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Em Belo Horizonte, Especialistas elegem BRT como o melhor para desafogar o tráfego no Vetor Sul

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O metrô seria o ideal, mas o BRT deve largar na frente entre as alternativas de transporte coletivo analisadas pela BHTrans para desafogar o tráfego no Vetor Sul de Belo Horizonte, ligando o Centro à BR-356, no Bairro Belvedere. É o que apostam especialistas em trânsito ouvidos pelo Estado de Minas. Ainda que eles avaliem que uma linha de metrô absorveria maior demanda de passageiros, pois o sistema é projetado para transportar até 50 mil pessoas por hora, devido a outros fatores, como o custo de implantação e os impactos causados pelas obras, a saída deverá ser a criação de uma rota de bus rapid transit (BRT), com capacidade para 8 mil a 15 mil usuários por hora. Os técnicos ressaltam que, embora ainda não tenham saído do papel, rotas de BRT foram a alternativa encontrada pela BHTrans para suprir a carência do metrô em BH na Copa’2014.

Como publicado com exclusividade pelo EM na edição dessa segunda-feira, consultoria licitada pela BHTrans apontou 11 opções de rotas no Estudo de Desenvolvimento de Transporte do Eixo Sul. São três de metrô, três de BRT, três de veículo leve sobre trilhos (VLT), uma de veículo leve sobre pneus (VLP) e uma de monotrilho. Todas ligam o Centro à BR-356, no Belvedere, passando pela Savassi. Com extensão variando de oito a nove quilômetros, elas passam por importantes vias da cidade, como as avenidas Afonso Pena, João Pinheiro, Cristóvão Colombo, Uruguai e Nossa Senhora do Carmo, além das ruas Pernambuco e Alagoas. Até setembro, a BHTrans promete definir qual alternativa é mais viável, em pontuação baseada em multicritérios, com peso variando de 2 a 5.
Morador do Bairro Sion, na Região Centro-Sul, o engenheiro civil Renato Guimarães Ribeiro, mestre em engenharia de transportes, professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e ex-assessor da BHTrans, enfrenta engarrafamentos todos os dias na Avenida Nossa Senhora do Carmo. Com fluxo de 95 mil veículos diariamente, ela é a via mais sobrecarregada do Vetor Sul. “O metrô é a solução mais cara, mas nenhum outro sistema transporta tantos passageiros. Todos os dias surgem grandes prédios na região e a demanda de transporte coletivo também é crescente. Mas o BRT se mostra mais viável, por ser mais barato e porque nós já dominamos a tecnologia desse meio de transporte”, afirmou. Ele também defendeu o VLT. “Tem um design mais bonito e charmoso, se tornando mais atraente para a classe média alta dominante do Vetor Sul.”

SobrecargaO engenheiro civil Márcio Aguiar, mestre em transportes e professor da Faculdade de Engenharia e Arquitetura da Universidade Fumec, ressalta que, embora o custo de implantação do metrô seja mais caro, o meio de transporte não ficaria sobrecarregado futuramente, como os demais analisados para o Vetor Sul. “O BRT seria um sistema de maior flexibilidade na região, onde a topografia acidentada e a densidade populacional são obstáculos para um novo sistema de transporte. Ele chega tarde a BH, como paliativo para a Copa. Existe há mais de 30 anos em Curitiba, onde dá sinais de sobrecarga”, afirmou.

Para o engenheiro civil e urbanista Ronaldo Guimarães Gouvêa, especialista em planejamento de transportes urbanos e professor do Núcleo de Transportes da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “o BRT se torna muito interessante por aumentar a capacidade da rede rodoviária já existente, mas trafegando em canaleta própria, sem disputar o trânsito com outros veículos”. Porém, observa: “É um sistema intermediário e, mesmo o metrô sendo caro, ele jamais pode ser descartado. Já o monotrilho deve ser desconsiderado, pois causa um impacto muito grande”, disse.

Segundo estudo da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), um quilômetro de metrô custa de US$ 80 milhões (R$ 128 milhões) a US$ 100 milhões (R$ 160 milhões). O valor de mesmo trecho de VLT, VLP e monotrilho varia de US$ 20 milhões (R$ 32 milhões) a US$ 30 milhões (R$ 48 milhões), enquanto o custo de um quilômetro de BRT vai de US$ 15 milhões (R$ 24 milhões) a US$ 20 milhões (R$ 32 milhões). O presidente da BHTrans, Ramon Victor César, afirmou que não há recurso assegurado, nem previsão de quando o projeto que será definido pela empresa sairá do papel.

PROPOSTAS VIÁRIAS

Critérios para escolha do transporte mais viável para o Vetor Sul de BH e os pesos na avaliação

Tecnologia
Disponibilidade tecnológica: 3
Facilidade de manutenção: 3
Adequação à topografia: 5
Adequação ao sistema viário: 4
Capilaridade (distância mínima entre estações): 4
Grau de interferência no espaço viário: 4
Demanda de áreas adicionais vinculadas: 3
Vulnerabilidade (intempéries, vandalismo, acidentes): 4

Adequação urbanística Custos sociais (remoções de moradias, etc.): 3
Grau de interferência (remanejamento de redes de água e esgoto, etc.): 4
Impacto paisagístico: 4

Adequação ambiental Repercussões ambientais (ruídos e vibrações): 4

Desempenho Tempos de viagem: 3
Transferências: 2
Grau de convivência com outros serviços: 4
Grau de interferência no tráfego geral: 3

Econômico Custo de implantação: 3
Custo operacional: 2
Prazo para implantação: 3
Disponibilidade de financiamento: 2
Equilíbrio econômico (análise de viabilidade): 2

Informações do Estado de Minas

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Expansão do metrô do Recife custará R$ 300 mi

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O primeiro passo para a ampliação da malha viária do metrô do Recife foi dado ontem pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo. Ele autorizou a elaboração do projeto executivo, no valor de R$ 1 milhão, para a conclusão da duplicação da linha de VLT da estação de Cajueiro Seco à estação de Cabo de Santo Agostinho e a criação do Ramal de VLT a diesel para o Porto de Suape, em Ipojuca. As obras estão avaliadas em até R$ 300 milhões e têm prazo de conclusão de dois anos. A expectativa é que até o início de 2017 o projeto executivo esteja concluído.

