Venda de ônibus recua 15,4% em 2024 no Brasil *** Ônibus 100% elétrico da Volvo começa a operar em Curitiba *** Saiba como vai funcionar o BRT em Maceió; investimento será de R$ 2 bilhões *** Primeiro trem da Linha 15-Prata é entregue ao Metrô na China *** Salvador possui a terceira maior frota de ônibus elétricos do Brasil *** Prefeitura de Belém apresenta os primeiros ônibus elétricos *** Projeto da CBTU promete retomada do transporte sobre trilhos para o Bairro do Recife *** Conheça nossa página no Instagram
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Belo Horizonte e Região Metropolitana. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Belo Horizonte e Região Metropolitana. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Belo Horizonte com nova paralisação de ônibus a partir de segunda

sábado, 14 de agosto de 2010


Os usuários do transporte coletivo de Belo Horizonte e região metropolitana devem se preparar para novas paralisações dos rodoviários na próxima segunda-feira. Em assembleia, na tarde deste sábado na capital, os sindicalistas que representam a categoria decidiram continuar mobilizados alegando que precisam pressionar os donos das empresas para que cumpram a convenção coletiva de trabalho acertada com os empregados.

De acordo com o coordenador de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH) , Carlos Henrique Marques, a partir de segunda-feira as mobilizações podem acontecer nas estações do BhBus, garagens e também nos principais corredores de Belo Horizonte. Ele ainda esclareceu que os locais onde vão acontecer os protestos serão decididos em uma reunião na madrugada de segunda.

Na manhã de sexta-feira, os funcionários das viações Betânia e Zurick cruzaram os braços. De acordo com o sindicato da categoria, houve paralisação de 100% dos coletivos da viação Zurick e 80% da Viação Betânia.

Segundo o sindicato estas empresas estariam descumprindo acordo em relação ao recebimento de atestado médico, repasse de multas de trânsito, participação nos lucros e ainda o recebimento no feriado dobrado dos últimos cinco anos. Em nota, a BHTrans informou que pediu os patrões que se comprometessem a cumprir a convenção coletiva de trabalho.



READ MORE - Belo Horizonte com nova paralisação de ônibus a partir de segunda

Prefeito de Contagem vai apresentar projeto para ampliação do metrô na cidade

terça-feira, 28 de março de 2017

O metrô que liga Belo Horizonte a Contagem pode ser ampliado. Pelo menos é o que pretende o prefeito Alex de Freitas (PSDB), da cidade vizinha à capital. Ele vai apresentar, nesta terça-feira na Associação dos Municípios da Região Metropolitana de BH (Granbel), o projeto para expandir a linha até o Bairro Novo Eldorado. Mas a intenção é que chegue até o Bairro Bernardo Monteiro, o que daria aproximadamente sete quilômetros. O administrador municipal garante um terço do investimento, mas ainda depende de ajuda do governo federal. A estimativa, segundo Freitas, é de que cada quilômetro custe cerca de R$ 100 milhões. 
Foto: Cristina Horta/EM/D.A Press

O anúncio do prefeito foi feito em entrevista à Rádio Itatiaia. “Estamos levando amanhã (terça-feira) a apresentação do projeto que chega até o Novo Eldorado. Pode chegar, com um pouco mais de investimento, até o Bernardo Monteiro”, afirmou. “Se os governos federal e estadual não quiserem pôr o dinheiro, que Contagem arque com as despesas e avance o metrô, que é importante para nossa população, como é importante para Betim, e para Belo Horizonte. Porque a ampliação do metrô implica segurança maior na pontualidade e no conforto de milhares de passageiros”, disse.

Atualmente, o metrô de Belo Horizonte se estende da Região Norte da capital até o Bairro Água Branca, em Contagem. O desafio do prefeito será arrumar recursos para a obra. “Tenho agora a licitação do transporte coletivo de Contagem, que foi um compromisso que assumi com a população, a contrapartida da licitação pode ser aplicada integralmente na ampliação do metrô. Do Água Branca até Bernardo Monteiro é algo em torno de sete quilômetros, ao custo de R$ 100 milhões de reais o quilômetro. Contagem está disposta a entrar com um terço (do investimento)”, comentou Alex de Freitas.

De acordo com a Prefeitura de Contagem, a proposta é ampliar a Linha 1 do sistema de transporte ferroviário em aproximadamente dois quilômetros (incluindo área de manobra), com a construção de uma estação no Novo Eldorado. Ela faria parte do Complexo Intermodal de Transporte de Contagem. O valor total estimado do investimento é de R$ 233.000.980,79. O projeto foi criado pela Metrominas, ligada à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop). 

O Complexo Intermodal de Transporte de Contagem vai atender 150 mil pessoas por dia. Ele inclui a construção do Terminal Rodoviário Metropolitano e do Terminal de Ônibus Urbano, equipamentos que seriam interligados por uma passarela de pedestres com aproximadamente 200 metros lineares. 

A ampliação do metrô é uma batalha antiga dos prefeitos que administraram Belo Horizonte e do governo do estado. Normalmente se esbarra em um mesmo problema, a falta de investimento. Como o Estado de Minas mostrou em agosto de 2016, desde a implantação do metrô, em 1986, o sistema recebeu cerca de US$ 870 milhões, suficientes apenas para que 17,3 quilômetros fossem acrescentados ao trecho da Linha 1, que dos 10,8 quilômetros entre o Eldorado e a Lagoinha passou para 28,1, chegando a Vilarinho, em Venda Nova. Por dentro do assunto: Ampliação das linhas do metrô de BH parou e pode haver retrocesso  

A título de comparação, enquanto São Paulo transporta em cinco linhas, distribuídas por 68 quilômetros, cerca de 4,7 milhões de passageiros em 24 horas, Belo Horizonte precisa de mais de 20 dias para transportar o mesmo volume. 

Recapeamento da Via Expressa

Outro anúncio feito pelo prefeito Alex de Freitas é o início das obras de recapeamento de 15 quilômetros da Via Expressa que fazem parte de Contagem. “Amanhã (terça-feira), vamos assinar a ordem de serviço de recapeamento de todo o trecho compreendido em Contagem. É uma obra que interessa demais a população e envergonha todo o contagense. É um trecho de pavimento completamente sucateado. Vamos entregar ele novo no intervalo de no máximo 60 dias. As obras serão feitas à noite”, prometeu.

Por João Henrique do Vale
Informações: Estado de Minas
READ MORE - Prefeito de Contagem vai apresentar projeto para ampliação do metrô na cidade

Ônibus lotados no 3º dia de greve em Belo Horizonte

quarta-feira, 14 de março de 2012

Os motoristas e cobradores de Belo Horizonte e região metropolitana estão cumprindo determinação do Tribunal Regional do Trabalho e circulando na manhã desta quarta-feira. Ainda não é possível determinar se cumprem os 70% exigidos pela Justiça no horário de pico e 50% em intervalos comuns, mas há coletivos por toda capital diferentemente do início da semana. O cenáro é de estações e ônibus lotados.
De acordo com o presidente Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH (STTRBH), Ronaldo Batista, o movimento cumprirá ordem do TRT, mas não há suspensão da paralisação. Hoje às 16h haverá uma assembleia para decidir se a greve continua.
O trabalhadores vão analisar a proposta de aumento salarial de 9% oferecido pelas empresas na terça-feira. Os rodoviários reduziram de 49% para 20% a reivindicação pelo reajuste salarial. Segundo o presidente do STTRBH, é possível que a categoria aceite a proposição para não correr o risco de seguir com o processo de dissídio de greve. Porém, o rumo do movimento só será definido após votação dos profissionais.

