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Ônibus superarticulado realiza testes em Florianópolis

quinta-feira, 2 de maio de 2013

A empresa de transportes Canasvieiras e a DVA Veículos, representante da Mercedes Benz em Florianópolis, iniciam na próxima semana na Capital o teste do ônibus superarticulado, veículo especial produzido pela marca alemã para operação em corredores exclusivos.

Serão 30 dias, a partir de 6 de maio, operando no trajeto Canasvieiras-Centro. Após este período, ele será entregue à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para operar no aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, onde será utilizado no translado dos visitantes que estarão na cidade para os jogos da Copa das Confederações.

Autoridades e a imprensa catarinense poderão conhecer o superarticulado O-500 UDA da Mercedes-Benz/DVA no dia 8 de maio (quarta-feira) a partir das 15h, no Terminal Integrado do Centro (TICEN). Na opinião do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Grande Florianópolis (Setuf), Waldir Gomes, o período de testes do novo carro é uma boa oportunidade para rediscussão de projetos viários que priorizem os ônibus.

“A partir desta experiência veremos a necessidade de implantação de um sistema de preferência, com corredores de ônibus, como existem no Rio de Janeiro. Esta fase experimental do superarticulado em Florianópolis pode retomar e acelerar o debate sobre a necessidade da prefeitura investir em vias exclusivas no município” observa.

Segundo Dirceu Luca Rigotti, gerente Departamento de Veículos Novos da DVA Ltda, o veículo que será apresentado na capital do estado é uma nova solução em transporte coletivo urbano, que depende de obras viárias importantes para operar com rapidez. “Somente novas tecnologias de transporte, como o ônibus superarticulado, não serão suficientes para atender aos anseios dos usuários do transporte público. Os gestores precisam efetuar melhorias nas vias municipais para viabilizar o aumento das velocidades médias dos veículos coletivos”, destaca. O veículo tem capacidade para 170 passageiros (58 sentados e 112 em pé).

Informações: Portal Ilha

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Sem Metrô, Salvador terá linhas de ônibus exclusivas para o público na Copa das Confederações

sábado, 30 de março de 2013

Sem o metrô, o plano B para a mobilidade urbana durante a Copa das Confederações inclui sete grandes áreas de estacionamento com serviço de transporte até o estádio, linhas exclusivas de ônibus e 13 pontos de táxi nas proximidades da Fonte Nova, além dos anéis de isolamento de trânsito nos entornos do Dique. Pelo menos, é o que garantem a prefeitura e o governo do estado que, juntos, montaram um plano específico para o evento.

“Adaptamos a ideia inicial, porque estava previsto que o metrô operaria no trecho que vai da Lapa até o Acesso Norte. Como não vai funcionar, criamos um plano B”, explicou a subcoordenadora de transportes da Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), Marisa Oliveira.

Apesar de ainda poder sofrer alterações, o projeto prevê que quem vai de carro para o jogo poderá deixar o veículo na região do Iguatemi, no Porto ou na Conceição da Praia.

No Iguatemi, haverá áreas de estacionamento atrás do Shopping Iguatemi, no Suarez Trade, no Centro Médico Iguatemi, na Tancredo Neves, próximo à loja Tok & Stok e no Detran. É onde devem ficar os estacionamentos designados pela Semut para o público em geral, de acordo com Marisa, já que os carros não poderão se aproximar do estádio.

Pelo plano, 21 dias antes do início da Copa das Confederações - que começa no dia 15 de junho -, serão interditados para  carros o Dique sentido Lapa e a Ladeira da Fonte das Pedras, nos dois sentidos. Além disso, nos dias de jogos, será interditado um trecho do Vale de Nazaré (entre o retorno após o Aquidabã e a entrada do Vale do Ogunjá) nos dois sentidos; Av. Presidente Costa e Silva (Dique); Av. Vasco da Gama (Dique) sentido Arena e a Av. Joana Angélica sentido Campo Grande. Todas as linhas de ônibus que passam nesses pontos serão desviadas. 

