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Estação de metrô mais profunda do Brasil começa a ser escavada em São Paulo

quinta-feira, 21 de julho de 2022

A estação de metrô mais profunda do Brasil e da América Latina começou a ser escavada. A parada Higienópolis-Mackenzie, que fará a ligação da Linha 6 Laranja com a Linha 4 Amarela, teve seus trabalhos iniciados após quase quatro anos de atraso. Quando finalizada, ela deve ter uma profundidade de 69 metros.

Segundo o site Metro-CPTM, que obteve acesso a uma arte de como será a estação, o local terá oito níveis até que se chegue à plataforma de embarque. Nesses níveis, como é comum nas paradas do metrô paulistano, serão colocadas lojas, lanchonetes e outros comércios para atender ao público.

As obras de escavação e construção estão sob o comando da Acciona, empresa que substitui o antigo consórcio Move São Paulo. A previsão é que, se o cronograma dar certo, a estação seja inaugurada em 2025, se transformando em uma importante conexão para a linha 4-Amarela, que também dividirá a estação Higienópolis-Mackenzie.
O túnel de acesso entre as duas estações, aliás, também será enorme. A previsão é de que ele tenha 300 metros de comprimento, o dobro do que acontece entre as estações Paulista (Linha 4 Amarela) e Consolação (Linha 2 Verde). Após a escavação, o próximo passo é de fortalecer as fundações e esperar pela chegada do Tatuzão, veículo que escava os túneis por onde passarão os trens do metrô no futuro.

A estação Higienópolis-Mackenzie não será a única com esse nível de profundidade na Linha 6 Laranja. Outras duas, no mesmo percurso, terão medidas similares, como a São Joaquim, que fará a ligação com a Linha 1 Azul e terá 45 metros, e a Cardoso de Almeida, com 58m.

Informações: Canaltech
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Montadora Chinesa Higer Bus assina acordo com Governo do Ceará para construir nova fábrica de ônibus elétricos

segunda-feira, 11 de julho de 2022

A empresa da China, Higer Bus, assinou acordo com o Governo do Ceará para a instalação de sua nova fábrica de ônibus elétricos no Pecém, a 315 km de Fortaleza. A iniciativa da empresa, discutida com o governo do estado, demandará investimentos de US$ 20 milhões. Com um grande plano de expansão, o Governo do Ceará entra no raio de escolha da empresa não apenas pelo fator de vantagem geográfica com mercados da Europa e das Américas, mas também devido ao hidrogênio verde.

A nova fábrica da Higer Bus deve importar os ônibus elétricos via PKD. Nessa modalidade, o veículo virá com todas as peças desmontadas, ou seja, chegará pronto, e no estado, serão colocadas peças como assentos, vidros e motores elétricos.

Em entrevista, Marcelo Barcella, diretor para América Latina da Higer Bus, ressaltou que os fornecedores da montadora podem atender perfeitamente às demandas da Higer no Ceará. Na seleção estão empresas como Siemens e Dana, para os motores dos ônibus elétricos, Bosch para caixas de direção e ZF para a Suspensão.

As baterias ficarão por conta da CATL, que fechou recentemente uma parceria com a fabricante brasileira de baterias Moura. Entretanto, no Brasil, a empresa atuará via TEVx Motors Higer. 

Entretanto, antes de chegar ao Ceará, a empresa já possui em São Paulo, um contrato com a Enel, onde a companhia de energia disputará uma licitação ou concorrência para a comercialização dos ônibus elétricos. Caso vença, a Higer Bus montará a estrutura de carregamento e alugará todo o pacote de operadores.

Contrato oficial com o Governo do Ceará deve ser assinado em breve
A assinatura do protocolo de intenções com o Governo do Ceará para a instalação da nova fábrica de ônibus elétricos no estado deve chegar em breve. Segundo informações, a Higer Bus já se mobiliza ao lado do Governo do estado para a assinatura do documento, sendo este o primeiro passo para a construção da nova fábrica na região.
Para Baralla, a iniciativa trará vários benefícios, desde a diminuição da poluição até a geração de novos empregos. De acordo com o executivo, a Heiger trará para as empresas e desenvolvedores novas tecnologias onde será necessário capacitar motoristas mecânicos e com isso, realizar avanços para o Brasil e para o estado.

Para o Governo do Ceará, a iniciativa também trará desenvolvimento, como afirma o Secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Junior. A prioridade ao longo dos anos do Pecém foi atrair siderúrgicas, e está atraindo várias novas fábricas, como foi o caso da Higer Bus, que está disposta a assinar um protocolo de intenções para que a nova fábrica de ônibus elétricos seja instalada.

Conheça a Higer Bus
A Higer Bus Company Limited, foi fundada em 1998 e ao longo das últimas décadas, desenvolveu uma moderna base de produção de ônibus de 950 mil metros quadrados, alcançando vendas anuais de mais de 10 bilhões de yuans e exportando ônibus para mais de 100 países e regiões do mundo, abrindo um caminho de desenvolvimento sustentável e rápido. 

A montadora foi classificada entre as 500 marcas mais valiosas da China por 11 anos consecutivos com valor de marca de 35, 835 bilhões de yuans, tornando-se a fabricante de ônibus com maior crescimento da China.

Informações: Band News
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Novo modelo de ônibus começa a ser utilizado no transporte público de Porto Alegre

domingo, 19 de junho de 2022

A frota do transporte público de Porto Alegre ganhará, nas próximas semanas, seis ônibus de um novo modelo que traz uma série de inovações em relação aos que já circulam na cidade. Adquiridos pela empresa concessionária Nortran, os veículos possuem itens como plataforma mais alta e elevador para melhor atender pessoas com deficiência.
O novo modelo está adequado a diretrizes atualizadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Uma das principais mudanças previstas por essas novas regas se refere ao banco auxiliar do box do cadeirante, que trocou de posição para se incorporar ao guarda-corpo e assim permitir que o passageiro possa viajar no sentido do veículo, não mais na lateral”, detalha o técnico de trânsito e transporte da EPTC, Rogério Barbosa.

