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Veja a construção de uma das estações do corredor exclusivo de ônibus da TransOeste

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Olimpíada promete mudar a "cara" do sistema de transportes da cidade do Rio de Janeiro até 2016. Ao menos 15 projetos devem ampliar a rede e a integração com a região metropolitana. Nesta semana, a prefeitura da cidade entregou a estação BRT (corredor exclusivo de ônibus) do Trevo do Magarça, em Guaratiba, zona oeste do Rio.

Esta é uma das estações da TransOeste, que começará na Barra da Tijuca e terá dois pontos finais: um em Santa Cruz e outro em Campo Grande. Veja vídeo abaixo.

Para aumentar os deslocamentos, a prefeitura e o governo do Rio se comprometeram a construir - em tempo para a Olimpíada de 2016 - BRTs e a linha 4 do metrô - que liga a zona sul à Barra da Tijuca - , que já havia sido prometida para os Jogos Pan-Americanos de 2007, mas não ficou pronta.

Para concretizar os projetos, o setor de transportes públicos no Estado receberá R$ 30 bilhões para desenvolvimento e implantação de modais que conectem todo o sistema, segundo o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes.

Se todos os planos saírem como previsto, o Rio será cortado por quatro BRTs, sendo um na avenida Brasil, que ligará o centro à zona oeste. Em obras, a TransOeste deve ter a etapa Barra-Madureira inaugurada em 2012.

Já o trecho Barra-Santa Cruz da TransCarioca está atrasado, mas a prefeitura quer entregar a obra até a Copa de 2014. A TransOlímpica está prevista também para 2014. Já o BRT da Avenida Brasil não tem cronograma definido, mas a ideia é que esteja pronto até 2016.

Entretanto, enquanto projetos como o da TransOeste já contam com a primeira estação - na avenida das Américas -, há os que ainda não saíram do papel, como o da TransOlímpica, que está na fase de licitação [concorrência entre empresas].

O sistema BRT, segundo estimativas da prefeitura, transportará 900 mil pessoas por dia e tornará as viagens mais rápidas. O trajeto Penha-Barra, por exemplo, poderá ser reduzido em até 49 minutos. De acordo com a prefeitura, o trajeto que é feito atualmente em 1h36 levaria 47 minutos.



Fonte: R7.com


 
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No Rio, Novas estações do BRT Transoeste são inauguradas

domingo, 29 de dezembro de 2013

Cinco novas estações do BRT Transoeste foram inauguradas neste sábado (28) para atender o bairro de Santa Cruz. O RJTV mostrou que, apesar da inauguração, as obras do sistema, que liga a região à Barra da Tijuca, estão atrasadas, já que deveriam ter terminado em janeiro de 2013. A previsão de término é para janeiro de 2014.  

O sistema de BRT Transoeste foi inaugurado em junho de 2012, com a presença do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. O sistema utiliza uma faixa seletiva para ônibus e faz embarque e desembarque apenas nas estações definidas.

Informações: G1 Rio

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Prefeitura do Rio proíbe Vans no BRT Transoeste

quinta-feira, 17 de julho de 2014

- A partir desta terça-feira, vans e Kombis estão proibidas na Avenida Cesário de Melo, entre a Rua Messias, próximo ao viaduto de Paciência, e a Estrada do Monteiro, em Campo Grande. A determinação foi publicada no Diário Oficial da prefeitura, na segunda-feira, e tem como um dos objetivos impedir a competição do transporte alternativo com o BRT Transoeste. A restrição deve tirar de circulação desse trecho cerca de 700 veículos, que transportam por dia, em média, 30 mil passageiros, segundo cooperativas.

“A gente quer impedir a concorrência entre modais. A quantidade de vans naquele local tem trazido até impactos no trânsito”, argumentou o coordenador de Transporte Completar da cidade, delegado Claudio Ferraz.
Foto:  João Laet / Agência O Dia
Até a próxima sexta-feira, fiscais da prefeitura vão apenas orientar os motoristas e distribuir cópias da resolução para os funcionários das cooperativas, com intuito de informar sobre as punições. A partir de segunda-feira, quem insistir em circular na Cesário de Melo, no trecho proibido, terá que pagar multa no valor de R$ 1.324,60, e o veículo será apreendido.

Se o motorista for multado numa segunda vez, terá a licença cassada. A coordenadoria informou que já enviou ofícios aos batalhões e às delegacias da área para que auxiliem, na questão de segurança, as operações de fiscalização. A notícia pegou passageiros e cooperativas de surpresa. A maior reclamação de quem precisa usar o sistema Transoeste é que os ônibus passam lotados e em intervalos muito longos.

“Tenho Bilhete Único, mas pago a passagem na van com dinheiro, porque gasto somente na estação Cesarão II, onde faço integração, cerca de 1h20 para pegar o ônibus até minha casa, em Sepetiba. É muito cansativo. Esse tempo que fico lá é o suficiente para eu chegar de transporte alternativo em casa. Se a prefeitura aumentar a frota de ônibus, acho que consegue diminuir o problema”, disse o vigilante Sebastião Braz, de 46 anos.

Usuário pede reforço no BRT

Enquanto a equipe do DIA ficou em frente à Estação Prefeito Alim Pedro, em Campo Grande, passaram 30 vans e três veículos do BRT. Não só os ônibus estavam cheios, como também os veículos de transporte alternativo. A constação revela um problema sério da região: por mais que se tenha investido em mobilidade a demanda ainda é muito grande. A Coordenadoria de Transporte Complementar explicou que deve ter reforço de linhas no trecho da Cesário de Melo, com as mudanças previstas. A estratégia foi a mesma usada na Zona Sul, quando as vans foram proibidas.

