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Multa por invadir faixa de ônibus em São Paulo cresce 74% em janeiro

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Apesar de o debate em torno das faixas exclusivas de ônibus ter ganhado destaque em 2013, ainda é grande o número de motoristas que as invadem nas vias paulistanas. Segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as multas aumentaram 74%, em janeiro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Foram registradas 70.442 infrações - uma média de 129 multas por km de faixa ou corredor em São Paulo - ante 40.555 em janeiro de 2013.

Proporcionalmente, no entanto, as autuações por km diminuíram: em janeiro do último ano, quando a cidade tinha 122,1 km de faixas (contra 433,5 km no primeiro mês deste ano), houve 173 infrações anotadas a cada km de faixa ou corredor.

Nos últimos 12 meses, 316,4 km desse dispositivo foram instalados por toda a capital paulista, tornando-se uma das principais apostas do primeiro ano da gestão Fernando Haddad (PT) para a área de mobilidade. Avenidas importantes, como a Paulista, a Radial Leste e a Marginal do Tietê ganharam o mecanismo em horários mais movimentados da semana. A quantidade de corredores se manteve estável em 111,1 km de um ano para o outro.

Impacto

Nem todos os motoristas de carro apoiam as faixas, alegando piora nos congestionamentos - a lentidão média no pico da tarde na cidade subiu de 80 km em janeiro de 2013 para 102 km no mês passado.

É o caso do chefe de produção Tiago Rosalino, de 31 anos, morador do Parque do Carmo, na zona leste. "A gente pega umas avenidas com muito trânsito, fica parado e não passa nenhum ônibus na faixa", diz o motorista.

Já o programador Hélio Barbosa, de 32 anos, morador da Bela Vista, na região central, apoia as faixas, mas reclama da fiscalização. "Estava circulando na faixa de ônibus em um domingo e fui multado." Ele entrou com um recurso, que foi negado, e agora está esperando uma decisão em segundo grau. A multa para quem desrespeita a faixa é de R$ 53,20, além de três pontos na carteira de habilitação.

Mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo, Horácio Augusto Figueira rebate a crítica comum de que as faixas de ônibus aparentemente vazias são um sinal de que estão sendo mal aproveitadas. "Se cada ônibus na faixa tiver um intervalo de até dois minutos, podem passar 40 ônibus por hora, com 1,2 mil passageiros, o que já é mais do que uma faixa de automóvel, que por hora leva até mil pessoas."

Informações: Agência Estado

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São Paulo bate a marca de 8 milhões de veículos

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A frota da capital paulista chega a 8 milhões de veículos nesta segunda-feira (25), segundo projeção feita pelo G1 com base no número de novos emplacamentos diários feitos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que é de 723. O último dado oficial do departamento é o balanço de abril, quando a frota da cidade fechou em 7,98 milhões de veículos.

A nova marca evidencia a briga crescente por espaço nos 17 mil kms de vias da cidade e, para especialistas, torna ainda mais importante o investimento maciço em transporte público. Os números do Detran mostram que todos os tipos de veículos seguem crescendo em São Paulo, desde motos, ônibus e caminhões.

O avanço do número de automóveis por pessoa é, porém, um dos quesitos mais alarmantes. Em março de 2011, quando a frota da capital bateu a casa de 7 milhões, a capital tinha aproximadamente um carro para cada 2,19 habitante se levadas em conta as projeções populacionais da Fundação Seade. Hoje, essa relação baixou para 2,03.

Já no Brasil, essa proporção é de 4,1 habitantes para cada carro, segundo os últimos dados disponíveis do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço da frota ao longo dos anos tem impacto direto em problemas como congestionamentos e acidentes. Também em uma comparação com 2011, o trânsito no horário de pico foi nos primeiros quatro meses de 2015 foi 14% maior do que o verificado há quatro anos, chegando a picos de 109 km de lentidão.

Segundo especialistas em transporte, é um problema crescente, apesar da diminuição do trânsito se comparado com o ano passado em 16,3% -fato atribuído à crise econômica. A Prefeitura de São Paulo credita a melhoria no trânsito às obras de mobilidade da gestão Fernando Haddad que estariam contribuindo para a redução do uso do automóvel na cidade. Já em relação aos acidentes, o ano de 2014 teve 1.195 fatais, 7,2% mais do que o ano anterior.

Investimento em transporte público
Para especialistas em transporte ouvidos pelo G1, não há outra solução que não investimento maciço em transporte público. “Gastar com pontes e túneis hoje em São Paulo é jogar dinheiro fora. Em um mês se exaure”, afirma o consultor Horácio Figueira.

Ele cita o exemplo da Marginal Tietê, que teve faixas ampliadas em 2009, canteiros eliminados, e que teve um ganho de velocidade apenas por um período, voltando a ser rapidamente um dos pontos caóticos do trânsito da capital.

Segundo o especialista, não seria possível colocar mais de 1 milhão de veículos ao mesmo tempo nos 17 mil km de vias de São Paulo, segundo cálculos feitos por ele considerando o tamanho médio dos carros e a malha viária da capital.

A opinião é semelhante à do professor área de transportes da Unicamp Carlos Alberto Bandeira Guimarães, que compara a cidade de São Paulo a um baile. "Vai chegando gente e o salão não aumenta de tamanho. O espaço viário para circularem não cresce nessa proporção.”

Para ele, as melhorias trazidas por uma linha de Metrô ou um corredor de ônibus são permanentes. Ele afirma que o investimento em faixas de ônibus na atual gestão Fernando Haddad (PT), quando foram inaugurados 475,4 km de faixas e corredores de ônibus, teve o mérito de melhorar a velocidade dos coletivos, tornando o serviço mais atrativo.

A Prefeitura de São Paulo, por sua vez, cita também os investimentos em ciclovias como motivo da recente queda de lentidão no município – hoje são 210 km. Bandeira Guimarães discorda que elas possam ter tido algum efeito significativo no trânsito. "Melhora no trânsito de São Paulo, só se houvesse uma grande melhoria e ampliação do transporte público num projeto de médio prazo. “É preciso investimento em massa em transporte público de qualidade", avalia.