Acompanhado de técnicos da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o titular da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, vistoriou nesta semana uma das unidades, de um total de 80 a serem introduzidos no sistema da capital gaúcha até dezembro.
O novo modelo foi exposto na feira Transposul, segundo maior evento do gênero na América Latina no que se refere ao setor de transporte e logística.  “A modernização da frota integra o programa ‘Mais Transporte’, lançado pelo governo recentemente e que tem como principal objetivo melhorar o atendimento à população”, ressalta Castro Júnior, acrescentando que:

“Além de uma análise diária da oferta e demanda no transporte coletivo, estamos focados em qualificar a infraestrutura que envolve o atendimento. E isso inclui as paradas e estações de ônibus”.

Início de operação

Os seis primeiros serão colocados a serviço de linhas que atendem a Zona Norte: 721, 727, 731, 761 e 762, que percorrem eixo da avenida Sertório em direção ao Centro Histórico. Conforme a presidente da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), Tula Vardaramatos, o investimento na renovação será em torno de R$ 48 milhões.

“Com a ampliação da oferta para acompanhar a crescente demanda, e ainda para trazer de volta os passageiros, as empresas do setor estão investindo para oferecer um serviço melhor à população”, salienta a dirigente. Com ela estavam no evento os diretors da Nortran, Adilson Porto, e da EPTC, Flávio Caldasso.

De acordo com a prefeitura, 16 linhas de ônibus foram reativas desde o mês passado, quando foram iniciadas as ampliações previstas pelo “Mais Transporte”. O incremento na oferta foi de 1.187 viagens, número que a SMMU projeta em 2 mil até o final do ano.

Informações: O Sul
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BRT Sorocaba recebe visita de representantes do Metrô de Medellín

terça-feira, 14 de junho de 2022

Representantes do Metrô de Medellín visitaram o Transporte Rápido por Ônibus (BRT) Sorocaba na sexta-feira (10), e a partir do Centro de Controle Operacional (CCO) viram como funciona o transporte, os serviços que são disponibilizados aos passageiros e os bastidores de assistência à operação. Além disso, passaram pela experiência como usuário ao embarcarem no Corredor Itavuvu, descerem em uma estação e regressarem ao Terminal Vitória Régia.


O sistema BRT Sorocaba transporta mais de 53 mil passageiros por dia, e com sua tecnologia e sua prestação de serviço colocam a cidade de Sorocaba em destaque no país, pois antes nunca se teve esse tipo de concessão no segmento de transporte de ônibus. Os representantes Carlos David Agudelo e Juan Carlos Londoño foram recepcionados pela equipe da concessionária para conhecer o sistema, e também acompanharam as atividades no BRT Sorocaba

O diretor de operações da BRT Sorocaba, Manoel Ferreira, explicou que a melhor forma de apresentar o sistema é convidando o visitante para fazer uma viagem como se fosse um passageiro e percorrer todas as etapas, desde o acesso nas catracas até as baldeações e a chegada ao destino. “Sempre mostramos os bastidores, explicamos detalhes e tiramos dúvidas sobre como funciona a operação".

O diretor de negócios do Metrô de Medellín, Carlos David Agudelo, disse que o objetivo da visita foi conhecer o sistema por sua tecnologia, boa operação e prestação de serviço. “O que mais chamou atenção foi o uso da tecnologia definitivamente. Desde os pagamentos, o planejamento, o monitoramento e como se comunicam com os usuários para alcançar a todos que usam o sistema”, ressalta.

Já o engenheiro Juan Carlos Londoño destacou como a tecnologia integra a operação para obter um bom custo benefício nos serviços e também trazer conforto para os usuários. “Um sistema de transporte muito lindo, organizado, limpo e uma operação muito eficiente". Ainda disse que a cidade de Sorocaba pode ser uma referência para Medellín, onde ambas podem trocar experiências em função de um melhor serviço de transporte para América Latina e Caribe.

Informações: Jornal Cruzeiro
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Metrô de Salvador já gerou mais de R$ 11,1 bilhões na economia do estado

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Inaugurado pelo Governo do Estado em junho de 2014, o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMLS) é um dos meios de transporte que mais cresceu na América Latina. Com duas linhas e 20 estações, distribuídas por 33 quilômetros de extensão, o modal trabalha por meio de 40 trens, além de oito terminais de ônibus integrados. O sistema recebeu investimentos de R$ 2,7 bilhões do Governo do Estado e já gerou um impacto positivo de mais de R$ 11,1 bilhões na economia da Bahia.


Atualmente, a Linha 1 do metrô funciona de Pirajá até a Lapa, enquanto a Linha 2 vai do Acesso Norte até a Estação Aeroporto, nas mediações de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Mais de 370 mil passageiros são transportados por dia. Além de potencializar avanços na área de desenvolvimento urbano, o transporte de passageiros gera emprego e renda. Em 2021, durante a pandemia da Covid-19, mais de 4.885 empregos diretos e indiretos foram criados com os investimentos e operações do sistema.

A importância do modal na rotina dos soteropolitanos foi tema de um estudo inédito que reuniu membros do autoridades do estado, na última quarta-feira (8), na Casa do Comércio. Intitulado ‘Impactos Econômicos e Sociais do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas’, o estudo revelou a dimensão operacional do metrô na Bahia. Desde 2016, o número de estabelecimentos e oportunidades de trabalho proporcionadas pelo sistema posiciona o transporte como um centro de prestação de serviços para a comunidade.

