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EMTU-SP inicia a integração tarifária de Juquitiba e São Lourenço à linha 5-Lilás do Metrô

segunda-feira, 14 de junho de 2010


Os moradores de Juquitiba e São Lourenço da Serra contam, desde sábado (12), com integração tarifária entre as linhas 030TRO Juquitiba (Barnabés) - Itapecerica da Serra (Valo Velho), via São Lourenço da Serra (Centro) e 030VP1 Juquitiba (Centro) - Itapecerica da Serra (Valo Velho), via São Lourenço da Serra (Centro) e as linhas intermunicipais que têm como destino o Terminal Capão Redondo.

Com essa integração, os usuários vão economizar R$ 0,20 tanto na ida a São Paulo como na volta para Juquitiba e São Lourenço da Serra, além de acessar gratuitamente o transporte sobre trilhos do Metrô por meio do Terminal. Os usuários poderão acessar gratuitamente a Estação Capão Redondo, na Linha 5-Lilás do Metrô, que oferece integração tarifária com a Linha 9-Esmeralda da CPTM, por meio da Estação Santo Amaro.

Os usuários das linhas 030TRO e 030VP1 terão integração com as linhas apresentadas abaixo:

001TRO Itapecerica da Serra (Parque Paraíso) - São Paulo (Metrô Capão Redondo)

002TRO Embu (Engenho Velho) - São Paulo (Metrô Capão Redondo), via Itapecerica da Serra (João Mandu)

339TRO Itapecerica da Serra (Potuvera) - São Paulo (Metrô Capão Redondo), via Itapecerica da Serra (Jardim Cinira)

340TRO Itapecerica da Serra (Jardim São Marcos) - São Paulo (Metrô Capão Redondo)

451TRO Itapecerica da Serra (Jardim Branca Flor) - São Paulo (Metrô Capão Redondo)

Para obter o desconto, o usuário deve embarcar em uma das linhas relacionadas na tabela, no ponto da Rodovia Armando Salles (Estrada de Itapecerica) na região do Valo Velho. A tarifa de R$ 4,80 deverá ser paga da seguinte maneira:

Sentido Terminal Capão Redondo

Pagamento de tarifa na linha 030TRO / 030VP1 (R$ 2,45), com transferência para as linhas 001 / 002 / 339 / 340 / 451, no período de 150 minutos com pagamento de complemento de tarifa no valor de R$ 2,35, e destas realiza nova transferência, esta gratuita para o metrô.

Sentido Juquitiba

Pagamento de tarifa no metrô (R$ 2,55* ou R$ 2,65 – dependendo da linha de origem), com transferência gratuita para as linhas 001 / 002 / 339 / 340 / 451 após a validação do cartão BOM, que permitirá no período de 150 minutos a realização de transferência para a linha 030TRO, mediante pagamento de complemento de tarifa no valor de R$ 2,25.

(*) Na Linha 5-Lilás, o Bilhete Magnético Unitário de Metrô tem tarifa diferenciada de R$ 2,55.

A medida visa à ampliação da acessibilidade dos usuários, permitindo a integração dos ônibus intermunicipais da EMTU/SP, Metrô e trens da CPTM, por meio da Estação Santo Amaro, da Linha 5-Lilás do Metrô, que proporciona transferência gratuita para a Linha 9-Esmeralda, da CPTM.

Fonte: Metrô SP
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EMTU/SP inicia integração de Juquitiba e São Lourenço à linha 5 do Metrô

sexta-feira, 11 de junho de 2010


A partir de 12/06, os moradores de Juquitiba e São Lourenço da Serra contarão com integração tarifária entre as linhas: 030TRO Juquitiba (Barnabés) – Itapecerica da Serra (Valo Velho), via São Lourenço da Serra (Centro) e 030VP1 Juquitiba (Centro) – Itapecerica da Serra (Valo Velho), via São Lourenço da Serra (Centro) e as linhas intermunicipais que têm como destino o Terminal Capão Redondo.
Com essa integração, os usuários vão economizar R$ 0,20 tanto na ida a São Paulo como na volta para Juquitiba e São Lourenço da Serra, além de acessar gratuitamente o transporte sobre trilhos do Metrô e da CPTM por meio do Terminal.
Os usuários das linhas 030TRO e 030VP1 terão integração com as linhas apresentadas abaixo:
001TRO Itapecerica da Serra (Parque Paraíso) – São Paulo (Metrô Capão Redondo)
002TRO Embu (Engenho Velho) – São Paulo (Metrô Capão Redondo), via Itapecerica da Serra (João Mandu)
339TRO Itapecerica da Serra (Potuvera) – São Paulo (Metrô Capão Redondo), via Itapecerica da Serra (Jardim Cinira)
340TRO Itapecerica da Serra (Jardim São Marcos) – São Paulo (Metrô Capão Redondo)
451TRO Itapecerica da Serra (Jardim Branca Flor) – São Paulo (Metrô Capão Redondo)

Para obter o desconto, o usuário deve embarcar em uma das linhas relacionadas na tabela, no ponto da Rodovia Armando Salles (Estrada de Itapecerica) na região do Valo Velho.

A tarifa de R$ 4,80 deverá ser paga da seguinte maneira:

Sentido Terminal Capão Redondo

Pagamento de tarifa na linha 030TRO / 030VP1 (R$ 2,45), com transferência para as linhas 001 / 002 / 339 / 340 / 451, no período de 150 minutos com pagamento de complemento de tarifa no valor de R$ 2,35, e destas realiza nova transferência, esta gratuita para o metrô.

Sentido Juquitiba

Pagamento de tarifa no metrô (R$2,55 ou R$2,65 – dependendo da linha de origem), com transferência gratuita para as linhas 001 / 002 / 339 / 340 / 451 após a validação do cartão BOM, que permitirá no período de 150 minutos a realização de transferência para a linha 030TRO, mediante pagamento de complemento de tarifa no valor de R$2,25

A medida visa à ampliação da acessibilidade dos usuários, permitindo a integração dos ônibus intermunicipais da EMTU/SP, Metrô e trens da CPTM, através da estação Santo Amaro, da Linha 5-Lilás do Metrô, que proporciona transferência gratuita para a Linha 9 – Esmeralda, da CPTM.

