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360 km de metrô. Era a previsão em 1968 em São Paulo

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Uma linha amarela ligando a Estação Jockey Club, na zona oeste, à Via Anchieta, na sul, cruza com a linha vermelha, que vai da Estação Casa Verde à Vila Maria, ambas na zona norte. O projeto original do metrô paulista, que está completando 45 anos, se parece só um pouco com o que virou realidade. A proposta indicava que São Paulo deveria ganhar 75 estações, oito a mais do que as existentes hoje.

O traçado da rede básica, entregue em 1968 à gestão do prefeito José Vicente Faria Lima (1965-1969) - à época, a Companhia do Metropolitano pertencia ao governo municipal -, era composto por quatro linhas, denominadas conforme o traçado.

Elaborado pelo consórcio alemão HMD (das empresas Hochtief, Montreal Empreendimentos e Deconsult), o esquema era ousado, com ambição de transformar a mobilidade em uma metrópole que já sofria com os congestionamentos e a falta de um bom transporte coletivo.

Visto hoje, o projeto pode ser interpretado como o "futuro do pretérito" da rede metroviária da capital, feito para uma cidade que acabou não acontecendo. Talvez, a própria não concretização dessa cidade idealizada se deva, em parte, ao fato de que apenas algumas das projeções para o metrô tenham saído do papel. A principal é o que se chama atualmente de Linha 1-Azul, aberta em 1974, três anos após a data prometida.

No tempo de Faria Lima, até os prazos eram arrojados. Os estudos tinham como cenário e meta o ano de 1987.

Pela proposta alemã, naquele ano, os paulistanos deveriam ter à disposição 66,2 quilômetros de metrô, uma extensão que só seria atingida (pasmem) mais de duas décadas depois.

Hoje, a rede metroviária tem 74 quilômetros de comprimento, acanhada perto de cidades menores, como Londres (402 quilômetros) e Santiago do Chile (103 quilômetros).

Cultura do carro. O então prefeito foi ainda mais longe e, na introdução que escreveu para o projeto original, afirmou que São Paulo precisaria de 360 quilômetros de linhas de metrô em 1990. Mas por que os sucessivos governos do município e, depois, do Estado falharam em seguir até mesmo o plano de 1968, entregando os ramais em um ritmo muito lento?

De acordo com o Metrô, além da insuficiência de recursos, a cultura do automóvel "refletiu-se diretamente, então, no ritmo insatisfatório de metrô para a dimensão em que a metrópole foi se transformando".

Por sua vez, o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp), José Geraldo Baião, avalia que a execução foi estancada porque a fonte de dinheiro secou. "Depois de inaugurarmos a primeira linha em 1974, houve a crise do petróleo. Foi um incentivo a mais para investir em transporte eletrificado, mas, ao mesmo tempo, tivemos problemas financeiros que ficaram mais latentes nas décadas de 1980 e 1990."

Em 1968, a cidade tinha 5,8 milhões de habitantes. Hoje, são 11 milhões de moradores. Muitos deles vivendo nos extremos da capital, que são carentes de metrô.

A arquiteta e urbanista Lucila Lacreta, diretora do Movimento Defenda São Paulo, acredita que a capital seria melhor hoje se, em 1987, todo o projeto tivesse sido concretizado. "Provavelmente, teriam a capacidade de continuar planejando mais metrô conforme o crescimento da cidade." Para ela, o curso da administração pública na época da ditadura militar seguiu pelo caminho errado, apostando no modelo rodoviário.

Fantasmas. A maior das linhas do projeto inicial era a que ligaria o Jockey à Via Anchieta, com 23,8 quilômetros e 26 estações. A mais parecida com as de hoje, a Santana-Jabaquara, teria 21 quilômetros, 23 estações e um ramal até Moema, na zona sul, parcialmente construído a partir da Estação Paraíso.

Na atual Estação Pedro II é possível ver outra construção fantasma: a plataforma do que seria a parada do ramal Pedro II-Vila Bertioga, na zona leste.

O atual governo do Estado promete "a maior ampliação de metrô" da história paulistana, com quatro linhas em obras (extensões da 4-Amarela e da 5-Lilás e construção da 15-Prata e 17-Ouro).

Espera-se que, desta vez, o plano seja seguido. 

ARTUR RODRIGUES E CAIO DO VALLE - O Estado de S.Paulo

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Ônibus elétricos têm custo 75% menor que os veículos movidos a diesel

quarta-feira, 20 de março de 2013

Os ônibus elétricos têm custo operacional até 75% menor, comparados com os ônibus a diesel convencionais. O resultado faz parte do teste realizado com 16 ônibus com diferentes tecnologias em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia), entre junho de 2011 e outubro de 2012. O trabalho foi desenvolvido pela Fundação Clinton, a rede C40 (Grupo Cidades Líderes pelo Clima) e o Banco Interamericano (BID).

Adalberto Maluf, Diretor da rede C40, em parceria com a Fundação Clinton e especialista em transporte, explica que, apesar de mais caros na aquisição inicial, os ônibus elétricos se tornaram muito mais econômicos e baratos que o veículo a diesel. “Além disso, são muito mais limpos, já que não emitem quaisquer poluentes locais”, afirma.

O especialista ressalta que a tecnologia das baterias desses veículos evoluiu muito nos últimos dois anos. “Se pensarmos em um ciclo de vida completa, os ônibus elétricos já são mais econômicos do que os ônibus a diesel. A partir do sexto ou sétimo ano de operação, os elétricos já se tornam muito mais baratos considerando todos os custos de operação. Além disso, existe um grande beneficio para a saúde pública, já que eles não emitem poluentes e também reduzem muito o barulho e desconforto dentro dos ônibus, porque, em geral, eles têm piso baixo total”, afirma Adalberto.

O diretor da rede C40 defende ainda o uso de ônibus elétricos nos corredores de ônibus. Segundo ele, os sistemas BRT (Bus Rapid Transit) recém construídos no Rio de Janeiro, e em construção em muitas cidades do mundo, como o projeto recente em São Paulo, são a melhor solução técnica e operacional para mobilizar grandes quantidades de pessoas nas grandes cidades a um baixo custo: “Mas os corredores podem ter um lado ruim se operados com ônibus a diesel, já que podem concentrar poluentes. Por isso, o uso de tecnologias mais limpas tem o beneficio de reduzir emissões de poluentes nos corredores, além de ter um custo operacional menor por veículo se contabilizada toda sua vida útil”.