Um novo trecho, orçado pelo Governo do Estado em cerca de R$ 615 milhões, vai entrar em operação até o fim deste ano. As obras do tramo III estão se aproximando dos 70% de conclusão. Serão implantadas duas novas estações ao longo dos novos cinco quilômetros de trilhos. No total, o modal terá 38 quilômetros de extensão, 22 estações e 8 terminais de integração de ônibus.
A expectativa do Governo do Estado é que moradores de bairros como Cajazeiras, um dos mais populosos da capital, Marechal Rondon, Porto Seco, Dom Avelar, Águas Claras e Vila Canária possam se deslocar com facilidade e segurança para outras regiões, facilitando a geração de emprego e renda e dinamizando a economia da capital.

Atividades para marcar os oito anos de operação do sistema metroviário serão divulgadas ao longo do mês. Dentre elas, na segunda-feira (13), acontece o lançamento de mais duas edições da web série ‘Histórias do Metrô’, que traz histórias de pessoas que tiveram a vida impactada pelo modal.

Na semana seguinte, no dia 20 de junho, será a vez do lançamento da campanha ‘Bora de metrô’. Fechando a programação do mês, a banda Agentes do Metrô vai se apresentar em data e estação a serem divulgadas. Toda a programação é gratuita e tem por objetivo reforçar o quanto o metrô faz parte da vida dos baianos.

Durante pico da pandemia da Covid-19, em ação conjunta da Secretaria da Saúde (Sesab), Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) e CCR Metrô Bahia, o metrô teve a implantação do sistema de medição de temperatura corporal, que se tornou referência nacional. O método funcionou nas estações da Lapa e Pirajá, reforçando o combate à proliferação do novo coronavírus.

A Estação Lapa lidera o ranking das estações com o maior número de embarques diários, seguida de Pirajá, Aeroporto, Acesso Norte, Rodoviária e Mussurunga. O sistema possui uma frota de 40 trens modernos e cada composição tem capacidade para transportar mil passageiros por viagem. Nos dias úteis, são ofertados até 984 mil lugares, número que equivale a mais de 1/3 da população total da capital baiana.

Informações: Jornal da Mídia
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Prefeitura do Rio inicia licitação para requalificação do sistema BRT

terça-feira, 9 de novembro de 2021


O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, apresentaram, nesta segunda-feira (8/11), no Palácio da Cidade, em Botafogo, o novo modelo a ser adotado para requalificação do sistema BRT. A modalidade, inédita no Brasil, será feita de forma separada, dividida em duas fases: a primeira para a locação de frota, possibilitando a substituição gradativa dos ônibus antigos, e a segunda para a concessão da operação do sistema. O novo formato possibilitará uma melhora do serviço prestado à população, com mais veículos, menos lotação e intervalos menores entre os ônibus.

A publicação do edital de licitação para a locação dos ônibus está prevista para o fim de novembro. Quem vencer a disputa ficará responsável pela aquisição dos novos ônibus e pela inspeção da manutenção a ser realizada pelo operador. O município pagará mensalmente ao locador pela frota disponibilizada durante o período do contrato. Já a licitação para a operação está prevista para acontecer em janeiro de 2022.

– Nós estamos dando uma solução definitiva para a operação adequada do sistema BRT. Esse novo modelo permite à futura concessão da operação uma garantia de um aporte importante ao sistema, com a prefeitura alugando os ônibus, tirando um custo dos operadores. Não tenho dúvida que, com esse novo sistema, vamos trazer mais dignidade e respeito à população que usa transporte público nessa cidade – disse o prefeito Eduardo Paes.

Tecnologia embarcada

Os ônibus contarão com uma série de dispositivos de tecnologia para aumentar a segurança e o conforto para os usuários. Entre as novidades estão telemetria e GPS para análise de desempenho; piloto automático para distanciamento dos veículos à frente; limitador de velocidade por GPS; módulo de segurança e interface com condutor; bloqueador de portas para evitar que os veículos circulem de portas abertas; sistema de alerta de colisão frontal e videomonitoramento.

Estão habilitadas a participar da licitação empresas (brasileiras e estrangeiras) que tenham comprovada experiência técnica, como fabricantes, encarroçadoras, empresas de energia e gestores de ativos. A participação de consórcios é permitida e o critério de escolha será o menor preço. A locação será pelo período de cinco anos, renováveis por igual período.

Sustentabilidade

Os veículos a diesel que chegam em 2023 já serão compatíveis com a norma ambiental Proconve P-8, equivalente ao Euro-6, que prevê redução de poluentes locais, como o material particulado em 50%, e hidrocarbonetos em 71%, representando enormes ganhos para a saúde.

Os veículos elétricos estão de acordo com o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio, que estipula uma substituição de até 20% da frota do sistema de ônibus por veículos zero emissão, até 2030. Com a entrada da frota, o município ainda supera a meta do Planejamento Estratégico de introdução de ônibus elétricos na cidade. A frota prevista já posiciona o Rio como uma das maiores cidades da América Latina em relação à frota zero emissão.

Audiência pública

Na quarta-feira (17/11), a Secretaria Municipal de Transportes promove na Câmara de Vereadores uma audiência pública sobre a licitação da locação de frota do BRT. Essa é uma das etapas anteriores à publicação do edital de licitação, quando o projeto será mostrado de forma transparente e os eventuais interessados poderão fazer suas sugestões de aperfeiçoamento do certame.

