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Fortaleza terá mais 70 km de corredores de ônibus no Sistema BRT

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Priorizar o transporte público e coletivo é um dos principais objetivos da nova gestão da Prefeitura de Fortaleza. Por isso foram liberados pelo Governo Federal R$ 718 milhões para a construção de novos corredores expressos de ônibus, também conhecidos como BRT´s (Bus Rapid Transit).

O anúncio dos recursos foi feito na última sexta-feira (22) pela presidente Dilma Rousseff e pelo prefeito Roberto Cláudio. Os novos corredores fazem parte de um pacote de investimentos em mobilidade urbana do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).


Com a liberação de R$ 718 milhões, em recursos do Governo Federal, serão construídos pela Prefeitura de Fortaleza, já a partir de 2014, aproximadamente, 70 novos quilômetros de corredores expressos de ônibus. De acordo com o Secretário Municipal de Infraestrutura, Samuel Dias, os investimentos são históricos. "Nunca se investiu tanto em mobilidade urbana como nesses 11 meses de gestão. Os próximos três anos serão de grandes obras para a capital", explicou.

Além dos novos corredores garantidos pelo PAC da mobilidade, a presidente Dilma assinou contrato, liberando recursos da União para implantação do BRT - Senador Fernandes Távora/Expedicionários. A obra, que terá início em março de 2014, ligará o Conjunto Ceará, um dos bairros mais populosos de Fortaleza, ao centro da capital. Além das melhorias viárias, este corredor prevê a reforma, ampliação e adequação do terminal da Parangaba, passando da área atual de 12.000 m2 para 22.000 m2, que representa um acréscimo de mais de 80%, tornando o terminal compatível com a demanda atual de passageiros.

Para a implantação desses corredores expressos de ônibus em Fortaleza estão previstos o melhoramento, prolongamento e duplicação de vias para formação de eixos viários complementares. Além disso, a padronização do sistema viário principal e formação de rotas alternativas e complementares para o transporte individual oriundo dos corredores troncais com faixas exclusivas, permitindo a desobstrução dos pontos de estrangulamento, e restauração de vias degradadas, padronização de calçadas e implantação de ciclovias.

Todos os novos corredores expressos de ônibus da capital cearense fazem parte do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) e estão entre as principais medidas adotadas pela Prefeitura de Fortaleza para priorizar o transporte coletivo e a circulação de pedestres e ciclistas na cidade. Veja a seguir como está o andamento das obras dos BRT´s em Fortaleza:

BRT Alberto Craveiro (97,71%)
BRT Antônio Bezerra/Papicu (65,00%)
BRT Paulino Rocha (56,58%)
BRT Dedé Brasil (7,46%)
Eixo Via Expressa/Raul Barbosa (8,46%)

Novos corredores expressos de ônibus:

- BRT Messejana / Centro (BR 116/Aguanambi) = R$ 125 milhões (50% do valor total)
Extensão: 15,2 km
- BRT Antônio Bezerra/Messejana (Perimetral/Juscelino Kubitschek) = R$ 298 milhões
Extensão: 23,2 km 
- BRT - Emílio de Menezes/Vital Brasil = R$ 50 milhões
Extensão: 4,1km
- BRT - 1° Anel Expresso de Fortaleza (Complemento Av. Raul Barbosa à Av. Castelo Branco) = R$ 190 milhões
Extensão: 8,5 km
- BRS - Cel. Carvalho / Pres. Castelo Branco = R$ 55 milhões
Extensão: 17,9 km

Informações: CNEWS
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Em Fortaleza, 74% das paradas de ônibus não têm abrigos

sexta-feira, 8 de junho de 2012

"Em Fortaleza, o respeito a você começa muito antes do ônibus chegar". A publicidade da Prefeitura de Fortaleza está localizada nas paradas do Campus do Pici, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e refere-se à gratuidade da passagem para deficientes físicos. Paradoxalmente, a frase se contrapõe ao fato de que 3.446 dos 4.692 pontos de ônibus da cidade não têm abrigo, o que equivale a 74%. Os dados são da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).As paradas de ônibus modelo, desenvolvidas pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), não podem ser instaladas em todos os pontos da cidade porque em alguns locais não há espaço suficiente.

Com apenas 1.246 das paradas cobertas para usuários do transporte público, os transtornos chegam adiantados, pois, antes de enfrentar as vans e os ônibus lotados, os passageiros têm de ficar sob o sol da Capital.

Para se proteger, muitos apelam para o guarda-chuva, ficam em estabelecimentos comerciais até o coletivo passar ou tentam dar um jeitinho, colocando cadernos, pastas ou agendas sobre a cabeça, como o funcionário público Dyego Terceiro, 26, que sofre de hiperidose (excesso de transpiração).

"Para mim, o sofrimento é ainda maior. Em média, eu pego quatro ônibus por dia e passo cerca de uma hora no sol, pois todas as paradas são descobertas. Por isso, as pessoas estão abandonando o transporte público, porque as condições estão cada vez mais piores", declara o funcionário público.