Portadora de uma doença degenerativa e moradora de Campo Grande, a aposentada Suely Coelho Viana, 57, está com receio. “O problema não é tirar a van. É colocar um transporte eficiente. Desisti do BRT porque só andava em pé. Vamos ver como vou me virar agora”.

Alteração para instaurar o STPL

As alterações na Cesário de Melo, para a prefeitura, são um importante passo para que se dê o processo de reordenamento e prepare a região para a entrada do Sistema de Transporte Público Local (STPL), que tem regras mais rígidas, como a exigência de validadores que permitem a utilização do Bilhete Único Carioca.

Mas, apesar do processo de licitação para novos serviços de transporte alternativo já ter sido concluído pelo município, ainda não há previsão de quando o sistema será colocado nas ruas de bairros como Bangu, Padre Miguel, Senador Camará, Campo Grande, Campos dos Afonsos, Paciência, Inhoaíba, Deodoro e Santíssimo. A previsão inicial é que o novo modelo seja primeiro instaurado na Zona Norte, antes de chegar a essa região.

Christina Nascimento
Informações: O Dia

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No Rio, Modernidade para desafogar trens e ônibus

sábado, 14 de janeiro de 2012

Alvo constante de reclamações de passageiros, o transporte público começa a dar sinais de que pode melhorar. Nesta quinta-feira chegaram ao Rio três dos 30 novos trens comprados da China pelo estado, que devem começar a circular em 45 dias. No setor de ônibus, a novidade é a modernização do Terminal Alvorada, na Barra, ponto importante de parada dos corredores expressos Transoeste e Transcarioca, em construção. Com duas passagens subterrâneas e 12 elevadores, a minirrodoviária terá capacidade para, em hora de pico, embarcar 13 mil pessoas e desembarcar seis mil. A promessa é de que não haverá fila no local.
Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Com 13 mil metros quadrados, o terminal terá 18 lojas nos subsolos, onde ficarão farmácias, jornaleiros, banheiros, bancos 24 horas e lanchonetes, além de quatro elevadores. De acordo com o arquiteto Jozé Candido Sampaio de Lacerda, responsável pelo projeto, o estacionamento que será criado no Alvorada terá 241 vagas para carros e 19 para ônibus articulados, que têm, cada um, 23 metros de comprimento.

“A previsão é que a obra fique pronta em maio. Uma das passagens subterrâneas sai da Cidade da Música e vai cortar todo o terminal. A outra vai interligar as três plataformas. Nenhum passageiro vai atravessar de uma plataforma para a outra pelas vias por onde passam os ônibus”, explicou o arquiteto.

Das três plataformas, uma será para os BRTs (os ônibus de trânsito rápido da Transoeste e Transcarioca). As demais são para os coletivos que levarão os passageiros até as paradas dos corredores expressos. O aumento do espaço no terminal permitiu também que fossem criadas aberturas que vão melhorar a ventilação. As catracas serão iguais às adotadas nas estações de metrô.

Redução de linhas
Primeiro dos corredores a sair do papel, em maio, o Transoeste (que vai ligar Santa Cruz à Barra da Tijuca) deve provocar a extinção de cinco linhas de ônibus que circulam na Zona Oeste. Outras 20 terão o itinerário alterado para que seus pontos finais e de embarque coincidam com as estações de BRT. Por dia, 220 mil pessoas devem usar o sistema da Transoeste.

Trens novos podem levar torcedores aos clássicos
O primeiro trem importado da China deve começar a circular nos trilhos da SuperVia até o fim do mês. No início, ele não ficará fixo num só ramal, será deslocado conforme a demanda. Em dias de shows e clássicos de futebol no Engenhão, por exemplo, os vagões importados podem ser usados.

As composições transportam 1.300 usuários, têm ar-condicionado, circuito de TV, câmeras, painéis eletrônicos que anunciam as estações e sistema de comunicação entre o Centro de Controle e os passageiros. “A qualidade do sistema vai melhorar bastante”, garante o subsecretário estadual de Transportes, Sebastião Rodrigues.

O primeiro trem novo chegou em dezembro e passa por testes com sacos de areia que simulam a presença de passageiros em curvas e acelerações. As três composições que chegaram ontem começam a circular mês que vem. Até julho, chegarão 30 composições, que devem estar nos trilhos até setembro. O estado comprará mais 60 e a SuperVia, mais 30. A concessionária vai modernizar 73 trens de sua frota atual, que receberão ar condicionado. O primeiro começa a circular até o fim do mês.

Bilhete Único mais caro dia 15
O Bilhete Único (BU) intermunicipal será reajustado domingo. A tarifa passará de R$ 4,40 para R$ 4,95, um aumento de 12,27%. Por esse valor é possível embarcar em dois meios de transporte com intervalo de duas horas e meia.

O valor das passagens de trens SuperVia vai aumentar no dia 2 de fevereiro. O bilhete vai saltar de R$ 2,80 para R$ 2,90. A concessionária está informando os passageiros por meio de cartazes e avisos sonoros veiculados em todas as estações.
 
Reportagem de Christina Nascimento e Diogo DiasFonte: O Dia Online



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No Rio, Corredores Transbrasil e Transoeste terão novos veículos a partir de novembro

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Os corredores Transbrasil e Transoeste do BRT, que ainda estão em obras, vão ganhar 270 novos ônibus articulados a partir de novembro. Segundo a prefeitura, a previsão é que todos os veículos estejam operando nestas linhas até março do ano que vem. Estes ônibus fazem parte dos 561 veículos que a prefeitura havia comprado para o BRT no ano passado. Deste total, 291 já foram entregues e já estão em operação.