Fonte: EMTU-SP

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Especialistas sugerem corredores de ônibus de SP com ultrapassagem

terça-feira, 2 de abril de 2013

Após anúncio do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), em implantar 150 km de corredores de ônibus, especialistas em transporte comentaram algumas das metas  para o trânsito da cidade. Eles acreditam que os corredores devem ser planejados com intersecção (ultrapassagem), aprimorar os já existentes e sugerem os locais ideias onde devem haver corredores na cidade.
Silva Junior/Folhapress
Entre as metas para o trânsito, a prefeitura prevê uma "rede de 400 km de vias cicláveis" (ciclofaixas, ciclorrotas, ciclovias e calçadas compartilhadas) e a que estabelece uma malha de 150 km de faixas exclusivas para ônibus. A ideia da prefeitura com as faixas de ônibus é aumentar em pelo menos 80% a velocidade média do transporte coletivo municipal – dos atuais 14 km/h para 25 km/h.

Para o engenheiro civil, consultor em transportes e professor titular da USP São Carlos, José Bernardes Felex, 67, não houve tempo suficiente para que Haddad fizesse um estudo planejado para chegar a conclusão de que a cidade precisa de 150 km de corredores de ônibus.

"O problema não e o número x de corredores e sim a forma como eles devem ser planejados. Tem de estar traçado entre a moradia e o emprego. O prefeito não consegue enxergar isso em alguns dias de governo", apontou Felex. Questionado de que esta meta estava prevista no programa de governo do prefeito, o engenheiro civil foi enfático. "Ele promete o céu e põe todo no inferno. É um chute do cão", criticou.        

Acerca dos 400 km de vias "cicláveis", o engenheiro civil disse que a prefeitura precisa fazer com que haja uma convivência da bicicleta com os outros veículos. "Deve haver convivência e civilidade com o ciclista. Só o automóvel é privilegiado na cidade", reclama.  

Já o superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Luiz Carlos Néspoli, 62, acredita que os corredores são indispensáveis para a cidade. Ele lembrou que na  gestão da prefeita Marta Suplicy (2001-2004) os corredores funcionavam e agora precisa expandir e aprimorar em relação a eficácia da velocidade, que na média é 14 km/h.

"Primeiro não pode colocar muitos ônibus nos corredores, segundo tem de fazer uma operação eficaz de embarque e desembarque e deixar de fazer a cobrança no ônibus e sim onde o usuário toma o ônibus. E criar uma intersecção onde possa haver a ultrapassagem", sugeriu. 

Néspoli disse ainda que a prefeitura deve criar um sistema no semáforo que e funcione de forma inteligente privilegiando os ônibus dos corredores, além de linhas expressas. "Não pode fazer nada que impeça o ônibus de fluir melhor", reforça o superintendente da ANTP.

O engenheiro civil e mestre em engenharia de transportes pela USP, Horácio Augusto Figueira, 60, afirma que o corredor deve acelerar os ônibus, porém o corredor se tornou um grande curral de confinamento. "Deve haver a ultrapassagem. Mesmo com as interferências naturais das conversões à direita, é melhor ter a faixa exclusiva a direta do que não ter nada", afirmou.

A Rede Nossa São Paulo encomendou estudo a Figueira, que e entregou o documento para a administração Haddad por último dia 22. Entre os corredores que propõe, sugere um na av. 23 de maio, av. Dr. Arnaldo, av. Santos Dumont e rua Voluntários da Pátria. "Primeiro é preciso deixar e fazer os ônibus andarem já e melhor. Depois que venham os projetos e as obras dos corredores", disse o engenheiro civil.

Dentre os 150 km de novos corredores que a prefeitura prevê construir estão Celso Garcia, Berrini, Radial Leste, Aricanduva e av. dos Bandeirantes. A prefeitura ainda promete implantar 150 km de faixas exclusivas para ônibus. 

Marivaldo Carvalho
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Motorista de carro de SP deve migrar para ônibus, diz secretário

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, disse nesta segunda-feira (5) que o motorista de carro deve migrar para o transporte público para fugir dos congestionamentos. A afirmação foi feita durante entrevista ao Bom Dia São Paulo, ao responder à pergunta de um telespectador que se queixou de gastar mais tempo em seus deslocamentos diários após a adoção de faixas exclusivas para ônibus.

Apenas nesta segunda-feira, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) inaugurou mais 10,4 km de faixas exclusivas para ônibus no Corredor Norte-Sul. As faixas foram implantadas em trechos da Avenida 23 de Maio, Rubem Berta, Professor Ascendino Reis, Moreira Guimarães, Washington Luís e Jornalista Roberto Marinho. Segundo Tatto,  a Prefeitura pretende ampliar as faixas exclusivas e corredores para aumentar a velocidade média dos coletivos e diminuir o tempo de espera do passageiro.


“Não tem solução [para aumento da lentidão para carros após faixas exclusivas para ônibus] . O espaço não é democrático. O motorista de carro deveria agradecer o usuário de ônibus pelo fato de ele estar usando o ônibus. Você tem uma parte que é cultural. Às vezes a pessoa mora num lugar que tem o Metrô, tem o ônibus, tem uma rede adequada, é de boa qualidade, e ela vai de carro trabalhar. Então, isso é uma mudança cultural. Às vezes as pessoas saem daqui, viajam para fora, para outro país, lá anda de metrô e ônibus e aqui não quer andar”.

O secretário afirma que a velocidade média dos ônibus em São Paulo, de 13 km/h, é inaceitável. “Para resolver este problema, a Prefeitura está inaugurando nesta segunda-feira mais 10 km de faixa exclusiva na Avenida 23 de Maio e vamos interar mais 100 km de faixas exclusivas [até o final do ano]. O projeto este ano é ter 220 faixas exclusivas além dos 150 corredores de ônibus até 2016”.

