte Sul, percorrendo as faculdades particulares, com retorno previsto para começar às 22h40.

A linha “Universitária I” sairá do terminal do bairro Ulisses Guimarães, tendo como destino final a Faculdade São Lucas. Na ida, os ônibus desta rota vão percorrer as seguintes instituições, na ordem que segue: Uniron, Unipec, Fimca, Faro, FIP, Fatec, Ulbra e São Lucas. A ordem das faculdades na volta será: São Lucas, Ulbra, Fatec, FIP, Fimca, Faro, Unipec e Uniron.


Os ônibus da linha “Universitária II” partirão do terminal Guajará, tendo a Faro como destino final. Na ida, os veículos vão passar pelas instituições: São Lucas, Ulbra, Fatec, FIP, Uniron, Unipec, Faro e Fimca. Na volta, os ônibus atenderão: Fimca, Faro, Unipec, Uniron, FIP, Fatec, Ulbra e São Lucas.

A linha “Universitária III” sairá do terminal Norte Sul, com destino final na Uniron. Na ida, os ônibus vão percorrer as seguintes instituições: Ulbra, São Lucas, Fatec, Fimca, Faro, Unipec e Uniron. As faculdades atendidas na volta serão: Ulbra, Uniron, Unipec, Fimca, Fatec, Ulbra e São Lucas.

Vejas abaixo as rotas completas das linhas (rua a rua):
- Universitária I
Ida: Rua Orion; Rua Blumenau; Estrada dos Periquitos; Rua Petrolina; Rua Rosalina Gomes; Rua União; Rua Mané Garrincha; Rua Raimundo Cantuária; Rua Aruba; Rua Amador dos Reis; Rua Alexandre Guimarães; Avenida Mamoré; BR 364; Avenida Rio Madeira; Rua Raimundo Cantuária; Rua Miguel Chakian; Rua Jaci Paraná; Rua João Goulart; Rua Alexandre Guimarães.

Volta: Rua Alexandre Guimarães; Rua João Goulart; Rua Raimundo Cantuária; Rua Salgado Filho; Rua Amazonas; Avenida Rio Madeira; BR 364; Avenida Mamoré; Rua Alexandre Guimarães; Rua Amador dos Reis; Rua Aruba; Rua Mané Garrincha; Rua Raimundo Cantuária; Rua Mané Garrincha; Rua União; Rua Rosalina Gomes; Rua Petrolina; Estrada dos Periquitos; Rua Blumenau; Rua Orion; Terminal.

- Universitária II
Ida: Avenida Calama; Rua Andreia; Avenida Migrantes; Rua Alba; Rua Francisco M. da Silva; Rua Ananias de Andrade; Avenida Calama; Avenida Guaporé; Avenida Migrantes; Avenida Rio Madeira; Avenida Calama; Avenida Farquar; Avenida Sete de Setembro; Avenida Campos Sales; Rua Alexandre Guimarães; Rua João Goulart; Rua Raimundo Cantuária; Rua Salgado Filho; Rua Amazonas; Rua Governador Ari Marcos; Rua Amazonas; Avenida Mamoré; BR 364; Avenida Calama.

Volta: BR 364; Avenida Mamoré; Rua Raimundo Cantuária; Rua Governador Ari Marcos; Avenida Vieira Cahula; Avenida Rio Madeira; Rua Raimundo Cantuária; Rua Miguel Chakian; Rua Jaci Paraná; Rua João Goulart; Rua Alexandre Guimarães; Avenida Rogério Weber; Rua Henrique Dias; Avenida Farquar; Rua Abunã; Rua Venezuela; Avenida Calama; Avenida Rio Madeira; Avenida Migrantes; Avenida Guaporé; Avenida Calama; Rua Ananias de Andrade; Rua Francisco M. da Silva; Rua Alba; Avenida Migrantes; Rua Andreia; Avenida Calama.

- Universitária III
Ida: Rua Vitória do Palmar; Estrada 13 de Setembro; Rua Joaquim da Rocha; Rua Miguel Calmon; Avenida Jatuarana; Rua Geraldo Siqueira; Rua Emílio Feitoza; Avenida Campos Sales; BR 364; Rua Goiás; Rua Bahia; Rua Brasília; Avenida Rio de Janeiro; Rua Guanabara; Rua Alexandre Guimarães; Rua Rogério Weber; Avenida Sete de Setembro; Avenida Nações Unidas; BR 364, Avenida Mamoré.

Volta: BR 364; Avenida Mamoré; BR 364; Avenida Jorge Teixeira; Rua Almirante Barroso; Avenida Campos Sales; Rua Alexandre Guimarães; Rua Guanabara; Avenida Rio de Janeiro; BR 364; Avenida Campos Sales; Rua Emílio Feitoza; Rua Geraldo Siqueira; Avenida Jatuarana; Rua Tancredo Neves; Rua Joaquim da Rocha; Estrada dos Japoneses; Rua Vitória do Palmar; Terminal Norte Sul.