Desde 2010, os técnicos da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) já apontavam a necessidade de realização dessas obras, que estavam previstas no PAC Mobilidade. Parte dos recursos no valor de R$ 62 milhões foi relocada. “Tivemos que atender de forma emergencial a Linha Centro, que estava sofrendo um grave processo de degradação e transporta um número maior de pessoas”, afirmou o superintendente da CBTU/Metrorec, Leonardo Villar.

O desafio maior, segundo o ministro das Cidades, é obter os recursos para as obras. “Nós vamos buscar parcerias com o governo do estado e Suape para viabilizar a obra o mais rápido possível. São recursos factíveis de serem captados”, garantiu Bruno Araújo.

O projeto executivo, já autorizado, pode ter o prazo encurtado. De acordo com Leonardo Villar existe a possibilidade de se aproveitar um projeto elaborado para o mesmo trecho pelo governo do estado há menos de três anos. “Recebi hoje (ontem) o projeto feito pela empresa ATP e nós iremos avaliar se ele poderá ser aproveitado ou se precisa de alguns ajustes, mas tenho esperança de aproveitá-lo para encurtamos esse prazo”, afirmou Leonardo Villar.

Um trecho de 10km da duplicação entre Cajueiro Seco e o Cabo já foi concluído. Os oito quilômetros restantes irão precisar de duas pontes por causa dos rios Jaboatão e Pirangi. Já o ramal de Suape, que sairá do trecho duplicado nas imediações da Cidade Garapu em direção a Suape, com 11km de extensão, terá duas estações integradas: uma na PE-28 e outra na Estação Massangana, dentro de Suape. “As estações integradas do ramal do VLT na PE-28 irão permitir também acesso às praias do Litoral Sul”, explicou Maurício Meirelles, coordenador operacional de planejamento da CBTU/Metrorec. 

Revisão
Um dos maiores problemas do Metrorec é de orçamento. A União subsidia mais de 80% da operação do sistema. Hoje 56% dos usuários do metrô não pagam a passagem porque entram no sistema pela integração. A partilha do pagamento foi definida desde o início da concepção do Sistema Estrutural Integrado (SEI).

“Nós estamos estudando uma forma de rever esse modelo de partilha que nós concordamos, mas a situação hoje é bem diferente”, revelou Leonardo Villar. Até o fim do ano, o Metrorec está com um orçamento de R$ 81 milhões. “Nós aumentamos o orçamento de 2016 e iremos ampliar em 2017”, afirmou o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Por enquando, o Metrorec não estuda a possibilidade de aumento da tarifa, que custa R$ 1,60, desde 2012. 

Informações: Diário de Pernambuco
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VLT Pernambucano entra em operação neste sábado

sexta-feira, 29 de junho de 2012


Mas uma solução para o transporte público de Pernamuco começará a operar  o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em carater experimental a partir deste sábado. Ele deverá substituir os trens antigos, que fazem o trajeto entre Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, e o Cabo de Santo Agostinho. Primeiramente, as viagens só acontecerão aos sábados, para a CBTU-Metrorec efetuar testes de tempo e para que os usuários se adaptem ao novo veículo. 

Fabricados no Ceará, os novos trens são mais rápidos - podem chegar a 80Km/hora – e mais confortáveis para os passageiros. O VLT é equipado com ar-condicionado, tem espaço para cadeirantes e assentos especiais para pessoas obesas. Cada trem possui três vagões e capacidade para transportar até 600 passageiros.

Veículos como este estão em operação no Sertão do Ceará desde 2009. O percurso de 13,5 quilômetros entre Juazeiro do Norte e Crato é feito em meia hora. São 40 viagens por dia.

Os sete trens vão custar R$ 70 milhões, e o valor total do projeto será de R$ 100 milhões. Nesse orçamento está incluída também a recuperação de toda a malha ferroviária. O dinheiro vem do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

De acordo com o gerente de Comunicação e Marketing da CBTU, Justiniano Carvalho, “Existe também um plano para estender o trem até Suape, que está sendo discutido com o Governo do Estado”, disse.

O valor da tarifa será a mesma do metrô que é de R$ 1,60 (hum real e sessenta centavos)

Blog Meu Transporte

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Projetos para trens de passageiros somam R$ 85 bi

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O visual futurista e imponente do trem-bala tem ofuscado um movimento que, com bem menos barulho, começa a ganhar força por todo o país. Depois de ter sido abandonado há mais de 40 anos, o transporte ferroviário de passageiros volta à cena, impulsionado, em boa parte, pelos projetos da Copa do Mundo de futebol de 2014 e da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.

Levantamento feito pelo Valor sobre as iniciativas em fase de estudo ou já em andamento no país em torno desse tipo de transporte, englobando desde linhas de metrô, trens regionais e interestaduais, até monotrilhos e os chamados "veículos leves sobre trilhos (VLTs), um tipo de bonde mais moderno, muito usado em várias cidades europeias, mostra que o setor vai movimentar R$ 85 bilhões nos próximos cinco anos. Os dados foram apurados com órgãos do governo, agências reguladoras e associações do setor.

Na semana passada, o Ministério dos Transportes reuniu em Brasília um grupo de empresários e representantes do setor para discutir o assunto. O governo já está em poder de uma lista de lista de obras prioritárias, que prevê a criação de 14 trens regionais (tráfego feito dentro de um único Estado), espalhados pelo país. Não se trata de trens com vocação turística. São percursos regulares, com saídas diárias. Essa relação - resultado de um pente-fino feito Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 64 trechos potenciais - é formada pela reativação de partes de estradas de ferro que não foram concedidas à iniciativa privada na década de 90 e que se encontram abandonadas.

