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Quatro razões para não se animar com o trem bala tão cedo

domingo, 31 de março de 2013

São Paulo – Quando o trem bala deixou de ser apenas um projeto quixotesco para se tornar uma meta perseguida pelo governo, lá na segunda metade da década passada, o objetivo inicial era ter um TAV (sigla para Trem de Alta Velocidade), já com alguns trechos funcionando em 2014 para a Copa do Mundo.

O trem seria um exemplo de modernidade no país. Com um custo estimado em mais de 30 bilhões de reais, ele poderia percorrer os cerca de 510 quilômetros que separam Campinas e Rio de Janeiro (com parada em São Paulo) alcançando velocidade de até 350 km/h.

Com problemas nas licitações, como o desinteresse da iniciativa privada, e dificuldades nos editais, incluindo imbróglios jurídicos, o trem teve a previsão de inauguração adiada sucessivas vezes. Hoje, fala-se em 2020, com a licitação ocorrendo em setembro deste ano.

Mas, nesta semana, o Ministério Público Federal entrou com duas ações civis públicas para a “correção de irregularidades que podem gerar danos bilionários” ao Tesouro Nacional.

Esses questionamentos têm potencial para acarretar mais uma série de atrasos, antes mesmo do projeto sair do papel.

Confira os motivos, de acordo com as ações do MPF, que podem fazer os brasileiros mirarem além de 2020 para comprar a passagem Campinas-Sâo Paulo-Rio de Janeiro.

1. Inchaço da máquina administrativa
A proposta inicial era de haver uma “privatização” de serviço público, mas, de acordo com o MP, o contrário vai acontecer. Com a criação de uma empresa estatal para ser sócia do consórcio vencedor e a concessão de largos empréstimos, a máquina administrativa tende a ficar inchada – e a sofrer mais com possíveis e prováveis ônus da obra.

2. A obra será feita pelo Estado
O edital questionado pelo Ministério Público Federal prevê que as obras em si fiquem nas mãos do poder público. Isso violaria a Lei Geral das Concessões. Na prática, segundo o MP, a empresa contratada apenas estimaria o valor das obras, mas não as executaria. Se houver erro, ou mesmo alteração proposital dessa estimativa (para conseguir a parceria, por exemplo), o custo além do avaliado recairá sobre o país. “O Brasil possui histórico de imprecisão de preços de grandes obras públicas”, diz o MP, e a ideia de cancelar o edital seria justamente para evitar prováveis prejuízos.

3. Os estudos foram feitos em 2008 com dados de 2007
Em termos práticos: os dados usados no edital estão velhos. Além disso, o MP ainda avalia que a análise geológico-geotécnica foi elaborada a partir de uma quantidade de sondagens muito inferior às recomendações internacionais. As ações civis pedem o início de estudos complementares de viabilidade técnica e econômica – o que pode roubar mais anos do projeto.

4. Não há limites para investimentos públicos
No edital anterior havia uma cláusula determinando que, no máximo, 45% do capital total poderia vir de cofres públicos. Nesse novo edital, questionado pelo MP, esses limite foi retirado. Para o Ministério Público, “a ausência de limites transfere o risco de insucesso ou superfaturamento do empreendimento para o poder público e deve ser revista”.

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Novo trem-bala japonês desloca-se a 320 quilômetros por hora

sábado, 30 de março de 2013

O Japão colocou recentemente um novo trem-bala em operação. Embora o design chame a atenção, o que realmente impressiona é a velocidade operacional do Super Komachi: 300 quilômetros por hora, devendo em breve chegar a 320 quilômetros por hora — ganhando, portanto, o posto de trem comercial mais rápido do mundo.

O novo modelo é mostrado, na foto acima, atendendo a um terminal que, diariamente, movimenta 380 mil pessoas — o que levou a operadora JR East a aumentar a segurança. O Super Komachi ocupará a linha Akita Shinkansen, que atende a porção norte do Japão.

Aerodinâmica com estilo
A fim de reduzir a pressão aerodinâmica sobre a superfície do trem — em trajetos dentro de túneis, por exemplo —, o Super Komachi apresenta um “nariz” com mais de 12 metros, o que também reduz os ruídos. Além disso, a suspensão ativa do trem diminui drasticamente as vibrações no interior da cabine.

A propósito, o aporte criativo/funcional do novo trem também pode ser confirmado no seu interior. Há displays de LED coloridos constantemente atualizados com informações sobre a viagem, além de espaços amplos dedicados a passageiros em cadeiras de rodas.

O acabamento externo do Super Komachi, naturalmente, não foi concebido ao acaso. De fato, a inspiração para a predominância do vermelho veio das namahage, máscaras folclóricas representando ogros. O próprio nome do trem tem origem histórica, remetendo a Ono no Komachi, poetiza de beleza lendária que teria nascido em Akita há 1200 anos.

Um convite rápido e seguro ao turismo
Com sua velocidade operacional assombrosa, o Super Komachi deve encurtar a viagem entre Tóquio e Morioka em aproximadamente 15 minutos. De acordo com a JR East, a ideia é também “inspirar” as pessoas a visitar o norte do Japão — particularmente, as várias porções que ainda se recuperam do terremoto e do tsunami ocorridos em 2011.

