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Estudantes protestam contra aumento na tarifa de transporte em Feira de Santana

sexta-feira, 23 de março de 2012

Estudantes protestaram contra o aumento da tarifa do transporte coletivo de Feira de Santana, a 109 km de Salvador, na manhã desta quinta-feira. O grupo se reuniu em frente à Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), onde foi realizada a reunião do Conselho Municipal de Transporte (CMT).

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Houve confusão durante a manifestação e, de acordo com o comandante da Guarda Municipal, Marcos Vinícius Alves, dois agentes foram agredidos fisicamente pelos manifestantes e foram orientados a prestar queixa em uma delegacia.

Segundo informações do site Acorda Cidade, o conselho se reúne todos os anos para discutir o reajuste da tarifa, que este, ano deve passar de de R$2,35 para R$2,50, depois de aprovada a proposta de aumento de 6% proposta pela Associação Comercial de Feira de Santana.

A proposta aprovada por 13 votos contra 1 pelo Conselho, deve ser encaminhada para o prefeito Tarcísio Pimenta nos próximos dias para que possa ser sancionada. O secretário municipal Flailton Frankles (SMTT) afirmou que para o aumento da tarifa são analisados fatores como frota, custos, número de usuários pagantes e quilometragem.

Fonte: Correio 24 Horas

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Rio de Janeiro ganhará mais duas obras de mobilidade urbana

O governo federal e a Prefeitura do Rio irão investir quase R$ 2,5 bilhões na ampliação da infraestrutura viária do Rio de Janeiro nos próximos anos: R$ 1,12 bilhão da União, através de recursos do PAC da Mobilidade Urbana, e R$ 171 milhões do município para construção da Transbrasil, corredor expresso de ônibus articulado, o chamado Bus Rapid Transit (BRT) da Avenida Brasil; e R$ 1,1 bilhão (R$ 500 milhões da União e o restante viabilizado por meio de PPPs (Parcerias Público-Privadas) para a implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos(VLT) no centro da cidade.

O anúncio dos investimentos em mobilidade urbana na cidade que se prepara para receber a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 foi feito, nesta quarta-feira (21/03), pela presidenta Dilma Rousseff e pelo prefeito Eduardo Paes, durante visita às obras da Transcarioca, em Madureira, na Zona Norte do Rio. O governador Sérgio Cabral prestigiou o evento, realizado no Largo de Campinho, Zona Norte do Rio.

A presidenta considerou que os grandes eventos programados para o Rio de Janeiro serão uma grande oportunidade para o povo brasileiro de mostrar o País ao mundo. Mas, para ela, mais relevantes serão os legados deixados à população.

- Para fazer os BRTs, que estão mudando a realidade do Rio, é necessário um esforço muito grande de todos os níveis de governo. Só o governo federal está investindo nessas BRSts cerca de R$ 4,2 bilhões. O importante é que estamos conseguindo fazer uma integração de modais e não apenas uma obra de transporte, transformando o cotidiano do Rio no que se refere à convivência das pessoas, através de um tempo menor de deslocamento do trabalho para casa e vice-versa, sobrando mais tempo para o lazer - disse a presidenta.

O governador afirmou que a parceria com os governos federal e municipal permite um grande avanço no setor de transportes públicos, como a construção das BRTs, a renovação da frota de trens do metrô e da Supervia e a ampliação do metrô, como as linhas 3 e 4, facilitando o ir e vir da população, mas, também na área de segurança, outro fator de tranquilidade para os cariocas. Ele garantiu que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) chegarão, a partir do segundo semestre, à região de Madureira.

- Vamos avançar para outras áreas do Rio e para outras cidades da Região Metropolitana, depois de consolidar o processo de pacificação na Rocinha, Vidigal e nos complexos do Alemão e da Penha, que vão receber a partir de março suas UPPs. Mas, sempre seguindo o planejamento feito pela Secretaria de Segurança - adiantou Cabral.