A vendedora Isabela Barroso, 32, diferentemente de Dyego Terceiro, não suporta ficar exposta ao sol por tanto tempo, e sempre procura um lugar para se proteger. "Mas, às vezes, não dá tempo de eu pegar o coletivo, porque ele passa muito rápido. É um descaso ter tantas paradas sem cobertura. E na Copa do Mundo?", questiona Isabela, enquanto espera o ônibus sob a sombra de uma farmácia da Bezerra de Menezes.

É nesta avenida onde, segundo informações da Etufor, a Prefeitura começará a implantar os novos abrigos, já que a via terá corredores exclusivos para ônibus. A previsão é de que, neste mês, 50 equipamentos sejam implantados na extensão que vai do terminal do Antônio Bezerra ao Centro.

Em Fortaleza, os abrigos não são padronizados. Existem os de concreto, que oferecem perigo em caso de desabamento, e os de metal, mas os bancos costumam esquentar bastante. Por isso, a Etufor desenvolveu um modelo diferente para tentar resolver o impasse. "Queremos colocar em toda a cidade, mas, muitos lugares de Fortaleza não têm largura e comprimento suficientes para implantar os abrigos", afirma Ferreira Silva, chefe de planejamento do órgão.

Estrutura
Por enquanto, os equipamentos padrão só existem no Campus do Pici. De acordo com a Etufor, a estrutura tem bancos individuais, e a cobertura foi projetada para garantir conforto térmico a quem espera pelos coletivos. Muitos não concordam, como é o caso da universitária Ariane Rocha, 24. "O assento é pequeno, desconfortável. E, com o sol, fica quente igual às outras paradas", destaca.

Por Raone Saraiva / Diário do Nordeste

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Fortaleza vem registrando queda de usuários e menos ônibus nas ruas

domingo, 2 de junho de 2019

Nos últimos 10 anos, Fortaleza tem registrado mais de 20 milhões de deslocamentos de passageiros, em média, por mês. Entre 2014 e 2017, tendo em vista esta demanda, a frota de ônibus era crescente. Mas, nos dois últimos anos, o sistema de transporte coletivo da capital cearense tem registrado queda da quantidade de veículos. O total de veículos cadastrados (frota que engloba os carros em circulação e os reservas) passou de 2.301 em 2017 para 2.141 em 2019.

Os dados relativos à frota da capital cearense foram obtidos pelo G1 via Lei de Acesso à Informação (LAI). Nas ruas, usuários alegam sentir os gargalos no dia a dia, sobretudo, de superlotação em determinados trajetos e horários.

A diarista Antonieta Soares, conta que precisa deslocar-se de ônibus, pelo menos três vezes por semana, seguindo do Bairro Vila Peri para o Dionísio Torres. Para ela, em determinados horários, as viagens continuam cansativas, sobretudo, devido a dois fatores: o tempo de espera e a lotação do ônibus.

Já o estudante Jonas Rodrigues, morador do Bairro Papicu, admite que o transporte público de Fortaleza tem passado por melhorias, mas reclama da superlotação persistente em linhas e horários distintos. Para ele, essa condição pode ser um efeito da redução da quantidade de coletivos.

Os dados repassados pela Divisão de Planejamento da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) apontam ainda que o volume de deslocamentos – quantidade de passageiros registrados –, no primeiro trimestre de 2019 em Fortaleza, foi 10,41% inferior, se comparado ao período semelhante de 2018.

Para o vice-presidente da Etufor, Antônio Ferreira, ao analisar o quantitativo adequado da frota do transporte coletivo deve-se considerar não somente a frota global, mas sim a quantidade de ônibus necessária linha a linha. “A gente pega uma linha, a demanda da linha, vamos por cada faixa horária, ver quantos passageiros estão passando. Vou dimensionar a frota por horário de pico e vou dimensionar no trecho crítico. Pego a faixa horária, vejo quantos passageiros tem e vou determinar qual é a quantidade de viagens que eu preciso”, informa destacando a complexidade da definição da quantidade adequada de coletivos.

Conforme Ferreira, a frota em Fortaleza cresceu em determinados anos mas a demanda caiu em função de vários fatores, como: a crise econômica, as novas modalidades de transporte e as facilidades que a tecnologia tem provocado com menor demanda de deslocamentos.

O superintendente técnico do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), Pessoa Neto, reitera que a redução da quantidade de coletivos tem relação direta com a retração da demanda, que, segundo ele, ocorre, sobretudo, desde o final de 2015. Conforme o representante do Sindiônibus, inicialmente, a diminuição de passageiros foi justificada pela crise econômica, mas posteriormente percebeu-se que há outros fatores.

Segundo Pessoa Neto, a partir do momento em que se constatou a redução da demanda, houve diminuição da frota. “Mas é uma redução muito cuidadosa porque nós não podemos simplesmente pensar, se a demanda caiu 10%, vamos reduzir a frota em 10%. Até pra tomar uma decisão dessa é feito estudo linha por linha. Nós só tiramos um veículo de circulação após uma ordem de serviço da Etufor”, explica.

Hoje, de acordo com o superintendente técnico, há 24 pesquisadores do Sindiônibus designados para fazerem a contagem de passageiros de linhas diversas, além de outras formas de assessoramento para adequação da oferta de viagens à demanda. “A redução não é linear, muitas vezes a gente tira carro de uma linha e transfere para outra. Não podemos fazer uma viagem a mais ou a menos sem ir para o órgão gestor”.

Redução gera efeitos diretos em trajetos
A disposição do transporte coletivo segue a ordem econômica e, portanto, a oferta cresce sempre que a demanda garante essa ampliação, explica o professor de economia de transporte da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade da Universidade Federal do Ceará (UFC), Gildemir da Silva. “Se a demanda está em oscilação, para o operador, isto é uma justificava para reduzir a frota”, completa.

No entanto, o professor avalia que, embora a redução da frota seja "um fenômeno natural por conta da economia", o efeito dessa ação é sentido diretamente pela população pois, segundo ele, a cidade tem crescido e a redução implica na rotina de quem precisa fazer trajetos mais longas.

"Com a frota maior, as empresas de ônibus atendiam com mais frequência determinadas regiões da cidade”, ressalta. Nesta lógica, diz o professor, há menos frota para atender a mais quilômetros.

A espera por coletivos, acrescenta ele, tem provocado outro fenômeno que é a antecipação ou atraso dos passageiros no planejamento dos trajetos. “Com a redução, o operador pode até estar operando melhor. Mas os passageiros não contam com qualidade interna, sobretudo, em horário de pico. Para fugir disso, as pessoas estão saindo de casa cada vez mais cedo e deixando para voltar mais tarde, quando os ônibus ficam menos lotados”.

Informações: G1 CE


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Brasil se aproxima de 600 ônibus elétricos no transporte público, mas Chile lidera com 2,4 mil

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Visto como uma forma de reduzir a emissão de dióxido de carbono — um dos principais gases do efeito estufa — pelo transporte público, o ônibus elétrico integra a frota de cidades de 11 países na América Latina, segundo o E-Bus Radar, plataforma desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Técnica da Dinamarca. O Brasil é o quarto país com mais veículos do tipo na região, mas tem apenas 578.

Chile (2.456), Colômbia (1.590) e México (752) ocupam as primeiras posições. De acordo com levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a frota nacional conta com 107 mil ônibus para o transporte público, de modo que os elétricos representam apenas 0,5% do total.

Os 578, que incluem 276 veículos movidos a bateria e 302 trólebus (que obtém energia de linhas aéreas), estão espalhados por cinco estados (Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia) e o Distrito Federal. A capital paulista é a cidade com mais ônibus elétricos no transporte público, com 381.

O E-Bus Radar estima que com a quantidade atual, será evitada a emissão de 61,05 quilotons de dióxido de carbono por ano.

Cada país signatário do Acordo de Paris, como o Brasil, estabeleceu metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada. A Contribuição brasileira estabelece que o país deve reduzir as suas emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.

O Brasil também se comprometeu em alcançar emissões líquidas neutras até 2050, ou seja, tudo que o país emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas ou recuperação de biomas. Os gases do efeito estufa contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Nesse cenário, o ônibus elétrico aparece como uma ferramenta importante. Porém, para sua implementação no transporte público no território brasileiro, há uma série de desafios a serem superados, e isso tem impedido sua disseminação nas frotas em ritmo acelerado no país.

Entre os desafios, estão o custo mais elevado que o dos ônibus convencionais, a necessidade de preparação da rede elétrica das cidades para suportar maior consumo de energia e a importância de capacitar pessoas para fazer a manutenção dos novos veículos.

O economista Wesley Ferro, secretário-executivo do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (Instituto MDT), explica que o ônibus a bateria "custa na faixa de R$ 3 milhões, R$ 3,5 milhões". Já um ônibus a diesel convencional, mesmo com motor de tecnologia mais moderna, que possui um nível de emissões de gases menor, está na faixa de R$ 800 mil.

"A diferença [de preço] entre um ônibus e outro é grande. Então o volume de recursos que precisa para investimento em frota é muito mais alto", pontua o especialista.

Ele salienta que você comprar um ônibus de R$ 3,5 milhões e colocá-lo para operar em uma cidade que não tem infraestrutura exclusiva para ônibus nem recursos assegurados para o financiamento do transporte público, como é caso da maioria ou todas as cidades brasileiras, "é um investimento de alto risco". Dessa forma, muitas vezes, a preferência dos governos locais acaba sendo por investir num ônibus que não terá emissão zero de gases, mas possui motor Euro 6, por exemplo, que emite muito menos que outros mais antigos.

Em relação à preparação da rede elétrica das cidades, ele ressalta que São Paulo, por exemplo, estabeleceu uma meta para ter 2.600 ônibus elétricos na frota municipal até o final de 2024, mas não conseguiu avançar rapidamente para alcançá-la. O motivo é porque esbarrou "num grande problema": a necessidade de investimentos em infraestrutura de instalação para garantir o fornecimento de energia para os veículos que estão sendo implementados.

"Os estudos técnicos que foram feitos lá em São Paulo mostraram que se você tivesse 50 ônibus carregando ao mesmo tempo durante um período em determinada região, você derrubava a energia do restante da população toda".