Entre os projetos (ver arte ao lado) estão linhas como a de Campinas a Araraquara (São Paulo); Pelotas a Rio Grande (Rio Grande do Sul); Recife a Caruaru (Pernambuco); e Santa Cruz a Mangaratiba (Rio Janeiro). Juntas, essas linhas somam 1,3 mil quilômetros (km) de malha, o que não é pouca coisa. Hoje, se um passageiro quiser chegar a seu destino no país por meio de uma malha ferroviária regular, terá à disposição restritos 930 km de malha, extensão que já contabiliza todas as linhas de metrô e trens regionais em operação no país.

"Os trechos entre Bento Gonçalves a Caxias do Sul (RS) e de Londrina a Maringá (PR) já estão em fase avançada de estudos de viabilidade econômica", diz Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

A expectativa é que mais projetos sejam viabilizados ainda neste ano. Além dos trens regionais de passageiros, há uma lista de mais 15 projetos de VLTs no forno. O VLT é um equipamento com características de metrô, mas de média velocidade e com capacidade reduzida. Enquanto uma linha de metrô carrega, em média, 60 mil passageiros por hora/sentido, um VLT, normalmente formado por dois vagões, transporta cerca de 30 mil no mesmo período.

Hoje o único VLT em operação no país circula nos trilhos de Cariri, município próximo a Fortaleza. Os pedidos desses bondinhos já fechados em todo o país, no entanto, já chegam a 140 carros, um pacote que custará cerca de R$ 500 milhões. Há encomendas de Recife, Maceió, Sobral, Macaé, Arapiraca e Brasília.

Para os trajetos mais curtos, Estados e municípios têm apostado nos monotrilhos. De acordo com dados da Abifer, atualmente há 378 carros já encomendados para esses projetos, o que vai movimentar R$ 1,44 bilhão só em equipamentos.

Hoje usam diariamente o transporte ferroviário no país cerca de 7,7 milhões de passageiros. A capital paulista é, de longe, o maior mercado, cuja capacidade, como já é conhecido, está acima do limite a muito tempo. Somadas as malhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do metrô, circulam por São Paulo 6 milhões de passageiros por dia. Trata-se de uma das malhas de metrô mais densas do mundo. Basta destacar que os 70 km atuais do metrô de São Paulo carregam 3,7 milhões de pessoas por dia, enquanto o metrô de Londres, que tem 413 km de malha, transporta diariamente 3,5 milhões de passageiros.

No Rio de Janeiro, as linhas de ferro são usadas por aproximadamente 1,2 milhão de passageiros diariamente. Cerca de 130 mil trafegam por metrô em Brasília e as demais 370 mil em outras cidades do país.

Indutores da maior parte dos novos projetos, os jogos da Copa do Mundo e Olimpíada já colocaram na pauta do Paraná a construção de uma linha de metrô em Curitiba. Em São Paulo, a meta é que os 230 km atuais de malha - somando 160 km da CPTM - cheguem a 420 km até 2014.

No Orçamento da União previsto para a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), foram reservador R$ 9 bilhões para iniciativas associadas ao setor de passageiros. A retomada dos investimentos no setor já resultou, inclusive, na fundação de uma nova associação. Acaba de ser criada em Brasília a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos). Rodrigo Vilaça, atual diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), vai acumular o cargo de diretor-financeiro da instituição. O papel da associação, diz Vilaça, será o de levar à gestão pública federal e estadual a necessidade de dar espaço para a entrada da iniciativa privada. "Vamos atuar junto à CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) e aos metrôs estaduais para que dividam as operações por meio de concessão", comenta. "É a melhor alternativa para disseminar rapidamente o acesso das pessoas a esse transporte."

Fonte: Valor Econômico OnLine

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Novos modelos de Transporte público serão implantados no Recife e região metropolitana