No Twitter, o prefeito Eduardo Paes comemorou a entrega do primeiro ônibus destes 270 restantes, com um vídeo mostrando o veículo saindo da fábrica, em Caxias do Sul (RS). Paes agradeceu ao presidente Lula, que ajudou a viabilizar a frota nova. A União foi fiadora do município do Rio no empréstimo que possibilitou a renovação da frota do BRT.
"Aí, Lula. O primeiro ônibus para o BRT da Transoeste que você está dando aos cariocas já saindo da fábrica em Caxias do Sul e vindo para o Rio! Obrigado! Eu sabia que você seria mais uma vez um grande parceiro do Rio e sua gente!", escreveu Paes, prontamente respondido pelo presidente numa troca de afagos na rede social. "A parceria prefeitura e governo federal voltou", comentou o perfil oficial de Lula.

Outra novidade é que todos os novos ônibus que vão atender os corredores Transbrasil e Transoeste do BRT trabalham com motores adaptados ao padrão Euro 6, última norma internacional de redução de poluentes para veículos automotores. Os ônibus que operam de acordo com esse padrão emitem 75% menos gases poluentes do que os que circulavam de acordo com o Euro 5, o padrão anterior.

Em contrapartida, a nova tecnologia Euro 6, de acordo com sites especializados em transporte, pode deixar o custo do ônibus 30% mais caro. O Rio de Janeiro é a primeira cidade do Brasil a receber ônibus que atendem a este novo padrão, de acordo com o próprio prefeito Eduardo Paes. Os ônibus articulados do BRT do Rio são de chassi Mercedes-Benz, com 23 metros de comprimento, e comportam 210 pessoas passageiros (sentados e em pé).

Informações: O Globo

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Prefeitura do Rio apresenta novos ônibus articulados para o BRT Transoeste

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), apresenta o novo modelo de ônibus articulado que começa a operar no BRT Transoeste. Com maior capacidade de passageiros, três dos 12 novos coletivos começaram a circular na segunda-feira (1º/07). Os primeiros serão ônibus articulados com 21 metros de comprimento e capacidade para 180 usuários. Até o fim de julho, os outros nove veículos entram na operação. Atualmente, o sistema BRT Transoeste opera com 91 ônibus articulados de 18,6 metros (140 passageiros), 20 coletivos do tipo padron (100 passageiros) e 76 alimentadores. 

Com os novos ônibus articulados, aumenta-se a capacidade de transportes de passageiros e reduz-se o intervalo médio dos serviços do BRT, garantindo assim melhor atendimento e conforto à população. Os outros nove novos coletivos são: um de 23 metros, que transportará 200 passageiros, três de 21 metros para 180 passageiros e cinco de 18,6 metros para 140 passageiros.

Primeiro BRT da cidade, a Transoeste liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz e Paciência, transporta, atualmente, cerca de 115 mil pessoas por dia. Totalmente segregado do tráfego geral, composto por linhas expressas e paradoras, o corredor já conta com 44 quilômetros de extensão até Paciência e 42 estações em funcionamento. Em operação desde junho do ano passado, o investimento da prefeitura na implantação do corredor é de R$ 900 milhões.

Informações: Prefeitura do Rio

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No Rio, BRT TransOeste passa a operar entre 9h e 16h e com mais 05 estações

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O BRT TransOeste teve seu horário de operação ampliado nesta quarta das 9h às 16h. A mudança no horário foi autorizada pela Secretaria Municipal de Transportes após uma semana de operação entre as 10h e as 15h na fase de testes, que antecede a operação integral do sistema.
Na quinta-feira, dia 14, o número de estações ativas do BRT TransOeste passará das atuais nove para 14. Serão abertas ao público as estações Bosque da Barra, Américas Park, Santa Mônica, Golf Olímpico e Interlagos. O restante das estações do eixo entre Santa Cruz e o Terminal Alvorada será liberado em etapas ao longo dos próximos dias.

"A operação do BRT TransOeste seguirá na fase de testes, conforme o planejamento da Prefeitura. Foi uma decisão acertada, pois aproveitamos esse período para aprimorar vários aspectos antes do sistema começar a receber um público maior", destaca o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão.

Informações: Jornal do Brasil
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No Rio, BRT Transoeste ganha mais quatro estações

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Quatro novas estações entraram hoje (15) em operação no corredor exclusivo para ônibus Transoeste, na Zona Oeste do Rio. As estações Três Pontes, 31 de Outubro, Cesarinho e Vila Paciência, ficam na Avenida Cesário de Melo, entre Paciência e Santa Cruz. As novas estações receberam ônibus da linha expressa e da paradora e vão funcionar diariamente das 5h à 1h.

A Transoeste, que liga a Barra da Tijuca a Campo Grande e Santa Cruz, atende por dia cerca de 220 mil pessoas. Com a conclusão das obras até Paciência, o corredor expresso passa a ter 44,5 quilômetros. Depois do término das obras, a Transoeste, que atualmente conta com 41 estações, passará a ter 64 pontos de embarque e desembarque e 56 quilômetros de extensão.

Atualmente a prefeitura finaliza a extensão do BRT (sigla em inglês para trânsito rápido de ônibus) até Campo Grande e a obra com mais 15 estações deve ser entregue no mês que vem.

