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Cariocas se queixam da lotação nos ônibus do BRT Transoeste

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O BRT Transcarioca completou dois meses de funcionamento e a Transoeste transporta passageiros há mais dois anos. Os ônibus articulados que rodam em faixas exclusivas foram uma saída da Prefeitura do Rio para melhorar os congestionamentos na cidade, mas os passageiros reclamam da qualidade do serviço. Juntos, o sistema Transoeste e a Transcarioca têm 95 quilômetros.

“Eu quero que eles botem mais ônibus, saindo um atrás do outro, porque a gente fica aqui em pé o tempo todo esperando um ônibus”, disse uma passageira.
“O problema é esse ai, ne? A lotação, entendeu? Eu não tenho nem como me mexer”, contou uma senhora.

“A gente vai igual uma lata de sardinha. Tem dia que se você tirar o pé , não coloca de novo”, reclamou outra passageira, que se espremia no ônibus do BRT.
A Transoeste liga Campo Grande, Santa Cruz, na Zona Oeste, ao Terminal Alvorada e a Transcarioca segue e direção ao Aeroporto Tom Jobim, na Ilha do Governador - 213 ônibus do BRT circulam pela cidade diariamente.

Oito novos ônibus com capacidade para 200 passageiros entraram em circulação no início de agosto. Mas até o final do mês, dois veículos de 28 metros com capacidade para 270 pessoas entrarão em teste.
“Essa frota maior está vindo com carros maiores. Com isso nós conseguimos junto com a velocidade que o sistema já tem, ofertar mais lugares com carros de maior capacidade, dando ao passageiro mais conforto nos momentos de pico”, afirmou o gerente do sistema BRT Alexandre Castro.

Os novos veículos vão circular nos dois corredores. Na Transoeste, em dois anos de operação, foram transportados mais de 60 milhões de passageiros. A Transcarioca ainda está em fase de implantação; em dois meses, quase 1,5 milhão de passageiros usaram o corredor expresso. Das 47 estações previstas, 19 ainda não funcionam.

Até 2016, com a inauguração da Transolímpica, serão três linhas e 620 viagens por dia. O edital para a construção da Transbrasil, que vai complementar o sistema, ainda não foi lançado.

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Eleições no Rio: Propostas de transportes de candidatos está longe da realidade

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


RIO - A estudante universitária Julianne Carvalho, de 22 anos, e o operador de telemarketing Luiz Gustavo Braga, de 27, não se conhecem, mas dividem o mesmo drama todas as manhãs: trens superlotados e ônibus parados em congestionamentos. Hoje, o Rio tem 2,5 milhões de usuários diários de ônibus, 390 mil de trens, 645 mil de metrô e um milhão nas vans. Para os motoristas de carro, a situação não é melhor. A frota atual, segundo o Detran, é de 2,57 milhões de veículos, sendo 1,9 milhão de automóveis. Estudo feito pela Coppe/UFRJ estima que, se o aumento de veículos continuar na mesma medida, a cidade poderá ter um carro para cada duas pessoas em 2020.

Nesse horizonte, os principais candidatos à prefeitura do Rio discutem como melhorar o transporte público levantando, entre suas propostas, a antiga bandeira da integração entre os transportes de massa. Todos, porém, estão longe de uma solução para a mobilidade urbana. Essa é, pelo menos, a opinião de especialistas ouvidos pelo GLOBO.

- As propostas são um pouco desconectadas porque o objetivo é satisfazer os diversos segmentos com potencial de voto. Então, não há uma coerência de um planejamento integrado - criticou o professor de Engenharia de Transporte da PUC-Rio José Eugênio Leal.
José Guerra, pesquisador de Engenharia de Transportes da Uerj, concorda e ressalta que as ideias apresentadas precisavam ser organizadas em uma rede de transporte. Para ele, as propostas ainda não se encaixam.

- A próxima prefeitura deveria propor uma lei para uma rede integrada estrutural básica, fazer isso ser aprovado na Câmara Municipal e definir cada segmento. Definir onde deverá ter metrô, trem, ônibus de alta ou média capacidade, ônibus de baixa ou média capacidade - explicou Guerra.

Sistema atual não é otimizado
Paulo Cezar Ribeiro, pesquisador da Coppe que fez o estudo já citado sobre aumento da frota, também critica as imprecisões dos candidatos:
- Bato nessa tecla há mais de dez anos: é preciso reorganizar as linhas de ônibus. O sistema não foi otimizado para ser integrado. Essa integração não existe, fala-se nisso há décadas, e ninguém mexe (nisso)- afirmou Ribeiro, para quem os ônibus são o ponto de partida para organizar o sistema como um todo.

A opinião de quem utiliza trem, metrô e ônibus não é diferente. Luiz Gustavo Braga, de 27 anos, mora em Guaratiba e sente na pele a dificuldade de chegar ao trabalho no Centro.
- O BRT é interessante, mas muito cheio, e eu demoro mais tempo para vir até o Centro de ônibus. Então prefiro ir de trem. Só que a infraestrutura é ruim. Semana passada teve um princípio de incêndio em uma composição - opinou Braga.
Julianne Carvalho, de 22 anos, estuda Medicina no Centro e precisa de mais de duas horas para chegar à faculdade.
- Eu pego um ônibus e o trem parador, se eu pegasse o direto, eu chegaria mais cedo, mas é muito cheio - contou Julianne, que elogiou a criação do Bilhete Único, mas ressaltou que o tempo de validade (duas horas) é um prazo curto.

Há mais de 20 anos as propostas para a área de transporte são bastante semelhantes: integração e reorganização das linhas de ônibus, investimentos no metrô e até a construção de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A última administração da prefeitura inaugurou o corredor Transoeste (Barra da Tijuca-Santa Cruz) e criou 27km de faixas exclusivas para circulação de ônibus e táxis da Tijuca à Zona Sul, o que teria eliminado 30% das linhas de ônibus entre Copacabana e Leblon e 15% no Centro.

