Trolebus em SP
Mais lidas na semana
-
Entrou em operação nesta segunda-feira, em período de testes por 30 dias, um novo ônibus 100% elétrico, desenvolvido pela empresa chinesa An...
-
A Marcopolo México entrega o primeiro ônibus 100% elétrico Attivi do total de 45 veículos que serão fornecidos para o transporte coletivo u...
-
A Volvo Bus celebra a venda de 90 chassis de ônibus B320R para a operadora Auto Viação Marechal que atua no transporte público do Distrito F...
-
O BRT Salvador completou dois anos de operação na capital baiana nesta segunda-feira (30) e já contabiliza a marca de mais de 18 milhões de...
-
No dia das eleições municipais, em 6 de outubro, diversas linhas de ônibus terão viagens a mais para garantir o deslocamento dos eleitores. ...
-
O transporte público de Uberlândia acaba de ser reforçado com a chegada de 21 novos ônibus, uma ação que promete melhorar a qualidade do ser...
-
Ao menos 19 capitais terão alguma forma de passe livre para os transportes públicos no primeiro turno das eleições municipais, que ocorrerá ...
-
A frota de três linhas gerenciadas pela EMTU (Empresas Metropolitana de Transportes Urbanos) foi reforçada neste mês com a inclusão de 15 no...
-
Com ampla maioria, o Acordo Coletivo Especial (ACE) foi aprovado, com a presença de 158 metroviários e metroviárias a votação teve apenas 34...
-
Os munícipes de Taboão da Serra que utilizam o transporte coletivo já contam com uma novidade na Avenida Aprígio Bezerra da Silva (antiga B...
- Novo micro-ônibus elétrico apresentado em Hannover, Azure 7 virá ao Brasil
- Linha do sistema BRT-2 em Feira de Santana é inaugurada
- Metrô de SP completa 50 anos com malha ainda insuficiente
- Ônibus elétricos circulam pela via expressa do BRT para testes em Belém
- No Rio, Universitários vão pagar metade nos ônibus municipais, confira:
No DF, Saldo expirado de cartões de transporte evitará aumento da tarifa de ônibus
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023Postado por Meu Transporte às 08:35 0 comentários
Marcadores: Brasília, Distrito Federal
Espera média por transporte público em BH foi de 24 minutos em 2022
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023
Postado por Meu Transporte às 07:49 0 comentários
Marcadores: Especialistas, Minas Gerais, Reportagem especial
GDF vai expandir linhas do metrô e criar hospital do servidor
quinta-feira, 12 de janeiro de 2023
Postado por Meu Transporte às 10:51 0 comentários
Marcadores: Distrito Federal, trem/metrô
No DF, Animais pequenos com coleira e guia podem ser transportados em ônibus e metrô
Postado por Meu Transporte às 10:42 0 comentários
Marcadores: Brasília, Distrito Federal
Governo do DF reajusta em até 26% preço das passagens de ônibus do Entorno
segunda-feira, 5 de dezembro de 2022
A Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal (Semob) oficializou, nesta sexta-feira (2), um reajuste de até 26% no preço das passagens de ônibus entre o DF e o Entorno. O aumento começa a valer neste domingo (4).
Postado por Meu Transporte às 20:41 0 comentários
Marcadores: Distrito Federal
Governo do DF altera projeto do VLT e prevê construção de seis rodoviárias
quinta-feira, 24 de novembro de 2022
Postado por Meu Transporte às 16:51 0 comentários
No DF, Mais 130 km de ciclovias e bikes compartilhadas nas cidades
domingo, 20 de novembro de 2022
Postado por Meu Transporte às 20:12 0 comentários
Marcadores: Bicicletas, Distrito Federal
Mais de 57 mil pessoas no DF usam o cartão de transporte especial
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
Com o cartão, o usuário pode viajar gratuitamente por todas as 33 regiões administrativas, de ônibus e metrô | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília |
Postado por Meu Transporte às 19:13 0 comentários
Marcadores: Acessibilidade, Distrito Federal
No DF, Mais 121 ônibus vão circular nas regiões administrativas neste mês
segunda-feira, 25 de julho de 2022
Postado por Meu Transporte às 21:48 0 comentários
Marcadores: Distrito Federal
Subsídios no transporte público coletivo do DF mantém tarifa e integrações
domingo, 22 de maio de 2022
Postado por Meu Transporte às 08:16 0 comentários
Marcadores: Brasília, Distrito Federal
DF ganhou 58 novas linhas de ônibus e mais de 600 itinerários ampliados
terça-feira, 5 de abril de 2022
Postado por Meu Transporte às 19:50 0 comentários
Marcadores: Brasília, Distrito Federal
Ônibus conhecido como zebrinha voltará às ruas do DF em 2022
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
Os ônibus que circulam nas linhas do Serviço de Transporte de Vizinhança, no Distrito Federal, voltarão a ter as cores — listras brancas e vermelhas — que os tornaram conhecidos como “zebrinhas”. Os veículos deverão estar em operação até fevereiro de 2022, como foi divulgado no Diário Oficial do DF (DODF), na terça-feira (26/10).