Shuttle
Depois de deixar o carro no estacionamento, o torcedor deve seguir até os pontos que devem ficar no Iguatemi ou na Conceição da Praia e no Porto. De lá, sairão, respectivamente, quatro e três linhas de ônibus, chamadas shuttle. A linha Iguatemi deve levar as pessoas até as quadras de esporte da Avenida Bonocô, enquanto o fim das linhas do Comércio deve ser em um ponto próximo ao Colégio Severino Vieira, na Avenida Joana Angélica. 

Para conseguir fazer o deslocamento das pessoas, o plano prevê uma frota de 99 veículos, entre ônibus, micro-ônibus e vans. Outros 51 devem ser exclusivos para as delegações. 

Aeroporto 
A subcoordenadora de transportes informou, ainda, que duas linhas devem sair do aeroporto. “Uma delas,  só para os dias de jogos, que deve seguir pela Paralela, Bonocô, Vale de Nazaré”. Já a outra, que vai operar durante os outros dias, sai do aeroporto pela orla, passando por Ondina, Barra, Ladeira da Barra, Avenida Sete e retorna no terminal da Rua Chile, no Centro.  “Esse não passa na Arena, mas o cidadão pode descer no Relógio de São Pedro, por exemplo, e andar pela Avenida Joana Angélica”, explicou.

Ainda não está definido, contudo,  se esses serviços – tanto o estacionamento quanto as linhas especiais – serão pagos. “Nós priorizamos estacionamentos em espaços públicos, mas tem o atendimento de transporte, de modo que ainda estamos estudando isso. Mas é certeza que quem tiver seu ingresso do jogo em mãos, vai poder usar as linhas sem pagar”, garantiu. 

Segundo o secretário estadual para assuntos da Copa do Mundo, Ney Campello, os viadutos para o acesso à Arena devem colaborar para o condicionamento do trânsito. “Também pretendemos estabelecer segregação em vias importantes da cidade, como divisões com cones, para auxiliar o fluxo de veículos para o estádio”, disse.

Outra estratégia que pode ser adotada é a decretação de feriados nos dias dos jogos e adequação dos calendários escolares. “Ao mesmo tempo que facilita a circulação e o trânsito, incorpora esses públicos aos espetáculos, sem desrespeitar a legislação do Ministério da Educação”.

Táxi no entorno da Fonte Nova

Conceição da Praia, (próximo ao Elevador Lacerda)  
20 vagas

Vale dos Barris (Acesso à Lapa)
26 vagas

Terreiro de Jesus (Praça) 
8 vagas

Carlos Gomes (Entrada da Rua  2 de Julho)
10 vagas

Rua da Misericórdia (ao lado da prefeitura)
10 vagas

Por Thais Borges
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Pernambuco: Obras do terminal Integrado de Cosme e Damião e a Radial da Copa estão atrasadas

sexta-feira, 29 de março de 2013

O tempo, agora, é o maior inimigo. Quem trabalha diretamente nas obras de mobilidade para a Copa das Confederações, que acontece no próximo mês de junho, com jogos na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, corre para entregar tudo no prazo previsto. Em alguns desses canteiros, como o Terminal Integrado de Cosme e Damião e a Radial da Copa, o tempo estipulado já acabou. Muitos afirmam que vai ficar pronto, mas tudo em cima da hora.

A expressão hoje é usada tanto pela cúpula das Secretarias da Cidades e Extraordinária da Copa quanto pelos operários que estão com a mão na massa, literalmente. Essa massa pode ser representada pelo barro que ainda ocupa muitos locais, onde já deveriam estar o asfalto e prédios prontos para serem inaugurados, como em Cosme e Damião, na Várzea, Recife.

A estação de metrô, que leva o mesmo nome do terminal e faz parte do complexo, está 95% pronta. Os trens, inclusive, já trafegam por ele, apesar de ainda não poderem realizar o embarque e desembarque de passageiros.
“Estamos com tudo praticamente pronto. Falta o acabamento da estação para poder entregar no prazo”, disse um dos engenheiros da obra, de responsabilidade da Companhia Brasileira de Trens Urbanos(CBTU). “Agora é torcer e correr para que a obra do TI de Cosme e Damião também fique pronta, dando suporte necessário ao público. E também torcer para não chover”, citou o profissional, que preferiu não ser identificado. A obra é de responsabilidade do governo do Estado.

