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Terminais novos, problemas antigos

sexta-feira, 28 de maio de 2010


Um ano depois da inauguração do Terminal de Itaparica, em Vila Velha, e nove meses após a entrega dos terminais de São Torquato, no mesmo município, e de Jardim América, em Cariacica, as velhas reclamações relacionadas ao Sistema Transcol permanecem: ônibus lotados, passagem cara e trânsito engarrafado.

Uma nova reclamação, no entanto, parece unânime: antes os passageiros pegavam um ônibus para chegar ao destino. Agora, precisam parar em um dos novos terminais, o que torna a viagem ainda mais demorada.

Logo cedo, antes das 7 horas, as filas já dão voltas nos locais de espera dos coletivos. No Terminal de Itaparica, inaugurado em abril do ano passado, os passageiros se queixam dos ônibus sempre cheios e que não cumprem os horários de saída.

“Para mim, o novo terminal não melhorou em nada a vida do passageiro. Os ônibus atrasam muito e estão sempre lotados”, reclama a doméstica Vanessa Breda, 39 anos. A técnica de enfermagem Eliane Costa, 38 anos, queixa-se do preço da passagem: “A passagem é muito cara. O pior é que os ônibus continuam cheios”.

No Terminal de São Torquato, passageiros reclamam que, nos horários de pico, os ônibus que vão pela Cinco Pontes não conseguem sair do terminal. “Antes, eu pegava um ônibus lotado e chegava à Ufes, em Vitória, em uma hora. Agora tenho que pegar dois ônibus lotados e demoro mais de uma hora e meia para chegar”, reclama a universitária Gilielle Santana, de 19 anos.

Passageiros também reclamam que para viajar sentado nos coletivos é preciso esperar muito tempo nas filas.

No Terminal de Jardim América, apenas uma linha vai para a Reta da Penha. Ônibus já saem lotados e atrasados, além da demora para se chegar ao destino, devido aos congestionamentos.

Corredor exclusivo - O diretor de Planejamento da Ceturb-GV – órgão que fiscaliza as empresas de ônibus –, José Carlos Moreira, afirmou que a construção dos novos terminais é só uma parte da estrutura de transporte e trânsito. “Os investimentos fazem parte de uma estrutura maior. Ainda faltam novas vias, os corredores exclusivos de ônibus, e outras melhorias previstas”, diz.

A inauguração e a ampliação dos terminais é resultado de projeções a médio e a longo prazo para melhoria do transporte coletivo na Grande Vitória, segundo o governo. Com a desativação do Terminal Dom Bosco, 50 ônibus por hora deixaram de circular no Centro de Vitória.

A companhia informou ainda que reuniões e avaliações constantes são realizados para prever quais investimentos precisam ser feitos. Os problemas pontuais, de linhas, aumento de demandas e horários, são analisados e solucionados de acordo com a prioridade.

Contrato para Transcol IV será assinado hoje - Será assinado hoje o contrato de financiamento para o Programa Transcol IV, que contempla ampliação de terminais e elaboração de projeto de corredores exclusivos para ônibus. O investimento previsto para o projeto é de R$ 200 milhões: R$ 160 milhões serão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 40 milhões do governo do Estado. As intervenções propostas para o Programa Transcol IV vão permitir a ampliação e a modernização de dois terminais urbanos do Sistema Integrado da Grande Vitória: Carapina e Itacibá, além da construção de 25,5km de vias urbanas com adequações para o transporte coletivo. A proposta também inclui projeto de engenharia para a construção de corredores exclusivos para ônibus e para o Sistema de Gerenciamento Eletrônico da Frota do Transcol.

Fonte: Intelog
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Fortaleza: Motoristas param atividades mesmo com termo assinado


Acordo frustrado. Mesmo depois de decisão, nesta quarta-feira (26), entre sindicato dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus e os empresários do segmento de que as paralisações estariam suspensas até a conclusão das negociações, nesta sexta-feira (28), o dia começou tumultuado para muitos fortazenses que precisaram do transporte coletivo.