Licitação para operação do sistema

Em janeiro de 2022, está prevista uma nova licitação para a operação dos serviços do sistema BRT. A concorrência será dividida em três lotes, garantindo múltiplos operadores para diminuir o risco de descontinuidade. Cada um deve ser operado por um concessionário, que terá como atribuições a circulação da frota do respectivo lote, a manutenção dos veículos e a construção das garagens, que serão erguidas em terrenos disponibilizados pela Prefeitura. Até que os vencedores assumam, a prefeitura continuará encarregada pelos serviços do BRT.

A prefeitura optou pelo modelo de contratação separada, com empresas especializadas nas áreas de provisão de frota e concessão da operação, de forma a dividir responsabilidades e aperfeiçoar sua gestão, oferecendo garantias financeiras e incentivos para a melhoria contínua do serviço, além de maior controle dos serviços pelo poder público e flexibilidade em caso de descontinuidade dos serviços. Para isso, a Prefeitura do Rio se inspirou em casos testados com sucesso em outras cidades do mundo, como Londres, Singapura, Bogotá e Santiago.

Garagens públicas

Para assegurar a competitividade da licitação, a Prefeitura inovou e vai oferecer aos operadores quatro terrenos públicos para a construção de garagens dos BRTs e instalação de infraestrutura, o que possibilitará atrair concorrentes internacionais e de outros estados. Os imóveis ficam na Avenida Cesário de Melo, em Santa Cruz, e próximo à estação Magarça, em Guaratiba – ambos para atender o corredor Transoeste; na Ilha do Fundão, para veículos dos corredores Transcarioca, Transoeste Lote Zero (entre os terminais Alvorada e Jardim Oceânico) e Transbrasil, quando estiver em operação; e em Deodoro, para articulados e biarticulados dos corredores Transolímpica, Transcarioca, Transoeste Lote Zero e Transbrasil.

Dependendo da necessidade, poderá haver remanejamento de frota entre corredores. A garagem da Cesário de Melo será a primeira garagem exclusivamente elétrica do país, recebendo todos os veículos elétricos previsto para o sistema BRT.

Novo modelo de bilhetagem

Para a reorganização do sistema BRT e do sistema de transporte público coletivo da cidade, a Prefeitura está implantando um novo modelo de gestão, com a contratação, por meio de uma licitação em andamento, de uma prestadora para gerir o sistema de bilhetagem. O concessionário vencedor será responsável pela arrecadação tarifária e pelo repasse das receitas ao município, por meio de uma Câmara de Compensação Tarifária, para o controle e pagamento aos novos operadores. A licitação da Bilhetagem Digital foi lançada em outubro deste ano e os envelopes serão abertos no próximo dia 7 de dezembro.

A partir da assinatura do contrato, a concessionária terá um prazo de seis meses para realizar todas as atividades e procedimentos necessários para o início de operação do sistema de bilhetagem digital, devendo fornecer os novos validadores aos operadores, emitir cartões de transportes e novas mídias aos usuários comuns e aos que têm direito à gratuidade, como QR Codes, disponibilizar a rede de venda, treinar funcionários e realizar os testes necessários.

O início da bilhetagem digital deverá coincidir com o início da nova concessão para operação do BRT, no segundo semestre de 2022.

Remuneração dos novos concessionários

LOCADOR – O cálculo da remuneração do locador de frota será determinado pela quantidade de veículos disponibilizados, multiplicada pelo valor de aluguel unitário. Os veículos sem condições para a operação não serão considerados.

OPERADOR – A remuneração do operador será com base no custo do serviço. Haverá também incentivos ou penalidades, de acordo com o serviço executado, além de incentivos em casos de aumento do número de passageiros. Atualmente, a remuneração do operador é pelo número de passageiros pagantes, gerando competição por passageiros e poucos incentivos para a prestação adequada do serviço. Com o novo modelo de remuneração e os incentivos propostos, a Prefeitura conseguirá maior qualidade e conforto para usuários, redução da pressão sobre a tarifa, redução de exposição ao risco da demanda sobre operadores e maior controle do serviço pelo poder público.

Prefeitura no controle

Mesmo com a entrada de novas empresas após a licitação da operação do BRT, o planejamento do sistema, o monitoramento e a operação do Centro de Controle Operacional do BRT permanecerão sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Transportes, assim como a avaliação dos resultados para a remuneração do serviço prestado.

Intervenção do BRT

O sistema BRT, que já teve, em seu auge, 384 veículos licenciados, encontra-se sob intervenção da Prefeitura desde março deste ano devido à degradação do serviço que vinha sendo prestado à população. A frota operacional de 297 articulados tinha apenas 120 rodando, em estado extremamente precário. Mesmo com o reforço da manutenção corretiva e de medidas preventivas, o desgaste dos veículos continua sendo o principal problema da atual frota, hoje composta por cerca de 200 ônibus em operação, provocando constantes desfalques e se tornando necessário um reforço na operação do BRT com o aluguel de ônibus comuns para serviços eventuais nos horários de pico da manhã e da tarde.

Como parte das melhorias previstas para o BRT, a Prefeitura planeja reformular algumas das estações mais movimentadas, como Santa Cruz e Curral Falso – ambas em Santa Cruz, além de Pingo D´Água, Magarça e Mato Alto, em Guaratiba. Desde o início da intervenção do BRT, em março deste ano, a Prefeitura já recuperou 37 estações, das 46 que estavam fechadas. As outras nove vão ser reabertas até o fim deste ano. Há previsão ainda de implantação, até 2023, do Terminal Intermodal Gentileza, próximo ao Terminal Rodoviário Novo Rio que fará a ligação intermodal com o VLT, propiciando incremento na demanda dos dois sistemas e trazendo maior conforto aos usuários.