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


É ilusão pensar que a trafegabilidade de uma cidade se resolve somente com a abertura ou alargamento de vias e construção de viadutos, túneis e pontes. Dentro do conceito atual de mobilidade urbana, o pedestre, o adepto dos transportes alternativos e, principalmente, o passageiro, têm que ser prioridade. Para tanto, as obras viárias que estão sendo executadas devem incluir pista de ciclismo, corredores exclusivo de ônibus e acessibilidade para o pedestre e também o deficiente físico. “Precisamos de economizadores do espaço urbano e não desperdiçadores, como é o caso do carro”, defende o engenheiro César Cavalcanti, chefe do Departamento de Arquitetura e Engenharia da UFPE.
Em outubro, começa a funcionar na RMR o primeiro dos sete Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs). O transporte se assemelha ao metrô do ponto de vista operacional, pois proporciona velocidade e conforto. Do aspecto financeiro, o custo de implantação é menor, pois não precisa investir em sistema de energia e na estrutura de estação. “Nessa questão, se parece com o ônibus, por possuir um motor a biodiesel. Ele tem a própria propulsão sem precisar montar um sistema elétrico”, explica o assessor da CBTU/Metrorec, Leonardo Beltrão, à frente do contrato do projeto. A RMR será a primeira a pôr na ativa o VLT entre as regiões metropolitanas do Brasil que receberão o trem a diesel.
O sistema ligará o Cabo de Santo Agostinho, pelo novo Terminal de Ônibus do Cabo, com a estação do metrô Cajueiro Seco, em Jaboatão. A tarifa será a mesma cobrada no metrô: R$ 1,70. “Integrado ao sistema de ônibus e do metrô, o passageiro pode sair do Cabo até Olinda e Paulista. Também pode ir para Jaboatão. Com um padrão de qualidade assegurado”, pontua Leonardo. Cada trem poderá transportar 600 pessoas por viagem. Quando os sete estiverem em atividade, em fevereiro de 2011, podem chegar a 80 mil passageiros/dia. Com contrapartida Federal e Estadual, o investimento é de R$ 59 milhões na compra dos veículos e R$ 62 milhões para estruturação do trecho de 18,4 quilômetros.
Paralelamente a isso, correm os projetos de BRT (Bus Rapid Transit) ou TRO (Trânsito Rápido de Ônibus) - corredor exclusivo de ônibus que reduz o tempo de embarque e desembarque de passageiros. O primeiro trecho é o Leste-Oeste, já existente entre a Praça do Derby e a avenida Caxangá, que será requalificado para implantar o chamado “ônibus do futuro” - concepção de estações-tubo, embarque em nível, pagamento antecipado e canaletas exclusivas, com capacidade para atender 180 mil passageiros/dia. O outro trecho é o Norte-Sul que ligará Igarassu a Jaboatão dos Guararapes, na Estação de Cajueiro Seco, onde está sendo construído um Terminal de Ônibus, integrado com o metrô e o VLT.
Serão 300 mil pessoas atendidas por dia. Em um corredor convencional de ônibus, a velocidade média do veículo é de oito quilômetros por hora, enquanto com o BRT fica em 30 quilômetros por hora. A avenida Norte também receberá um corredor de BRT ao longo dos oito quilômetros, que beneficiará 118 mil pessoas diariamente. Somente essas três intervenções correspondem a 33% da população que hoje utiliza transporte coletivo na RMR (1,8 milhão).
Os projetos aguardam o aval do governador Eduardo Campos para serem licitados. A expectativa do Grande Recife Consórcio de Transporte, que está à frente dos projetos, é que ao menos uma das obras de corredores seja licitada e iniciada ainda este ano. Somados, os três projetos representam um investimento de R$ 473 milhões (R$ 75 milhões para o Leste-Oeste; R$ 200 para o Norte-Sul; R$ 198 milhões para a avenida Norte).
“Primeiro, entra com o BRT, que executa a parte mais cara do projeto, justamente a desapropriação e construção da estrutura. Futuramente, depois de implantado, quando o sistema estiver já saturado, se implanta o VLT para aumentar a capacidade e a velocidade dos veículos, pois basta apenas implantar os trilhos e comprar os veículos”, adianta Leonardo Beltrão.





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Sobrecarga de metrôs e trens reduz capacidade de transporte de passageiros

terça-feira, 7 de abril de 2015

Em 2014, o setor metroferroviário brasileiro chegou próximo ao limite da sobrecarga de passageiros, ao ver desabar a evolução do número de pessoas transportadas. De 2010 a 2013, o número de passageiros aumentava cerca de 10% ao ano. De 2013 para 2014, a evolução foi de apenas 4,4%, ou seja, de 2,747 bilhões para 2,868 bilhões de cidadãos, informa a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos - www.anptrilhos.org.br), que representa 99,7% dos operadores públicos e privados de trens de passageiros e de metrôs do Brasil.

A entidade divulgou ontem (6), em Brasília, o "Balanço do Setor Metroferroviário 2014/2015". O estudo mostra que a expansão da rede metroferroviária segue em ritmo lento, tanto que apenas 30km de novas linhas férreas para passageiros foram construídas em 2014, um crescimento de apenas 3% em quilometragem de novos trilhos. (leia mais adiante).

"A sobrecarga dos sistemas metroferroviários, que observamos, tem sido indicada por nossa Associação nos últimos anos: o Brasil precisa aperfeiçoar suas políticas voltadas tanto à expansão quanto à modernização deste transporte público – e com urgência. Afinal, os sistemas sobre trilhos transportam 9,8 milhões de passageiros diariamente", afirma Roberta Marchesi, Superintendente da ANPTrilhos.

Agenda de projetos e propostas
Segundo a executiva, a ANPTrilhos finaliza documento setorial com diversas propostas e análises técnicas, que tem por objetivo embasar futuras políticas públicas. "Esta agenda de projetos e propostas será entregue aos poderes Executivo e Legislativo, agora em abril, como forma de contribuição dos operadores metroferroviários às autoridades responsáveis pela formulação das políticas públicas de transporte", diz a Superintendente.

"Embora devamos reconhecer os esforços dos governos em direcionar recursos financeiros para a expansão dos sistemas sobre trilhos, infelizmente, não é suficiente; é preciso mudar a legislação, desenvolver projetos consistentes, sustentáveis, que levem em conta na fase de planejamento a expectativa de crescimento do país décadas à frente, bem como estabeleçam a garantia do equilíbrio econômico-financeiro para que os operadores públicos e privados possam investir na melhoria contínua da qualidade da prestação dos serviços aos cidadãos", acrescenta Marchesi.

"O balanço que divulgamos hoje demonstra que, embora o transporte de passageiros sobre trilhos seja um serviço de utilidade pública, não recebe tratamento preferencial nas políticas públicas. Nossa agenda de projetos e propostas pretende sensibilizar os governantes a mudar este quadro", afirma.

Olimpíadas 2016
A ANPTrilhos apresentou também avaliação sobre o andamento das obras para a expansão metroferroviária na cidade do Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas de 2016. "Os projetos estão seguindo o cronograma previsto e, a continuar no atual ritmo, serão concluídos a tempo dos Jogos", diz Roberta Marchesi. Ela exemplificou que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Rio de Janeiro deverá entrar em testes até o final deste ano.

Aumento de custos pressiona operação metroferroviária
A executiva da ANPTrilhos também destacou os impactos da tarifa de energia elétrica e da política de desoneração da folha de pagamento no custo do transporte. "São dois impactos significantes sobre os custos da operação metroferroviária, o que desequilibra sensivelmente o balanço entre despesas e receitas. Os operadores precisam ter fôlego financeiro para investir em manutenção e modernização dos sistemas sobre trilhos, que já estão sobrecarregados, como mostra o balanço anual do setor", afirma a Superintendente da ANPTrilhos.