Os ônibus elétricos cada vez mais ganham espaço em diversas cidades do mundo. Segundo Adalberto, na China, quase todas as grandes cidades estão construindo sistemas de BRT com ônibus elétricos e/ou híbridos. “O futuro mais limpo nos transportes urbanos parecia distante, mas ele se tornou uma realidade em muitas cidades pelo mundo desenvolvido. Muito mais rápida do que inicialmente pensávamos”.

Pedidos

A forte demanda por ônibus elétricos fez a empresa Eletra aumentar sua produção nos últimos 12 meses, saltando de dois para 15 veículos mensais. O número de trabalhadores praticamente quadruplicou, subindo de 20 para 76 funcionários. A demanda foi puxada pelas encomendas de renovação da frota de trólebus na capital paulista.

A Eletra é uma empresa brasileira especializada em tecnologia de tração elétrica para transporte urbano. Fabrica veículos nas versões trólebus (rede aérea), híbrido (grupo motor gerador + baterias) e elétrico puro (baterias), que podem ser adotadas em veículos para transporte urbano de passageiros.

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Segunda fase da linha 4 do Metrô de São Paulo sai em 2014

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A conclusão da segunda fase da linha 4 do Metrô de São Paulo (Amarela) está prevista para junho a setembro de 2014 com 11 anos de atraso, segundo o cronograma do governo do Estado. A obra será entregue em pleno período eleitoral, quando o governador Geraldo Alckmin deve disputar candidatura pelo PSDB para tentar a reeleição. A segunda fase compreende a conclusão das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia e a ampliação do numero de trens em circulação, dos atuais 14 para 29.

Os novos prazos de conclusão, informados pelo serviço do Metrô de atendimento à comunidade, preveem que as estações Higienópolis, Oscar Freire, Fradique e Morumbi serão entregues em junho de 2014 e a estação terminal Vila Sônia, em setembro.

De acordo com declarações feitas pelo secretário dos Transportes do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes (PSDB), no ano passado, a previsão de entregar as obras no segundo semestre, durante o período eleitoral, seria mera coincidência. A assessoria de imprensa da Secretaria dos Transportes mantém a previsão de conclusão no segundo semestre do ano que vem, mas não confirma o cronograma informado pelo Metrô.

O primeiro trecho da linha 4 (Butantã-Luz), hoje com seis estações, começou a funcionar em maio de 2010 com horário reduzido e, um ano depois, com horário normal. A linha possui uma terceira fase prevista, com a expansão até Taboão da Serra. A linha 4, administrada pelo Consórcio ViaQuatro, é a primeira privatizada pelo governo de São Paulo. A estimativa de custo total da linha é de R$ 3,8 bilhões, sendo 70% custeado pelo governo do estado e o restante pela CCR, empresa que controla o Consórcio ViaQuatro. A previsão é de que seja operada pelo consórcio por 30 anos, a contar do término das obras.

Prevista inicialmente para ser entregue em 2003, a conclusão da segunda fase da linha 4 é uma das mais lentas da expansão do Metrô de São Paulo. É considerado um dos sistemas de trens metropolitanos com expansão mais atrasada entre as grandes cidades do mundo pela Comunidade de Metrôs (CoMet), um sistema de avaliação comparativa entre sistemas ferroviários que conta com 14 membros, entre eles o Metrô de São Paulo, de Santiago, de Nova York e de Pequim.

Em funcionamento desde 1974, o metrô de São Paulo tem atualmente 74,3 quilômetros de rede e 68 estações. A capital do Chile, Santiago, tem 103 quilômetros de linhas e 108 estações de metrô, e 60 quilômetros foram construídos nos últimos dez anos.

A falta de investimentos na expansão do metrô de São Paulo faz com que o sistema detenha o título de mais superlotado do mundo, com mais de 11,5 milhões de passageiros por quilômetro de linha, segundo  a CoMet. A comunidade afirma que o ideal é dez quilômetros de linha para cada 2 milhões de usuários. Por esse cálculo, a região metropolitana de São Paulo, com perto de 20 milhões de habitantes, deveria ter pelos menos 100 quilômetros de linha de metrô.

A conclusão das estações previstas na fase 2 da linha 4 não deverá diminuir o atual volume de pessoas que usam a linha 4 atualmente, segundo a Secretaria de Transportes. O fluxo deve aumentar dos atuais 750 mil passageiros para 970 mil. Usada como ligação para acesso à região central por moradores da zona sul que utilizam a linha 5 (Capão Redondo – Largo 13), a expectativa é que somente com a interligação direta da linha 5 ao restante do sistema metroviário haja o reflexo para desafogar estações como a Luz, República e Faria Lima, atualmente com grandes filas em horários de pico nos pontos de acesso às plataformas de embarque.

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Mobilidade urbana: Como solucionar o problema do trânsito nas metrópoles

sábado, 17 de novembro de 2012

Todo final de ano a preparação para as festas, viagens e o período de chuvas trazem junto imagens de longos congestionamentos nas estradas e nas ruas das grandes cidades. Na última segunda-feira (12), por exemplo, a cidade de São Paulo registrou, pela manhã, o segundo maior engarrafamento de sua história, de 245 km, em razão das fortes chuvas que atingiram a capital.

O trânsito se tornou uma das maiores dores de cabeça para a população. O acúmulo de veículos nas ruas causa prejuízos, estresse, acidentes e poluição, e tende a piorar nos próximos anos, caso não sejam adotadas políticas mais eficientes.

O problema agravou-se nas últimas décadas graças à concentração de pessoas nas cidades, à falta de planejamento urbano, aos incentivos à indústria automotora e ao maior poder de consumo das famílias. Isso tudo provocou o que os especialistas chamam de crise de mobilidade urbana, que acontece quando o Estado não consegue oferecer condições para que as pessoas se desloquem nas cidades.

