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No Recife, Passageiros ganham mais opções de ônibus no TI da Caxangá

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Quem vem da Caxangá para o centro do Recife terá mais opções com transporte público. É que a partir dessa segunda-feira, dia 29, começa a operar  a linha 437 - TI Caxangá (Centro). Neste sábado, dia 27, o serviço começa a operar em teste. Serão 14 novos ônibus, dos quais nove são BRTs e cinco veículos convencionais articulados. 

Os BRTs irão realizar embarque e desembarque em 11 das 12 estações em operação ao do corredor Leste/Oeste, são elas: Engenho Poeta, Riacho do Cavoco, BR-101, Caiara, Parque do Cordeiro, Forte do Arraial, Getúlio Vargas, Zumbi, Abolição, Derby e Guararapes. Já os veículos convencionais da linha seguirão expressos até a Av. Conde da Boa Vista onde realizarão embarque e desembarque nas paradas a partir da estação Padre Inglês.

Com a novidade, as linhas 2455 – Tabatinga e 2442 – Jardim Primavera (Vale das Pedreiras) passam a ser linhas alimentadoras do TI Caxangá e têm mudança de itinerário. Os veículos dessas linhas seguirão os trajetos atuais até a Av. Caxangá, onde entrarão na Av. Afonso Olindense, Rua Rodrigues Ferreira e retornarão para a Av. Caxangá acessando o TI. Essas linhas também terão redução de intervalo e aumento no número de viagens que serão realizadas.

Camaragibe/CDU – Para dar continuidade ao processo de racionalização do SEI e ao projeto de  tráfego apenas de veículos do Via Livre/BRT na Avenida Caxangá, a partir deste sábado (20), a linha 2469 – Camaragibe/CDU terá sua operação suspensa. Os moradores do município de Camaragibe, que têm como destino a Cidade Universitária, passarão a ter outras opções de deslocamento, através das integrações temporais, reduzindo assim, o tempo de deslocamento do usuário.

Os passageiros que estiverem no Terminal Integrado de Camaragibe poderão utilizar as linhas do TI que seguem em direção a Av. Caxangá, como as linhas do Via Livre 2480 – Camaragibe/Derby e 2450 – Camaragibe (Centro). Já quem estiver fora do TI, terá as opções de embarcar nas 2402 – Parque Capibaribe/TI Caxangá ou na 2459 – Loteamento Santos Cosme e Damião. Esses passageiros deverão descer na Estação Capibaribe ou nas primeiras paradas da Av. Caxangá, e se deslocar para o Terminal Integrado da Caxangá ou para a Av. Afonso Olindense. 

No TI Caxangá, os usuários utilizarão a integração temporal na bilheteria do terminal e poderão embarcar na linha 202 – Barro/Macaxeira (Várzea) ou na 303 – Curado II/Caxangá (BR-232), que atendem à Cidade Universitária. Quem optar por seguir para a Av. Afonso Olindense também terá a opção da linha 432 – CDU (Várzea), além das linhas 303 e 202. Esta integração acontecerá tanto no sentido subúrbio/cidade quanto no cidade/subúrbio.

Com a integração temporal, os usuários que utilizam o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) terão duas horas para embarcar da linha de origem para as linhas 303, 202 ou 432, sem pagar uma nova passagem. Mais informações na Central de Atendimento ao Cliente, no 0800.081.0158.

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No Recife, Terminal Integrado da Caxangá terá linha BRT

domingo, 21 de dezembro de 2014

Os usuários do Terminal Integrado da Caxangá e os moradores da Av. Caxangá ganharão, a partir do  dia 27 deste mês, mais uma opção de deslocamento pelas linhas do Via Livre. A linha 437 – TI Caxangá (Centro) iniciará sua operação com veículos BRT. 

Neste primeiro momento, a linha 437 operará com nove BRTs e cinco veículos convencionais articulados. Os BRTs irão realizar embarque e desembarque em 11 das 12 estações em operação ao do corredor Leste/Oeste, são elas: Engenho Poeta, Riacho do Cavoco, BR-101, Caiara, Parque do Cordeiro, Forte do Arraial, Getúlio Vargas, Zumbi, Abolição, Derby e Guararapes. Já os veículos convencionais da linha seguirão expressos até a Av. Conde da Boa Vista onde realizarão embarque e desembarque nas paradas a partir da estação Padre Inglês. 

