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Obras do BRT/Move no corredor da Antônio Carlos e Pedro I desafiam calendário da Copa

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Enquanto mais mudanças no transporte público são anunciadas para o novo sistema BRT/Move na Avenida Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I – que espera receber diariamente 400 mil passageiros – ainda esbarra em obras e na conclusão do terminal de integração Pampulha. Primeira estação a ser inaugurada na modalidade BRT, a São Gabriel, na Cristiano Machado, deve atingir a marca de atendimento de 100 mil passageiros/dia no próximo sábado. Nessa data, cinco linhas semiexpressas serão transformadas em alimentadoras e passarão a ligar os bairros ao terminal, sem se dirigir ao Centro. Para chegar a essa região, os passageiros deverão seguir nos ônibus articulados do Move. O número de usuários ainda é bem distante dos 300 mil que devem ser atendidos na São Gabriel até a Copa, como anuncia a BHTrans, mas já representa um avanço em relação ao corredor Antônio Carlos, prometido para ficar pronto dentro de um mês. O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cezar, garante que só faltam “bijuterias e maquiagem” para o fim das obras nesse corredor. Mas, no local, ainda há muito a ser feito, como garantem os próprios operários. 

Segundo Ramon, até a Copa do Mundo, daqui a menos de dois meses, os dois corredores vão estar em funcionamento. Na Antônio Carlos, as obras apresentam maior avanço entre o Viaduto São Francisco e o Bairro Lagoinha. No sentido contrário, até a Avenida Pedro I, funcionários ainda trabalham na instalação de equipamentos dentro das estações, na implantação de paisagismo e na conclusão das obras da Estação Pampulha. Um dos funcionários convida a reportagem do Estado de Minas para conferir o andamento das intervenções e diz: “Não vai dar para ficar pronta para a Copa”. Ainda assim, Ramon garante que “a bijuteria, a maquiagem, a roupinha, aquilo que é essencial, está quase tudo pronto”. Já nas estações Vilarinho e Venda Nova, segundo ele, as adequações estão em andamento. “São coisas mais simples e vamos operar lá também”, diz.

A lista de mudanças no BRT, previstas para sábado, inclui a criação de duas linhas troncais, que se somam às três já existentes. A linha 85 ligará a Estação São Gabriel ao Centro, passando pelos bairros Sagrada Família e Floresta, e à Região Hospitalar. Nesse itinerário, os veículos articulados e com ar-condicionado do Move seguirão pelo corredor exclusivo da Cristiano Machado até a Avenida Silviano Brandão, passando pela Rua Itajubá e pelas avenidas Francisco Sales, Bernardo Monteiro, Alfredo Balena e Augusto de Lima. O retorno será pelas ruas Goiás e Paraíba, pelas avenidas Bernardo Monteiro, Francisco Sales, Assis Chateaubriand e Contorno, Rua Itajubá e Avenida Silviano Brandão, onde o BRT retorna ao corredor exclusivo.

O quadro de horários e o cálculo dos intervalos entre as viagens da linha 85 ainda está sendo feito. A linha vai operar com ônibus padrons (modelo intermediário do Move, equipado com ar-condicionado, suspensão a ar, comprimento de 13,2 a 15 metros e bicicletário), que circulam dentro e fora do corredore. “A Avenida Augusto de Lima, as ruas Goiás e Timbiras, e a Avenida Alfredo Balena passam a contar com uma faixa operando exclusivamente para ônibus e com fiscalização para garantir uma circulação mais rápida à linha troncal 85”, explica Ramon. No início do mês, segundo ele, uma primeira leva de radares será implantada na Augusto de Lima, para controlar invasões de faixa. “Temos uma licitação em andamento e vamos aumentar o número de radares em todos os corredores do BRT, inclusive para controlar a bus way”, afirma.

Já para a nova linha troncal que funcionará a partir de sábado, a 8151 (Estação São Gabriel/BH Shopping, via Anel Rodoviário), o atendimento será feito, inicialmente, com ônibus convencionais, a exemplo dos que operam em linhas diametrais, que atualmente ligam bairro a bairro. Isso, porque, ao longo do Anel, não há estações do sistema Move. De acordo com a BHTrans, a criação do novo itinerário tem o objetivo de oferecer mais uma opção de acesso aos bairros no entorno do centro de compras, localizado na Região Centro-Sul da capital.

Alimentadoras

Cinco linhas semiexpressas, que hoje fazem a ligação de bairros no entorno do terminal São Gabriel ao Centro, também passam por mudanças e serão transformadas em alimentadoras. Para isso, deixam de ir para a Região Central e passam a ter a estação como destino final. Dois desses itinerários serão novos e três passarão por adaptações para o atendimento. A linha 5502 A (Jardim Vitória A) será transformada na 814 (Estação São Gabriel/Jardim Vitória). A nova 813 vai substituir a atual 5506C (Paulo VI, via Ribeiro de Abreu) e fazer a ligação entre esse bairro e a estação.

Outras duas linhas semiexpressas serão trocadas por linhas alimentadoras, que já funcionam aos domingos e feriados. Elas terão os quadros de horários readequados para operar também em dias úteis e aos sábados. As linhas 5502B (Capitão Eduardo) e 5506B (Ribeiro de Abreu Via Conjunto) serão substituídas, respectivamente, pelas 832 (Estação São Gabriel/Capitão Eduardo) e 837 (Estação São Gabriel/Conjunto Ribeiro de Abreu). Já a 5507A (Jardim Guanabara A) será transformada na alimentadora 707 (Estação São Gabriel/Jardim Guanabara). Esse itinerário já funciona durante toda a semana, mas terá o número de viagens ampliado.

Intervalo

Com as mudanças programadas, a expectativa é retirar 56 ônibus convencionais (por hora/pico) da pista mista da Cristiano Machado. Outra alteração será o acréscimo de 28 mil passageiros às cerca de 70 mil pessoas que já usam o BRT, passando pelo terminal São Gabriel. Para atender à nova demanda, a BHTrans promete aumentar o número de ônibus articulados no corredor Cristiano Machado, passando de 35 para 50 veículos. O reforço vai garantir, segundo a empresa, a redução de 50% no tempo entre uma viagem e outra. Na linha 83D (São Gabriel/Centro Direta), esse tempo será entre dois e três minutos e o número de saídas passa de 130 viagens/dia para 239 viagens/dia, aumento de 84%. Já no itinerário parador (83P), o tempo entre uma viagem e outra será de seis minutos, com realização de 113 viagens/dia, um aumento de 20% em relação `às 94 feitas atualmente. No trecho São Gabriel/Região Hospitalar, feito pela linha 82, o intervalo passa a ser de até cinco minutos, com 145 saídas/dia, 51% mais que as 96 viagens/dias atuais.

