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No Rio, Reestruturação do BRT contará com 700 novos ônibus

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

O presidente Lula, ao lado do prefeito Eduardo Paes, de ministros e do governador Claudio Castro, anunciou um pacote de investimentos para a cidade do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (10/8), no estádio Ítalo Del Cima, em Campo Grande, na Zona Oeste. Para fomentar a recuperação do Sistema BRT estão sendo investidos quase R$ 2 bilhões, que possibilitarão a compra de cerca de 700 ônibus, a requalificação do corredor Transoeste e a construção de terminais e garagens públicas. Os investimentos foram adquiridos por meio de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1,2 bilhão, e com a Caixa Econômica Federal, de mais R$ 645,9 milhões. Por meio do BNDES, a União aportará R$ 702,7 milhões no projeto de mobilidade que vai transformar Campo Grande, o bairro mais populoso do país, com mais de 400 mil habitantes e 10 mil hectares. Com a contrapartida da Prefeitura do Rio, o valor chegará a R$ 843 milhões.

Reestruturação do BRT conta com cerca de 700 novos ônibus

Os recursos federais permitirão a compra de cerca de 700 ônibus para o BRT. No anúncio, o prefeito Eduardo Paes assinou os acordos com o vice-presidente do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, para os investimentos no sistema BRT, e com a presidente da Caixa, Rita Serrano, para a aquisição de mais ônibus. E o ministro das Cidades, Jader Filho, assinou portaria para o repasse de recursos no modal de transporte.

– Estou de volta para ajudar o estado e a cidade do Rio de Janeiro. Vou voltar muitas vezes para anunciar novas obras – disse Lula, que conheceu o novo modelo de ônibus do BRT.

A previsão é que o Sistema BRT opere plenamente com seus quatro corredores, incluindo a reforma da Transbrasil – em fase de conclusão – com 100% dos ônibus novos no início do próximo ano.

Além dos novos ônibus que já estão em operação nos corredores Transolímpica, Transcarioca e Transoeste (no trecho entre os terminais Jardim Oceânico e Alvorada, e na Avenida Cesário de Melo), a partir de novembro deste ano, até março de 2024, a cidade receberá os outros 270 articulados – comprados com o valor proveniente da Caixa Econômica Federal – para atendimento aos corredores Transoeste (trecho entre Santa Cruz e Alvorada) e Transbrasil. Os demais são oriundos do aporte do Banco do Brasil.  Estes 270 novos veículos já serão compatíveis com a norma ambiental Proconve P-8, equivalente ao Euro 6, que prevê redução de poluentes locais. Com esta aquisição, o Rio se torna a primeira cidade do Brasil a utilizar articulados Euro 6. E a Prefeitura já acertou a compra de mais 67 articulados com a tecnologia Euro 6, que serão entregues no próximo ano.

– Em 2016, o sistema BRT tinha 400 ônibus. Em janeiro de 2021, estava com 120. O que está sendo feito aqui hoje é permitir que a Prefeitura, com o financiamento do Governo Federal, resolva esse problema. Para que possamos comprar novos ônibus, recuperar o sistema e devolver a dignidade para a população de toda a cidade, mas especialmente da Zona Oeste – afirmou Eduardo Paes.
Além da compra da nova frota de ônibus, os investimentos estão permitindo que toda a infraestrutura do sistema seja requalificada. Na Transoeste, é realizada a obra de substituição do pavimento e recuperação da base do corredor.  Além disso, quatro estações serão transformadas em terminais: Mato Alto, Pingo D´Água, Curral Falso e Santa Cruz; e uma será ampliada: Magarça. O objetivo é proporcionar mais conforto e segurança aos passageiros que viajam diariamente de BRT pela Zona Oeste.

Outra obra que recebe investimentos do Governo Federal é a do Terminal Intermodal Gentileza (TIG), que vai integrar o BRT Transbrasil, 22 linhas de ônibus municipais e as linhas 1 e 2 do VLT, que será estendido por cerca de 700 metros até a área do antigo Gasômetro.

– Hoje é um dia importante para essa região. A partir de um programa importante do ministério das Cidades, que é o Programa Avançar Cidades, estamos assinando com a Prefeitura do Rio um financiamento para a compra de ônibus articulados. Um dos principais problemas que o Brasil tem hoje é a questão do transporte público. A união do trabalho entre os estados, os municípios e o Governo Federal vai fazer com que as pessoas possam viver melhor, que possam ter um transporte público de qualidade. Tivemos a oportunidade de visitar um desses ônibus. São excelentes. Sem dúvida, também vai economizar tempo na vida das pessoas, além de dar um transporte digno – declarou o ministro das Cidades, Jader Filho.

A Prefeitura também vai disponibilizar ainda cinco garagens públicas para atendimento ao BRT. As garagens, localizadas em Ramos, Curicica, Cascadura, Deodoro e Paciência, serão conectadas à malha viária do BRT já adaptadas para operação. Outro avanço foram as reformas de todas as 120 estações do Sistema BRT. Entre as melhorias realizadas, estão substituição de painéis e portas de vidro por chapas de aço vazadas; fiação embutida e mecanismos das portas blindados; alarmes luminosos e sonoros das portas, indicando a abertura e o fechamento, e trava automática das portas.  Entre os serviços executados, estão ainda pinturas interna e externa, novas instalações elétricas e programação visual e reforço na iluminação.

Campo Grande ganha um novo sistema viário para modernizar a mobilidade

Nesta quinta-feira (10/8), o presidente Lula e o prefeito Eduardo Paes também participaram da primeira detonação para construção do túnel sob o morro Luiz Bom. Logo depois, Paes e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, assinaram o termo para o repasse dos investimentos.

– A prioridade é melhorar a vida do povo trabalhador desse país, das pessoas mais necessitadas – afirmou Lula, que conheceu um dos novos ônibus “amarelinhos” do novo sistema BRT.

O Anel Viário de Campo Grande compreende a construção de um mergulhão sob a Avenida Cesário de Melo, um túnel de 600 metros sob o morro Luiz Bom, além da implementação das rótulas na rua Artur Rios e Estrada da Caroba. As novas rotas irão permitir o escoamento de tráfego de veículos na região central, diminuindo o tempo de deslocamento e facilitando a circulação. O projeto inclui dois quilômetros de ciclovia.