O inverno é realmente uma preocupação. Em maio, começa a estação chuvosa na Região Metropolitana do Recife (RMR) e junho é considerado o mês com maior índice pluviométrico. Como a maior parte da construção de Cosme e Damião ainda é um grande canteiro, com muito barro, a água poderia atrasar a obra ainda mais.

O novo terminal é um dos principais acessos para chegar à Arena Pernambuco. É de lá que vão sair os ônibus para o estádio, usando como via principal a nova ponte, que faz parte do complexo da Radial da Copa. A ponte também está quase pronta e deve ser entregue em junho. “Já pediram para a gente correr. Mas acho que só fica pronto mesmo em junho, em cima da hora”, disse um dos encarregados pela obra, que também optou pelo anonimato.

O Ramal da Copa será uma via com 6,3 quilômetros, que ligará a Avenida Belmino Correia (PE-05), em Camaragibe, ao lado da Estação Camaragibe do metrô, à BR-408 e à Arena da Copa, passando pelo TI de Cosme e Damião. Terá duas faixas exclusivas para o transporte público, seis para veículos particulares (três em cada sentido), ciclovia e calçadas. No total, terá 32 metros de largura.

Por João Carvalho
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Em BH, Empresas cancelam encomenda de 266 ônibus que vão circular nos corredores BRT

quinta-feira, 14 de março de 2013

A demora motivada por atrasos nas obras e a incerteza quanto ao início da operação do sistema de transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) forçaram os consórcios operadores do transporte coletivo de Belo Horizonte e região metropolitana a colocar o pé no freio. Sem uma garantia do poder público sobre quando os três primeiros corredores – nas avenidas Pedro I/Antônio Carlos, Cristiano Machado e Região Central – estarão aptos a receber as primeiras linhas da principal aposta de mobilidade urbana da Grande BH, empresas de transporte adiaram a compra do primeiro “pacotão” de coletivos previstos para transportar boa parte dos 750 mil usuários/dia estimados somente em BH.

A negociação inicial de frota para o BRT da Grande BH foi anunciada em outubro do ano passado pela Volvo sueca, juntamente com a venda de ônibus para Bogotá (Colômbia), Toronto (Canadá), Israel e Suécia. São 106 veículos articulados e 160 do tipo padron, semelhantes aos usados no sistema atual. Como a negociação foi interrompida, parte dos articulados que viria para Minas está sendo redirecionada para os consórcios TransOeste e TransCarioca, do Rio de Janeiro. O adiamento foi confirmado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), que disse aguardar a conclusão da infraestrutura para colocar a frota para rodar. Procurado diversas vezes nos últimos dias, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) não retornou os telefonemas.

Apesar de ser apenas o primeiro, o lote de 266 veículos em negociação inclui boa parte dos ônibus previstos para o BRT de BH (192 articulados e 200 padrons) e para o BRT metropolitano (139 articulados e 147 padrons). “Fizemos uma pesquisa de mercado com a Volvo e a Mercedes, mas não podemos fechar a compra e deixar os ônibus na garagem. Nossa esperança é de que as obras embalem a partir da segunda quinzena, porque o trânsito está caótico. Hoje uma viagem de ônibus de uma cidade da Grande BH ao Centro dura quatro horas. Temos prontos os projetos financeiro e orçamentário para compra dos veículos, mas só fecharemos negócio quando tivermos certeza sobre o fim das obras”, disse ao Estado de Minas o proprietário de uma das maiores empresas de ônibus da região metropolitana, que participará do sistema com uma frota de cerca de 150 veículos, mas que prefere não ser identificado.

Metropolitano 

Se as obras dos corredores na capital sofrem com atrasos, a construção das estações BRT previstas no Projeto Terminais Metropolitanos de Integração, anunciada no fim de janeiro pelo governo do estado, ainda não engrenou. Somente duas unidades, que não terão linhas do BRT (Ibirité e Sarzedo), receberam autorização para início das obras, com previsão de término para o primeiro semestre de 2014. A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), ainda assim, garante que os sete terminais BRT previstos – Vilarinho, São Gabriel, Morro Alto, São Benedito, Justinópolis, Bernardo Monteiro e a atual rodoviária de BH –, de um total de 13, começarão a ser construídos até o fim do ano, com previsão de conclusão até a Copa’2014.