Segundo o relatório “Estado das Cidades da América Latina e Caribe”, 80% da população latino-americana vive em centros urbanos e 14% (cerca de 65 milhões) habita metrópoles como São Paulo e Cidade do México. Ocorre que esse aumento contínuo da população urbana não foi acompanhado de políticas de urbanização e infraestrutura que resolvessem questões como moradia e transporte.

A má qualidade do transporte público e o incentivo ao consumo faz a população optar pelo transporte individual. De acordo com o Observatório das Metrópoles, a frota de veículos nas metrópoles brasileiras dobrou nos últimos dez anos, com um crescimento médio de 77%. Os dados revelam que o número de automóveis e motocicletas nas 12 principais capitais do país aumentou de 11,5 milhões para 20,5 milhões, entre 2001 e 2011. Esses números correspondem a 44% da frota nacional.

São Paulo é a cidade que mais recebeu veículos nas ruas: 3,4 milhões, no período analisado. Enquanto a população da capital paulista cresceu 7,9% na primeira década deste século, o número de carros aumentou 68,2%.

Para especialistas, três fatores contribuíram para o crescimento da frota de veículos no país: o aumento da renda da população, as reduções fiscais do Governo Federal para as montadoras e as facilidades de crédito para a compra de carros.

Como resultado, na maior cidade do país, o paulistano leva mais tempo indo do trabalho para casa do que numa viagem para outra cidade. Segundo uma pesquisa realizada pelo Ibope, 77% dos paulistanos classifica o trânsito como "ruim" (55%) ou "péssimo" (22%). A pesquisa aponta ainda que o tempo médio gasto para os deslocamentos diários é de 2 horas e 49 minutos.

Prejuízos

Os congestionamentos causam prejuízos ao país, acidentes e afetam o trabalho de milhões de pessoas todos os dias. As perdas financeiras, somente no Estado de São Paulo, foram calculadas pelo governo em R$ 4,1 bilhões por ano.

O custo dessa crise também afeta o bolso do consumidor. Os caminhões parados no trânsito gastam mais combustível e fazem menos entregas. As empresas são obrigadas, então, a gastar mais com o serviço, colocando mais veículos nas ruas e repassando o custo para o preço dos produtos.

Além disso, há uma piora da qualidade da saúde dos moradores, uma vez que a fumaça dos veículos é considerada a maior causadora da poluição atmosférica. As pessoas sofrem mais de doenças respiratórias e estão mais sujeitas a câncer de pulmão (pesquisam relatam que a exposição a duas horas no trânsito paulista equivale a fumar dois cigarros).

Pedágio

Em 1997 foram criados os rodízios para diminuir a circulação de veículos em determinados horários na capital paulista. Também foram feitas ciclovias (17,5 km) e campanhas de conscientização. Mas nada disso resolveu o caos no trânsito.

Também foi incentivado o uso de motocicletas, que ocupam menos espaço no tráfego. Porém, elas poluem mais do que veículos novos e são as principais causadoras de mortes no trânsito. Segundo o “Mapa da Violência 2011”, do Instituto Sangari, o número de vítimas fatais no trânsito brasileiro subiu 23,9%, de 1998 a 2008; entre os motociclistas, o aumento foi de 753,8%.

Por isso, cada vez mais especialistas defendem a mobilidade urbana sustentável. Uma das principais mudanças seria o investimento em transporte coletivo e o desestímulo ao individual.

Entre as medidas sugeridas – e uma das mais polêmicas – está a cobrança de pedágio urbano. Ele consiste em cobrar uma tarifa dos motoristas que circulem em determinadas áreas da cidade. O modelo foi implantado pela primeira vez em 1975, em Cingapura, e se espalhou por países europeus.

Em São Paulo, há projetos que tramitam na Câmara para cobrar motoristas que trafeguem na região central. As tarifas variam de R$ 1 a R$ 4, valor que especialistas acham pouco para que a medida dê resultado.

Há ainda propostas de aumento da malha ferroviária – atualmente, 60% do transporte brasileiro é feito em rodovias. São Paulo, por exemplo, possui apenas 65,3 km de linhas de metrô, enquanto Santiago do Chile (com metade da população paulista) possui 83,2 km e Nova York, 479 km.

Todos esses pontos são avaliados como soluções para as demais capitais brasileiras e mesmo para cidades de médio porte, que já enfrentam problemas semelhantes.

Por José Renato Salatiel
Informações: educacao.uol.com.br

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Sistema BRT virou mania nacional e agora vai chegar a Belo Horizonte

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BRT. É bom guardar essa sigla. Na falta do metrô, as três letras – do inglês transporte rápido por ônibus – se tornaram, além da principal aposta de Belo Horizonte para resolver os problemas de mobilidade até a Copa de 2014, uma mania nacional. Hoje há 113 projetos do sistema em curso em 25 cidades no país, totalizando 1,2 mil quilômetros de corredores exclusivos para os coletivos até 2016, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Em linha reta, significaria percorrer a distância de BH a Salvador apenas pelo BRT, que num horizonte de quatro anos deve transportar 16 milhões de passageiros por dia no país, igual a duas vezes a população da Suíça. A demanda representa um quarto dos usuários dos ônibus convencionais.

Somente o Ministério das Cidades está aplicando, entre investimentos e financiamentos, R$ 15,1 bilhões em 930 quilômetros de corredores de ônibus. Oito das 12 cidades sedes da Copa adotaram o BRT como opção de transporte público para atender a demanda do campeonato mundial de futebol. Apesar de prever uma das menores redes de BRT, com 26 quilômetros de pistas exclusivas, o objetivo em BH é transportar cerca de 700 mil passageiros por dia nos corredores. Há também projetos em curso em cidades de médio porte do interior do país, como Cascavel e Maringá, no Paraná, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Lá, um BRT está em operação e quatro em negociação.

Com o mais moderno BRT implantado no país, o Rio de Janeiro inaugurou em junho o primeiro dos quatro corredores previstos para a capital fluminense e já vem colhendo frutos. O TransOeste, que vai de Santa Cruz à Barra da Tijuca, em menos de quatro meses de operação está transportando 70 mil passageiros por dia e reduziu para 50 minutos a viagem que antes era feita em mais de duas horas. O corredor tem 40 quilômetros, mas vai chegar a 56 no fim de 2013, com 120 mil usuários ao dia.