Nesta quarta-feira as estações Barreiro, Diamante, Vilarinho, Venda Nova e São Gabriel, amanheceram cheias. Na expectativa pelo enfraquecimento da greve, a população foi aos terminais para seguir nos coletivos. Os ônibus estão circulando muito cheios.

Ocorrências policiais

Dois ônibus foram apedrejados na madrugada desta quarta-feira em protestos relacionados à greve. Um deles, na Via do Minério, Região do Barreiro. O veículo da linha 341 (Estação Barreiro/Estação Diamante Via Saúde) não chegou a ser danificado, mas o ataque assustou motorista e cobrador que acionaram a Polícia Militar (PM).

Um coletivo também foi apedrejado em Vespasiano, na Grande BH. A linha seguiria para Pedro Leopoldo, mas foi interceptada por homens munidos de pedras. Quatro vidros do lado esquerdo e um da lateral direita ficaram destruídos.

Raio X do transporte coletivo:

BELO HORIZONTE
- 1,6 milhão de passageiros por dia
- 3.010 veículos
- 296 linhas
- 27,5 mil viagens por dia

REGIÃO METROPOLITANA
- 855 mil passageiros por dia
- 3.038 ônibus
- 729 linhas
- 21,2 mil viagens por dia
- 34 municípios atingidos

PREJUÍZO DO COMÉRCIO NA GREVE
- Queda de 25% no faturamento diário do comércio e prejuízo médio de 30,4 milhões em dois dias

IMPACTOS NO METRÔ
- Média de 205 mil passageiros por dia
- Primeiro dia de greve, 211,4 mil passageiros (movimento considerado normal)
- Na sexta-feira, dia de prévia dos protestos dos rodoviários, o metrô registrou recorde de passageiros do ano com 233,9 mil pessoas transportadas

Fonte: Estado de Minas


Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook
READ MORE - Ônibus lotados no 3º dia de greve em Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, Ônibus articulado em teste para o BRT trava em avenida do Mangabeiras

sábado, 2 de junho de 2012

Um ônibus articulado, do modelo que pode fazer parte do sistema BRT (transporte rápido por ônibus) de Belo Horizonte, travou no meio da Avenida José Patrocínio Pontes, no Mangabeiras, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O veículo seguia em uma caravana pelas ruas da capital, na tarde desta sexta-feira, quando houve a parada repentina. Segundo testemunhas, membros da comitiva contaram que o combustível do coletivo acabou durante o trajeto. No entanto, o responsável pelo veículo afirmou durante a tarde que foi apenas uma parada para descansar e fazer fotos.

O coletivo branco circulou junto com outros veículos pelas ruas da capital na caravana. Passou pela Praça da Liberdade, Raul Soares e Praça do Papa. Seguiu pelo Bairro Mangabeiras para sessões de fotos organizada pela Treviso e Volvo. De acordo com o diretor-executivo do grupo Treviso, Márcio Paschoalin, quando chegou na José Patrocínio Pontes houve uma parada para que o motorista lanchasse e fotógrafos registrassem o veículo na praça que fica perto do Hospital Hilton Rocha. Contradizendo essa versão, às 15h45 testemunhas viram funcionários colocando combustível no ônibus em plena via púbica.

No início da noite, Márcio Paschoalin informou que o BRT flagrado no Mangabeiras parou para aguardar abastecimento, uma vez que para rodar depende do diesel s-50 (combustível especial, encontrado em poucos postos). O veículo seguirá para a sede do grupo em Betim, a 40 km de BH, e por isso dependia do abastecimento.

O modelo Marcopolo Viale BRT, chassi Volvo B-340 M, foi configurado pelo grupo Treviso – que controla as viações Torres e Santa Edwiges – atendendo sugestões dos operadores de Belo Horizonte e especificações dos atuais ônibus que circulam na capital e região metropolitana. O Estado de Minas adiantou, em reportagem divulgada nesta sexta, que esse pode ser o modelo adotado pela BHTrans no sistema.

Enquanto a prefeitura luta contra o calendário e enfrenta questionamentos nas licitações para o projeto, o grupo Treviso trouxe o primeiro veículo articulado para servir ao BRT, dentro dos parâmetros exigidos pela BHTrans. O veículo tem quase 10 metros maior que modelos mais simples de coletivos e tem capacidade para até 180 passageiro, o dobro os ônibus comuns. Amanhã o coletivo segue para a Lagoa da Pampulha e para a Cidadade Administrativa em caravana.


READ MORE - Em Belo Horizonte, Ônibus articulado em teste para o BRT trava em avenida do Mangabeiras

Estudo aponta monotrilho como opção para cinco trajetos em Belo Horizonte

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Pelo menos seis trechos de Belo Horizonte e da região estão aptos a receber o sistema de transporte sobre trilhos suspensos (monotrilho), segundo um estudo informal feito por especialistas em trânsito. Com implementação mais rápida e barata que o metrô, a solução passou a ser cogitada pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), até então resistente à alternativa. O órgão informou que já tem estudos para um dos trajetos e que pretende aderir ao sistema se ficarem comprovados seu custo mais baixo e boa capacidade de passageiros. 

O monotrilho é apontado como uma boa opção para o transporte de massa intermunicipal. Segundo Luiz Otávio Portela, um dos autores do estudo e membro da Sociedade Mineira de Engenheiros, são muitos os pontos favoráveis. "O monotrilho é viável até em termos de poluição porque diminui a quantidade de ônibus a diesel".

Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook


Já o especialista em trânsito Osías Baptista Neto alerta que antes de decidir pelo monotrilho, é preciso avaliar qual tecnologia se ajusta melhor a cada ponto da cidade. "Na Pedro II, por exemplo, as árvores do canteiro central teriam que ser cortadas", disse. Como pontos negativos da alternativa, ele aponta a capacidade de passageiros - 150 por vagão, enquanto no metrô são 300 - e a necessidade de estações elevadas, fazendo com que os usuários tenham que subir até o ponto.

Segundo o diretor de planejamento da BHTrans, Célio Freitas, a autarquia fez, recentemente, um estudo sobre a implementação do monotrilho da praça da Estação até o bairro Belvedere, ambos na região Centro-Sul. "A proposta ainda não teve andamento porque o custo era elevado. Mas se conseguirmos um preço mais acessível, será só uma questão de colocar em prática". 

Com a recente instalação do monotrilho em São Paulo, uma indústria canadense do ramo se instalou na cidade, barateando o custo do transporte. Cada km de monotrilho construído custa cerca de R$ 70 milhões. Já o metrô demanda um investimento de R$ 250 milhões por km. Como não seriam necessárias desapropriações, já que ele fica a cerca de 15 m do chão, o monotrilho teria implementação mais barata e mais rápida.

Ainda conforme o diretor da BHTrans, não há previsão para que o monotrilho substitua as linhas de metrô. "Estávamos focados no BRT (Ônibus Rápido sobre Trilhos). Agora, estamos analisando outras propostas, e o monotrilho tem se mostrado atraente", disse Freitas. (Com Leandro Aguiar)

Estado quer transporte até Confins
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico apresentou, recentemente, à Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), uma proposta para implementar o monotrilho do centro da capital ao aeroporto Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana. Segundo o subsecretário de investimentos estratégicos, Luiz Athayde, a proposta depende agora de decisões políticas.