E é com essa orientação que o atual prefeito e candidato à reeleição pelo PMDB, Eduardo Paes, pretende continuar. O objetivo é concluir a construção dos três corredores de ônibus Transcarioca (Barra da Tijuca-Galeão), Transolímpica (Deodoro-Barra) e Transbrasil (Deodoro-Centro). Outro objetivo é a inclusão do metrô, das barcas e das vans no Bilhete Único, que atualmente integra apenas os ônibus e os trens. Segundo a prefeitura, o metrô não suportaria, neste momento, o aumento da demanda se fosse integrado ao bilhete.
- Não há espaço para tanto carro. Não vou investir em obra viária. À medida que você cria transporte de qualidade, você racionaliza o sistema, e as vans vão funcionar como alimentadoras - observou Paes, que não pretende aumentar o horário do bilhete, diferente de seus adversários.

Já o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, quer fazer uma revisão da licitação dos ônibus, feita pela atual administração em 2010 e alvo de crítica do Tribunal de Contas do Município (TCM), por indícios de formação de cartel.
- Rever a licitação, com uma auditoria, é a primeira medida. Se constatar o problema, vamos refazê-la. A nova licitação tem que garantir que empresas de outras cidades possam participar, não só as mesmas - apontou Freixo.

Rodrigo Maia (DEM) diz que, se eleito, a política que norteará o setor de transportes é a do investimento no metrô e nos trens, no lugar da construção da Transbrasil.
- Uma das principais propostas é não deixar que um sistema de massa já ativo venha competir com um terceiro para os ônibus - diz Maia, sobre o BRT da Transbrasil. - Eles são paralelos, vão competir um com o outro. O que vai acontecer? O ônibus não vai ter capacidade de levar o número necessário de pessoas, e os outros modais de massa vão deixar de investir porque vão perder competitividade e é muito mais interessante que parte desse dinheiro, não todo, esteja investido em trens e metrô nesses ramais da Avenida Brasil.

Em seu primeiro mandato na prefeitura, Cesar Maia fez uma proposta semelhante à do filho e até obteve autorização da Câmara Municipal para o repasse de R$ 60 milhões. O dinheiro, no entanto, nunca chegou ao estado, responsável pela expansão.
O candidato Otavio Leite (PSDB) pretende começar o mandato evitando a polêmica derrubada do Elevado da Perimetral, na Zona Portuária.
- Queremos repactuar o projeto do Porto Maravilha, decretar a permanência do Elevado da Perimetral e fazer um concurso público paisagístico para que ele se incorpore ao projeto.
Na análise dos especialistas, tanto a derrubada quanto a proposta do candidato ainda precisam ser aprofundadas, especialmente por causa do impacto no transporte público.

Eduardo Paes:
Veículo leve sobre trilhos (VLT): Queremos implantar no Centro da cidade o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), integrado ao metrô, aos trens e às barcas.
Paulo cezar ribeiro (coppe): O VLT é um projeto antigo para a cidade, desenvolvido pelo
IPP, que traria benefícios à circulação no Centro da cidade, desde que haja uma reorganização das linhas de ônibus na área de influência desse sistema.

Marcelo Freixo:
Bondinho: Iniciar tratativas com o governo do estado para fazer a municipalização do bondinho de Santa Teresa, revitalizando e conservando os antigos bondes, recuperando-os como patrimônio histórico e cultural.
José Eugênio Leal (PUC): Creio que o bondinho de Santa Teresa deve fazer parte de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) já proposto para o Centro da cidade.

Rodrigo Maia:
Transporte alternativo: Garantir a integração do transporte alternativo (vans) na cidade aos demais sistemas de transporte urbano existentes no Rio.
Jaques Sherique, diretor do crea-rj: O transporte alternativo deve ser muito bem regulamentado e controlado para poder permitir que tal integração funcione no Rio.

Otavio Leite:
VLT na Barra: Sugerir ao estado que a Linha 4 do metrô vá do Jardim Oceânico até o Trevo das Américas com a Ayrton Senna. Em caso contrário, implantar um VLT no canteiro central da Avenida das Américas, na Barra.
Jaques Sherique, diretor do CREA-RJ: Importante e necessário. Assim, teríamos a integração desses dois tipos de transporte de massa que estão separados por poucos quilômetros atualmente.

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Rio de janeiro: Investimento em transportes não vai beneficiar todas as regiões, dizem especialistas

terça-feira, 24 de maio de 2011

Garantir um transporte público de qualidade e eficiente será um dos grandes desafios do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016. Apesar disso, especialistas chamam atenção para o risco de as obras para os jogos não beneficiarem a população de todas as regiões da cidade e apontam para a necessidade de integração dos meios de transporte - trens, metrô, ônibus.

Integração
Para aumentar os deslocamentos, a prefeitura e o governo do Rio se comprometeram a construir - em tempo para a Olimpíada de 2016 -  BRTs (corredores expressos de ônibus) e a linha 4 do metrô - que liga a zona sul à Barra da Tijuca (zona oeste) - , que já havia sido prometida para os Jogos Pan-Americanos de 2007, mas não ficou pronta.

Até a Olimpíada, o Rio será cortado por quatro BRTs, sendo um na Avenida Brasil, que ligará o centro à zona oeste. Em obras, a TransOeste deve ter a etapa Barra-Madureira inaugurada em 2012.

Já o trecho Barra-Santa Cruz da TransCarioca está atrasado, mas a prefeitura quer entregar a obra até a Copa. A TransOlímpica está prevista também para 2014. Já o BRT da Avenida Brasil não tem cronograma definido, mas a ideia é que esteja pronto até 2016.

O sistema BRT, segundo estimativas da prefeitura, transportará 900 mil pessoas por dia e tornará as viagens mais rápidas. O trajeto Penha-Barra, por exemplo, poderá ser reduzido em até 49 minutos. De acordo com a prefeitura, o trajeto que é feito atualmente em 1h36 levaria 47 minutos.