– Campo Grande é o maior bairro do Brasil, o coração econômico da Zona Oeste. Esse projeto do Anel Viário, do túnel, do mergulhão, das vias todas que serão feitas, é da década de 90, que nuca foi feito. Com essa parceria com o BNDES conseguimos viabilizar o financiamento para que as obras sigam a todo vapor, mudando a vida de quem mora em Campo Grande e permitindo que a região possa crescer – disse Eduardo Paes.

Outra grande intervenção prevista para integrar o Anel Viário é a implantação da nova Floresta da Posse. Uma área verde no coração de Campo Grande, com 950 mil m² – algo equivalente a mais de 130 campos de futebol. O projeto prevê o plantio de 240 mil árvores e recuperação dos mananciais, além de proteção da fauna e da flora nativas.

– Vamos ter um segundo semestre muito melhor do que o primeiro na economia. Estamos trabalhando fortemente para isso. E o BNDES voltou, olhando para aquilo que é estratégico, prioritário para o povo. Esse projeto é muito importante para o Rio, para o bairro de Campo Grande. Temos grandes intervenções: o anel viário, a interligação para a saída para a cidade do Rio, além do túnel. O dinheiro do BNDES é do povo, é de Campo Grande, é do Rio de Janeiro, é do Brasil – declarou Aloizio Mercadante.

O Plano de Mobilidade de Campo Grande conta com outras intervenções. Serão executadas obras como a ligação expressa da Estrada da Posse com a Avenida Brasil, passando por áreas ainda pouco adensadas. O objetivo é diminuir o fluxo veicular de vias saturadas como as estradas do Mendanha e do Lameirão. Também está planejada a implantação de um túnel sob o Morro João Vicente, além de pontes, viadutos e mais infraestrutura cicloviária.

O Binário Rio/SP (interseções entre a Estrada Rio-São Paulo, Rua Vitor Alves e a Estrada Rio do A); Largo da Maçonaria (otimização e distribuição de interseções viárias na Estrada do Mendanha); Duplicação da Estrada da Cachamorra, concluem o grande plano de mobilidade de Campo Grande.

Informações: Prefeitura do Rio
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No Rio, Especialistas alertam para a necessidade de revisão na segurança dos BRT's

domingo, 18 de janeiro de 2015

Na última terça-feira (13), duas colisões com ônibus do BRT na Zona Oeste do Rio, que deixaram 150 pessoas feridas, aumentaram ainda mais a estatística de acidentes envolvendo este tipo de transporte. Desde a inauguração, em 2012, os BRTs colecionam atropelamentos e choques com veículos que invadem a faixa exclusiva, mostrando que o sistema precisa de aperfeiçoamento. Relatos de usuários do consórcio nas redes sociais mostram que esse tipo de acontecimento é frequente e coloca em risco a vida de quem utiliza o transporte. Especialistas alertam para a necessidade de sinalizações mais eficientes, trabalhos educativos e revisões no quesito segurança. 

Eva Vider, engenheira de transportes e professora da Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca que o sistema do BRT no Rio é novo e diferente daquilo que os moradores da cidade estão acostumados. “É como um metrô sobre rodas cortando a cidade na superfície. É uma intervenção diferente e pode ser perigosa, apesar da sinalização ser de certa forma bem feita, qualquer descuido pode se tornar um acidente”, explica.

Segundo a professora da UFRJ, os três anos de implantação, com novas linhas sendo inauguradas desde então, não foram o suficiente para o carioca se acostumar com o novo meio de se locomover pela cidade. “Teve pouca informação para a população. Antes da implantação do projeto, não houve uma discussão e nem um movimento para educar melhor as pessoas no trânsito nesse sentido”.

Ainda, de acordo com Eva, no inicio da implantação do sistema do BRT, a velocidade máxima dos ônibus chegou a ser reduzida, numa tentativa de diminuir acidentes, como os atropelamentos. “Talvez essa quantidade de acidentes esteja mostrando que o projeto precisa ser revisto no quesito da segurança. A ideia seria reforçar os mecanismos de segurança colocando cercas segregando de uma forma física o sistema. E por ele ser um transporte diferente é preciso que se tenha um investimento maior na educação do trânsito, chamar a população para entender melhor o transporte”, afirma.

Já Alexandre Rojas, engenheiro de Transportes Urbanos e Mobilidade e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), afirma que as invasões à pista exclusiva do BRT são a razão principal dos acidentes. “O BRT funciona como uma linha segregada. É um transporte feito para trafegar sozinho em uma parte separada da pista. Além disso, o tempo de frenagem de um carro articulado, por exemplo, é maior do que um carro de passeio, ou seja, ele não é um transporte apto para parar de forma abrupta”, explica Rojas.

Ainda segundo o professor da Uerj, os motoristas do BRT costumam ser mais qualificados do que aqueles que dirigem ônibus comuns. “Eles costumam ganhar mais do que a maioria dos motoristas de ônibus, por isso passam por um treinamento mais qualificado. Rojas chama os acidentes que acontecem no BRT como “inexplicáveis”. “Se o BRT tem uma pista separada, então, em teoria, a possibilidade de acidentes deveria ser muito menor”.

No entanto, o professor da Uerj destaca a necessidade de uma sinalização melhor. “Ter uma sinalização mais contundente é uma boa forma de prevenção, e uma cerca para evitar a travessia fora da faixa”, opina.

Acidentes

Os acidentes da última terça-feira aconteceram em dois pontos distintos. O primeiro foi na estação do Pontal, na pista sentido Alvorada, e deixou 30 pessoas feridas. Cerca de 30 minutos depois, na mesma pista, outro acidente acontecia, na altura da estação Cetex do BRT, também no sentido Alvorada. A colisão, um pouco mais grave, deixou 120 pessoas feridas.

Os passageiros envolvidos no acidente chegaram a relatar que um dos motoristas estava ao celular no momento do acidente. Outros motivos, como falha dos freios e o relato do motorista, que disse que teve a visão prejudicada pelo reflexo do sol, estão sendo avaliados.

A Secretaria de Municipal de transportes abriu uma sindicância para apurar se houve falha técnica ou humana. O consórcio que gere o BRT deve apresentar explicações em cinco dias, contados a partir da data do acidente.

Segundo a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), o consórcio do BRT apresentou , na quinta-feira (15), as imagens das câmeras de segurança do veículo envolvido no acidente próximo a estação do Cetex, no sentido alvorada e, diferentemente do que alegaram os passageiros, o motorista aparece com as duas mãos ao volante. A gravação é referente a sete minutos antes do acidente que deixou 120 pessoas feridas.

Já na gravação das câmeras do veículo do BRT envolvido no acidente da estação do Pontal, no sentido alvorada, e que deixou 30 pessoas feridas, não é possível ver o motorista. De acordo com informações da SMTR, a partir de agora é preciso aguardar a investigação da perícia técnica da Polícia Civil para se manifestar sobre o caso.

Após o acidente, a Polícia Civil abriu dois inquéritos para apurar as causas dos acidentes envolvendo os dois ônibus do BRT. Após a lauda pericial, o consórcio avisou que vai se manifestar sobre o caso.

Informações: Jornal do Brasil

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No Rio, Bilhete Único Intermunicipal tem novo regulamento para evitar fraudes

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Para evitar fraudes no Bilhete Único Intermunicipal, o Governo do Estado decidiu criar um termo de adesão e novas regras para os usuários. O termo foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (11), em decisão da Secretaria Estadual de Transportes.

A partir da data da publicação, quem quiser aderir ao programa terá de assinar um termo de ciência e adesão, com regras claras sobre o uso correto do benefício. O objetivo é estabelecer os direitos e deveres dos beneficiários que recebem subsídio do Bilhete Único Intermunicipal, frisando que o cartão é pessoal e não pode ser utilizado por terceiros. Além disso, será ampla divulgação das regras do Bilhete Único Intermunicipal para conscientizar os atuais usuários do sistema sobre o uso correto do benefício.

Foi anunciada também uma parceria entre a Polícia Civil e o Bilhete Único. A Corregedoria Geral do Bilhete Único  apresentou à delegacia de Defraudações da Polícia Civil denúncias como desvio na utilização do BU; fraudadores vendendo créditos de cartão Riocard em pontos de ônibus; utilização de cartão de terceiros por cobradores; vans intermunicipais validando bilhetes acima da capacidade de carregamento de passageiros; entre outras.

Devido a estas fraudes, foi montado um trabalho em conjunto para a abertura de investigações e inquéritos. Além disso, operações de fiscalização serão montadas em parceria também com o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) e incluirão ações em terminais rodoviários, como blitz móveis e perícia em validadores, entre outros.

Estão previstas ainda punições para quem cometer fraudes. O usuário cadastrado que descumprir as regras estabelecidas no termo de adesão, ou, ainda, que de alguma maneira concorra com a prática de fraude ao sistema do Bilhete Único Intermunicipal, estará sujeito, além da responsabilização nas esferas civil e criminal, da aplicação da suspensão ao recebimento do subsídio por até um ano.

O Governo do Estado ainda anunciou que estão retirados do direito ao Bilhete Único Intermunicipal os menores de 5 ou maiores de 65 anos, uma vez que esses usuários já dispõem de gratuidade plena no transporte público. A comunicação sobre o desligamento do programa, de acordo com o termo, será feita em até 90 dias.

Como solicitar
O programa Bilhete Único, sistema de integração dos transportes públicos do Rio de Janeiro, possui pontos de recarga espalhados pela cidade e na Região Metropolitana do Rio. No benefício, os passageiros podem escolher entre o sistema do Bilhete Único Carioca, com 604 postos; ou Intermunicipal, com 1028 locais para recarga. De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes, o programa intermunicipal conta com quase quatro milhões de cadastrados. Enquanto o Bilhete Único Carioca (BUC) conta com 5,37 milhões de usuários.

Para efetuar a recarga, os usuários podem se dirigir a postos como a Loja do RioCard na estação de trem da Central do Brasil, no Centro do Rio; ou na estação de metrô Uruguaiana, também no Centro da cidade. Já os moradores de Niterói, podem recarregar o crédito do cartão no Terminal Rodoviário João Goulart, na Avenida Visconde do Rio Branco.

Regras do Bilhete Único Intermunicipal
- Em linha ou serviço de transporte intermunicipal com valor superior à tarifa praticado no Sistema Bilhete Único Intermunicipal, será debitado do cartão o valor máximo da tarifa de Bilhete Único (R$ 5,90);

- O usuário tem um prazo máximo de utilização de três horas para realizar a integração. Além disso, o intervalo entre as viagens de ida e volta deve ser de no mínimo uma hora;
- O usuário poderá realizar até duas viagens diárias (ida e volta), compostas por até duas integrações cada, nos seguintes modais: ônibus, metrô, trem, barcas e vans legalizadas;
- No caso de utilização no trem e nas barcas, o usuário ainda se beneficia da Tarifa Social, pagando um valor inferior ao praticado na tarifa atual. Ex.: Trem R$ 3,30 (sem B.U.), R$ 3,20 (com B.U.); Barcas R$ 5,00 (sem B.U.) R$ 3,50 (com B.U.);
- O cartão é intransferível e pode ser adquirido em postos de cadastramento; lojas RioCard; ou pelo site;
- O benefício da tarifa reduzida do Bilhete Único Intermunicipal é válido nas viagens entre modais nos seguintes municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro: Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Mangaratiba, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica, Tanguá;

Regras do Bilhete Único Carioca
- Os usuários do Bilhete Único Carioca (BUC) pagam apenas uma passagem (R$ 3,40) para utilizar dois transportes (inclusive BRT) no intervalo de 2 horas e 30 minutos. Esse número pode chegar a três, caso um dos transportes seja uma linha alimentadora do BRT.

- O Intervalo entre os transbordos deve ser de até duas horas e meia. Além disso, o intervalo entre as integrações de ida e volta deve ser a partir de 1h;

- O usuário poderá realizar apenas duas integrações diárias;

- O uso do cartão: duas vezes seguidas na mesma linha de ônibus ou no validador do trem, não caracteriza integração do Bilhete Único Carioca, portanto o cartão debitará o valor integral das duas tarifas;

- A validade dos créditos é de um ano a partir da data de aquisição. Após este período, os créditos expiram;

Os ônibus executivos, conhecidos como “Tarifa” ou “Frescão”, não estão incluídos no benefício tarifário do Bilhete Único Carioca. Sendo assim, será debitado do cartão o valor integral da tarifa praticada nestes transportes.

Valor da tarifa atual de Bilhete Único Carioca: R$ 3,40 (ônibus + ônibus) e R$ 4,70 (ônibus + trem – apenas estações dentro do município do Rio de Janeiro);

Informações: G1 Rio

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Prestes a ser lançado em BH, sistema BRT vive lotado em Curitiba e no Rio

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus), que será inaugurado no próximo dia 15 em Belo Horizonte, vem sendo adotado no Brasil e no mundo como uma das soluções em mobilidade urbana. O sistema consiste basicamente em criar faixas exclusivas para ônibus, com mecanismos parecidos com os usados no transporte sobre trilhos, como o embarque a partir de plataformas. Entretanto, dois exemplos já conhecidos de BRT no país, o de Curitiba (PR) e o do Rio de Janeiro (RJ), são alvos de duras críticas por conta da superlotação e da falta de segurança – a reportagem ouviu pelo menos dez usuários e analistas em transporte de cada cidade.

Em Curitiba, primeira cidade do mundo a ter o serviço, o transporte é referência há 40 anos por sua agilidade, tecnologia e integração com a região metropolitana. Porém, o BRT já não comporta a demanda de cerca de 20 mil passageiros por hora nos horários de pico. Tanto que um dos principais trechos, que liga o centro à zona Sul da capital paranaense, será substituído pelo metrô, conforme projeto já em andamento.

Na cidade do Rio de Janeiro, a Transoeste – a primeira de quatro linhas em construção – foi inaugurada há um ano e meio e já nasceu saturada, segundo usuários e engenheiros. A prefeitura chegou a multar em R$ 50 mil a concessionária pela falta de coletivos em circulação e a má conservação das estações. O alto índice de atropelamentos, motivado por falhas no projeto, também se tornou uma marca – em um ano de funcionamento, foram dez mortes –, além dos defeitos no asfalto das faixas exclusivas.

O mesmo prognóstico de lotação é feito em Belo Horizonte por engenheiros civis, que consideram o sistema limitado para a alta demanda das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado (leia mais na página ao lado).

O professor de engenharia de transportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Paulo Cezar Ribeiro diz que, para cada demanda, há um meio de transporte adequado. “O BRT, aliado à alta tecnologia, é muito bom, além de barato. Mas ele não suporta mais do que 20 mil passageiros por hora”, afirma. Para demandas maiores, ele sugere o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que carrega 30 mil usuários por hora, e o metrô, que pode chegar a 80 mil.

CUSTO. Entretanto, o BRT tem se mostrado mais atrativo pelo baixo custo de execução – dez vezes menor que o do metrô. “O BRT é a solução para acentuar o monopólio rodoviário, e quem paga por isso é o usuário”, declara Fábio Tergolino, do movimento O Metrô que o Rio Precisa.


Até mesmo o presidente da Urbanizadora de Curitiba (Urbs) – responsável pelo BRT, Roberto Gregorio, admite que o sistema tem limitações. “Não teríamos condições de chegar a 50 mil passageiros por hora. Como nossa capacidade operacional chegará ao limite em cinco anos, estamos optando pelo metrô”, argumenta.

Sobre a lotação atual, ele diz que a introdução de mais ônibus não resolve. “Estamos estudando uma tarifa sazonal, com desconto para quem usar o ônibus fora do horário de pico”, completa.

Outras cidades

Copa do Mundo. Entre as obras de mobilidade para a Copa, o BRT foi o preferido pelos governantes. Além de Belo Horizonte, Curitiba e Rio, que estão com obras, Fortaleza, Porto Alegre e Recife também vão implantar o sistema.

Problemas de planejamento e de atualização comprometem o serviço

“O sistema em si é bom, mas faltam ônibus”, diz Henrique Costa, 26, que trabalha com exportação em Curitiba. A visão dele sobre o BRT parece unânime entre os curitibanos. Todos gostam do transporte, que chega a ser um atrativo turístico da cidade, como diz Aline Motter, 28, proprietária de um hostel: “Os hóspedes elogiam, até mesmo os estrangeiros. O BRT me ajuda nos negócios”, relata.

Por outro lado, o sistema é criticado pela lotação nos horários de pico. “É preciso aumentar a capacidade das vias exclusivas do BRT”, sugere Garroni Reck, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Já no Rio, os problemas vão desde a superlotação até a demora entre um ônibus e outro, além da má qualidade do serviço. O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro, destaca ainda a sinalização falha. “Houve uma série de erros, como a falta de um isolamento físico entre as faixas”.

Por Luciene Câmara
Informações: O Tempo
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Rio: Cidade Maravilhosa se rende ao ônibus expresso

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Palco da final da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro passa por uma revolução tardia no seu sistema de transporte público. A capital fluminense está implantando o BRT (sigla para Bus Rapid Transit ou Ônibus de Trânsito Rápido), que se caracteriza pela utilização de vias exclusivas para ônibus e estações de pré-embarque, como em Curitiba.

Em operação há dois meses, o TransOeste corta a Barra da Tijuca em uma extensão de 40 quilômetros – a previsão é de 56 km até o fim do ano. Há faixas de ultrapassagem nos corredores, as estações são todas climatizadas e há dois tipos de linha operando: as expressas, que seguem sem parar em vários pontos, e as chamadas “paradoras”, que pegam passageiros em todos os terminais – o que permite, na primeira opção, que as viagens entre dois pontos extremos sejam mais rápidas. A aceitação dos passageiros, por enquanto, é boa: 70 mil pessoas utilizam o TransOeste diariamente e 90% delas afirmam estar satisfeitas com o serviço.

A previsão da Secretaria Municipal de Transportes é ampliar o BRT em mais três eixos até 2016, num total de 150 quilômetros de vias exclusivas – em Curitiba são 81 quilômetros. Só a TransBrasil, eixo de 31 quilômetros que ligará o bairro Deodoro ao Aeroporto Santos Du­­­mont, passando pela Avenida Brasil, terá capacidade de transportar 900 mil pessoas por dia.

O secretário de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, falou ontem à Gazeta do Povo durante a 15.ª Etransport, congresso que discute os rumos e tendências do transporte público no país e no mundo. Para Sansão, uma das tendências apontadas no evento este ano, não por acaso, é justamente a consolidação do BRT como um meio de transporte de massa, capaz de fazer frente, inclusive, à demanda atendida hoje em muitas cidades pelo metrô.

Curitiba, que foi sinônimo de inovação ao implantar o BRT na década de 70, agora aposta as suas fichas no metrô, opção que ainda está longe de ser unanimidade. Há um embate hoje, no país, entre esses dois modais?

Não vejo a coisa dessa forma, de optar por um ou outro. Aqui, no Rio, desenhamos nossa rede de BRT para ser integrada à rede metroviária que já existia e que está em expansão [as linhas 1 e 2 do metrô carioca tem 36,2 quilômetros e atendem cerca de 700 mil passageiros/ dia. A previsão é ampliar essa capacidade para 1,2 milhão de passageiros/dia no próximo ano, com a aquisição de 19 novos trens]. Depende muito do que você quer para a cidade, da região que você está implantando o modal, da característica da sua demanda. Não sei se é essa a discussão em Curitiba, mas onde já existe o BRT, eu esperaria mais para tomar a decisão de mudar de modal. Investiria na modernização do sistema, com pistas de ultrapassagem, por exemplo, e linhas expressas que ultrapassem as paradoras [linhas que param em todos os pontos]. Assim, você multiplica sua capacidade e o sistema tem uma vida útil maior. Já estamos fazendo o BRT no Rio com essas condições.

A implantação do BRT no Rio e em outras cidades, como Belo Horizonte, pode mudar essa concepção ainda vigente de que o metrô é a única opção de transporte de massa?

Nos anos 1970 e até nos anos 1980, ninguém falava em um outro meio de transporte urbano que não fosse metrô. Quando o sistema nos anos 80 ganhou inovações técnicas que permitiram que ele passasse a ser um sistema de alta capacidade em outras cidades, como o Transmilênio em Bogotá, se quebrou um paradigma.

Um dos eixos do BRT carioca, o Transbrasil, tem uma demanda estimada de 900 mil passageiros por dia – número até maior do que a demanda do metrô do Rio. Haverá de fato capacidade e estrutura para chegar a esse número?

É possível sim porque na Avenida Brasil não há cruzamentos, o BRT terá duas faixas, uma em cada sentido, e linhas expressas diretas ou paradoras. Combinando tudo isso, se consegue atingir essa capacidade. O Transmilênio, na Colômbia, já está atendendo um número próximo a isso.

Mesmo com a modernização do transporte público, hoje é muito difícil o motorista deixar o carro em casa e partir para o ônibus. Como cativar esse público?

Entre os usuários de carro, há dois tipos. O cativo, que não abre mão da individualidade e do conforto, mesmo se você colocar um helicóptero expresso, e há aquele que pode mudar de pensamento, tendo uma boa opção à mão. Com um modal público expresso de alta capacidade, os condutores vão poder escolher. No Rio, se 20% dos usuários de carros partirem para o transporte coletivo, o trânsito vai melhorar muito. O que já vale a pena.

Informações: Gazeta do Povo

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Sessenta ônibus são apedrejados ao deixar garagem durante greve no Rio

sexta-feira, 1 de março de 2013

Sessenta ônibus das empresas Pégaso e Jabour, alimentadores do BRT Transoeste, foram apedrejados por grevistas, na manhã desta sexta-feira (1º), quando deixavam as garagens localizadas em Santa Cruz e Campo Grande, respectivamente, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu em meio à paralisação de motoristas e cobradores de ônibus da cidade, iniciada à 0h.

Os trabalhadores reinvindicam aumento salarial, fim do banco de horas extras, jornada de trabalho de seis horas e término da dupla função, quando o motorista faz também o trabalho de cobrador. A Rio Ônibus, que reúne as empresas rodoviárias municipais da cidade do Rio de Janeiro, entrou com uma ação na Justiça solicitando que a greve seja declarada ilegal e, por isso, suspensa.

Com a greve dos funcionários de ônibus, os cariocas enfrentam uma manhã complicada, com dificuldades para chegar ao trabalho. O tempo de espera por condução chega a uma hora. O ponto de ônibus em frente à garagem da Viação Real na Avenida Brasil, em Manguinhos, no Subúrbio do Rio, estava lotado por volta das 6h20.

Morador da Vila dos Pinheiros, no Conjunto de Favelas da Maré, o pedreiro Geraldo Matias, de 65 anos, disse que nunca aguardou tanto tempo para pegar um coletivo. "Eu espero no máximo 15 minutos e hoje já vai fazer uma hora e meia que estou aguardando. Acho esta greve uma falta de respeito com a população que precisa trabalhar. Eu só tenho uma condução para chegar ao trabalho que é o ônibus da linha 343. Se ele não passar aqui hoje, eu realmente não sei o que vou fazer".

O cozinheiro Inaldo Ernesto, de 26 anos, não sabia da greve. "O que eu acho engraçado é que eles decidem parar do nada e ainda acha que somos obrigados a saber disso. Se soubesse que eles estavam parados, teria saído mais cedo de casa. Agora estou aqui há uma hora a espera de uma condução, que talvez nem chegue. Isso é o cúmulo".

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), o BRT Transoeste, que liga Santa cruz à Barra da Tijuca, na Zona Oeste, opera com 22 ônibus articulados, sendo que a frota média é de 80 veículos. As linhas circulam apenas no corredor de ônibus expressos, sem as linhas alimentadoras nos bairros.

Durante a madrugada, uma confusão entre grevistas e funcionários da empresa Santa Maria, na Estrada Coronel Pedro Correa, foi registrada. Segundo Lélies Teixeira, presidente da Rio Ônibus, ninguém ficou ferido e a Polícia Militar foi acionada para reprimir as ações.

“Temos uma situação de dificuldade na cidade e a prefeitura determinou ao consórcio RioÔnibus, que botem a frota na rua imediatamente e estamos fiscalizando. A nossa prioridade é restabelecer o serviço de ônibus na cidade. Qualquer outra irregularidade será apurada e os excessos serão punidos”, disse o secretário municipal de Transporte Carlos Osório, referindo-se à suposta cobrança abusiva por partes das vans nos preços das passagens.




O secretário disse ainda que “na avaliação da prefeitura, a greve é parcial e que o serviço foi bastante prejudicado nas primeiras horas da manhã, principalmente na Zona Oeste da cidade”.
De acordo com Osório “houve alguns registros de violência em Campo Grande, na saída de ônibus das garagens”.

Na Justiça
A ação da Rio Ônibus na Justiça pede que a greve mantida pelos funcionários seja declarada ilegal e suspensa.

A Prefeitura do Rio de Janeiro determinou aos consórcios, por meio da SMTR, que coloquem a frota normal programada nas ruas da cidade. Segundo a secretaria, a greve é parcial e há um aumento gradativo dos veículos nas ruas da cidade.

O presidente da Rio Ônibus garante que 30% dos coletivos estão na rua. "Está funcionando. Não por respeito à norma, mas por esforço das empresas e funcionários que estão chegando cedo e prolongando os horário", disse Lélies Teixeira.

Greve
Segundo o presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio), José Carlos Sacramento, a paralisação continuará até o meio-dia no município do Rio de Janeiro, quando o sindicato realizará uma nova reunião.

Diretora do Sindicato dos Rodoviários, Ângela Maria Lourenço diz que a greve, por enquanto, é por tempo indeterminado. "Estamos aqui lutando pelos nossos direitos. Nosso piso salarial e benefícios são baixos. Recebemos R$ 100 de cesta básica e ainda descontam R$ 20. Não sabemos ainda até quando será a greve, vai depender da avaliação e também das medidas que serão tomadas", disse.

"A greve está sendo pacífica. Não estamos forçando ninguém a fazer nada. Muito pelo contrário, a greve está acontecendo a pedido dos próprios rodoviários", completou Ângela, que garantiu também que há representantes do sindicato em todas as 47 garagens de ônibus da cidade.

De acordo com Sebastião José da Silva, vice-presidente do Sintraturb-Rio e presidente da Nova Central de Trabalhadores, a paralisação dos motoristas será de, no máximo, 24 horas.

Os rodoviários pleiteiam um aumento salarial de 15%, o fim da dupla função, na qual o funcionário atua como motorista e cobrador, além de benefícios como vale-alimentação, cesta básica e plano de saúde.
A Rio Ônibus informou, por meio de nota, "que, em face do dissídio coletivo anual da categoria no Rio, estará procedendo reajuste salarial de 8% para toda a categoria, sendo que para os motoristas de micro e micro-master o reajuste será de 40%, além de criar uma nova categoria de motoristas para ônibus articulados com salário 20% acima dos motoristas em geral".

A representante das empresas também informou que "o reajuste já constará da folha de pagamento a partir da sexta-feira, 1º março. Também terão reajuste na cesta básica de 20% em relação ao valor atual".
"Considerando que, embora não tenha havido reajuste tarifário, o setor de transporte por ônibus, em respeito à categoria dos rodoviários e à população em geral, realiza estes reajustes para evitar greves ou paralisações que afetem a vida da cidade e apela à categoria que trabalhem normalmente para manter a rotina das atividades no Rio de Janeiro", informou, em nota.

Metrô e trens reforçados
A concessionária Metrô Rio trabalha desde as 5h desta sexta-feira (1º) em operação especial para tentar dar vazão ao aumento no fluxo de passageiros, previsto em 15% devido à greve dos funcionários de ônibus, iniciada à 0h.

Os ônibus de integração, chamados de Metrô na Superfície, porém, também estão parados, pois são operados pelos rodoviários. A estação final na Zona Sul é a Siqueira Campos, em Copacabana, já que Cantagalo e General Osório estão fechadas para obras de ampliação.

Segundo a concessionária, toda a frota de trens do metrô está disponível para atender aos passageiros, com extensão dos horários de pico. A operação será mantida até o final da greve.

A SuperVia informou que está preparada para atender a possível ampliação da demanda de passageiros em virtude da greve dos rodoviários. Poderão ser realizadas viagens extras nos ramais afetados pela paralisação do transporte por ônibus. A empresa reforçou sua equipe de atendimento para garantir segurança e bem estar dos passageiros nas viagens.

Aeroporto internacional
A empresa aérea Avianca contratou uma van para transportar, nesta sexta-feira (1º), seus funcionários que trabalham no Aeroporto Internacional Tom Jobim, devido à greve. O aeroporto fica localizado na Ilha do Governador, bairro onde há apenas duas garagens de ônibus. Ambas estão fechadas nesta sexta.

Informações: G1 Rio com imagens do Portal Uol



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No Rio, Intervenção no sistema BRT completa três anos com mais passageiros e mais agilidade e conforto para a população

segunda-feira, 25 de março de 2024

A intervenção da Prefeitura do Rio no sistema BRT completou três anos neste fim de semana. Desde que o poder municipal assumiu a gestão, houve aumento de 150% no número de passageiros transportados e diminuição de até 72% nos intervalos de viagens nos corredores de alta capacidade. A intervenção resultou na renovação total da frota de articulados, na reforma de todas as estações, na implantação de medidas de segurança, na recuperação do pavimento do corredor Transoeste e na entrega das obras do corredor Transbrasil e dos Terminais Gentileza e Deodoro, garantindo melhorias robustas para a população que usa diariamente o serviço de transporte de alta capacidade.

– Em três anos conseguimos transformar um sistema abandonado e colapsado num BRT eficiente e confortável. A intervenção da Prefeitura em 2021 foi fundamental para que pudéssemos devolver dignidade aos usuários. Quando o serviço é bem prestado, a resposta da população é instantânea. A maior prova disso é o significativo aumento no número de passageiros transportados – afirmou a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio.

Formalizada por decreto em 23 de março de 2021, a intervenção da Prefeitura do Rio na empresa privada BRT S/A, concessionária que operava o modal, foi seguida de uma série de medidas de requalificação do serviço prestado à população. Três anos depois, os números traduzem uma nova realidade para quem utiliza o sistema. Com a nova frota de articulados, estações reformadas e mais segurança, os passageiros voltaram a confiar no BRT. Quando a Prefeitura do Rio assumiu a gestão municipal do BRT, a média diária de passageiros era de 150 mil pessoas. Hoje já são cerca de 375 mil, ou seja, um aumento de 150%.

Antes da intervenção, o sistema dispunha de 120 ônibus em operação nos três corredores. Atualmente, a nova frota é mais de quatro vezes maior: 515 amarelinhos novinhos rodando. Toda a frota comprada para o sistema totaliza 713 ônibus.  Com mais ônibus circulando, os passageiros estão esperando menos tempo nas estações. Na Transoeste, último corredor a receber os novos Euro 6, com tecnologia menos poluente, a redução dos intervalos nos horários de pico foi de até 72%. Na Transcarioca, o índice foi de 59%, e na Transolímpica, de 63%.

Ao assumir o Sistema BRT, a Prefeitura encontrou ainda 46 estações fechadas por causa de vandalismo e furtos de equipamentos. Ao final de 2021, essas estações foram reformadas e reabertas. Atualmente, todas as 120 estações do sistema encontram-se revitalizadas, trazendo mais conforto aos passageiros.

Mobi-Rio: missão de operar e requalificar o sistema

Em dezembro de 2021, foi criada a Mobi-Rio, empresa pública municipal que passou a administrar o sistema BRT. A missão é requalificar o modal, recuperar os articulados e estações, e devolver credibilidade ao sistema. Desde então, foram contratadas 3.029 pessoas, sendo 1.465 motoristas para operar o sistema BRT.

– Esses três anos passaram rápido, com dedicação total à recuperação do Sistema BRT, um trabalho contínuo. É gratificante ver o BRT voltar a ser um modal com serviços de qualidade, que já transporta 375 mil pessoas por dia. Pedimos o apoio da população para continuar cuidando das nossas estações e dos nossos amarelinhos. A missão agora é colocar em ação todos os serviços para a operação total da Transbrasil – disse a presidente da Mobi-Rio, Claudia Secin.

Transoeste ganhará quatro novos terminais

A requalificação do Sistema BRT segue a pleno vapor, investindo na transformação de quatro estações do corredor Transoeste em terminais: Mato Alto, Pingo D´Água, Curral Falso e Magarça. Os investimentos ultrapassam R$ 180 milhões. Estas entregas são as últimas obras da requalificação.

O Terminal Magarça está praticamente pronto. Um novo módulo foi conectado ao existente e um novo terminal alimentador de ônibus e vans vindos da Estrada do Magarça foi instalado.  Um estacionamento exclusivo para 250 bicicletas também foi construído.

No Malto Alto, já é possível vislumbrar a estrutura dos novos viadutos. A passarela, que vai receber usuários tanto de Sepetiba como de Campo Grande, já está pronta para uso. Parte da estação antiga foi desmontada para a construção do futuro terminal, que será integrado por dois novos terminais de ônibus e vans. O projeto ainda prevê retornos para os veículos comuns e um bicicletário com capacidade para 250 vagas.

O novo Terminal Pingo D’Água vai ter 17 mil metros quadrados (hoje são apenas 2 mil metros quadrados), e vai substituir a estação de mesmo nome, com integração entre os ônibus alimentadores e vans oriundos da Estrada da Pedra e da Avenida Dom João VI. Já foram concluídas as melhorias no sistema de drenagem no entorno do novo terminal e as fundações. Em virtude do alto tráfego de ciclistas na região de Guaratiba, o novo bicicletário com capacidade para 600 bicicletas já está em execução.

Para a implantação do Terminal Curral Falso, a antiga estação que tinha apenas 300 metros quadrados já foi demolida dando lugar a outra 56 vezes maior, com 16 mil metros quadrados. Enquanto durarem as obras, uma estação provisória permanecerá em funcionamento. Serão construídos uma passarela de acesso ao novo terminal e um terminal alimentador que fará a integração entre os ônibus e as vans vindos da Estrada de Sepetiba e da Avenida Cesário de Melo. Também haverá melhorias nos sistemas viário e de drenagem no entorno e a instalação de uma parada para 400 bicicletas.

Primeiro corredor,  Transoeste é totalmente recuperado

Em dezembro de 2023, a Prefeitura do Rio entregou uma Nova Transoeste para o carioca. Foram revitalizados 31 quilômetros da calha do BRT onde o pavimento de asfalto foi substituído por concreto. Os trabalhos, executados pela Secretaria de Infraestrutura, aconteceram na pista desde o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, até o túnel Vice-Presidente José Alencar, na Grota Funda; continuando depois da saída do túnel em direção ao futuro Terminal Pingo D’Água, em Guaratiba. Os investimentos ultrapassaram os R$ 221 milhões e as obras levaram 18 meses, gerando 4.400 empregos diretos e indiretos.

Para a conclusão do trabalho, foram utilizados 52.800 m3 de concreto, o que daria para encher 28 piscinas olímpicas.

– Devolvemos a calha do BRT da Transoeste novinha para a população do Rio de Janeiro. Uma obra que gerou muito mais conforto, segurança e agilidade aos usuários do sistema BRT e que ainda esse ano vai ganhar quatro terminais amplos e com bicicletários – frisou a secretária de Infraestrutura, Jessick Trairi.

Casos de vandalismo nas estações caíram 90%

Neste tempo, houve uma redução nos casos de vandalismo nos articulados. No início da gestão, 80% da frota era vandalizada mensalmente. Hoje, o vandalismo ocorre em apenas 10%. Os novos ônibus têm mecanismos mais robustos nas portas e alçapões, não se movimentam com as portas abertas e são monitorados por câmeras internas, inclusive na cabine do motorista, além de uma externa no vidro frontal do veículo. Além disso, os próprios passageiros alertam os motoristas, que acionam o Centro de Controle Operacional, e os agentes do BRT Seguro para avisar sobre atos de vandalismo.

Nas estações, a diminuição do vandalismo foi de 90%. Essa redução se deve à reforma delas, com instalação de mecanismos que dificultam depredações, como substituição de painéis e portas de vidro por chapas de aço vazadas e fiação embutida; ao monitoramento da Mobi-Rio com câmeras de segurança; e ao trabalho do BRT Seguro.

Início da operação do Transbrasil e inauguração do Terminal Intermodal Gentileza completam a conexão Zona Oeste – Zona Norte – Centro

O início em fevereiro da operação da Transbrasil e a abertura do Terminal Intermodal Gentileza ampliaram o leque de conexões viárias possíveis aos passageiros cariocas. Em funcionamento gradual, o corredor Transbrasil opera atualmente no trecho Penha-Gentileza, das 10h às 15h. De dentro do Terminal Gentileza, os usuários do novo corredor já podem se conectar a 10 linhas de ônibus municipais (serão 14 linhas quando o sistema estiver à plena capacidade), e à Linha 1 do Veículo Leve sobre Trilhos (ligando o Gentileza ao Aeroporto Santos Dumont). Maior terminal integrador de transportes públicos do Rio, o Terminal Gentileza dispõe ainda de um serviço especial de transporte até o Aeroporto Internacional do Galeão (GIG). A estimativa é que o terminal atenda a cerca de 150 mil pessoas por dia.

Com 26 quilômetros de extensão, o corredor Transbrasil dispõe de 17 estações e dois terminais (Gentileza e Deodoro). A estimativa é de que até 250 mil pessoas sejam transportadas diariamente neste corredor, até 2030. Com o início da operação, a estimativa é de redução de 50% no tempo de deslocamento.

No Transbrasil, além das conexões com linhas de ônibus municipais e VLT no Terminal Gentileza, será possível aos passageiros a conexão com o corredor Transolímpica  no Terminal Deodoro e o Transcarioca na Penha e no Fundão. Com o pleno funcionamento da Transbrasil, se consolida a implantação do sistema BRT na cidade, com a Zona Oeste e Centro conectados por esse corredor.

As intervenções ao longo do Transbrasil contemplaram, ainda, a conclusão de 21 passarelas, sendo 18 delas de acesso às estações, além do alargamento dos viadutos sobre a Estrada João Paulo, o metrô de Coelho Neto e a linha férrea em Guadalupe.