A categoria chegou a assinar um termo de compromisso, junto ao Tribunal Regional do Trabalho, com o Sindiônibus, de que não haveria para interdições de terminais e nem nas garagens; mas a realidade, na manhã desta quinta-feira (27) foi outra.
Os veículos da empresa Ceará Grande foram impedidos por manifestantes de circular. Mesmo com multa prevista no valor de R$ 50 mil, em caso de descumprimento do acordo, motoristas e cobradores pararam as atividades e realizaram mais uma assembleia. Desde as 4h da manhã, pelo menos 80 ônibus ficaram parados.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Ceará, Domingos Neto, o termo assinado estabelecia que os manifestantes não colocariam o carro de som para impedir o funcionário que quisesse trabalhar. "Quem trabalha nessa empresa optou por assistir a assembleia e depois ser liberado. A gente não está impedindo que o eles saiam para suas linhas", esclareceu o presidente.
Ainda segundo o Domingos Neto, os motoristas não serão punidos pela parada, durante a manhã. O que pode acontecer, de acordo com Domingos Neto, é que sejam descontadas as horas não trabalhadas.

Fonte: Diário do Nordeste
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O avanço do metrô em São Paulo


Em menos de quatro minutos, os paulistanos podem agora se deslocar entre a Rua da Consolação e o Largo da Batata usando os trens da nova Linha 4-Amarela do Metrô. O tempo gasto nos 3,6 quilômetros é bem menor do que o gasto para ultrapassar apenas um dos semáforos da Avenida Rebouças, principal ligação entre as duas regiões, que na maior parte do dia fica congestionada. A Linha 4-Amarela liga os bairros Luz (no Centro) e Vila Sônia (na zona oeste) e é resultado da primeira Parceria Público-Privada (PPP), firmada entre a Companhia do Metropolitano e o Consórcio ViaQuatro, que a administrará por 30 anos. Seus 12,8 quilômetros e as 11 estações previstas entrarão em funcionamento pleno em 2013.
A avançada tecnologia na operação e nos equipamentos do novo ramal, a arquitetura das estações e as soluções para a redução do seu custo, principalmente de desapropriação, permitirão à Linha 4-Amarela oferecer, além do transporte, serviços como centros de convivência, lojas e bibliotecas, para facilitar a vida dos passageiros. Além do conforto, a segurança e a operação se apoiam no que há de mais moderno no mundo no setor metroviário para dar eficácia ao serviço ? item fundamental para estimular a mudança de hábito de grande parcela da população que reluta em trocar o transporte individual pelo público.
As plataformas têm portas de vidro, que separam os passageiros dos trilhos e se abrem simultaneamente com as portas dos trens; as composições trafegam sem condutores e os vagões interligados permitem aos passageiros andar de uma ponta a outra dos comboios, distribuindo-se melhor no seu interior. A comunicação entre os trens, feita por meio de transponders e por rede sem fio de alta velocidade, permite que as composições trafeguem com distância de até 15 metros entre uma e outra, o que reduzirá significativamente a espera dos passageiros nas plataformas. Hoje a distância entre trens é de 150 a 200 metros.
A construção da nova Linha do Metrô praticamente não interferiu na rotina da cidade. Como bem lembrou em entrevista ao Estado o arquiteto-chefe do Departamento de Concepção de Arquitetura da Companhia do Metropolitano, Ilvio Artioli, a implantação da Linha 4 afetou apenas 213 imóveis na região da Estação Faria Lima, a única construída seguindo padrões tradicionais, em vala e superficial. As demais foram planejadas em formato de fosso profundo e não foram necessárias desapropriações. A construção da primeira Linha 1-Azul do metrô exigiu quase 1,3 mil desapropriações a mais do que na Linha 4. Além disso, na construção da primeira linha houve a interdição, por mais de dez anos, do tráfego em grandes corredores, como a Avenida Jabaquara e as Ruas Vergueiro e Domingos de Morais. Na nova linha houve apenas algumas interdições pontuais e por curtos períodos.
A preocupação do governo em unir transporte, serviços públicos, comércio e lazer nas estações encontra resistência entre alguns urbanistas que defendem a ideia de que obras públicas não devem ser confundidas com centros de compra.
A cidade mudou desde que o metrô começou a ser construído e o passageiro também. Tradicionalmente, o metrô aparece em primeiro lugar nas pesquisas de satisfação dos usuários, entre todos os meios de transporte. A superlotação do sistema, provocada pela queda na qualidade dos serviços dos ônibus e pela adoção da integração entre os modais por meio do Bilhete Único, exige melhoria permanente no atendimento, assim como velocidade na ampliação da capacidade e expansão da rede.
A capital tem na sua malha viária sobrecarregada um dos seus principais problemas. E os próprios urbanistas e especialistas em transporte público concordam que o metrô é a única alternativa eficaz para o uso do transporte individual.
Portanto, a Companhia do Metropolitano precisa atrair os paulistanos para os novos ramais e estações. Quanto mais eficiente e funcional for o sistema, maior chance de os motoristas se transformarem em passageiros. 