A Transcarioca é um corredor expresso que vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. A via expressa vai reduzir o tempo de deslocamento entre a Zona Oeste, onde ocorrerá grande parte das competições olímpicas, e o aeroporto, beneficiando de imediato a comunidade olímpica e por extensão os cariocas. A expectativa é que o tempo do trajeto seja reduzido em até 60%, o que vai beneficiar cerca de 400 mil pessoas todos os dias.

Com 41 quilômetros de extensão, a via cruzará bairros como Madureira,Vicente de Carvalho e Penha, depois de cortar toda a região de Jacarepaguá. A linha exclusiva por onde vão passar ônibus articulados – com capacidade para pelo menos 160 passageiros cada um – inaugura um novo conceito de transporte público na cidade, integrando também metrô, trens, terminais rodoviários e ciclovias. Serão construídas 46 estações BRT (Bus Rapid Transit), quatro mergulhões, dez viadutos e nove pontes, duas estaiadas, uma na Barra e outra sobre a Baía de Guanabara.

A Transbrasil vai ser implantada ao longo da Avenida Brasil, ligando o Aeroporto Santos Dumont a Deodoro. O corredor terá 32 quilômetros, com quatro terminais, 28 estações e 15 passarelas. A expectativa é beneficiar 900 mil passageiros por dia. A previsão é de que as obras durem 36 meses.

Além da Transbrasil e da Transcarioca, está em andamento no Rio a implantação de outros dois BRTs: Transoeste, que vai da Barra a Campo Grande e entra em operação ainda neste semestre, e a Transolímpica, ligando Barra a Deodoro e está em licitação. Segundo o prefeito, o maior legado das Olimpíadas para a cidade será o sistema de transportes, com investimentos tanto do Estado como da prefeitura.

- Vai saltar de 18% para 63%, em 2015, o volume de pessoas que utilizarão meios de transportes de alta capacidade, por conta das melhorias no sistema. É um grande avanço para a melhoria da qualidade de vida da população - concluiu Eduardo Paes.

Já o VLT do centro, que faz parte do projeto Porto Maravilha, ligará toda a região central do Rio através de seis linhas e 42 estações em 26 quilômetros de vias, integrando a Rodoviária Novo Rio, o Santos Dumont e as estações de metrô, trens e barcas.

Fonte: diariodemocratico.com.br

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Em Fortaleza, Primeiro Corredor de ônibus será implantado em junho

Do Terminal do Antônio Bezerra até a praça Coração de Jesus, no Centro de Fortaleza, a linha 251 gasta 63 minutos para ir e voltar. O ônibus anda, em média, 12 quilômetros por hora. E perde um tempo danado em congestionamentos de tirar o juízo de qualquer motorista que precise da avenida Bezerra de Menezes para chegar ao seu destino. A partir de junho, ônibus, vans e táxis que cruzam essa e outras sete vias de Fortaleza podem ter melhorias no tempo de deslocamento.
Ontem, a Prefeitura anunciou para junho a implementação do primeiro corredor exclusivo para transporte coletivo na Capital. Ele iniciará na avenida Mister Hull e terminará na rua Padre Ibiapina. A promessa é de que os 63 minutos caiam pela metade, com a média de velocidade no patamar dos 24 quilômetros por hora.

A medida é inspirada em projeto do Rio de Janeiro. O mesmo foi feito em São Paulo e Teresina (PI). A sistemática é simples: carros particulares, ciclistas e motociclistas só poderão trafegar por essa faixa caso necessitem fazer conversões à esquerda ou entrar em pontos de estacionamento. Com restrições, ainda assim.

A tolerância será de 100 metros. Pelo menos 15 fotossensores serão instalados nos cerca de três quilômetros do corredor. Quem desobedecer cometerá infração leve.