Informações: Prefeitura do Rio
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Campinas ganha destaque em Comitê de Autoridades da UITP

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

O presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Ayrton Camargo e Silva, que agora integra o Comitê de Autoridades Internacionais da União Internacional de Transporte Público / Divisão da América Latina (UITP), foi convidado para ser o anfitrião virtual da 49ª Reunião do Comitê, que contou com 20 autoridades mundiais, nesta última semana.



A UITP é a única rede mundial que reúne todas as partes interessadas no transporte público e todos os modos de transporte sustentáveis. São mais de 1,8 mil membros no mundo, distribuídos em 16 escritórios, incluindo o da América Latina que se encontra em São Paulo.

Durante o encontro com autoridades dos Estados Unidos, Canadá, Rússia, China, Portugal, Singapura, França, Alemanha, Inglaterra, Suécia, Argentina, entre outros, Camargo apresentou um panorama geral do transporte público na América Latina e destacou a cidade de Campinas e o seu potencial econômico, turístico e social. Também apresentou dados da Região Metropolitana (RMC-Campinas).

Os integrantes do Comitê Internacional puderam conhecer a estrutura organizacional da Emdec, suas ações, responsabilidades e diretrizes para a mobilidade urbana nos próximos anos.

Camargo ressaltou o papel pioneiro da cidade em temas da mobilidade no Brasil, lembrando a adoção da fiscalização eletrônica digital e da tecnologia de pagamento por cartão nos ônibus do transporte público. A infraestrutura e a operação do transporte foram destacados. Camargo trouxe os dados de passageiros transportados, linhas, táxis, aplicativos, terminais e informações referentes ao BRT.

Os participantes fizeram questões sobre o Sistema Bus Rapid Transit (BRT) – que vem sendo implantado, a integração entre os transportes, os dados de movimentação e Origem-Destino dos passageiros e sobre as ciclovias.

Os participantes discutiram, ainda, a elaboração e dois documentos: um para orientar as autoridades sobre “Como ajudar na Sustentabilidade das Cidades”; e outro sobre “Como trazer passageiros que foram perdidos de volta ao sistema de transporte público”.

A UITP tem o seu escritório central localizado em Bruxelas (Bélgica) e mais de 135 anos de história (foi fundada em 1885).

Informações: EMDEC

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Pagamento por aproximação ganha força no MetrôRio durante a pandemia

O pagamento por aproximação vem ganhando ainda mais protagonismo entre meios de pagamentos digitais disponíveis no transporte público. Com a pandemia, o uso da solução tecnológica foi impulsionado no metrô do Rio de Janeiro. Somente neste período, de março de 2020 até agora, a concessionária registrou 1,3 milhão de transações pelo método NFC, batendo recordes seguidos de uso ao longo de 2021. O número representa um crescimento de 120% de utilização no sistema metroviário em comparação ao ano de 2019. Além disso, 97% dos clientes usaram o método uma vez e voltaram a optar pela solução, o que demonstra a facilidade e fluidez da tecnologia. 



O uso do pagamento por aproximação se tornou uma alternativa mais segura para os clientes. Além de trazer praticidade e rapidez ao embarcar no metrô, pois o cliente não precisa entrar em nenhuma fila para comprar o bilhete, a tecnologia desestimula o uso de dinheiro em espécie, iniciativa que está alinhada com as medidas que podem ajudar a prevenir a disseminação do coronavírus

A maior parte das operações com NFC, 89%, foi feita por meio de cartões pré-pago, crédito e débito da Visa, Elo e Mastercard, sendo as duas primeiras bandeiras aceitas também nos validadores dos ônibus na superfície, além das catracas das estações. Já os pagamentos realizados por outros dispositivos habilitados como celulares, relógios e pulseiras foram responsáveis pelos outros 11% do total. 

O sistema funciona ainda para quem usa Apple Pay, Samsung Pay e Google Pay no celular. A cobrança da tarifa é debitada diretamente na fatura ou na conta corrente, sem custo adicional ou taxas.

A estação com maior número de utilizações do serviço é a Carioca, com 10% dos embarques, seguida de Jardim Oceânico (7,7%), e Botafogo (7,3%). Cada cliente utiliza o meio de pagamento, em média, duas vezes por dia. Desde o lançamento em 2019, a concessionária já registrou mais de 2,1 milhões de pagamentos realizados no sistema metroviário e nas linhas de ônibus do Metrô na Superfície (MNS). 

Em outubro deste ano, as linhas de ônibus do Metrô na Superfície (MNS) completam um ano da implantação do pagamento de passagens por meio da tecnologia NFC. Esse foi o primeiro projeto de integração tarifária que passou a contar com transações por aproximação na América Latina, utilizando cartões da Visa. O pagamento digital no sistema do MNS, porém, já vale para clientes dos cartões Elo. Nas duas bandeiras, a tarifa é cobrada somente na primeira passagem, no momento do embarque nos ônibus ou no acesso às estações. O cliente pode completar a viagem em um intervalo de até duas horas sem uma nova cobrança.

Informações: Metrô Rio

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Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Deslocar-se de um ponto para outro, dentro de uma mesma cidade, pode ser uma tarefa mais difícil do que deveria.

Longas distâncias, centros pulverizados e um custo relativamente alto no transporte constroem algumas das dificuldades que o brasileiro apresenta ao exercer a sua mobilidade. O crescimento expansivo da tecnologia permitiu uma clara transformação em áreas consolidadas na sociedade através das novas possibilidades e dos novos arranjos socioculturais.

Em meio a essa revolução nos sistemas, novos métodos surgiram e têm modificado, ou complementado, o pensamento sobre temas como medicina, comunicação e alimentação. Com a mobilidade urbana, essa relação não é diferente.