Por Valquiria Lopes 
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Tempo de espera no metrô de BH é a maior entre principais linhas do país

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Qualquer semelhança com um trem metropolitano não é mera coincidência. Além da aparência antiga dos vagões, o metrô de Belo Horizonte tem o maior tempo de espera entre uma composição e outra nos horários de pico em comparação com os outros cinco os principais serviços do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre. Os usuários mineiros ficam entre 4 min a 7 min esperando o embarque nos momentos de maior movimento, o que é diferente dos modernos sistemas adotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o intervalo entre viagens gira em torno de 2 minutos.

O metrô mais demorado depois do de Belo Horizonte é Recife, onde o tempo de espera é de 5 min durante o pico. Já nos demais horários, a capital mineira fica em terceiro lugar entre os que têm maior intervalo, com 10 min, atrás apenas de Recife, com 15 min, e Brasília, com 14. “A frota é muito antiga. Se tivéssemos uma modernização, a espera seria menor”, disse a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Alda Lúcia dos Santos.

Velocidade. A lentidão também é observada no ritmo empregado pelo metrô ao longo do trajeto, segundo engenheiros em transporte. A velocidade comercial – que é a velocidade média para a composição percorrer toda a linha, incluindo as paradas – gira em torno de 40 a 45 km/h nas maiores redes de metrô do Brasil e do mundo, segundo o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dimas Gazolla.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô da capital mineira, informou, em nota, que a velocidade média da composição é de 38 km/h e que o tempo gasto para se fazer o percurso de 28,1 km da linha 1 – da estação Vilarinho à estação Eldorado – é de 44 min.

Porém, a reportagem de O TEMPO percorreu o trajeto completo da linha 1 e gastou 53 min – sem que houvesse qualquer parada atípica –, o que corresponde a uma média de 31,8 km/h. O mesmo ritmo foi observado nas demais viagens nos horários de pico. “O metrô da capital não consegue atingir uma velocidade maior porque não tem tecnologia de metrô, como dispositivo avançado de segurança, que permite a frenagem rápida em casos de acidente. Do ponto de vista técnico, ele é um trem urbano”, afirmou Gazolla.

Na prática. Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min – às 7h36 saiu uma composição e só às 7h42 saiu a seguinte, na estação Vilarinho. Em outros momentos de pico, a espera girou entre 4 e 6 min. Já nos demais horários, a reportagem chegou a ficar 14 min aguardando o trem na estação Central – também sem que houvesse qualquer aviso de pane aos usuários –, o que lotou a plataforma.

A CBTU informou que a frota atual é de 25 trens, e a última renovação ocorreu em 2001. Cada composição comporta 1.026 passageiros. Por dia, o metrô transporta 230 mil pessoas.

Quanto à velocidade média, a companhia alega que o ritmo é semelhante a dos outros sistemas brasileiros, podendo ser até maior que a do metrô de São Paulo, “que opera com uma velocidade comercial de 33 km/h na linha Azul”. Já o metrô de São Paulo informou as composições transitam, no mínimo, a 40 km/h.

Melhorias

Reforço.  Em julho deste ano, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) implantou duas viagens a mais por sentido, no horário de maior movimento – entre 18h e 19h, o que aumentou em 20% a capacidade. 

Novos. A partir do segundo semestre de 2014, dez novos trens começam a circular na capital, e, com isso, a meta é reduzir o intervalo entre viagens e aumentar a velocidade máxima para 90 km/h. 

Estudo. A CBTU informou que está fazendo, ainda, testes para checar se é possível circular com trens acoplados durante o pico.

Levantamento

Dados. O Ministério das Cidades está elaborando um banco de dados sobre a qualidade e o desempenho dos metrôs do país e outros serviços de transporte público. Ainda não há data para divulgação.

Por Luciene Câmara
Informações: O Tempo
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Em BH, Carros invadem faixas exlusivas do BRT no Centro e na Pampulha

terça-feira, 1 de julho de 2014

Depois de quatro meses de operação e com as quatro estações de integração funcionando no sistema BRT/Move, muitos motoristas ainda ignoram a faixa exclusividade dos ônibus. Ontem, no dia em que mais duas linhas do BRT foram inauguradas e que o terminal Vilarinho, em Venda Nova, passou a fazer parte da rede do Move, as invasões das faixas e corredores exclusivos ainda desafiavam as manobras dos articulados. De dentro de um desses ônibus, a reportagem do Estado de Minas flagrou carros particulares circulando livremente nos corredores Santos Dumont e Paraná, no Centro, e nas pistas reservadas ao Move das avenidas Antônio Carlos e Vilarinho. 

A passagem dos automóveis em meio aos ônibus, já detectada pela BHTrans, não é o único empecilho no meio do caminho do BRT. Há ainda muitos pedestres que se arriscam fora da faixa ou atravessam na frente dos coletivos articulados, mesmo com o sinal aberto. 

As duas linhas que passaram a operar ontem dentro do sistema – a 63 (Estação Venda Nova/Lagoinha) e a 65 (Estação Vilarinho/Centro) – são paradoras e têm embarque e desembarque nas estações da Pedro I. Os dois itinerários já existiam e operavam com veículos convencionais. A capacidade de transporte, de 5 mil passageiros/dia nas duas linhas, e o intervalo de viagens (10/10 minutos na 63 e 15/15minutos na 65) foram mantidos, mas com o aumento da capacidade de transporte. “De 70 passageiros transportados nos convencionais, agora 140 usuários podem ser levados a cada viagem”, afirma o diretor de Transporte Público da BHTrans, Daniel Marx Couto, que ontem explicou a nova etapa de operação. 

USUÁRIOS O professor Kelson Leite, de 27 anos, diz que a viagem foi pelo menos 10 minutos mais rápida e saiu na frente pelo conforto do ar condicionado e do ônibus novo e moderno. Já a artesã Maria das Graças Delfino, de 47, fez ressalvas no itinerário de volta. “Esperei muito tempo na estação no Centro. No fim das contas, não sei se o tempo ganho no corredor exclusivo vai compensar. Além disso, ainda falta mais informação sobre os pontos de parada”, disse. 