Nesse mesmo sentido, Horácio Figueira lamenta a velocidade de crescimento do Metrô de São Paulo, que é de cerca de dois quilômetros novos por ano, menor do que outras metrópoles como Cidade do México. Para ele, a saída mais rápida é a construção de corredores de ônibus.

Figueira opina também que a mudança precisa ser cultural. “As pessoas já se acostumaram no padrão de conforto do carro, mesmo sofrendo duas horas, a pessoa não vê outra alternativa”, diz.

Informações: Márcio Pinho
Do G1 São Paulo
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Prefeitura de São Paulo veta projeto de lei que previa fretamento em faixas exclusivas de ônibus

domingo, 24 de abril de 2016

O prefeito de São Paulo Fernando Haddad vetou projeto de lei 724, de 2015, de autoria de vários vereadores, que pretendia alterar a lei municipal 16.311, de 12 de novembro de 2015, sobre os transportes por fretamento na cidade de São Paulo.

O projeto de lei pretendia liberar a circulação de ônibus e vans dedicados ao fretamento em faixas de ônibus para o transporte urbano. A cidade de São Paulo tem hoje 506,2 quilômetros destes espaços.

Na justificativa do veto, Fernando Haddad disse que essa questão deve ser decidida pela própria prefeitura, analisando os casos individuais, não havendo assim a possibilidade de a liberação estar prevista em lei.

“…a decisão sobre o uso das faixas exclusivas de ônibus, constante do projeto aprovado, insere-se em competência técnica específica, designada pelo Código de Trânsito Brasileiro ao exercício do órgão executivo local que, no Município de São Paulo, é o Departamento de Operações do Sistema Viário, a quem compete, mediante análise técnica adequada, avaliar a real necessidade e conveniência de sua liberação para o tráfego de veículos de fretamento.”,

Os fretados só podem circular nas faixas das marginais, sem embarcar ou desembarcar passageiros.

O projeto de lei também tentava estipular a idade máxima aos ônibus de fretamento de 8 anos e 4 anos para veículos mistos e micro-ônibus.

De acordo com a prefeitura, estes limites propostos tornariam inviável a prestação de serviços na cidade porque os gerenciadores federais e estaduais, que legislam sobre o fretamento, exigem outras idades. Pelo fretamento ter entre suas características a ligação intermunicipal, logo haveria conflito de normas. A administração também considerou tecnicamente o limite muito baixo.

Atualmente a idade máxima permitida para os ônibus de fretamento na cidade de São Paulo é de 15 anos.

Confira abaixo o veto na íntegra da proposta que tentava modificar a legislação sobre fretamento:

RAZÕES DE VETO PROJETO DE LEI Nº 724/15 Ofício ATL nº 86, de 19 de abril de 2016 Ref.: OF-SGP23 nº 818/2016 Senhor Presidente Por meio do ofício em epígrafe, Vossa Excelência encaminhou à sanção cópia do Projeto de Lei nº 724/15, de autoria de vários vereadores, aprovado em sessão de 23 de março de 2016, que visa alterar a Lei Municipal nº 16.311, de 12 de novembro de 2015, a qual dispõe sobre o transporte coletivo privado de passageiros na modalidade fretamento no âmbito do Município. Reconhecendo os meritórios intuitos colimados, a propositura, todavia, não reúne condições de ser convertida em lei, na conformidade das razões a seguir explicitadas. A Lei nº 16.311, de 2015, além da atividade de âmbito municipal, também se refere ao traslado que extrapola os limites da cidade, em que São Paulo figura como localidade de referência dos trajetos, seja como destino, origem ou rota de passagem. Dessa forma e com vistas a não causar entraves ao regular exercício da atividade, a citada lei deve estar em consonância com a regulamentação estadual e federal que disciplinam o fretamento intermunicipal, interestadual e internacional, a saber, o Decreto Estadual nº 29.912, de 12 de maio de 1989, e a Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres nº 4.777, de 6 de julho de 2015. O texto aprovado, ao fixar a idade máxima em 8 (oito) anos para ônibus e 4 (quatro) anos para veículos mistos e micro-ônibus, diverge do estabelecido por essas normas, que estabelecem 15 (quinze) anos como limite. Da hipótese de cada unidade federativa regular a questão de forma diversa, decorreria substancial embaraço de ordem prática às operadoras de fretamento, que teriam que se adaptar a cada uma dessas regras locais, tendo-se por corolário, em última instância, a própria inviabilização do serviço. Por outro lado, não se justifica a criação das taxas alvitradas no artigo 2º da propositura, uma vez que já ocorre a cobrança do preço público pertinente, nos termos do Decreto nº 56.737, de 18 de dezembro de 2015, quando da realização da vistoria técnica executada pelo Departamento de Transportes Públicos, para a expedição do Certificado de Vínculo ao Serviço, documento necessário para exercer a atividade. Anote-se que também são aceitas as vistorias efetuadas pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, no âmbito de atua- ção dessas, existindo o pagamento da respectiva contrapresta- ção pelas empresas. Quanto à obrigatoriedade de cadastro de todos os motoristas pela Administração Municipal, a medida se revela prescindí- vel, posto que as operadoras mantem esse registro e por meio delas já é possível o acesso ao cogitado controle. Finalmente, a decisão sobre o uso das faixas exclusivas de ônibus, constante do projeto aprovado, insere-se em competência técnica específica, designada pelo Código de Trânsito Brasileiro ao exercício do órgão executivo local que, no Município de São Paulo, é o Departamento de Operações do Sistema Viário, a quem compete, mediante análise técnica adequada, avaliar a real necessidade e conveniência de sua liberação para o tráfego de veículos de fretamento. Ante as razões apontadas, vejo-me compelido a vetar na íntegra o projeto aprovado, com fulcro no § 1º do artigo 42 da Lei Orgânica do Município de São Paulo, devolvendo o assunto ao reexame dessa Egrégia Câmara. Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência meus protestos de apreço e consideração. FERNANDO HADDAD, Prefeito Ao Excelentíssimo Senhor ANTONIO DONATO Digníssimo Presidente da Câmara Municipal de São Paulo

