Mas quem depende do transporte coletivo para ir ao trabalho e voltar para casa, ou aqueles que vão às compras e não têm carro, acaba tendo muita dificuldade porque a frota de ônibus é reduzida. E aí ninguém sabe quanto tempo vai ter que esperar pelo coletivo.
Resultado: pontos cheios de passageiros à espera da condução. ‘Já estou sem graça aqui. Duas horas esperando buzu’, reclama um rapaz.
‘Vim para o trabalho é outra demora e os patrões não querem acreditar quando chega atrasado. Para ir embora é pior ainda’, conta a operadora Kátia Lima.
Quem tem criança sofre mais ainda com a espera. ‘Dia de domingo diminui o número de ônibus. Às vezes [espero] quarenta minutos, uma hora’, relata o motorista Alaíde Sacramento.
Na estação de transbordo do Iguatemi, espera longa também para quem precisa se deslocar para a região metropolitana de Salvador. ‘Deveria ter mais ônibus pra gente chegar cedo no local’, reivindica uma passageira.
Com menos carros, os ônibus seguem mais lotados, maior dificuldade para os idosos. ‘Diminui a frota e a gente fica um tempão’, reclama uma senhora.
Mesmo depois de conseguir pegar a condução, muita gente tem que andar para chegar em casa porque poucas linhas fazem o trajeto. ‘Tem vezes que leva mais de uma hora [para chegar em casa]. É Novo Horizonte. A gente tem que pegar Sussuarana e o resto ir andando’, conta Josias Ferreira.
De acordo com a Transalvador, está sendo realizado um estudo para adequar melhor o número de ônibus que circulam na capital aos domingos e feriados à quantidade de passageiros.