Apesar de incentivar o uso do transporte coletivo, o secretário admite que o serviço não é de boa qualidade. “Reconhecemos que a qualidade do sistema do transporte não é bom, principalmente na periferia. Mas na região central, no Centro expandido, você tem uma rede de ônibus e Metrô que é adequada. No horário de pico em todos os lugares do mundo, nas grandes cidades, o ônibus é lotado, não é só São Paulo”.

Um dos grandes desafios da administração pública, segundo Tatto, é reorganizar o sistema do transporte. “Tem lugares que faltam ônibus e tem lugares que tem ônibus sobrando. É um problema de organização do sistema, mas também não podemos tapar o sol com a peneira: a cidade de São Paulo precisa de uma rede ferroviária que não existe, tanto da CPTM quanto do Metrô, porque o ônibus é um transporte auxiliar, ele não é um transporte de massa, ele tem que ajudar o transporte de massa. Na medida em que você não tem esse transporte de massa, que é o Metrô, o ônibus precisa dar conta”.

M'Boi Mirim
Jilmar Tatto explicou que um dos motivos para o gargalo na Estrada de M'Boi Mirim, na Zona Sul da capital, acontece porque a reorganização dos transportes não foi concluída e dificulta o tráfego de ônibus.
“Na M’Boi Mirim você tem o corredor de ônibus do lado esquerdo e ao mesmo tempo você tem lá os micro-ônibus que ficam do lado direito. Isso está errado, mas não dá para mudar de uma hora para outra porque precisamos seccionar estes ônibus no terminal. O Ângela [terminal] e o [terminal] Guarapiranga estão abarrotados, por isso está dentro do projeto da Prefeitura construir um novo terminal para seccionar estas linhas no sentido de amenizar o problema”.

Segundo o secretário, a cidade ficou muito tempo parada sem investimento no transporte público. “O que estamos fazendo agora é acelerar e construir terminais, corredores, fazendo faixas exclusivas, e agora reorganizando as linhas", disse Tatto.

Informações: G1 São Paulo
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Licitação do Trem Bala brasileiro fracassa em São Paulo

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) anunciou nesta segunda-feira (11) que o governo vai refazer o processo de licitação para a construção do trem-bala, que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo, passando por Campinas. A decisão foi tomada após o leilão, marcado para hoje, fracassar por falta de interessados.

De acordo com o presidente da ANTT, Bernardo Figueiredo, o novo leilão será feito em duas partes. Ainda este ano, a agência vai abrir concorrência para a tecnologia e o operador. Isso significa que o governo vai chamar empresas internacionais que detenham o conhecimento do trem-bala para formular o projeto executivo da obra.

- Temos vários grupos empresariais que detêm a tecnologia e é um mercado disputado. Esses grupos têm a percepção que o mercado brasileiro é estratégico.

A segunda parte do leilão, prevista para o ano que vem, será para o fornecimento da infraestrutura, ou seja, a obra em si. Nesse processo, deverão concorrer empreiteiras brasileiras que se negaram a fazer parcerias com as empresas internacionais de tecnologia para o leilão fracassado.

- O operador vencedor da primeira fase do leilão vai nos ajudar a definir as regras para a segunda fase. Ele que vai utilizar a obra, então precisa ajudar a organizar os parâmetros que serão colocados em prática.

Figueiredo justificou a falta de interessados no leilão pelo fato de empresas brasileiras terem se negado a formar alianças com as estrangeiras, que dominam a tecnologia.

- Embora tivéssemos várias tecnologias propostas, achávamos que poderia ter sido diferente. O que a gente percebe é que as diversas tecnologias não conseguiram formar alianças com as empresas nacionais. Houve um fechamento do mercado nacional a esse tipo de aliança e isso complicou o processo licitatório.

O presidente da ANTT também afirmou que, mesmo com o fracasso do leilão, o governo não trabalha com o engavetamento do projeto.

- O governo resolveu manter o projeto do TAV [trem de alta velocidade] por entender que é essencial para resolver os problemas de transporte de pessoas nesse eixo. Não existe a opção de não fazer nada ou outra alternativa. Não adianta ser contra e não apresentar uma solução que não seja viável.

Mesmo com a falta de interessados, Figueiredo garante que não haverá atrasos no projeto. A justificativa é que o projeto executivo, que seria feito pelo consórcio vencedor, agora terá de ser apresentado pelo vencedor da primeira etapa do novo leilão. Dessa forma, o cronograma para o início das obras continua para o início de 2013.


O trem-bala

O TAV (Trem de Alta Velocidade) tem custo estimado em R$ 34,63 bilhões, de acordo com a ANTT, e vai interligar o Rio de Janeiro a Campinas (SP), passando por São Paulo em um trajeto de 511 km. Desse percurso, 312 km serão de superfície, 108 km sobre pontes e 91 km em túneis.

Ao total, estão previstas oito estações obrigatórias no traçado, incluídas paradas nos aeroportos do Galeão (Rio), Guarulhos (São Paulo) e Viracopos (Campinas). Há outras três estações, nas cidades paulistas de Jundiaí e Aparecida e na fluminense Resende, que podem ou não ser incluídas a critério do consórcio vencedor.

A passagem da estação Barão de Mauá, no Rio, a Campo de Marte, em São Paulo, deve ficar em R$ 150, a econômica, e R$ 250, a executiva. No horário de pico, esses valores sobem para R$ 200 e R$ 325. Pelo estudo encomendado pela ANTT, o valor é menor que o das passagens aéreas do Rio para São Paulo, que ficam em R$ 400 no horário de pico e R$ 180 nos demais horários. Os valores foram calculados a partir de uma tarifa-teto de R$ 0,49/km estabelecido no edital da construção.

O tempo de viagem do Rio a São Paulo, com velocidade média de 280 km/h, será de 93 minutos contra 110 minutos por avião (incluindo o tempo de voo e espera para embarque e desembarque). A velocidade máxima prevista do trem-bala é de 350 km/h.

