O levantamento mostra ainda que 71% dos paulistanos consideram a situação do trânsito na capital péssima ou ruim. Em 2008, o número era 70%. A maioria dos entrevistados (78%) até aceitaria deixar o carro em casa se houvesse uma boa alternativa de transporte público. O coordenador do Movimento Nossa São Paulo, o empresário Oded Grajew, disse que a pesquisa ajudará o governo a direcionar mais investimentos para o transporte público e alternativo, como ciclovias.
- A cidade chegou no limite do modelo que privilegia o transporte individual - afirmou o coordenador.
Ele diz que a limitação do espaço é uma das razões para que as ruas fiquem abarrotadas.
- O transporte individual tem limites físicos. E o transporte coletivo viabiliza o transporte para mais pessoas com muito menos espaço. Sem falar de outros problemas causados pelo excesso de veículos nas ruas, como a poluição. Hoje existe trânsito até para sair do estacionamento.
A pesquisa mostra que a população já é favorável a medidas drásticas para tentar resolver o problema a curto prazo. Entre elas está a adoção do pedágio urbano, ou seja, cobrar uma taxa para entrar e circular de carro no centro expandido de São Paulo. A medida é defendida por 26% dos entrevistados. Em 2007 este número era de 13%, e em 2008 era de 24. Aumentar o rodízio para duas vezes por semana já é aceito por 52%. Houve uma oscilação de dois pontos em relação ao estudo de 2008, quando 54 % dos paulistanos defendiam a ampliação.
O levantamento também avalia a situação dos transportes públicos. O paulistano dá nota 2 para a lotação nos ônibus e para o tempo de espera nos pontos.