Para Regis Fichtner, secretário-chefe de Estado da Casa Civil e membro do Comitê de Coordenação da Rio 2016, o Rio de Janeiro já está trabalhando para que a população desfrute de meios de transporte de melhor qualidade e mais rapidez.

- O objetivo é que a população passe a usar um transporte de alto rendimento. O metrô, os trens suburbanos, barcas e os BRTs (Bus Rapid Services, ônibus de serviços rápidos, em tradução livre) – que são as faixas exclusivas para transporte por ônibus também farão parte do legado. Vamos criar um anel viário de alta performance na Região Metropolitana. Há ainda uma complementaridade nas ações do Estado e da Prefeitura, como o metrô da Barra que vai chegar ao Jardim Oceânico e se conectará com o BRT, que é uma obra da Prefeitura.

Os trens, que são muito criticados pelos usuários, costumam ter as tarifas reajustadas sem que a concessionária realize melhorias no sistema. O governo do Estado e a Supervia dizem que vão investir mais de R$ 2 bilhões nos próximos anos para modernizar o sistema ferroviário. Até março de 2011, havia 38 composições refrigeradas e a promessa é de ter 235 até 2020. 


Fonte: R7.com

O arquiteto Flávio Ferreira, especialista em espaços urbanos, diz que a zona norte, cuja população leva até 2h30 para se deslocar até a zona oeste, não será beneficiada com transportes após o término dos jogos de 2016.

Ferreira usa, como exemplo, o projeto do corredor T5 (via expressa de ônibus que ligará parte da zona norte à Barra da Tijuca). Segundo ele, a obra não será suficiente para melhorar as condições do sistema de transporte da região.

- No caso do Rio de Janeiro, os sistemas de transporte sugeridos para a Olimpíada 2016 não trarão benefícios à área mais pobre da cidade, a zona norte. Apenas o centro, a zona sul e a Barra sairão beneficiadas no quesito transporte. 
Para Fernando Arbache, professor de Logística da FGV (Fundação Getulio Vargas), é necessária a criação de transportes que se conectem, aumentando a possibilidade de a população deixar o automóvel em casa e usar os serviços públicos. Entretanto, ele alerta: “é preciso que as autoridades aumentem a qualidade dos serviços de massa”.

- A qualidade do transporte público passa por diversas etapas, como, por exemplo, precisão no tempo de deslocamento, qualidade de atendimento, frequência, qualidade do transporte, etc. O BRT [Bus Rapid Transit - corredor de ônibus] é uma solução paliativa, pois há outras possibilidades mais efetivas, como o metrô e o ferry boat [em áreas costeiras], que, em conjunto com o BRT, solucionariam o problema de transporte urbano.
Até a Olimpíada de 2016, o setor de transportes públicos no Estado do Rio de Janeiro receberá R$ 30 bilhões para desenvolvimento e implantação de modais que conectem todo o sistema, segundo o secretário estadual de transportes, Julio Lopes.

Apesar de ser uma quantia razoável, o secretário ressaltou que o sistema de transporte do Rio recebe um grande contingente de outros municípios. A região metropolitana tem mais de 11 milhões de habitantes, que realizam 19 milhões de viagens por dia, segundo a secretaria.
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Expresso Carioca dispara na eleição para escolha de nome dos ônibus dos BRTs

domingo, 27 de novembro de 2011

A criatividade dos leitores vai além da simples participação na enquete promovida pelo EXTRA para batizar os novos ônibus dos futuros BRTs. Muitos entraram na brincadeira e sugerem até outros nomes para os coletivos, que não constam na lista de votação. A campanha corre solta no site do Extra Online. Há ideias para todos os gostos, comprovando a criatividade do morador do Rio. Mais de 3.500 votos já foram registrados.

Há os que defendem algumas alternativas, como Expresso Carioca — que lidera a disputa, com mais de mil votos. "Expresso Carioca, porque tem que ser um nome em português, pois daqui a pouco vão querer colocar o nome do ônibus em inglês", opinou um internauta. E com ele concorda um dos maiores craques do futebol mundial.

— Gostei do Expresso Carioca! — diz o hoje comentarista Júnior, ex ídolo do Flamengo e da Seleção Brasileira.

Muitos apresentaram opções como Carioquinha, Expressinho e Rio Maravilha. Há também as gírias, como Buzum, e Sanfoninha, "pois lembra uma safona também", observou um leitor.

Aliás, a aparência influencia. Tanto que propuseram Azulão, Tranca Rua e, na ideia da sanfona, Gonzagão, em homenagem ao rei do baião. Viram até um Lagartão ali, "alongado como uma iguana". E teve um gaiato (ou puxa saco!) que disparou Duduzão, referindo-se ao prefeito Eduardo Paes.

— A prefeitura tem 155 quilômetros de vias projetadas para quatro corredores: TransOeste (de Santa Cruz e Campo Grande à Barra da Tijuca), TransCarioca (Barra-Penha-Aeroporto Internacional), TransOlímpica (Recreio-Deodoro) e TransBrasil (Deodoro-Centro), que vão compor uma rede de transporte e promover uma transformação na mobilidade de população — diz o secretário de Transportes, Alexandre Sansão, estimando em 1,3 milhão de passageiros por dia no sistema, acrescentando que se absterá de votar.

"Pra passar seu tempo tem rádio e televisão, só falta aeromoça pra ficar igual avião". Para tentar desbancar a liderança do Expresso Carioca, a equipe da Furacão 2000 aposta no funk para virar a eleição com o Ligeirão — o preferido do prefeito Eduardo Paes, apesar do rival Duduzão.

A proposta surgiu há três meses, quando representantes da prefeitura encomendaram um funk para explicar a construção dos corredores exclusivos de ônibus em linguagem simples e direta. A missão coube aos MCs Tevez, Novinho, Decão e Tonzão, que criaram o jingle "Ligeirão".