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Informações: Blog Ponto de Ônibus
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São Paulo: Uso de ônibus aumenta 15%, mas capacidade do sistema cresce só 1% na cidade

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A capacidade dos ônibus do transporte público na cidade de São Paulo cresceu 1% entre 2005 e 2009, enquanto o número de viagens aumentou 15% no mesmo período, de acordo com dados da SPTrans, empresa que gerencia os ônibus na capital. Dos 450 mil lugares em coletivos existentes em 2005, a prefeitura afirma ter criado mais 5.000. Já o total de viagens passou de 2,5 bilhões para cerca de 2,9 bilhões por ano. Foram 362,8 milhões de viagens a mais no total anual.
Apesar desse aumento, relacionado à adoção do Bilhete Único, o tamanho da frota não cresceu nos últimos três anos. Em relação a 2007, havia 33 ônibus a menos circulando na capital em julho passado, segundo os dados mais recentes da prefeitura, reunidos pela ONG Movimento Nossa São Paulo. Há três anos, existiam em uso no município 14.983 ônibus. A SPTrans diz ter renovado no período 57% da frota, o que gerou a criação dos 5.000 lugares.

Na outra ponta, dados do Detran (Departamento de Trânsito) mostram que, entre janeiro de 2008 e junho de 2010, as ruas de São Paulo ganharam mais 530.561 carros (aumento de 12% da frota).

Diante de pesquisas Ibope que mostraram desaprovação da população quanto à qualidade do serviço dos ônibus em 2008 e 2009, especialistas ouvidos pelo R7 defendem mais investimentos em transporte público e infraestrutura.

Para Cláudio Barbieri da Cunha, professor da escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador da pós-graduação em engenharia do transporte, três fatores podem explicar a manutenção do número de coletivos: os ônibus podem estar parados por estarem velhos; pode ter havido uma racionalização do sistema, priorizando ônibus mais eficientes, e a melhora da economia pode ter levado os usuários a trocar o ônibus pelo transporte individual na primeira oportunidade.

O professor não descarta a possibilidade de as três razões contribuírem para a estabilidade da frota. O especialista diz que o maior uso de transporte individual prejudica os ônibus, que compartilham a via com os carros.

O presidente da ANTP (Associação Nacional do Transporte Público), Aílton Brasiliense Pires, concorda que há migração dos usuários de ônibus para o transporte individual e acrescenta que a expansão das linhas de metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também contribui para a redução dos coletivos.

Pesquisa Ibope

Pesquisas Ibope/Nossa São Paulo, de 2008 e 2009, mostram que o tempo de espera e a conservação da frota de ônibus foram desaprovados. Os entrevistados deram notas entre um e dez para vários aspectos do trânsito. Notas abaixo de 5,5 refletiam insatisfação da população, de acordo com o critério do Ibope. O “tempo médio de espera nos pontos de ônibus” teve nota 4,2, em 2008, e quatro, em 2009. “Conservação e manutenção da frota de ônibus” teve notas 4,7, em 2008, e cinco, no ano passado.

A SPTrans cita outra pesquisa e aponta melhora da avaliação. "A edição deste ano da pesquisa da ANTP (referente a 2009), que avalia o transporte público na região metropolitana de São Paulo, aponta que os ônibus municipais tiveram uma evolução de dez pontos percentuais comparativamente com 2008, atingindo 50% de avaliação excelente ou boa", diz a nota. A empresa municipal ressalta a ampliação do Bilhete Único comum, de duas para três horas, e o investimento de R$ 162,8 milhões em reformas e requalificações nos corredores de ônibus da cidade. Os textos da assessoria de imprensa da SPTrans ainda ressaltam o aumento na capacidade dos ônibus desde 2005, de 5.000 novos lugares.


Fonte: R7.com
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Sistema BRT (Bus Rapid Transit) é solução imediata para regiões metropolitanas

domingo, 1 de julho de 2012

Em que tipo de cidade queremos viver? Segundo o especialista em planejamento e mobilidade urbana e diretor da C40 (órgão internacional que reúne os prefeitos das principais cidades do mundo), Adalberto Maluf Filho, não se pode pensar em mobilidade sem falar sobre uso de solo, integrando planejamento, meio ambiente e transporte eficiente de massa. Para o especialista o sistema de ônibus em via exclusiva, como o implantado no corredor ABD, tem inúmeras vantagens sobre a solução do monotrilho com o mesmo atendimento da demanda e um custo operacional muito inferior.
O especialista participou ontem (26) do seminário “Transporte Coletivo: Sustentabilidade, Mobilidade e Saúde”, organizado pela Metra, empresa que opera o Corredor Metropolitano de Ônibus ABD, e a Eletra, empresa brasileira que desenvolve tecnologia de tração elétrica para ônibus urbano, em São Bernardo do Campo.

Monotrilho versus BRT
Maluf Filho falou sobre as diferenças entre os modais Metrô, Monotrilho e BRT (Bus Rapid Transit ou ônibus de velocidade rápida). Explicou que o Metrô é um transporte de massa para altos volumes de passageiros (superior a 50 mil por hora), e que a demanda de passageiros destinada às novas linhas de monotrilho poderiam ser atendidas por sistemas de BRT, como em várias cidades do mundo: Bogotá, Cidade do México, Curitiba, em 12 províncias chinesas entre outros exemplos.

As grandes cidades, segundo Maluf Filho, tendem a optar por corredores de ônibus, devido à sua funcionalidade (que permite a integração com o espaço público), ao baixo custo na construção de vias exclusivas e ao baixo impacto ambiental, no caso dos ônibus de tração elétrica ou híbrida. “Mais de quatro mil ações sendo feitas nas cidades da C40 Cidades que estão evoluindo e apostando no corredor de ônibus", disse o especialista.