O custo de construção dos terminais é de R$ 187 milhões. Para adquirir os novos ônibus, os consórcios terão de desembolsar mais cerca de R$ 200 milhões. Embora a BHTrans alegue ser interesse das empresas adquirir e disponibilizar os veículos o mais rápido possível, a produção desse tipo de ônibus demanda tempo e, segundo o próprio governo anunciou, alto investimento: os articulados demoram de seis meses a um ano para ficarem prontos (carroceria e chassi), a um custo que pode passar dos R$ 800 mil a unidade.

Com receio de perder dinheiro com os veículos parados, as empresas decidiram adiar a negociação, aguardando um sinal verde do poder público. O problema é que, quando decidirem ir às compras, poderão enfrentar um quadro de desabastecimento de mercado, aquecido no Brasil com a construções de corredores BRTs em cidades-sede da Copa’2014, como Fortaleza e Porto Alegre. “Quando se chegar perto da Copa do Mundo, os projetos podem não ficar prontos a tempo e haverá um acúmulo de pedidos de ônibus. Uma verdadeira corrida por BRTs”, alertou o presidente da Volvo Bus Latin America, Luiz Carlos Pimenta, durante a feira Fetrans’Rio, em outubro do ano passado, no Rio de Janeiro.

Na última visita do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ao Mineirão antes da Copa das Confederações’2013, há uma semana, o prefeito Marcio Lacerda admitiu redução na execução das obras, mas prometeu que os trabalhos seriam completamente retomados este mês, com previsão de término para dezembro e início de operação no primeiro semestre de 2014. Mas a previsão inicial era de que o BRT funcionasse já durante o torneio pré-Copa, de 15 a 30 de junho.

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Mobilidade urbana é problema em Fortaleza para Copa das Confederações

quinta-feira, 7 de março de 2013

A 100 dias para o início da Copa das Confederações, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, está no Brasil para inspecionar o avanço das obras para a competição. O francês segue preocupado com a conclusão dos estádios. O Maracanã, local da final, ainda não chegou a 90% das obras concluídas, e tem previsão para ficar totalmente pronto somente no fim de maio.
Foto: Fábio Lima
Para o membro da entidade que comanda o futebol mundial, a entrega de arenas no período próximo ao torneio atrapalhará os últimos ajustes para o evento. Mesmo desaprovando, Valcke segue com um discurso confiante em relação ao término das intervenções.

“Sem dúvida estamos com uma agenda muito apertada, com poucos dos estádios para a Copa das Confederações prontos, mas confiamos no compromisso feito pelo governo federal e pelos governadores e prefeitos responsáveis de que vão cumprir as garantias que prometeram”, comentou o secretário-geral da Fifa.

Fortaleza não tem o mesmo problema. Ainda em 8 de novembro de 2012, a cidade teve a confirmação que tanto almejava para o principal teste antes da Copa do Mundo: foi escolhida oficialmente como uma das sedes da Copa das Confederações.

O Castelão tinha mais de 90% das obras concluídas, o que representava certa relevância frente a quatro estádios de cidades que sediarão a competição intercontinental. Apenas Belo Horizonte possuía um estádio com números tão expressivos, já que o Mineirão também partia para a finalização do projeto de reforma.

A grande preocupação daquele momento ainda é a principal incerteza do atual cenário. Restando pouco mais de três meses para o começo do torneio, nenhuma obra de mobilidade urbana de responsabilidade da Prefeitura de Fortaleza foi entregue. A promessa é que duas das quatro avenidas de acesso à Arena Castelão só sejam finalizadas no dia 15 de junho, quatro dias antes do primeiro jogo no estádio.