"Estamos expandindo os nossos corredores expressos pela cidade, e a população carioca tem colaborado bastante. Essas obras são muito importantes porque integram a cidade e esse é o objetivo da prefeitura, fazer com que a cidade funcione, trazer um serviço de mobilidade urbana eficiente”, disse o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório.

Os investimentos da Prefeitura do Rio incluem também as obras dos BRTs Transcarioca, que fará a ligação do terminal da Alvorada, na Zona Oeste, e a Ilha do Governador, na Zona Norte; Transolímpica, que fará a ligação entre a Barra da Tijuca e Deodoro, na Zona Oeste; e Transbrasil, que facilitará o acesso da Baixada Fluminense e o Centro da cidade.

"Até o fim do ano, nós pretendemos entregar os primeiros trechos da Transcarioca. As obras na Transolímpica já começaram, e a Transbrasil já está com um projeto de licitação. Temos um grande desafio pela frente que é facilitar essa movimentação na cidade para melhor conforto do carioca e para atender às necessidades dos grandes eventos que a cidade irá receber", concluiu o secretário.

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Prefeitura lança linha do BRT que conecta os terminais Campo Grande e Deodoro

quarta-feira, 26 de junho de 2024

 A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e da Mobi-Rio, inaugurou, neste domingo (23/6), a linha 67 do BRT, que liga o Terminal Campo Grande ao Terminal Deodoro, na Zona Oeste. O novo serviço, denominado Conexão BRT, passa por nove bairros e faz 16 paradas em pontos de ônibus convencionais ao longo do percurso, incluindo a Avenida Brasil.

– Um dos principais problemas para quem está usando o BRT – e já melhorou muito – tem sido conseguir ônibus para chegar nos terminais, especialmente o Terminal de Deodoro. Então, essa conexão BRT vai ser uma linha normal, só que mais rápida e com ônibus novos. A gente começa com esse primeiro, que vai ligar os terminais de Campo Grande e Deodoro, sem precisar pagar mais uma passagem. Essa é mais uma melhoria em nosso sistema de transportes – afirmou o prefeito Eduardo Paes.

Foram disponibilizados 20 ônibus novos do modelo padron para este trajeto. Diferentemente dos demais modelos do BRT, esses veículos terão catraca interna para embarque de passageiros na rua. Estão previstos intervalos de 10 minutos nos horários de pico e operação 24 horas por dia, todos os dias da semana. A previsão é de que a viagem dure aproximadamente uma hora. O serviço, operado pela Mobi-Rio, aceitará apenas pagamentos com os cartões Riocard e Jaé. A passagem custa R$ 4,30, valor praticado nos modais de transporte público coletivo regulados pelo município.

– A linha 67 será um serviço muito importante para a população da Zona Oeste e vai conectar três corredores: Transoeste, Transolímpica e Transbrasil. O serviço vai passar de 10 em 10 minutos nos horários de pico e está integrado ao sistema BRT. Ou seja, se o passageiro pegar esse ônibus na rua e depois o BRT convencional vai contar apenas como uma passagem – disse a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio.
Nos terminais Campo Grande e Deodoro, os passageiros da linha 67 devem embarcar e desembarcar normalmente na plataforma do BRT. Nas paradas realizadas durante o percurso, o serviço funcionará como nos ônibus convencionais, mas é importante frisar que não será aceito pagamento em dinheiro.

– Hoje, a Prefeitura lançou mais um serviço importante para os usuários do BRT. A nova linha 67 vai operar 24 horas. Mais dignidade e conforto para os passageiros – destacou a diretora presidente da Mobi-Rio, Claudia Secin.

Plano operacional da nova linha:

Serviço 67 (Terminal Campo Grande/Terminal Deodoro)
Serviço 67 (Terminal Deodoro/Terminal Campo Grande)

Reconstrução do transporte público carioca

No fim de 2016, o sistema BRT dispunha de cerca de 400 articulados circulando nos três corredores: Transcarioca, Transolímpica e Transoeste. No início de 2021, antes da intervenção municipal, este número não passava de 120, e a maioria em estado extremamente precário. Além disso, 46 estações se encontravam fechadas. Ao fim de 2021, essas estações foram reformadas e reabertas. No total, foram 120 estações revitalizadas nos três corredores. Este ano, a Prefeitura iniciou a operação do quarto corredor do sistema BRT, o Transbrasil, que conta com 17 estações e dois terminais, Deodoro e o Terminal Intermodal Gentileza.

Ao assumir a operação do BRT, a Prefeitura do Rio tinha como objetivos resgatar a eficiência do sistema e devolver uma boa prestação de serviço aos usuários. Em março de 2021 ocorreu a intervenção do sistema e, em fevereiro de 2022, foi decretada a caducidade do contrato de concessão, em função do descumprimento por parte dos concessionários de obrigações contratuais de prestação de um serviço de transporte público adequado. A Mobi-Rio passou a ser responsável pela operação do BRT.

A iniciativa resultou na renovação total da frota de articulados, na reforma de todas as estações, na implantação de medidas de segurança, na recuperação do pavimento do corredor Transoeste e na entrega das obras do corredor Transbrasil e dos Terminais Gentileza, Deodoro, Magarça e Mato Alto. Essas ações garantiram melhorias robustas para a população que usa diariamente o serviço de transporte de alta capacidade, e os passageiros voltaram a confiar no BRT.

Quando a Prefeitura do Rio assumiu a gestão municipal do BRT, a média diária de passageiros era de 150 mil pessoas. Hoje, a média é de 450 mil passageiros/dia em todo o sistema.