"A aplicação de novas tecnologias para mobilidade é a revolução em si", explica Tomás Izquierdo, diretor de transporte urbano e interurbano da Indra, multinacional de consultoria e tecnologia com presença na Espanha e na América Latina. Essa revolução propiciou o surgimento de um novo setor dentro da mobilidade. A nova mobilidade, como é denominada, consiste na união entre os aplicativos para smartphones e novos modelos de economia compartilhada que atuam no tema. Inserindo outros agentes na prestação de serviços de deslocamento, principalmente com os aplicativos de viagens sob demanda, empresas e startups passaram a observar a mobilidade urbana como um ambiente propício para novas realidades.

Com presença em mais de 700 cidades ao redor do mundo, a Uber, empresa norte-americana de viagens sob demanda, foi uma das pioneiras na ideia do e-hailing (ato de requisitar um veículo via dispositivo eletrônico). Fundada em 2009, a companhia tem, no Brasil, o seu segundo maior mercado, atrás apenas dos Estados Unidos, e iniciou a venda das suas ações em maio deste ano na bolsa de valores de Nova Iorque, sendo cotada em US$ 82 bilhões.

O estudo Mapa da Qualidade de Vida de 2018, realizado pelo Grupo Zap em 12 capitais do Brasil, apontou que 52% dos habitantes já utilizam os aplicativos de mobilidade para se locomover, reforçando a presença do brasileiro na nova mobilidade. O sucesso do modelo de transporte individual foi além das quatro rodas. As bicicletas e os patinetes elétricos inseriram meios de deslocamento que resultaram na micromobilidade, que consiste em deslocamentos em pequenas distâncias.


Na prática, empresas como a Grow Mobility - união entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, que, juntas, operam mais de 135 mil bicicletas e patinetes elétricos ao redor do mundo - identificaram um nicho de mercado para percursos menores. A entrada desses agentes no mercado da mobilidade acabou estimulando viagens de curta distância, que antes as pessoas não realizariam. Para Izquierdo, essas tecnologias já quebraram as barreiras para melhorar a conectividade e a acessibilidade, resultando em um transporte mais eficaz. "A micromobilidade trouxe elementos de transformação, cuja evolução deve levar a uma menor dependência dos veículos tradicionais e a uma mobilidade mais sustentável", conta.

No início dos anos 2000, acreditava-se que a internet traria menos necessidade de deslocamentos. Em paralelo às facilidades que a conectividade trouxe, ela também influenciou no compartilhamento de informações sobre outros lugares, trânsito e o espaço de modo geral. "Com tanta informação e recurso, na prática, a internet propiciou um aumento na mobilidade, a qual, no Brasil, veio junto com a melhora que tivemos na renda e a facilidade para aquisição de veículos", explica o arquiteto, urbanista e docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Júlio Vargas.


Empresas como a Grow Mobility identificaram um nicho de mercado para percursos menores. Foto: Grow Mobility.

A "nova classe média", termo criado por Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), tem papel fundamental na lógica atual da mobilidade urbana. De 2003 a 2008, o número de brasileiros considerados pobres caiu em 3 milhões. A ascensão da classe D para a classe C acompanhou o aumento expressivo no número de veículos, somado ao crescimento do poder aquisitivo no período, refletiu no aumento das taxas de mobilidade do brasileiro.

Para além desses fatores, as empresas que se inseriram no setor dos deslocamentos apresentam facilidades que antes não existiam, e isso reflete em uma maior participação popular nos transportes. "Além da mobilidade geral ter aumentado por essas questões gerais de renda, novas oportunidades e mais atividades para fazer, as empresas estão oferecendo veículos ou sistemas de transportes que podem estimular as pessoas a se mexerem ainda mais", conta Vargas.

Pobres têm mais dificuldade de se locomover


Transporte público por ônibus perdeu 35,6% dos passageiros pagantes em pouco mais de 20 anos. Foto:Claiton Dornelles / JC.

Mobilidade é definida como uma propriedade dos seres humanos e dos objetos para se mover. Embora tenha um conceito simples, ela compreende diversos componentes que a influenciam diretamente. Idade, tamanho da família, posse de carro e renda fazem parte dos fatores estruturais que interferem na prática da mobilidade urbana.

Na relação entre idade e mobilidade, as crianças e os idosos se movimentam menos do que as que estão em uma fase produtiva. Uma família com menos integrantes se desloca mais do que as maiores. Isso ocorre pelo fato de não conseguirem dividir certas tarefas e também pela facilidade de se locomoverem em um grupo menor. A posse de carro, principalmente na lógica voltada para o sistema rodoviário, tem grande impacto no exercício da mobilidade individual. Quando se considera a faixa econômica, os pobres se movimentam menos do que os ricos.

"Além dos fatores estruturais, as situações conjunturais exercem forte impacto na realização dos deslocamentos", explica Nívea Oppermann, docente de Arquitetura e Urbanismo na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e vice-diretora do programa de Cidades do WRI Brasil. Nívea refere-se a momentos históricos que ultrapassam os fatores individuais e atingem a coletividade. "A crise econômica faz com que as pessoas viajem menos, uma vez que acaba existindo mais desemprego, mais subemprego e, consequentemente, menos atividades."

O sonho de adquirir um automóvel, principalmente nas classes mais baixas, persiste no Brasil. Foto: Getty Images.

O sonho de adquirir um automóvel, principalmente nas classes mais baixas, persiste no Brasil. Segundo Nívea, o acontecimento desse fenômeno deve-se ao fato de o transporte público não atender às demandas da população, como lentidão e o aumento no preço das passagens, mas também se sustenta na ideia de que as pessoas estão indo morar mais longe dos centros.