Informações: G1 RO

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Em São Luís, Rodoviários decidem fazer greve por tempo indeterminado

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Maranhão (Sttrema) decidiu, após reunião entre o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET) e Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) fazer greve a partir de amanhã por tempo indeterminado em São Luís.

“Apesar da reunião não ter tido um avanço significativo, aguardamos até às 18h de hoje para saber se alguma empresa iria efetuar o pagamento, mas infelizmente não entraram em nenhum acordo, então, iremos parar até que façamos um novo acordo. Pois os funcionários não merecem trabalhar sem receber”, disse Isaias Castelo Branco presidente do Sindicato dos Rodoviários.

A paralisação da frota dos ônibus de São Luís vai acontecer em razão do não pagamento do adiantamento do salário dos funcionários, que vem sendo realizado com atraso desde o mês de outubro de 2014. Na manhã de hoje houve uma paralisação de advertência no prazo de 2h.

Apenas duas empresas fizeram o pagamento de acordo com o combinado e as outras 21 afirmam não poder fazer o pagamento ainda hoje.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET) lamenta eventuais transtornos para a população, e declarou que orientou todas as empresas associadas a preparem os ônibus para trabalharem normalmente nesta terça - feira; porém isso vai depender da presença nas garagens dos rodoviários.

Informações: O Imparcial


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Em Teresina, Motoristas de ônibus podem deflagrar greve na próxima sexta-feira

Os motoristas de ônibus de Teresina decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira (25), caso o Setut não se manifeste quanto ao pagamento dos 12% de reajuste acordado na última convenção com a categoria. A decisão foi tomada em assembleia realizada na manhã de hoje (22) na sede do Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte de Teresina). Caso a greve seja deflagrada, apenas 50% dos frota permanecerá rodando. Esse número pode reduzir para 30%, que é o mínimo determinado pela Justiça.

O presidente do sindicato, Fernando Feijão, disse que “só depende do Setut se manifestar e pagar o valor referente ao reajuste para que a greve não seja deflagrada”. Ele conta que os 12% acordados ainda foram depositados no salário, plano de saúde e tíquetes alimentação de janeiro, mas que em fevereiro, o aumento já não veio.

Na última sexta-feira (19), os motoristas fizeram uma paralisação no começo da tarde  para alertar o patronato sobre o não cumprimento do acordo. Na ocasião, o Setut informou que deixou de receber da Prefeitura o repasse da diferença da meia passagem, que ficou congelada em R$ 1,05 nos últimos dois reajustes do valor da inteira.  

Para o presidente do Sintetro, essa é uma questão que deve ser resolvida entre o Setut e a Prefeitura, sem sacrificar o trabalhador. Fernando Feijão denuncia o impasse com relação ao pagamento das férias dos trabalhadores, que retornam dos 30 dias de folga sem ter recebido por eles.

Ele menciona também a falta de segurança nos coletivos e os constantes assaltos que têm sido registrados em algumas linhas da cidade, principalmente as que fazem percurso para a zona Sul

“Nós temos ainda o problema estrutural dos terminais de linha. Muitos deles não têm condições mínimas de receberem os motoristas na pausa entre uma viagem e outra. Sem contar as vias esburacadas que acabam com os ônibus. A população reclama com os trabalhadores por causa dos carros quebrados, mas esquecem que isso é responsabilidade da empresa. Nós só prestamos o serviço”, finaliza o presidente do Sintetro.

O PortalODia.com entrou em contato com representantes do SETUT, mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto.

Strans diz que vai iniciar cadastro de veículos alternativos a partir de quarta-feira, se greve for confirmada

A Strans divulgou uma nota na tarde desta segunda-feira, 22, manifestando-se acerca da iminente greve dos trabalhadores e da posição do Setut, que denuncia o atraso no pagamento dos repasses devidos pelo Executivo, destinados a compensar o congelamento da meia passagem.

"A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito esclarece que não tem nenhuma relação sobre as questões salariais do sistema de transporte público, pois esse assunto diz respeito somente ao empregado e empregador. No que diz respeito ao repasse existe uma demanda judicial, por esse motivo nenhuma atitude pode ser tomada com relação a esse repasse", diz a nota divulgada pelo órgão municipal.

A Strans informa, ainda, que a partir da quarta-feira (24) iniciará o cadastro de carros alternativos para substituir os ônibus, caso o movimento grevista seja confirmado. 