E caso você esteja se perguntando sobre o risco em potencial de se transportar dezenas de corpos humanos a velocidades superiores a 300 quilômetros por hora, as estatísticas certamente servem para acalmar. O transporte por meio de trens-bala permanece como o mais popular no Japão para grandes distâncias. Considerando-se a linha Tokaido Shinkansen, foram 50 anos de serviços sem fatalidades ou injúrias.

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Trem-bala ainda deve sofrer com burocracia, diz especialista

sexta-feira, 29 de março de 2013

São Paulo – Fazer o percurso entre São Paulo e Rio de Janeiro por terra a uma velocidade de até 350km/h é uma ideia que agrada a muitos brasileiros. Os trens de alta velocidade (TAV) são comuns na Europa, Estados Unidos e Ásia. Por aqui, o projeto que inicialmente deveria estar pronto para a Copa do Mundo só terá o edital lançado em setembro deste ano.

Nesta semana, mais um entrave para o primeiro trem bala brasileiro: o Ministério Público Federal entrou com duas ações na Justiça para rever o edital. Segundo o MP, as ações visam a “correção de irregularidades que podem gerar danos bilionários”.

Em entrevista a EXAME.com, o professor de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ, Hostilio Ratton, defende que o trem-bala trará benefícios econômicos ao país, o que não significa que seja "viável financeiramente". As responsanbilidades, segundo ele, deverão ser compartilhadas pelo poder público e privado.

O engenheiro critica, porém, a falta de detalhamento do projeto executivo do governo, além de sugerir que copiemos o modelo espanhol de TAV.

EXAME.com - O senhor vê vantagens em transferir a construção da infraestrutura do empreendimento para o poder público? Ou é melhor privatizar as obras inteiramente?
Hostilio Ratton - Costumo dizer que um empreendimento da envergadura de um sistema de trens de alta velocidade não tem como ser encarado como um projeto empresarial. A perspectiva empresarial se concentraria no negócio em si, no caso a prestação do transporte por trens rápidos, e como esse negócio permitiria aos investidores o retorno do capital aplicado. Conseguir essa viabilidade em tais projetos é muito difícil, porque o investimento inicial é muito grande e o retorno é crescente com o tempo, isto é, o número de pessoas que usará os trens e pagará as passagens cresce com o passar do tempo.

EXAME.com - E qual deve ser o raciocínio governamental?
Ratton - O poder público considera o retorno econômico. Na análise econômica, são considerados os benefícios (e problemas também) que ele traria para a sociedade como um todo. No caso dos TAVs, o resultado econômico é sempre positivo, mas o financeiro nunca é. Em nenhum outro lugar do mundo há trens de alta velocidade construídos apenas com recursos privados. O equívoco inicial com o nosso TAV foi a pretensão de que ele seria viável financeiramente. Como isso não acontece, ele tem que assumir seu caráter econômico e estratégico, comportando a entrada de recursos públicos e o seu retorno por conta dos benefícios advindos desse enfoque.

EXAME.com - Quais seriam suas principais críticas em relação aos estudos realizados e em relação ao projeto em si? 
Ratton - No caso do TAV brasileiro, o nível dos estudos teve a finalidade de orientar o processo licitatório da concessão do serviço. Todos os estudos para detalhamento do projeto executivo ficarão por conta do vencedor desse processo, inclusive a opção tecnológica, se vai ser trem bala, se vai ser trem de levitação, isso está em aberto. Foi feito um estudo de viabilidade e um ensaio do traçado para servir de referência a esse processo, mas tudo pode ser completamente revisto em função da proposta vencedora. Se, por acaso, vencer uma proposta de trem magnético, toda estrutura viária terá que ser suspensa, em viadutos, e isso pode mudar tudo em relação ao que já se fez.

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Ainda no papel, trem-bala já consumiu R$ 63,5 milhões

segunda-feira, 4 de março de 2013

O trem-bala ainda nem foi licitado e já custou aos cofres públicos pelo menos R$ 63,5 milhões, com estudos de viabilidade econômica e de engenharia, honorários advocatícios e criação da estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL), uma estrutura robusta que já conta com 151 empregados. Na semana passada, o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) entrou com ação para anular o leilão, marcado para setembro, e uma das principais alegações é que os estudos são insuficientes, diante da elevada participação da União no empreendimento.

Além de construir toda a infraestrutura, como pontes, túneis e viadutos, a EPL, que terá 45% de participação no consórcio, vai dividir com o sócio privado os gastos com a operação, com os trilhos, vagões, sistemas elétricos, de controle e eventuais prejuízos de não houver demanda suficiente, além de custos de desapropriação e ambientais.

A EPL vai gerenciar toda infraestrutura de transporte no Brasil. Em 2012, o governo injetou R$ 5 milhões na empresa e neste ano serão mais R$ 80 milhões. A EPL tem três diretores e paga aluguel de R$ 137 mil por mês.