De acordo com Daniel Couto, equipes da BHTrans estão nas estações para orientar os passageiros. Sobre as invasões de faixa, ele afirmou que há fiscalização para identificar as irregularidades. “Além disso, há uma licitação para aquisição de radares e eles serão instalados para coibir a infração.

Por Valquiria Lopes
Informações: Estado de Minas
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Prefeitura lança edital para ônibus rápido em BH

terça-feira, 2 de março de 2010


Cruzar de ônibus os 12,1 quilômetros da Avenida Cristiano Machado, em pouco mais de 20 minutos – da Lagoinha até a Estação Vilarinho. A BHTrans abriu concorrência pública para contratar empresa de engenharia que vai prestar os serviços de consultoria especializada na implantação do transporte rápido por ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês).

O sistema vai usar corredores viários que ligam o Centro de Belo Horizonte a importantes destinos do Vetor Norte, como a Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, o aeroporto de Confins e o futuro terminal rodoviário da capital, previsto para ser instalado no Bairro São Gabriel.

A nota de abertura da licitação foi publicada na última edição do Diário Oficial do Município (DOM) e prevê a contratação de empresa para elaboração do projeto de engenharia. Os interessados têm até 1º de abril para entregar as propostas e o escolhido vai ser aquele que oferecer o menor preço. Depois da seleção, o estudo tem prazo de nove meses para ser entregue.

A expectativa da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) é de que o contrato seja assinado em maio e concluído nos primeiros meses do próximo ano.

Segundo o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas, o projeto é implantar o BRT nas grandes avenidas da cidade. “O estudo vai definir a localização das estações, os tipos de linhas de ônibus, quais ligações e a quantidade de coletivos, de acordo com a demanda. Além disso, aproveitando o espaço das calçadas está prevista também a construção de ciclovia”, detalha.

O projeto – que usa pistas exclusivas de ônibus já existentes e alargamento de outras, operadas por coletivos articulados e com maior capacidade de passageiros – é dividido em três fases: Lagoinha à Estação São Gabriel (1ª fase); Lagoinha até a Estação Vilarinho (2ª fase) e Lagoinha em direção à Avenida José Cândido da Silveira (3ª fase).

No contrato assinado com o governo federal para as obras da primeira etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade foram garantidos os recursos suficientes apenas para a 1ª fase, além da implantação de mais dois ramais em quatro corredores que ligam ao Mineirão – Pedro II e Carlos Luz e Antônio Carlos e Pedro I.

Há um mês, tiveram início os estudos para o ramal Antônio Carlos e Pedro I e a expectativa é que nas próximas semanas seja assinado contrato para as avenidas Pedro II e Carlos Luz. Concluídos os projetos, será contratada uma empreiteira para execução das obras. No caso da Avenida Cristiano Machado e da Antônio Carlos, uma vantagem é a existência da busway (corredor exclusivo para coletivos), enquanto no caso da Pedro II e Carlos Luz é preciso fazer, além do projeto de engenharia, análise para desapropriação de imóveis que possibilitem a construção das estações de embarque.

A Avenida Pedro I tem projeto de alargamento, suficiente, segundo a BHTrans, para acomodar o projeto.Seguindo o exemplo de Curitiba (PR), o sistema rápido de trânsito prevê pagamento antecipado de passagem, embarque de passageiros no mesmo nível dos ônibus e outras facilidades que aproximam os ônibus do metrô. Mas, segundo Freitas, “é imprescindível para o trânsito da cidade a expansão do metrô. Visando uma solução definitiva”, ressalta.

Os corredores rápidos devem garantir maior agilidade no transporte de parte dos 150 mil passageiros/dia que usam as linhas municipais somente na Avenida Cristiano Machado. Além de absorver parte dos motoristas que circulam sóem carros particulares.
Fonte: Uai - Minas
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BH: Futebol, Inimigo Nº 01 do Transporte Público - Vândalos depredam 34 ônibus após jogo no Mineirão

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A derrota do Cruzeiro para o São Paulo na primeira partida das quartas de final da Libertadores, nessa quarta-feira no Mineirão, terminou com 34 ônibus depredados, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra/BH).
Deste total, sete são da frota destinada pela BHTrans para transporte especial de torcedores. O prejuízo médio por veículo é de R$ 700. A maioria dos ataques ocorreu no Anel Rodoviário, nas avenidas Pedro II, Antônio Carlos e rua José Clemente, no bairro Floramar.
As linhas mais atingidas foram 8350 (Estação Barreiro/Estação São Gabriel), 330 (Estação Barreiro/Independência), 2004 (Bandeirantes/Pilar), 3503 (Santa Terezinha/São Gabriel), 2214 (Floramar), 8501 (Maria Gorett/Engenho Nogueira), 6350 (Estação Vilarinho/Estação Barreiro), 4405 (Coqueiros) e 601 (Nova York/Juliana).

Fonte: Uai Minas

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Em BH, Nova linha amplia atendimento à Cidade Administrativa

terça-feira, 23 de março de 2010


Servidores estaduais que já trabalham na Cidade Administrativa contam com nova linha implantada pela BHTRANS A partir de segunda-feira, 22/03, começa a circular a linha de ônibus 66 -Estação Vilarinho/Savassi via Hospitais, criada com o objetivo de facilitar os deslocamentos dos servidores estaduais para a Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais.

Com a implantação dessa linha, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTRANS, proporciona aos usuários outra opção de deslocamento, com itinerário passando por vias da Região Hospitalar e pela Avenida Cristiano Machado.

Inicialmente, a linha vai funcionar nos horários de pico da manhã, das 6h15 às 8h, e da tarde, das 16h45 às 18h30, nos dias úteis. No período da manhã, os ônibus vão partir da Rua Professor Moraes, 139, Funcionários (ponto inicial), na ida para a Cidade Administrativa, e, à tarde, eles sairão da Estação Vilarinho, passando pela Cidade Administrativa e retornando pela Avenida Cristiano Machado em direção à Rua Professor Moraes.

  • Pagamento das passagens - As pessoas que forem utilizar o Cartão BHBUS e usufruir dos benefícios das integrações tarifárias poderão comprar créditos ou recarregar o cartão nos postos do Transfácil (consórcio responsável pela venda e comercialização do Cartão BHBUS), nas estações BHBUS e do metrô.
Os usuários também podem comprar o Cartão BHBUS Retornável à venda em todos os ônibus com os agentes de bordo.

O serviço de atendimento do Transfácil é feito pelo telefone 3248-7300. Outras informações das linhas de ônibus da capital podem ser obtidas por meio da Central de Relacionamento Telefônico da Prefeitura, 156.

Fonte: BHTrans
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Transporte dos servidores estaduais de Minas Gerais privilegia integração entre ônibus, metrô e fretado

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


O Governo de Minas Gerais está finalizando os procedimento para que seja iniciado o sistema de transporte que vai atender os servidores no deslocamento até a Cidade Administrativa. A integração entre ônibus, metrô e fretamento é o sistema de transporte coletivo mais adequado para atender à nova demanda, que será criada com o início do trabalho dos servidores na nova sede de governo. O metrô é a base da solução apresentada para esse deslocamento, pois liga a Estação Vilarinho, distante 5 quilômetros da Cidade Administrativa, ás regiões centrais e residenciais de grande parte dos servidores do Estado. O metrô também oferece a vantagem da baixa utilização pelos usuários no sentido centro-bairro pela manhã e no sentido bairro-centro no fim do dia, no contrafluxo dos demais trabalhadores.
Para atende à nova demanda de movimento, sete linhas de ônibus foram criadas, num total superior a 100 veículos, numa solução conjunta que envolveu a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Metrô BH e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Essas linhas irão levar os servidores até a Estação Vilarinho, onde será feita a conexão com os ônibus fretados. Quatro delas estarão em atividade no dia 22 de fevereiro, primeiro dia de trabalho dos servidores na Cidade Administrativa. A BHTRANS irá fazer um acompanhamento diário da demanda e, à medida em que as transferências dos servidores forem ocorrendo, as outras três linhas serão disponibilizadas. É importante destacar que, nos horários de pico (das 7h30 às 9h, e das 16h às 18h), todas as sete linhas de ônibus irão se deslocar até a Cidade Administrativa.
Além da criação de novas linhas, as já existentes que atendem à região serão também reforçadas à medida em que ocorrerem as transferências. Todas as linhas de ônibus estão sendo planejadas para que os servidores realizem somente uma conexão entre ônibus-ônibus ou ônibus-metrô. Em pesquisa realizada pela Seplag em março de 2009, 73% dos servidores informaram que utilizarão o transporte coletivo para chegar à Cidade Administrativa. O servidor terá à disposição um serviço de ajuda para definir as melhores rotas. O serviço estará disponível no Portal da BHTRANS, por meio de uma parceria com a Google Maps. As informações sobre rotas para a Cidade Administrativa estarão disponíveis a partir de 20 de fevereiro próximo.
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BRT/Move em BH está operando com superlotação

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Desde o início da operação do Move, as opiniões sobre o transporte rápido por ônibus (BRT) se dividem entre os usuários. Se, por um lado, há quem reconheça benefícios – como embarque com pagamento antecipado e em nível, diferentes possibilidades de integração entre linhas, além de ônibus maiores, com ar-condicionado –, por outro, quem encara o desafio diário de pegar um coletivo se queixa de pelo menos três pontos que desafiam os responsáveis pela operação do novo sistema: gargalos no trânsito na Área Central, superlotação nos horários de pico e demora na espera das linhas alimentadoras nas quatro estações de integração – São Gabriel, Pampulha, Vilarinho e Venda Nova. 

Embora a BHTrans recomende embarque sem filas no BRT, como ocorre no metrô, a maioria dos passageiros ainda recorre à prática de aguardar o embarque um atrás do outro. A medida, contudo, cai por terra nos horários de pico, quando as estações do Move se tornam uma terra sem lei, com discussões, usuários furando fila e chegando ao extremo, com casos de agressões físicas. 

Utilizando a pista exclusiva do corredor da Avenida Antônio Carlos, a linha 50 (Estação Pampulha/Centro Direta) leva 10 minutos no trajeto entre o Centro e o terminal. Mas, na volta para casa, entre 17h30 e 19h30, quem pega o coletivo na Estação Tupinambás enfrenta pelo menos 15 minutos num trânsito travado, até que o ônibus articulado consiga circular livremente, mesma realidade da linha troncal 61 (Estação Venda Nova/Centro Direta), que percorre a Avenida Cristiano Machado.

“Pela manhã, a entrada na Área Central é lenta, assim como a saída à noite. Na volta para casa, toda a agilidade que se consegue no percurso da Antônio Carlos se perde em engarrafamentos. E quando se chega à estação, aí o difícil é conseguir embarcar nos ônibus das linhas alimentadoras. É de 30 a 40 minutos. Antes, pegava o ônibus da linha 2210 C e, mesmo com as paradas no meio do caminho, chegava mais rápido”, protesta o representante de vendas Isaac Balbino, de 42 anos. A doméstica Eliane Santos, de 50, compartilha da opinião. “Penso que aumentou o tempo de deslocamento quando uso o BRT nos horários de movimento. Durante o dia até que ele chega rápido. Mas é no sábado que a viagem no Move vale a pena, pois além da rapidez, não viajo em pé. Como tenho problema de coluna, essa rotina de ônibus cheio é complicada”, aponta.

CONFORTO NÃO ATRAI - Mesmo contanto com uma frota de 450 ônibus do tipo padron e articulado, com ar-condicionado, suspensão a ar e maior espaço interno, o conforto não é reconhecido como atrativo pelos usuários. O motivo é a superlotação, principalmente das linhas troncais diretas. “Já não sei o que é viajar sentada no ônibus, a não ser quando há um degrau entre o piso e as cadeiras mais altas, onde fica o motor”, ironizou a escriturária Carmem Lúcia, de 61. Com o espaço reservado a duas bicicletas em lugar de dois assentos em cada coletivo – apesar da BHTrans autorizá-las apenas em horários específicos – muitos usuários viajam sentados entre as estruturas de fixação das magrelas. O mesmo ocorre nos espaços livres não ocupados por assentos. “Já vi mulher com criança sentada no chão porque ninguém quis dar lugar. Tem gente que depreda os ônibus”, denuncia a dona de casa Natália Silva, de 22. Moradora do Ribeiro de Abreu, ela leva cerca de 1h40 para chegar ao Centro, usando as linhas alimentadora do bairro e a troncal 83D, a partir da Estação São Gabriel.