Fonte: R7.com

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CET-SP propõe expansão de rodízio de veículos para mais 400 vias

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A Secretaria de Transportes de São Paulo e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) propuseram, por meio de um estudo, uma expansão do rodízio municipal de veículos. A proposta dos órgãos é somar 371 quilômetros de vias lineares à área de 150 quilômetros quadrados já existentes à região do rodízio, o chamado Centro Expandido. Vias como as avenidas Aricanduva, na zona leste, Brás Leme, na zona norte, e Jornalista Roberto Marinho, na zona sul, estão entre as 400 vias incluídas no sistema e passariam a fazer parte da área de rodízio.

A proposta será apresentada dia 15 de janeiro ao Conselho Municipal de Trânsito e Transporte da Cidade de São Paulo para ser discutida com a sociedade e especialistas e pode ser implantada em março ou abril deste ano. De acordo com a secretaria, a expansão do rodízio contribuiria para “redução das lentidões e ganho da velocidade média desenvolvida no trânsito”. Segundo estudo feito pelo órgão, com a extensão do rodízio a velocidade média dos veículos na capital passaria de 18,9 km/h para 20,5 km/h, diminuindo a lentidão em 13%.

“É uma forma democrática de discutir os problemas de São Paulo. Temos a convicção disso. Ninguém gosta de restrição, mas existe um fato da dificuldade de transitar por São Paulo. Tem que fazer restrições para diminuir a circulação de carros. Estamos apresentando para cidade a restrição de ampliar o rodízio nesses termos, porque os estudos mostram que não é vantajoso para o motorista ampliar o rodízio para cidade toda. Essa foi a proposta que melhor se adequou ao conforto do usuário”, afirmou Jilmar Tatto, secretário de Transportes.
Os horários do rodízio, existente desde 1997, seguem os mesmos e restringe veículos das 7h às 10h e das 17h às 20h nos dias úteis a circulação de automóveis e caminhões de acordo com a regra simples de dois finais de placa restritos por dia da semana.

O novo modelo de rodízio proposto permitiria a circulação dos veículos entre os bairros. Segundo a secretaria, essas viagens estariam preservadas, já que seria totalmente possível cruzar as vias fora do chamado Minianel (Região Metropolitana) com a restrição sem desrespeitá-la. “A ideia é prejudicar o mínimo possível o deslocamento das pessoas. Se ela quiser ir a uma farmácia ou à padaria, não estará prejudicando ninguém”, disse Tatto.

A preocupação da secretaria de Transportes e da CET é a sinalização das novas vias que seriam incluídas no rodízio. Segundo o secretário, a fiscalização eletrônica é a melhor opção. Além disso, os motoristas serão “avisados” por meio de placas e sinalizações na própria pista sobre o início e término do limite do rodízio.

“Temos que trabalhar muito a questão da sinalização. Vamos apresentar no conselho e o prazo de implantação é longo, não pode ser de uma hora pra outra. Vamos começar a fazer o processo de sinalização e com o tempo toda cidade vai saber que aquela avenida tem a restrição, como hoje é o centro expandido. Temos que ter calma, sem pressa”, disse Tatto.

O secretário afirmou ainda que o grande objetivo dessa mudança é fazer com que o motorista mude seu comportamento. “O carro é um problema das grandes cidades. Todos têm desejo de ter carro, mas tem que usar em extrema necessidade. Tem que andar a pé, bicicleta, transporte público. O carro tem que ser instrumento de laser, para fazer compra, um instrumento de trabalho. Essa é a mudança de comportamento que esperamos. Sabemos que essa medida em cinco, dez anos, o efeito dela é muito pequeno. A solução é evitar o uso de carro”, disse.

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Em SP, Obra de BRT na Radial Leste vai durar 2 anos

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O corredor de ônibus da Radial Leste começará a ser construído em outubro, assim como o da Avenida Aricanduva, na zona leste de São Paulo. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 10, pelo secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto.

O da Radial terá 17 km e será um dos primeiros BRTs da cidade. As obras serão concluídas em 2016. A intervenção está prestes a ser contratada pela gestão Fernando Haddad (PT) e foi herdada de Gilberto Kassab (PSD).

Com faixas para ultrapassagem dos ônibus e paradas maiores do que as dos corredores atuais, o BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus) da Radial Leste deve atrair parte da demanda da Linha 3-Vermelha do Metrô, a mais lotada do sistema, pois será paralelo ao ramal metroviário, que transporta, em média, 1,49 milhão de usuários por dia.

Diferentemente dos nove corredores em superfície já existentes na capital, o BRT da Radial terá cobrança de tarifa desembarcada, ou seja, os passageiros não precisarão girar as catracas nos veículos, mas fora, o que permitirá maior agilidade no embarque, reduzindo filas e espera no ponto.

No Expresso Tiradentes, inaugurado em 2007, a tarifação já é assim, mas ele foi construído em uma via elevada e segregada dos demais veículos, ao contrário dos futuros BRTs.

O corredor da Aricanduva, que terá 14 km, entre a Radial e o Terminal São Mateus, não vai dispor dessa facilidade de pagamento, segundo a São Paulo Obras (SPObras), empresa municipal responsável por tocar os empreendimentos.

Por esse corredor, deverão circular 189 mil passageiros por dia. No da Radial, que ligará o Terminal Parque D. Pedro II, no centro, à Estação Artur Alvim, na zona leste, a expectativa é de 234 mil. Uma projeção de 2011 da São Paulo Transporte (SPTrans) indicava que 120 mil usuários poderiam migrar do Metrô.

Atraso

A construção dos dois corredores expressos custará, no total, R$ 781 milhões. Em janeiro, o Tribunal de Contas do Município (TCM) barrou o processo licitatório das vias exclusivas e de outros corredores, alegando falta do projeto básico e ausência de recursos orçamentários para a execução.

Dessa forma, as obras, que deveriam ter começado em março, já estão mais de seis meses atrasadas, o que pode pôr em risco a promessa de Haddad de entregar 150 km de corredores de ônibus até o fim de seu mandato.