Com a novidade, as linhas 2455 – Tabatinga e 2442 – Jardim Primavera (Vale das Pedreiras) passam a ser linhas alimentadoras do TI Caxangá e têm mudança de itinerário. Os veículos dessas linhas seguirão os trajetos atuais até a Av. Caxangá, onde entrarão na Av. Afonso Olindense, Rua Rodrigues Ferreira e retornarão para a Av. Caxangá acessando o TI. Essas linhas também terão redução de intervalo e aumento no número de viagens que serão realizadas. 

Camaragibe/CDU – Para dar continuidade ao processo de racionalização do SEI e ao projeto de  tráfego apenas de veículos do Via Livre/BRT na Avenida Caxangá, a partir deste sábado (20), a linha 2469 – Camaragibe/CDU terá sua operação suspensa. Os moradores do município de Camaragibe, que têm como destino a Cidade Universitária, passarão a ter outras opções de deslocamento, através das integrações temporais, reduzindo assim, o tempo de deslocamento do usuário. 

Os passageiros que estiverem no Terminal Integrado de Camaragibe poderão utilizar as linhas do TI que seguem em direção a Av. Caxangá, como as linhas do Via Livre 2480 – Camaragibe/Derby e 2450 – Camaragibe (Centro). Já quem estiver fora do TI, terá as opções de embarcar nas 2402 – Parque Capibaribe/TI Caxangá ou na 2459 – Loteamento Santos Cosme e Damião. Esses passageiros deverão descer na Estação Capibaribe ou nas primeiras paradas da Av. Caxangá, e se deslocar para o Terminal Integrado da Caxangá ou para a Av. Afonso Olindense. No TI Caxangá, os usuários utilizarão a integração temporal na bilheteria do terminal e poderão embarcar na linha 202 – Barro/Macaxeira (Várzea) ou na 303 – Curado II/Caxangá (BR-232), que atendem à Cidade Universitária. Quem optar por seguir para a Av. Afonso Olindense também terá a opção da linha 432 – CDU (Várzea), além das linhas 303 e 202. Esta integração acontecerá tanto no sentido subúrbio/cidade quanto no cidade/subúrbio. 

Com a integração temporal, os usuários que utilizam o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) terão duas horas para embarcar da linha de origem para as linhas 303, 202 ou 432, sem pagar uma nova passagem. Mais informações na Central de Atendimento ao Cliente, no 0800.081.0158.

Informações: GRCT

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Greve em Recife: Paralisação de rodoviários fica suspensa até domingo

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O Sindicato dos Rodoviários do Grande Recife decidiu, em reunião realizada na tarde desta sexta (22), que os rumos do movimento da categoria serão decididos apenas no domingo (24), às 14h, quando os trabalhadores têm novo encontro. Até lá, a orientação do sindicato é que não aconteça mais paralisações, mantendo o serviço na noite desta sexta e também no sábado (23). De acordo com a assessoria do sindicato, entretanto, não é possível impedir que ocorra movimentos espontâneos de paralisação por parte de alguns motoristas.

A paralisação da manhã desta sexta afetou grande parte do serviço de ônibus na Região Metropolitana e foi um protesto contra a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que suspendeu, temporariamente, o aumento de 10% no salário e de 75% no tíquete-alimentação da categoria. Esse índice de aumento havia sido determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), no último dia 30 de julho, após três dias de greve da categoria.

De acordo com o secretário-geral da diretoria do sindicato, Josival José da Costa, a situação dos ônibus na segunda-feira (25), só será definida na reunião de domingo. O encontro vai ocorrer na sede do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Simpere), no Centro do Recife.

"A paralisação de hoje foi para mostrar que a classe rodoviária está disposta a lutar pelas suas causas. Isso foi uma resposta aos patrões, para dizer que precisamos respeito. Eles dizem não têm dinheiro para pagar o aumento, mas não falam do lucro, das insenções fiscais que recebem", comentou.