Por Maria Clara Estrêla
Informações: Portal O Dia


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Porto Alegre aumenta tarifa de ônibus em 50 centavos

O valor da passagem de ônibus de Porto Alegre vai aumentar R$ 0,50. A nova tarifa passa a vigorar já na próxima segunda-feira (22), dia em que entra em operação o novo sistema de ônibus da cidade. Com o acréscimo, a viagem do porto-alegrense, que custa R$ 3,25, vai para R$ 3,75 - um reajuste de 15,38%. Os táxis-lotação passarão para R$ 5,60. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2015 foi de 10,67%. 

De acordo com a Eptc (Empresa Púbica de Transporte e Circulação), foi feita uma média aritmética das propostas de passagem recebidas pelas empresas, somada à correção pelo IPCA de julho e do dissídio dos rodoviários, que fechou em 11,81%. Conforme a empresa, entre os itens que compõem a tarifa estão o salário dos rodoviários (46,49%), custos variáveis - como diesel, lubrificantes e pneus  - (21,20%) e peças e acessórios (5%).

O anúncio do aumento foi feito na tarde desta sexta pela Prefeitura de Porto Alegre, através de um comunicado. Já pela manhã, o prefeito José Fortunati (PDT) havia confirmado o aumento, mas não deu detalhes da nova tarifa.

Na ocasião, ele apresentou os novos coletivos da cidade. Segundo Fortunati, a partir desta segunda-feira 296 veículos começarão a substituir os ônibus antigos. A frota do novo sistema será de 1.715 ônibus, 12 a mais do que havia anteriormente. Porém, até 2018, a frota total deve ganhar mais 72 carros.

Os coletivos equipados com ar condicionado passarão de 23% da frota para 37%, totalizando 636 veículos. Já os adaptados para cadeirantes serão 1.010 (60% dos coletivos). Uma das maiores novidades do novo sistema é a identidade visual, que, desta vez, utiliza cores específicas conforme as regiões da cidade. O objetivo, segundo Fortunati, é a facilitação do entendimento das linhas. Os ônibus de cor azul atenderão as linhas da zona Norte; verde, a para Leste; vermelho, a sul; e amarelo serão os coletivos da Carris, a empresa municipal.

A reformulação do sistema de ônibus de Porto Alegre contou com um edital, que previu a ampliação e qualificação do serviço prestado aos usuários. Conforme as regras da licitação, o objetivo é reduzir o número de passageiros por metro quadrado - de seis para quatro - para evitar a superlotação dos coletivos.

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BRT poderá ser usado se metrô do Rio não ficar pronto antes dos Jogos Olímpicos

Um dia depois de manifestar preocupação com a conclusão das obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, confirmou que estuda um plano de contingência. A alternativa estudada pela prefeitura é a utilização do BRT, que seguiria com corredores exclusivos para ônibus até a zona sul, caso o metrô não fique pronto a tempo dos Jogos Olímpicos.

Hoje (20), Paes participou de uma reunião com toda a equipe do município para fazer um balanço das ações do governo e discutir novos projetos. O prefeito disse confiar na conclusão da obra dentro do cronograma e explicou que a prefeitura constantemente elabora planos de contingência. Ele criticou ainda o vazamento de mensagens para a imprensa.

“A gente tem muita confiança que o metrô vai ficar pronto. Agora, todo mundo sabe que é um desafio. A gente tem um plano de contingência preparado há algum tempo. Temos de discutir isso com o Comitê Olímpico Internacional, mas nada além disso”, declarou o prefeito. “Nós temos plano de contingência em tantos outros e-mails que não vazaram.”

A edição de hoje (20) do jornal O Globo publicou e-mail do prefeito ao Comitê Olímpico Internacional em que Paes manifestou preocupação com o término das obras da Linha 4 do Metrô, que ligará Ipanema, na zona sul, à Barra da Tijuca, na zona oeste. Na mensagem, ele relatou que é alto o risco de que elas não estejam concluídas a tempo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Mesmo após a divulgação da mensagem, na reunião de hoje, o prefeito disse estar confiante de que o metrô ficará pronto até julho. “Temos confiança de que o metrô vai ficar pronto, mas é óbvio que temos que discutir alternativas”, declarou Paes antes de se reunir com sua equipe. Ele, no entanto, admitiu não ter recebido informações sobre o andamento das obras nas últimas semanas.

Paes considerou normal o alerta para que tudo funcione bem para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. “É óbvio que, nas Olimpíadas, agora estamos na hora da atenção total. Faltam poucos meses para os Jogos Olímpicos. Então, para tudo a gente tem de ter um plano de contingência, um plano alternativo”, completou.