Despesas com projeto começaram em 2005
As despesas do governo com o Trem de Alta Velocidade (TAV), que liga Rio-São Paulo e Campinas, vêm desde 2005, quando a Valec Engenharia Construção e Ferrovias S.A era a responsável pelo projeto e contratou a empresa italiana Italplan Engineering para elaborar o projeto básico da obra.

O negócio resultou numa disputa judicial, em que a Ítalplan cobra da Valec € 270 milhões, alegando que o serviço não foi pago. Para defender a estatal, a Advocacia-Geral da União (AGU) contratou um escritório internacional por R$ 1,26 milhão por dois anos. O caso começou na justiça italiana e está no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em 2007, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) assumiu o projeto do TAV e contratou o consórcio Halorow Sinergia e Prime Engenharia, via BNDES, por R$ 28,9 milhões para realizar os estudos, que serviram de base à elaboração do edital do primeiro leilão, realizado em maio de 2011 e que fracassou sem a presença de interessados.

Procurador diz que gastos ainda vão aumentar
Esses estudos continuam balizando o edital atual, apesar de o governo ter mudado de estratégia para atrair investidores, com a divisão da obra em duas etapas e a União assumindo todos os riscos do empreendimento, além de aumento do financiamento pelo BNDES.
Para o procurador Paulo José Rocha, os gastos futuros com o trem-bala são ainda mais preocupantes porque os estudos são insuficientes, sobretudo de sondagem geológica e já estão ultrapassados.

Ele chama a atenção que na época, não havia concessão de aeroportos e ainda falta licitar as linhas de ônibus entre os municípios que serão interligados pelo trem — o que pode afetar a demanda. As sondagens realizadas atingem 4,4% do que é aceito internacionalmente nesses tipos de empreendimentos, destacou.

— Quando os estudos geológicos foram aprofundados numa segunda etapa, o custo pode subir e a União vai arcar porque será a responsável por construir toda infraestrutura. Isso é preocupante porque não se sabe qual é a quantidade de dinheiro que a União vai enterrar no negócio — disse o procurador.

Segundo ele, os interessados na disputa vão basear suas propostas nas estimativas de custo do governo, que podem estar erradas. Na sua avaliação, o concessionário pode ser estimulado a subfaturar o valor só para vencer, já que ele não será responsável por eventuais descasamentos no futuro. Para o MPF, é fundamental limitar a participação dos recursos públicos no empreendimento.

O procurador defende que o governo conclua primeiro a licitação das linhas de ônibus entre os municípios, faça estudos complementares e só depois decida a melhor forma de fazer a obra, se o vencedor do leilão vai se responsabilizar por todo o empreendimento ou se vai fornecer apenas a tecnologia e operar o trem.

— O tamanho da obra, uma das mais importantes do PAC, orçada em R$ 35 bilhões justifica atraso no cronograma, nem que seja para economizar um túnel — brincou o procurador.
A EPL e a ANTT não quiseram se manifestar e a AGU deverá recorrer das ações.

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Leilão do trem-bala terá a participação de empresas de sete países

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Empresas da Espanha, Itália, França, Coréia, Alemanha, do Japão e do Canadá participaram nesta terça-feira (29) da reunião sobre o edital do Transporte de Alta Velocidade (TAV). Os interessados fizeram questionamentos sobre o projeto.

O leilão do trem-bala está marcado para o dia 19 de setembro de 2013, na sede da Bovespa, em São Paulo. Segundo a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Na ocasião, serão abertos os envelopes contendo as propostas econômicas das empresas. As propostas podem ser enviadas até o dia 13 de agosto.

Um dos requisitos para a participação é ter experiência de pelo menos cinco anos de operação do modal, sem ocorrência de acidente fatal. Além disso, a empresa também se comprometerá a transferir a tecnologia necessária à operação do sistema.

Orçado em R$ 35 bilhões, o TAV ligará os municípios do Rio de Janeiro, de São Paulo e Campinas (SP) e deverá estar em funcionamento até junho de 2020. O contrato será assinado em fevereiro de 2014.

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São José dos Campos terá uma estação do Trem de Alta Velocidade

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A prefeitura de São José dos Campos e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), do Governo Federal, anunciaram na quarta-feira, dia 23, a inclusão de uma estação em São José dos Campos no projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV).

Na avaliação da equipe técnica da prefeitura de São José, o ideal é que essa estação seja mais próxima possível do aeroporto, permitindo a integração com o transporte aéreo e a estrutura viária da região.

Os novos estudos para avaliar os locais disponíveis e propor alternativas viáveis serão feitos pelas secretarias de Transportes e Planejamento. Segundo o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo, ainda este mês será publicado o edital para a contratação de uma empresa para gerenciar o projeto de engenharia, o que deve ocorrer até março.

De acordo com o projeto, o TAV terá 511 quilômetros de extensão, ligando os municípios de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. O trem terá velocidade máxima de cerca de 300 km/h. Além da estação em São José, também já está confirmada uma estação em Aparecida.

A primeira etapa do projeto compreende a implantação dos sistemas de sinalização, eletrificação e comunicação, proteção acústica, operação e manutenção do sistema.