Segundo o Grande Recife Consórcio de Transportes, às 17h desta sexta, a quantidade do efetivo de ônibus que circulava pelas ruas da Região Metropolitana era de 40%. Ainda assim, o sindicato dos trabalhadores insiste que motoristas, cobradores e fiscais devem voltar ao trabalho normal ainda durante esta noite. A assessoria jurídica do sindicato está trabalhando para apresentar recurso junto ao TST, contra a ação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, a Urbana-PE, que reúne os empresários do setor.

Em nota, a Urbana-PE  disse que "tem se empenhado para garantir a operação do sistema de transporte público na Região Metropolitana do Recife (RMR) ao longo desta sexta-feira". O sindicato das empresas afirma ainda que não foi informado sobre a paralisação dos operadores, conforme obriga a legislação.

Aulas suspensas
A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) suspendeu o expediente desta sexta-feira a partir das 13h, devido à paralisação dos rodoviários. A instituição informou que, caso o movimento continue no sábado (23), as aulas também vão ser suspensas. Também foram suspensas as aulas noturnas do Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau).

Metrô amplia horário
Por conta da paralisação, o horário de pico do metrô vai ser estendido das 17h às 21h, uma hora a mais que em dias normais. Neste período, as viagens da Linha Centro terão intervalo de cinco minutos, enquanto o da Linha Sul será de oito minutos. A medida vai gerar mais 20 viagens, transportando mais 40 mil passageiros. O metrô do Recife opera normalmente até as 23h.

Dia tumultuado
A manhã desta sexta foi de muito tumulto e de dificuldade para passageiros que precisavam pegar ônibus. Alguns relataram espera de mais de duas horas em paradas. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, apenas 35% da frota saiu das garagens e parte ainda ficou parada nas ruas. Por dia, são atendidos pelo sistema uma média de 2 milhões de passageiros.

Um ônibus foi incendiado durante um protesto, no Terminal Integrado da Macaxeira, no Recife. Um carro do Corpo de Bombeiros esteve no local apagando as chamas e liberando a circulação dos veículos na BR-101. As paradas da cidade continuam cheias e poucos ônibus estão circulando. Mais de dez ônibus ficaram parados na rodovia PE-15, em Olinda, na altura do Viaduto dos Bultrins. Parte dos coletivos teve os pneus esvaziados com pregos. Um ônibus estava com o parabrisa quebrado. 

Os motoristas informavam incialmente que a paralisação seria de 4h às 10h. Os registros de tumulto e protestos continuam em todo o Grande Recife. No começo da manhã, o trânsito foi interrompido na BR-101 no sentido Recife - Paulista, na altura do quilômetro 60, devido ao protesto de rodoviários no terminal da Macaxeira. O protesto foi encerrado por volta das 9h, mas ainda há retenção na BR-101 de Igarrasasu para o Recife, gerando congestionamento a partir de Abreu e Lima.

Em Olinda, logo pela manhã, havia ônibus no Terminal Integrado do Xambá, mas eles não entravam nem saiam do local. Um portão chegou a ser derrubado no começo da manhã para garantir a não-circulação dos coletivos e houve protesto, com fogo sendo ateado a pneus para impedir a passagem  na rua. Passageiros revoltados fecharam por alguns minutos a Avenida Presidente Kennedy, que foi liberada por volta das 7h20. Por dia, passam cerca de 50 mil passageiros pelo terminal.

Decisão do dissídio
A decisão monocrática sobre o dissídio coletivo dos trabalhadores aconteceu na quarta-feira (20) e acata o recurso ordinário do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Pernambuco (Urbana-PE). A medida fica valendo até o julgamento do processo pela Seção de Dissídios Coletivos do TST, ainda sem data marcada.

 Em sua decisão, o ministro do TST entende que o reajuste concedido foi fora dos limites do poder normativo da Justiça do Trabalho. Dessa forma, ficam suspensos o reajuste salarial e do piso da categoria de 10% e mantido o de 6%. Com isso, o salário de motorista passa a ser de R$ 1.700,30; o de fiscal, R$ 1.100,17; e o de cobrador, R$ 782,28. Com a decisão conseguida no TRT no dia 30 de julho, após uma greve de três dias, os salários dos trabalhadores seriam de R$ 1.765,5, R$ 1.140,70, e R$ 811,80, respectivamente.

A suspensão também afeta o auxílio-funeral, diária para viagens e o tíquete-alimentação dos trabalhadores, que havia sido corrigido em 75%, atingindo o valor de R$ 300. Com o reajuste de 6%, o tíquete fica em R$ 181,26.  Na ocasião do julgamento do TRT, os desembargadores entenderam que o valor não permite uma alimentação adequada no Grande Recife.

Os trabalhadores ainda não haviam recebido nenhum salário com aumento. Quando houve a decisão do TRT, a folha do mês já havia sido concluída. No dia 20 de agosto, os trabalhadores recebem um adiantamento do salário, que é pago no dia 5. Nesse primeiro pagamento, os empresários afirmaram que o aumento seria dado no pagamento efetivo do salário, dia 5.

Em nota, a Urbana-PE informou que entrou com recurso "por motivo de absoluta incapacidade financeira  e visando salvaguardar a solvência financeira do sistema". O  sindicato diz ainda que o sistema é custeado unicamente pela tarifa, "a segunda menor do País e que há mais de 2 anos não é reajustada". A Urbana ainda cita que "outras fontes de recurso devem ser adotadas para manutenção do serviço, para prover melhorias e garantir uma tarifa socialmente justa aos usuários".

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Recife: Especialista diz que sistema de terminal integrado é ultrapassado e ineficaz

domingo, 3 de agosto de 2014

Sinônimos de longas filas, tumulto e reclamações, os Terminais Integrados (TIs) da Região Metropolitana do Recife (RMR), que compõem a base do Sistema Estrutural Integrado (SEI), representam hoje um ponto dissonante no sistema de mobilidade, que necessita de reformulação no seu funcionamento. As recorrentes confusões que acontecem em alguns dos espaços, a última registrada, na quarta passada no TI da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, faz com que os usuários não acreditem em qualquer melhoria que possa garantir mais conforto na utilização do serviço.

Algumas das queixas dizem respeito a um problema quase que casado: a demora nos coletivos e a necessidade de ter que ir ao terminal para poder prosseguir viagem até o destino final. Desde o início da operação de alguns terminais, como o Pelópidas Silveira, em Paulista, e o Tancredo Neves, na Imbiribeira, milhares de moradores se viram prejudicados, pois perderam as linhas que os levavam, sem baldeação, até o Centro da Cidade, por exemplo. Esse é o caso da repositora Josiane Amorim.

Antes do funcionamento do Terminal Integrado, a moradora do bairro de Maranguape I, em Paulista, contava com uma linha que a deixava direto no trabalho, gastando apenas 20 minutos no trajeto. Atualmente, ela e todos os vizinhos perderam o “benefício” e precisam pegar o coletivo de uma linha alimentadora e descer no TI Pelópidas Silveira. Só então pode seguir em outro transporte até o trabalho. “Agora levo cerca de uma hora para chegar ao serviço. Se por um lado a passagem da volta diminuiu, de um vale “B” para o “A”, a espera é muito maior, o que não compensa”, declarou a jovem.

Apesar dos problemas, alguns usuários acreditam que existem, no meio de tantos empecilhos, pontos positivos nos terminais integrados. A estudante Rubenice da Silva, moradora do Córrego do Abacaxi, em Olinda, precisa pegar todos os dias um ônibus até o TI de Xambá, na avenida Presidente Kennedy. “Antes existia a linha Córrego do Abacaxi que seguia direto até o Centro. Ficou ruim pra mim, mas para outras pessoas o sistema facilitou, pois agora elas possuem opções para ir até a Joana Bezerra ou Afogados, sem precisar pagar nova passagem”, ponderou.