A letra diz assim: "Lançamento da prefeitura, novidade pra todo povão / É o BRT, o famoso Ligeirão! É rapidinho hein! / Se tu não sabe (sic) o que é BRT, o povo vai ficar ciente / É o Ligeirão carioca com três linhas diferentes".

— Essa letra surgiu de uma encomenda da prefeitura para facilitar a explicação dessas obras para o povo, porque ninguém sabe o que é BRT, esse Bus Rapid sei lá o quê. Falaram para inventarmos algo. Como é um ônibus comprido, rápido, ligeiro, surgiu o Ligeirão — conta MC Decão.

Até ontem, os nomes mais votados eram: Expresso Carioca, disparado na liderança, seguido de Papa Léguas, Batidão, Ligeirão, RioExpress, GG, Compridão e Viagrão. Por sugestão dos leitores, surgiram três novos concorrentes: Minhocão, Gonzagão e... Duduzão!

 

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Prefeitura do Rio vai assumir, no lugar de empresas, racionalização das linhas de ônibus

quarta-feira, 16 de junho de 2010


A prefeitura desistiu de transferir às empresas de ônibus a tarefa de apresentar projetos visando a racionalização das linhas, objeto de críticas quando foi anunciada a licitação do sistema. De acordo com o edital de concorrência, lançado nesta terça-feira, caberá à Secretaria municipal de Transportes formular o plano, que resultará na redução do número de ônibus nas regiões Sul e Norte, na Barra e em Jacarepaguá, bem como no aumento da frota na Zona Oeste. As propostas começarão a ser analisadas em 30 de julho. A expectativa do secretário de Transportes, Alexandre Sansão, é que, em agosto, sejam assinados os contratos e os concessionários comecem a operar. O Rio Ônibus - sindicato que representa as empresas de ônibus municipais - não se manifestou nesta terça-feira.
De acordo com o edital, em 20 anos de concessão das linhas, as passagens pagas pelos usuários somarão R$ 15,9 bilhões. Nesse período, os concessionários deverão investir R$ 1,8 bilhão na melhoria do serviço. Entre as exigências está a instalação, em todos os veículos e em até 24 meses, de GPS e de equipamento para a localização dos ônibus, a cada minuto, interligados à Secretaria de Transportes. Também num prazo de dois anos todos os veículos terão, no mínimo, uma câmera de filmagem. Outra obrigação da concessionária será a de gravar e armazenar, por 72 horas, as imagens gravadas durante o trajeto dos ônibus. Os vencedores da concorrência terão ainda que assumir a manutenção dos terminais e implantar novos pontos de ônibus. Aumento de 30% na frota da Zona Oeste
A aprovação de projeto de lei, pela Câmara de Vereadores, instituindo o bilhete único municipal (R$ 2,40) para os coletivos sem ar condicionado, é condição para a assinatura dos contratos com os consórcios ou empresas vencedores da concorrência. Incluído na licitação, o prazo para implantar o bilhete único será de 30 a 120 dias após a assinatura dos contratos. Os licitantes que se dispuserem a implantar o quanto antes o cartão que garantirá embarque em dois ônibus durante duas horas receberão pontuação maior. Sansão explicou que o reordenamento das linhas só começará após a avaliação do impacto do bilhete único:
- O bilhete único vai mudar o padrão de viagem. Usuários que, agora, pegam um ônibus, para não pagar duas passagens, vão passar a usar dois. - disse o secretário - A intenção é começar a racionalização até o início de 2011, concluindo o processo no fim do ano.
A estimativa de Sansão é de que, pelo menos 20% dos cerca de 1.800 ônibus da Zona Sul e da Grande Tijuca (inclui Grajaú, Vila Isabel, Maracanã e adjacências) e 20% dos coletivos do restante da Zona Norte deixem de circular. Na Barra e em Jacarepaguá, a previsão é de reduzir em 10% a frota de dois mil ônibus. Para a Zona Oeste, a expectativa é de aumentar entre 20% e 30% o atual número de coletivos (1.900).
O secretário alegou que optou por não incluir na licitação as propostas de reordenamento da frota por considerar que 45 dias para elaborar os planos seria um tempo curto para as empresas:
- Além disso, nossa malha é muito complexa, e as empresas de fora poderiam ser prejudicadas. - acrescentou Sansão - De qualquer forma, a proposta anterior não tirava o direito do poder público de intervir. Os licitantes apresentariam os seus projetos, mas continuaria sob a responsabilidade do município fazer todos os ajustes que considerasse necessários.
O edital de licitação divide a cidade em cinco Redes de Transportes Regionais (RTRs), das quais quatro serão Regiões de Exploração a serem licitadas: a Região 2 (Zona Sul e Grande Tijuca); Região 3 (Zona Norte); Região 4 (Baixada de Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Recreio); e a Região 5 (Zona Oeste). A Região 1 (Centro) não será licitada, já que, no novo modelo, é considerada área neutra e de uso comum. As empresas têm liberdade de concorrer em duas ou mais regiões, embora só possam assumir uma delas. Contrapartida pode ser paga em 3 anos.