A licitação para a contratação das empresas que farão as obras de infraestrutura será aberta no primeiro semestre do ano que vem, para que as obras sejam concluídas até 2019 e o trem entre em operação em 2020.

O presidente da EPL, Bernardo Figueiredo, que participou da coletiva, disse que ainda este mês será publicado o edital para a contratação de uma empresa para gerenciar o projeto de engenharia.


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Estudo de viabilidade do trem bala de Belo Horizonte começa neste ano

domingo, 13 de janeiro de 2013

O estudo de viabilidade para implantação do ramal do Trem de Alta Velocidade (TAV Brasil) - também chamado de “trem bala” - em Belo Horizonte será realizado ainda em 2013. O levantamento mostrará se o trem fará a ligação de Belo Horizonte a Campinas (SP) ou da capital mineira a Volta Redonda (RJ). Em Curitiba, será realizado estudo similar.

As informações são do presidente da Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL), Bernardo Figueiredo, que participou de reunião com o Conselho Consultivo da EPL ontem, na sede da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), em Belo Horizonte.

O investimento padrão internacional para esse tipo de empreendimento gira em torno de R$ 50 milhões por quilômetro instalado. Sem considerar Belo Horizonte, o TAV Brasil irá percorrer 510 quilômetros ligando o Rio de Janeiro a Campinas. A expectativa é a de que o projeto demande cerca de R$ 30 bilhões.

O montante é bastante superior ao estimado para as três linhas do Metrô de Belo Horizonte, que totalizam 16,7 quilômetros, com custo de R$ 3,05 bilhões, que estão empacadas há anos.

O traçado de referência (trajeto esperado) do TAV Brasil já está confirmado entre o Rio de Janeiro e São Paulo. No Rio de Janeiro, a expectativa é a de que o trem tenha estações em Barão de Mauá, no Galeão, e em Barra Mansa/Volta Redonda. Em São Paulo, haverá paradas em Aparecida, São José dos Campos, Guarulhos, Campo de Marte, Viracopos e Campinas. A estimativa é a de que este trecho do projeto fique pronto até 2020.

Composição

O TAV Brasil será um meio de transporte capaz de competir com avião em conforto, velocidade e preço, afirma o presidente da EPL. Além disso, atenderá a cidades onde não há aeroportos. Segundo tabela divulgada pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) e contida no edital, os preços a serem cobrados são inferiores à média paga pelo consumidor para viajar de avião.

Os valores serão diferenciados de acordo com o horário da viagem (horário de pico ou não) e com o conforto escolhido pelo consumidor (poltrona executiva ou econômica). Do Rio de Janeiro para São Paulo em horário de pico, por exemplo, a passagem no trem-bala custará R$ 200 no assento econômico e R$ 325 no executivo. De avião, a viagem sai por cerca de R$ 400 nas horas mais movimentadas e R$ 180 nas de menor demanda.

Por Tatiana Moraes
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China inaugura maior linha de trem-bala do mundo

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A linha de alta velocidade de maior extensão do mundo, que liga Pequim a Guangzhou, foi inaugurada nesta quarta-feira (26) com a viagem do primeiro trem, em uma nova etapa no desenvolvimento da rede ferroviária chinesa, setor afetado por escândalos e acidentes.

Para a inauguração, a China escolheu o dia do nascimento do líder comunista Mao Tsé-Tung, 26 de dezembro de 1893.

O trem percorrerá os 2.298 km que separam Pequim e Guangzhou, o grande polo econômico do sul, em oito horas, tempo três vezes menor que o atual. A composição circulará a uma velocidade média de 300 km/h e fará 35 paradas nas cidades mais importantes (Zhengzhou, Wuhan, Changsha, entre outras).

Alguns trens de alta velocidade da linha já estavam operacionais (Zhengzhou-Wuhan-Cantão), mas ainda faltava a linha Pequim-Guangzhou.

A saída do primeiro trem foi exibida ao vivo pela televisão estatal, que também exibiu reportagens gravadas dentro dos vagões, onde os passageiros tiravam fotos.

As primeiras conexões ferroviárias de alta velocidade na China foram inauguradas em 2007. Desde então, o país construiu a maior rede do mundo, com mais de 8.000 km no fim de 2010, número que deve dobrar até 2020.

O desenvolvimento forçado, no entanto, foi marcado por escândalos de corrupção e por uma segurança insuficiente.

Em 23 de julho de 2011, um choque entre dois trens de alta velocidade matou 40 pessoas e deixou 200 feridos no leste da China, o que provocou muitos protestos.

Uma colisão em um viaduto perto de Wenzhou iniciou um acúmulo de erros das autoridades. Usuários denunciaram vários problemas.

Uma investigação oficial apontou falhas no design dos equipamentos de sinalização e negligência das autoridades ferroviárias. Cinquenta e quatro funcionários, incluindo um ex-ministro para as Ferrovias, foram punidos.

Antes da abertura da linha de alta velocidade Pequim-Guangzhou, as autoridades anunciaram que adotaram medidas para aumentar a segurança e melhorar a manutenção das infraestruturas.

