Percebe-se, porém, uma maior presença no serviço de mototáxi nas cidades com população entre 20 mil e 100 mil habitantes, onde o percentual chega a 71,8%.
Para Gilberto Almeida dos Santos, presidente da Federação Brasileira dos Motociclistas e Ciclistas Profissionais (Febramoto), o aumento do número de mototaxistas no País vem para suprir problemas de governos e prefeituras. . "A categoria nasceu pela deficiência do transporte de qualidade. Muitas cidades pequenas só têm essa opção de locomoção. E ainda é um transporte mais barato. Sou nordestino e sei que em muitas cidade de lá, as motos estão substituindo o transporte animal".
A profissão de mototaxista foi sancionada no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela lei federal, os municípios têm autonomia para regulamentar a profissão de mototaxista. O assunto ainda é polêmico entre os gestores - principalmente nas grandes cidades. Em São Paulo, por exemplo, prevalece uma lei de 1998 que proíbe o uso de motos para o transporte remunerado de passageiros. No Rio de Janeiro, onde o serviço também é proibido, estima-se que quase 2 mil mototaxistas trabalhem de forma ilegal.
O presidente da Febramoto concorda com a proibição da regulamentação da profissão de mototaxistas em grandes centros urbanos. "Nas cidades pequenas tudo bem. Mas nas cidades grande é muito perigoso. Em São Paulo temos 800 mil motos trafegando. Seriam 1,6 milhão de pessoas em uma condição que hoje é de risco", afirmou Santos.