Em Belo Horizonte, a meta é começar a operar o sistema no fim do ano que vem, gradativamente, até a Copa do Mundo, tirando 640 ônibus de circulação do hipercentro e reduzindo pela metade o tempo das viagens. Com financiamento do governo federal, recursos do estado e do município, o BRT de BH conta com investimento de R$ 1,2 bilhão em 26 quilômetros de pistas exclusivas, sendo 16 nas avenidas Antônio Carlos/Pedro 1, 5 na Cristiano Machado e cinco na área central. Criado em 1974, em Curitiba, pelo ex-prefeito da cidade Jaime Lerner, não é à toa que o sistema virou moda no Brasil e no mundo, onde está presente em 35 países.

O BRT se inspira no metrô para tornar o transporte por ônibus mais eficiente. Os pontos de embarque dão lugar a estações confortáveis, onde, numa tela, o passageiro pode conferir em tempo real quantos minutos faltam para o coletivo chegar. O pagamento do bilhete ocorre dentro da própria estação e o embarque é feito no mesmo nível do veículo, sem qualquer degrau. Os ônibus trafegam em corredores segregados das pistas de carros, agilizando o percurso, e têm um aspecto diferenciado dos convencionais. Em BH, todos os veículos vão contar com ar-condicionado e espaço para transportar bicicleta. Haverá modelos padrões, com medida entre 13,2m e 15m, e articulados, com pelo menos 18,6m e capacidade para transportar cerca de 140 passageiros.

BARATO E RÁPIDO

O principal motivo para o BRT ter caído na graça do poder público está relacionado, principalmente, ao custo e tempo de implantação. “Essa é uma ideia brasileira, que emplacou no mundo e, só agora, com a retomada dos investimentos em transporte público pelo governo federal, está se disseminando pelo país. O BRT chega a custar 10 vezes menos que o metrô. Além disso, enquanto a construção do corredor de trem subterrâneo demora 15 anos, o corredor de ônibus leva cerca de dois anos”, defende o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, convicto de que os corredores não representam a solução dos problemas do trânsito. “Para ser eficiente, um sistema de transporte tem que envolver todos os modais”, ressalta.

Embora mais barato e de execução mais rápida, o BRT não está livre de problemas. “O primeiro desafio é a decisão política, pois as cidades terão que tirar o espaço do automóvel. Outro entrave são as desapropriações”, lista Cunha. No Rio, onde o sistema começa a ganhar o dia a dia na cidade, brotam críticas dos motoristas quanto ao fato de duas pistas da Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, terem sido transformadas em corredores do Ligeirão, nome local do sistema. “Eles poderiam ter construído o BRT no canteiro central”, reclama um taxista.

Mas quem enfrentava longas horas de suplício dentro do coletivo só vê vantagens. “Antes, gastava três horas de casa até o trabalho e agora são só 50 minutos. O ônibus é geladinho, estou achando ótimo”, comenta a atendente Márcia Santana, de 40 anos. “Uma pesquisa apontou 90% de satisfação entre os usuários”, afirma o secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão. O Rio tem previsão de implantar um total de 149 quilômetros de pistas para os Ligeirões até 2016. “A intenção é atender 1,5 milhão de passageiros e tirar a metade dos ônibus do Centro do Rio”, afirma Sansão.
*A repórter viajou a convite da Fetransport

Adaptação ao estilo mineiro

Em pouco mais de um ano, moradores de Belo Horizonte vão poder circular num novo sistema de transporte inspirado em modelos ao redor do Brasil e do mundo. Para formatar o transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês), técnicos da BHTrans viajaram para Curitiba, berço do sistema, contrataram consultoria gaúcha e andaram no BRT carioca. Também conheceram de perto a experiência do Chile, da Colômbia e do México. A mistura de todos esses sotaques começa a circular no fim de 2013, com a inauguração dos corredores da Antônio Carlos e da Cristiano Machado. Mas o BRT belo-horizontino traz inovações à mineira que já estão dando o que falar. Além de mesclar ônibus metropolitanos e municipais, algumas linhas do BRT vão trafegar fora dos corredores exclusivos, como no Anel Rodoviário.

Para isso, o sistema contará com modelos de ônibus diferenciados, com portas normais à direita e adaptadas ao BRT à esquerda. “Estamos usando a criatividade a favor do usuário”, afirma o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas. A manutenção de ônibus metropolitanos nos corredores exclusivos é outra diferença. “O terminal de integração de Venda Nova, por exemplo, não tinha espaço para acolher os ônibus metropolitanos. Por isso, optamos por manter as linhas, mas no modelo do BRT e com estações diferenciadas”, ressalta Freitas.

O presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha, aponta que, como se trata de uma inovação, ela precisará ser testada. “É um trabalho audacioso e muito diferente”, ressalta Cunha, que aponta outro diferencial do sistema de BH. “A capital mineira vai misturar ônibus articulados com os de tamanho padrão. É uma concepção nova de BRT e tenho a impressão de que, nesse aspecto, perde-se um pouco da eficiência”, afirma. Mas, para chegar ao produto final que os belo-horizontinos conhecerão no ano que vem, a empresa que administra o trânsito da cidade foi buscar experiências fora dos limites da capital.

Segundo o diretor da BHTrans, as experiências de outras cidades ensinaram a não repetir os erros. “ Em Santiago, eles começaram a implantar todas as operações no mesmo dia e isso gerou um colapso. Já vimos que teremos que implantar as linhas aos poucos”, conta Freitas. Mesmo o recém-implantado BRT do Rio tem dado lições a BH. “Eles promoveram visitas guiadas com pessoas de referência dos bairros e grupos de deficientes e idosos, para mostrar como o sistema iria funcionar. Vamos repetir essa experiência”, conta. Em Bogotá, técnicos da prefeitura vislumbraram como o sistema de informação ao usuário poderá se tornar mais eficiente.