As cores foram aprovadas pelo Conselho do Transporte Público Coletivo do DF, por meio da Resolução nº 4.748 de 13 de outubro de 2021. De acordo com o visual proposto, os veículos terão uma faixa branca até a altura dos faróis e, na parte superior, a cor vermelha predomina com algumas listras brancas.
O Serviço de Transporte de Vizinhança conta com 46 veículos circulando em 12 linhas na área central, que inclui Asa Sul, Asa Norte, Esplanada dos Ministérios, Cruzeiro, Octogonal, Sudoeste e os setores de Autarquias, Bancário e Comercial, além de duas linhas que vão até o Aeroporto. As linhas são: 6, 7, 11, 16, 22, 23, 24, 25, 30, 31, 32 e 35.
De acordo com o secretário de transporte e mobilidade, Valter Casemiro, o objetivo é recuperar essa memória que está presente na cultura do brasiliense. “Vamos resgatar as cores do transporte de vizinhança, de forma que os usuários possam identificar com facilidade os veículos dessas linhas”, disse Valter.
Informações: Correio Braziliense
Postado por Meu Transporte às 19:28 0 comentários
Marcadores: Distrito Federal
Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado
quinta-feira, 30 de setembro de 2021
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.
O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.
Porto Alegre
Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.
Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.
O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.
A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.
No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.
Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.
Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).
Justificativas
Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.
A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.
São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre.
Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.
"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.
Prefeitura
Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.
Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.
Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.
Todo dia
Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.
Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)
"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.
Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.
Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.
"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.
Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.
São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos. Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.
"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.
Ar-condicionado
A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.
"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.
"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.
Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.
"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.
Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.
"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.
Sem justificativa
Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.
Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.
João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".
"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.
Pontualidade
A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.
Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.
"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"
O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.
"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.
Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje
R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo
Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado
RS$506,48 = 46% do salário mínimo
Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento
Tarifa pelas cidade
Brasília (Distrito Federal) - R$5
Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87
Belo Horizonte (Minas Gerais) - R$4,86
Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80
Salvador (Bahia) - R$4,40
São Paulo (São Paulo) - R$4,40
Florianópolis (Santa Catarina) - R$4,38
Goiânia (Goiás) - R$4,30
Curitiba (Paraná) - R$4,25
Campo Grande (Mato Grosso do Sul) - R$4,20
João Pessoa (Paraíba) - R$4,15
Cuiabá (Mato Grosso) - R$4,10
Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05
Porto Velho (Rondônia) - R$4,05
Rio Branco (Acre) - R$4
Vitória (Espírito Santo) - R$4
Teresina (Piauí) - R$4
Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4
Palmas (Tocantins) - R$3,85
Manaus (Amazonas) - R$3,80
Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80
Macapá (Amapá) - R$3,70
Aracaju (Sergipe) - R$3,50
Belém (com a tarifa atual) - R$3,60
Fortaleza (Ceará) - R$3,60
Recife (Pernambuco) - R$3,75 até R$5,10
Maceió (Alagoas) - R$3,35
São Luís (Maranhão) - R$3,20 até R$3,70
Informações: O Liberal
Postado por Meu Transporte às 00:48 0 comentários
Marcadores: Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul
Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos
quarta-feira, 8 de julho de 2020
Deslocar-se de um ponto para outro, dentro de uma mesma cidade, pode ser uma tarefa mais difícil do que deveria.