Maluf citou como exemplo a cidade de Bogotá (Colômbia) onde em duas faixas exclusivas os ônibus de trânsito rápido levam 35 mil pessoas/hora enquanto em outras cinco faixas, os carros levam apenas sete mil pessoas/hora. Na China as autoridades deixaram projetos de monotrilho em favor dos corredores de BRT usando a experiência de técnicos brasileiros. Na província de Ghuangzou o sistema atende até 45 mil passageiros/hora nos horários de pico, demanda equivalente a suportada pelo metrô.
O especialista em planejamento e mobilidade urbana considera importante a integração do transporte de massa com ciclovias, corredores exclusivos e metrô e reforçou que as melhores cidades do mundo privilegiam o sistema de transporte coletivo em detrimento do individual. Tomou como exemplo negativo as cidades Turim, na Itália, invadida por carros, e Seattle, nos EUA, que tem espaço destinado apenas aos automóveis, com baixa integração das pessoas no espaço público. Disse que ao contrário dessas duas, Nova York se reinventou com espaços de convivência, ruas completas com calçadas, proteção ao pedestre, sinalização, ciclovias e integração do espaço público. Disse que em São Paulo 82% das pessoas vão ao metrô de ônibus e que em Londres 76% das pessoas utilizam o ônibus nos deslocamentos. Na opinião de Maluf, o cenário ideal para uma cidade como São Paulo é que um sistema eficiente de BRT´s abasteça estações de metrô com linhas troncais, de forma integrada.

Exemplo de eficiência no corredor ABD
A solução apontada por Adalberto Maluf Filho pode tomar como exemplo o corredor metropolitano ABD, construído na década de 80, e há 15 anos operado pela Metra, com índice de satisfação de 80% segundo pesquisa feita com seus usuários.

Construído sobre vias segregadas, o corredor ABD tem extensão de 33 quilômetros e liga as zonas leste e sul de São Paulo, passando pelas de Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá. Circulam mensalmente pelo sistema, cerca de 7,5 de passageiros, em 13 linhas operadas, contando com 110 pontos de parada e 10 terminais.

Mobilidade, sustentabilidade e saúde
Participaram do seminário, além de Adalberto Maluf Filho, Vitor Seravalli, especialista em Desenvolvimento Sustentável e presidente do Comitê Brasileiro do Pacto Global da ONU; Paulo Saldiva, médico coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP) e os convidados Adriano Murgel Branco (ex-secretário de Transportes do Estado de São Paulo) e Oscar Silveira Campos, secretário de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo do Campo.

O Seminário é organizado no mês da celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, bem como da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, no Rio de Janeiro.

Informações: Casa da Notícia

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Sistema BRT (Bus Rapid Transit) é solução imediata para regiões metropolitanas

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Em que tipo de cidade queremos viver? Segundo o especialista em planejamento e mobilidade urbana e diretor da C40 (órgão internacional que reúne os prefeitos das principais cidades do mundo), Adalberto Maluf Filho, não se pode pensar em mobilidade sem falar sobre uso de solo, integrando planejamento, meio ambiente e transporte eficiente de massa. Para o especialista o sistema de ônibus em via exclusiva, como o implantado no corredor ABD, tem inúmeras vantagens sobre a solução do monotrilho com o mesmo atendimento da demanda e um custo operacional muito inferior.
O especialista participou ontem (26) do seminário “Transporte Coletivo: Sustentabilidade, Mobilidade e Saúde”, organizado pela Metra, empresa que opera o Corredor Metropolitano de Ônibus ABD, e a Eletra, empresa brasileira que desenvolve tecnologia de tração elétrica para ônibus urbano, em São Bernardo do Campo.

Monotrilho versus BRT
Maluf Filho falou sobre as diferenças entre os modais Metrô, Monotrilho e BRT (Bus Rapid Transit ou ônibus de velocidade rápida). Explicou que o Metrô é um transporte de massa para altos volumes de passageiros (superior a 50 mil por hora), e que a demanda de passageiros destinada às novas linhas de monotrilho poderiam ser atendidas por sistemas de BRT, como em várias cidades do mundo: Bogotá, Cidade do México, Curitiba, em 12 províncias chinesas entre outros exemplos.

As grandes cidades, segundo Maluf Filho, tendem a optar por corredores de ônibus, devido à sua funcionalidade (que permite a integração com o espaço público), ao baixo custo na construção de vias exclusivas e ao baixo impacto ambiental, no caso dos ônibus de tração elétrica ou híbrida. “Mais de quatro mil ações sendo feitas nas cidades da C40 Cidades que estão evoluindo e apostando no corredor de ônibus", disse o especialista.

Maluf citou como exemplo a cidade de Bogotá (Colômbia) onde em duas faixas exclusivas os ônibus de trânsito rápido levam 35 mil pessoas/hora enquanto em outras cinco faixas, os carros levam apenas sete mil pessoas/hora. Na China as autoridades deixaram projetos de monotrilho em favor dos corredores de BRT usando a experiência de técnicos brasileiros. Na província de Ghuangzou o sistema atende até 45 mil passageiros/hora nos horários de pico, demanda equivalente a suportada pelo metrô.
O especialista em planejamento e mobilidade urbana considera importante a integração do transporte de massa com ciclovias, corredores exclusivos e metrô e reforçou que as melhores cidades do mundo privilegiam o sistema de transporte coletivo em detrimento do individual. Tomou como exemplo negativo as cidades Turim, na Itália, invadida por carros, e Seattle, nos EUA, que tem espaço destinado apenas aos automóveis, com baixa integração das pessoas no espaço público. Disse que ao contrário dessas duas, Nova York se reinventou com espaços de convivência, ruas completas com calçadas, proteção ao pedestre, sinalização, ciclovias e integração do espaço público. Disse que em São Paulo 82% das pessoas vão ao metrô de ônibus e que em Londres 76% das pessoas utilizam o ônibus nos deslocamentos. Na opinião de Maluf, o cenário ideal para uma cidade como São Paulo é que um sistema eficiente de BRT´s abasteça estações de metrô com linhas troncais, de forma integrada.

Exemplo de eficiência no corredor ABD
A solução apontada por Adalberto Maluf Filho pode tomar como exemplo o corredor metropolitano ABD, construído na década de 80, e há 15 anos operado pela Metra, com índice de satisfação de 80% segundo pesquisa feita com seus usuários.