“O nosso compromisso é a entrega do que está acordado na matriz de responsabilidades, que compreende a avenida Alberto Craveiro e a rotatória que circula o Castelão. A Dedé Brasil e o corredor Via Expressa/Raul Barbosa nós temos até o dia 31 de maio de 2014 para entregar”, pontuou o secretário especial da Copa em Fortaleza, Domingos Neto.

No entanto, a Secopa de Fortaleza e o Ministério das Cidades ainda estudam uma maneira viável de solucionar os impasses da mobilidade urbana durante o período da Copa das Confederações.

As modificações nas avenidas Alberto Craveiro e Paulino Rocha compreendem a instalação do BRT (Bus Rapid Transit), que consiste em vias exclusivas para o tráfego de ônibus. As obras só foram iniciadas no segundo semestre do ano passado e registram até agora avanços de 6,5% e 4,2% nas respectivas vias.

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No DF, Ônibus executivos já transportaram mais de 5 mil passageiros

quarta-feira, 6 de março de 2013

Em pouco mais de um mês, 5,2 mil passageiros já utilizaram o serviço executivo de ônibus que liga o Sudoeste à Esplanada dos Ministérios. A média é de quase 200 usuários por dia. A linha 0.165, que começou a operar no dia 14 de janeiro, circula de segunda a sexta, das 7h às 19h, com cinco micro-ônibus que possuem ar-condicionado, poltronas reclináveis e internet gratuita.

O servidor público Josemir Rodrigues é um dos usuários frequentes do serviço. Morador do Cruzeiro Novo, ele procura utilizar o executivo para se deslocar, pela manhã, para a Esplanada dos Ministérios e voltar, à tarde, para casa. "O veículo é muito confortável e a viagem é rápida, mesmo passando pelo Sudoeste", conta.

Rodrigues se diz satisfeito com o custo-benefício dos novos micro-ônibus. "Viajar sentado traz muito conforto para o passageiro. Isso me lembra dos serviços de transporte prestados em Brasília na década de 90". A modalidade não é novidade no DF. Serviço semelhante foi prestado pela Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), entre os anos de 1975 e meados da década de 1990.

A também servidora pública Ana Carolina Melo, moradora do Sudoeste, teve que deixar o carro na oficina e aproveitou para viajar pela primeira vez no executivo. "O transporte convencional não possui o mesmo conforto. Além disso, os dias em Brasília estão muito quentes, e andar em ônibus com ar-condicionado é muito bom", destaca.

Durante o trajeto, Carolina aproveitou a internet gratuita para conferir seu e-mail e sites de notícia. O trajeto do terminal até o ministério onde a servidora trabalha demorou pouco mais de 20 minutos. "Vou chegar antes para uma reunião que estava com horário pré-agendado", comemora.

Ampliação – Segundo o presidente da TCB, Carlos Alberto Koch, os dados são positivos e a intenção é expandir a linha recém-criada para atender à solicitação dos moradores. "Vamos adquirir mais micro-ônibus para ampliar o serviço e atender servidores dos tribunais, além de outras regiões", adianta.

O objetivo do serviço executivo é aumentar a mobilidade urbana e reduzir o número de carros na região central do Plano Piloto. "O custo material para o usuário será praticamente o mesmo de hoje, sem o risco de deixa seu carro em um estacionamento vulnerável a furto, por exemplo. O executivo possui um nível de conforto que estimula o usuário a deixar o carro em casa e a se deslocar de ônibus", justifica o diretor-geral do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Marco Antonio Campanella.

Serviço - A nova linha 0.165 – Sudoeste/Esplanada – circula entre 7h e 19h, de segunda a sexta-feira, com saídas a cada 15 minutos do Terminal Rodoviário do Cruzeiro. Para viajar nos veículos, identificados com a logomarca da Copa das Confederações, os usuários pagam R$ 5. Os carros também contam com validadores do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA) do DFTrans para pagamento de passagens com cartões.

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Brasil vai inaugurar mais de 250 quilômetros de BRT em 2014

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre pretendem iniciar novas operações em sistemas BRT nos próximos meses. Até 2016, mais mil quilômetros devem ser implantados

Do projeto abstrato às pis­tas concretas. Após qua­tro anos do lançamento do Programa de Acelera­ção do Crescimento “PAC Copa do Mundo”, é assim que, em breve, sete cidades brasileiras, que irão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014, poderão resumir os longos meses de investimentos na moderna, efi­ciente e sustentável mobilidade ur­bana tão sonhada pelos brasileiros.

