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Passagem de ônibus em Porto Alegre pode chegar a R$ 3,50
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015Postado por Meu Transporte às 23:00 0 comentários
Marcadores: Rio Grande do Sul
Usuários do transporte público de Porto Alegre vão ter a segunda passagem integrada grátis
quarta-feira, 29 de junho de 2011
O anúncio dos novos benefícios para os usuários do transporte coletivo de Porto Alegre e da Região Metropolitana é resultado de uma parceria entre a prefeitura, a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) e a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP).
O usuário que fizer o embarque dentro do período de integração - tempo estimado do percurso acrescido de 30 minutos - não pagará a segunda tarifa. O benefício será estendido aos estudantes e professores, que totalizam cerca de 223 mil usuários do cartão TRI Escolar. Outros 515 mil utilizam o cartão vale-transporte e de passagem antecipada. Esses números indicam que mais de 700 mil pessoas estarão aptas a realizar o segundo trajeto com isenção total da tarifa. De acordo com os números divulgados pela prefeitura, dois milhões de passageiros por mês utilizam o serviço, atualmente tarifado em 50% da passagem.
"São novidades importantes que agregam qualificação ao transporte público da Capital", definiu Fortunati. O prefeito enalteceu o transporte coletivo da cidade, que é tido como um dos melhores do País, servindo de referências para outros municípios. "O benefício atingirá, especialmente, os usuários com menor renda, que acabam caminhando um trecho para não pagar a segunda passagem", explicou.
Além desta vantagem, o prefeito aproveitou para explicar os pontos positivos aos usuários de vale-transporte e da passagem antecipada. Será possível o cidadão acessar o trem com um cartão TRI de ambos, ou embarcar no ônibus com um cartão SIM dos mesmos perfis. Além disso, o passageiro será agraciado com um desconto quando utilizar os dois meios de transporte. Por exemplo, quem entrar em qualquer ônibus de Porto Alegre até 30 minutos após descer do trem, ou o inverso, terá um desconto de 10% sobre a soma das duas tarifas. Com o valor atual de R$ 4,40, somando ônibus (R$ 2,70) e trem (R$ 1,70), há uma redução de R$ 0,44. No total, aproximadamente 525 mil pessoas poderão se beneficiar da integração.
Outro pedido feito pelos usuários do transporte escolar da Capital era a possibilidade da compra fracionada de créditos, o que será possível a partir do dia 15 de julho. A mudança consiste na viabilidade de mais de uma compra por mês. Com a alteração, será possível até quatro compras mensais, desde que não exceda o limite de créditos permitidos, que é de 75 passagens ou 150, conforme a necessidade comprovada.
O presidente da ATP, Enio dos Reis, ressaltou a constante modernização do transporte coletivo, o que vem a facilitar a vida de quem depende do ônibus em Porto Alegre. "Estamos dando início a este processo de interoperabilidade dos dois tipos de transporte, e quem ganha com tudo isso é o usuário", disse o presidente.
Para 2012, a meta é integrar o sistema de ônibus da Região Metropolitana com o Trensurb. "Primeiro faremos a avaliação de todo esse processo de mudanças e, logo a seguir, analisaremos as falhas para aperfeiçoar a integração dos sistemas de ônibus da Região Metropolitana com trem", explicou Reis.
Postado por Meu Transporte às 14:05 0 comentários
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Dilma confirma recursos para metrô de Porto Alegre
domingo, 13 de outubro de 2013
Fase 1 |
Fase 2 |
Postado por Meu Transporte às 20:29 0 comentários
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Cadeirantes testam acessibilidade de ônibus em cinco capitais
segunda-feira, 29 de março de 2010
Postado por Meu Transporte às 19:14 0 comentários
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Tarifa de ônibus sobe em três linhas intermunicipais de Porto Alegre
domingo, 5 de novembro de 2023
Postado por Meu Transporte às 20:19 0 comentários
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Usuários do transporte público de Porto Alegre podem pesquisar linhas no Google
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Postado por Meu Transporte às 19:27 0 comentários
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Porto Alegre apresenta seu plano de transportes para 2014
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Durante cerca de 30 minutos, Capellari expôs a estrutura que Porto Alegre deverá ter em 2014 para receber jogos do mundial e atender a demanda na área de transporte. Linhas especiais de ônibus e lotação deverão ser implantadas para facilitar o acesso do Aeroporto Internacional Salgado Filho, da Estação Rodoviária e de outras regiões da cidade para o estádio Beira-Rio. “Apresentamos toda a parte de planejamento de transporte por ônibus e lotação. Linhas especiais irão atender as regiões da Rodoviária e do aeroporto com veículos qualificados”, explicou Capellari. Conforme o secretário Bosco, a idéia é implementar também uma linha circular com trajeto pelos hotéis de Porto Alegre.
O sistema de monitoramento por câmeras, implantado há três anos pela prefeitura com a Central de Controle e Monitoramento da Mobilidade (Cecomm) e referência para outras cidades-sede, também será ampliado. Atualmente, a Capital conta com mais de 40 câmeras de alta definição e sistema digital com mil metros de alcance. Até 2013, ano da Copa das Confederações, serão 150 câmeras, número que poderá subir em 2014.