Atualmente, a nova frota é de 518 amarelinhos rodando. Toda a frota comprada para o sistema totaliza 713 ônibus. Com mais ônibus circulando, os passageiros esperam menos tempo nas estações. Na Transoeste, a redução dos intervalos nos horários de pico foi de até 72%. Na Transcarioca, o índice foi de 59% e, na Transolímpica, de 63%.

A reconstrução do transporte público carioca inclui ainda a implantação gradual do Jaé, novo sistema de bilhetagem digital, nos modais de transporte público coletivo regulados pelo município. Outro destaque é o acordo judicial firmado entre a Prefeitura do Rio, o Ministério Público Estadual e os consórcios operadores de ônibus em 1º de junho de 2022, que possibilitou a retomada e/ou criação de 170 serviços de ônibus na cidade. O plano operacional tem como objetivo regularizar, de forma gradual, o serviço de ônibus para atender todas as regiões da cidade.

Informações: Prefeitura do Rio

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BRT Transoeste vai perder um terço das estações entre Santa Cruz e Campo Grande

sexta-feira, 31 de maio de 2019

As 22 estações, entre os terminais de Santa Cruz e Campo Grande, que estão desativadas há um ano, só voltarão a funcionar depois de reformadas pela futura concessionária do serviço — cuja escolha está longe de acontecer. Além disso, o projeto do interventor instituído pela prefeitura, Luiz Alfredo Salomão, prevê que esse trecho volte sem ônibus articulados, apenas com abrigo nos pontos de parada e com embarque mediante nova validação do cartão Riocard. Na prática, o corredor BRT Transoeste passa a ter oficialmente 43 estações, um terço a menos do que as 65 originais.
Foto: Pedro Teixeira / Agência O Globo

— As estações serão abertas, sem catracas. Terá só um teto para proteger as pessoas da chuva e do sol. E as linhas alimentadoras vão rodar por ali na faixa exclusiva. O passageiro entrará no ônibus comum e validará o cartão no veículo — afirma Salomão, defendendo que a região não tem demanda para ônibus articulados do BRT.

No entanto, até que isso aconteça, a Prefeitura do Rio ainda vai licitar um estudo para saber quais intervenções serão necessárias no corredor. Só depois, fará a escolha da nova empresa para operar todo o sistema BRT, que terá, como contrapartida das empresas, realizar as obras apontadas pelo estudo. Além dos problemas das 22 estações, o corredor sofre com um trecho de seis paradas entre o Pingo D’água e a Ilha de Guaratiba por conta do solo inadequado que causa danos ao asfalto.

— É impossível resolver esse problema do asfalto. A gente faz uma maquiagem. Por isso, o estudo precisa ser feito. Ele vai indicar qual seria a melhor solução: se é trocar o solo ou criar uma estrutura que suporte ou trocar o trajeto — diz Salomão.

Ainda não há data para a escolha da empresa que vai operar o sistema BRT. Salomão espera realizar a licitação ainda em 2019, mas admite dificuldades. Além disso, as empresas de ônibus que realizavam o serviço até este ano, quando a prefeitura decretou uma intervenção no sistema, prometem entrar na Justiça contra a medida.

O EXTRA mostrou ontem que a prefeitura decidiu desmontar as 22 estações do BRT entre os terminais de Santa Cruz e Campo Grande. Segundo o interventor Salomão, a decisão foi tomada por conta dos constantes roubos das estruturas.

— Até a nova licitação ser feita, é impossível restaurar essas estações. Aquilo ali custou entre R$ 600 e R$ 800 milhões para ser feito. Até piso de granito levaram.

Empresas questionam licitação

As empresas de ônibus que operavam o serviço questionam a legalidade de uma licitação para escolher novas firmas que passariam a atuar nos três corredores do BRT que já existem (Transoeste, Transbrasil e Transolímpica) e também na Transbrasil, que ainda não foi inaugurada. O consórcio operacional do BRT afirma que há um contrato vigente desde 2010 que dura até 2032 e entrará com reclamação na Justiça caso ele seja rompido.

“Apostar nessa solução, além de gerar insegurança jurídica, é protelar a resolução de problemas, colaborando para o sucateamento do modal. E vale lembrar que licitar um sistema que opera sob contrato legal e formal vai gerar indenizações de alto valor. E essa conta será paga pela população”, ameaçou o grupo, em nota.

Salomão alega que o contrato é ilegal porque foi celebrado sem licitação. As empresas foram escolhidas, alega ele, para operar os ônibus regulares e o BRT é um sistema completamente diferente.

Em nota, as empresas que operavam o BRT criticaram os 120 dias de intervenção sob o comando de Salomão.

“Agora, quatro meses depois de estar à frente da gestão do BRT, a Comissão de Intervenção não conseguiu sequer apresentar à sociedade um diagnóstico transparente ou um planejamento sério sobre o que precisa ser feito para garantir um transporte mais eficiente e útil aos usuários”, afirmam.

Sobre as 22 estações fechadas, as empresas afirmaram: “É lamentável que a intervenção tenha optado pela solução mais fácil ao iniciar o desmonte das estações e ignorado sua obrigação legal em garantir segurança para os passageiros. A prefeitura jogou todo o dinheiro investido nas estações no ralo. Era esperada a atuação da Guarda Municipal para fiscalizar, aplicar multas e, principalmente, intensificar o trabalho de conscientização junto aos passageiros”.