Desde 2009, o Governo Federal já disponibilizou R$ 51 bilhões para a infraestrutura do transporte público e da mobilidade urbana de forma geral. Os recursos foram disponibi­lizados por meio dos PACs Copa do Mundo, Mobilidade Grandes Cida­des e Mobilidade Médias Cidades. Hoje, parte dessa verba está sendo utilizada na implantação de corre­dores exclusivos de ônibus e siste­mas rápidos de ônibus, os conheci­dos BRT (Bus Rapid Transit).

Até 2014, a previsão é de inaugurar cerca de 250 quilômetros de novas linhas de BRT nas cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curiti­ba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Até 2016, 25 cidades brasilei­ras estarão com o foco na implanta­ção desses sistemas que prometem revolucionar a mobilidade urbana nessas cidades e inspirar outras ci­dades a investirem nessa solução.

No total, serão 113 projetos, sendo 53 de BRT com 697 km de extensão e 60 de corredores exclusivos, que somarão 575 km. Juntos, esses pro­jetos totalizam 1.272 km de vias para os ônibus circularem livres e com eficiência. Serão nove mil veículos BRT, operando em 442 estações e 60 terminais. Tudo isso em benefício de mais de 57 milhões de brasileiros.

BRASÍLIA

Mesmo não estando no cronogra­ma das obras de mobilidade urba­na para a Copa de 2014, a capital federal tem previsão de finalizar as obras do Expresso DF, sistema que ligará as regiões administrativas de Santa Maria, Gama, Park Way ao Plano Piloto - centro de Brasília- até dezembro de 2013. Com 43 km de extensão, o sistema terá capacida­de diária de transportar cerca de 200 mil passageiros. Ao todo, serão 15 estações com embarque em nível e 15 passarelas para a segurança de travessia dos pedestres.

Quando em operação, o BRT do Distrito Federal prevê uma redução no tempo de viagem de 90 para 40 minutos. O monitoramento da frota, feito pelo Centro de Controle Operacional (CCO), ajudará no con­trole do tempo do percurso e tam­bém em casos de emergências. O novo sistema terá ramais no Gama (8,7km de extensão) e em Santa Maria (5,3km). O trecho se tornará único a partir de um ponto de en­contro na BR-040, a 27,8km de dois pontos de desembarque no Plano Piloto (terminal Asa Sul e rodoviá­ria do Plano Piloto).

BELO HORIZONTE

Outros projetos que estão em dia e devem ser inaugurados no primei­ro semestre de 2014 são os de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A cida­de toca quatro obras de BRT previs­tas na matriz de responsabilidades para a Copa do Mundo.

As quatro obras são: corredor Antô­nio Carlos/Pedro I, corredor Carlos Luz/Pedro II, corredor Área Central e corredor Cristiano Machado. Serão 41,6 quilômetros com mais de 60 es­tações e cerca de 420 ônibus. A de­manda diária estimada é de 750 mil passageiros em todos os corredores.

CAPITAL MINEIRA VAI INAUGURAR MAIS DE 40 KM DE CORREDORES EXCLUSIVOS PARA ÔNIBUS

O caso de Belo Horizonte é tão po­sitivo que foi usado recentemente como exemplo pelo juiz federal Mar­llon Sousa em uma decisão contra as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá (MT), que visava a construção e implantação do modal. Na decisão, o magistrado destacou que, se Belo Horizonte, que tem 2,4 milhões de habitantes, adotou o BRT, não há justificativa para Cuiabá es­colher o VLT, que é um modelo mais oneroso para o poder público.

Segundo o diretor-presidente da BH­Trans, Ramon Victor César, em cada corredor o sistema contará com li­nhas expressas e paradoras. Haverá ainda linhas interligando os corredo­res de BRT com os demais da cidade. “O BRT será expandido progressiva­mente para outros corredores que justifique a implantação de média/alta capacidade, conforme previsto no Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte. Estamos concluin­do o projeto na avenida Pedro II e o próximo a ser desenvolvido será o da avenida Amazonas. O plano prevê que toda a rede seja implantada até 2020”, afirma César.