O Comitê Rio 2016 informou à Agência Brasil que acompanha o andamento das obras e que não tem motivo para se preocupar com falta de cumprimento do prazo. “Estamos confiantes que tudo vai ser realizado no prazo, confiantes com o cronograma. O comitê acompanha com atenção, mas não possui elementos para acreditar que não será cumprido o compromisso. Serão realizados grandes jogos”, destacou a entidade.

Por Wellton Máximo
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Contra precarização, metroviários de SP ameaçam parar dia 1º de março

Os trabalhadores da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) ameaçam parar em 1º de março contra uma série de medidas anunciadas pela empresa para conter gastos que estariam prejudicando a categoria, segundo o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior. “É uma situação inusitada. Nunca vivemos uma coisa assim. Mudaram a data de pagamento, suspenderam as férias, proibiram horas extras e adiaram o pagamento da Participação nos Resultados (PR)”, relatou Altino.

Segundo o dirigente, o pagamento do salário era realizado no final de cada mês e o adiantamento – o chamado “vale” –, no dia 15. Agora, o pagamento é no quinto dia útil e o vale, no dia 20. Férias, somente para quem já está estourando o limite que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) permite: 11 meses após o vencimento. A PR, normalmente paga no final de fevereiro, vai ser dividida em três parcelas, com a primeira paga no final de março. “Tudo isso foi decidido sem nenhum diálogo com os trabalhadores, numa clara afronta aos direitos trabalhistas”, ressaltou Altino.

Também estão suspensas as progressões salariais e o abono de periculosidade para trabalhadores gerenciais em obras.

De acordo com Altino, o Metrô alega estar em crise financeira. Porém, a companhia acumula resultados financeiros positivos. O lucro líquido da empresa saltou de R$ 28,4 milhões, em 2012, para R$ 76,4 milhões em 2013 e R$ 86,8 milhões, em 2014. Crescimento de 205% em três anos. “Os números de 2015 ainda não foram divulgados, mas sabemos que houve aumento no número de passageiros transportados, o que, com o aumento das tarifas, certamente elevou a receita”, afirmou.

O aumento no número de usuários transportados também preocupa os trabalhadores. Altino diz que o Metrô não repôs nenhum funcionário em 2015. E neste ano só contratou 12 pessoas. Com a proibição das horas extras, há poucos trabalhadores para atender à população. São 9.612 funcionários para 3,8 milhões de passageiros diários em média. Os dados são de 2014, os últimos disponíveis.

“O Metrô não vive sem hora extra. É uma conta simples. Se não repõe, os que estão na ativa têm de trabalhar mais. Mas com as medidas atuais, temos estações operando com um número mínimo de funcionários. À noite, a Estação República, da Linha 3-Vermelha, fica com apenas três operadores mais o pessoal da segurança”, afirma.

Sangramento
Altino acredita que esteja havendo um “sangramento” da companhia para sanar problemas orçamentários do governo Geraldo Alckmin (PSDB) em outras áreas. “Acredito que o governo estadual está tirando dinheiro do Metrô. Pode ser por meio de remanejamentos ou segurando o valor que deve ser reposto por conta das gratuidades. Não faz sentido o Metrô estar em crise”, afirmou.

O ano passado foi o quinto seguido de déficit orçamentário do governo Alckmin. As despesas superaram as receitas em R$ 1,38 bilhão, o pior rombo registrado no estado paulista em 17 anos. A diferença é 289% maior que em 2014, quando o déficit foi de R$ 355 milhões. A situação ocorreu mesmo após os cortes realizados pela gestão tucana em diversas áreas, o que levou as secretarias de Logística e Transportes, Saneamento e Recursos Hídricos, Transportes Metropolitanos e Habitação a deixar de executar um terço do orçamento previsto para o ano.

Desde que assumiu seu terceiro mandato, em 2011, Alckmin vem fechando as contas no vermelho. Naquele ano, o déficit foi de R$ 723,9 milhões. Em 2012, a diferença entre receita e despesas foi de R$ 240,5 milhões. Em 2013, chegou a R$ 995 milhões, e em 2014 recuou para R$ 355 milhões. Com o resultado do ano passado, Alckmin acumulou a cifra de R$ 3,7 bilhões em resultados negativos. Entre 1998 e 2011, o governo paulista não registrou nenhum déficit.

Por meio de nota, o Metrô defendeu que a proposta de pagamento parcelado em três vezes da PR 2015 aos metroviários “faz parte de um conjunto de medidas temporárias e emergenciais de ajustes, adotadas pela Cia para manter o equilíbrio financeiro, de forma a garantir o cumprimento dos compromissos com seus empregados, fornecedores e usuários, diante da grave crise econômica que afeta o país e, consequentemente, a empresa”. No entanto, a companhia não respondeu sobre os demais problemas apontados pelos trabalhadores.

por Rodrigo Gomes
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