Já os motoristas de ônibus, topics e táxis com passageiros serão obrigados a permanecer na faixa. Se saírem dela, cometerão infração grave. O mesmo vale para veículos intermunicipais e interestaduais. É o que prevê o artigo 184 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Tudo funcionará em caráter educativo por tempo indeterminado. Por ora, a Prefeitura fala apenas na criação de outros dois corredores até dezembro. Como a rota “Antônio Bezerra-Centro” foi escolhida por votação dentre cinco indicações, os próximos itinerários beneficiados podem sair dos quatro remanescentes (Antônio Bezerra-Messejana, Messejana-Centro, Lagoa-Centro e Leste-Oeste-Centro) ou de outras quatro vias.

Washington Soares, Santos Dumont, Desembargador Moreira e Virgílio Távora são avenidas cotadas. “Talvez surjam dificuldades de fiscalização, mas vamos definir nos próximos meses, quando também trocaremos os abrigos (paradas de ônibus) e instalaremos as sinalizações horizontal e vertical. O motorista não pode ter dúvidas de que é faixa exclusiva”, disse o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza, Ademar Gondim.

ENTENDA A NOTÍCIA

O corredor escolhido por votação nos terminais e site da Prefeitura já recebeu diversas melhorias de malha viária. Agora, quem descumprir a medida será multado. A infração leve representa três pontos na carteira e multa de R$ 53,20, enquanto a infração grave gera cinco pontos e multa de R$ 127,69.

Saiba mais
Usuários escolheram o corredor que deveria ter faixa exclusiva para transporte público. “Antônio Bezerra-Centro” teve 16.905 votos; “Lagoa-Centro” teve 13.496 apoios; “Messejana-Centro” somou 12.254; “Antônio Bezerra-Messejana” teve 7.337 e “Leste-Oeste-Centro” teve 2.924.

Não serão necessárias obras físicas nas avenidas. o chamado Serviço Rápido de Ônibus aproveita a estrutura da própria via.


Por Bruno Castro / O Povo Online

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No Recife, Número de carteiras falsas de livre acesso só aumentam, em 2011 quase mil carteiras foram apreendidas

quinta-feira, 22 de março de 2012

Passageiros com deficiências mental ou física e idosos têm direito assegurado pela Lei 11.897/2000 a andar de graça nos ônibus que circulam na Região Metropolitana do Recife. A falta de fiscalização por parte do Grande Recife Consórcio de Transportes, antiga EMTU, está abrindo espaço, porém, para que o esquema de venda ilegal de carteiras falsificadas cresça e se espalhe por vários endereços, inclusive nas avenidas Dantas Barreto e Guararapes, no Centro do Recife. Do início do ano até a primeira quinzena deste mês, 184 carteiras de livre acesso falsificadas já foram apreendidas pelos fiscais. No ano passado, 980 documentos falsos foram recolhidos. De 2007 até agora, o número sobre para 3.940. Documentos apreendidos das mãos de pessoas que “compraram” o passaporte para fraudar o sistema de transporte público. Segundo o Diario apurou, uma carteira falsa pode ser “vendida” entre R$ 30 e R$ 50. E a falsificação é tão grosseira que, em alguns casos, são xerox coloridas.

O Diario percorreu durante três dias as linhas Campina do Barreto e Linha do Tiro, ambas da Zona Norte, apontadas pelos cobradores como “campeãs” de uso irregular do livre acesso. Ficou claro a explicação de tantas pessoas que, aparentemente, não são deficientes físicas, nem têm problemas mentais, muito menos idosas, consigam entrar pela porta traseira, sem passar pela catraca. “Mais de 50% das pessoas que mostram essas carteiras não podiam tirá-la. Mas não temos poder de fiscalizar nem de apreender os documentos. Apenas os fiscais do Grande Recife fazem isso”, destacou o cabrador de um ônibus da empresa São Paulo. Os motoristas também se dizem reféns. “Quando o ônibus para, eles mostram de longe o documento. Não tem como a gente olhar pessoa por pessoa. Mas a gente sabe que a maioria não tem direito a andar de graça. Sobra para quem paga”, explicou um motorista.