Informações: Extra Globo

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Como funciona o BRT Transoeste, principal transporte da Olimpíada de 2016

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Quem chega pela primeira vez ao Terminal de Ônibus Alvorada, na Barra da Tijuca, espanta-se com a fila formada para o embarque no BRT Transoeste – mesmo fora do horário de pico. "A fila está grande, mas daqui a pouco devo estar saindo", avisa uma usuária, por telefone. Ela estava certa. Bastou um ônibus e em cinco minutos mais da metade das cerca de cem pessoas se foram. A mulher que falava ao telefone embarcou no carro seguinte. Cada veículo comporta 70 pessoas sentadas, mas são raros os ônibus que deixam a Barra sem que dezenas de usuários já se aglomerem de pé.

A lotação do sistema parece inevitável, afinal, a demanda por transporte para a região que mais cresce no Rio é imensa. E desde o início da operação do sistema, inaugurado há dois meses, o movimento é intenso. Mas a fila de hoje parece ser o menor dos problemas. Quem hoje usa o BRT conseguiu cortar uma hora e meia do seu tempo de viagem, como atesta o motorista Luís Aurélio da Silva Nascimento, de 34 anos. "Antes, demorava duas horas e meia no meu trajeto, e tinha de levantar da cama às 3h30 para chegar a tempo ao serviço. Cheguei a vir de carro um tempo para compensar, só que gastava mais. Hoje, levo de 30 a 40 minutos. Ganhei mais de uma hora de sono de manhã, e mais tempo para brincar com meus filhos à noite", conta. Ele sabe que se trata de uma obra olímpica, mas integra o grupo de quem já é beneficiado antes da chegada dos turistas: os trabalhadores, que representam 84% dos usuários.

"Os maiores favorecidos são as pessoas que moram na zona oeste e dependem do transporte público para chegar ao trabalho. Estamos falando de uma região com 1,64 milhão de habitantes. É outra cidade dentro do Rio. Mas o BRT é ônibus para turista também", destaca Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor e do Rio Ônibus, os sindicatos das empresas de ônibus do estado e da capital, respectivamente. Teixeira lembra, por exemplo, que as quatro linhas do BRT (Bus Rapid Transit, em inglês, ou Transporte Rápido por Ônibus), quando concluídas, integrarão duas das regiões que mais recebem investimentos para a Olimpíada de 2016: Deodoro e Barra da Tijuca, este último local do futuro Parque Olímpico, definido pela presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques, como "o coração dos jogos".

Linhas - Serão, ao todo, mais de 150 quilômetros de vias segregadas, dos quais 51 estão em funcionamento no trecho da Transoeste – a maior delas, que hoje liga a Barra a Santa Cruz e se estenderá até Campo Grande. São 36 estações divididas entre o corredor expresso e o parador (que, como o nome diz, para em cada uma delas). A próxima a ficar pronta deve ser a Transcarioca, que permitirá integração ao Aeroporto Internacional do Galeão. As outras duas, Transbrasil e Transolímpica, estão em fase de projetos.

Dentro dos ônibus articulados, uma gravação informa a próxima estação de parada em português e inglês, quando necessário – como faz o metrô carioca. Atualmente, a Transoeste transporta 60.000 pessoas diariamente. A estimativa é chegar a 120.000 por dia com a ampliação.

Teixeira assegura que o sistema comportará esse aumento de demanda. E mais: precisa que isso aconteça, para que seja lucrativo. Ao custo de 2,75 reais, o valor da tarifa é o mesmo de uma linha de ônibus comum, que não exige os gastos vinculados ao novo sistema – que tem estações de embarque e desembarque especiais, com equipes de limpeza e segurança próprias para ajudar a conter o vandalismo, e sistema informatizado que avisa o intervalo entre os veículos, monitorados por GPS. "O BRT ainda não se paga, mas acreditamos que nos próximos meses, à medida que o sistema crescer, chegaremos a um equilíbrio. A população não está acostumada, porque não cortamos as linhas paralelas, o que deve acontecer gradualmente a partir da migração", explica o presidente do Rio Ônibus, garantindo que não se cogita aumento de tarifa.

Aprovação - Mais qualidade e rapidez no transporte pelo mesmo preço são razões suficientes para justificar a aprovação do sistema: 90% dos usuários se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos, segundo pesquisa realizada no mês de julho pelo instituto de pesquisa Mapear. O índice de insatisfeitos é de 2% (8% se declararam neutros). "É um sucesso que não imaginávamos", admite Teixeira.

A fiscal de caixa Daniele Duarte, de 31 anos, é uma das que engrossa as estatísticas elogiando o sistema que, com corredor exclusivo, escapa de qualquer congestionamento. "Antes, eu ficava de 40 minutos a uma hora parada no trânsito, e chegava em casa cansada e estressada. Não passo mais por isso e sei que vou sempre estar no horário."

Na tarde de segunda-feira passada, a reportagem de VEJA percorreu o caminho de Alvorada a Santa Cruz, e o inverso. A fila observada na ida não se repetiu na volta – nem o volume de pessoas em pé dentro do ônibus. Por ser articulado, o veículo sacode um pouco mais do que os tradicionais, o que exige bom equilíbrio e pulso firme dos usuários. A maioria que conseguiu lugar sentada logo se ajeitou para um cochilo, que só foi interrompido quando um passageiro decidiu ouvir música no celular sem fones de ouvido – afinal, o novo sistema não anula velhos problemas de convivência e educação. Mesmo assim, a principal vantagem apontada pelos usuários foi comprovada: com pouca ou muita gente a bordo, o tempo gasto foi de exatos 50 minutos de ponta a ponta, em ambos os sentidos.