Construído sobre vias segregadas, o corredor ABD tem extensão de 33 quilômetros e liga as zonas leste e sul de São Paulo, passando pelas de Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá. Circulam mensalmente pelo sistema, cerca de 7,5 de passageiros, em 13 linhas operadas, contando com 110 pontos de parada e 10 terminais.

Mobilidade, sustentabilidade e saúde
Participaram do seminário, além de Adalberto Maluf Filho, Vitor Seravalli, especialista em Desenvolvimento Sustentável e presidente do Comitê Brasileiro do Pacto Global da ONU; Paulo Saldiva, médico coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP) e os convidados Adriano Murgel Branco (ex-secretário de Transportes do Estado de São Paulo) e Oscar Silveira Campos, secretário de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo do Campo.

O Seminário é organizado no mês da celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, bem como da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, no Rio de Janeiro.



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São Paulo: Corredores de ônibus têm um buraco a cada 272 metros

terça-feira, 11 de maio de 2010


A vida dos passageiros que utilizam os corredores de ônibus de São Paulo não é fácil. A cada 272 metros percorridos, há um buraco para “chacoalhar” a viagem do passageiro. A conta foi feita com base em quatro corredores da capital: Inajar de Sousa / Marquês de São Vicente / Rio Branco, Pirituba / Lapa / Centro, Itapecerica / Santo Amaro / 9 de Julho e Ibirapuera / Vereador José Diniz. Em 55,3 km percorridos, o DIÁRIO contou 203 buracos no meio do caminho.

A situação mais crítica está no corredor que parte da Av. Rio Branco, no Centro, até o Terminal Cachoeirinha, na Av. Inajar de Sousa, na Zona Norte da capital. No trajeto de 13,6 quilômetros, há um buraco a cada 194,2 metros. Além disso há 17 ondulações no asfalto ao longo de todo o percurso.

O bancário Sidney William, de 24 anos, pega o ônibus em direção ao Centro para ir ao trabalho todo dia na Avenida Inajar de Souza e convive com os buracos. “O problema mesmo é que o ônibus é muito cheio. Às vezes fica gente esmagada contra a porta. Você fica desajeitado para se segurar”, contou.

“O ideal é que exista um ponto de ônibus a cada 300 metros. Em São Paulo há, em média, um ponto a cada 500 metros. Há mais buracos do que pontos na cidade”, avaliou o consultor e especialista em engenharia de tráfego Flamínio Fichmann. “Em algumas vias dizem que são o excesso de transporte de cargas que danificam a pavimentação. Mas nas faixas exclusivas para ônibus, não pode ser surpresa os veículos pesados. Elas são feitas, em princípio, para esse tipo de veículos. Isso só mostra o descaso com os corredores”, completou.

Há dois tipos de pavimentação nos trajetos dos ônibus: asfalto ou concreto (pavimento mais rígido). O primeiro, mais comum, tende a formar ondulações com o tempo devido ao tráfego intenso dos coletivos. Os de concreto, porém, costumam ser mais regulares, oferecendo maior conforto ao passageiro.

Mas, logo no começo da Avenida Inajar de Souza, no sentido bairro, o que deveria ser um corredor exclusivo, com pavimento de concreto, pelo lado esquerdo da via, deu lugar a um estacionamento. Os ônibus são obrigados a disputar a faixa da direita com os automóveis.

A SPTrans informou que , esse trecho da avenida, falta construir paradas para os ônibus. Além disso, há um projeto para melhorar o corredor em andamento. As obras devem ser iniciadas ainda neste ano. Em relação à manutenção das vias, a empresa informou que uma licitação para o serviço deve ser publicada em breve, mas reparos pontuais e/ou emergenciais continuam sendo realizados.

Av. Ibirapuera é exemplo

O corredor das avenidas Vereador José Diniz e Ibirapuera pode ser chamado de exemplo. Em 6,3 quilômetros de faixa exclusiva para os ônibus há apenas quatro buracos. A pavimentação é de massa asfáltica na maior parte do percurso, só mudando para concreto nos locais de paradas, evitando a ondulação.

O corredor também é o único que conta com pontos de ultrapassagem nas paradas. E quase não há tampas de bueiros no meio das faixas.“É o corredor mais recente de São Paulo”, avaliou o especialista Flamínio Fichmann, justificando os diferenciais da via exclusiva. “Ele está longe de ser um corredor exemplar, mas já tem algumas características que representam alguma vantagem”, completou o consultor.

Segundo ele, atualmente se gasta algo em torno de cinco milhões de dólares para construir cada quilômetro de corredor de ônibus — no Metrô são gastos 150 milhões. “Eu acho razoável que se gaste 20 milhões de dólares por quilômetro, mas se faça muito bem feito”, defende.

Para Fichmann, do ponto de vista da capacidade de transporte, os corredores de ônibus são mais eficientes que o Metrô. “Ele tem uma taxa de retorno melhor. É só pegar quanto se transporta nos dois transportes e o custo das duas obras”, explicou.

Tinha um bueiro no meio do caminhoUma das principais causas de buraco nos corredores de ônibus são as tampas de acesso às galerias subterrâneas da cidade. Além de causarem a trepidação natural dos veículos que passam por cima delas, 46% das crateras contadas pelo DIÁRIO estavam junto aos bueiros, como são popularmente conhecidos.

“Onde há essas tampas de inspeções, há uma chance maior de infiltração no solo. A água tira a camada que está embaixo do concreto ou do asfalto e a pavimentação acaba cedendo. É o que chamados de solapamento”, explicou o especialista em engenharia de tráfego Flamínio Fichmann.

“Elas poderiam ser deslocadas para as calçadas. Não tem sentido essas tampas no meio do corredor”, completou o consultor em transporte.

Dos 97 buracos no corredor que liga a Estrada de Itapecerica, na Zona Sul, ao Centro, 48 se abriram onde estão os bueiros. A SPTrans informou que não é possível transferir as tampas das galerias para outros locais. Segundo a empresa, de uma maneira geral, a rede subterrânea das concessionárias que operam nessas galerias (energia, água, esgoto e telefonia) já existia antes dos corredores de ônibus.