Desde que o Brasil adotou a política de bandeiras tarifárias, a conta da eletricidade tem sido salgada para todos os operadores do transporte de passageiros sobre trilhos. A ANPTrilhos fez as contas e verificou que, somente com o sistema de bandeiras, o custo com energia saltou cerca de R$ 21,5 milhões.

"Os operadores metroferroviários passaram a ter que arcar com aumento real de 95% na conta de energia elétrica nos últimos cinco meses sem a correspondente compensação de receitas. É algo extremamente preocupante", diz Marchesi. Este impacto poderá ter que ser compensado com aumento de tarifas. "É preciso equacionar esse desequilíbrio urgentemente", acrescenta.

Se a intenção do governo em alterar a atual Política de Desoneração da Folha de Pagamentos virar realidade, o custo com mão de obra no setor metroferroviário aumentará cerca de R$ 75 milhões, apenas considerando os quatro maiores operadores desse transporte público, que operam nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Este impacto poderá afetar as contratações do setor, o que significa o fechamento de postos de trabalho.

A Associação defendeu a adoção de políticas públicas específicas para o setor metroferroviário, que busquem lidar com esses impactos para a garantia da qualidade na prestação dos serviços e da modicidade tarifária para os usuários.

A seguir, as principais constatações do Balanço do Setor Metroferroviário:

Passageiros:

- De 2010 a 2014, o número de usuários do setor de transporte de passageiros sobre trilhos cresceu a uma taxa média de 10% ao ano;

- Em 2014, foram 2,9 bilhões de usuários atendidos pelo sistema, representando uma evolução de 4,4% em relação a 2013;

- A previsão para 2015 é que os sistemas sobre trilhos transportem 3 bilhões de pessoas;

- Ao considerar o total de pessoas transportadas diariamente, ao longo de 2014, a ANPTrilhos observa aumento de 3%, em comparação a 2013. Atualmente, a rede metroferroviária recebe, por dia, 9,8 milhões de passageiros.


Rede metroferroviária

- A rede metroferroviária brasileira continua registrando um crescimento pouco significativo: apenas 3% em 2014.

- Em 2014 apenas três outros sistemas entraram em operação não comercial – o Monotrilho linha 15/SP, o Metrô Bahia/BA e o VLT de Sobral/CE – que, juntos, somam 22,9 km em extensão e movimentaram 2,6 milhões de passageiros;

- Com os novos sistemas, o setor fechou o ano de 2014 com 22 novas estações, sendo: duas no Monotrilho de São Paulo; cinco no Metrô Bahia; 12 no VLT de Sobral; uma na Via 4; uma no Metrô SP; e uma no Metrô Rio;

- No total, o sistema de transporte de passageiros sobre trilhos conta com 1002,5 km de extensão, divididos em 40 linhas, 521 estações e uma frota de 4.300 carros (terminologia técnica para os trens);


Sustentabilidade

- O consumo de energia elétrica das operadoras de transporte público de passageiros sobre trilhos em 2014 foi de 1.800 GWh. Isso representa cerca de 0,4% do consumo total energético do país;

- Os modernos trens contam com motores de corrente alternada. A tecnologia consome entre 25% a 30% a menos de energia do que os trens mais antigos. No entanto, o Brasil ainda tem em operação trens muito antigos, que consomem muita energia elétrica;

- Considerando os padrões dos diversos meios de transporte no mundo, os sistemas sobre trilhos chegam a emitir cerca de 60% menos gases de efeito estufa (GEE) do que os automóveis e 40% menos do que os ônibus;

- Mesmo com a significativa contribuição do transporte sobre trilhos para a qualidade ambiental e para a sustentabilidade das cidades, a participação desse tipo de sistema representa apenas 3,8% da matriz de transporte urbano;

- Além da redução do impacto ambiental, a implantação dos sistemas sobre trilhos se destaca também pela alta capacidade de transporte. Uma única linha implantada de metrô, por exemplo, é capaz de transportar cerca de 60 mil passageiros por hora/sentido;

- Os sistemas sobre trilhos necessitam de 20 vezes menos espaço urbano do que outros modos de mobilidade, o que se traduz em qualidade de vida nas cidades, em especial nas de médio e grande porte;

- O sistema metroferroviário de passageiros no Brasil é responsável pela retirada das ruas de mais de 1,1 milhão de carros e mais de 16.000 ônibus, por dia, onde há sistemas sobre trilhos implantados;

- Os benefícios promovidos pelo sistema sobre trilhos, se monetizados, teriam gerado em 2014 um ganho da ordem de R$ 20 bilhões à sociedade.


Empregos

- O setor metroferroviário continua ampliando a sua força de trabalho e em 2014 a geração de empregos subiu mais 8%, o que representa um aumento de 2.780

contratações. Em 2012 eram 32,3 mil empregados nos sistemas metroferroviários; em 2013, 33,4 mil. E, em 2014, o número saltou 6,3%, ou seja, passou para 35,5 mil funcionários;

- Considerando as expansões e os novos sistemas que estão sendo implantados, as previsões para os próximos cinco anos são muito positivas. Estima-se que, até o final de 2019, o setor praticamente dobre o seu quadro atual, chegando a 60 mil empregados.


Olimpíadas 2016

- Cinco projetos metroferroviários no Rio de Janeiro já estão em dia com os respectivos cronogramas:

Renovação de 4 linhas da SuperVia;

Ampliação e modernização da Linha 1 do Metrô (concluído);

Implantação da Linha 4;

Modernização da Linha 2 do Metrô (concluído);

Porto Maravilha - 6 linhas de VLT.