As melhores propostas para as quatro áreas serão escolhidas levando em conta critérios de melhor técnica (consórcio com mais condições de assumir as linhas e cumprir as metas) e maior oferta pela outorga da concessão. Não é fixado um valor mínimo para a contrapartida, a ser repassada à prefeitura em 36 parcelas mensais, a partir da assinatura do contrato.
A concessão pode ser renovada por mais 20 anos, também mediante outorga. O edital inclui os três corredores expressos (Bus Rapid Transit, ou BRTs): TransCarioca (ligando a Barra à Penha), TransOeste (entre Barra e Guaratiba) e TransOlímpica (entre Barra e Deodoro). Serão feitos acordos entre os vencedores para operar os BRTs que interligarão áreas distintas da licitação.
Com nove anexos, o edital apresenta cronogramas para todas as mudanças, fixando as metas anuais de renovação da frota, com a obrigação de chegar a 2016 com cem por cento dos veículos dentro do novo padrão. Até as Olimpíadas, toda a frota terá de ter direção hidráulica, suspensão a ar, escadas de acesso rebaixadas e elevador para pessoas com deficiência, motor traseiro (para reduzir a poluição sonora dentro dos coletivos) e carroceria dupla articulada.
O aumento do bilhete único, de acordo com o edital, será anual. Para o cálculo do percentual, serão levados em conta os reajustes de insumos do sistema de transportes, como o do óleo diesel e o da mão de obra. Está prevista ainda revisão do contrato a cada quatro anos.
Ainda conforme o edital, a transferência da concessão ou do controle societário da concessionária, sem que o poder público seja informado com antecedência, implicará o rompimento do contrato. O edital também não estabelece eventuais ressarcimentos para as empresas que hoje exploram o sistema e que não vençam a licitação.

Fonte: O Globo
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Marcopolo fornece quase 300 ônibus para BRT do Rio

domingo, 15 de outubro de 2023

A renovação da frota do sistema BRT do Rio de Janeiro (RJ) terá 287 ônibus Marcopolo. A fabricante e encarroçadora desenvolveu os modelos articulados da linha Viale Express para operar nos quatro corredores expressos da cidade a partir de 2024.

Os ônibus usam chassi Mercedes-Benz O 500 MDA Euro 6 e têm 23 metros de comprimento. A capacidade total é de 181 passageiros, 23 em pé e 58 sentados. Os bancos do Viale Express dispõem de tomadas USB.

Os modelos da Marcopolo também são equipados com microfone na cabine e circuito fechado de TV. Além disso, para operar no BRT, vêm com aviso sonoro de fechamento e abertura das portas, rampa de acesso, cabine isolada do motorista, sensores de aproximação para plataforma, ar-condicionado e câmera ré.

Os veículos articulados serão utilizados nos quatro corredores do BRT do Rio: Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil. Os novos ônibus serão entregues pela Marcopolo ao longo do primeiro semestre de 2024 e fazem parte da renovação da frota do BRT do Rio, iniciada no ano passado com a aquisição de 220 unidades.

Informações: AutomotiveBusiness


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BRT Rio entra na campanha de conscientização sobre a vacinação infantil

terça-feira, 11 de julho de 2023

“Criança vacinada, criança protegida! Leve seu filho ao posto”. Com essa mensagem nos ônibus do sistema BRT, a Prefeitura do Rio, por meio da Mobi-Rio e da Secretaria Municipal de Saúde, começa nesta segunda-feira (10/7) uma campanha de conscientização sobre a vacinação infantil. O objetivo é sensibilizar as famílias da importância de levar as crianças aos postos de saúde para tomar as vacinas obrigatórias e manter a caderneta de vacinação em dia.

A frota dos três corredores (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica) vai rodar com a mensagem por bairros das zonas Norte e Oeste. Pelo sistema, em dia útil, circulam 328 mil passageiros.

– Vamos aproveitar essa oportunidade de poder informar milhares de pessoas diariamente para conscientizar a população sobre esse tema tão importante que é a vacinação – afirma a presidente da Mobi-Rio, Claudia Secin.
Dados do Observatório Epidemiológico da Cidade do Rio de Janeiro (EpiRio) apontam que a baixa adesão à vacinação tem se repetido em crianças e adolescentes cariocas ao longo dos últimos anos, o que pode provocar a volta de doenças prevenidas por vacinas, algumas até já consideradas erradicadas anteriormente.

– Vacinação é um tema multissetorial. É muito importante o envolvimento de toda a sociedade para o resgate das coberturas vacinais, principalmente as infantis. A cidade do Rio conta com 240 pontos de vacinação para atender os cariocas. Vacinas salvam vidas – esclarece o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Informações: Prefeitura do Rio
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Rio terá 214 novos ônibus no BRT para as olimpíadas

terça-feira, 2 de junho de 2015

O Consórcio operador do BRT no Rio de Janeiro deverá adquirir 214 novos ônibus articulados até abril de 2016. Os veículos serão usados no Transolímpica, usado para ligar Deodoro à Barra, e o trecho final do corredor Transoeste, entre o terminal Alvorada e o Jardim Oceânico, conhecido como lote zero.

Os dois corredores devem iniciar a operação parcialmente em maio de 2016. De acordo com o decreto do prefeito Eduardo Paes, os veículos “deverão estar em condições para efetiva operação até 30 de abril de 2016”.

Ilha e Vila Isabel terão mais quatro corredores BRS

Serão implantados outros quatro BRS (Bus Rapid Service – faixas exclusivas para ônibus e táxis com passageiros): um na Estrada do Galeão, na Ilha do Governador, e três em Vila Isabel.

Por Renato Lobo
Informações: Portal Via Trolebus

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Corredor Transcarioca recebe nova linha de ônibus

terça-feira, 2 de maio de 2023

O corredor Transcarioca irá receber, nesta terça-feira (2), uma nova linha de ônibus BRT ligando a Ilha do Fundão, na Zona Norte do Rio, até a estação Santa Efigênia, na Taquara, Zona Oeste. Os articulados vão circular nos dias úteis em horários de pico, das 5h às 9h e das 16h às 20h.

Segundo a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Transportes e da MOBI-Rio, o novo serviço vai beneficiar diariamente cerca de 6 mil passageiros. A linha 43 (Fundão x Santa Efigênia - Expresso) irá contar com dez articulados "amarelinhos" de 23 metros.