O professor de Engenharia Civil Creso de Franco Peixoto, do Centro Universitário da FEI, explica que são três os tipo de pavimentação que podem ser usados nos corredores: asfalto, concreto ou blocos. “Os de massa asfáltica são os mais conhecidos e usados. Mas também são os mais baratos”, disse. “Mas se um veículo pesado parar em cima dele, o pavimento tende a se deformar”, completou o especialista.

Segundo o professor, o pavimento rígido, de concreto, é o mais caro, mas é o que dura mais. Por outro lado, é o mais difícil de consertar, caso seja quebrado. “Esse pavimento também é interessante, desde que se tenha a certeza de que não será preciso quebrar para manutenção no subterrâneos.

Modelo ideal é igual ao Fura-fila

O diretor-superintendente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Marcos Bicalho dos Santos, defende uma outra forma de transporte de ônibus: os BRTs, tipo de corredor com estações fechadas para as paradas, onde são feitas as cobranças das passagens, plataforma alta para ingressar nos ônibus, e veículos articulados, que transportam grande quantidade de passageiros.

“O mais parecido com isso que existe em São Paulo é o Expresso Tiradentes (antigo Fura-fila), mas que funciona em via elevada, o que não precisa acontecer”, explicou Marcos. “Normalmente eles são implantados nos canteiros centrais da avenidas, no mesmo nível da rua. Dessa forma fica mais acessível”, garantiu o diretor da NTU.

Atualmente, a única cidade com esse sistema é Curitiba (PR).Segundo ele, os corredores desse tipo de transportes são pavimentados com piso de concreto. “É um piso de alta durabilidade, com uma durabilidade maior e mais regular, o que deixa o transporte mais confortável”, resumiu.

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Bilhete Único Mensal pode deixar 30 mil cobradores ‘sem função’ em São Paulo

sábado, 16 de novembro de 2013

A chegada do Bilhete Único Mensal, que começa a funcionar no dia 30 de novembro na capital paulista, acendeu o alerta no Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano) de São Paulo. É que, segundo o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, um dos objetivos do novo cartão é tirar a moeda de circulação do sistema de transporte municipal. Assim, os usuários não poderiam mais pagar passagem com dinheiro e os 30 mil cobradores da cidade ficariam sem função.

“É uma política para dizer que o cobrador está sem função. Se você olhar, nos últimos anos, têm diminuído os assaltos (em ônibus). Não têm mais a mesma frequência do passado porque já se reduziu muito o dinheiro dento do carro. Então redução total é para dizer que o cobrador está sem função”, critica o cobrador e assessor da diretoria do Sindmotoristas, Antonio Ferreira Mendes.


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Atualmente, apenas 7% dos quase três milhões de passageiros transportados por dia usam dinheiro para pagamento da passagem. Os demais optam pelo cartão com créditos, como vale transporte, bilhete comum, estudante e integração. Isso sem contar os isentos, como os idosos e as pessoas com deficiência.

Mas, ainda que a cobrança dentro dos ônibus seja interrompida e estes profissionais “percam a função”, o emprego destes trabalhadores está garantido. Uma lei municipal, sancionada no ano de 2001, impede que o motorista conduza um veículo de transporte público sem um auxiliar dentro.

Apesar disso, para Getúlio Hanashiro, ex-secretário de Transportes de São Paulo e especialista no assunto, o cobrador não perde sua importância por não precisar mais fazer a troca de dinheiro para os passageiros. Na opinião dele, o trabalhador desempenha outros papéis para que o motorista fique concentrado na direção.

“Essa lei assegura que o auxiliar de bordo pode ser o cobrador. Ele ajuda em manobras, auxilia quando algum passageiro está fora de consciência. É mais uma pessoa que está assistindo, sobretudo, no período noturno já que o ônibus percorre lugares muito abandonados até o ponto final”, argumenta. Ainda assim, Hanashiro critica o provável fim da cobrança manual da passagem dentro dos ônibus, fato comum em outras cidades como Nova York, nos Estados Unidos.

“Essa é a tendência (fim da cobraça)a longo prazo. No Brasil, por uma necessidade de gerar empregos e por uma questão da segurança, não dá. Se não tivéssemos problema de segurança, realmente, era dispensável, uma vez que você pode ter cobrança eletrônica interna e externa . Eu não recomendo, neste momento, você tirar a figura do auxiliar. Você pode fazer isso a médio e a longo prazo, requalificando o cobrador e não criando novas vagas”, opina.

Outro lado

O iG procurou a assessoria de imprensa da SPTrans para saber, entre outras coisas, se há previsão de quando o dinheiro deixará de ser utilizado nos ônibus municipais, mas o órgão respondeu apenas que não existe "nenhum estudo por parte da SPTrans que preveja a extinção da função do cobrador de ônibus".

Leia a nota na íntegra:

"A SPTrans informa que existe em São Paulo a Lei Municipal 13.207/01, que prevê em seu Artigo 1º: "Os ônibus que integram o sistema de transporte coletivo do Município de São Paulo deverão ter, no mínimo, um funcionário, além do motorista, para fins de orientação e auxílio ao usuário, além da cobrança da passagem quando for o caso."

Não existe, neste momento, nenhum estudo por parte da SPTrans que preveja a extinção da função do cobrador de ônibus. Atualmente, a Cidade tem cerca de 30 mil cobradores e 30 mil motoristas operando no sistema municipal de transportes.

Vale lembrar que, atualmente, cerca de 7% das viagens realizadas nos ônibus são pagas em dinheiro e que este índice não ocasionou na demissão de cobradores.

A função do Bilhete Único Mensal será de proporcionar uma nova alternativa aos usuários, que poderão utilizar o sistema de ônibus municipais livremente por até 31 dias, pagando uma tarifa única de R$ 140,00. Não há qualquer relação entre sua implantação e a demissão de cobradores."