O doutor em transportes Pastor Willy Gonzales Taco, líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias (GCTNT), da Universidade de Brasília, reforça que os ônibus elétricos vão consumir a mesma energia que já é consumida na cidade para vários tipos de uso.

"Como as cidades [brasileiras] estão preparadas para isso? Ninguém se preparou para isso. E aí entra um concorrente, que vem a ser os veículos particulares de passeio, que já consomem energia, iria ter um bom número de veículos elétricos percorrendo as vias".

Para o especialista, é preciso "compreender as potencialidades de produção energética de cada cidade. Cada cidade tem sua característica. Alguns municípios Brasil já estão implementando há um bom tempo outros tipos de energia para sustentar os veículos. Biodiesel e assim vai".

Ele salienta que o planejamento do município para comprar ônibus elétricos precisa considerar ainda o fato de que o modelo pode já se tornar ultrapassado no ano seguinte, visto que a tecnologia avança rapidamente.

Autonomia
De acordo com Wesley Ferro, a autonomia dos ônibus elétricos com bateria é menor que dos ônibus convencionais.

"Esses primeiros ônibus elétricos que foram incorporados nas redes, nas cidades, eles têm a autonomia muito baixa, na faixa de 200 km, no máximo 250 km. Portanto, para operarem, eles são colocados em linhas muito específicas, que são linhas com extensões menores", afirma. As linhas costumam também não ter muitas subidas.

No caso do trólebus, há a questão de ser pouco flexível, por depender da rede elétrica. A circulação fica restrita a vias que possuam rede aérea de energia.

Falando sobre as experiências internacionais, o secretário-executivo do Instituto MDT diz que o Chile e a Colômbia já estão no processo de eletrificação do transporte público há mais tempo que o Brasil. Em Bogotá, capital colombiana, a multinacional italiana Enel, que atua no ramo de geração e distribuição de eletricidade e gás, ajuda na compra de ônibus elétrico e distribui para operadores.

Investimentos em transporte público
O transporte público por si só é uma forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, porque diminui o número de veículos particulares em circulação.

Segundo o relatório de síntese sobre o diálogo técnico do primeiro balanço global do Acordo de Paris, publicado pelo secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas em setembro de 2023, o transporte contribui com aproximadamente 15% das emissões globais de gases do efeito estufa, e a eliminação gradual de motores de combustão interna e o uso de veículos elétricos "oferecem o maior potencial de mitigação no setor".

"Além disso, intervenções do lado da demanda, como a mudança de modos de transporte (por exemplo, para caminhar e usar o transporte público), serão essenciais no contexto de repensar a mobilidade".

A organização ambientalista World Resources Institute, de Washington, nos Estados Unidos, ressalta que ônibus e trens podem diminuir as emissões de gases de efeito estufa em até dois terços por passageiro por quilômetro em comparação com os veículos particulares.

Entretanto, o Orçamento da União de 2024 prevê um percentual pequeno de despesas com apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e capacitação de recursos humanos para transportes coletivos urbanos, as ações orçamentárias mais específicas sobre transporte público.

As dotações atuais são de R$ 140,4 milhões, R$ 591 milhões e R$ 1,2 milhão, respectivamente, representando somadas 0,01% dos R$ 5,39 trilhões previstos pelo Orçamento com despesas. Dos totais, R$ 88,5 milhões, R$ 111,5 milhões e R$ 283,5 mil foram realizados até o momento.

Em relação às emendas parlamentares, dos 213 congressistas da Frente Parlamentar Mista do Transporte Público, apenas o deputado Marcello Crivella (Republicanos-RJ) direcionou quantia para alguma dessas ações orçamentárias, sendo R$ 400 mil para apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano. A dotação atualizada total das emendas dos parlamentares da frente é de R$ 8,6 bilhões.

Ainda em relação às emendas, no total, são direcionados R$ 17,1 milhões para funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, com as bancadas de Goiás e Rio Grande do Norte tendo direcionados montantes também.

Para Wesley Ferro, o tema do transporte público ainda está distante da agenda de prioridades do setor público no Brasil.

Também, de acordo com ele, apesar de alguns processo estarem em andamento, como a discussão da renovação de frota elétrica, a chegada de linhas de financiamento de parceiros e bancos, como o BNDES, e a discussão de um marco legal para o transporte público (proposta tramitando no Senado), a política de mobilidade urbana "não é prioridade" do governo federal nem dos estados e municípios.

"Faltam recursos, falta qualificação de corpo técnico, faltam projetos qualificados para serem implementados", pontua.

Wesley ressalta que, historicamente, o sistema de transporte público no país "foi sempre financiado basicamente pela tarifa paga pelos usuários".

"A receita gerada nas catracas era a única fonte de financiamento do sistema de transporte público. Então servia para custear o sistema, manter o sistema em operação, e minimamente para fazer algum nível de investimento".

Com a queda da demanda durante a pandemia, mas necessidade de manter a oferta do serviço, visto que trabalhos essenciais não pararam, a fragilidade do modelo ficou evidente. A Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, acrescenta Wesley, "já apontava alguns caminhos que deveriam ser adotados para você mudar esse quadro, ter financiamento para o transporte público". Porém, para os instrumentos de gestão de política de mobilidade urbana apresentados serem implementados nas cidades, eles pressupõem "que você compre algumas brigas dentro da cidade".

É possível, por exemplo, a taxação do uso do automóvel dentro dos municípios. "Mas esse é um caminho que os gestores evitam. Ninguém quer que se indispor com determinados setores da sociedade".

O secretário-executivo do Instituto MDT salienta ainda que a transição energética não resolve "o problema do transporte público no Brasil", ou seja, você reduz emissões, pode estar cumprindo metas pactuadas nos acordos internacionais, mas se o transporte público continuar sem infraestrutura exclusiva para circulação nas cidades, como faixas e corredores exclusivos, corre-se o risco de ter uma frota eletrificada presa em congestionamento.

"Portanto, a infraestrutura tem o poder de contribuir também para a redução de emissões, num nível muito próximo do que você imagina com a substituição da frota por outra matriz".

O Instituto MDT apoia a implementação, no país, de um Sistema Único de Mobilidade. "A gente defende que esse é um caminho para que o transporte público possa ser de fato o grande estruturador das cidades e a grande prioridade das gestões públicas".

Na opinião de Taco, a atenção dos congressistas e do governo federal ao transporte público "está mais voltada à questão dos subsídios".

"Quando você vê as diversas demandas que se tem, é justamente mais voltada para os subsídios, ou seja, para atender os custos derivados da operação do transporte. Em termos especificamente de infraestrutura, tem havido uma paralisação ao longo dos anos".

Segundo o líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias, ao se observar os investimentos que os municípios fazem, salvo exceções e algumas grandes regiões metropolitanas, percebe-se que eles estão voltados mais para infraestrutura para o carro do que ao transporte público.

Atuação do BNDES
Em maio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que financiará a renovação da frota de ônibus em municípios brasileiros. "Ao todo, serão investidos R$ 4,5 bilhões para aquisição de 1.034 ônibus elétricos e 1.149 ônibus Euro 6, que reúnem o que há de mais moderno no mundo em termos de eficiência energética e baixo consumo de combustível", acrescentou o comunicado.

O banco explicou que a renovação de frota com veículos sustentáveis é uma das modalidades do Novo PAC Seleções. Ela prevê a destinação de R$ 10,5 bilhões para a aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 ônibus Euro 6 e 39 trens para atender 98 municípios. "Além do financiamento do BNDES, no valor de R$ 4,5 bilhões, a Caixa Econômica Federal financiará 39 trens, 1.495 ônibus elétricos e 1.633 ônibus Euro 6, com investimento de R$ 6 bilhões para essa modalidade".

A diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, Luciana Costa, reforça algumas das dificuldades para implementação do ônibus elétrico no transporte público, como o custo bem mais elevado para compra do veículo. Luciana ressaltou vantagens dele em relação ao convencional: possui um custo de manutenção cerca de 80% menor; custo de operação "muito menor", porque energia elétrica é muito mais barata do que diesel; ajuda o país no cumprimento do Acordo de Paris, por não emitir gases do efeito estufa; é silencioso; e não emite poluentes.

Conforme a diretora, diante desses benefícios, o investimento em eletromobilidade, embora ele seja maior inicialmente, "é um investimento que se repaga". Ela pondera que, em alguns lugares no país, ainda não caberá uma frota eletrificada, porque as prefeituras brasileiras têm capacidades financeiras muito diferentes entre si.

Luciana salienta que o Brasil possui "um grande déficit" de infraestrutura de mobilidade urbana, estimado pelo BNDES em R$ 360 bilhões.

"Em 2022, foi investido 0,06% do PIB em mobilidade urbana nos modais de média e alta capacidade. Dentro desse número de R$ 360 bilhões, a gente não considera ônibus. A gente só considera metrô, VLT", explicou. A meta do banco é elevar o percentual de investimento para 0,25% do PIB.

Segundo Luciana, "o histórico de investimento no Brasil, seja em média e alta capacidade, seja em ônibus, é de instabilidade, imprevisibilidade e insuficiência. Por isso que essa pauta de mobilidade urbana, desde que essa gestão assumiu o BNDES, se tornou uma das grandes prioridades, nós sabemos que o desafio é enorme".

O banco está realizando um estudo nacional de mobilidade urbana para identificar qual seria a estrutura de média e alta capacidade que deveria ser implementada. A ideia é criar um banco de projetos para média e alta capacidade, que servirá deum insumo para a estratégia nacional de mobilidade urbana. O estudo começou no início deste ano e deve ser concluído no início do próximo ano. O custo para sua realização será de R$ 27 milhões.

Exemplo de Curitiba
Curitiba, que tem sete ônibus elétricos em sua frota do transporte público, sendo seis que começaram a circular em julho e um que deve começar a circular em agosto, tem como meta fazer com que 33% de sua frota seja elétrica até 2033 e 100% até 2050. Hoje, no total, são 1,1 mil ônibus na capital paranaense.

Segundo a Urbs, que gerencia o transporte coletivo na cidade, 54 ônibus elétricos vão ser adquiridos em 2025, com R$ 380 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Mais 70 estão programados com lei aprovada na Câmara Municipal de Curitiba, que prevê recursos de R$ 317 milhões nos veículos".

Questionada se a prefeitura entende que o investimento em transporte público e na descarbonização da frota são medidas importantes para o enfrentamento das mudanças climáticas, disse que "sem dúvida". "Os novos ônibus representam um salto tecnológico e um passo decisivo rumo a uma Curitiba mais sustentável. Sem emissões, sem ruído, com maior conforto térmico, eles trazem uma série de benefícios para a população".

O projeto de descarbonização da frota do município começou em 2018, e, em 2023, teve início os primeiros testes com veículos elétricos. Foram testados ônibus das marcas BYD, Eletra, Marcopolo, Volvo e Ankai até o momento.

"Em paralelo, Curitiba comprou os primeiros veículos elétricos. Cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo".

Os ônibus elétricos são os primeiros da frota da cidade com ar-condicionado. Possuem piso baixo para melhor embarque e desembarque de pessoas com mobilidade reduzida e contam também com entradas USB para recarga de celulares e sistema de anúncio de fechamento das portas. Em relação aos bancos, 20% são reservados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os veículos têm dois espaços para cadeirantes.

"O novo contrato de concessão do transporte coletivo, previsto para 2025, que está sendo formatado em parceria com o BNDES, já contemplará, na sua origem, a operação também de frota elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa", diz a Urbs.

O novo modelo de concessão será o primeiro do Brasil a contemplar, já na sua origem, a prioridade de redução de emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética; de acordo com a Urbs, isso "traz também segurança jurídica". Os dois grandes projetos do transporte coletivo em andamento em Curitiba — novo Inter 2 e BRT Leste-Oeste — terão frota elétrica.

A Urbs pontua que as precisam ser "mais resilientes às mudanças climáticas" e buscar soluções para "mitigar esse problema e evitar seu agravamento". "A eletrificação da frota das cidades é um passo importante para tornar as cidades mais sustentáveis, com zero emissões de gases do efeito estufa, de material particulado, e de poluição sonora".

A empresa pondera que, como toda nova tecnologia, apresenta desafios, por exemplo a forma de estruturação da aquisição dos veículos, e a oferta de ônibus e de fontes de financiamento.

Informações: SBT News

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Em Fortaleza, Lei que torna preferenciais todos os assentos de ônibus divide opiniões

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A lei que torna preferenciais todos os assentos de ônibus e vans do transporte público em Fortaleza gera polêmica nas ruas. Grávidas, mulheres com criança de colo, obesos, idosos e pessoas com deficiência física passam a ter prioridade na ocupação dos lugares, segundo regra aprovada em 25 de junho pela Câmara de Vereadores de Fortaleza. Atualmente, os ônibus e vans reservam uma parte dos assentos para gestantes, idosos e deficientes físicos.

O presidente da Câmara tem 15 dias úteis para enviar a lei ao prefeito de Fortaleza, que pode sancioná-la ou não. Até esta quinta-feira (3), o documento não havia sido enviado à prefeitura. Não há nenhum tipo de punição prevista porque a lei precisará ser regulamentada.

Para o vendedor Diego dos Santos, 19 anos, a lei é boa, pois lamenta ver mulheres, gestantes e principalmente idosos em pé nos coletivos. "Pego ônibus todos os dias e vejo que muita gente não tem educação para fornecer o seu lugar para quem precisa. Aprovo e espero que seja cumprida", disse o comerciante.

A comerciante Edna Santos, 26 anos, também aprova a lei, pois segundo ela, além da jornada durante o dia, a maioria das mulheres ainda tem trabalho quando chega em casa. "As mulheres merecem respeito. Nós trabalhamos duro o dia todo e quando chegamos em casa ainda temos de cuidar de filhos e da casa. Acho uma boa. Temos de ser valorizada", afirma.

Já o estudante de arquitetura, Leonardo Alves, 23, é contra uma parte da lei. Conforme o estudante, as mulheres merecem ser respeitadas, mas devem ter os mesmos direitos do homem. "Eu sempre dei meu lugar para gestantes e idosos. Para pessoas que aparentemente precisam de descanso. Mas dá meu lugar para uma mulher eu não sou a favor. Elas merecem ter os mesmos direitos dos homens. Por isso sou contra", disse.

Descaso

Quem convive diariamente com passageiros relata o desrespeito com mulheres, gestantes e principalmente idosos. O motorista Antônio Gilberto, 48, diz que há descaso. Muitas vezes, é possível encontrar vários idosos e gestantes em pé.

"O descaso é grande e, às vezes, choca. As pessoas mais desrespeitadas são os idosos e as gestantes. Teve uma vez que subiu uma gestante e vi muitos jovens sentados. Tive que parar o ônibus e obrigar alguém a dar o lugar para a gestante. Parei o ônibus e disse: 'ou vocês dão lugar para ela ou o coletivo não sai', contou o motorista.

O colega de trabalho José Lima Oliveira, 32, também conta uma história parecida. Segundo ele, um idoso subiu no ônibus e ficou em pé por cerca 10 minutos. Quando percebeu que ninguém ia dá o lugar, o motorista teve que exigir para alguém ceder o assento para ele.