"A aplicação de novas tecnologias para mobilidade é a revolução em si", explica Tomás Izquierdo, diretor de transporte urbano e interurbano da Indra, multinacional de consultoria e tecnologia com presença na Espanha e na América Latina. Essa revolução propiciou o surgimento de um novo setor dentro da mobilidade. A nova mobilidade, como é denominada, consiste na união entre os aplicativos para smartphones e novos modelos de economia compartilhada que atuam no tema. Inserindo outros agentes na prestação de serviços de deslocamento, principalmente com os aplicativos de viagens sob demanda, empresas e startups passaram a observar a mobilidade urbana como um ambiente propício para novas realidades.
Com presença em mais de 700 cidades ao redor do mundo, a Uber, empresa norte-americana de viagens sob demanda, foi uma das pioneiras na ideia do e-hailing (ato de requisitar um veículo via dispositivo eletrônico). Fundada em 2009, a companhia tem, no Brasil, o seu segundo maior mercado, atrás apenas dos Estados Unidos, e iniciou a venda das suas ações em maio deste ano na bolsa de valores de Nova Iorque, sendo cotada em US$ 82 bilhões.
O estudo Mapa da Qualidade de Vida de 2018, realizado pelo Grupo Zap em 12 capitais do Brasil, apontou que 52% dos habitantes já utilizam os aplicativos de mobilidade para se locomover, reforçando a presença do brasileiro na nova mobilidade. O sucesso do modelo de transporte individual foi além das quatro rodas. As bicicletas e os patinetes elétricos inseriram meios de deslocamento que resultaram na micromobilidade, que consiste em deslocamentos em pequenas distâncias.
Na prática, empresas como a Grow Mobility - união entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, que, juntas, operam mais de 135 mil bicicletas e patinetes elétricos ao redor do mundo - identificaram um nicho de mercado para percursos menores. A entrada desses agentes no mercado da mobilidade acabou estimulando viagens de curta distância, que antes as pessoas não realizariam. Para Izquierdo, essas tecnologias já quebraram as barreiras para melhorar a conectividade e a acessibilidade, resultando em um transporte mais eficaz. "A micromobilidade trouxe elementos de transformação, cuja evolução deve levar a uma menor dependência dos veículos tradicionais e a uma mobilidade mais sustentável", conta.
No início dos anos 2000, acreditava-se que a internet traria menos necessidade de deslocamentos. Em paralelo às facilidades que a conectividade trouxe, ela também influenciou no compartilhamento de informações sobre outros lugares, trânsito e o espaço de modo geral. "Com tanta informação e recurso, na prática, a internet propiciou um aumento na mobilidade, a qual, no Brasil, veio junto com a melhora que tivemos na renda e a facilidade para aquisição de veículos", explica o arquiteto, urbanista e docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Júlio Vargas.
A "nova classe média", termo criado por Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), tem papel fundamental na lógica atual da mobilidade urbana. De 2003 a 2008, o número de brasileiros considerados pobres caiu em 3 milhões. A ascensão da classe D para a classe C acompanhou o aumento expressivo no número de veículos, somado ao crescimento do poder aquisitivo no período, refletiu no aumento das taxas de mobilidade do brasileiro.
Para além desses fatores, as empresas que se inseriram no setor dos deslocamentos apresentam facilidades que antes não existiam, e isso reflete em uma maior participação popular nos transportes. "Além da mobilidade geral ter aumentado por essas questões gerais de renda, novas oportunidades e mais atividades para fazer, as empresas estão oferecendo veículos ou sistemas de transportes que podem estimular as pessoas a se mexerem ainda mais", conta Vargas.
Pobres têm mais dificuldade de se locomover
A diminuição da demanda ocorreu especialmente a partir de 2014, atingindo perda média acumulada de 25,9% dos usuários pagantes. Foto: Folhapress.
Comodidade, velocidade e baixo custo são alguns dos pontos que explicam o sucesso da nova mobilidade no Brasil e no mundo. De modo geral, a entrada massiva dos aplicativos de mobilidade urbana está diretamente ligada a empresas privadas. Esse é o caso dos maiores agentes atuais do mercado, como Uber, Cabify, 99 e Grow Mobility.
"Como a atuação desses modelos é muito dinâmica, o poder público tem muita dificuldade, tanto para entender o funcionamento quanto para regulamentar e estabelecer regras."Foto: Cabify
STF veta leis municipais que proibiam Uber, 99 e Cabify. Foto: Barna Bartis.
Postado por Meu Transporte às 08:55 0 comentários
Marcadores: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceára, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Reportagem especial, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo