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Postado por Meu Transporte às 09:35 0 comentários
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O sinal amarelo de um iminente colapso na circulação viária foi aceso durante uma reunião recente de dirigentes da Secretaria estadual de Transportes com representantes das concessionárias que operam as principais rodovias do estado. O subsecretário de Transportes, Delmo Pinho, alerta que a Região Metropolitana já começa a sentir os efeitos dos engarrafamentos, que infernizam o dia a dia dos paulistas:
- Na época da Copa do Mundo (2014), os engarrafamentos estarão 30% maiores que atualmente. Daqui a dez anos, o Grande Rio vai parar se não houver investimentos públicos e privados, e se não forem feitas mudanças nos contratos de concessão de rodovias. Convocamos as concessionárias para evitar que isso ocorra. Se forem feitas as obras previstas, mesmo com uma frota de veículos bem maior, a mobilidade urbana será melhor do que é hoje.
Poucos projetos estão em execução
O presidente da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio, Eduardo Rebuzzi, é outro a enumerar sinais de que o trânsito do Rio começa a se parecer com o de São Paulo:
- Os gargalos que aconteciam nos horários de rush ocorrem hoje durante quase o dia inteiro, a situação só melhora à noite. É fundamental a conclusão do Arco Metropolitano (que vai ligar Itaboraí a Itaguaí). Também é imprescindível fazer investimentos em transporte de massa, como metrô, trens, barcas e BRTs (corredores expressos de ônibus).
De acordo com relatório ao qual O GLOBO teve acesso, as concessionárias e o poder público têm projetos para eliminar os grandes gargalos. De concreto, no entanto, as únicas grandes obras em rodovias em execução somam R$ 1,34 bilhão: a duplicação da Rio-Santos (em fase final) e a construção do Arco Metropolitano (em ritmo lento, mas com previsão de entrega em 2012). Obras importantes, como a duplicação da Avenida do Contorno (R$ 23 milhões) e a ligação da Ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha e desta com a Avenida Brasil (R$ 290 milhões), são apenas projetos.
Na capital, a prefeitura e a concessionária Lamsa fazem obras estruturais de R$ 93,3 milhões para aliviar o tráfego na Linha Amarela: a ampliação de um trecho da Avenida Ayrton Senna, na Barra, e de um viaduto em Manguinhos; e a construção de um na Abolição. Já o estado começou este ano a construir a Linha 4 do metrô: a primeira etapa, Barra-Gávea, está estimada em R$ 1,2 bilhão.
Na avaliação de técnicos em transporte, a Avenida Brasil é o maior gargalo do Rio. Elizeu Drumond, que tem uma empresa de guindastes na via, concorda:
- Estou instalando uma filial na área do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio, em Itaboraí) para fugir dos engarrafamentos da Avenida Brasil. Se não fizer isso, inviabilizo minha empresa.
Pela Avenida Brasil, trafegam hoje em média 237 mil carros por dia (eram 228 mil em 2000), segundo a CET-Rio. Outro corredor municipal, a Linha Amarela, teve um crescimento de 39% no volume de veículos, que passou de 72 mil diariamente em 2005 para cem mil este ano. Na Linha Vermelha, o fluxo subiu de 129 mil em 2000 para 143 mil.
Na Ponte Rio-Niterói, a situação é crítica. Quando a via foi inaugurada, em 1974, passavam por ali 15 mil veículos por dia, e a estimativa de capacidade era de 50 mil. Hoje, o tráfego é três vezes maior: 145 mil veículos.
- Os engarrafamentos na Ponte são provocados pelos problemas nos acessos - diz o presidente da CCR/Ponte S/A, Márcio Roberto Moraes e Silva.
Vice-presidente do Rio Ônibus (sindicato das empresas de ônibus da capital), Octacílio Monteiro ressalta que estradas e outros corredores são como vasos comunicantes: um interfere no outro. Ele diz que, em dez anos, a velocidade média dos ônibus no Rio caiu pela metade: de 25 a 30km/h para 14 a 16km/h:
- Mesmo com a redução do número de passageiros (de 110 milhões para 85 milhões por mês), para se manter a frequência a frota teve que aumentar (de seis mil para 8.600 ônibus), devido aos engarrafamentos.
A representante comercial e unitária Pâmela Freitas, que trabalha no Rio e estuda no campus da Uerj em São Gonçalo, perde cinco horas por dia no trânsito:
- A saída é estudar, dormir e fazer relatório no trânsito.
O engenheiro Flávio Almada - que trabalhou nas concessionárias Ponte S/A, Via Lagos, Nova Dutra e Autopista Fluminense (da BR-101 Norte) - lembra que a Região Metropolitana é o centro de negócios e decisões dos empreendimentos instalados no interior do estado:
- O estado está comprando 11 novas embarcações e estudando a criação de linhas de barcas entre a Zona Sul e o Centro - revela Almada, que preside a concessionária Barcas S/A.
O diretor regional da Associação Nacional de Transportes Públicos, Willian Aquino, diz que o enfoque deve ser: "automóvel, use-o com moderação". Para isso, defende prioridade nos investimentos em transportes públicos com grande volume (trens, metrô e BRTs).
- Um bom exemplo foi a implantação do corredor metropolitano na Alameda São Boa Boaventura, em Niterói, que permitiu que 250 mil passageiros de ônibus ganhassem quase 30 minutos por dia, por sentido, em seus deslocamentos - disse, acrescentando que os automóveis transportam menos de 50 mil passageiros por dia.
Segundo Márcio Barbosa, professor da Fundação Getúlio Vargas, é fundamental investir em sistemas rodoviários e ferroviários. Ele destaca, contudo, a necessidade de estimular o transporte marítimo, aproveitando a Baía de Guanabara:
- Em Hong Kong, há um litoral parecido com o nosso e o transporte marítimo é explorado com embarcações de até mil passageiros.
Fonte: Extra Online
Postado por Meu Transporte às 07:44 0 comentários
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Custódio Coimbra / Agência O Globo (10/01/2015) |
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Postado por Meu Transporte às 17:59 0 comentários
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A grande aposta do projeto é o sistema de Bus Rapid Transit (BRT), que é um corredor exclusivo de ônibus articulados capaz de transportar até cem mil passageiros por dia. A Transcarioca, por exemplo, será construída exclusivamente para o sistema BRT.
Das três vias, a mais ambiciosa é a Transolímpica. Considerada a maior obra viária do país nos últimos 30 anos, ela terá 26 quilômetros de extensão e ligará a Vila Olímpica, no Rio Centro, e o Parque Olímpico do Rio, no Autódromo de Jacarepaguá, ao Parque Radical do Rio, em Deodoro.
Ela também será a mais ampla, aberta a veículos e com faixas exclusivas para os BRTs. O edital de licitação do corredor será lançado em setembro e as obras estão programadas para começar no primeiro semestre de 2011.
A revolução que a iniciativa promete na área viária da cidade é necessária para o funcionamento do transporte público nas Olimpíadas. No entanto, as obras já estão atrasadas. A construção da Transcarioca estava prevista para começar em março, mas não foi iniciada até agora, mais de três meses depois, porque a burocracia federal retém as verbas do projeto.
– Aguardamos a autorização de pagamento do Tesouro Nacional, já que a verba é oriunda do PAC Mobilidade. O cronograma de obras foi ajustado – informou a Secretaria de Obras do Município.
Especialistas preferem os aeromóveis aos BRTs
Um dos trunfos da candidatura do Rio para sediar os Jogos Olímpicos, o sistema de Bus Rapid Transit (BRT) já é visto como o grande legado que o evento deixará para a cidade. O problema é que ele não é unanimidade entre os especialistas da área. Uma das alternativas para os ônibus articulados, que terão corredores exclusivos em suas vias e transportarão cerca de cem mil pessoas por dia, seria o aeromóvel.
– Fizemos um projeto para avaliar qual seria o melhor meio de transporte para ser implantado no Rio – conta o doutor em engenharia de transportes, Fernando McDowell. – Além do benefício ambiental, o governo ficaria com apenas 30% dos gastos de implantação dos aeromóveis. O resto do investimento viria da iniciativa privada. No caso dos BRTs, o governo precisa arcar com 92% dos gastos.
Na contramão, o professor de engenharia de transportes da Uerj, José de Oliveira Guerra, acredita que o uso de tecnologia nova dificultaria a aplicação dos aeromóveis no Rio.
– Os ônibus são muito usados no país, são uma tecnologia que dominamos. Modelos nossos são comprados no mundo inteiro – revela Guerra. – Na Polônia, o sistema de BRTs tem tecnologia brasileira. Ainda acho que os ônibus articulados foram a alternativa correta para os corredores.
Zona Oeste será a região que terá mais benefícios
O mais importante para o professor de engenharia de transportes da Uerj, José de Oliveira Guerra, é que as obras ajudarão a Zona Oeste, área do Rio que mais cresce nos últimos anos.
– As obras não serão suficientes já que o corredor vai servir apenas a um conjunto de bairros da cidade – avaliou Guerra. – Pelo menos elas atingirão uma área cuja população tem certa carência financeira, de baixa renda, especialmente nos locais atendidos pela Transolímpica e a Transoeste.
Já o doutor na área de engenharia de transportes Fernando McDowell adverte que as grandes obras têm um prazo de validade. Ele lembra que vias como a Linha Amarela foram criadas com o objetivo de desafogar o trânsito na cidade e, eventualmente, também acabaram afogadas.
Para Guerra, o lado positivo é a garantia de que as obras para as Olimpíadas deixarão um legado para a cidade, ao contrário do que ocorreu nos Jogos Pan-Americanos de 2007.
– Graças a Deus esses grandes eventos esportivos se tornaram agentes de novos empreendimentos para a cidade. O que veremos é um verdadeiro marco revolucionário no Rio e que deixará uma grande herança para a população.
Postado por Meu Transporte às 00:39 0 comentários
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Postado por Meu Transporte às 08:28 0 comentários
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Postado por Meu Transporte às 08:02 0 comentários
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