O serviço expresso vai atender, além dos passageiros do Fundão, os usuários das estações próximas que até então só contavam com serviço parador na região. Quem utiliza o BRT entre Madureira e Taquara também vai passar a ter uma maior oferta de ônibus nos horários de pico.
A prefeitura destacou que a chegada dos novos ônibus vem trazendo melhorias ao Sistema BRT. De acordo com o órgão, os intervalos das linhas do corredor Transcarioca diminuíram cerca de 54%. Com mais articulados e menos tempo de espera, a MOBI-Rio registrou também um aumento no número de passageiros transportados. Antes da chegada da nova frota, em 1º de março, a demanda de passageiros diária nesse corredor era de 80 mil. Agora, a empresa registra 100 mil, um aumento de 25%.

Neste domingo (30), o corredor Transoeste também recebeu novos ônibus para a linha 17 (Santa Cruz x Campo Grande). Ao todo, são 20 veículos do tipo padron (modelos de até 15 metros), o que representa um aumento de 33% na frota. O trecho da Cesário de Melo é o segundo do corredor a dispor dos novos ônibus do BRT. O outro foi o Lote Zero (trecho entre Jardim Oceânico e Alvorada), que recebeu veículos da frota em janeiro deste ano. Os corredores Transolímpica e Transcarioca já operam 100% com novos ônibus.

Confira o novo serviço do corredor Trancarioca:

Linha 43 (Fundão x Santa Efigênia - Expresso): a partir desta terça-feira (2);
Funcionamento: Dias úteis / Horário: 5h a 9h e 16h a 20h;
Estações por onde vai passar: Terminal Aroldo Melodia (Fundão), Santa Luzia, Penha, Vicente de Carvalho, Mercadão, Manaceia, Campinho, Praça Seca, Tanque, Taquara e Santa Efigênia.

Informações: O Dia
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Transcarioca: Prefeitura do Rio publica licitação da segunda etapa

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A prefeitura do Rio publica nesta quinta-feira no Diário Oficial o edital de licitação para o segundo lote da Transcarioca, o corredor expresso para ônibus que ligará a Barra ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. As obras, que vão mudar a paisagem da Zona Norte, preveem a construção de três viadutos e duas pontes. Uma delas, no Fundão, será a primeira ponte estaiada (suspensa por cabos de aço presos a um grande pilar) da cidade. De acordo com a prefeitura, o custo da implantação do corredor exclusivo está estimado em R$ 548,3 milhões. O vencedor da concorrência deve ser conhecido em março, e as obras devem começar, segundo o Secretaria municipal de Obras, em maio.
- A Transcarioca é um compromisso da prefeitura e, por isso, há um esforço para que seja tudo feito segundo o cronograma estipulado. Tivemos inclusive uma reunião com representantes do Comitê Olímpico Internacional, que se mostraram muito satisfeitos com o andamento do projeto - contou o secretário Alexandre Pinto.
O segundo lote do corredor expresso tem 11 quilômetros de extensão e, segundo Alexandre, tem o projeto mais simples do que o primeiro por ter menos desapropriações. Seu trajeto começa no Largo da Penha, seguindo pelas Rua Monsenhor Alves Rocha, Rua Ibiapina, Rua Uranos, Estrada Engenho da Pedra, Rua Ismael Rocha, Rua Sargento Peixoto, e Avenida Brigadeiro Trompovski. Na Ilha do Fundão, o corredor passa pelas avenidas Um e Vinte e Quatro (formando um sistema binário neste pequeno trecho), segue pela Avenida Vinte e Nove até a Ilha do Governador, passa pela Estrada do Galeão e segue a Rua 20 de Janeiro até o aeroporto internacional.
- Apesar de este lote ter mais obras de grande porte, o primeiro era mais complexo, pois atravessa uma área com uma densidade populacional mais alta, o que obriga a um número muito maior de desapropriações - diz o secretário.
De acordo com o edital, os viadutos serão erguidos sobre a estação de trem de Olaria, a Avenida Brasil (em Ramos) e a Estrada do Galeão (na Ilha). Já as pontes ficarão sobre o Canal do Cunha (na entrada da Ilha do Fundão) e sobre a Baía da Guanabara (ligando as ilhas do Governador e do Fundão).
Alexandre contou que as obras do primeiro lote, que terá 28 quilômetros e o custo estimado em R$ 730,4 milhões, começam em janeiro pelo mergulhão da Avenida Intendente Magalhães e pelo Viaduto de Madureira. Serão quatro frentes de obras e, além da ampliação da via, a obra inclui dois mergulhões, quatro viadutos, uma passagem inferior e a urbanização da área adjacente.

Investimento total será de R$ 1,3 bilhão
O investimento total nas obras para a Transcarioca será de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão financiado pelo Governo Federal. Segundo a prefeitura, a construção dos dois lotes deve ser concluída em três anos. Com 39 quilômetros de extensão, a Transcarioca terá uma faixa segregada ao corredor expresso que vai se integrar aos outros modais (trem, metrô e ciclovias) ao longo da via. Segundo a prefeitura, vai reduzir em mais de 60% o tempo gasto no trajeto entre a Barra e a Ilha do Governador. Junto com a a Transolímpica, a Transbrasil, e a Transoeste - cujo canteiro de obras deve ser visitado hoje pelo o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge -, a Transcarioca integra o conjunto de obras viárias planejadas pela prefeitura para viabilizar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

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BNDES corta até 43% dos recursos para mobilidade do Rio

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Enquanto a crise avança, os investimentos em mobilidade urbana começam a dar marcha à ré. Os financiamentos do BNDES para projetos no setor, no Rio, deverão sofrer um tombo superior a 43% em 2016. É a primeira vez, desde 2012, que a instituição prevê queda nos recursos para empreendimentos da área no estado.

A expectativa para o resto do país também não é animadora: o banco estima uma baixa de 20% a 25% nos créditos para o segmento este ano, em todo o Brasil. O motivo apontado pelo BNDES é a crise econômica que atinge estados e municípios, freando a elaboração de novos projetos públicos e privados. “Temos pouca entrada de novos projetos e os antigos já estão em ritmo de desembolso. Sem novos, o desembolso deve cair. É importante que sejam elaborados novos projetos para que a carteira volte a crescer”, explica Anie Amicci, gerente de Mobilidade e Desenvolvimento Urbano do BNDES.