E ele tem razão. Além de ser crime falsificar ou alterar documento público, cuja pena prevista em lei é de dois a seis anos de prisão, a utilização das carteiras falsas acaba aumentando a evasão no sistema, cujo rombo é repassado na composição do preço da tarifa de ônibus, paga por todos. Segundo o consultor do Sindicato das Empresas de Transportes (Urbana-PE), João Braga, o sistema arrecada por mês R$ 80 milhões. “Se não houvesse tantas fraudes, essa arrecadação seria acrescida em 2%, segundo estudos de outros estados, que já conseguiram diminuir a evasão. Isso significaria mais R$ 1,6 milhão por mês”.

Algumas pessoas estão reproduzindo carteiras a partir de documentos já falsificados. “O meu marido tirou uma carteira dessas com uma mulher lá de Itapissuma, onde a gente mora. Ele pagou R$ 50. Uma amiga minha disse que vai tirar uma cópia da carteira falsa da prima dela”, disse uma jovem que trabalha no Centro do Recife. “Um rapaz que mora perto da minha casa, em Olinda, pegou os números dos meus documentos, além de uma foto, e fez uma carteira para mim. Paguei R$ 30. Isso já faz mais de um ano”, relatou um homem de 29 anos. Ele disse ainda que conhece muitas pessoas que também tiraram a carteira falsa. “Rapaz, isso tá em todo lugar”, alertou.


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Passageiros elogiam novo trem chinês do Rio, mas criticam sistema

O novo trem chinês, inaugurado na manhã desta terça-feira (20) pelo governador em exercício, Luiz Fernando Pezão, já foi testado pelos usuários das composições da SuperVia, que se dividiram entre elogios e críticas.

Acompanhado do secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, e do presidente da SuperVia, Carlos José Cunha, Pezão fez a viagem inaugural do trem da Central do Brasil até a estação Silva Freire, na Zona Norte, que será reativada. Na volta, na estação São Cristóvão, também na Zona Norte, o trem foi aberto ao público, que, somente depois que embarcou, na correria, percebeu que a composição era nova e levava muitas autoridades.

Quando os passageiros entraram, o ar-condicionado potente e a limpeza do trem foram logo notados, mas na hora veio a pergunta: "Até quando?". Passageiros comentavam que as  condições do novo trem não durariam mais que um mês.
 Entre os passageiros estava Amanda Valério, que estuda em São Cristóvão, onde chega no trem que vem de Santa Cruz, na Zona Oeste. “É claro que está tudo muito bonito, mas transporte de qualidade não é somente isso. E o resto? Os atrasos são constantes e a passagem é cara. E só tem este trem novo. Até parece que esse trem novinho é apenas um 'cala-boca'”, disse a jovem, que seguia para a Central para, de lá, pegar o trem para Santa Cruz.
Carolina Barbosa, que mora em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, estuda na Tijuca, na Zona Norte, e pega o trem em Santa Cruz para descer em São Cristóvão. Ela disse que tinha lido sobre a entrada em funcionamento do novo trem, mas não imaginava que ia participar de sua primeira viagem, junto com as autoridades. Ela também elogiou o novo trem com ressalvas.

“Muito bonito, confortável e limpo, mas temos um problema grave que é a inconstância dos horários. Não dá para programar nada, pois a gente sempre corre o risco de chegar atrasado. A gente quer, além da limpeza, um transporte em que a gente possa confiar em termos de horários. Além disso, tem a superlotação. A gente só anda em trem lotado, e a passagem não é barata”, disse Carolina.

Oito novos trens até julho
 O secretário Júlio Lopes anunciou que outros quatro trens chineses estão no porto do Rio à espera de liberação e mais quatro, em Sergipe, a caminho do Rio. Ele disse que esses oito novos trens deverão estar operando até julho.