"Temos estudos que podem utilizar o monotrilho ou o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Falta uma articulação com os municípios envolvidos", disse. O primeiro passo é as prefeituras de Vespasiano, São José da Lapa, Confins, Lagoa Santa e Santa Luzia manifestarem interesse. Ainda não há custos nem datas.

A BHTrans já havia discutido a proposta com empresários e representantes de entidades de classe. (JS)

Informações: O Tempo

Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook
READ MORE - Estudo aponta monotrilho como opção para cinco trajetos em Belo Horizonte

Em BH, Empresas cancelam encomenda de 266 ônibus que vão circular nos corredores BRT

quinta-feira, 14 de março de 2013

A demora motivada por atrasos nas obras e a incerteza quanto ao início da operação do sistema de transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) forçaram os consórcios operadores do transporte coletivo de Belo Horizonte e região metropolitana a colocar o pé no freio. Sem uma garantia do poder público sobre quando os três primeiros corredores – nas avenidas Pedro I/Antônio Carlos, Cristiano Machado e Região Central – estarão aptos a receber as primeiras linhas da principal aposta de mobilidade urbana da Grande BH, empresas de transporte adiaram a compra do primeiro “pacotão” de coletivos previstos para transportar boa parte dos 750 mil usuários/dia estimados somente em BH.

A negociação inicial de frota para o BRT da Grande BH foi anunciada em outubro do ano passado pela Volvo sueca, juntamente com a venda de ônibus para Bogotá (Colômbia), Toronto (Canadá), Israel e Suécia. São 106 veículos articulados e 160 do tipo padron, semelhantes aos usados no sistema atual. Como a negociação foi interrompida, parte dos articulados que viria para Minas está sendo redirecionada para os consórcios TransOeste e TransCarioca, do Rio de Janeiro. O adiamento foi confirmado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), que disse aguardar a conclusão da infraestrutura para colocar a frota para rodar. Procurado diversas vezes nos últimos dias, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) não retornou os telefonemas.

Apesar de ser apenas o primeiro, o lote de 266 veículos em negociação inclui boa parte dos ônibus previstos para o BRT de BH (192 articulados e 200 padrons) e para o BRT metropolitano (139 articulados e 147 padrons). “Fizemos uma pesquisa de mercado com a Volvo e a Mercedes, mas não podemos fechar a compra e deixar os ônibus na garagem. Nossa esperança é de que as obras embalem a partir da segunda quinzena, porque o trânsito está caótico. Hoje uma viagem de ônibus de uma cidade da Grande BH ao Centro dura quatro horas. Temos prontos os projetos financeiro e orçamentário para compra dos veículos, mas só fecharemos negócio quando tivermos certeza sobre o fim das obras”, disse ao Estado de Minas o proprietário de uma das maiores empresas de ônibus da região metropolitana, que participará do sistema com uma frota de cerca de 150 veículos, mas que prefere não ser identificado.

Metropolitano 

Se as obras dos corredores na capital sofrem com atrasos, a construção das estações BRT previstas no Projeto Terminais Metropolitanos de Integração, anunciada no fim de janeiro pelo governo do estado, ainda não engrenou. Somente duas unidades, que não terão linhas do BRT (Ibirité e Sarzedo), receberam autorização para início das obras, com previsão de término para o primeiro semestre de 2014. A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), ainda assim, garante que os sete terminais BRT previstos – Vilarinho, São Gabriel, Morro Alto, São Benedito, Justinópolis, Bernardo Monteiro e a atual rodoviária de BH –, de um total de 13, começarão a ser construídos até o fim do ano, com previsão de conclusão até a Copa’2014.

O custo de construção dos terminais é de R$ 187 milhões. Para adquirir os novos ônibus, os consórcios terão de desembolsar mais cerca de R$ 200 milhões. Embora a BHTrans alegue ser interesse das empresas adquirir e disponibilizar os veículos o mais rápido possível, a produção desse tipo de ônibus demanda tempo e, segundo o próprio governo anunciou, alto investimento: os articulados demoram de seis meses a um ano para ficarem prontos (carroceria e chassi), a um custo que pode passar dos R$ 800 mil a unidade.

Com receio de perder dinheiro com os veículos parados, as empresas decidiram adiar a negociação, aguardando um sinal verde do poder público. O problema é que, quando decidirem ir às compras, poderão enfrentar um quadro de desabastecimento de mercado, aquecido no Brasil com a construções de corredores BRTs em cidades-sede da Copa’2014, como Fortaleza e Porto Alegre. “Quando se chegar perto da Copa do Mundo, os projetos podem não ficar prontos a tempo e haverá um acúmulo de pedidos de ônibus. Uma verdadeira corrida por BRTs”, alertou o presidente da Volvo Bus Latin America, Luiz Carlos Pimenta, durante a feira Fetrans’Rio, em outubro do ano passado, no Rio de Janeiro.

Na última visita do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ao Mineirão antes da Copa das Confederações’2013, há uma semana, o prefeito Marcio Lacerda admitiu redução na execução das obras, mas prometeu que os trabalhos seriam completamente retomados este mês, com previsão de término para dezembro e início de operação no primeiro semestre de 2014. Mas a previsão inicial era de que o BRT funcionasse já durante o torneio pré-Copa, de 15 a 30 de junho.

READ MORE - Em BH, Empresas cancelam encomenda de 266 ônibus que vão circular nos corredores BRT

Governo lança Plano Diretor Cicloviário na Região Metropolitana do Recife

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A Região Metropolitana do Recife já tem o seu Plano Diretor Cicloviário. Segundo as diretrizes apontadas no documento, a RMR deve ganhar até 2024 uma rede com 590 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. O documento, encomendado pelo Governo do Estado e pela Prefeitura do Recife, foi construído por gestores e técnicos dos 14 municípios da RMR e fundamentado por especialistas da área de transporte, com apoio de ciclistas e de grupos de pedal da RMR.

Trata-se de um estudo mais aprofundado do sistema de bicicletas, um diagnóstico de quem são os usuários deste modal na RMR, a estrutura que eles dispõem hoje, para onde eles se deslocam e como a cidade de se movimenta. Através desse estudo, o documento traça metas para os gestores públicos do Estado e dos Municípios para que os mesmos executem suas ações baseados em estatísticas e em um planejamento estratégico.

Na solenidade de lançamento do Plano, nesta quarta-feira (5), às 16h, no Centro de Convenções de Pernambuco – sede provisória do Palácio do Governo, o governador Eduardo Campos e o secretário das Cidades, Danilo Cabral, anunciarão também uma série de outras ações referentes ao tema, como a criação do Escritório da Bicicleta (vinculado à Secretaria das Cidades), que tem objetivo de gerenciar e por em prática as ações propostas no documento. Também assinam o edital de licitação para as obras de requalificação da PE-15, que além de tratamento urbanístico, vai receber uma ciclovia ao longo de toda a sua extensão. A iniciativa, inclusive, está inserida entre as principais ações apontadas pelo Plano no que se refere à Rede Cicloviária Metropolitana.