No início deste ano, o portal Mobilize-se, voltado para mobilidade urbana sustentável, comparou tarifas básicas do transporte coletivo e o impacto do preço da passagem no orçamento mensal dos habitantes de diferentes cidades. Como resultado, na cidade chinesa de Shenzhen, os habitantes desprendem 1,94% dos seus ganhos mensais com transporte coletivo, sendo líder positivo no quadro do portal. 

A diminuição da demanda ocorreu especialmente a partir de 2014, atingindo perda média acumulada de 25,9% dos usuários pagantes. Foto: Folhapress.

O aumento nos preços das passagens de ônibus no País encontram relação direta com a queda no número de passageiros. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), em seu anuário publicado em 2018, o transporte público por ônibus perdeu 35,6% dos passageiros pagantes em pouco mais de 20 anos. Com menos pagantes para dividir o custo da operação e com pouco, ou quase nenhum, subsídio para as empresas controladoras, o preço das passagens aumenta e o serviço acaba sendo precarizado, uma vez que a oferta não diminui na mesma proporção em que diminui o número de usuários.

A diminuição da demanda ocorreu especialmente a partir de 2014, atingindo perda média acumulada de 25,9% dos usuários pagantes. Com preços mais atrativos e um serviço mais confortável, os aplicativos de deslocamento também se nas classes mais baixas e reforçam o distanciamento da população com o transporte público. 

Falta de regulamentação causa dúvidas sobre conceito

Comodidade, velocidade e baixo custo são alguns dos pontos que explicam o sucesso da nova mobilidade no Brasil e no mundo. De modo geral, a entrada massiva dos aplicativos de mobilidade urbana está diretamente ligada a empresas privadas. Esse é o caso dos maiores agentes atuais do mercado, como Uber, Cabify, 99 e Grow Mobility.

"Como a atuação desses modelos é muito dinâmica, o poder público tem muita dificuldade, tanto para entender o funcionamento quanto para regulamentar e estabelecer regras."Foto: Cabify

A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), sancionada em 3 de janeiro de 2012, instituiu as diretrizes da mobilidade urbana brasileira, classificou termos e priorizou o transporte público coletivo sobre o individual motorizado. Sem especificações para a mobilidade que surgia através dos aplicativos, foi em 2018 que a Lei Federal nº 13.640 passou a regulamentar o transporte individual de pessoas e deu aos municípios brasileiros, e ao Distrito Federal, o direito de estabelecer o funcionamento dos aplicativos.

Devido à pressão dos setores favoráveis aos aplicativos, a lei de 2018 não compreendeu as exigências iniciais, que previam uma placa vermelha de identificação, a obrigatoriedade de ser proprietário do veículo com o qual trabalha e a necessidade de uma licença semelhante à dos taxistas, que são regulados pelo Estado. Para a docente de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Nívea Oppermann, se fazem necessárias a incorporação das novas mobilidades e sua regulamentação: "Como a atuação desses modelos é muito dinâmica, o poder público tem muita dificuldade, tanto para entender o funcionamento quanto para regulamentar e estabelecer regras".

STF veta leis municipais que proibiam Uber, 99 e Cabify. Foto: Barna Bartis.

A presença de carros, bicicletas e patinetes, relacionados à nova mobilidade, trouxe um importante debate sobre qual era o papel deles dentro da cidade. Conforme Tomás Izquierdo, diretor de transporte urbano e interurbano da Indra, o Estado vai, aos poucos, entendendo seu papel dentro dessa lógica: "Os gestores públicos devem, no futuro, usar a tecnologia para trazer serviços simples e com custo reduzido para os habitantes". Para ele, o futuro da mobilidade se concentra na tendência das parcerias público-privadas, que devem ser firmadas com o intuito de fornecer e gerenciar dados de maneira regulada.

No mesmo dia em que a Uber se lançou na bolsa de valores de Nova Iorque, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou o uso de aplicativos de transporte individual no País. Os ministros, por unanimidade, consideraram inconstitucionais leis municipais que buscavam limitar a atuação das empresas em Fortaleza e em São Paulo.

Por Eduardo Lesina no Jornal do Comércio.

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Volvo entrega 40 novos ônibus à capital paranaense

domingo, 3 de maio de 2020

A Volvo entregou à cidade de Curitiba (PR) 40 novos ônibus. O lote se divide em modelos convencionais, padron, articulados e biarticulados, montados sobre chassis B270F, B250R e B340M. Todos os veículos foram financiados pelo Banco Volvo.

Os modelos pesados (biarticulados, articulados e padron) recebem itens como controle eletrônico de aceleração e sistema automático de nivelamento da suspensão a ar. Além disso, estão habilitados para ativação do controle automático de velocidade, sistema que utiliza o navegador GPS para reduzir automaticamente a velocidade em áreas críticas como terminais, perto de escolas ou hospitais.

Em 2018, ano de implantação dessa tecnologia, houve redução de 50% nas colisões no eixo norte do BRT da capital paranaense na comparação com o ano anterior. O sistema de transporte de Curitiba leva diariamente 1,2 milhão de passageiros em mais de 14 mil viagens. São 1.250 ônibus divididos entre 254 linhas, percorrendo em média 273 mil quilômetros a cada dia.

Curitiba é considerada a origem do BRT (do inglês Bus Rapid Transit, ou Sistema de Ônibus Rápidos), conceito que utiliza corredores exclusivos, embarques em nível e bilhetagem pré-paga para dar mais fluidez ao transporte coletivo de passageiros. Surgiu na cidade nos anos 1970 e inspirou outras metrópoles, especialmente na América Latina.