Informações: Último Segundo
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Tarifa Zero em São Caetano mais que triplica passageiros de ônibus em menos de um ano

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

O programa Tarifa Zero dos ônibus de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, divide opiniões. Uns celebram a economia gerada, outros reclamam de superlotação. Fato é que, após nove meses, a demanda triplicou e mais de 15 milhões de passageiros foram transportados sem pegar tarifa.

Em novembro, o município se tornou o maior do estado a adotar o passe livre. Antes, o sistema municipal contava com 47 ônibus, em oito linhas, que levavam cerca de 22 mil passageiros por mês, segundo a prefeitura.

Agora são 57 veículos (15 entregues em junho) em 10 linhas com picos de 75 mil pessoas por dia —ou seja, os aumentos foram de 36%, 25% e 240%, respectivamente. Inicialmente, a prefeitura previa 50% de crescimento da demanda. O município tem 165 mil moradores, segundo o Censo.

O morador Marco Antonio, 65, conta que das 7h às 8h é impossível pegar ônibus, pois todos estão lotados. Ele mora na rota da Linha 2, que passa pelos bairros mais populosos de São Caetano. “O prefeito acha isso uma maravilha. Fala para ele vir pegar ônibus todo dia, senta no meu colo.”

Com ele concorda João Vitor, 42, que afirma nunca ter sentado em um ônibus após as 17h no passe livre. “Pessoal esqueceu como anda. Pegam num ponto para descer no próximo. De graça, pessoal até toma injeção na testa”, brinca. E não adiantara ampliar a frota. “Só restringindo para quem mora aqui, e olhe lá.”

Usuários reclamam que moradores da região sudeste de São Paulo acabam usando o sistema da cidade devido a gratuidade, o que aumenta a superlotação.

“A Linha 1, que é usada principalmente pelo pessoal de São Paulo para embarcar na Linha 10–Turquesa da CPTM, é de fato uma das mais lotadas. A razão por trás é simples: tem pouco ônibus e quase todos são velhos. Quando eles chegam no terminal, os motoristas esperam encher para sair”, disse Vicente Delgado, 45, que mora no lado paulistano.

A reportagem visitou o Terminal Rodoviário Nicolau Delic, que faz junção com a estação São Caetano da CPTM, e conferiu que de fato a Linha 1 tinha intervalos maiores que as demais e nenhum ônibus novo apareceu num período de duas horas. Às 18h, quase todas as linhas tinham filas que faziam zig-zag na plataforma.

Na Linha 1, passageiros sentavam até na escada de entrada. Quem estava no ponto, não conseguia entrar. A situação seguiu até o ponto mais próximo a São Paulo, quando mais da metade desceu.

“É utópico achar que teremos um ônibus de Tarifa Zero com três passageiros que nem tinha antes”, diz José Auricchio Júnior (PSD), que irá encerrar seu quarto mandato de prefeito de São Caetano. “Normalmente quem fala isso é um pessoal com mais idade, que tinha o ônibus para si.”

Cerca de metade dos passageiros já não pagavam passagem antes do programa, por serem idosos ou estudantes. “O problema é cultural. Antes você andava no ônibus batendo papo com o motorista. Esse conforto de antes não se paga.”

O Tarifa Zero custa para os cofres municipais R$ 3,5 milhões por mês, ou cerca de 1,5% do orçamento municipal.

Auricchio descarta que a presença de usuários de cidades vizinhas seja um problema e afirma ter encomendado um estudo para organizar melhor as linhas. Ele prevê que será necessário expandir a frota, “mas nada que impacte o orçamento, cerca de 5 a 10% de aumento”. A compra é uma decisão da Viação Padre Eustáquio, única concessionária da cidade.

A pesquisa sobre o sistema municipal apontou que 58% das viagens tem origem e destino dentro da cidade; 27% são de fora; 10% tem origem em São Caetano e vão para outra cidade; e 5% são de fora e utilizam o Tarifa Zero como parte de um trajeto maior.

“Um projeto dessa magnitude precisa de ajustes, claro, mas o projeto passa por três pilares: aumentar o número de passageiros transportados, previsibilidade de custo e atingir a satisfação de maior parte dos usuários”, diz o prefeito.

Parte dos usuários comemora a economia que consegue fazer com o programa. Jessica Thayna, 21, trabalha no Brooklin, na zona sul da capital paulista, e diz poupar R$ 250 por mês com a gratuidade. “Está cheio, mas nada se compara a São Paulo.”

Já Glaucia Nogueira, 42, antes ia a a pé até a estação, uma caminhada de 30 minutos. “Agora, faço o trajeto em 10 minutos [de ônibus]. Acho muito benéfico. Dá condição a muitas pessoas que não tinham”, conta.

Para o idealizador do passe livre e ex-secretário de Transportes da cidade de São Paulo durante a gestão da ex-prefeita Luiza Erundina (1989-1993), Lúcio Gregori, “o passageiro tem todo direito de reclamar. Passe livre não significa ônibus lotado”. A frota, segundo ele, deveria ter sido expandida antes e com mais planejamento.

Por Diego Alejandro
Informações: Folha Press

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Faixas exclusivas de ônibus dobram circulação de pessoas em avenidas de São Paulo, diz especialista

domingo, 1 de setembro de 2013

As faixas exclusivas para ônibus inauguradas recentemente em São Paulo permitem tranportar o dobro de pessoas em algumas das principais avenidas da cidade, afirma o engenheiro e especialista em mobilidade urbana Horácio Augusto Figueira. 

Pela conta do engenheiro, em uma avenida de três faixas — Paulista, Faria Lima e Rebouças, por exemplo —, circulam, em média, 700 carros por hora e por faixa, o que resulta no transporte de, aproximadamente, 1.000 pessoas, já que a capacidade dos veículos é de 1,4 passageiro. 

As três faixas somariam, então, 3.000 usuários na avenida

Ao se tirar a faixa da direita e destiná-la só para o ônibus, a via ficaria com apenas duas faixas para carro, que transportariam 2.000 pessoas. 