"Foi um absurdo. Já era início da noite e, além de ele ser idoso, ele apresentava um problema na perna. Mesmo assim ninguém cedeu o assento. Achei um desrespeito e tive que parar o ônibus e pedir para alguém se levantar e dar o lugar para o senhor. A lei chegou em boa hora", conta.

Projeto de lei

O projeto 0097/2014 é de autoria do vereador Calos Dutra (PROS). Baseia-se no artigo 8º da Lei Orgânica do Município e no artigo 31 da Constituição Federal. Os dois remetem à competência do município em legislar sobre assuntos de interesse local.

No documento, o vereador Carlos Dutra afirma que a lei é importante devido à intensificação do número de abusos e assédios sofridos por mulheres que viajam em pé.

De acordo com o texto do vereador, o objetivo do projeto de lei é prático e sem ônus, podendo proporcionar uma mudança de caráter educacional. “O objetivo do projeto em tela é simples e muito prático e praticamente sem ônus. Outro aspecto importante da matéria em tela é justamente o caráter 'educacional da futura norma, que proporcionará uma era de respeito e cortesia para com as mulheres e os demais passageiros com alguma limitação”, diz o texto.

De acordo com o projeto do vereador Dutra, as empresas terão 30 dias a partir da publicação da lei para se adequar e tornar todos os assentos preferenciais, o deve ocorrer após a aprovação do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. As mensagens de reserva de parte dos assentos terão de ser removidas, e devem ser afixadas novas mensagens alertando para que todas as vagas sejam preferenciais.

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Deficientes físicos não têm acesso ao transporte público em Fortaleza

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

São muitas as dificuldades enfrentadas pelos deficientes físicos para circular em Fortaleza. Uma delas é o acesso ao transporte público. Fila, espera e ônibus cada vez mais lotado. Essa é a rotina desgastante de quem depende do trasporte público.

Duas cadeirantes foram chamadas pelo CETV para testar o serviço em Fortaleza. No primeiro ônibus ela encontrou dificuldades. O transporte coletivo não é acessível para cadeirantes e o cobrador teve que ajudar a cadeirante Daiane Clésia a entrar no ônibus. "Já quebraram até uma peça da minha cadeira por causa da dificuldade de entrar no transporte coletivo de cadeira de rodas. São quase todos apresentam problemas", afirmou Daiane Clésia.

Em outro ônibus o cobrador tem dificuldades de descer o elevador. Consegue só depois de várias tentativas. No terceiro ônibus, apesar de ter o equipamento, o mesmo não funcionava, estava quebrado. "É a primeira vez que paramos para cadeirantes. E acho que pelo ônibus ser novo, o equipamento não está funcionando", disse o cobrador Rafael Fontelles.

Pelo menos 12 mil deficientes físicos utilizam o transporte público em Fortaleza. Esses usuários são cadastrados no banco de dados da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e embarcam de graça nos ônibus. Atualmente metade da frota já adaptada para receber cadeirantes, mas o serviço ainda não é 100% eficaz, segundo especialistas.

"Não existe ponto de parada ainda para os cadeirantes. Essa é a dificuldade sentida pelos motoristas. Poderia ter um espaço para nós encostarmos mais e deixar a via aberta para os outros ônibus passarem", afirmou o motorista José Eduardo.

Já para o diretor do Sindicato dos Motoristas de ônibus, Tobias Brandão, os motoristas são obrigados pelos empresários a não perder tempo nas paradas de ônibus por ter que cumprir com uma rotina sempre apertada. "As empresas não querem trasportar com uma boa qualidade de segurança. Elas querem que o motorista corra. Faça o maior número de viagens possíveis. O motorista tem que sempre andar a mil por hora para tentar cobrir uma programação de viagem", disse.

A Etufor falou em nota que os ônibus passam por vistorias todos os meses. Mas se algum passageiro não conseguir embarcar pode denunciar para a ouvidoria da Etufor pelo número 3452.9292.

Informações: G1 Ceará

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Em Fortaleza, Painéis eletrônicos nos pontos de ônibus não funcionam

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Não bastasse ter de encarar o trânsito intenso de forma bastante desconfortável, os usuários de ônibus em Fortaleza também são obrigados a enfrentar outro problema no sistema de transporte urbano. Os equipamentos do programa Bem na Hora, que deveriam fornecer informações sobre o percurso dos veículos de seis linhas da Capital, frequentemente são encontrados fora do ar ou com defeitos nas paradas da Capital.

Não é raro ver muitos dos 39 painéis eletrônicos situados nos pontos de ônibus quebrados ou com dados imprecisos. Além disso, os longos congestionamentos nas ruas de Fortaleza atrasam ainda mais a previsão de chegada dos ônibus às paradas.

Somente na Avenida 13 de Maio, uma das mais movimentadas da cidade, pelo menos um equipamento estava quebrado e outros dois apresentavam defeitos nos letreiros, quase ilegíveis à luz do dia.

A professora Joseana Lira esperava pelo ônibus em uma das paradas onde o sistema se encontrava fora do ar. Para ela, os painéis poderiam ajudar as pessoas a pensar na melhor maneira de chegar ao destino desejado. "Quando tem o horário, facilita bastante para a gente se programar. Se o ônibus estiver demorando muito, podemos pegar outro meio de condução", avalia Joseana.