Informações: AutomotiveBusiness

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Volvo Bus entrega primeiro lote de novos ônibus no Transmilênio de Bogotá

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Após quase 20 anos desde que iniciou suas operações, em dezembro de 2000, o sistema de BRT Transmilênio em Bogotá, na Colômbia, um dos mais expressivos projetos de corredores exclusivos para ônibus urbanos da América Latina, tira do papel sua primeira grande renovação de frota: os primeiros lotes de novos ônibus foram entregues pela Volvo Bus e começaram a rodar nesta semana. De um total de 700 veículos vendidos em novembro de 2018, a montadora concluiu a entrega 336 unidades, dos quais 202 articulados e 134 biarticulados, todos com chassis produzidos na fábrica do Grupo Volvo em Curitiba (PR) e encarroçados pela Superpolo, subsidiária da brasileira Marcopolo na Colômbia.

O volume total que a marca entregará ao sistema da capital colombiana já é o maior negócio da Volvo Bus efetuado nos últimos dez anos para um sistema de BRT na América Latina.

“Esta venda representou um total de US$ 210 milhões, considerando os chassis e suas carrocerias”, afirma o presidente da Volvo Bus para a região, Fabiano Todeschini, durante evento de apresentação dos novos veículos na terça-feira, 25, em Bogotá.

Os demais 364 ônibus restantes da Volvo Bus também serão produzidos em lotes e as entregas prosseguem até 2020: serão mais 96 articulados e 268 biarticulados, perfazendo um total de 298 articulados e 402 biarticulados. No total, a licitação atual de renovação de frota da Transmilênio prevê um total de 1.441 ônibus. A Scania é a responsável pela entrega das outras 741 unidades.

No caso da Volvo Bus, os modelos foram vendidos para duas das quatro operadoras que atuam no Transmilênio atualmente: a Fanalca Transdev, uma empresa de aliança colombiana francesa que atua há 19 anos e que pela licitação opera o Pátio Tunal, o maior entre os seis previstos no sistema de Bogotá. Também é o maior operador, com 440 ônibus novos e um total de 648 rodando pelos corredores.

A outra operadora é um cliente novo para a Volvo Bus, pelo menos em Bogotá: a Somos, Grupo de Sistemas Operativos Móveis, com quem a montadora já fez negócios em Lima, no Peru. Na capital colombiana, a Somos opera no Pátio Usme, que abrigará 260 ônibus da marca. Todos os veículos foram financiados por bancos comerciais locais sem subsídio do governo (na Colômbia é proibido subsidiar o transporte público desde 1979: os sistemas têm que se estruturar de forma autossustentável).

BOM MOMENTO PARA O MERCADO

A renovação de frota do sistema Transmilênio está atrasada há sete anos: a primeira licitação para modernização era esperada para 2012, mas foi sendo adiada mais por questões políticas do que financeiras. A licitação atual está na primeira fase e contempla a renovação das linhas do BRT, também conhecidas como linhas troncais – os corredores exclusivos que cruzam toda a capital colombiana e utilizam os ônibus com capacidades que variam de 80 a 300 passageiros por veículo. O sistema possui um total de 224,4 km de extensão e transporta cerca de 2,5 milhões de pessoas por dia.

Graças a esta nova licitação, a Colômbia vem puxando o bom momento do mercado de ônibus na América Latina, que vem apresentando bons índices de renovação nos anos mais recentes. Segundo Todeschini, além de Bogotá, outras cidades como Santiago, no Chile, e que também estava com a licitação atrasada, já prevê uma nova leva de veículos pelo menos para os próximos dois anos.

Outra grande aposta do mercado na região é São Paulo, o maior mercado de ônibus urbanos no Brasil e cuja licitação está atrasada há mais de uma década. A expetativa é de que a nova licitação seja aprovada ainda este ano.

“A diferença é que em São Paulo as renovações não são feitas em grande escala, como Bogotá ou Santiago. Não há grandes vendas no mesmo ano, elas se estendem ao longo de toda a licitação”, explica Todeschini, que cita outros mercados potenciais na região, como República Dominicana, Guatemala, Equador e Honduras. “Muitas cidades vem optando pela solução do BRT porque é mais viável em termos econômicos e de implementação razoavelmente mais rápida do que veículos sobre trilhos”, completa.

A empresa comemora o sucesso dos BRTs na região, onde contabiliza participação de 50% no mercado. “Começamos com o BRT de Curitiba, depois viemos para Bogotá, na Transmilênio, que se tornou referência deste sistema na região. De cada dez operadores de BRT na América Latina, sete escolhem nossos veículos e hoje são mais de 5 mil articulados e biarticulados rodando em BRTs de toda a América Latina”, reforça o gerente comercial da Volvo Bus na Colômbia, Mario Esteban Correa.

O negócio em Bogotá ainda deve crescer: uma segunda fase da nova licitação prevista para setembro próximo deve contemplar a renovação da frota do sistema alimentador: tem esse nome porque elas transportam as pessoas de bairros mais distantes para as linhas troncais, alimentando o sistema BRT. Atualmente essas linhas alimentadoras são formadas por ônibus menores do tipo 4x2 (micros ou micrões), cerca de 3 mil unidades, e são operados por empresas do tipo cooperativas. Elas são responsáveis pelo transporte de mais de 1,6 milhão de pessoas por dia na cidade e basta uma breve observação nas ruas de Bogotá para perceber que se trata de uma frota antiga e sucateada.

Para as linhas alimentadoras, a nova licitação deverá valer a partir de 2020 e até 2021 prevê a compra de mais de 3 mil ônibus.

“Acredito que o desafio do financiamento de veículos para as linhas alimentadoras será mais complexo do que foi para o Transmilênio, porque no sistema troncal operam clientes com condições financeiras muito boas”, alerta Todeschini.

Informações: AutomotiveBusiness


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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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