O eletricista Jadir Oliveira, de 37, acrescenta que a falta de educação dos usuários é outro problema. Ele conta que diariamente encontra ônibus e estações superlotadas durante o horário da manhã, levando a situações inusitadas no BRT. “Os motoristas mal estão encostando os ônibus nas plataformas e as pessoas já entram empurrando. Muita gente fura a fila. Direto tem pessoas brigando dentro do Move”, conta.

Para o encarregado de depósito e usuário da linha 61, Jeferson Macedo, de 23, morador de Venda Nova, a situação seria ainda muito pior sem as filas organizadas pelos passageiros. “Se não fizer fila vira uma confusão maior. Ninguém respeita. Às 5h30 já tem uma fila dos infernos para vir ao Centro Não tem jeito. Quem está na ponta da fila (nas estações) não escolhe se vai sentado ou em pé. É entrar ou entrar”, ironiza Jeferson.

A desorganização das filas também confunde quem acaba de chegar para o transbordo nas linhas alimentadoras. “Na hora de embarcar nos ônibus das linhas alimentadoras o que se vê é um grande número de pessoas, em mais de uma fila para cada ponto. Algumas filas são verdadeiros caracóis. Não há ninguém para orientar ou mesmo grades separando as pessoas”, acrescenta a contadora Rosali Souza, de 46.

Avanço no transporte coletivo 

Apesar dos problemas, há quem reconheça os avanços do Move. “Os ônibus estão cheios nos horários de pico, mas acho que é uma questão de ajuste para melhorar. No meu caso, desço na Estação Pampulha e não dependo de linhas alimentadoras. E a vantagem é que algumas linhas do BRT passam próximo de onde moro, no Funcionários”, diz o estudante de medicina Gustavo Pizzano, de 21.

A escriturária Carmem Lúcia, 61, não se beneficia da integração do sistema, mas admite que a filha – que estuda na Savassi –, hoje paga uma única tarifa ao pegar três linhas de ônibus. Outro usuário do Move ouvido pela reportagem, que não se identificou, também concorda que quem mora em bairros da Pampulha e Venda Nova passou a ter melhor acesso à Região Centro-Sul. “A integração é boa do ponto de vista financeiro. Mas o sobe e desce nas estações torna o trajeto demorado”. Já a vigilante Soraia Leite, de 43, disse que está experimentando as opções do BRT para se deslocar de Venda Nova ao Centro. “O sistema parece bom e, com mais informações, vai dar para aproveitar melhor”.

A estrutura das estações, recém concluídas, é outro motivo de insatisfação. Grávida de seis meses, a recepcionista Daise Braga, de 25, encara na pele a dificuldade de chegar ao local de embarque, além de um assento livre – embora tenha prioridade. “Defeitos na escada rolante e nos elevadores são comuns. Não é fácil subir a escada lotada de pessoas, como único acesso à área de embarque das linhas alimentadoras. Uma rampa seria uma alternativa”, sugere.

Para o representante comercial Sandro Guimarães, outro problema é a falta de segurança. Ele aponta o risco aos quais os usuários estão expostos no embarque e desembarque entre as diferentes linhas. Dentre eles o fato de alguns motoristas não respeitarem a distância máxima de atracagem de 13cm, no vão livre entre os ônibus e as plataformas. “Quando se chega na estação, não há policiais. Quanto mais tarde, maior o risco de assaltos”, diz Sandro.

A opinião geral dos usuários do Move é reconhecida pelos motoristas e fiscais que trabalham no sistema. Na Estação Pampulha, falta estrutura de apoio aos profissionais. “Não há segurança para quem trabalha, o banheiro não é individual nem mesmo temos um local para fazer as refeições. As marmitas são esquentadas nos motores dos ônibus. Não só os passageiros que enfrentam problemas aqui”, desabafou um dos condutores. Sinal de que ainda é preciso ajustar muitos detalhes para o recém implantado transporte rápido por ônibus (BRT) entrar nos eixos e cair nas graças do belo-horizontino.

Landercy Hemerson
Bruno Freitas - Estado de Minas

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Em BH, “Frescão” da Cidade Administrativa será substituído por novas linhas do Move

domingo, 10 de julho de 2016

Implantado em setembro de 2012 como opção de comodidade aos usuários de automóveis, o serviço de ônibus executivo de Belo Horizonte tende a dar passagem para o Move. Uma das duas únicas linhas da frota de pouco mais de 10 coletivos que oferece dentre outros itens de conforto bancos estofados com apoio de braço, bagageiro, janelas escurecidas e televisão a bordo – além do ar-condicionado já presente no BRT –, a SE01, que liga a Cidade Administrativa à Savassi, teve aviso da extinção publicado no Diário Oficial do Município da última terça-feira (5). O documento do poder executivo municipal dá prazo de dois dias para pedidos de impugnação contra o assunto e cita ainda a transformação de uma linha convencional já existente, a 6030, e a criação de uma segunda linha, 6031, ambas operando nos corredores do Move, como substitutas para o “frescão” que hoje atende à sede do governo mineiro.

Além da SE01, a SE02 (Buritis/Savassi), é a outra linha executiva da capital. A baixa demanda de passageiros é um dos principais entraves para a operação do serviço: enquanto a SE01 transportava, em média, 770 passageiros/dia e mais de 15 mil/mês, a SE02 transportava em média 1.028/dia e mais de 20 mil/mês até o ano passado – a BHTrans não informou dados atualizados. O valor da passagem em ambas (R$ 6,90 e R$ 5,55 respectivamente) não ajuda – no BRT/Move, a tarifa custa R$ 3,70.

Em fevereiro do ano passado, a demanda reduzida já havia inviabilizado a única linha turística da capital. Implantada em junho de 2014 e readequada no mesmo ano, concentrando o atendimento nos fins de semana, a ST01 (Circuito Turístico Centro-Sul) utilizava o mesmo modelo de ônibus das SEs, percorrendo pontos como o Mercado Central e a Praça da Liberdade. A média de passageiros da ST01 era irrisória: dois por viagem.