CURITIBA

Cidade pioneira na concepção dos sistemas BRT, Curitiba, vai expan­dir a Linha Verde, o BRT brasileiro mais conhecido do mundo. O cor­redor, que hoje possui 22 km em sua extensão, já está em fase de construção de mais 3 km. O pro­jeto também contempla o fecha­mento lateral das estações tubos com vidros de película interna, ca­paz de reduzir a incidência de luz solar e aumentar o conforto térmi­co. As estações possuem sistemas de captação de águas de chuva, que serão utilizadas para a limpe­za das instalações.

Com recursos do PAC da Copa e contrapartidas, a extensão da Li­nha Verde Sul tem custo estimado de R$ 15,5 milhões e previsão de ser entregue à população até maio de 2014, conforme ofício entregue em dezembro de 2012 pela prefeitura da capital paranaense ao Ministério das Cidades. Por falta de repasse de recursos, as obras haviam sido paradas, mas foram retomadas em janeiro de 2013.

Atualmente, Curitiba opera com uma rede de transporte totalmente inte­grada formando um sistema comple­to de BRT com 81 km de extensão de corredores e ainda com a previsão de inauguração – em maio de 2014 – do Corredor Aeroporto Rodoviá­ria (15 km) e a reforma do Corredor Avenida Cândido de Abreu (1,1 km).

FORTALEZA

A prefeitura de Fortaleza, no Ceará, criou recentemente uma secretaria especial para a Copa do Mundo. A cidade deve receber dois jogos da seleção brasileira no Mundial. O órgão vai acompanhar as obras e tentar resolver os problemas de lo­gística que envolvem a criação dos corredores exclusivos para a im­plantação dos sistemas BRT.

Em um mês, a secretaria iniciou o acompanhamento semanal dos ór­gãos, instituições e empresas en­volvidas. “Entre eles, estão o des­locamento de linhas telefônicas, postes de iluminação pública e gás que não estavam previstos nem no projeto inicial nem no orçamento”, explica o secretário recém-nomea­do Domingos Neto. As obras agora se concentrarão nas etapas de alar­gamento, terraplanagem, pavimen­tação, urbanização, paisagismo e sinalização de vias.

Na capital cearense, são quatro projetos de BRT nas avenidas Dedé Brasil, Paulino Rocha, Alberto Cra­veiro e Raul Barbosa, que totali­zam 20 quilômetros de extensão. Serão 52 novas estações com de­manda diária estimada em 245 mil pessoas no total. Nos horários de pico, cada corredor atenderá a uma demanda concentrada que varia de 6 a 11 mil pessoas.

Segundo Domingos Neto, o projeto foi pensado não só para atender a rede hoteleira e turística, mas para facilitar o deslocamento em toda a cidade, deixando um legado para as próximas gerações. “As vias que dão acesso à região onde se loca­liza o setor hoteleiro, o aeroporto e o estádio Castelão estão nesse fluxo. Também estão regiões muito afetadas por congestionamentos. Tratam-se de vias que ligam os lo­cais de maior fluxo, onde as pes­soas trabalham, aos bairros dormi­tórios. O legado fica para a cidade, sem dúvida”, explica.

RECIFE DEVE INAUGURAR O BRT NORTE/SUL PARA BENEFICIAR 180 MIL PESSOAS

RECIFE

Os projetos dos três sistemas BRT previstos para a cidade de Recife fa­zem parte das obras de infraestrutu­ra de mobilidade urbana destinadas à Copa do Mundo de 2014. Juntos, somam cerca de 50 quilômetros de vias exclusivas para ônibus. Ao longo de todo o sistema, serão im­plantadas ciclovias com o objetivo de estimular a integração com o transporte público. Os corredores previstos para serem entregues até o Mundial são o Norte/Sul, o Leste/Oeste e o Corredor Ramal da Copa.