Programa BRT Seguro atuam com 400 agentes por dia

Responsável pelo patrulhamento nos ônibus, estações e terminais do sistema BRT com a presença de agentes da Polícia Militar e Guarda Municipal, o Programa BRT Seguro, da Secretaria de Ordem Pública, lançado em junho de 2021, já realizou mais de 3.100 prisões por roubo, furto, vandalismo, desacato e importunação sexual. Também foram aplicadas mais de 16.750 multas por calote. Atualmente, 400 agentes atuam por dia no programa.

Informações: Prefeitura do Rio
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Mil ônibus Mercedes-Benz com capacidade para transportar mais de 200 pessoas circulam em São Paulo e Rio de Janeiro

quarta-feira, 16 de março de 2016

Marco inédito é atingido pela marca no atendimento aos sistemas de transporte coletivo urbano de alta demanda: como corredores, faixas exclusivas e BRT

Com 23 metros de comprimento, o superarticulado se destaca pelo grande volume de passageiros, otimizando o transporte e a mobilidade urbana

Veículo Mercedes-Benz assegura conforto e segurança para os usuários, com reduzido índice de emissões, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar e a preservação ambiental

A Mercedes-Benz acaba de alcançar o marco de 1.000 unidades do superarticulado vendidas no Brasil. Lançado em outubro de 2012, este veículo inovou ao oferecer ao mercado um chassi para ônibus articulado de 23 metros de comprimento e 4 eixos, trazendo mais agilidade no trânsito e capaz de transportar mais de 200 passageiros, dependendo da configuração interna.

“Disponíveis nas versões O 500 UDA Low Entry (piso baixo) e O 500 MDA (piso alto), nosso superarticulado atende plenamente às características de todos os sistemas de transporte coletivo urbano do País, seja por corredores, faixas exclusivas ou BRT (Bus Rapid Transit)”, afirma Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “O sucesso do veículo é crescente especialmente em grandes regiões metropolitanas, como São Paulo e Rio de Janeiro. Nenhuma outra marca alcançou um volume de venda tão expressivo para um ônibus de grande capacidade”.

De acordo com o executivo, o milésimo veículo irá circular em São Paulo. “A cidade possui mais de 80% dos superarticulados vendidos pela Mercedes-Benz no mercado brasileiro. Aliás, estes ônibus atendem, desde já, às diretrizes da reorganização do sistema de transporte coletivo urbano da cidade de São Paulo. No que se refere aos veículos, haverá uma maior demanda por ônibus de grande porte, como o nosso superarticulado, modelo já amplamente aprovado na capital paulista”.

O Rio de Janeiro é outro mercado importante que conta com a participação dos ônibus superarticulados da Mercedes-Benz em operação. “Em 2016 serão 100 unidades do veículo para atender principalmente o grande volume de pessoas e importantes eventos que acontecerão na cidade”, ressalta Walter Barbosa.

Líder destacada nas vendas de ônibus no Brasil, a Mercedes-Benz está presente de forma absoluta nos sistemas de transporte coletivo urbano no País, com cerca de 70% de participação, seja em corredores e faixas exclusivas ou em linhas alimentadoras e distribuidoras. Dos superarticulados aos veículos do tipo padron, básicos e micro, os ônibus da marca proporcionam conforto e segurança aos passageiros e motoristas. Ao mesmo tempo, oferecem reduzido custo operacional, robustez e resistência, assegurando rentabilidade para os clientes e eficiência para os gestores do transporte.

Benefícios para os usuários, a mobilidade urbana e o meio ambiente

Os ônibus superarticulados da Mercedes-Benz circulam hoje, de forma intensa, nos principais sistemas BRT do Brasil. Entre eles, o Expresso Tiradentes, de São Paulo; a Transoeste e a Transcarioca, no Rio de Janeiro.

Os ônibus O 500 vêm conquistando crescente sucesso no mercado devido também à ampla satisfação dos passageiros, tanto pela oferta de maior número de assentos, quanto pelo maior espaço do salão interno e pelo conforto da suspensão a ar em todos os seus quatro eixos.

Graças à notável capacidade para grande volume de passageiros, o veículo otimiza o transporte e a mobilidade urbana. Além disso, se destaca pelo conforto e segurança para os usuários, bem como pelo reduzido índice de emissões, graças à exclusiva tecnologia BlueTec 5, contribuindo assim para a melhoria da qualidade do ar e a preservação ambiental.

Solução inovadora da Mercedes-Benz, o superarticulado também vem ganhando a aprovação crescente dos operadores, principalmente pelo baixo consumo de combustível e a grande comunização de componentes com os outros chassis de ônibus Mercedes-Benz, o que resulta num custo operacional altamente competitivo. “Outro importante diferencial destes veículos é que eles são operacionalmente rentáveis durante todo o período de sua utilização diária e não apenas nos horários de pico, aumentando as vantagens para os operadores, gestores e planejadores dos sistemas de transporte de passageiros”, ressalta Walter Barbosa.

Mercedes-Benz oferece quatro modelos de ônibus articulados

A linha de chassis Mercedes-Benz para ônibus urbanos articulados conta, atualmente, com quatro modelos: superarticulados O 500 UDA Low Entry (piso baixo) e O 500 MDA (piso alto) e também os articulados O 500 UA Low Entry (piso baixo) e O 500 MA (piso alto).

Os modelos Low Entry são indicados para pontos de embarque ao nível da calçada. Já os de piso alto são mais adequados a corredores que utilizam plataformas de embarque elevadas. Todos estes chassis da marca são indicados para corredores, faixas exclusivas e BRTs, ficando a cargo dos gestores e operadores a escolha do modelo que melhor atenda ao dimensionamento da capacidade do seu sistema de transporte.

Assessoria especializada e BRT e sistemas de transporte

Além da mais completa linha de chassis de ônibus, a Mercedes-Benz também oferece ao mercado assessoria especializada em transporte de passageiros, por meio de uma equipe totalmente focada em sistemas como o BRT, com apoio a clientes, órgãos gestores e consultorias de transporte.

A Mercedes-Benz tem conhecimento e experiência mundial e local para a implantação desse tipo de sistema. A marca está presente hoje em todos os principais BRTs no mundo, como os de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba no Brasil, Bogotá na Colômbia, Santiago do Chile, México, Turquia e África do Sul. Os sistemas desses países figuram entre os que mais transportam passageiros por ônibus urbanos no mundo.

Informações: Segs
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