Desde 2009, apenas neste horário, mais 12 mil pessoas passaram a frequentar as estações do Metrô. Por isso, a partir desta semana, o número das composições subirá das atuais 79 para 86. As linhas contempladas, 1-Azul e 3-Vermelha, foram escolhidas por serem as mais movimentadas no horário. A primeira circula com 32 composições e terá 35. Na segunda, o Metrô aumentará de 29 para 33.
O congestionamento das linhas à noite, segundo o Metrô, é provocado principalmente pelos estudantes. O horário mais crítico coincide com a saída das universidades localizadas perto das estações: entre 22h30 e 23h. As quatro estações mais movimentadas ? Palmeiras-Barra Funda, Bresser, São Joaquim e Liberdade ? concentram em suas proximidades 20 instituições de ensino.
"Do ponto de vista da competitividade, é quase uma necessidade as escolas estarem perto do metrô", diz o gerente de Operações da companhia, Wilmar Fratini. Ainda segundo ele, o aumento de passageiros foi provocado por três fatores: estabilidade econômica, construção de universidades perto das estações e o Bilhete Único.
O engenheiro Sérgio Rogério Cesário Costa, do Instituto de Engenharia, concorda em parte com as explicações do Metrô. "Houve uma série de investimentos no centro. As universidades chegaram e o metrô tem de aumentar a frota para evitar sobrecarga." E o Metrô acredita que o volume de passageiros crescerá. "Há uma tendência de as pessoas conseguirem o primeiro emprego. Com isso, podem estudar à noite."
Mais viagens. Após 21h, o número de passageiros transportados é 20% inferior em relação aos horários de pico da manhã (entre 7h e 8h) e da tarde (entre 17h30 e 18h30). Nesses períodos, circulam pelas estações perto de 700 mil pessoas. O problema do fim da noite é a menor oferta de trens.
Com mais vagões, a expectativa de Fratini é de melhora: "O intervalo entre os trens será reduzido e vamos realizar 30 viagens a mais." O Metrô deve, ainda, colocar quatro trens vazios a cada 15 minutos na Linha 1.