Estacionamentos - Além da qualificação do sistema de transporte, uma das preocupações da EPTC e da Secopa é a ampliação do número de vagas de estacionamento para a Copa. A EPTC está fazendo um estudo para identificar número de vagas existentes na cidade e poderá negociar com entidades como a PUCRS para implantar uma área de estacionamento na universidade destinada ao público dos jogos, além de vagas no Parque Mauricio Sirotsky Sobrinho, o Harmonia. Outras áreas privadas deverão ser utilizadas. “Vamos identificar os locais e garantir que os preços não sejam abusivos”, explica Capellari. Ônibus dos estacionamentos até o estádio serão colocados em circulação pela prefeitura. Conforme levantamento da Secopa, são cerca de 1,78 mil vagas de estacionamento no entorno do Beira-Rio. A Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) também identificou 96 estacionamentos a até cinco quilômetros do estádios.
Para Capellari, a EPTC dependerá ainda de resoluções que serão anunciadas ao longo do tempo, como quais seleções virão para Porto Alegre e os locais dos Campos Oficiais de Treinamento (COTs), para traçar algumas estratégias. “Teremos de montar uma estrutura de mobilidade para o deslocamento de seleções para os COTs, mas ainda precisamos de informações mais detalhadas para preparar um plano focado nas seleções que estarão em Porto Alegre”, define o diretor-presidente.
Agentes de fiscalização deverão trabalhar em parceria com Brigada Militar e Policias Civil e Federal no esquema de escolta de delegações e autoridades. Entre janeiro e fevereiro de 2012, a EPTC deverá iniciar processo seletivo de novos agentes de fiscalização de trânsito. Atualmente, o efetivo da empresa é de 508 agentes. A meta é ampliar para 700 até junho de 2013, ano da Copa das Confederações.
Sinalização - A cidade contará também com sinalização em outros idiomas para orientar os visitantes. A prefeitura também deverá desenvolver um cartão TRI especial com validade limitada para turistas que virão à Capital. A EPTC prevê que 100% dos semáforos de Porto Alegre tenham lâmpadas LED em 2012, o que significa maior qualidade e economia.
Para Capellari, experiências da cidade com a realização de grandes eventos como o Fórum Social Mundial (FSM) mostraram que Porto Alegre tem todas as condições de garantir serviços de transporte de qualidade em 2014. “Estamos muito bem em relação a outras cidades-sede da Copa. Temos um sistema de transporte consolidado no atendimento à população e ao território da Capital. Os ônibus são qualificados em termos de informação e a tripulação preparada para bem atender o turista. Vamos fazer um evento com tranqüilidade”, avaliou Capellari.
Informações da Secopa de Porto Alegre
Postado por Meu Transporte às 22:22 0 comentários
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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado
quinta-feira, 30 de setembro de 2021
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.
O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.
Porto Alegre
Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.
Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.
O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.
A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.
No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.
Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.
Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).
Justificativas
Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.
A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.
São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre.
Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.
"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.
Prefeitura
Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.
Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.
Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.
Todo dia
Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.
Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)
"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.
Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.
Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.
"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.
Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.
São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos. Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.
"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.
Ar-condicionado
A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.
"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.
"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.
Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.
"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.
Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.
"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.
Sem justificativa
Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.
Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.
João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".
"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.
Pontualidade
A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.
Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.
"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"
O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.
"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.
Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje
R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo
Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado
RS$506,48 = 46% do salário mínimo
Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento
Tarifa pelas cidade
Brasília (Distrito Federal) - R$5
Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87
Belo Horizonte (Minas Gerais) - R$4,86
Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80
Salvador (Bahia) - R$4,40
São Paulo (São Paulo) - R$4,40
Florianópolis (Santa Catarina) - R$4,38
Goiânia (Goiás) - R$4,30
Curitiba (Paraná) - R$4,25
Campo Grande (Mato Grosso do Sul) - R$4,20
João Pessoa (Paraíba) - R$4,15
Cuiabá (Mato Grosso) - R$4,10
Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05
Porto Velho (Rondônia) - R$4,05
Rio Branco (Acre) - R$4
Vitória (Espírito Santo) - R$4
Teresina (Piauí) - R$4
Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4
Palmas (Tocantins) - R$3,85
Manaus (Amazonas) - R$3,80
Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80
Macapá (Amapá) - R$3,70
Aracaju (Sergipe) - R$3,50
Belém (com a tarifa atual) - R$3,60
Fortaleza (Ceará) - R$3,60
Recife (Pernambuco) - R$3,75 até R$5,10
Maceió (Alagoas) - R$3,35
São Luís (Maranhão) - R$3,20 até R$3,70
Informações: O Liberal
Postado por Meu Transporte às 00:48 0 comentários
Marcadores: Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul
Gratuidade não será alterada na licitação dos ônibus de Porto Alegre
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Postado por Meu Transporte às 07:59 0 comentários
Marcadores: Acessibilidade, Rio Grande do Sul
Sistema BRT irá alterar a estrutura do transporte coletivo em Porto Alegre
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Postado por Meu Transporte às 20:30 0 comentários
Marcadores: B R T, Corredores de Ônibus, Rio Grande do Sul