NOVAS LINHAS Ambas as linhas que substituirão a SE01 serão semidiretas, ligando a Cidade Administrativa ao Hipercentro de BH pelas Av. Cristiano Machado e Antônio Carlos, com pontos finais na Savassi e na Av. Augusto de Lima, na região do Barro Preto. A 6030 (Cidade Administrativa/Savassi via Hospitais) seguirá pela Av. Cristiano Machado, com parada dentro da pista exclusiva apenas na Estação Minas Shopping e ponto final na Rua Professor Moraes, 139 – mesmo local onde hoje para com ônibus convencionais –, atendendo a Região Hospitalar. Fora da pista do BRT/Move em direção à Savassi, a 6030 começa a embarcar e desembarcar na Av. Francisco Sales, seguindo pelas Av. Brasil, Carandaí, Rua Rio Grande do Norte, Afonso Pena e Getúlio Vargas, até chegar na Rua Professor Moraes. No trajeto inverso utilizará as Av. Afonso Pena, Professor Alfredo Balena e Bernardo Monteiro, com trecho direto a partir da Av. Cristiano Machado, conforme as informações especificadas no DOM.

Já a linha 6031 (Cidade Administrativa/Centro) seguirá pela Av. Antônio Carlos com paradas dentro do corredor apenas na Estação Pampulha e Senai. As paradas nos pontos de ônibus em direção ao Centro começam na Rua Rio de Janeiro, seguindo pela Av. Santos Dumont, Praça Rio Branco, Av. Paraná, Rua Padre Belchior e Rua Curitiba, até o ponto final na Av. Augusto de Lima. O retorno será pela Av. Paraná, Praça Rio Branco, Av. Santos Dumont (inicia trecho direta), Rua Espírito Santo e Av. do Contorno.

FROTA DA 62 e 66 Para operar as linhas 6030 e 6031 com veículos do Move, o Consórcio Pampulha pretende concluir alterações nas linhas 62 (Estação Venda Nova/Savassi via Hospitais) e 66 (Estação Vilarinho/Centro/Hospitais via Cristiano Machado), com a criação de sublinhas. Haverá realocação de coletivos de ambas as linhas para atendimento às novas linhas da Cidade Administrativa nos horários de pico da manhã e tarde.

Informações: Portal Uai
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Expansão do Move em BH terá investimento de US$ 100 milhões

domingo, 10 de março de 2024

O Move, sistema de mobilidade urbana de Belo Horizonte que acaba de completar dez anos de implantação, está prestes a passar por uma grande expansão. 
Move é um dos principais sistemas de mobilidade de Belo Horizonte | Crédito: Alessandro Carvalho

Para isso, o projeto demanda um investimento de US$ 100 milhões. Os recursos para a obra vêm de um financiamento no valor de US$ 80 milhões provenientes do Banco Mundial (Bird). Os outros US$ 20 milhões serão custeados pela própria Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). 

O projeto de expansão abrange uma área de cerca de 24 quilômetros e atende o Vetor Oeste da Capital, contemplando as regiões Central, Oeste e Barreiro, e também a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O eixo estruturante da expansão é a avenida Amazonas. 

As obras incluem:
  • a criação de faixas exclusivas para o transporte coletivo, 
  • a adequação de várias vias transversais, 
  • a construção de abrigos para passageiros em pontos de ônibus e 
  • a readequação de calçadas com foco na acessibilidade.
 
Elas integram o projeto de Melhoria da Mobilidade e Inclusão Urbana no Corredor Amazonas (BRT Amazonas), que contempla o tratamento prioritário para o sistema de transporte público e coletivo por ônibus.

Segundo a PBH, também é prevista a melhoria urbana da Vila Cabana do Pai Tomás, na região Oeste da Capital, com o desenvolvimento de obras de infraestrutura, como a construção de ruas e vielas e intervenções em locais com risco geológico.  

A Prefeitura não informou qual é a previsão de início e de conclusão das obras de expansão do Move em Belo Horizonte.

Mas disse que a licitação para os estudos e projetos do BRT Amazonas, através de financiamento com o Banco Mundial, está em andamento, na fase de negociação das condições de contrato com o consórcio vencedor da concorrência.

“Estima-se que a Ordem de Serviço para início dos trabalhos seja emitida nos próximos meses”, disse a PBH.

O que já foi feito no Move de BH

Para sua implantação, o sistema contou com os investimentos previstos no PAC da Mobilidade Urbana da Copa 2014. Ao longo destes dez anos de existência, o BRT Move aumentou a sua capacidade de passageiros de 30 mil para 350 mil usuários transportados por dia. De lá pra cá, algumas intervenções já foram feitas para acompanhar o crescimento da demanda. 

A mudança mais significativa para o usuário foi o valor dos passagens, que neste período acumulou uma alta de 98%. Se no início das operações a tarifa padrão custava R$ 2,65, hoje o passageiro desembolsa R$ 5,25 para pegar um ônibus em BH. 

Já na infraestrutura, o sistema contou com a construção de estações de integração por toda a cidade, que são aquelas estações maiores onde ocorre a ligação entre as linhas alimentadoras vindas de diversos bairros e as linhas do Move.

São elas:
  • Estação São Gabriel;
  • Estação Pampulha;
  • Estação Venda Nova;
  • Estação Vilarinho.

Além disso, também foram construídas as estações de transferência, onde os usuários podem desembarcar e embarcar nas linhas ali disponíveis. Elas estão localizadas ao longo dos corredores Antônio Carlos e Cristiano Machado, do Move, e nas avenidas Paraná e Santos Dumont, na região central da cidade.

Além disso, também foram implantadas e ampliadas faixas exclusivas para uso dos coletivos, abrangendo ainda a recuperação dos pavimentos, implementação de sinalização horizontal e vertical, fiscalização eletrônica, abrigos de ônibus com novas funcionalidades e tratamento de calçadas e canteiros. 

Nos últimos anos, o avançar da tecnologia também impulsionou a revitalização do sistema, com a inclusão de uma nova modalidade de crédito eletrônico, vendas por aplicativo ou pela internet, e instalação de máquinas de autoatendimento nas estações. 

Prazo de validade da frota do Move termina em 2026

Pensados para se locomover com mais rapidez e sem interrupções (nas pistas exclusivas), os ônibus do Move têm uma vida útil de 12 anos, conforme previsto em decreto municipal, contados a partir do ano de 2014. Com isso, o prazo de validade da frota expira daqui a dois anos, em 2026.

Atualmente, o sistema conta com 425 veículos, sendo 236 do tipo padrão, e 189 articulados. 