A usuária lembra, entretanto, que quando a linha seguia direto do bairro, o coletivo não chegava a lotar, porém, com a criação da integração no Xambá, os veículos só saem lotados. “Agora são os passageiros do bairro e de vários outras localidades de Olinda”, observou. No TI da Macaxeira, onde o atraso revoltou os passageiros que fizeram um protesto na última quarta, e foram dispersados depois da ação do Batalhão de Choque da PM, a situação também é de insatisfação. Mesmo após o reforço de sete coletivos em cinco linhas de ônibus que passam pelo equipamento, a população critica o espaço. Até fora dos horários de pico é possível ver situações que tiram a paciência dos passageiros, como longas filas e pessoas que não respeitam a ordem e passam na frente para viajar sentados.

Especialista diz que modelo é ultrapassado e ineficaz 

Para o engenheiro civil Stênio Cuentro, que já realizou vários estudos na área de transporte, o modelo dos Terminais Integrados está desatualizado e não atende mais a necessidade dos usuários. “O sistema dos TIs é da década de 1980, do segundo governo de Miguel Arraes, quando o volume de passageiros era muito diferente. O Estado levou mais de 20 anos para implantar os terminais e o planejamento não acompanhou a evolução da população. Hoje existem grande fluxos de usuários, como em Suape e Goiana, que não fazem parte dessa integração”.

Ainda de acordo com o especialista, é preciso refazer todos os estudos do SEI, sendo um dos principais a pesquisa de origem e destino, que aponta quais trajetos os passageiros realizam diariamente. Mesmo o novo sistema de transporte público, o Bus Rapid Transit (BRT), para Stênio, já nasce superado. “A cidade de Curitiba começou o BRT em 1982, hoje eles já pensam em outra forma de transporte de massa, que são as linhas de metrô”, disse.

A diretora de Planejamento do Grande Recife Consórcio de Transportes, Lúcia Recena, defende que os Terminais Integrados têm como função garantir a racionalização das linhas de ônibus, evitando sobreposição. “Se todas as linhas chegassem até o Centro, a cidade não andava. Hoje o usuário pode sair de Itamaracá e chegar até o Cabo de Santo Agostinho pagando apenas uma passagem”, observa a gestora.

Lúcia contesta que os usuários perdem mais tempo com a baldeação nos terminais. Para ela, a redução do número de linhas nos corredores troncais garante viagens mais rápidas dos veículos que realizam esse serviço. Sobre os problemas de atrasos, a diretora do Grande Recife afirma que os problemas ocorrem, principalmente por conta da má conservação das vias, e cita como exemplo a BR-101 Sul, por onde passam algumas das linhas que atendem o terminal da Macaxeira. “Trabalhamos junto das prefeituras para garantir que os corredores de transportes estejam em boas condições”.

SAIBA MAIS

EQUIPAMENTOS- Atualmente, 800 mil passageiros utilizam diariamente os terminais integrados da Região Metropolitana. Dos 18 TIs em operação, sete estão em obras e dois em ampliação (Barro e Joana Bezerra). Também estão sendo construídos cinco novos equipamentos: Prazeres; TI da III Perimetral; TI da IV Perimetral; Abreu e Lima; e Largo da Paz.

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Sem acordo, Greve de ônibus no Recife continua e vai para o 3º dia de paralisação

terça-feira, 29 de julho de 2014

Paralisados desde a manhã desta segunda-feira, motoristas, fiscais e cobradores de ônibus da capital pernambucana exigem reajuste de 10% no salário, e um aumento no vale refeição de R$ 171 para R$ 320 para voltar a trabalhar. Em uma audiência realizada na tarde desta terça no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), funcionários e empresas não entraram em um consenso sobre os valores do reajuste. Sem definição, os empregados decidiram manter a greve.

De acordo com o vice presidente do TRT, Pedro Paulo Nóbrega, os empresários ainda não cederam às exigências dos grevistas, e o dissídio coletivo não havia sido instaurado.


Nesta terça, as cenas da ontem voltaram a se repetir nas ruas da região metropolitana da cidade: os poucos coletivos que circularam estavam superlotados, com gente pendurada até nas portas. Muitos trabalhadores desistiram de embarcar, diante do empurra-empurra.