Projetos – Cenário 2020

- São 20 projetos, já contratados ou em execução, que permitirão ao Brasil dar um grande passo para ampliar sua rede metroferroviária até 2020. São 336 km em execução, que incluem metrôs, trens urbanos, VLT, monotrilho e trens regionais;

- Além dos projetos que estão contratados ou em execução no Brasil e que já são uma realidade, o país tem uma carteira com mais de 18 projetos de sistemas sobre trilhos.

São mais de 1.300 km em linhas que, se efetivados, poderão duplicar a atual malha brasileira.


Política de Desoneração da Folha de Pagamento

- Somente os quatro maiores operadores do setor metroferroviário nacional calculam, só para 2015, um acréscimo de custo da ordem de R$ 75 milhões, valor que seria destinado a manter as contratações feitas em 2014, aumentar os postos de trabalho e ampliar o programa de capacitação de mão de obra;

- Último a ser inserido na política de desoneração, o setor metroferroviário recebeu efetivamente o benefício apenas em 2014. Com a garantia da manutenção dessa política, os operadores mantiveram o ritmo das contratações tanto que, no ano passado, os postos de trabalho aumentaram 8%;

- Diante do aperto fiscal, os operadores do setor avaliam a sua permanência na política de desoneração ou o retorno ao antigo sistema, que prevê o recolhimento de 20% sobre a folha de salários;

- A ANPTrilhos se mobiliza para obter o mesmo enquadramento de outros segmentos do setor de transportes, que também estão inseridos na Política de Desoneração da Folha e, atualmente, contribuem com uma contrapartida de 1% sobre a receita bruta. Nesse caso, mesmo com o reajuste na política de desoneração, o que faria com que o setor passasse a recolher 2,5%, ao invés dos atuais 2%, o impacto do aumento seria menor, garantindo a permanência de grande parte dos operadores nessa política, mantendo seus efeitos benéficos a todo ao segmento metroferroviário de passageiros.


Custo energético

- Além dos reajustes promovidos anualmente pela Aneel, as operadoras metroferroviárias foram surpreendidas por várias outras medidas que impactam de forma direta o custo da operação: os reajustes extraordinários promovidos pela Aneel, o início do sistema de bandeiras tarifárias e a cobrança individualizada das contas de energia;

- Considerando todas as altas desde outubro de 2014, existe um aumento real de 95% na conta de energia. Juntas, as despesas com energia e folha de pagamentos representam 70% das contas dessas empresas.

Informações: ANPTrilhos

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Recife: O carro pode e deve ser parceiro na integração com o transporte público

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Atrair o carro para a conexão intermodal, mais que uma tendência mundial, é uma necessidade. Com uma frota de mais de 600 mil veículos, a capital pernambucana é a terceira metrópole do país com maior tempo de deslocamento casa/trabalho (só perde para São Paulo e Rio de Janeiro). Para diminuir a circulação de veículos motorizados nas zonas mais adensadas das cidades, uma das alternativas é apostar nos estacionamentos periféricos, onde o carro poderá se integrar ao metrô e aos corredores de ônibus.
Uma ideia que o Recife já experimentou na década de 1980, mas que não foi levada adiante. Em Belo Horizonte, o modelo Park & Ride faz parte da estratégia de planejamento urbano para melhorar a mobilidade no município. No caso do Recife, a Secretaria de Mobilidade estuda a instalação de estacionamentos em pontos estratégicos da cidade, mas ainda sem uma logística de integração do carro com o transporte público.

Os 25 terminais de integração do Sistema Estrutural Integrado (SEI) da Região Metropolitana do Recife não oferecem estacionamento para veículos, mas terão bicicletários. “Quanto maior for a intermodalidade, melhor será a qualidade dos deslocamentos”, ressaltou o engenheiro e coordenador regional da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), César Cavalcanti.

A integração do carro, segundo o especialista, é um nicho ainda pouco explorado. “Muita gente usa o carro apenas para trabalhar. Se houvesse a possibilidade de haver essa integração, as chances de atrair o usuário do carro para o transporte público seriam maiores”.

Na década de 1980, no governo de Gustavo Krause, uma experiência que nasceu a partir de um projeto do extinto Geipot inspirava esse tipo de integração. Um deles funcionou no estacionamento Joana Bezerra. Para evitar a ida do carro ao centro, os motoristas deixavam o carro no estacionamento e seguiam em um ônibus de luxo e gratuito para o centro. Outro ponto funcionou na Agamenon Magalhães perto do Torreão.

Segundo o engenheiro e especialista em mobilidade, Maurício Pina, houve, na época, uma forte reação da classe média. “As pessoas queriam ir de carro para o Centro e o governo acabou cedendo às pressões. Havia também uma insatisfação quanto à qualidade dos estacionamentos”, lembrou Pina.

Fazer a integração do carro com o ônibus não seria problema para a bancária Ester Pires, 47 anos. Ela mora em Olinda e trabalha no Centro do Recife, onde tem dificuldades para encontrar vaga para estacionar. “Além de perder muito tempo no trânsito, o custo do estacionamento aqui é alto. Quando não encontro vaga na rua, a diária do estacionamento é de R$ 20. Se tivesse como deixar o carro no Tacaruna e intergrar com uma linha para o centro seria melhor”.

Para o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, os estacionamentos periféricos podem ser estudados. Segundo ele, o projeto dos edifícios-garagem foi suspenso para ser reavaliado. “Essa integração é muito importante. O Recife, de uma certa forma, já teve à frente do seu tempo quando implantou estacionamentos periféricos.Essa iniciativa, hoje, certamente teria tido um olhar mais cuidadoso para funcionar adequadamente”, revelou.

Ainda segundo ele, está sendo feito um levantamento de locais com potencial para esse tipo de investimento. “A ideia dos estacionamentos integrados é uma forma de reduzir os congestionamentos. Vamos precisar de estudos para identificar locais que ofereçam potencial para o investimento”, ponderou.