Porém, Tatto mantém o prazo e assegura que agora os projetos da Radial Leste e da Aricanduva estão regularizados. "Só faltava a licença ambiental de instalação, que está na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. A última informação que tenho é de que está caminhando bem. É uma questão de dias (para a licença sair)."

Os recursos vêm, na maior parte, do governo federal, por meio do PAC Mobilidade. Um outro pacote de corredores, como o da Avenida dos Bandeirantes, ainda está travado no TCM.

O consultor de Transportes Flamínio Fichmann critica a forma como o corredor da Radial funcionará. Para ele, a integração com o Metrô e a CPTM deveria ser absoluta, sem cobrança de integração de tarifa.

Além disso, as paradas deveriam ser "coladas" às estações metroviárias e de trem, para realmente atrair os usuários de uma para a outra.

"O transporte não está concebido de uma maneira a integrar modais. O corredor vai melhorar o sistema de ônibus? Vai. E o de metrô e trem? Não."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Ônibus mais rápido será realidade em São Paulo

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O sistema BRT (sigla em inglês para transporte rápido de ônibus) precisou ser criado em Curitiba (PR) há 40 anos, exportado para Bogotá, na Colômbia, em 2000, para finalmente ser implantado em São Paulo.

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, importantes eixos de deslocamento  na cidade, as avenidas dos Bandeirantes, 23 de Maio e Celso Garcia devem ganhar nos próximos anos corredores de ônibus expressos no sistema BRT (com espaço para ultrapassagens e maior distância entre paradas).

Se o cronograma oficial for mantido, a licitação sairá ainda neste ano e as obras começarão em 2014.

Essas obras fazem parte do pacote com 150 quilômetros de corredores prometido pelo prefeito Fernando Haddad (PT) em sua campanha eleitoral. Além disso, Haddad prometeu mais 150 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus até o final da sua gestão.

“Escolhemos os eixos para esses corredores em vias que têm espaço para a implantação e têm demanda para esse tipo de transporte rápido”, disse Ana Odila de Paiva Souza, responsável pelo planejamento na Secretaria Municipal de Transportes. “Os corredores terão, preferencialmente, áreas de ultrapassagem e bilhetagem antes do embarque, o que os torna mais rápidos.”

Segundo Odila, os corredores são parte de um modelo maior de transporte coletivo, que prevê o funcionamento em rede, cobrança tarifária em rede, espaço segregado para os ônibus e gestão operacional com o padrão do Metrô.

Para o especialista, em trânsito Horácio Figueira, a notícia é para ser comemorada.

O projeto de implantação de BRT está engavetado há mais de 40 anos em São Paulo porque aqui o deus automóvel fala mais alto”, afirmou Figueira. “A verdade é que nenhum prefeito teve coragem para implantá-lo porque obviamente ele vai ocupar lugares destinados a automóveis”, disse ele.

Zonas Sul e Leste receberão mais faixas exclusivas
Partindo do Terminal Bandeira, no Centro, o futuro corredor da 23 de Maio também passará pelas avenidas Rubem Berta, Moreira Guimarães, Washington Luís, Interlagos e Teotônio Vilela e terminará no Largo do Rio Bonito, na Zona Sul. O percurso total é de cerca de 20 quilômetros.

Outro corredor que deve sair do papel, o da Avenida dos Bandeirantes, vai ter 16 quilômetros e ligará a região da Marginal Pinheiros, na Zona Sul, ao Terminal Vila Prudente, na Zona Leste. Este será o principal eixo de transporte público a unir essas duas regiões de forma perimetral,  de um bairro a outro sem passar pela região central e assim desafogando o trânsito.

Está em estudo também o Corredor da Celso Garcia, que sai da Rangel Pestana, no Centro, passa pela via que dá nome à faixa, pela Avenida Amador Bueno da Veiga e Rua Marechal Tito, na Zona Leste. Terá cerca de 25 quilômetros.

Outra avenida que deverá ter corredor é a Aricanduva, também na Zona Leste, passando pela Ragueb Chohfi, Terminal São Mateus até a Marginal Tietê. Ele terá 12 quilômetros de extensão.

Haddad retoma licitações de corredores de ônibus 
Com quase um ano de atraso, os 63,8 quilômetros de corredores de ônibus prometidos desde a gestão Gilberto Kassab (PSD) deverão começar a ser construídos neste ano. O prefeito Fernando Haddad (PT) retomou as licitações para a contratação das empresas.


Cidade tem só 130 km de corredores exclusivos

Entrevista 
João Carlos Scatena_
Engenheiro

‘Havia resistência em mexer com a fluidez dos carros’

DIÁRIO_ Como surgiu a ideia de se implantar o sistema BRT?
JOÃO CARLOS SCATENA_ A ideia foi do Jaime Lerner, em Curitiba. Isso foi no tempo da ditadura militar. Ele trabalhava no Instituto de Planejamento de Curitiba, estava encostado e passava o dia desenhando a cidade. Numa dessas, ele inventou um plano estrutural de transporte para a cidade. Quando foi prefeito, anos mais tarde, estava tudo pronto.

E como funcionava o sistema?
Tinha uma lógica muito simples: dar prioridade para o transporte coletivo (ônibus) nos principais corredores de tráfego e promover sua integração tanto com sistemas de transportes de menor capacidade (sistemas alimentadores) quanto com o processo de planejamento urbano. O resultado desta iniciativa inédita revelou ao Brasil e ao mundo a possibilidade de se implantar um sistema de transporte público de qualidade a custos não muito altos, isso tudo num  ambiente urbano mais humano. Essa é a lógica.

O senhor trabalhou num projeto para implantar o modelo em São Paulo ainda nos anos 1970. Por que não foi para frente?
Havia muita resistência com o problema de se mexer na fluidez dos automóveis. Ocorreram várias tentativas de implantação, mas o projeto nunca se concretizou.

Depois o senhor trabalhou em estudos para a implantação desse modelo na China?
Sim. Lá, o sistema de transporte coletivo é bom, mas não é muito eficiente econômica e operacionalmente. O BRT tinha o objetivo de diminuir o custo do sistema. A ideia era otimizar o sistema e cortar o que era supérfluo.

Por Fernando Granato
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CPTM precisa de pelos menos dez anos para conseguir se modernizar, dizem especialistas

quarta-feira, 21 de março de 2012

Os passageiros do sistema de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) há muito tempo precisam conviver com a superlotação e o pequeno número de interconexões com o Metrô de São Paulo. Mas nos últimos meses, os problemas que têm se tornado cada vez mais comuns e difíceis de contornar são as constantes falhas no sistema, e consequentes atrasos nos trens. Mesmo com um orçamento de pouco mais de R$ 1 bilhão para as seis linhas em 2012, o sistema férreo de São Paulo está ultrapassado. Para estudiosos como o professor da USP (Universidade de São Paulo) e especialista em ferrovias Telmo Porto, serão necessários no mínimo dez anos para que o sistema se modernize e passe a atender a demanda.
 Em dez anos certamente estará melhor do que está hoje. Para atender bem toda a metrópole, podemos pensar em dez ou 12 anos pela frente.

Porto afirma que são vários os motivos que provocam o entrave às melhorias no sistema. Ele conta que, quase tudo que se utiliza em uma ferrovia exige um longo processo até sua aquisição. Um trem novo, por exemplo, demanda projeto, encomenda, fabricação e teste. Além dessa demora prática, segundo o especialista, os avanços se tornam difíceis porque precisam ser feitos em um sistema já em funcionamento.
- Você pode despejar recursos que a CPTM não vai melhorar do dia para a noite. Não se pode mexer na via sem mexer na rede aérea. Não se pode mexer na via sem mexer na sinalização. Não dá para colocar trens supermodernos se você não tem sinalização para isso. Além de tudo, o sistema está operando e é preciso pensar em reduzir os prejuízos ao usuário comum.

Exemplo de que o problema do sistema não seria resolvido apenas com dinheiro é dado pelo diretor do sindicato Central do Brasil, que representa as linhas 11-Coral e 12-Safira. segundo Wagner Zambom, entre 2010 e 2011, apesar do investimento do governo de São Paulo na CPTM ter caído de R$ 1,13 bilhões para R$ 981 milhões, a companhia não conseguiu utilizar todo o investimento destinado aos ramais por falta de infraestrutura.

- Um dos exemplos é a falta de espaço físico para construir uma estação.

Aumento de usuários e acidentes O problema do "atraso" da CPTM se torna ainda mais grave com o aumento, a cada dia, do número de passageiros que utilizam o sistema, principalmente após a integração com o Metrô, sem custo. Segundo dados divulgados pelo próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB), de janeiro a março deste ano, a CPTM transportou cerca de 130 milhões de passageiros em quase 150 mil viagens. Em poucos anos, o número de clientes subiu de 1 milhão por dia para quase 3 milhões.
De acordo com o presidente do sindicato Ferroviário das Empresas de São Paulo, Eluis Alves de Matos, que representa as linhas 7-Rubi e 10- Turquesa, as áreas para onde os recursos são destinados são falhas.

- Houve compras de trens novos, por exemplo, mas não se investiu na questão de alimentação de energia, ou seja, na construção de redes aérea. É preciso também reformar as estações para atender a nova realidade, elas ainda são antigas.
No último dia 14, um problema no sistema de alimentação de energia dos trens causou uma pane na linha 9-Esmeralda que prejudicou o transporte ao longo de toda a manhã.

Para o diretor de manutenção do sindicato Zona Sorocabana, que representa as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, Alessandro Viana, a CPTM cresceu sem planejamento. Segundo ele, os dirigentes da companhia acreditaram que deveriam investir em compras de trens, porém, o “governo esqueceu que precisa de estrutura” para atender estas composições, além de manutenção das vias.

- Há uma dificuldade da CPTM em otimizar os investimentos. Hoje, são 250 km de vias com 7.500 funcionários. Já o Metrô tem 70 km com 9.500 funcionários. O Metrô tem norma que regulamenta o serviço, a CPTM não tem. Não tem qualidade em manutenção.

Além destas dificuldades, Viana conta que os funcionários vivem "dias de pressão" no trabalho para conseguir cumprir as metas exigidas pelo governo, como, por exemplo, diminuir o tempo de intervalo entre um trem e outro.

- O operador não tem tempo de ir ao banheiro, o tempo de formação diminuiu de um ano para três meses e tudo mais. Como você dá um equipamento caro na mão de um maquinista com três ou quatro meses de formação? Quando acontece um acidente, o vilão da história é maquinista, que leva a culpa.
No final de 2011, cinco funcionários da CPTM morreram em dois acidentes registrados em menos de uma semana. No dia 27 de novembro, três funcionários da companhia morreram atropelados na linha férrea, entre as estações Belém e Tatuapé da linha 11-Coral. No dia 2 de dezembro dois trabalhadores foram atropelados por um trem na estação Barueri e morreram.

Fonte: R7.com

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São Paulo: Corredores de ônibus têm um buraco a cada 272 metros

terça-feira, 11 de maio de 2010


A vida dos passageiros que utilizam os corredores de ônibus de São Paulo não é fácil. A cada 272 metros percorridos, há um buraco para “chacoalhar” a viagem do passageiro. A conta foi feita com base em quatro corredores da capital: Inajar de Sousa / Marquês de São Vicente / Rio Branco, Pirituba / Lapa / Centro, Itapecerica / Santo Amaro / 9 de Julho e Ibirapuera / Vereador José Diniz. Em 55,3 km percorridos, o DIÁRIO contou 203 buracos no meio do caminho.

A situação mais crítica está no corredor que parte da Av. Rio Branco, no Centro, até o Terminal Cachoeirinha, na Av. Inajar de Sousa, na Zona Norte da capital. No trajeto de 13,6 quilômetros, há um buraco a cada 194,2 metros. Além disso há 17 ondulações no asfalto ao longo de todo o percurso.

O bancário Sidney William, de 24 anos, pega o ônibus em direção ao Centro para ir ao trabalho todo dia na Avenida Inajar de Souza e convive com os buracos. “O problema mesmo é que o ônibus é muito cheio. Às vezes fica gente esmagada contra a porta. Você fica desajeitado para se segurar”, contou.

“O ideal é que exista um ponto de ônibus a cada 300 metros. Em São Paulo há, em média, um ponto a cada 500 metros. Há mais buracos do que pontos na cidade”, avaliou o consultor e especialista em engenharia de tráfego Flamínio Fichmann. “Em algumas vias dizem que são o excesso de transporte de cargas que danificam a pavimentação. Mas nas faixas exclusivas para ônibus, não pode ser surpresa os veículos pesados. Elas são feitas, em princípio, para esse tipo de veículos. Isso só mostra o descaso com os corredores”, completou.

Há dois tipos de pavimentação nos trajetos dos ônibus: asfalto ou concreto (pavimento mais rígido). O primeiro, mais comum, tende a formar ondulações com o tempo devido ao tráfego intenso dos coletivos. Os de concreto, porém, costumam ser mais regulares, oferecendo maior conforto ao passageiro.

Mas, logo no começo da Avenida Inajar de Souza, no sentido bairro, o que deveria ser um corredor exclusivo, com pavimento de concreto, pelo lado esquerdo da via, deu lugar a um estacionamento. Os ônibus são obrigados a disputar a faixa da direita com os automóveis.

A SPTrans informou que , esse trecho da avenida, falta construir paradas para os ônibus. Além disso, há um projeto para melhorar o corredor em andamento. As obras devem ser iniciadas ainda neste ano. Em relação à manutenção das vias, a empresa informou que uma licitação para o serviço deve ser publicada em breve, mas reparos pontuais e/ou emergenciais continuam sendo realizados.

Av. Ibirapuera é exemplo

O corredor das avenidas Vereador José Diniz e Ibirapuera pode ser chamado de exemplo. Em 6,3 quilômetros de faixa exclusiva para os ônibus há apenas quatro buracos. A pavimentação é de massa asfáltica na maior parte do percurso, só mudando para concreto nos locais de paradas, evitando a ondulação.

O corredor também é o único que conta com pontos de ultrapassagem nas paradas. E quase não há tampas de bueiros no meio das faixas.“É o corredor mais recente de São Paulo”, avaliou o especialista Flamínio Fichmann, justificando os diferenciais da via exclusiva. “Ele está longe de ser um corredor exemplar, mas já tem algumas características que representam alguma vantagem”, completou o consultor.

Segundo ele, atualmente se gasta algo em torno de cinco milhões de dólares para construir cada quilômetro de corredor de ônibus — no Metrô são gastos 150 milhões. “Eu acho razoável que se gaste 20 milhões de dólares por quilômetro, mas se faça muito bem feito”, defende.

Para Fichmann, do ponto de vista da capacidade de transporte, os corredores de ônibus são mais eficientes que o Metrô. “Ele tem uma taxa de retorno melhor. É só pegar quanto se transporta nos dois transportes e o custo das duas obras”, explicou.

Tinha um bueiro no meio do caminhoUma das principais causas de buraco nos corredores de ônibus são as tampas de acesso às galerias subterrâneas da cidade. Além de causarem a trepidação natural dos veículos que passam por cima delas, 46% das crateras contadas pelo DIÁRIO estavam junto aos bueiros, como são popularmente conhecidos.

“Onde há essas tampas de inspeções, há uma chance maior de infiltração no solo. A água tira a camada que está embaixo do concreto ou do asfalto e a pavimentação acaba cedendo. É o que chamados de solapamento”, explicou o especialista em engenharia de tráfego Flamínio Fichmann.

“Elas poderiam ser deslocadas para as calçadas. Não tem sentido essas tampas no meio do corredor”, completou o consultor em transporte.

Dos 97 buracos no corredor que liga a Estrada de Itapecerica, na Zona Sul, ao Centro, 48 se abriram onde estão os bueiros. A SPTrans informou que não é possível transferir as tampas das galerias para outros locais. Segundo a empresa, de uma maneira geral, a rede subterrânea das concessionárias que operam nessas galerias (energia, água, esgoto e telefonia) já existia antes dos corredores de ônibus.

O professor de Engenharia Civil Creso de Franco Peixoto, do Centro Universitário da FEI, explica que são três os tipo de pavimentação que podem ser usados nos corredores: asfalto, concreto ou blocos. “Os de massa asfáltica são os mais conhecidos e usados. Mas também são os mais baratos”, disse. “Mas se um veículo pesado parar em cima dele, o pavimento tende a se deformar”, completou o especialista.

Segundo o professor, o pavimento rígido, de concreto, é o mais caro, mas é o que dura mais. Por outro lado, é o mais difícil de consertar, caso seja quebrado. “Esse pavimento também é interessante, desde que se tenha a certeza de que não será preciso quebrar para manutenção no subterrâneos.

Modelo ideal é igual ao Fura-fila

O diretor-superintendente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Marcos Bicalho dos Santos, defende uma outra forma de transporte de ônibus: os BRTs, tipo de corredor com estações fechadas para as paradas, onde são feitas as cobranças das passagens, plataforma alta para ingressar nos ônibus, e veículos articulados, que transportam grande quantidade de passageiros.

“O mais parecido com isso que existe em São Paulo é o Expresso Tiradentes (antigo Fura-fila), mas que funciona em via elevada, o que não precisa acontecer”, explicou Marcos. “Normalmente eles são implantados nos canteiros centrais da avenidas, no mesmo nível da rua. Dessa forma fica mais acessível”, garantiu o diretor da NTU.

Atualmente, a única cidade com esse sistema é Curitiba (PR).Segundo ele, os corredores desse tipo de transportes são pavimentados com piso de concreto. “É um piso de alta durabilidade, com uma durabilidade maior e mais regular, o que deixa o transporte mais confortável”, resumiu.

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Prefeitura de São Paulo promete três corredores de ônibus até janeiro de 2016

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A Prefeitura de São Paulo vai entregar até janeiro de 2016 três corredores de ônibus, uma das principais bandeiras da gestão de Fernando Haddad (PT). Serão concluídas, na zona sul, a via exclusiva de ônibus da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini e a requalificação do corredor da Estrada M Boi Mirim, e, na zona norte, a reforma do corredor da Avenida Inajar de Souza. O prazo foi cravado nesta terça-feira, 18, pelo secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), Roberto Garibe.

"Devemos entregar uma parte dos corredores agora no final do ano, como Inajar e Berrini. Vamos entregar a requalificação do corredor da M Boi Mirim. Estamos conseguindo administrar o problema da escassez que todo o Brasil está passando", afirmou Garibe. Em seguida, o secretário disse que a data de entrega será entre dezembro deste ano e janeiro de 2016.

Segundo a Prefeitura, estão em construção 37,9 quilômetros de vias exclusivas para ônibus. Há 62 km estão com obras contratadas e 26 km em licitação. A meta da gestão é terminar o mandato com 150 quilômetros novos de corredores.

TCM

No fim do mês passado, o Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo suspendeu, pela terceira vez, duas licitações para a construção de corredores de ônibus na capital. Auditoria apontou sobrepreço de pelo menos R$ 47 milhões nos editais relançados em julho e risco de pagamento indevido de R$ 69 milhões.

A suspensão atingiu três corredores, que somam 44,4 quilômetros de extensão e têm custo estimado em R$ 1,2 bilhão. Em um deles, com obras exclusivamente na zona leste da cidade, estão previstos dois trechos do Corredor Perimetral Itaim Paulista/São Mateus, de 18,2 km, um trecho do Corredor Radial Leste, de 9,6 km, e ainda um terminal de ônibus em São Mateus.

Na outra licitação, as obras interligam as zonas sul e leste: são dois trechos do Corredor Perimetral Bandeirantes/Salim Farah Maluf, com extensão de 16,6 km.

Informações: Agência Estado

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Em São Paulo, Ônibus ficam mais lentos nos corredores

domingo, 24 de março de 2013

Após uma leve melhora em 2011, a velocidade média nos corredores de ônibus de São Paulo voltou a cair no ano passado, nos horários de pico da manhã e da tarde.

A piora foi mais sensível na volta para casa. No período da tarde, a velocidade chegou a 13,4 km/h, uma queda em relação tanto a 2011 (15 km/h) e quanto a 2010 (14,2 km/h).

De manhã, em direção ao centro, os ônibus imprimiram em média uma velocidade de 13,8 km/h, exatamente a mesma que levou o russo Sergey Kirdyapkin a vencer a marcha atlética nas Olimpíadas de Londres, no ano passado.

A piora atingiu 7 dos 10 corredores no período da manhã e 8 deles à tarde.
Em seis corredores a velocidade ficou abaixo da considerada razoável por especialistas, 13 km/h, no rush da manhã ou da tarde.

A velocidade dentro dos corredores ficou 6,3% inferior à média imprimida pelos ônibus em todo a cidade no ano passado -incluindo os ônibus que transitam junto com os demais veículos.

Pesquisas em anos anteriores apontavam relação inversa: os ônibus circulavam mais rápido nos corredores.

CURRAL
Para especialistas, essa lentidão pode ser explicada por fatores como a falta de áreas para ultrapassagem.

"O corredor deveria estar acelerando os ônibus, mas ele se tornou um grande curral de confinamento", diz Horácio Figueira, mestre em transportes pela USP.

Ele sugere que a ultrapassagem por fora da faixa exclusiva seja liberada.
Outros gargalos citados por especialistas são a falta de semáforos inteligentes -que reduzem o período de sinal vermelho de acordo com o fluxo da via-o uso dos corredores por táxis e o sistema de cobrança dos ônibus, que aumenta o tempo de parada dos veículos nos pontos.

"Com o modelo vigente, de pagamento da passagem dentro dos ônibus, se perde muito tempo no embarque e desembarque, o que só aumenta a fila de veículos", afirma Luiz Carlos Néspoli, superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos).

A morosidade atinge todos os corredores, mas é mais sentida no Santo Amaro, onde a velocidade caiu pela metade. O motivo nesse caso foram as obras da linha 5 do metrô, que começaram em setembro.

TEMPO
A baixa velocidade se reflete em insatisfação dos passageiros. O tempo de espera pelos ônibus recebeu nota 4 de 10 em levantamento divulgado pela Rede Nossa São Paulo em janeiro.
Foi a segunda pior avaliação desde a primeira edição da pesquisa, em 2009.

Prefeitura planeja 'metrorizar' transporte

DE SÃO PAULO
O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, diz que sua "prioridade número um" são os ônibus e que sua meta é elevar a velocidade média deles para 20 a 25 km/h.

A principal medida até agora foi reorganizar as áreas de ação da CET. Antes, elas abrangiam regiões da cidade. Agora, são organizadas a partir dos corredores viários.

"Cada área terá um gerente da CET e alguém da SPTrans [empresa que gerencia o transporte por ônibus], que vão trabalhar juntos para garantir a velocidade dos ônibus."

Outra grande mudança só virá com a nova licitação do transporte que vai reorganizar o sistema para eliminar linhas sobrepostas e aumentar ligações entre os terminais.

"A ideia é 'metrorizar' os corredores", diz. "Se a velocidade aumentar, passa a competir com o Metrô. Na hora que o usuário perceber que ganha dez minutos por dia, é natural que ele comece a migrar."

Para isso, o plano é construir 14 terminais urbanos, que devem ser entregues, por concessão, à iniciativa privada.

Outras promessas são novos modelos de corredores, com áreas para ultrapassagem e cobrança nas paradas, e a troca da rede de semáforos, que poderão ser programados para priorizar a fluidez do transporte coletivo.

A campanha petista prometeu a construção de 150 km de vias exclusivas. Tatto diz que pode superar a meta. "Depende de verba, mas estamos preparando para mais 120 km." 

Por André Monteiro
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