Coordenadora de projetos de transportes da Embarq Brasil, organização internacional voltada para a promoção do transporte sustentável, Brenda Medeiros ressalta que o BRT da capital mineira será exemplo em segurança viária. “Acompanhamos o projeto e há muita preocupação em relação à travessia segura de pedestres. O investimento para qualificar o sistema de ultrapassagens dos ônibus também faz muita diferença e aumenta muito a capacidade operacional”, afirma Brenda.
Obras de implementação do BRT na Avenida Cristiano Machado
DEMANDA
A expectativa da BHTrans é transportar pelo menos 700 mil passageiros por dia. O corredor Antônio Carlos/Pedro I, que corta as regiões Norte e Pampulha, terá 16 quilômetros de extensão, 25 estações e vai transportar 400 mil usuários por dia. O sistema reduzirá de 482 para 126 o número de ônibus que vão da Antônio Carlos em direção ao Centro.

Já o corredor da Cristiano Machado, com cinco quilômetros de extensão e 10 estações, deve receber 300 mil passageiros por dia O BRT evitará que 284 dos 455 ônibus que passam pela Cristiano Machado continuem a circular na área central, onde haverá seis estações. “Trabalhamos com o número de 700 mil passageiros, a demanda atual, mas esperamos que motoristas deixem o carro em casa e passem a usar o BRT”, explica Freitas, que garante, no caso das linhas expressas, sem paradas, a redução em 50% do tempo de viagem.

TRÊS PERGUNTAS PARA: Luiz Silla, gestor de operação do transporte coletivo de Curitiba

Como funciona o BRT em Curitiba?
Aqui, chamamos o sistema de expresso ou de canaletas. Ele foi criado em 1974 e faz parte de uma rede integrada de transportes. São 81 quilômetros, distribuídos em seis corredores exclusivos, que transportam 700 mil passageiros por dia. Além das canaletas exclusivas, o BRT trafega por vias laterais locais e em ruas destinadas apenas para ônibus, na região central de Curitiba. São 30 terminais e 364 estações tubo.

O sistema de transporte em Curitiba está prestes a completar 40 anos. Quais desafios surgiram a partir da maturidade do modelo?
Um dos nossos desafios é manter a velocidade. Quando começamos a operar as canaletas, os ônibus trafegavam a cerca de 22km/h. Hoje essa média é de 18km/h e, em horários de pico, 17km/h. Um dos problemas é não termos pistas de ultrapassagem e os ônibus acabam ficando em comboio.

Há projetos de revitalizar e ampliar as canaletas?
Em 2010, inauguramos o sexto corredor, que está com seu prolongamento em obras. Além disso, em outra canaleta fizemos um “up grade” para permitir ultrapassagens e aumentar a velocidade operacional. Isso dobra a capacidade do corredor. Hoje já temos circulando na cidade ônibus biarticulados, com 28 metros de extensão e capacidade para 250 passageiros. Também estamos recuperando a velocidade operacional com um sistema de prioridade semafórica.

SAIBA MAIS: BRT NO MUNDO
O transporte rápido por ônibus está presente em 35 países, em todos os continentes do planeta. O sistema, criado na década de 1970, em Curitiba, já inspirou projetos na Colômbia, Chile, Estados Unidos, África do Sul, Austrália, China, França, entre outros. Bogotá, na Colômbia, recebeu o primeiro BRT de alta capacidade e mostrou que o transporte de massas poderia ser feito fora dos trilhos. De acordo com a organização mundial BRT Data, os corredores exclusivos para ônibus transportam hoje no mundo 23,6 milhões de passageiros por dia, em 146 cidades.

Informações: Estado de Minas

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Sistema BRT oferece qualidade e mobilidade ao trânsito de grandes e médias cidades

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Os BRTs (Bus Rapid Transit), conhecidos no Brasil como sistemas organizados de transporte coletivo urbano, são uma solução que contribui para a melhoria da mobilidade do trânsito de cidades com mais de 300 mil habitantes e, consequentemente, oferecem melhor qualidade de vida à população. A eficiência do sistema deve-se ao fato de que possibilita um aumento da capacidade de transporte urbano de passageiros e da velocidade média dos ônibus.

“É um circulo virtuoso que beneficia todos os cidadãos. São menos ônibus circulando nas ruas, menos emissões de poluentes, menos motoristas e menor necessidade de infraestrutura. Tudo isso permite que as pessoas passem menos tempo no trânsito, diminui os custos de operação do transporte e, consequentemente, o custo das tarifas”, afirma Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America. 

O presidente explica que, historicamente, a Volvo vem apoiando e participando intensamente do desenvolvimento de BRTs com veículos e serviços desenhados para este fim. A empresa é líder no mercado de ônibus para este tipo de sistema no Brasil e na América Latina.

O sistema BRT é baseado em corredores troncais com ônibus de grande capacidade de transporte, articulados ou biarticulados, e complementado por alimentadores com ônibus convencionais nos bairros distantes dos eixos principais.

“Os ônibus articulados e biarticulados, por possuírem alta capacidade de transporte, representam uma excelente opção para ampliar o atendimento ao usuário e diminuir o tempo de deslocamento”, destaca Euclides Castro, gerente da linha de ônibus urbanos da Volvo Bus Latin America. Os ônibus articulados possuem capacidade de transporte 80% maior que os convencionais, e os biarticulados têm capacidade para 270 passageiros em uma única viagem.

Modelos de eficiência

O BRT está se consolidando em vários países como a melhor opção em sistemas de transporte de massas de alta qualidade. Este modelo de transporte de passageiros está ganhando a simpatia de governantes, gestores do setor e de vários especialistas por conta dos benefícios proporcionados para a população.

Atualmente, o sistema Transmilenio, de Bogotá, na Colômbia, é o mais avançado do mundo.  “É um dos maiores e mais eficientes, pois melhorou significativamente a situação do trânsito na cidade, reduziu a enorme frota de veículos de pequeno porte que transitava pela região central, diminuiu o número de acidentes de trânsito e contribuiu significativamente para a melhoria da qualidade do ar”, conta Castro. 

Segundo levantamento feito pelo município de Bogotá, com as mudanças viárias e de infraestrutura e a chegada dos articulados Volvo, o BRT conseguiu retirar das ruas já no seu início 7 mil ônibus particulares de pequeno porte, reduzindo o consumo de combustível e diminuindo em 59% as emissões de poluentes.