No entanto, por hora, a faixa de coletivos permite a circulação de 80 ônibus transportando 50 usuários, o que totaliza 4.000 pessoas em uma única faixa. Ao somar esse resultado com as outras duas voltadas para carros, as vias transportam 6.000 pessoas, ou seja, o dobro da primeira situação, como comentou o engenheiro.
— Na mesma avenida, sem destruir o meio ambiente, sem desapropriar ninguém, sem fazer túnel, elevado, viaduto, ponte, sem gastar milhões inúteis, eu consegui dobrar a capacidade de transporte daquela avenida em número de pessoas por hora.

O especialista argumenta que esse número pode ser ainda maior se na via exclusiva para ônibus circulassem coletivos biarticulados, transportando 100 pessoas por veículo. Depois de uma hora, 8.000 passageiros teriam passado pela faixa e, somadas às outras duas vias, a avenida registaria 12 mil clientes, o quádruplo do primeiro número.

A cidade de São Paulo ganhou, na última segunda-feira (26), mais de 12 faixas exclusivas para ônibus, que totalizam 6,7 km. Os diversos trechos são apenas uma parte das diversas instalações que a prefeitura de São Paulo tem feito na capital. Até agosto, o município soma 257,41 km destinados só para os coletivos, dos quais 135,32 km implantados em 2013.

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As faixas exclusivas têm agradado os usuários. Paulo Sérgio Mendes, um dos passageiros dos coletivos municipais, aprovou a ideia.

— Está melhor e mais rápido. É bom para a população de São Paulo, que chega mais cedo em casa. 

No entanto, outros usuários defendem, antes de mais nada, a melhoria no transporte público, como afirmou Flávia Soares, que também utiliza os ônibus da capital.

— Não adianta querer que as pessoas usem o transporte público se é ruim. Os ônibus, o metrô e o trem estão sempre cheios. Primeiro precisa melhorar o transporte público para depois tentar fazer alguma coisa para as pessoas usarem.

Heitor Augusto Neves, outro passageiro, também vê a situação da mesma forma.

— Eu acho importante, mas paralelo a isso deveria ter investimentos no transporte público. Se tivesse investimento, diminuiria o número de carros nas ruas.

Além da falta de melhorias nessa área, os motoristas dos ônibus também reclamam da invasão de carros nas faixas, o que prejudica o fluxo dos veículos no trecho. Milton Domingues Portella, um dos condutores, comentou o que vê diariamente pelas ruas da cidade.

— Do hospital Rubem Berta até a esquina da avenida Indianópolis com a [avenida Professor] Ascendino Reis você vê os carros invadindo a faixa. O pessoal não quer nem saber. Se vai dar multa ou não, que "dane-se".

CET multa 708 em faixa de ônibus de SP em um dia

O motorista de coletivos Eduardo Luís dos Santos, também afirmou que, mesmo com a fiscalização da SPTrans (São Paulo Transporte) e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os motoristas invadem a via exclusiva. Ele problematiza também outro fator.

— O trânsito melhorou, mas deveria colocar todo o tempo, não só as três horas, em tempo permanente, como na 23 de maio.

Esta é exatamente umas das questões levantadas pelo especialista em trânsito. Para Figueira, os diferentes horários das faixas confundem a cabeça do usuário do automóvel.

— Tem rua que é das 6h às 9h, outra é das 6h às 22h, algumas é só pico da manhã e tarde, então é só trocar o horário na placa. É fácil mudar isso, na medida que a coisa vai dando certo. Com isso, se eu sair de casa às 7h vai ter faixa exclusiva. Se eu sair 12h vai ter faixa exclusiva. Se eu sair 17 h vai ter faixa exclusiva. Não pode ser algo quebra-galho, só três horinhas de manhã, é muito pouco.

O engenheiro afirma ainda que, de acordo com a pesquisa OD (Origem e Destino) do Metrô, realizada em 2007, com dados sobre as viagens dentro do município de São Paulo, as quinta e sexta horas mais carregadas do dia são das 12h às 13h e das 13h às 14h, horários frequentemente não atendidos pelas faixas. 

— Você tem três picos hoje, na verdade. É o pico da manhã, pico da tarde e o pico do almoço. Incluir o sábado também é muito importante.

Figueira argumentou também que a maior velocidade dos ônibus já é um grande atrativo para a população. Para ter uma noção sobre o assunto, de acordo com um levantamento feito pela CET no corredor Norte/ Sul referente aos trechos 2 e 3 da faixa exclusiva, entre 12 e 16 deste mês, a velocidade dos coletivos aumentou 50% nos períodos da manhã, entre pico e da tarde.

De acordo com a pesquisa, o melhor desempenho da velocidade foi observado no sentido centro, no período da tarde, onde a velocidade média saltou de 12,72 Km/h para 23,25 Km/h. Um ganho de 83%. Já nos picos manhã, a melhoria foi de 59%, passando de 13,26 km/h para 21,13 km/h. No entre pico, a velocidade média dos coletivos aumentou 67%, de 14,64 km/h para 24,46 km/h. 

Faixa exclusiva aumenta em 108% a velocidade dos ônibus no Corredor Norte/Sul

Caso a iniciativa desses trechos exclusivos se consolidassem, o engenheiro defende que as vias à direita deveriam, sem exceção, virar corredores à esquerda. Hoje, Figueira já afirma ainda que os ônibus estão indo para o nível do metrô. 

— O metrô anda lotadíssimo e as pessoas continuam, teimosamente, usando, pois tem velocidade. O ônibus, alguns meses atrás, estava largado às moscas. Hoje, ele ainda está cheio, mas está começando a andar em várias avenidas. A hora que você tiver melhorado a frequência e velocidade, para mim, o ônibus vai ficar melhor que o Metrô.

Futuro

O objetivo da CET é implantar até o final de 2013, 220 km de faixas exclusivas, ou seja, faltam pouco mais de 84 km para atingir a ideia inicial, já que a cidade já conta com 135,32 km instalados.

Para o especialista em transporte, o número deveria ser bem maior.

— Eu tenho falado desde o ano passado em 400 km. A cidade tem 96 distritos e mais ou menos em cada uma você consegue colocar 4 ou 5 km de faixa tranquilamente.

*Colaborou o estagiário Thiago Pássaro
Fonte: R7.com
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