Dois novos projetos privados, ainda não aprovados, estão em análise pelo banco para 2016 no Rio. Um deles, da concessionária Rio Terminais, prevê melhorias nos terminais de ônibus de Nilópolis, Américo Fontenelle, Nova Iguaçu e Menezes Cortes — os três primeiros já estão em obras. O segundo refere-se a melhorias na Ponte Rio-Niterói e imediações, exigidas à EcoPonte na licitação. As principais intervenções serão construção de alça de ligação entre a ponte e a Linha Vermelha, merguhão em Niterói e ligação com a Avenida Brasil. Os financiamentos são de R$ 40 milhões para a Rio Terminais e R$ 970 milhões para a EcoPonte.

Os desembolsos do BNDES para mobilidade no Rio eram inexistentes até 2011. Em 2012, foram liberados R$ 135 milhões, saltando para R$ 318 milhões em 2013, R$ 1,9 bilhão em 2014 e R$ 4,4 bilhões em 2015. A alta no período foi de 3.190%. A previsão de liberação para 2016 é de R$ 2,5 bilhões, considerando os projetos novos e os antigos.

No Brasil, crédito deve cair 20% 

No Brasil, os créditos do BNDES para projetos de metrô, trem, VLT, BRT e outros empreendimentos de mobilidade subiram de R$ 6,4 bilhões, em 2014, para R$ 8,5 bilhões, em 2015. Em 2016, não devem passar de R$ 6,8 bilhões, se a queda for de 20%. O crescimento era contínuo desde 2007.

No fim do ano passado, o Ministério das Cidades sinalizou que o orçamento da União para obras de mobilidade também sofrerá corte em 2016 e deve ser menor do que o R$ 1 bilhão previsto para 2015.
“Qualquer queda de financiamento é ruim, principalmente para o setor de mobilidade, que viveu duas décadas sem investimento”, avalia Marcos Bicalho, diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

“A orientação do governo tem sido focar nos projetos em andamento e liberar menos recursos para os novos”, aponta o coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (MDT), Nazareno Affonso.

Os projetos fluminenses que constavam na carteira do BNDES em 2015 e continuam em 2016 são a Linha 4 do metrô, o VLT do Centro, a duplicação do Elevado do Joá, a ciclovia da Niemeyer (já inaugurada), o trecho de ligação da Transolímpica com o BRT Transbrasil, a via expressa do Porto Maravilha e a conclusão do Transoeste, entre o Terminal Alvorada e o Jardim Oceânico, além de investimentos da SuperVia.

Por Gustavo Ribeiro
Informações: O Dia
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Prefeitura do Rio inicia licitação para requalificação do sistema BRT

terça-feira, 9 de novembro de 2021


O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, apresentaram, nesta segunda-feira (8/11), no Palácio da Cidade, em Botafogo, o novo modelo a ser adotado para requalificação do sistema BRT. A modalidade, inédita no Brasil, será feita de forma separada, dividida em duas fases: a primeira para a locação de frota, possibilitando a substituição gradativa dos ônibus antigos, e a segunda para a concessão da operação do sistema. O novo formato possibilitará uma melhora do serviço prestado à população, com mais veículos, menos lotação e intervalos menores entre os ônibus.

A publicação do edital de licitação para a locação dos ônibus está prevista para o fim de novembro. Quem vencer a disputa ficará responsável pela aquisição dos novos ônibus e pela inspeção da manutenção a ser realizada pelo operador. O município pagará mensalmente ao locador pela frota disponibilizada durante o período do contrato. Já a licitação para a operação está prevista para acontecer em janeiro de 2022.

– Nós estamos dando uma solução definitiva para a operação adequada do sistema BRT. Esse novo modelo permite à futura concessão da operação uma garantia de um aporte importante ao sistema, com a prefeitura alugando os ônibus, tirando um custo dos operadores. Não tenho dúvida que, com esse novo sistema, vamos trazer mais dignidade e respeito à população que usa transporte público nessa cidade – disse o prefeito Eduardo Paes.

Tecnologia embarcada

Os ônibus contarão com uma série de dispositivos de tecnologia para aumentar a segurança e o conforto para os usuários. Entre as novidades estão telemetria e GPS para análise de desempenho; piloto automático para distanciamento dos veículos à frente; limitador de velocidade por GPS; módulo de segurança e interface com condutor; bloqueador de portas para evitar que os veículos circulem de portas abertas; sistema de alerta de colisão frontal e videomonitoramento.

Estão habilitadas a participar da licitação empresas (brasileiras e estrangeiras) que tenham comprovada experiência técnica, como fabricantes, encarroçadoras, empresas de energia e gestores de ativos. A participação de consórcios é permitida e o critério de escolha será o menor preço. A locação será pelo período de cinco anos, renováveis por igual período.

Sustentabilidade

Os veículos a diesel que chegam em 2023 já serão compatíveis com a norma ambiental Proconve P-8, equivalente ao Euro-6, que prevê redução de poluentes locais, como o material particulado em 50%, e hidrocarbonetos em 71%, representando enormes ganhos para a saúde.

Os veículos elétricos estão de acordo com o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio, que estipula uma substituição de até 20% da frota do sistema de ônibus por veículos zero emissão, até 2030. Com a entrada da frota, o município ainda supera a meta do Planejamento Estratégico de introdução de ônibus elétricos na cidade. A frota prevista já posiciona o Rio como uma das maiores cidades da América Latina em relação à frota zero emissão.

Audiência pública

Na quarta-feira (17/11), a Secretaria Municipal de Transportes promove na Câmara de Vereadores uma audiência pública sobre a licitação da locação de frota do BRT. Essa é uma das etapas anteriores à publicação do edital de licitação, quando o projeto será mostrado de forma transparente e os eventuais interessados poderão fazer suas sugestões de aperfeiçoamento do certame.