Informações: Diário do Comércio

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BH: Usuário ganha sete novas linhas na região do Barreiro

terça-feira, 15 de dezembro de 2009


A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTRANS, conclui um processo de mudança no sistema de transporte coletivo da região do Barreiro, em 12 de dezembro, com implantação de novas linhas, alteração de número e itinerário de outras, realização de ajustes em quadros de horários e adequação da capacidade de atendimento das estações de integração da região, a Diamante e a Barreiro.

As novas linhas atendem a demandas da comunidade e vão beneficiar uma população de 300 mil pessoas, com a ampliação de opções de deslocamentos e acessibilidade a pontos de interesse dentro da própria região, como aos hospitais da região e à UPA Barreiro, e a outros bairros da cidade, mais rapidez nas viagens, diminuição do tempo de espera do transporte coletivo, redução de deslocamentos a pé e implantação de atendimentos a novas áreas urbanizadas.

Segundo Daniel Marx Couto, gerente de Coordenação de Projetos de Transporte da BHTRANS, para fazer a reestruturação da rede de transporte coletivo do Barreiro, foram estudadas as demandas da comunidade, o funcionamento e operação de todas as linhas e realizadas pesquisas de movimentação dos usuários e de origem e destino. “Todas as linhas estão sendo adequadas às diretrizes estabelecidas em termos de intervalos, capacidade de número de pessoas transportadas e caminhamentos, o que vai gerar mais confiabilidade, conforto e segurança para as pessoas”, acrescenta Daniel Couto.

Serão criadas sete novas linhas, sendo quatro alimentadoras da Estação Barreiro, uma perimetral, ligando o Barreiro à área do BH Shopping, uma semi-expressa ( ligando parte do bairro Regina ao centro, sem passar pela estação) e uma troncal, que fará a ligação da Estação Barreiro à Estação Vilarinho, localizada na região de Venda Nova.
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Em BH, Expansão do BRT atingirá mais bairros e estações do metrô

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O novo sistema de transporte por ônibus de Belo Horizonte, previsto para ser inaugurado no dia 15, segundo anúncio da BHTrans, será expandido pelas principais vias da capital mineira até 2020, fazendo conexões com estações do metrô e conectando bairros esquecidos pela primeira fase do projeto, como os da Região do Barreiro. A reportagem do Estado de Minas teve acesso ao plano de expansão do Move, o BRT de BH, no qual constam pelo menos mais 81,5 quilômetros de linhas do sistema. Um planejamento amplo que contempla uma expansão duas vezes e meia maior se comparada ao conceito original da primeira fase, já que os corredores inaugurais, das avenidas Santos Dumont/Paraná (1,3 km), Presidente Antônio Carlos (14,6 km) e Cristiano Machado (7,1 km) se estendem por um total de 23,1 quilômetros. O investimento para o metrô de BH será de R$ 3,1 bilhões. As obras da linha 3 (Savassi-Lagoinha) têm previsão de começar em setembro e durar quatro anos. A licitação deve ser lançada em maio. A revitalização da linha um e construção da linha 2 devem durar dois anos cada uma.

 Até a entrada em operação do BRT serão feitas mais 13 alterações em ruas e avenidas de BH
Nesse novo planejamento, o Move se ramifica por outras 10 grandes vias, mas ainda não há definição sobre se serão implantadas faixas de tráfego exclusivo, as vias demarcadas onde só ônibus trafegam, como ocorre hoje na Avenida Amazonas, ou se corredores onde apenas BRTs circulam, como ocorrerá na Cristiano Machado, Antônio Carlos e Dom Pedro I. A BHTrans adiantou que as próximas vias a receber linhas do Move serão a Avenida Amazonas e o Anel Rodoviário. Pelo plano de expansão ainda serão contempladas as avenidas Dom Pedro II, Nossa Senhora do Carmo, Raja Gabaglia, Carlos Luz, Américo Vespúcio, dos Andradas, Tereza Cristina, Waldir Soleiro Emrich, Mem de Sá e a Rua Patagônia.

A conexão com as linhas de metrô futuramente implantadas se dará por vias importantes e complexos de transferência de passageiros que comportarão maior fluxo, como a Estação Lagoinha, que receberá ônibus das avenidas Dom Pedro II e Antônio Carlos, e as estações Vista Alegre, Salgado Filho, Silva Lobo, Rio Negro, do Contorno, Barbacena, Raul Soares e Praça 7, que seguem contíguas à Avenida Amazonas. A maior extensão circulada pelo BRT será no Anel Rodoviário, onde os ônibus terão de rodar até 22,5 quilômetros, do acesso à BR-356, no Bairro Olhos D’Água, à Estação São Gabriel, na Região Noroeste de BH. O Anel Rodoviário comportará principalmente os ônibus vindos do Barreiro, que nesta primeira fase terá duas linhas do Move, a 6350 e a 8350, que são baseadas na Estação Barreiro. 

Trajeto
Os quatro corredores mais extensos a serem abertos na última fase do Move serão o da Avenida Presidente Carlos Luz, que se estende por 16 quilômetros da Estação Calafate da linha 2 do metrô até a Estação de Integração Pampulha do BRT; o da Avenida Nossa Senhora do Carmo/BR-356, que terá 12 quilômetros e vai do Olhos D'Água, no Barreiro, até a Estação Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, e Avenida Afonso Pena, no Centro; o da Avenida dos Andradas até a Avenida Silviano Brandão; e da Avenida Tereza Cristina até a Avenida Amazonas, ambos com 10 quilômetros.

O projeto prevê que, além das estações de Integração Venda Nova, Vilarinho, Pampulha, São Gabriel e Santos Dumont/Paraná, serão ampliadas as estações José Cândido da Silveira (Cidade Nova), Barreiro (Átila de Paiva) e Diamante, e construída a do São José (Jardim Inconfidência), entre as avenidas João XXIII e Dom Pedro II.


Para o mestre em engenharia de transportes e professor da Universidade Fumec Márcio Aguiar, o grande desafio do plano da BHTrans é a implantação das vias para a circulação do Move. “Para criar as canaletas de tráfego exclusivo seria preciso desapropriar grandes extensões. No caso de faixas exclusivas, o problema é a interferência com comércios e residências, além do conflito com o tráfego no momento de ultrapassagens”, disse. Ele cita o monotrilho como uma alternativa mais barata e reforça a necessidade de expandir o metrô. 