Outro modelo de sucesso é o BRT de Santiago, no Chile, Transantiago. Embora a cidade já contasse com um sistema de metrô, a capital chilena tinha dificuldades para controlar os cerca de 3,5 mil operadores privados de transporte coletivo urbano que possuíam mais de 8 mil veículos de diversos tamanhos.

Utilizando ônibus de piso baixo, que podem parar em qualquer ponto ou estação de embarque ao nível do meio-fio, a solução de Santiago contorna a falta de espaço nas vias urbanas e otimiza os tempos de embarque e desembarque, sem a necessidade de investir em plataformas especiais elevadas.

Curitiba, capital do Paraná, foi a pioneira na instalação de BRTs. A cidade possui o sistema de transporte integrado mais antigo da América Latina, que teve seu início em 1974. Nos anos 80, os usuários passaram a utilizar roletas e o bilhete único, fatos que consolidaram a RIT (Rede Integrada de Transporte).

Informações: Volvo do Brasil


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Conheça 10 estações de metrô mais deslumbrantes do mundo

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mais do que pontos de transporte público subterrâneo, algumas estações de metrô são verdadeiras atrações turísticas. Seja por sua arquitetura, sua decoração ou suas obras de arte, estas estações de metro deslumbrantes selecionadas pelo jornal espanhol El Pais merecem uma visita na próxima viagem.

Komsomolskaya, Moscou, Rússia
Muitas das 182 estações de metrô de Moscou, por onde passam mais de nove milhões de passageiros diariamente, são verdadeiras obras de arte. Mas nenhuma delas é tão especial quanto a estação de Komsomolskaya, na linha Koltesvaiya, numa mistura de palácio barroco, galeria de arte e registro histórico da União Soviética. Impressionantes lustres, colunas de mármore e mosaicos inspirados num famoso discurso de Stalin fazem parte dos destaques da estação.

T- Centralen, Estocolmo, Suécia
A rede de metrô da capital sueca é uma das mais modernas do planeta e é conhecida por alguns como “a galeria de arte mais longa do mundo”, já que praticamente todas suas estações contam com obras artísticas de diferentes tipos.  A mais curiosa das estações é a de T-Centralen, onde a rocha natural do local onde foi escavada foi deixada à mostra. Arcos rústicos decorados com figuras tradicionais em branco e azul, murais e colunas com mosaicos dão à estação de T-Centralen um estilo único.

Baker Street, Londres, Inglaterra
Imortalizada por Arthur Conan Doyle e seu detetive Sherlock Holmes, que morava no local, a rua de Baker Street homenageia seu mais famoso habitante (fictício) na estação  homônima do metrô de Londres.  Usada como ponto de acesso para os marcos turísticos da capital inglesa, como o Museu de Cera Madame Tussauds e Regent Park, a estação conta com diferentes referências ao personagem, como desenhos em azulejos e até uma estátua.

Hollywood/Vine, Los Angeles, Estados Unidos
Com um estilo kitsch típico de Hollywood, a estação rende homenagem ao mundo do cinema. Projetores antigos, esculturas de automóveis e falsas palmeiras fazem parte da curiosa decoração deste ponto imperdível para cinéfilos. A estação serve de acesso para a Calçada da Fama e suas estrelas com nome dos artistas desenhadas no chão.

Westriedhof, Munique, Alemanha
Sóbria e de baixo perfil, a estação de Westriedhof da cidade de Munique recebeu uma iluminação que transformou esta obra de concreto e linhas retas num cenário digno de um videoclipe dos anos oitenta. Gigantescas lâmpadas coloridas, com tons azuis, amarelos e vermelhos, fazem desta simples estação um verdadeiro  espetáculo de luzes.

Burjuman, Dubai
Assim como o resto do país, o metrô de Dubai esbanja luxo e ostentação. As estações apresentam linhas modernas e decorações inspiradas nos quatro elementos: terra, ar, fogo e água. Uma das estações da rede que mais se destaca é a de Burjuman, também conhecida como Khalid Bin Al Waleed, com estilo marinho e abundância de luzes azuis e lâmpadas imponentes.

Estação de Flora, Praga, República Tcheca
Longe do estilo clássico e art nouveau que caracteriza a arquitetura de Praga, a estação de Flora leva seus passageiros a um cenário de ciência-ficção, com revestimentos geométricos que criam perspectivas longas e elegantes que desaparecem em meio aos túneis. Flora é, sem dúvida, a estação mais impactante das que compõem a rede de metrô da capital tcheca.

Namur, Montréal, Canadá
Relativamente moderno, o metrô de Montréal começou a ser construído na década de 60 e, desde o começo, suas estações foram usadas para expor obras de artistas canadenses. Situada na linha Orange, a estação de Namur se destaca principalmente por sua enorme escultura de alumínio pendurada no teto, com estruturas interligadas que lembram moléculas e dão um ar mágico ao local.

Sintagma, Atenas
Em uma cidade repleta de vestígios históricos como Atenas, é impossível realizar obras importantes sem encontrar numerosas maravilhas arqueológicas no caminho. O processo de escavação dos túneis do metrô da capital grega, iniciado no começo da década de 90, precisou de uma importante cooperação entre engenheiros e arqueólogos do Ministério da Cultura. Em baixo da estação de Sintagma, no cruzamento das linhas 2 e 3, foram encontrados, entre outros, termas romanas, esculturas, uma antiga estrada e um aqueduto.

Universidade de Chile, Santiago, Chile
Entre as diferentes estações de metrô do planeta onde se avistam obras de arte ao redor do planeta, poucas se comparam com a estação Universidad del Chile da capital chilena. Ali, os passageiros encontram uma variedade de obras digna de uma galeria de arte, com um mural gigante do artista chileno Mario Toral, repassando a história do país com um estilo que mistura um estilo heroico soviético com art déco.
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Ônibus articulados Mega BRT da Neobus já circulam no município de Palhoça (SC)

quarta-feira, 27 de junho de 2012


Os ônibus articulados Mega BRT da Neobus que já circulam no município de Palhoça (SC) comprovam que não apenas as grandes cidades brasileiras podem usufruir de transporte coletivo de qualidade superior. Além de inovador nos aspectos de design, conforto e segurança, o sistema BRT é de fácil aplicação em cidades de médio e pequeno porte, caso específico de Palhoça. 
Foto: Mauro Artur Schlieck/Secom
A cidade, com cerca de 128 mil habitantes, localiza-se na Grande Florianópolis sendo administrada pelo prefeito Ronério Heiderscheidt. Ao preparar o município para um crescimento sustentável, a administração oferece transporte urbano de qualidade investindo em dez unidades de ônibus articulados Mega BRT.[6]

O veículo já marca presença em importantes capitais como Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Manaus, Florianópolis, Rio de Janeiro, Santiago (Chile). Ainda este ano, o sistema de transporte coletivo urbano de Palhoça estará integrado ao Sistema de transporte marítimo, que está sendo implantado para facilitar o deslocamento da população. O sistema terá pontos de embarque e desembarque na Ponte do Imaruim, Praia de Fora, Enseada de Brito e Pinheira.