A empregada doméstica Josivânia dos Santos deixou passar cinco ônibus para embarcar do terminal integrado da Macaxeira, na Zona Norte de Pernambuco, para o trabalho, em Boa Viagem, na Zona Sul. Ela disse que não conseguiu viajar antes, com medo de cair e ser pisoteada.

Nas ruas do centro da capital, avenidas normalmente movimentadas permaneceram desertas no fim da manhã de hoje. Na Avenida Agamenon Magalhães, um dos principais corredores de Recife, os motoristas pararam os coletivos em fila dupla, o que provocou congestionamentos por um longo período na manhã.

O Consórcio Grande Recife de Transportes informou nesta terça-feira que 47 ônibus foram depredados durante a greve. Os ônibus que circulam na região metropolitana somam três mil, perfazendo total de 390 linhas e 26 mil viagens diárias. Segundo o Consórcio, à exceção do coletivo que foi incendiado na segunda, todos os outros já sofreram reparos: a maior parte teve pneus rasgados e para brisas ou janelas de vidro quebrados com pauladas e pedradas.

A greve afeta cerca de 2 milhões de pessoas e até a manhã desta terça-feira dez coletivos já haviam sido depredados por passageiros revoltados com a paralisação. Um dos ônibus, da empresa Vera Cruz, chegou a ser incendiado no terminal do bairro do Barro, a dez quilômetros do centro.

Por Letícia Lins
Informações: http://oglobo.globo.com

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Mais um dia de vergonha do transporte público do Recife

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Pelo menos uma pessoa ficou ferida e outra foi detida durante o protesto no Terminal Integrado da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, na manhã desta quarta-feira (23). O Batalhão de Choque da Polícia Militar chegou ao local por volta das 9h30, atirando bombas de efeito moral e balas de borracha nos passageiros de ônibus que se manifestavam contra a demora dos coletivos. O homem ferido trabalha como pedreiro e foi atingido por bala de borracha no pescoço e na mão, enquanto estava dentro do terminal.
Foto: Wagner Sarmento/TV Globo
Segundo os PMs do 11º Batalhão, o rapaz que foi detido teria tentado atirar pedras em um ônibus e teria desrespeitado os policiais. Ele foi levado para prestar depoimento na Central de Flagrantes. A delegada Maria Helena Couto informou que, como não há provas que incriminem o homem, ele foi liberado no começo da tarde. Em depoimento, o rapaz informou que se assustou com a chegada da polícia ao terminal e, por isso, entrou em um dos ônibus pela janela. Ele negou ter depredado qualquer veículo ou oferecido risco aos PMs. Com a chegada do Batalhão de Choque, alguns ônibus voltaram a circular no itinerário costumeiro, e o protesto foi encerrado.

Por volta das 6h30, um grupo de passageiros bloqueou a entrada do terminal, impedindo a entrada e saída de ônibus. Segundo a Polícia Militar, a mobilização foi espontânea e os manifestantes reclamam, entre outras coisas, do atraso e ineficiência do ônibus Barro/Macaxeira (BR-101). Muitos ônibus que chegaram ao local não conseguiram entrar pela garagem. Eles ficaram estacionados no entorno do terminal, gerando engarrafamentos na BR-101 e na Avenida Norte. Ao todo, circulam 60 mil passageiros por dia na Macaxeira, utilizando 13 linhas, com 153 veículos.

O Consórcio Grande Recife informou que os ônibus que trafegam pela BR-101 enfrentam dificuldades por causa do congestionamento na rodovia. Por causa disso, os ônibus que saem do Terminal do Barro não conseguem chegar dentro do tempo previsto no Terminal da Macaxeira. O consórcio também afirmou que representantes do Grande Recife se reuniram com os manifestantes para coletar as reivindicações e estudar uma maneira de minimizar os problemas.

Segundo o consórcio, existe um projeto, em fase de elaboração, que prevê a construção de um novo Terminal Integrado da Macaxeira. A obra é parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, que também contempla a requalificação da BR-101.
O Barro/Macaxeira (BR-101) conta com 13 veículos fazendo 192 viagens diárias, com intervalos de cinco a oito minutos. O número de coletivos é estudado  de acordo com a demanda, mas ainda assim, os passageiros reclamam da falta de conforto, das filas tumultuadas e da demora entre um ônibus e outro.