Licitação para operação do sistema

Em janeiro de 2022, está prevista uma nova licitação para a operação dos serviços do sistema BRT. A concorrência será dividida em três lotes, garantindo múltiplos operadores para diminuir o risco de descontinuidade. Cada um deve ser operado por um concessionário, que terá como atribuições a circulação da frota do respectivo lote, a manutenção dos veículos e a construção das garagens, que serão erguidas em terrenos disponibilizados pela Prefeitura. Até que os vencedores assumam, a prefeitura continuará encarregada pelos serviços do BRT.

A prefeitura optou pelo modelo de contratação separada, com empresas especializadas nas áreas de provisão de frota e concessão da operação, de forma a dividir responsabilidades e aperfeiçoar sua gestão, oferecendo garantias financeiras e incentivos para a melhoria contínua do serviço, além de maior controle dos serviços pelo poder público e flexibilidade em caso de descontinuidade dos serviços. Para isso, a Prefeitura do Rio se inspirou em casos testados com sucesso em outras cidades do mundo, como Londres, Singapura, Bogotá e Santiago.

Garagens públicas

Para assegurar a competitividade da licitação, a Prefeitura inovou e vai oferecer aos operadores quatro terrenos públicos para a construção de garagens dos BRTs e instalação de infraestrutura, o que possibilitará atrair concorrentes internacionais e de outros estados. Os imóveis ficam na Avenida Cesário de Melo, em Santa Cruz, e próximo à estação Magarça, em Guaratiba – ambos para atender o corredor Transoeste; na Ilha do Fundão, para veículos dos corredores Transcarioca, Transoeste Lote Zero (entre os terminais Alvorada e Jardim Oceânico) e Transbrasil, quando estiver em operação; e em Deodoro, para articulados e biarticulados dos corredores Transolímpica, Transcarioca, Transoeste Lote Zero e Transbrasil.

Dependendo da necessidade, poderá haver remanejamento de frota entre corredores. A garagem da Cesário de Melo será a primeira garagem exclusivamente elétrica do país, recebendo todos os veículos elétricos previsto para o sistema BRT.

Novo modelo de bilhetagem

Para a reorganização do sistema BRT e do sistema de transporte público coletivo da cidade, a Prefeitura está implantando um novo modelo de gestão, com a contratação, por meio de uma licitação em andamento, de uma prestadora para gerir o sistema de bilhetagem. O concessionário vencedor será responsável pela arrecadação tarifária e pelo repasse das receitas ao município, por meio de uma Câmara de Compensação Tarifária, para o controle e pagamento aos novos operadores. A licitação da Bilhetagem Digital foi lançada em outubro deste ano e os envelopes serão abertos no próximo dia 7 de dezembro.

A partir da assinatura do contrato, a concessionária terá um prazo de seis meses para realizar todas as atividades e procedimentos necessários para o início de operação do sistema de bilhetagem digital, devendo fornecer os novos validadores aos operadores, emitir cartões de transportes e novas mídias aos usuários comuns e aos que têm direito à gratuidade, como QR Codes, disponibilizar a rede de venda, treinar funcionários e realizar os testes necessários.

O início da bilhetagem digital deverá coincidir com o início da nova concessão para operação do BRT, no segundo semestre de 2022.

Remuneração dos novos concessionários

LOCADOR – O cálculo da remuneração do locador de frota será determinado pela quantidade de veículos disponibilizados, multiplicada pelo valor de aluguel unitário. Os veículos sem condições para a operação não serão considerados.

OPERADOR – A remuneração do operador será com base no custo do serviço. Haverá também incentivos ou penalidades, de acordo com o serviço executado, além de incentivos em casos de aumento do número de passageiros. Atualmente, a remuneração do operador é pelo número de passageiros pagantes, gerando competição por passageiros e poucos incentivos para a prestação adequada do serviço. Com o novo modelo de remuneração e os incentivos propostos, a Prefeitura conseguirá maior qualidade e conforto para usuários, redução da pressão sobre a tarifa, redução de exposição ao risco da demanda sobre operadores e maior controle do serviço pelo poder público.

Prefeitura no controle

Mesmo com a entrada de novas empresas após a licitação da operação do BRT, o planejamento do sistema, o monitoramento e a operação do Centro de Controle Operacional do BRT permanecerão sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Transportes, assim como a avaliação dos resultados para a remuneração do serviço prestado.

Intervenção do BRT

O sistema BRT, que já teve, em seu auge, 384 veículos licenciados, encontra-se sob intervenção da Prefeitura desde março deste ano devido à degradação do serviço que vinha sendo prestado à população. A frota operacional de 297 articulados tinha apenas 120 rodando, em estado extremamente precário. Mesmo com o reforço da manutenção corretiva e de medidas preventivas, o desgaste dos veículos continua sendo o principal problema da atual frota, hoje composta por cerca de 200 ônibus em operação, provocando constantes desfalques e se tornando necessário um reforço na operação do BRT com o aluguel de ônibus comuns para serviços eventuais nos horários de pico da manhã e da tarde.

Como parte das melhorias previstas para o BRT, a Prefeitura planeja reformular algumas das estações mais movimentadas, como Santa Cruz e Curral Falso – ambas em Santa Cruz, além de Pingo D´Água, Magarça e Mato Alto, em Guaratiba. Desde o início da intervenção do BRT, em março deste ano, a Prefeitura já recuperou 37 estações, das 46 que estavam fechadas. As outras nove vão ser reabertas até o fim deste ano. Há previsão ainda de implantação, até 2023, do Terminal Intermodal Gentileza, próximo ao Terminal Rodoviário Novo Rio que fará a ligação intermodal com o VLT, propiciando incremento na demanda dos dois sistemas e trazendo maior conforto aos usuários.

Informações: Prefeitura do Rio
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