Fonte: segs.com.br

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Tarifa de metrô no Brasil supera a de Argentina e Chile, revela estudo

sábado, 17 de março de 2012

Estudo revela que a tarifa do metrô no Brasil  supera os valores cobrados em outros países da América Latina, como na Argentina e no Chile. Se em São Paulo a tarifa normal é de R$ 3, em Buenos Aires, os passageiros pagam R$ 1,05 e, em Santiago, pagam R$ 2,40, no máximo.

O levantamento é do professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios. O economista verificou também que os preços em Buenos Aires e Santiago são inferiores ao que é cobrado no Rio de Janeiro, de R$ 3,10.

No mundo
Já em comparação a Nova York, os preços no Brasil são mais baratos. Na cidade norte-americana, o bilhete de viagem única custa R$ 4,53. No entanto, os nova iorquinos têm a opção de adquirir um bilhete válido por 30 dias pelo valor de R$ 188,24. Dessa forma, quem faz duas viagens por dia, durante os 30 dias, acaba pagando R$ 3,13 a passagem.

Em São Paulo, as mesmas duas viagens por dia, durante 30 dias, custam R$ 180 e, no Rio de Janeiro, custam R$ 186. Comparando com a Europa, a situação no Brasil não é tão ruim. Em Madri, por exemplo, 10 viagens para qualquer lugar da cidade custam R$ 35,55, ou seja, R$ 3,55 cada viagem. Porém, se quiser comprar apenas um único bilhete, é preciso desembolsar R$ 4,74.

Já em Paris, o bilhete unitário custa R$ 4,03 e uma caderneta com 10 bilhetes sai por R$ 30,10. Em Londres, uma viagem custa R$ 12,24, mas com cartão pré-pago cai para R$ 5,70. Por fim, em Tóquio, o preço do bilhete varia em função da distância percorrida. A viagem mais curta, de 1 a 6 quilômetros, sai por R$ 3,50.


Fonte: InfoMoney

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No Rio, Mais 87 ônibus articulados são comprados para os corredores exclusivos de ônibus

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Todos estes veículos já contam com a tecnologia BlueTec 5, que se destaca por motores mais potentes, econômicos e ecológicos, atendendo ao Proconve P-7, legislação que entra em vigor no País a partir do próximo dia 1º de janeiro e que exige menor emissão de poluição veicular.

A Jabur e a Pégaso irão atuar no BRT (termo Transoeste, primeiro projeto de corredores exclusivos do Rio de Janeiro, que já tem duas estações em atividade, devendo ser concluído no primeiro semestre de 2012, com 64 estações.

Segundo Gilson Mansur, diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, a Empresa está orgulhosa de poder entregar os primeiros veículos que irão operar no BRT do Rio de Janeiro. "Isso reforça a confiança e a liderança da nossa marca na região e no mercado brasileiro como um todo. Os ônibus articulados escolhidos, modelo O 500, são os lideres absolutos de vendas no País desde seu lançamento, em 2006, com mais de 1.000 unidades vendidas e mais de 70% de participação em seu segmento".

Copa do Mundo
"A maioria das cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 já optou pelo sistema BRT. Elas se apoiam em vantagens como custos de implantação até dez vezes menores e um prazo até dois terços menor em comparação com outros modais, como trem e metrô, para transportar a mesma quantidade de passageiros", diz Gustavo Nogueira, especialista em Sistemas BRT da área de Marketing de Produto - Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. "Esses benefícios também são válidos para quaisquer outras cidades que queiram prestar um serviço de transporte coletivo de maior qualidade para a população".

A Mercedes-Benz tem conhecimento e experiência mundial e local para a implantação desse tipo de sistema. A marca está presente hoje em todos os principais BRTs no mundo, como os de São Paulo e Curitiba no Brasil, Bogotá na Colômbia, Santiago do Chile, México, Turquia e África do Sul. Os sistemas desses países figuram entre os que mais transportam passageiros por ônibus urbanos no mundo.

Fonte: Diário do Grande ABC

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Sistema cicloviário de Salvador não sai do papel

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Apresentado na Câmara Municipal de Salvador no último mês de julho, o projeto do sistema cicloviário da capital baiana segue na Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) a espera de recursos para finalmente sair do papel. Orçadas em R$ 40 milhões, a obra tem início previsto para 2012 e duração de dois anos.

O projeto, que prevê a instalação dos 188 quilômetros de malha cicloviária em Salvador, foi dividido em três etapas. A primeira contempla a orla da cidade e integra a capital baiana com Lauro de Freitas, onde serão construídos outros 60 quilômetros de ciclovia. Nessa etapa inicial, toda a estrutura voltada para os ciclistas, que já existe na região de borda da capital baiana será requalificada, incluindo ainda a construção de ciclofaixas e bicicletários.

A segunda etapa engloba o Centro Histórico de Salvador, onde se estuda a implantação de um plano piloto de bicicletas públicas, assim como ocorre em Paris, na França, e em Santiago, no Chile. Nessas localidades, os habitantes pagarão uma taxa e terão o direito de trafegar com bicicletas cedidas pelo Governo do Estado. A prática é considerada uma solução viável para aqueles que não possuem meio de transporte próprio e também não podem arcar com a passagem cobrada pelos veículos de transporte coletivo.