Soluções usadas em eventos

Criar bolsões de estacionamento aproveitando potenciais existentes para incentivar a integração do carro ao transporte público é uma ideia que, na prática, a cidade já adota em eventos de grande porte, a exemplo do Expresso Folia, no Carnaval, mas isso nunca foi pensado para o dia a dia da cidade.

“A gente pensa em criar bolsões de estacionamento em vários pontos com apoio da iniciativa privada. Há alguns investimentos particulares que vão dispor de estacionamento próprio e poderão servir para esse tipo de integração”, afirmou o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga.

Para ele, a integração poderá ser feita com ônibus circulares ou com o VLT (Veículo Leve sobre Trilho), um projeto da Prefeitura do Recife que ainda aguarda liberação de recursos do governo federal.

Assim como o Carnaval conta com estacionamentos periféricos para integrar o carro ao transporte público, a Copa do Mundo também vai proporcionar a criação de bolsões para quem quiser deixar o carro e seguir de ônibus ou metrô.

A Secretaria da Copa pretende repetir o modelo inaugurado na Copa das Confederações, onde foram instalados bolsões no Shopping Recife e na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e já fez um levantamento de outros pontos com potencial para servir de estacionamento. Entre eles, o Parque de Exposição do Cordeiro, a Ceasa e o estacionamento da Justiça Federal, na BR-101.

Por Tânia Passos
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PAC 2 conclui obras de mobilidade urbana em diferentes regiões

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O 9º Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento mostra que o governo federal tem atuado em todas as regiões brasileiras para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Nos três anos da segunda fase do programa, o PAC 2 concluiu seis obras de mobilidade urbana como a dos trens urbanos de São Leopoldo a Novo Hamburgo (RS) e o de Calçada a Paripe, em Salvador (BA), o aeromóvel em Porto Alegre (RS) e o Boulevard Arrudas, em Belo Horizonte (MG).

Na região Norte, a cidade de Belém (PA) conta com uma obra em execução e outra em fase de licitação para o Sistema BRT (Bus Rapid Transit), um modelo de transporte coletivo que trafega em canaletas específicas e utiliza estações adaptadas para o acesso ágil dos passageiros ao veículo, como sistema de pré-pagamento de tarifa e plataforma na mesma altura da porta do transporte. 
Macapá (AP) e Rio Branco (AC) estão com ações preparatórias para receberam corredores do ônibus. Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR), além das preparações para os corredores, também possuem projetos para a construção de terminais. Já Manaus (AM) tem em curso a estruturação de cinco corredores de ônibus, uma licitação em andamento para a implantação do BRT e ações preparatórias para o monotrilho.

Entre as cidades beneficiadas do Nordeste está Recife. A capital pernambucana recebeu 15 Trens Unidades Elétricas (TUEs) para o metrô local, além de ter também em execução as obras de duas linhas de metrô, três BRTs, dois corredores, um terminal de integração e corredor fluvial. O governo estuda ainda projetos para a construção de dois Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) para a cidade.

Em Fortaleza (CE), o governo concluiu a linha oeste do trem urbano da capital, que possui também obras em execução de VLT , dois metrôs, quatro BRTs e duas outras estações.

No Sul, Porto Alegre tem a primeira linha da tecnologia aeromóvel em operação comercial no Brasil. O projeto, que usa tecnologia 100% nacional, interligará a estação Aeroporto do metrô ao Terminal 1 do Aeroporto Internacional Salgado Filho. São veículos suspensos, movidos a ar, que permitirão integração e acesso rápido e direto dos usuários ao terminal aeroportuário. Canoas (RS) também está com ações preparatórias para receber a novidade.

Entre outros investimentos do governo na região, estão as execuções de obras de dois BRTs, sistema de monitoramento e terminais em Curitiba, e ações preparatórias em Caxias do Sul, Joinville, Blumenau, Maringá e Foz do Iguaçu para que as regiões recebam corredores de ônibus. Florianópolis também conta com projetos de teleféricos.

No Centro-Oeste, a capital do País, Brasília, está com obras na reta final de BRT e mais corredores exclusivos para ônibus. Cuiabá (MT), por sua vez, também irá receber o VLT e os corredores de ônibus. Aparecida de Goiânia (GO), Anápolis (GO) e Campo Grande (MS) estão com ações preparatórias para começarem as obras dos corredores.

Por fim, na região Sudeste, Belo Horizonte (MG) inaugurou em 2013 a Via Boulevard Arrudas, que consiste na readequação da avenida dos Andradas, canalizando o ribeirão que batiza a via em seu trecho central. 

Nesses três últimos anos, cerca de 30 municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais receberam projetos e alguns já estão em ação preparatória para a construção de corredores exclusivos para ônibus. Santos, São Vicente (SP) e Rio de Janeiro (RJ) estão com obras já em execução de VLT.  A capital paulista também está em processo preparatório para receber as obras de ampliação da rede metroviária, a criação de seis corredores, além da aquisição de dois novos trens urbanos e a modernização de 20 estações.

Pacto da Mobilidade

Lançado em 2013, o Pacto da Mobilidade disponibiliza R$ 50 bilhões para ações de mobilidade em grandes centros urbanos e em parceria com estados e municípios.

Até 14 de fevereiro de 2014, os recursos anunciados somam R$ 31,9 bilhões para Rio de Janeiro, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São Paulo, Guarulhos, Osasco, do Grande ABC Paulista, Campinas, Porto Alegre, Salvador, Curitiba, Fortaleza, Recife e Belo Horizonte e Manaus.

Esses empreendimentos somam-se aos demais investimentos feitos pelo governo federal destinados à construção de metrôs, monotrilhos, aeromóveis, trens urbanos, VLTs, BRTs, corredores de ônibus e teleféricos nas principais capitais, grandes e médias cidades brasileiras.