Já o governador em exercício, Luiz Fernando Pezão, disse que até 2014 o sistema ferroviário estará totalmente modernizado.

“Poucas cidades do mundo vão apresentar o que apresentaremos até 2014 em termos de sistema ferroviário. A viagem foi maravilhosa. Sabemos que a partir de agora a população vai pressionar cada vez mais por essa modernização. Mas a cada mês teremos conquistas nesse sistema como poucas cidades no mundo”, disse Pezão.

O trem que entrou em operação nesta terça é o primeiro dos 30 novos trens chineses comprados pelo estado do Rio.  Os novos trens têm capacidade para 1.300 passageiros, e são equipados com ar-condicionado, paineis de LED, TVs de plasma, câmeras de monitoramento interno, bagageiros e sistema de comunicação direta com o Centro de Controle Operacional.

O primeiro trem chinês faz parte de um pacote de investimentos de R$ 2,4 bilhões no sistema ferroviário urbano.

A Secretaria estadual de Transportes finaliza o processo de licitação para compra de mais 60 composições. A previsão é que, ainda no início do segundo semestre, todos os 30 novos trens chineses já estarão em operação.

Em janeiro, três dos 30 novos trens comprados da China pelo governo do estado chegaram ao Rio. Os trens já vieram pintados com o logotipo dos Jogos Olímpicos.


Fonte:  G1.com.br

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Cresce pressão por trem de média velocidade de Campinas a São Paulo

O atraso no projeto do trem-bala ligando as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro fez o governo de São Paulo ser pressionado a implantar um trem de média velocidade ligando a capital a Campinas.

A saída de Bernardo Figueiredo da direção da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), responsável pelas negociações do trem de alta velocidade com São Paulo e com o mercado, atiçou ainda mais a ala que defende que o governo paulista faça logo o trem regional.

O governador Geraldo Alckmin acertou com a presidente Dilma Rousseff apoio ao projeto do trem-bala e tem mantido seu posicionamento, apesar dos problemas do projeto federal e da pressão de políticos e empresas a favor do projeto regional.

A ideia defendida por empresários do setor, políticos da região e alguns técnicos do Estado é estender até Campinas o projeto, já praticamente pronto para ser licitado, de uma ligação ferroviária entre a capital e Jundiaí. O trem regional poderia ficar pronto em três anos -ante no mínimo oito anos do trem de alta velocidade.

“Que existe essa reivindicação de que o trem vá a Campinas, não há dúvida. Os dois projetos podem ser feitos concomitantemente”, disse Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária).

A viagem de 47 km até Jundiaí é estimada em cerca de 25 minutos. Com mais 25 minutos seria possível chegar a Campinas com um trem que anda a 160 km/h. O trem-bala teria um tempo de viagem muito menor até Campinas, estimado em 21 minutos, mas o problema seria o custo da tarifa.

Pelo estudo do governo federal para o trem-bala, a tarifa-teto para Campinas seria em torno de R$ 60. Num de média velocidade, o passageiro pagaria menos da metade.

Há defensores da ideia de que os dois projetos podem conviver. Isso porque as demandas seriam diferentes e haveria passageiros para ambos, na opinião do professor Telmo Porto, da Escola Politécnica da USP.

“Não tenho dúvida de que há demanda para os dois. Um trem regional até Campinas teria no mínimo seis estações, e o trem-bala seria uma ligação direta”, afirmou Porto.

Canibalização

As empresas que trabalham no projeto do trem-bala, porém, temem que um projeto canibalize o outro. Isso porque a intenção dos governos federal e paulista é fazer concessões, ou seja, que a iniciativa privada construa e opere os sistemas.

Se isso ocorrer, haveria uma disputa entre dois operadores ferroviários numa mesma região, o que não ocorre em lugar nenhum do mundo, já que praticamente todos os operadores são estatais ou concessões exclusivas em cada área.

Fonte: agenciat1.com.br

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