A terceira e última parte do projeto segue da Avenida Luis Viana Filho (Paralela) em direção ao centro da cidade. As principais estações de transbordo da capital baiana, como Iguatemi, Lapa, Pirajá e Mussurunga, bem como os pontos de acesso ao metrô e terminal náutico, serão interligadas às ciclovias como parte de um plano de integração entre transportes.

Além de apresentado na Câmara Municipal, o projeto que prevê a construção de ciclovias em Salvador também conta com uma lei de autoria do vereador Gilmar Santiago (PT) e já sancionada pelo prefeito João Henrique. A legislação institui diretrizes para a implantação de ciclovias, ciclofaixas, faixas compartilhadas, rotas operacionais de ciclismo e locais específicos para estacionamento como parte de um esquema de transporte voltado à mobilidade urbana sustentável, normatizando o plano de construção do sistema cicloviário confeccionado pela Conder.

A medida determina também que os terminais e estações de transportes de passageiros, edifícios públicos, escolas, shoppings e outros locais de grande concentração de pessoas se adéquem implantando meios que facilitem o acesso dos ciclistas, grande reivindicação de quem costuma se locomover pela cidade com uma bicicleta.

Perfil - Encomendada pela Coder, uma pesquisa piloto revelou o perfil dos ciclistas de Salvador. Conforme o estudo, existe a predominância do sexo masculino entre os que utilizam a bicicleta como meio de transporte (a maioria com idade entre 18 e 35 anos). Boa parte dos ciclistas está empregada nas áreas do comércio, serviços e construção civil, com renda de até um salário mínimo.

Ainda segundo a pesquisa, entre as motivações para a utilização da bicicleta nas vias urbanas da capital baiana, destacam-se o preço elevado das passagens de ônibus, a insuficiência das linhas existentes e ainda o fato das viagens serem mais curtas e rápidas. Os que não utilizam a bicicleta justificaram o perigo no trânsito e a pavimentação inadequada das vias de tráfego.





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Para Dilson Peixoto, Desoneração tributária da tarifa do transporte público será um grande avanço para o setor

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Barateamento do transporte público de passageiros. O tema é desafiador, especialmente quando se trata de uma realidade vivida por países em desenvolvimento, como o Brasil onde, de acordo com um recente estudo realizado pelo Ministério das Cidades, observou-se que o impacto da tributação atualmente aplicada corresponde a cerca de 28% do valor final das tarifas do transporte coletivo urbano. E foi justamente este o tema central das discussões que foram realizadas, ao longo da semana passada, em Santiago, no Chile, durante a 9ª Assembleia Divisão América Latina da União Internacional de Transporte Público (UITP), que tive a honra de presidir. Em paralelo, foi realizado o seminário “Padrões e Financiamento de Sistemas de Transporte Público”, que entre os subtemas discutiu-se mais detalhadamente o financiamento de transporte no mundo: como a América Latina pode alcançar tais mecanismos? Novos mecanismos de financiamento, integração tarifária, contratos de operações privadas e uso do espaço urbano, foram algumas das propostas.

O debate aconteceu fora do território nacional, mas no Brasil - e Pernambuco, de forma especial - a atenção de dezenas de pessoas, entre técnicos e especialistas do setor, parlamentares e representantes da sociedade civil em geral, estão voltadas para esta discussão. O próprio Governador Eduardo Campos, como presidente nacional do PSB, tem destacado a desoneração do transporte público.

Dilson Peixoto
Como presidente da Divisão América Latina da UITP e ex-presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Transporte e Trânsito, ex-presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes, ex-secretário das Cidades e hoje presidente da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI), tenho participado e acompanhando o trabalho na busca pela implantação de um regime especial de incentivos para o transporte público coletivo.

Em 2001, teve início a discussão, na Câmara dos Deputados, com vistas à desoneração tributária para o setor. O tema evoluiu e surgiram vários Projetos de Lei - cujas propostas iam desde reduzir a zero as alíquotas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE Combustíveis), da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre bens.

Tudo isso foi incorporado numa proposta única, o  Substitutivo 310/2009, de autoria do deputado federal Carlos Zarattinni (PT/SP), que propõe a criação de um “Regime Especial de Incentivos para o Transporte Urbano de Passageiros”, consubstanciado na redução de alíquotas de tributos federais, chegando até a proposta de redução de alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre os veículos destinados ao transporte de passageiros, quando adquiridos por empresas prestadoras de serviços de transporte coletivo rodoviário urbano de passageiros, além de prever a redução ou extinção dos tributos de responsabilidade dos estados e municípios (ICMS, ISS). A matéria prevê ainda a obrigatoriedade de implantação de sistema de bilhetagem eletrônica e integração entre modais.

Este substitutivo de projeto de lei foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados  e hoje, aguarda parecer da Comissão de Serviços e Infraestrutura do Senado Federal e votação do Plenário.

O PL 310/2009 representa um grande avanço nas discussões em torno da implantação de incentivos reais e eficientes para o setor. Para se ter uma ideia da importância do tema, destaco um dado revelado por um levantamento realizado pelo Ministério das Cidades, em 2004. Segundo o estudo, já naquele ano, para usar duas vezes o transporte público diariamente por um período de 25 dias, um cidadão brasileiro gastava, em média, 30% do salário-mínimo.

À frente do Grande Recife Consórcio de Transporte, pude acompanhar de perto as dificuldades vividas diante da ausência de incentivos para o transporte público de passageiros. E sem este mecanismo, como ampliar a qualidade e a capilaridade do sistema? É evidente que passos importantes foram dados, a exemplo da ampliação do Sistema Estrutural Integrado (SEI), com a construção de novos terminais; a renovação da frota, a implantação de um moderno sistema de bilhetagem eletrônica e o planejamento de corredores exclusivos para os coletivos. Mas os desafios, inclusive do ponto de vista intermunicipal, são muitos, ainda. E para que os avanços continuem, o Brasil precisa da aprovação do PLC 310/2009 e de outros que tenham como objetivo levar benefícios para o transporte público, serviço essencial à população e cada vez mais tema de preocupações e cobranças mundiais

*Presidente da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal, presidente da União Internacional de Transporte Público/Divisão da América Latina e membro do Comitê Executivo da ANTP (Associação Nacional de Transporte Público). 


EPTI vem para tirar o transporte de passageiros do interior da UTI

Fonte: Folha PE

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