A suspensão da paralisação aconteceu porque não havia um representante da empresa que pudesse negociar as reivindicações. Apesar da liberação da frota, o coordenador de greves do sindicato dos rodoviários, Givancir Oliveira, informou que ainda haverá uma reunião no próximo dia 23 (quarta-feira) entre o Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT), a categoria e os empresários, no Ministério Publico do Trabalho para discutir a questão.
Os trabalhadores exigem o pagamento do vale alimentação e da cesta básica – nos valores de R$ 195 e R$ 135, respectivamente – que deveria ter sido feita na última sexta-feira (18), data que havia sido acordada na Convenção Coletiva 2010-2011, realizada em abril. Além disso, os trabalhadores reivindicam ainda que o valor seja pago em dinheiro. Segundo eles, a empresa adotou um sistema de pagamento via cartão que não beneficia os trabalhadores. “O pagamento com o cartão é complicado porque são poucos comércios que aceitam o cartão”, diz o motorista José Renato, motorista.
O argumento do prefeito, no entanto, não condiz com os números da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), que isentou, nos últimos dois anos, os empresários do transporte coletivo de Manaus em R$ 55,4 milhões sobre o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS), subsidiado pelo Estado sobre o óleo Diesel. Este ano, os empresários foram isentados em mais de R$ 29 milhões.