Mas a inquietação permanece. O jornal "Global Times", ligado ao Partido Comunista, cita uma fonte do ministério que reconhece a persistência de problemas, apesar dos esforços do governo.

A linha entra em operação antes das férias do ano novo lunar (fevereiro), momento em que centenas de milhões de chineses viajam pelo país, na maior migração anual do mundo.

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Participação do governo na operação do trem-bala sobe de 30% para 45%

sábado, 15 de dezembro de 2012

O governo federal vai ter participação de 45% na empresa que vai operar o primeiro trem-bala brasileiro. A informação consta do edital do projeto, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Na minuta do edital, divulgada em agosto, o governo teria 30% de participação na Sociedade de Propósito Específico (SPE) que será formada junto com a empresa ou consórcio que vencer o leilão para operação do trem-bala, marcado para 19 de setembro de 2013.

A mudança siginifica que o governo vai ser responsável por 45% dos investimentos da primeira fase do projeto, mas será dono do mesmo percentual dos lucros com a venda de passagens.

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O governo será representado na sociedade pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL). De acordo com o presidente da estatal, Bernardo Figueiredo, o aumento da participação acionária foi adotado para que o leilão fosse mais atrativo às empresas.

“Não estamos trazendo nenhum elemento de mitigação de risco de demanda. Essa medida, portanto, é para aumentar a atratividade do projeto”, disse Figueiredo.

Durante as discussões do novo edital, empresas interessadas no projeto reclamaram da ausência de mecanismo para reduzir o risco de prejuízo enfrentado por elas caso a demanda de passageiros prevista pelo governo para o trem não fosse cumprida.

Segundo Figueiredo, como o Tribunal de Contas da União (TCU), que analisou e liberou o edital, recomendou que esse tipo de mecanismo não fosse adotado, o governo decidiu aumentar a sua participação no projeto e, assim, compartilhar ainda mais dos riscos sofridos pelas empresas.
“Nós [governo] não temos nenhum medo de assumir riscos nesse projeto. Temos certeza que haverá demanda para os trens”, disse o presidente da EPL.

Primeiro leilão 
Nesta quinta, o governo divulgou o edital para a segunda tentativa de leiloar o trem-bala brasileiro. O leilão está marcado para 19 de setembro de 2013. O investimento total é estimado em R$ 35,6 bilhões e a concessão será pelo prazo de 40 anos. No ano passado, houve a primeira tentativa de licitar o projeto, mas nenhuma empresa apresentou proposta.

O atual modelo prevê a realização de dois leilões. O primeiro vai escolher a empresa que vai fornecer a tecnologia e será o operador do trem-bala. Vence o leilão quem oferecer a melhor relação entre o valor de outorga (pago ao governo pelo direito de explorar o serviço) e custo da obra (incluindo a construção dos trens e as obras de infraestrutura). Pelo edital, o valor mínimo da outorga será de R$ 70,31 por trem, por quilômetro.

No segundo leilão, serão escolhidas as empresas que vão construir a infraestrutura (estações, túneis, pontes, etc). O objetivo do governo é que ele aconteça no primeiro semestre de 2014.

O projeto prevê pelo menos 11 estações para a linha do trem-bala. Duas delas em Campinas (centro da cidade e aeroporto de Viracopos); uma em Judiaí (SP); uma no aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo; uma no aeroporto de Guarulhos (SP); uma em São José dos Campos (SP); uma em Aparecida (SP); uma em Resende (RJ); uma em Volta Redonda (RJ); uma no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro; e outra no centro do Rio.

As estações de Jundiaí e Aparecida não terão parada obrigatória - devem operar de acordo com a demanda e interesse da empresa. A linha terá 511 quilômetros no total.

Como funciona
A empresa que vencer o primerio leilão vai ser sócia da EPL (governo) em uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) que será a concessionária responsável pela administração do trem-bala. A empresa ou grupo privado terá 55% da SPE, enquanto a EPL ficará com 45%.

Nessa primeira fase - que inclui a construção dos trens, além de instalação de equipamentos de comunicação e sinalização -, serão investidos R$ 7,671 bilhões. O edital garante financiamento, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), de 70% desse montante. Do restante, o governo terá que aportar cerca de R$ 1 bilhão, enquanto seu parceiro privado investirá R$ 1,27 bilhão, seguindo a participação acionária de cada um.

De acordo com Figueiredo, consórcios de pelo menos cinco países - Alemanha, França, Espanha, Coréia do Sul e Japão - já se mostraram interessados no projeto.

A outorga, que será paga pelo vencedor da primeira licitação, será usada pelo governo para financiar as obras de infraestrutura que serão contratadas no segundo leilão. Nessa segunda fase, a previsão é aplicar mais de R$ 27 bilhões.

O edital prevê a entrada em operação do trem-bala em junho de 2019. Entretanto, admite atraso de 12 meses, o que coloca o prazo limite para junho de 2020. Segundo Figueiredo, porém, o governo vai se esforçar para adiantar o projeto e dar início às viagens em meados de 2018.

Ao contrário do que vinha sendo estudado, não vai mais ser permitido iniciar a operação do tem por trechos. Ele só vai começar a operar quando toda a estrutura estiver pronta.

Tarifa
O edital prevê limite de valor da tarifa para passageiros da classe econômica, no trem expresso (sem paradas) entre Rio de Janeiro e São Paulo. À classe econômica serão reservados 60% dos 458 assentos de cada trem.

O teto para a classe econômica será de R$ 0,49 por quilômetro, o que equivale a R$ 199 por trecho. Esses valores, porém, são de um projeto de 2008 e serão reajustados pela inflação. Hoje, a passagem da classe econômica já custaria cerca de R$ 250.

No restante dos assentos, a empresa terá liberdade para definir o preço das passagens.

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Demanda e frequência
A previsão do governo é que, em 2020, o trecho entre Campinas e Rio de Janeiro terá demanda de 40 milhões de passageiros no ano. Essa previsão sobe para 60 milhões em 2030 e 100 milhões em 2050, dez anos antes do fim da concessão.

O edital também prevê uma frequência mínima obrigatória dos trens. Para o expresso entre Rio e São Paulo, ela será de três trens por hora nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 21h) em dias úteis. Já na linha entre Campinas e Rio, com paradas nas demais estações, a circulação mínima será de 1 trem nos horários de pico.

Para ser aceita, a tecnologia do trem-bala terá que garantir que o veículo viaje a uma velocidade mínima de 300 km/h. A estimativa é que o deslocamento expresso entre São Paulo e Rio de Janeiro dure 99 minutos – a velocidade média no trecho será de 290 km/h.

O edital também prevê a transferência da tecnologia do trem para o governo brasileiro - que poderá repassá-la para institutos de pesquisa e empresas locais, com o objetivo de desenvolver no país a produção do veículo. E estabelece conteúdo mínimo local, ou seja, empresas brasileiras vão ser fornecedoras da peças e serviços.

Por Fábio Amato
Do G1, em Brasília


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ANTT publicará edital do leilão do trem-bala nesta quinta

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicará nesta quinta-feira (13) o edital da primeira fase do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo informações da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), será publicada no Diário Oficial da União uma resolução do Conselho Nacional de Desestatização (CND) e o aviso de edital. Ao longo do dia, a ANTT divulgará o edital da licitação.

Já está programada para as 16h desta quinta-feira uma entrevista coletiva com o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo, e os diretores da empresa Hélio Mauro e Hederverton Santos, que irão falar sobre o edital.

A presidente Dilma Rousseff já havia antecipado, na manhã desta quarta-feira, em Paris, que nesta quinta o País dará um passo decisivo, com a primeira etapa de licitação do TAV.

Informações: Exame Abril

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Município paulista de Aparecida terá uma estação do trem-bala

sábado, 8 de dezembro de 2012

Na semana passada, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, deu sinal verde ao novo edital do trem-bala, mas recomendou, entre outras orientações, que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) avaliasse a construção de uma estação em Aparecida. Segundo Nardes, a estação na cidade ainda precisa de dados técnicos consistentes sobre o volume de demanda.

Figueiredo garantiu que Aparecida tem demanda suficiente para justificar uma estação do trem-bala, que vai ligar Campinas (SP) ao Rio, passando por São Paulo. “Gera demanda quando os outros não têm. Faz contrafluxo, como é o caso de feriados”, afirma, ressaltando que outras cidades onde haverá estação terão maior demanda em dias de semana. “Quem acha que não tem demanda [em Aparecida] não tem visão adequada do projeto”, disse.

O trem-bala também possui estações previstas em Campinas, São Paulo, Guarulhos, São José dos Campos, Barra Mansa e Rio de Janeiro.

O presidente da EPL diz que aguarda deliberação do TCU sobre a modelagem do trem.

Apesar da dificuldade que o governo federal tem enfrentado na fase inicial de projeto, Figueiredo considera que essa não é a parte mais difícil do trem-bala. “A parte crítica é a engenharia, a infraestrutura”, afirmou. De acordo com ele, o cronograma prevê que as obras comecem em 2014 e a operação pode ser adiantada de 2020 para 2018.

Informações: Transporta Brasil

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Consórcio do trem-bala terá de investir 30% de capital próprio

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O consórcio que vencer o leilão do trem-bala, previsto para ocorrer entre maio e agosto do ano que vem, deverá manter uma relação capital próprio e dívida da ordem de 30% e 70%, respectivamente, durante o período de concessão do empreendimento. Os 30% atribuídos ao consórcio incluirão ainda a participação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal que será o braço do governo no projeto.

A decisão é da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e será incluída no edital do trem de alta velocidade, que deverá ser conhecido no início da próxima semana.
O vencedor do leilão que irá contratar o operador do trem e a tecnologia que será utilizada terá que apresentar capital social de pelo menos R$ 75 milhões, no prazo de 90 dias contados da publicação do ato de homologação da concorrência, como condição para a assinatura do contrato.

O edital deveria ter sido publicado na segunda-feira, mas a agência divulgou apenas o relatório de audiência pública do trem que ligará Rio, São Paulo e Campinas. Nesta quarta-feira o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes deve apresentar relatório sobre o edital do trem de alta velocidade.

Depois de escolher o operador do trem-bala, o governo deverá fazer uma segunda licitação para contratar o consórcio que irá assumir as obras civis do projeto, o que ocorrerá somente em 2014. O trem-bala tem previsão de entrar em operação plena em 2020. O preço total do empreendimento ainda é uma incógnita. O governo fala em R$ 36 bilhões, mas a resposta final ficará a cargo das empresas interessadas no projeto.

EPL terá ação “golden share”

A EPL terá participação minoritária na sociedade do trem-bala, possivelmente em torno de 10%. A estatal, no entanto, deterá ações preferenciais de classe especial na concessionária. Com essas ações, também conhecidas como “golden share”, ou ações de ouro, a EPL terá resguardado seu direito de poder de veto em decisões, entre outras prerrogativas inseridas no contrato. Na prática, a empresa poderá manter o controle do trem-bala, sem necessariamente ter mais de 50% das ações.

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China estreia 1º trem de alta velocidade em áreas de frio extremo

O primeiro trem de alta velocidade capaz de circular em áreas de temperaturas extremamente baixas fez neste sábado sua primeira viagem, através de três províncias do nordeste da China, informou a agência estatal de notícias Xinhua.

A linha ferroviária pretende revitalizar a indústria, em parte obsoleta, dessa região remota do país asiático, que disponibiliza 67 viagens diárias. Hoje, quatro deles saíram de forma simultânea às 9h locais das cidades de Harbin, Changchun, Shenyang e Dalian. O percurso Harbin-Dalian foi construído por russos e japoneses no século passado, convertendo-se em uma via de acesso ao nordeste da China por parte dos países vizinhos.
A nova linha funcionará paralelamente com os velhos trens de indústria russo-japonesa, mas a primeira fará o percurso pelas três províncias na metade de tempo da antiga, o que deve levar ao estímulo das indústrias química, automobilística e manufatureira locais.

A linha, de 921 km de extensão, entrou em funcionamento após ser submetida a testes durante dois meses, nos quais a região foi sacudida por fortes nevascas e temperaturas de até 40 graus negativos.

Antes de ser colocado em prática o trajeto Harbin-Dalian, havia apenas três linhas ferroviárias circulando em áreas de frio extremo, todas no norte da Europa e na Rússia, mas sem a velocidade dos trens chineses e com um percurso muito menor.

As três linhas juntas somam menos de 700 km, e a mais rápida, que une Moscou e São Petersburgo, chega a 250 km/h em períodos não superiores a 20 minutos.

"A nova linha de trens de alta velocidade representa um grande progresso para o projeto de construir "quatro serviços verticais" e "quatro horizontais" deste tipo", afirmou hoje à Xinhua Lu Chunfang, vice-ministro do Ministério de Ferrovias.

Até o momento, a China tem 8,6 mil km de trilhos de trens de alta velocidade, o que a coloca na liderança mundial do setor. No entanto, o governo pretende estimular ainda mais suas conexões ferroviárias, e pretende chegar à marca de 18 mil km de trajetos de trens de alta velocidade em 2015.

Informações: Portal Terra
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São Paulo: Linha da CPTM vai ser ampliada até Campinas

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A capital paulista e Campinas deverão ter três ligações ferroviárias nos próximos anos. O governo do Estado de São Paulo vai contratar um projeto funcional para estender a Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que hoje liga a Luz a Jundiaí, até a cidade a 99 km de São Paulo. A proposta se soma à do trem de alta velocidade (TAV), prometido pelo governo federal, e à dos trens regionais que interligarão 14 cidades à capital.
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Segundo o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a proposta é criar uma linha de subúrbio, com várias paradas entre Jundiaí e Campinas. Ela seria integrada à rede da CPTM, com preço igual (hoje R$ 3). Fernandes diz que a extensão não vai concorrer com os demais projetos ferroviários.

O TAV, que vai ligar Campinas ao Rio, passando por São Paulo, tem velocidade máxima de 360 km/h e sua tarifa deve concorrer com a dos aviões. O trem regional, com velocidade de até 160 km/h, terá tarifa parecida à das rodovias com pedágio. Já a expansão da CPTM concorreria com os ônibus intermunicipais. "Há espaço para todos", afirma Fernandes.

Trens regionais

O vice-governador, Guilherme Afif Domingos (PSD), disse na quarta-feira (28) que a proposta de parceria público-privada para a construção de 436 km de trilhos ligando as principais cidades paulistas deverá ser aberta ao setor privado ainda nesta semana. Na terça-feira (27), a proposta apresentada pela empresa Estação da Luz Participações EDLP e pelo Banco BTG foi aprovada pelo Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas (PPPs), o que libera o governo do Estado a solicitar proposta de outras empresas interessadas. Os candidatos terão 60 dias para apresentar seus planos. Depois disso, o governo vai selecionar a melhor ideia. Um dos critérios de seleção é o custo para o poder público.

Traçado

Os trens regionais terão dois eixos principais. O primeiro sai de Americana, passa por Campinas, vai até Jundiaí e chega à capital, de onde segue pelo ABC até Santos. O segundo sai de Sorocaba, passa pela capital e vai até São José dos Campos, de onde poderá seguir até Campos do Jordão. Segundo Afif, o trecho prioritário, entre Campinas e a capital, deve ficar pronto até 2016.

O primeiro trecho concorreria com outro projeto anunciado pelo Estado, de uma ligação expressa entre a capital e o ABC. Duas propostas, no entanto, ainda não tiveram o projeto final concluído.

Alphaville

A ligação entre Alphaville, em Barueri, com a Linha 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) poderá ser feita por meio de um ônibus elétrico, movido por células de bateria. Segundo disse na quarta-feira (28) o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, essa é uma das possibilidades em estudo - outras são trens, metrô leve ou outros tipos de ônibus. Segundo Fernandes, o Estado está realizando um estudo sobre quantas pessoas deverão usar o novo ramal. É a quantidade de passageiros que vai determinar qual é o tipo de transporte mais adequado.

O secretário destacou ainda que a Linha 8-Diamante vem passando por obras de melhoria e já tem toda a frota de trens renovada. Por isso, há expectativa de que o número de passageiros no ramal aumente - o que pode potencializar o uso do ramal de Alphaville por quem mora ou trabalha por lá. "O ônibus elétrico com bateria é uma opção ao trólebus, que traz menos impacto visual", disse Fernandes. 

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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Governo estuda trem-bala de São Paulo a BH, Curitiba e Brasília

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O governo brasileiro retomou o estudo de viabilidade para estender o trem de alta velocidade (TAV) para outras cidades do país além do trecho Rio-São Paulo-Campinas, cujo edital com modificações deve ser publicado nesta semana.

Segundo o presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), Bernardo Figueiredo, já se fala em construir trechos ligando São Paulo a Belo Horizonte, Curitiba e Brasília. "Hoje a ferrovia é competitiva porque a tecnologia mudou, é um serviço muito mais adequado [do que rodovia]."

Figueiredo estima que até a sexta-feira será publicado o edital para contratar o concessionário que vai operar do primeiro trecho de trem de alta velocidade brasileiro, mais conhecido como trem-bala, ligando o Rio de Janeiro a São Paulo e a Campinas.

"A informação que a gente tem é que a área técnica do TCU [Tribunal de Contas da União] já se pronunciou. É possível que a decisão [do TCU] seja na quarta, e o edital saia na sexta", informou o executivo após palestra na Câmara Americana de Comércio.

A expectativa era de que o edital fosse publicado nesta segunda-feira (26), mas as mudanças feitas no edital, que precisam ser avaliadas pelo TCU, adiaram a sua publicação.

MUDANÇAS NO EDITAL

Segundo Figueiredo, entre as mudanças está a queda de exigência de prazo de dez anos de experiência no setor feita a pedido da Hyundai, que lidera um grupo de empresas coreanas interessadas no projeto. O prazo foi cortado para cinco anos.

Outra modificação foi o aumento de prazo de seis para oito meses do tempo entre o lançamento do edital e a realização do leilão. "Foi um pedido dos participantes, que precisam de mais tempo para analisar [a participação]", explicou Figueiredo.

O preço máximo de tarifa que poderá ser cobrada será de R$ 250, mas Figueiredo estima que esse preço caia para entre R$ 180 e R$ 200 com o leilão.

OBRA PÚBLICA, CONCESSÃO OU PPP?

A construção do trem bala Rio-São Paulo será feita em duas etapas, já que o governo não conseguiu que as empresas operadoras se entendessem com as construtoras da via por onde passará o trem.

Segundo Figueiredo, é possível que o governo tenha que construir a linha que ligará as duas cidades, ou fazer uma PPP (Parceria Público-Privada). "Pode ser uma obra pública, uma concessão ou uma PPP", disse.

A EPL vai desenvolver em 2013 um estudo para definir o modelo e reduzir os riscos de quem construirá a linha, demonstrando a viabilidade comercial do trecho. A ideia é licitar a obra, que poderá ser tocada até por dez empresas, em 2014.

"Em 2013 a gente faz o projeto, porque tem uma discussão sobre o custo e o risco da obra", disse o executivo. "Vamos fazer um projeto detalhado para não restar duvidas de custo e do risco que ela envolve, e a ideia é licitar no primeiro semestre de 2014."

ENTREGA EM 2018 OU 2020

O prazo para entrega da obra pelo governo para os concessionários que ganharem a operação será 2020, segundo o edital ainda não publicado. Figueiredo prevê, no entanto, que é possível antecipar o fim da obra para 2018 --quando começaria a operação do trem-bala.

A obra da via que ligará Rio a São Paulo custará cerca de R$ 27 bilhões e a previsão é de que dure cinco anos.

Figueiredo disse, sem dar detalhes, que já se pensa em voltar a construir trilhos no país. Dia 8 será inaugurada em Sete Lagoas (MG) uma fábrica de locomotivas. "Se você criar escala, há condições delas [fábricas para o setor] surgirem. Vai acontecer o mesmo com vagões", disse.

Informações: Jornal de Floripa

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