Atropelamentos - A fluidez com que andam esses ônibus, que não têm obstáculos na faixa exclusiva e só param nas estações ou semáforos, permite entender a razão de tantos elogios, mas também leva a pensar diante de outro número que começa a surpreender: o de pessoas atropeladas. Foram cinco acidentes desde a inauguração, em junho, três com morte - a última, na quinta-feira passada, próximo à estação Bosque da Barra, em direção a Santa Cruz. Segundo a CET-Rio, a mulher tentava atravessar a via fora da faixa de pedestres. Em coletiva de imprensa no último dia 3, o prefeito Eduardo Paes disse que o índice não preocupa e que pode ser contido facilmente com campanhas de conscientização. "O que a gente precisa é alertar, educar a população, mostrar que não dá para atravessar fora da faixa - nem em área de BRT nem em área de veículo comum."

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Cidade de Los Angeles copia corredor de ônibus brasileiro para diminuir engarrafamentos

terça-feira, 8 de maio de 2012

Considerada a capital mundial do automóvel, com uma frota de mais de 13 milhões de veículos, a Região Metropolitana de Los Angeles, na Califórnia, comeca a apostar em outras alternativas para desviar dos engarrafamentos que marcam a principal cidade da costa oeste dos Estados Unidos. Inspirada em Curitiba, a Agência Metropolitana de Transportes (Metro) lançou em 2005 um corredor exclusivo para onibus articulados: a Orange Line, que serve a 27 mil passageiros por dia ao longo de 22.9 quilômetros. Parece pouco para uma área que concentra 17,8 milhões de habitantes. E é. Entretanto, essa marca era aguardada somente para 15 anos depois, em 2020. De início, eram esperados só 8 mil.

O sucesso da linha, que liga North Hollywood a Valley Glen, em Los Angeles, fez com que a Metro investisse na ampliação do sistema, com mais 6,4 quilometros a serem inaugurados em junho. A expectativa é que o sistema receba até 10 mil usuários a mais por dia. De acordo com o gerente-executivo de projetos da Metro, Hitesh Patel, os custos mais baratos foram cruciais para a escolha do corredor, em vez de uma nova linha de metrô
— Alem do sucesso obtido por Curitiba, optamos por este projeto pelo fato de ser mais barato e rapido mesmo em relação aos bondes modernos. Uma milha (1,6 quilômetro) construída custa só US$ 2,2 milhões — diz Patel.

Com a ampliação, a Orange Line ganhará mais quatro estações, somando 18. Para construir a linha, foram derrubados estabelecimentos comerciais que estavam no meio do percurso — tal como no Rio, onde a Transoeste (corredor que ligará a Barra da Tijuca aos bairros da Santa Cruz e Campo Grande) exigiu a desapropriação de imóveis. A população local tambem reclamou na época, porque ficaria impedida de atravessar a rua em diversos trechos. Hoje, o cenario é o oposto. Um plebisicto aprovou o aumento de impostos para bancar a construção de novas linhas de transporte, entre elas, BRTs.
— Derrubamos alguns pontos comerciais, mas revitalizamos aquelas areas. Havia moradores que reclamaram porque não poderiam mais atravessar a rua por causa do corredor, mas a aprovação é grande. Fizemos um plebiscito e a população nos autorizou a aumentar 0.5% da taxa de vendas (uma espécie de ISS, atualmente em 15%) para esses projetos. Esperamos juntar US$ 40 bilhoes em 30 anos, e antecipar parte desse dinheiro em pouco tempo para iniciar os projetos — conta o gerente-executivo da Metro, antecipando a possibilidade de, no futuro, uma linha de metrô ser construida sobre a calha da Orange Line.

Aprovação popular nas ruas
Nas ruas, a Orange parece contar com a aprovação dos usuários.
— O servico é rápido e barato. Se eu tivesse um carro, com certeza oprtaria pelos ônibus para trajetos mais curtos e para ir a universidade ou a casa da minha mae — conta o estudante Matt Voylies.
— Além de ser barato, eu me sinto mais seguro viajando nestes ônibus — diz o desempregado mexicano Luis Aguilar.
O mexicano Aguillar representa outra faceta do projeto. Em todas as estações, existem instruções bilíngues, em inglês e espanhol, tal a quantidade de imigrantes hispânicos em toda a Califórnia. Para comprar os bilhetes, a Metro criou, em 2008, o TAP (Transit Access Pass), passe vendido e recarregado somente em máquinas nas estações, que são abertas, ao contrario das brasileiras e mexicanas. O bilhete unitário custa US$ 1,50. Há também passes mensais e diários, que permitem integração sem limites com os demais meios de transporte. Todas as tarifas são subsidiadas pelo governo.

Venda de bilhetes só nas estações
Na Orange Line, é proibido comprar a passagem com o motorista. Assim, o usuário tem que adquirir o cartão de embarque. Detalhe: ninguém checa se o passageiro realmente o passou no validador. De acordo com a Metro, a taxa de evasão, ou seja, de caloteiros, é de 1%. Um placar luminoso informa os intervalos de parada, que tambem são transmitidos por torpedos de telefone celular e pela internet.

Em outra semelhança com o Rio, Los Angeles também tem a sua integração informal com as bicicletas. Os ciclistas podem amarrar as magrelas na estação e seguir viagem. Todo o percurso corre paralelo a 12,8 quilômetros de novas ciclovias. Para incentivar a troca dos carros pelo transporte publico, existem estacionamentos gratuitos para os motoristas. Tudo para reduzir a frota nas ruas e a poluição. Ainda assim, os californianos preferem seus automóveis.