Dados confusos
A imprecisão das informações indicadas nos painéis é uma das principais reclamações dos usuários do transporte coletivo. É o caso do estudante Thiago Maia. Ele, que pega ônibus diariamente para ir à universidade, conta que já chegou a esperar 40 minutos a mais em relação ao horário estabelecido nos equipamentos. "Nunca me baseei nesses pontos, porque sei que nunca funcionam", ressalta. O estudante também afirma que, sempre que pode, prefere utilizar meios de locomoção alternativos, como a bicicleta, para escapar do trânsito.

Na parada de ônibus em frente à Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), o estudante William dos Santos aguardava o ônibus da linha Campus do Pici-Unifor, mas não conseguia ver a hora de chegada prevista devido a problemas no letreiro do equipamento. William relata que a situação é comum e que, mesmo quando os aparelhos estão funcionando adequadamente, não costuma confiar nos dados fornecidos. "A gente tem de ficar a mercê do motorista passar no horário certo", diz.

Já na avenida Engenheiro Santana Júnior, apenas alguns metros separavam dois painéis defeituosos. Um se encontrava com sistema fora do ar e outro mostrava a frase "Dados carregando". Vários minutos depois, nenhuma informação foi apresentada. De acordo com o garçom Antônio Carlos, que trabalha entregando panfletos em frente à parada, o equipamento está com problemas há, pelo menos, três dias.

Segundo a assessoria de imprensa da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), gerenciadora do programa, o mau funcionamento dos equipamentos se deve ao fim do contrato com a empresa responsável pela manutenção dos relógios. Ainda conforme a assessoria, a Etufor monitora via GPS todos os ônibus e vans que circulam pela cidade em tempo real, o que permite identificar os veículos que estão atrasados e planejar formas de solucionar o problema.

Orientação39 Painéis eletrônicos, que pertencem ao programa Bem na Hora, estão espalhados nas paradas de ônibus, informando as previsões de chegada
MAIS INFORMAÇÕES:
Os usuários que quiserem alertar a Etufor sobre problemas nos painéis podem ligar diretamente para o telefone 3452.9309 e fazer a queixa.




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Faixas exclusivas de ônibus em Fortaleza começam a funcionar nesta segunda-feira

domingo, 24 de agosto de 2014

A partir da próxima segunda-feira, 25, as faixas exclusivas de ônibus começarão a operar nas avenidas Carapinima e da Universidade. A ação visa melhorar a ligação entre os bairros Benfica e o Centro da cidade, segundo a Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF).

A medida integra o Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito (Paitt) e promete garantir a prioridade do transporte coletivo, otimizando os deslocamentos de cerca de 300 mil passageiros, além de reduzir em até 40% o tempo de viagem dos usuários.

Na avenida da Universidade, por onde costumam circular diariamente 42 linhas de ônibus, a faixa exclusiva será desde a Rua Pe. Cícero até a Avenida Domingos Olímpio. No trecho entre a Rua Paulino Nogueira e Juvenal Galeno, serão destinadas duas faixas para os ônibus, em função do maior número de veículos e desejos de paradas.

Já a avenida Carapinima compreenderá uma faixa por sentido, entre a Rua Pe. Francisco Pinto e a Avenida Duque de Caxias, beneficiando as 37 linhas que passam pelo local. A exceção será o trecho entre a Rua Juvenal Galeno e avenida 13 de Maio, onde também serão destinadas duas faixas para os ônibus.

A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) segue realizando o trabalho de redimensionamento dos pontos de paradas para que exista uma distância média de 500 metros entre eles.

Os serviços de sinalização, que tiveram início no dia 18 deste mês, estão sendo realizados no período noturno para não prejudicar a fluidez do tráfego. Essas faixas totalizarão 4,4 km e estarão situadas no lado direito da via.

Será permitido o tráfego de ônibus, vans e táxi nas faixas exclusivas. Veículos particulares poderão circular desde que respeitem as regras de circulação, só devendo adentrar a faixa para realizar conversões à direita ou acesso ao lote, numa distância limite entre 100 e 300 metros em virtude da característica das vias.

Conforme as placas de sinalização vertical que serão instaladas ao longo das vias, as faixas funcionarão nos dias úteis, de 5 às 21 horas, e aos sábados, de 5 às 16 horas. Aos domingos e feriados, o tráfego é livre. A fiscalização será feita em três etapas: adaptação, educação e penalização.

“No primeiro momento não haverá multa, apenas orientações. No segundo momento, 30 dias após a implantação da faixa, nós iremos implantar a fiscalização eletrônica e já começaremos a registrar os abusos e notificar, ainda em caráter educativo. Somente após mais 30 dias, terá início a terceira fase em que haverá, se for o caso, penalização com multa”, explica Luiz Alberto Sabóia, titular da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (SCSP)

Cerca de 122 quilômetros de faixas exclusivas para transporte público serão implantados em Fortaleza até julho de 2015. Avenidas como a Washington Soares e Domingos Olímpio também estão programadas para receber as faixas.

Informações: O Povo Online

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