Informações: G1 PE
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Grande Recife: Sistema temporal seria bem mais eficiente que os terminais integrados

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O protesto de passageiros que fechou por quase cinco horas na manhã desta quarta-feira o Terminal Integrado da Macaxeira, o segundo maior do sistema de transporte por ônibus da Região Metropolitana do Recife, na Zona Norte da capital, colocou em xeque a eficiência do modelo de integração que depende de espaços fechados, adotado desde a criação do SEI, há 20 anos. Mostrou que ele está saturado. Além de irritar parte dos 60 mil usuários que passam pelo TI todos os dias e centenas de motoristas que ficaram presos num congestionamento que atingiu corredores importantes da cidade, mostrou que, sem prioridade para o transporte coletivo nas ruas, é chegado o momento de o Grande Recife pensar em usar a integração temporal, aquela que se faz diretamente nos ônibus, sem paredes ou terminais e que já é adotada em quase metade dos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, entre eles São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e até as nordestinas Salvador e Natal.

Pernambuco está pronto para usá-la, basta haver decisão política de adotá-la. A bilhetagem eletrônica, tecnologia imprescindível para o funcionamento da integração temporal, é usada desde 2000, oferecendo a ferramenta necessária para que os passageiros possam pegar vários ônibus pagando uma única tarifa sem precisar passar por terminais. Mas o Grande Recife Consórcio de Transporte é resistente ao modelo porque gera custo bem maior do que construir e manter terminais – entre R$ 5 e R$ 12 milhões para construção e R$ 1,5 milhão para manutenção. Ao introduzir uma integração temporal, a quantidade de passageiro pagante é reduzida. Mesmo que seja imposto um limite de horário, o usuário pode fazer diversos deslocamentos sem precisar passar por terminais integrados. Em São Paulo, por exemplo, o bilhete único gerou um déficit de R$ 1,2 bilhão ao ano.
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
“Esse é o problema. Não somos contra, mas é preciso uma integração com restrições, com percursos e horários definidos. Se não houver uma rede bem racionalizada, planejada, o custo aumenta demais e alguém vai ter que arcar com ele. Nós vamos começar a estudar possíveis integrações temporais depois que estivermos com os 25 terminais do SEI em funcionamento. Hoje são 18 e pretendemos chegar a 25 até o meio do ano. Vamos usá-la exatamente onde não é possível ou não há necessidade de um terminal”, defende o presidente do Grande Recife Consórcio, Nelson Menezes.

Há quem critique a integração temporal e quem defenda o modelo. Estudo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) sobre novas tendências em política tarifária mostra que o principal benefício da integração temporal é permitir que as mais diferentes áreas da cidade possam se integrar, independentemente de terminais. Assim, há um impacto positivo nas contratações do mercado de trabalho, especialmente do mercado formal, que custeia o vale-transporte.
Fortaleza é uma das cidades que os usuários não precisam de terminais para integrar com outros ônibus, lá o usuário desce em qualquer parada e tem um intervalo de 02 horas pagando apenas 01 passagem para se deslocar , sistema semelhante também é adotado em São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Salvador, Campinas entre outras grande cidades.

Os passageiros que  protestaram contra a falta de ônibus no TI Macaxeira reclamavam, exatamente, que entre as 6h e as 7h não saiu um único ônibus da linha Avenida Norte/Macaxeira do terminal. Isso porque todos estavam ficando presos no congestionamento da Avenida Norte, espremidos entre os automóveis. Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, o coletivo que deixou o TI às 6h15 só conseguiu chegar ao Centro 56 minutos depois dos 50 minutos previstos para a viagem até a área central. Já o ônibus das 6h27 chegou ao ponto de retorno no Centro 77 minutos depois do tempo previsto. “Ou seja, o problema não é o terminal, mas a falta de prioridade para o ônibus nas ruas”, argumenta Nelson Menezes.

Por Roberta Soares
Informações: De Olho no Trânsito

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