O Plano Diretor Cicloviário foi elaborado pelo Consórcio TECTRAN (Empresa com sede em Belo Horizonte)/IDOM (Empresa com sede em São Paulo), ao longo de oito meses. Para elaboração do Plano Diretor diversas oficinas foram realizadas com a participação de técnicos da área de trânsito e transporte de secretarias Estaduais e Municipais, além de ciclistas e cicloativistas. O investimento na elaboração do Plano foi de R$ 630 mil.

Dados - Segundo pesquisa realizada para elaboração do Plano, 58% dos ciclistas da RMR utilizam a bicicleta como principal meio de transporte para ir ao trabalho. A pesquisa de mobilidade foi aplicada em 74 pontos da Região Metropolitana e a escolha dos pontos definida a partir de locais com grande circulação, como as estações da rede de metrô da RMR e terminais de ônibus, além de interseções identificadas como importantes trechos de demanda por ciclista. Foram aplicados 2.804 formulários.

Segundo o secretário Danilo Cabral, este documento é fundamental para orientar e apontar as diretrizes que vão nortear a política de mobilidade do Estado. “O plano foi criado para ajudar os governantes a vencer os desafios da mobilidade nas suas cidades, ampliando a eficácia das ações realizadas no sistema de transporte, sobretudo no que se refere ao modal bicicleta e sua integração com o transporte público”, disse.

O PDC/RMR foi dividido em cinco linhas estratégicas. A primeira trata da Infraestrutura onde uma rede de itinerários de rotas cicloviárias foi planejada e distribuída de acordo com a demanda de ciclistas. A Educação também ganhou um papel de destaque no plano por meio da elaboração de diversos projetos educativos incentivando um novo paradigma de mobilidade, fazendo com que a bicicleta seja vista como um meio de transporte cotidiano. O Plano trata ainda da Gestão, das Campanhas envolvendo o tema e da Legislação vigente, garantindo que o conhecimento das leis não só facilite o deslocamento dos ciclistas pelas vias como também proponha uma política de segurança.

Infraestrutura - De acordo com o Plano, a rede cicloviária deve ser dividida em duas frentes, sendo a primeira denominada como Rede Metropolitana com 244 km de ciclovias distribuídas pelos municípios da RMR. Esta, sobre a responsabilidade do Estado. A segunda, denomina-se Rede Complementar, com 346 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas – uma responsabilidade dos municípios.

O Governo do Estado, além de implantar a Rede Cicloviária Metropolitana, também é responsável por promover a articulação intermunicipal, ligando principalmente os corredores de transporte público às ciclovias. Já a Rede Cicloviária Complementar conecta principalmente os terminais de transporte coletivo à Rede Cicloviária Metropolitana. Sendo composta, em sua maioria, por ciclofaixas e ciclorrotas distribuídas em ruas paralelas às principais vias.

Estacionamentos - A implantação de estacionamentos para as bicicletas também é uma orientação do documento. O Governo já vem trabalhando para tornar essa premissa uma realidade com a instalação de bicicletários nos Terminais Integrados.  O plano aponta para a instalação de 60 bicicletários nos principais Terminais e estações de transporte público, totalizando 19 mil vagas.

Orçamento - O plano aponta um orçamento total de R$ 354 milhões, recursos a serem aplicados a curto, médio e longo prazo. De responsabilidade do Governo do Estado, serão R$ 187 milhões (53%) e das prefeituras da RMR R$ 166 milhões (46%). Os investimentos estão baseados no horizonte até o ano de 2024.

Informações: Sec. Cidades PE

READ MORE - Governo lança Plano Diretor Cicloviário na Região Metropolitana do Recife

Integração do transporte público avança no Brasil

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Iniciada como teste-piloto na última semana no Distrito Federal, a integração do transporte público foi aprovada pelos passageiros, o que reforça a opinião de especialistas de que a medida é a solução mais racional para usuários e operadores do serviço. Mas o modelo, adotado nas principais capitais do mundo, está longe de ser aceito por todos e imune a falhas no Brasil.

Embora Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador tenham adotado o sistema, a articulação é condicionada a um limite de tempo ou viagens e nem sempre o desconto para o passageiro é integral (veja quadro). Atualmente a rede integrada de Curitiba, que não tem esse tipo de restrição, é considerada a mais completa e barata do país.  

O sistema integrado de Curitiba começou a ser implantado de forma pioneira nos anos 1980. Na capital paranaense, por uma tarifa de R$ 2,60 nos dias de semana e R$ 1 aos domingos, o cidadão toma quantos ônibus precisar na cidade e em 13 municípios da região metropolitana. A cidade é famosa ainda pelos ônibus biarticulados que transportam um número maior de passageiros e pelos terminais de integração física espalhados pelas ruas.

Na avaliação de Roberto Gregório da Silva Júnior, presidente da Urbanização de Curitiba S.A (Urbs), empresa responsável pela administração do serviço, o planejamento foi importante para o sucesso do modelo. Ele destaca que a rede foi planejada como um sistema radial: nos anos 1970 foram construídas canaletas exclusivas para ônibus, obedecendo a essa proposta. “A criação dos eixos foi inserida no plano viário da cidade. Foi se consolidando um transporte mais rápido a um custo extremamente competitivo. Um sistema muito perto do ideal”, diz.

O modelo é mais amplo que o de São Paulo, onde o usuário pode fazer quatro viagens em um período de até três horas ao preço máximo de R$ 4,65. E supera também o do Rio de Janeiro, onde o bilhete único vale por  duas horas e meia para apenas um transbordo, custando até R$ 3,95 dentro do município e até R$ 4,95 em trajetos intermunicipais.

No Distrito Federal, a integração por enquanto conecta somente duas cidades – Taguatinga e Ceilândia – às avenidas W3 Sul e Norte, Rodoviária do Plano Piloto, Guará, Núcleo Bandeirante, Setor de Oficinas Sul e Octogonal. O passageiro tem duas horas para mudar de ônibus sem pagar um novo bilhete e terá o custo máximo de R$ 3. As linhas estão disponíveis das 8h às 17h de segunda a sexta, das 8h à meia-noite aos sábados e das 6h à meia-noite aos domingos e feriados.

Segundo Lúcio Lima, diretor técnico do Transporte Urbano do DF (DFTrans), a ideia é que haja um período de adaptação antes de expandir o benefício, que inicialmente abrangerá cerca de 40 mil pessoas. Ele diz ainda que para tornar o modelo global é necessário licitar mais três lotes de ônibus novos, o que deve acontecer até agosto. “Até lá, o transporte estará totalmente integrado em todos os modais. Hoje metrô e micro-ônibus ainda não fazem parte”, afirma.

De acordo com Joaquim José Guilherme de Aragão, professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em política de transporte, a integração é positiva porque, além de beneficiar o usuário, “enxuga” a frota. “No Distrito Federal, por exemplo, onde hoje há 900 linhas, dá para ter 200. Brasília tem uma rede viária coesa”, explica.

Ele acrescenta que a capital federal está atrasada na adoção do sistema, principalmente porque viveu anos de insegurança jurídica na concessão das rotas de transporte público. “Os contratos já estavam vencidos. Finalmente estão acontecendo as licitações”.

Artur Morais, pesquisador da UnB e especialista em políticas públicas de transportes, destaca que integrar gera custos para o operador e por isso é preciso realizar pesquisas antes de implantar o sistema. “É preciso compensar. Em vez de fazer viagens muito longas, a empresa pode fazer viagens menores com maior quantidade de passageiros. Com isso, é possível reduzir as viagens deficitárias”, disse.

Confira como funciona a integração em algumas capitais brasileiras:


O bilhete único permite ao usuário fazer quatro viagens de ônibus e metrô em até duas horas ao custo máximo de R$ 4,65.


O bilhete único no sistema de ônibus permite um transbordo em até duas horas por R$ 2,75. Para metrô e ônibus, o custo sobe a R$ 3,95. Para trajetos intermunicipais, o preço é R$ 4,95 e engloba ônibus, barcas, trens, metrô e vans.


Todo usuário que utiliza duas linhas ou uma linha de ônibus e o metrô dentro de um intervalo de uma hora e meia tem desconto de 50% na tarifa da segunda linha, de segunda a sexta-feira. Nos domingos e feriados, a segunda opção é gratuita e os usuários têm desconto na terceira viagem.


Por uma tarifa de R$ 2,60 nos dias de semana e R$ 1 aos domingos, o cidadão toma quantos ônibus precisar na cidade e em 13 municípios de sua região metropolitana.


Uma única vez ao dia e dentro de um período de duas horas, o passageiro pode fazer uma integração pagando 50% da tarifa no próximo ônibus. Para que a integração ocorra, é condição obrigatória que o segundo ônibus seja de uma região diferente do primeiro. Para isso, a cidade de Salvador foi dividida em quatro grandes regiões.

READ MORE - Integração do transporte público avança no Brasil

Metrô de BH é o único que não teve ampliação desde 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O metrô de Belo Horizonte, com 28,1 km, foi o único que não teve crescimento em extensão e em estações desde 2011 se comparado a outras seis cidades do país, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada nessa segunda-feira (12).

A capital mineira ficou parada no tempo, enquanto outros locais, que iniciaram depois a implantação de seus metrôs, ultrapassavam BH em oferta de transporte sobre trilhos, como Fortaleza (CE). São 43,6 km de extensão de metrô, inaugurado em 2012, mais VLT. Ao todo, 14 cidades foram analisadas.

A única melhoria no modal de BH, segundo a pesquisa, foi o aumento no número de vagões, que passou de 96 para 136. “Houve um acréscimo de 40 carros, o que é alto, mas não é suficiente para uma região metropolitana do porte de Belo Horizonte, o que mostra que existe uma deficiência no planejamento das ações”, afirmou o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.

Também não há perspectiva de execução dos projetos das linhas 2 (Calafate/Barreiro) e 3 (Lagoinha/Savassi). Além disso, a combinação entre crise econômica, saturação de passageiros e tarifa deficitária (R$ 1,80) pode provocar um colapso no sistema da capital mineira.

“Sem investimentos, o metrô acaba ficando muito cheio e, como consequência, repele os passageiros, que passam a buscar alternativas como o carro. Além de uma queda na arrecadação, existe um aumento no trânsito da cidade”, analisou Batista.

Segundo o levantamento da CNT, apesar de registrar um aumento de passageiros de 6,5% de 2012 a 2015, houve uma queda no número de pessoas transportadas, de 64,4 milhões em 2014 para 61,1 milhões em 2015. “Os trens são antigos, pesados, desconfortáveis e estão ficando abarrotados no horário de pico. O sistema está, hoje, perto do seu máximo”, afirmou o coordenador do departamento de Transportes da universidade Fumec, Márcio Aguiar.

Solução. Conforme a CNT, o melhor meio de resolver a estagnação do metrô de Belo Horizonte é cedendo o sistema para a iniciativa privada. “Defendemos que o governo facilite a entrada de investidores privados nos sistemas”, disse Batista.

O especialista Márcio Aguiar concorda. “O governo federal não tem como investir. O governo estadual, muito menos. Se não mudar o modelo, não vamos avançar nada”, afirmou. Ele avalia que as soluções encontradas por São Paulo e Rio de Janeiro poderiam ser adaptadas para a capital mineira. “No Rio, o metrô avançou depois das Parcerias Público-Privadas (PPP). Em São Paulo, a linha amarela foi construída e é operada pela iniciativa privada”, exemplificou. O metrô de BH tem 30 anos.

Silêncio. Procurada pela reportagem na tarde dessa segunda-feira (12), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) não havia se posicionado sobre a pesquisa até o fechamento desta edição.

EXPANSÃO
Capital precisaria de 199,5 km de linhas ferroviárias
Para atender o aumento da demanda e o crescimento da população, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) estima que o sistema tenha que saltar dos atuais 28,1 km para 199,5 km, um aumento de mais de 600% na extensão.

Esse levantamento, que não fez parte da pesquisa e foi feito em 2014, inclui metrô e trem metropolitano. Para sair do papel, essa intervenção custaria, ainda segundo a CNT, cerca de R$ 46,12 bilhões. “Belo Horizonte possui uma região metropolitana extensa, populosa e de economia forte. Precisa de uma atenção maior dos gestores para que o sistema volte a ter investimentos”, afirmou o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.

O problema, na opinião do coordenador do departamento de Transportes da universidade Fumec, Márcio Aguiar, é justamente esse recurso chegar ao metrô. “Em 2013, houve uma promessa de R$ 2 bilhões, que nunca chegaram. Infelizmente, Minas Gerais vai, mais uma vez, ficar para trás na história”, criticou.

ENTENDA A DIFERENÇA
Metrô x trem. A diferença entre eles não está relacionada ao trânsito em superfície ou por trecho subterrâneo. Segundo a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), para ser chamado de metrô, o sistema deve ter uma distância média entre as estações de 700 m a 1.200 m, além de um intervalo médio entre veículos no horário de pico de 90 segundos a 180 segundos.

Trens. Podem ter distância média de 1.500 m a 2.500 m entre as estações, além de intervalo no horário de pico que varia entre 120 segundos a 300 segundos. 

PorJoão Renato Faria
Informações: O Tempo
READ MORE - Metrô de BH é o único que não teve ampliação desde 2011

Tarifa de ônibus em Belo Horizonte passa a custar R$ 2,65

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Passageiros do transporte coletivo de Belo Horizonte devem se preparar para o aumento da passagem de ônibus a partir da 0h desta sexta-feira (30). Quem antes pagava R$ 2,45 na tarifa vai ter que pagar R$ 2,65. O reajuste será de 7,61%, segundo a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e a BHTrans.
Este ano, as linhas de vilas e favelas não terão reajuste de tarifa, mantendo a atual, que é R$ 0,60. Já a passagem de R$1,75 foi para R$1,85. Foram incorporados à frota 174 ônibus, com isso Belo Horizonte passa a ter 3.006 ônibus, que estão distribuídos em 296 linhas e operados por quatro concessionários.
Confira abaixo as linhas e os serviços e os novos valores tarifários:
· Linhas perimetrais, diametrais, semi-expressas e troncais (ônibus nas cores laranja, azul e verde): R$ 2,65 (8,16%).
. Tarifa de integração com o metrô: R$ 2,65; (8,16%)
· Linhas circulares e alimentadoras (ônibus cor amarela): R$ 1,85 (5,71%)
· Linhas de vilas e favelas (microônibus cor amarela): RS 0,60 (o mesmo preço de 2011)
Grande BH. Os usuários do transporte coletivo de Belo Horizonte e da região metropolitana devem se preparar para desembolsar mais dinheiro no pagamento da passagem a partir da 0h de quinta-feira (29). Isso porque o preço das tarifas das linhas de ônibus do sistema de transporte coletivo intermunicipal e metropolitano e os táxis metropolitanos serão reajustadas, conforme a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop). Os ônibus intermunicipais e os metropolitanos terão um reajuste de 7,02% e os táxis especiais de 7,35%.
Fonte: O Tempo

READ MORE - Tarifa de ônibus em Belo Horizonte passa a custar R$ 2,65

Segunda-feira terá greve de ônibus em Belo Horizonte

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Foi expedida neste domingo (23) uma liminar da Justiça do Trabalho que garante que 70% da frota deverá rodar nos horários de pico durante a greve geral dos motoristas, cobradores e demais funcionários das garagens de ônibus da região metropolitana de Belo Horizonte, marcada para começar nesta segunda-feira (24). A medida ainda define que 50% da frota esteja ativa no entre-pico, sob risco de multa de R$ 50 mil por dia caso a medida seja descumprida.

A informação foi repassada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), que entrou com a ação tentando frear a greve. De acordo com o assessor do SetraBH, Edson Rios, eles entraram com o pedido na justiça na última sexta-feira (21). "O nosso esforço é para não deixar parar, enquanto continuamos as negociações”, ressaltou Rios.

Já o sindicato dos rodoviários confirmou ter sido notificado da decisão judicial, mas garante que a greve será mantida. “A liminar não especificou, e entendemos que os funcionários da administração e da manutenção já somam os 70% previstos. Então, vamos trabalhar para a paralisação total”, afirmou o coordenador de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH e Região (STTR-BH), Carlos Henrique Marques.

Segundo os rodoviários, cinco rodadas de negociações foram feitas com os empresários, sem nenhum acordo. O STTR-BH informa que a greve se justifica “em função da intransigência patronal”. A reportagem tentou contato com o Tribunal Regional do Trabalho em Minas Gerais, mas ninguém foi encontrado para comentar a decisão.

As exigências

A greve dos rodoviários está combinada para ser deflagrada à 0h desta segunda e seguirá por tempo indeterminado, segundo o  STTRBH. Entre as principais reivindicações da categoria estão 21,5% de reajuste salarial, redução da jornada de trabalho para seis horas, participação nos lucros das empresas e fim das cobranças das punições geradas por batidas e multas administrativas.

Auditoria

No mesmo dia em que terá início a greve dos ônibus, será divulgado nesta segunda-feira (24) o resultado da auditoria que vai apontar se é possível haver redução ou não no preço da passagem de ônibus na capital. Após meses de atraso (a previsão era que a auditoria ficaria pronta em novembro), a apresentação será feita durante reunião marcada pela Prefeitura de Belo Horizonte com o Conselho Municipal de Mobilidade Urbana, às 18h, no auditório do Museu Histórico Abílio Barreto.

A auditoria do transporte público foi contratada pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) em março do ano passado, para esclarecer a composição de preço das passagens de ônibus. Sua divulgação vem sendo cobrada desde as manifestações de junho de 2013, e a previsão inicial era de que os resultados fossem revelados à população em novembro passado.

Informações: O Tempo

READ MORE - Segunda-feira terá greve de ônibus em Belo Horizonte

Diretor da ANTP diz que Copa dará visibilidade para circulação urbana

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O ganho imediato para a população de cidades que sediarão a Copa das Confederações, em 2013, e a Copa do Mundo, em 2014, será a maior atenção para o fenômeno da circulação urbana como função essencial das próprias cidades. A avaliação é do diretor da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e assessor da Diretoria de Planejamento do Metrô de São Paulo, engenheiro Rogério Belda. Ele é um dos palestrantes do Ciclo de Debates Desafios da Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais realiza nos dias 25 e 26 de agosto, no Plenário, a partir de 14 horas.
O ciclo vai discutir o planejamento urbano, as políticas públicas de transporte e mobilidade urbana sustentável e a integração dos sistemas de transporte na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Mais de 30 entidades são parceiras da Assembleia na construção do ciclo, entre órgãos governamentais, não governamentais e entidades de classe, como associações e sindicatos.
Impactos da Copa - Segundo Rogério Belda, Belo Horizonte, Rio e São Paulo são os polos que comandam uma rede urbana de fluxos de informação, riqueza e inovação. "As metrópoles que perdem eficiência correm o risco de perder importância na rede mundial de cidades. Em um plano mais prático e imediato, é essencial analisar como podem ser usadas as infraestruturas e as novas construções depois de terminadas as Copas", acrescenta.
Sobre os impactos das obras na vida da população, o diretor da ANTP afirma que é uma ótima oportunidade de "fazer do limão uma limonada". E explica que até a Copa das Confederações em 2013, será possível construir corredores segregados e semissegregados, reduzir os estacionamentos nas vias principais e ampliar o serviço do metrô na faixa de domínio existente, com previsão de posterior aperfeiçoamento e expansão com o intuito de uma operação em rede dos sistemas de circulação.
Já em relação aos transtornos que a população terá de enfrentar com as obras, Rogério Belda lembra que os habitantes sofrem também com obras que não são feitas, como os problemas com os congestionamentos e enchentes. Ele enfatiza, porém, que é importante definir a responsabilidade de realização e aprovação dos programas de desvio de tráfego. E cita o exemplo de São Paulo, cujas obras iniciais do metrô motivaram a criação de um núcleo de planejamento de transporte na nova Companhia do Metrô e, posteriormente, a criação da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Fonte: Uipi
READ MORE - Diretor da ANTP diz que Copa dará visibilidade para circulação urbana

Brasil vai inaugurar mais de 250 quilômetros de BRT em 2014

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre pretendem iniciar novas operações em sistemas BRT nos próximos meses. Até 2016, mais mil quilômetros devem ser implantados

Do projeto abstrato às pis­tas concretas. Após qua­tro anos do lançamento do Programa de Acelera­ção do Crescimento “PAC Copa do Mundo”, é assim que, em breve, sete cidades brasileiras, que irão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014, poderão resumir os longos meses de investimentos na moderna, efi­ciente e sustentável mobilidade ur­bana tão sonhada pelos brasileiros.

Desde 2009, o Governo Federal já disponibilizou R$ 51 bilhões para a infraestrutura do transporte público e da mobilidade urbana de forma geral. Os recursos foram disponibi­lizados por meio dos PACs Copa do Mundo, Mobilidade Grandes Cida­des e Mobilidade Médias Cidades. Hoje, parte dessa verba está sendo utilizada na implantação de corre­dores exclusivos de ônibus e siste­mas rápidos de ônibus, os conheci­dos BRT (Bus Rapid Transit).

Até 2014, a previsão é de inaugurar cerca de 250 quilômetros de novas linhas de BRT nas cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curiti­ba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Até 2016, 25 cidades brasilei­ras estarão com o foco na implanta­ção desses sistemas que prometem revolucionar a mobilidade urbana nessas cidades e inspirar outras ci­dades a investirem nessa solução.

No total, serão 113 projetos, sendo 53 de BRT com 697 km de extensão e 60 de corredores exclusivos, que somarão 575 km. Juntos, esses pro­jetos totalizam 1.272 km de vias para os ônibus circularem livres e com eficiência. Serão nove mil veículos BRT, operando em 442 estações e 60 terminais. Tudo isso em benefício de mais de 57 milhões de brasileiros.

BRASÍLIA

Mesmo não estando no cronogra­ma das obras de mobilidade urba­na para a Copa de 2014, a capital federal tem previsão de finalizar as obras do Expresso DF, sistema que ligará as regiões administrativas de Santa Maria, Gama, Park Way ao Plano Piloto - centro de Brasília- até dezembro de 2013. Com 43 km de extensão, o sistema terá capacida­de diária de transportar cerca de 200 mil passageiros. Ao todo, serão 15 estações com embarque em nível e 15 passarelas para a segurança de travessia dos pedestres.

Quando em operação, o BRT do Distrito Federal prevê uma redução no tempo de viagem de 90 para 40 minutos. O monitoramento da frota, feito pelo Centro de Controle Operacional (CCO), ajudará no con­trole do tempo do percurso e tam­bém em casos de emergências. O novo sistema terá ramais no Gama (8,7km de extensão) e em Santa Maria (5,3km). O trecho se tornará único a partir de um ponto de en­contro na BR-040, a 27,8km de dois pontos de desembarque no Plano Piloto (terminal Asa Sul e rodoviá­ria do Plano Piloto).

BELO HORIZONTE

Outros projetos que estão em dia e devem ser inaugurados no primei­ro semestre de 2014 são os de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A cida­de toca quatro obras de BRT previs­tas na matriz de responsabilidades para a Copa do Mundo.

As quatro obras são: corredor Antô­nio Carlos/Pedro I, corredor Carlos Luz/Pedro II, corredor Área Central e corredor Cristiano Machado. Serão 41,6 quilômetros com mais de 60 es­tações e cerca de 420 ônibus. A de­manda diária estimada é de 750 mil passageiros em todos os corredores.

CAPITAL MINEIRA VAI INAUGURAR MAIS DE 40 KM DE CORREDORES EXCLUSIVOS PARA ÔNIBUS

O caso de Belo Horizonte é tão po­sitivo que foi usado recentemente como exemplo pelo juiz federal Mar­llon Sousa em uma decisão contra as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá (MT), que visava a construção e implantação do modal. Na decisão, o magistrado destacou que, se Belo Horizonte, que tem 2,4 milhões de habitantes, adotou o BRT, não há justificativa para Cuiabá es­colher o VLT, que é um modelo mais oneroso para o poder público.

Segundo o diretor-presidente da BH­Trans, Ramon Victor César, em cada corredor o sistema contará com li­nhas expressas e paradoras. Haverá ainda linhas interligando os corredo­res de BRT com os demais da cidade. “O BRT será expandido progressiva­mente para outros corredores que justifique a implantação de média/alta capacidade, conforme previsto no Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte. Estamos concluin­do o projeto na avenida Pedro II e o próximo a ser desenvolvido será o da avenida Amazonas. O plano prevê que toda a rede seja implantada até 2020”, afirma César.

CURITIBA

Cidade pioneira na concepção dos sistemas BRT, Curitiba, vai expan­dir a Linha Verde, o BRT brasileiro mais conhecido do mundo. O cor­redor, que hoje possui 22 km em sua extensão, já está em fase de construção de mais 3 km. O pro­jeto também contempla o fecha­mento lateral das estações tubos com vidros de película interna, ca­paz de reduzir a incidência de luz solar e aumentar o conforto térmi­co. As estações possuem sistemas de captação de águas de chuva, que serão utilizadas para a limpe­za das instalações.

Com recursos do PAC da Copa e contrapartidas, a extensão da Li­nha Verde Sul tem custo estimado de R$ 15,5 milhões e previsão de ser entregue à população até maio de 2014, conforme ofício entregue em dezembro de 2012 pela prefeitura da capital paranaense ao Ministério das Cidades. Por falta de repasse de recursos, as obras haviam sido paradas, mas foram retomadas em janeiro de 2013.

Atualmente, Curitiba opera com uma rede de transporte totalmente inte­grada formando um sistema comple­to de BRT com 81 km de extensão de corredores e ainda com a previsão de inauguração – em maio de 2014 – do Corredor Aeroporto Rodoviá­ria (15 km) e a reforma do Corredor Avenida Cândido de Abreu (1,1 km).

FORTALEZA

A prefeitura de Fortaleza, no Ceará, criou recentemente uma secretaria especial para a Copa do Mundo. A cidade deve receber dois jogos da seleção brasileira no Mundial. O órgão vai acompanhar as obras e tentar resolver os problemas de lo­gística que envolvem a criação dos corredores exclusivos para a im­plantação dos sistemas BRT.

Em um mês, a secretaria iniciou o acompanhamento semanal dos ór­gãos, instituições e empresas en­volvidas. “Entre eles, estão o des­locamento de linhas telefônicas, postes de iluminação pública e gás que não estavam previstos nem no projeto inicial nem no orçamento”, explica o secretário recém-nomea­do Domingos Neto. As obras agora se concentrarão nas etapas de alar­gamento, terraplanagem, pavimen­tação, urbanização, paisagismo e sinalização de vias.

Na capital cearense, são quatro projetos de BRT nas avenidas Dedé Brasil, Paulino Rocha, Alberto Cra­veiro e Raul Barbosa, que totali­zam 20 quilômetros de extensão. Serão 52 novas estações com de­manda diária estimada em 245 mil pessoas no total. Nos horários de pico, cada corredor atenderá a uma demanda concentrada que varia de 6 a 11 mil pessoas.

Segundo Domingos Neto, o projeto foi pensado não só para atender a rede hoteleira e turística, mas para facilitar o deslocamento em toda a cidade, deixando um legado para as próximas gerações. “As vias que dão acesso à região onde se loca­liza o setor hoteleiro, o aeroporto e o estádio Castelão estão nesse fluxo. Também estão regiões muito afetadas por congestionamentos. Tratam-se de vias que ligam os lo­cais de maior fluxo, onde as pes­soas trabalham, aos bairros dormi­tórios. O legado fica para a cidade, sem dúvida”, explica.

RECIFE DEVE INAUGURAR O BRT NORTE/SUL PARA BENEFICIAR 180 MIL PESSOAS

RECIFE

Os projetos dos três sistemas BRT previstos para a cidade de Recife fa­zem parte das obras de infraestrutu­ra de mobilidade urbana destinadas à Copa do Mundo de 2014. Juntos, somam cerca de 50 quilômetros de vias exclusivas para ônibus. Ao longo de todo o sistema, serão im­plantadas ciclovias com o objetivo de estimular a integração com o transporte público. Os corredores previstos para serem entregues até o Mundial são o Norte/Sul, o Leste/Oeste e o Corredor Ramal da Copa.

O corredor Norte/Sul conta com dois trechos, sendo o primeiro já em obra com 33,2 km (de Igarassu até o Centro da Cidade), previsto para se­tembro de 2013, e com investimento de R$ 151 milhões. Esse trecho terá 33 estações e vai beneficiar cerca de 180 mil passageiros por dia quando estiver concluído. O segundo trecho, do Tacaruna até o Terminal de Joana Bezerra, cerca de 4,8 km de exten­são, terá sua obra iniciada ainda nes­te trimestre e contará com 9 esta­ções de embarque e desembarque. O investimento para esse trecho é de R$ 110 milhões. A obra será en­tregue em dezembro de 2014.

O corredor Leste/Oeste, previsto para fevereiro de 2014 terá 12,3 km de extensão e um investimento de R$ 145 milhões, beneficiando a re­gião metropolitana de Recife, por meio da interligação da Avenida Caxangá à Cidade da Copa. Isso será feito por meio da UR-7, em São Lourenço da Mata, onde o BRT atenderá o terminal e a estação de metrô a serem inaugurados.
Outro corredor que ficará pronto até 2014 será o Ramal da Copa. Com investimento de R$ 131 mi­lhões, o Ramal tem 6,3 km de ex­tensão e também vai operar com o sistema BRT ou o Transporte Rápido por Ônibus (TRO), como é chamado em Recife. Sua principal função é levar à população usuá­ria de ônibus até a Arena da Copa. Sua primeira fase (ramal interno) será entregue em abril de 2013. Em junho, para a Copa das Confedera­ções, outro trecho estará concluído e em dezembro deste ano, todo o Ramal será entregue. Serão benefi­ciados 20 mil passageiros/dia.

RIO DE JANEIRO

Outra cidade que está com os pro­jetos adiantados visando melhorias de mobilidade tanto para os even­tos esportivos quando para a popu­lação é o Rio de Janeiro. Em 2012, foi inaugurado o BRT Transoeste com 31 estações. O corredor tem 56 km de extensão total e liga a Bar­ra da Tijuca à Santa Cruz e Campo Grande com capacidade para trans­portar 220 mil passageiros por dia.

BRT TRANSCARIOCA TERÁ UMA PONTE EXCLUSIVA PARA OS ÔNIBUS.

A previsão é que até agosto deste ano o corredor esteja funcionando completamente com as 53 esta­ções previstas. Até agora, o projeto já atingiu o objetivo de reduzir pela metade o tempo de viagem do ca­rioca nessa região. Além do Tran­soeste, o Transcarioca também está previsto para ser concluído em 2013. A linha terá 41 km de extensão, 46 estações e capacidade máxima para transportar 400 mil pessoas por dia.

O BRT Transcarioca vai ligar o Ae­roporto Internacional Antônio Car­los Jobim até a Barra da Tijuca, passando pela Penha e a Ilha do Governador. Nesse trecho, está sen­do construída a Ponte Estaiada da Ilha do Governador, que será usada exclusivamente pelos ônibus. Serão 400 metros de ponte construídos ao lado do atual acesso sobre a Baía de Guanabara.

A expectativa é de grande redução no tempo de viagem. De acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, o trajeto entre a Ilha do Governa­dor e Santa Cruz, que é de até três horas em horário de pico, poderá ser feito em 50 minutos com os no­vos corredores.

O diretor de Comunicação e Marke­ting da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Esta­do do Rio de Janeiro (Fetranspor), Paulo Fraga, lembra que essa rapi­dez do deslocamento é o que faz do BRT um exemplo mundial para solução em transporte. “Na verda­de, o BRT é uma tendência mundial. Hoje, se você for parar para analisar, os grandes projetos de mobilidade urbana no mundo estão focados no BRT. E, se você for comparar, o cus­to para implantação da malha ferro­viária e metroviária é muito alto. Por isso, o BRT é tão viável”, justifica.

PORTO ALEGRE

Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é mais uma cidade que está melho­rando sua mobilidade urbana por meio do BRT. A capital já possui três corredores - Protásio Alves, Bento Gonçalves e João Pessoa -, que serão modernizados e um novo corredor, o Padre Cacique, será im­plantado. Juntos, esses corredores farão parte de um sistema tron­co-alimentador formando uma rede estrutural destinada a racionalizar e integrar o sistema de transporte público coletivo da cidade.

A cidade reinaugura até agosto des­te ano os corredores adaptados para BRT João Pessoa, Protásio Alves e Bento Gonçalves. O projeto com os três corredores prevê 17,2 quilôme­tros somando custos no valor de 199,5 milhões com desapropriações.

PORTO ALEGRE ESTÁ MODERNIZANDO OS CORREDORES EXCLUSIVOS PARA INAUGURAR BRT NESTE ANO

Na Avenida Bento Gonçalves a ade­quação será entre os terminais Aze­nha e o Terminal Antônio de Carva­lho, numa extensão aproximada de 6,5 km, e com previsão de 12 esta­ções de embarque e desembarque.

O corredor da Avenida Protásio Alves está localizado entre a Rua Sarmen­to Leite e a Rua Saturnino de Brito numa extensão de aproximadamente 7,5 km, com previsão de 14 estações de embarque e desembarque.

Já o corredor da Avenida João Pessoa terá a adequação no tre­cho compreendido entre a Avenida Azenha e Avenida Salgado Filho com extensão aproximada de 3,2 km, com previsão de 8 estações e 1 estação de integração multimodal.

DE OLHO NAS OBRAS

A NTU lançou em 2012 o projeto BRT Brasil no intuito de acompanhar a im­plantação desses projetos no Brasil. O monitoramento é realizado por uma rede técnica, composta por profis­sionais das empresas de transportes associadas e dos órgãos públicos envolvidos nas implantações do BRT. Essa rede alimenta o banco de dados da NTU, que pode ser consultada em www.brtbrasil.org.br.

O presidente da NTU, Otávio Cunha, lembra que em todo o Brasil serão 1.272 quilômetros de corredores. Isso representa investimentos pri­vados em veículos e sistemas in­teligentes com monitoramento da operação em tempo real, por GPS, e gerenciamento por meio do Cen­tro de Controle Operacional (CCO). “Estamos falando em R$ 8 bilhões de investimentos privados, 521 esta­ções e 60 terminais”, ressalta.

Cunha destaca que a priorização do transporte público coletivo em detrimento do individual é a solu­ção para melhorar a mobilidade nas cidades. Ele lembra que é possível, num sistema BRT, com ônibus arti­culados e biarticulados, atingir de­mandas de 40 a 45 mil passageiros por hora e por sentido. “Poucos metrôs no mundo operam com essa capacidade. Você consegue melho­rar muito a qualidade do transporte e as viagens vão ser muito mais rá­pidas”, aponta.

A qualidade, eficiência e seguran­ça, aliados à maior velocidade co­mercial, vai estimular o usuário do transporte público individual moto­rizado a migrar para esse sistema. A expectativa é que haja uma trans­ferência em torno de 20% para o transporte coletivo. “O BRT é uma invenção brasileira que ganhou o mundo, presente em mais de 145 cidades. O maior conforto e a rapi­dez proporcionados pelo BRT cer­tamente convencerão o usuário do automóvel a usar o transporte pú­blico como uma boa opção de des­locamento”, opina.

GANHOS DE MOBILIDADE

Os projetos de mobilidade contribuirão para a melhoria dos principais indicadores de qualidade do transporte público. Entre eles:

Aumento de 2% ao ano dos passageiros transportados;
Transferência superior a 20% das viagens do transporte individual para o coletivo;
Redução de 40% no tempo de viagem;
Aumento de 78% na velocidade média nos corredores;
Aumento significativo de confiabilidade dos serviços.

Fonte: NTU / Portal da Transparência do Governo Federal / Consórcio BRT-Sul *Estimativa.

Fonte: Revista NTU Urbano - Jan/Fev 2013
READ MORE - Brasil vai inaugurar mais de 250 quilômetros de BRT em 2014

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960