Atualmente, todas as linhas de ônibus da Grande Los Angeles transportam 1,2 milhão de pessoas. As duas de metrô carregam 350 mil passageiros - praticamente a metade de seu congênere carioca. Juntos, representam cerca de 10% do total que não troca seu carro particular por nada. A explicação para isso está na geografia do lugar. Plana e espalhada, Los Angeles não tem uma densidade populacional concentrada. Como resultado disso, os moradores têm que se deslocar por grandes distancias para chegar a sues destinos.
— A cidade é espalhada e os trajetos, longos demais. Os pontos de descida do metrô também são distantes. Por isso, é dificil convencer as pessoas a largarem seus carros — reconhece o porta-voz da Metro, Dave Sotero.

O incentivo ao transporte de bicicleta acompanha a Orange Line. Literalmente. Todos os veículos são equipados com suportes para carregar três magrelas na parte dianteira. O ciclista só tem o trabalho de prendê-las ali e embarcar. Para eles, existem ainda 12,8 quilômetros de ciclovias paralelas ao corredor, além de sete estacionamentos gratuitos.
A Orange Line também está integrada à linha vermelha do metrô. A Metro, no entanto, admite que, no futuro, a Orange Line pode dar lugar a uma linha de bondes modernos.
— No futuro, podemos usá-la para bondes, pois já temos 95%, 98% de toda a estrutura feita — conta Patel.

Tecnologia a serviço da fluidez
Em Los Angeles, sensores instalados nos ônibus emitem ondas para os sinais de forma que, a 300 metros de sua chegada, a luz verde se acende e mantém a viagem adiante, sem parar para que a frequência não seja prejudicada. Ao mesmo tempo, um sinalizador vertical se acende e reforça a informação de caminho livre para os coletivos, que param somente nos pontos e em cruzamentos importantes.
— Cada veículo tem um transponder (aparelho também usado na aviação, que informa a sua posição por emissão de sinais de rádio), que controlam os sinais de trânsito e os tornam verdes, liberando a passagem do ônibus. Isso melhora a velocidade — diz Hitesh Patel.

Na via, placas de trânsito lembram aos desavisados sobre a sua exclusividade para a Orange Line. Sensores instalados na lataria dianteira direita semelhantes a bigodes de gato avisam e guiam o motorista em relação à distância para o meio-fio. A tecnologia de segurança também está nas estações, fazendo companhia às máquinas para venda e recarga de bilhetes, e a bordo. Ônibus e paradas têm câmeras de vigilância.

Los Angeles tambem se vale de outras estratégias para reduzir os congestionamentos. As autoestradas têm seis faixas em cada sentido, mas todas tiveram uma delas transformada em seletiva, a exemplo do que se vê na Avenida Brasil. A diferença é que a Silver Line (outra linha de onibus articulados, mas sem exclusividade) tem liberdade para circular por ali, bem como carros de passeio com mais de três passageiros — devidamente checados por câmeras espalhadas pela freeway.

Além disso, a Metro tem a pretensão de expandir o metrô por 145 quilômetros, num projeto de US$ 5,6 bilhões em regiões onde haja grande densidade populacional. Nos subúrbios, a preferência será por BRTs e veículos leves sobre trilhos, como os bondes.

Marketing para atrair passageiros
Para atrair mais usuários, a agência metropolitana tem realizado campanhas de marketing com enfase na comparação com o metrô, na cor laranja que dá nome à linha e na palavra "mais", prometendo beneficios adicionais aos passageiros. Vale até lembrar a criação de frentes de emprego em tempos de desaquecimento economico na terra do Tio Sam.
— O BRT pode ser sim uma boa solução para as cidades. Não existe uma modelo perfeito, mas sim de acordo com as necessidades de cada lugar, como vemos na Cidade do México e em Los Angeles, que têm modelos diferentes. A grande questão é como atrair o passageiro do automóvel de Los Angeles. Aqui, temo um caso interessante porque o sucesso da Orange Line se sustentou num bom marketing, o de dizer que se trata de um ônibus com cara de metrô — conta Luis Antônio Lindau, diretor-presidente da Embarq Brasil, ONG sediada em Washington voltada para estudos e projetos de mobilidade urbana.

No Rio de Janeiro, a Embarq Brasil tem atuado gratuitamente como consultora da prefeitura para a preparação dos corredores TransOeste, TransCarioca, TransOlímpica e TransBrasil. O primeiro deles, o TransOeste (que ligará a Barra da Tijuca aos bairros de Santa Cruz e Campo Grande) terá sua obra inaugurada no próximo dia 21.
— O Rio leva vantagem sobre a Cidade do México porque o seu corredor permite ultrapassagens nas estações, sem perda de tempo em caso de um veículo parado à frente. Mas é preciso uma boa estrategia para evitar que a velocidade média não caia no trecho que será compartilhado por carros (na Estrada da Pedra, por exemplo, nos cerca de quatro quilômetros em que os ligeirões dividirão o mesmo espaço com outros automóveis), embora não veja esse risco.

Para aprimorar os corredores cariocas, a Embarq Brasil analisou os aspectos de segurançaa viária dos projetos atuais para o TransOeste e o TransCarioca, e propôs algumas mudanças.
— Sugerimos que o tempo de travessia das pistas fosse maior para que o passageiro possa chegar às estações sem pressa no TransOeste. Da mesma forma, propusemos a alteração de alguns retornos na Avenida das Américas, que ficavam em cima de pontos como centros comerciais e poderiam gerar retenção de tráfego por causa do acesso a esses lugares — conta a engenheira de transportes Marta Obelheiro.



Fonte: Extra.Globo


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