São mais de 3,5 mil quilômetros em obras de transporte coletivo sendo viabilizadas em todo o País e que vão contribuir para tornar o transporte coletivo mais confortável, rápido, seguro e com preço justo.

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Há 500 dias para a Copa 2014, Obras de mobilidade urbana estão atrasadas, destaques negativos para Natal, Manaus, Salvador e Brasília

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Confirmado como país-sede da Copa do Mundo 2014 há exatos 1.918 dias - ou 63 meses -, o Brasil concluiu apenas doze projetos ligados à competição. Agora, a 500 dias do jogo de abertura, que será realizado no dia 12 de junho de 2014, o país ainda precisa executar 83 obras - catorze nem começaram e 69 estão em andamento. No total, são 101 projetos relativos à mobilidade urbana, aos estádios e aos aeroportos. Seis foram excluídos da Matriz de Responsabilidades.

Os projetos de mobilidade urbana estão no topo da lista dos atrasados. Dos 58 projetos, apenas um foi concluído: um viaduto no entorno da Arena Pernambuco. Oito ainda não saíram do papel e 44 estão em andamento. O destaque positivo é Belo Horizonte e Recife, que iniciaram todas as obras previstas para a Copa. Na outra ponta, estão Brasília, Manaus, Natal e São Paulo, que tiveram projetos excluídos da Matriz, com conclusão adiada para depois do Mundial.
Nos aeroportos da Copa - treze no total -, serão 30 obras até o Mundial. Nove já foram entregues, incluindo quatro MOPs (Módulos Operacionais Provisórios). Em Brasília, a Infraero também finalizou a reforma no corpo central do aeroporto. Em Curitiba, foram concluídos os trabalhos na pista de pouso e decolagem. Em Cumbica, a estatal entregou a ampliação do sistema de pistas, além da implantação do terminal de passageiros 4 e a terraplanagem do Terminal de Passageiros 3. 

A Infraero dá andamento a mais onze obras, enquanto a iniciativa privada está à frente de quatro empreendimentos. Das sete obras não iniciadas, uma ainda está na fase de projetos: a reforma e ampliação do terminal de passageiros do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. A cidade também teve uma intervenção excluída, a ampliação da pista de pouso e decolagem. Quatro aeroportos estão com o processo licitatório praticamente finalizado: são duas obras em Confins (Belo Horizonte), além de um projeto em Curitiba, Recife e Salvador cada.

Mobilidade (58 projetos/obras)

Belo Horizonte (8)
A capital mineira ocupa a liderança no andamento das obras de mobilidade. No total, são oito projetos, todos iniciados. O BRT Cristiano Machado  está 52% executado e deve ser entregue, segundo a Matriz de Responsabilidades, em junho deste ano.
BRT Cristiano Machado
Brasília (2)
O VLT Aeroporto/Asa Sul  foi excluído da Matriz de Responsabilidades e ficará pronto após a Copa do Mundo. A ampliação da via de acesso ao aeroporto JK teve o início dos trabalhos adiado. A conclusão deve ocorrer em dezembro deste ano.

Cuiabá (3)
Após alguns entraves, o VLT Cuiabá/Várzea Grande começou a ser executado. Com 6% de conclusão em novembro do ano passado, o projeto deve ser finalizado em maio de 2014, às vésperas do Mundial. A capital do Mato Grosso ainda tem mais duas obras de mobilidade previstas.

Curitiba (8)
A cidade tem oito obras previstas até maio de 2014. Duas ainda não começaram. O BRT Extensão da Linha Verde Sul tem 6% de conclusão. A previsão era que 88% dos trabalhos estivessem executados até o final de 2012.
BRT Extensão da Linha Verde Sul
Fortaleza (6)
Com seis projetos de mobilidade, a capital cearense iniciou todos os trabalhos. A obra mais avançada é do BRT Avenida Alberto Craveiro, que atingiu 21% de conclusão em novembro de 2012.

Manaus (2)
Assim como Brasília, Manaus também teve seu principal projeto excluído da lista da Copa. O Monotrilho Norte/Centro será entregue após a competição. O mesmo ocorrerá com o BRT Eixo Leste/Centro.

Natal (4)
A capital potiguar também teve um projeto excluído da Matriz: a reestruturação da avenida Engenheiro Roberto Freire. Outras duas obras ainda não começaram. A única intervenção em andamento é o corredor estruturante, com 3% de execução e entrega prevista para maio de 2014.

Porto Alegre (11)
Sede com o maior número de projetos de mobilidade, 11, Porto Alegre ainda precisa dar início a duas obras: o prolongamento da avenida Severo Dullius e as vias de acesso ao estádio Beira-Rio. O BRT Bento Gonçalves, iniciado em março de 2012, está com 8% de conclusão.

Recife (7)
Ao lado de Belo Horizonte, a cidade também iniciou todos as obras de mobilidade. Um deles, no entorno da Arena Pernambuco, já foi entregue. Já o BRT Norte/Sul, quase 30% executado, será finalizado até setembro de 2013.
BRT Norte/Sul
Rio de Janeiro (3)
Além das obras do BRT Transcarioca, com o primeiro lote 53% executado, o Rio ainda terá duas intervenções no entorno do Maracanã. Elas serão finalizadas até maio de 2014. Já o BRT deve estar pronto no final deste ano.
BRT Transoeste já está em operação
Salvador (2)
A cidade tem apenas dois projetos de mobilidade, ambos ligados à área de entorno da Fonte Nova.

São Paulo (2)
A capital paulista completa a lista de projetos excluídos da Matriz. O Monotrilho Linha-17 Ouro  também será concluído após a Copa. São Paulo terá apenas uma obra de mobilidade até o torneio: as intervenções viárias ao lado da Arena Corinthians. Os trabalhos devem ser concluídos até abril de 2014.

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