Fonte: Estadão

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BH: Transporte público pode ser solução para trânsito caótico

Governo pretende investir em transporte público para aliviar as ruas e avenidas de Belo Horizonte. Dentre os projetos estão a construção de pistas exclusivas para ônibus e novas estações de embarque.
Fonte: Globominas
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Rio Branco: Estudantes cobram melhorias no transporte coletivo


Alunos das escolas públicas localizadas no Centro da Cidade realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira, 27, para cobrar melhorias no transporte coletivo de Rio Branco. Mais de 300 estudantes participaram do protesto que encerrou no Terminal Urbano, onde apenas uma plataforma ficou liberada para a passagem dos ônibus.
Com faixas e cartazes, eles caminharam pelas principais ruas do Centro, cobrando melhorias no transporte coletivo e se posicionando contra um possível aumento da passagem.
"Nós queremos apenas sensibilizar os empresários para melhorar a qualidade do transporte coletivo em nossa cidade. São muitos os problemas e a sociedade vem sofrendo muito com as péssimas condições dos ônibus, a demora nas paradas e a falta de veículos. Nossa luta é para melhorar o sistema", afirmou o estudante Daniel Alves, do movimento estudantil "Mudança".
Os estudantes não descartam a realização de novos protestos, caso nenhuma providência seja tomada pelos empresários para melhorar a qualidade do transporte coletivo. Eles prometem uma nova manifestação nesta sexta-feira, 28.
"Estamos nos mobilizando e a única coisa que queremos é uma resposta das empresas, pois quem depende do transporte coletivo sabe das dificuldades. Não vamos ficar calados diante dessa situação", garantiu o estudante Pedro Negreiros.

Fonte: A Gazeta.net
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Especialista tece críticas ao transporte público de Curitiba


Ao contrário do que vem sendo divulgado amplamente pela mídia nas últimas três décadas, a qualidade do transporte de massas em Curitiba não é incontestável. O doutor em Desenvolvimento Econômico Lafaiete Neves declarou, na tarde de ontem, que o sistema de transporte coletivo da capital paranaense não deve ser considerado como exemplo. A afirmação foi feita durante palestra no Centro Politécnico, promovida através do projeto “Corredor Cultural”, que pretende revitalizar prédios históricos da Universidade Federal do Paraná e do centro da capital.

Lafaiete, que também é professor de um programa de mestrado na FAE Centro Universitário, levantou a história da implantação do sistema de transporte coletivo e questionou o quanto essa mudança valorizou o solo urbano, prejudicando as famílias de baixa renda. “Além das pessoas que saíram por conta própria da área central, muitos foram retirados dos bairros próximos à rede de transportes em projetos de desfavelização. Não se analisa os problemas sociais que isso causou”, alerta o professor.

“Com um número crescente de pessoas em regiões distantes dos coletivos, houve pressão popular para que o sistema de transporte se expandisse até eles, criando a Rede Integrada de Transporte que temos até hoje”, conta.Mesmo com os elogios ao sistema de transporte paranaense, 30% da população ainda anda a pé. “Quanto mais cara fica a tarifa, menos pessoas utilizam os ônibus. Aumentou o crédito para aquisição de automóveis, baixou o preço do álcool, e se tornou mais viável a locomoção individual do que a coletiva”, ressalta o professor.

Fonte: Paraná online
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