A BHTrans informou que trabalha inicialmente com os recursos já previstos pelo governo federal no valor de R$ 377 milhões. Entre as obras acertadas está o programa Pró-ônibus, de R$ 166 milhões, o Expresso Amazonas, de R$ 149 milhões, e o Complexo do Vilarinho, de R$ 50 milhões. Além dessas, os recursos serão utilizados para a elaboração do projeto do BRT do Anel Viário, que tem custo de R$ 12 milhões. Do total, R$ 194,5 milhões são do Orçamento Geral da União e R$ 182,5 milhões de financiamentos. No dia 17, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Caixa Econômica Federal assinaram um contrato de financiamento público do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Grandes Cidades no valor de R$ 140,4 milhões para obras de mobilidade urbana, encostas, pavimentação e drenagem. Esses recursos também poderão financiar parte da expansão do Move até 2020.


Informações: Estado de Minas
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BRT Move oferece conforto e rapidez, mas ainda há filas e superlotação

segunda-feira, 2 de março de 2015

Viagens bem mais rápidas e seguras em veículos confortáveis e com ar-condicionado para muitos passageiros. No sentido oposto, longas filas, baldeações, grandes intervalos entre as viagens e estações superlotadas para outros tantos usuários. Maior aposta da prefeitura para melhorar o transporte público em Belo Horizonte, o sistema BRT/Move (bus rapid transit em inglês transporte rápido por ônibus), com investimento de cerca de R$ 1 bilhão, completará um ano de operação no domingo. Para avaliar o desempenho do sistema, o Estado de Minas inicia hoje uma série de reportagens sobre a satisfação dos passageiros, a rotina das viagens e a estrutura oferecida.

Depois de três anos de obras e sete datas para inauguração, o Move começou a funcionar em 8 de março de 2014, com ônibus articulados e inicialmente com 23 quilômetros de malha viária em três corredores exclusivos nas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos/Pedro I, Santos Dumont e Paraná. Chegar ao primeiro embarque, no entanto, não foi fácil. Quando o corredor Cristiano Machado estava praticamente pronto, em 2013, várias estações de transferência precisaram ser mudadas de lugar,  por causa de erros de projeto. Em plena Copa do Mundo, a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes matou duas pessoas e atrasou o cronograma da Avenida Pedro I. De lá pra cá, o Move avançou. São 450 veículos e 3,6 mil viagens feitas por dia por 500 mil passageiros em 19 linhas troncais – que partem das estações de integração em direção ao Centro – e em 73 que alimentam esses terminais, vindas dos bairros.

Uma viagem feita em corredor exclusivo e em ônibus com ar-condicionado que nem de longe lembra a penúria de ficar horas parado em irritantes congestionamentos. Andar de Move em Belo Horizonte apresentou o lado bom do transporte coletivo aos passageiros, que sempre conviveram com veículos convencionais, de motor dianteiro e desconfortáveis. Na lista de vantagens há ainda redução no tempo das viagens. A BHTrans, que gerencia o transporte e o trânsito na capital, afirma ter havido diminuição de 47% no corredor Antônio Carlos e de 43% na Avenida Cristiano Machado, resultado do aumento da velocidade média nas duas pistas.

Enquanto nas pistas mistas coletivos circulam a 17km/h, na cidade, as linhas diretas chegam a 44km/h e as paradoras, 30km/h. O velocímetro mostra que trafegar com a mínima interferência das longas filas de carros, motos, caminhões e outros coletivos do sistema de transporte público ganhou a simpatia dos passageiros dos novos e modernos ônibus. Mas o sonho dourado do transporte público não dura toda a viagem. Andar no Move em BH é conviver ainda com estações lotadas, longas filas de espera para embarque, baldeações que atrasam deslocamentos e insegurança, já que não há presença policial, da Guarda Municipal ou de agentes particulares nos terminais.
Passageiros estão divididos entre os benefícios e as dificuldades. Há quem diga que o conforto dos novos coletivos supera qualquer problema, que na avaliação do empresário Pascoal Pimenta da Silva, de 60 anos, eram muitos antes da nova frota. “Só de ter ar-condicionado nesse calor estarrecedor de BH já está ótimo. As viagens no meu caso, que vou de Venda Nova ao Centro, também ficaram mais rápidas por causa dos corredores exclusivos.”

O recepcionista Cléber Inácio de Oliveira, de 51, fala em redução de até 50% no tempo de viagem na Cristiano Machado. Ele mora no Bairro Tupi, Região Norte, e elogia a rapidez do sistema. “Da minha casa até o Centro, gastava cerca de uma hora. Agora, mesmo tendo que fazer uma baldeação na Estação São Gabriel, gasto metade do tempo”, garante.

Vizinha da Avenida Cristiano Machado, a dona de casa Geovana Silva, de 33, que mora no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste, também diz que não tem nada a reclamar. “Sempre que ia ao Centro, ficava presa em congestionamentos, a qualquer hora do dia. Hoje, mesmo no horário de pico, quando as outras pistas estão paradas, faço o percurso em tempo mínimo. É muito bom”, afirma.

Para o militar Ronaldo Fernandes dos Santos, de 46, as vantagens do Move ainda não superam a lotação do sistema. “Todos os dias as estações do Centro estão supercheias. A gente vive se espremendo nas filas de embarque e quem chega nos outros ônibus não tem espaço para sair. É uma situação terrível. Todo mundo apertado, mulher, criança, idoso, doente, deficiente, grávida. É um caos toda hora. O tempo de deslocamento também piorou demais. Tenho de pegar quatro ônibus para ir do Mantiqueira ao Centro, em uma hora e 30 minutos. Antes, pegava o 61 e eram 40 minutos”, lamenta. 

O confeiteiro Fabiano Campos de Souza, de 25, também está insatisfeito: “Tenho de esperar sentado na base dos pilares da Estação Pampulha até o meu ônibus, da linha 64, para a Estação Vilarinho, chegar. São mais de 30 minutos e não tem bancos nem cadeiras. Minha vida piorou demais” Ele completa dizendo que antes resolvia tudo com um ônibus e agora precisa pegar três, dependendo do lugar para aonde vai. “E o pior é que se estou em Venda Nova e quero ir para outro lugar da região, preciso pegar um ônibus do bairro para a estação e voltar para Venda Nova.  A gente anda para trás.”

Por Mateus Parreiras e Valquiria Lopes
Informações: Estado de Minas

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