O corredor Norte/Sul conta com dois trechos, sendo o primeiro já em obra com 33,2 km (de Igarassu até o Centro da Cidade), previsto para se­tembro de 2013, e com investimento de R$ 151 milhões. Esse trecho terá 33 estações e vai beneficiar cerca de 180 mil passageiros por dia quando estiver concluído. O segundo trecho, do Tacaruna até o Terminal de Joana Bezerra, cerca de 4,8 km de exten­são, terá sua obra iniciada ainda nes­te trimestre e contará com 9 esta­ções de embarque e desembarque. O investimento para esse trecho é de R$ 110 milhões. A obra será en­tregue em dezembro de 2014.

O corredor Leste/Oeste, previsto para fevereiro de 2014 terá 12,3 km de extensão e um investimento de R$ 145 milhões, beneficiando a re­gião metropolitana de Recife, por meio da interligação da Avenida Caxangá à Cidade da Copa. Isso será feito por meio da UR-7, em São Lourenço da Mata, onde o BRT atenderá o terminal e a estação de metrô a serem inaugurados.
Outro corredor que ficará pronto até 2014 será o Ramal da Copa. Com investimento de R$ 131 mi­lhões, o Ramal tem 6,3 km de ex­tensão e também vai operar com o sistema BRT ou o Transporte Rápido por Ônibus (TRO), como é chamado em Recife. Sua principal função é levar à população usuá­ria de ônibus até a Arena da Copa. Sua primeira fase (ramal interno) será entregue em abril de 2013. Em junho, para a Copa das Confedera­ções, outro trecho estará concluído e em dezembro deste ano, todo o Ramal será entregue. Serão benefi­ciados 20 mil passageiros/dia.

RIO DE JANEIRO

Outra cidade que está com os pro­jetos adiantados visando melhorias de mobilidade tanto para os even­tos esportivos quando para a popu­lação é o Rio de Janeiro. Em 2012, foi inaugurado o BRT Transoeste com 31 estações. O corredor tem 56 km de extensão total e liga a Bar­ra da Tijuca à Santa Cruz e Campo Grande com capacidade para trans­portar 220 mil passageiros por dia.

BRT TRANSCARIOCA TERÁ UMA PONTE EXCLUSIVA PARA OS ÔNIBUS.

A previsão é que até agosto deste ano o corredor esteja funcionando completamente com as 53 esta­ções previstas. Até agora, o projeto já atingiu o objetivo de reduzir pela metade o tempo de viagem do ca­rioca nessa região. Além do Tran­soeste, o Transcarioca também está previsto para ser concluído em 2013. A linha terá 41 km de extensão, 46 estações e capacidade máxima para transportar 400 mil pessoas por dia.

O BRT Transcarioca vai ligar o Ae­roporto Internacional Antônio Car­los Jobim até a Barra da Tijuca, passando pela Penha e a Ilha do Governador. Nesse trecho, está sen­do construída a Ponte Estaiada da Ilha do Governador, que será usada exclusivamente pelos ônibus. Serão 400 metros de ponte construídos ao lado do atual acesso sobre a Baía de Guanabara.

A expectativa é de grande redução no tempo de viagem. De acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, o trajeto entre a Ilha do Governa­dor e Santa Cruz, que é de até três horas em horário de pico, poderá ser feito em 50 minutos com os no­vos corredores.

O diretor de Comunicação e Marke­ting da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Esta­do do Rio de Janeiro (Fetranspor), Paulo Fraga, lembra que essa rapi­dez do deslocamento é o que faz do BRT um exemplo mundial para solução em transporte. “Na verda­de, o BRT é uma tendência mundial. Hoje, se você for parar para analisar, os grandes projetos de mobilidade urbana no mundo estão focados no BRT. E, se você for comparar, o cus­to para implantação da malha ferro­viária e metroviária é muito alto. Por isso, o BRT é tão viável”, justifica.

PORTO ALEGRE

Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é mais uma cidade que está melho­rando sua mobilidade urbana por meio do BRT. A capital já possui três corredores - Protásio Alves, Bento Gonçalves e João Pessoa -, que serão modernizados e um novo corredor, o Padre Cacique, será im­plantado. Juntos, esses corredores farão parte de um sistema tron­co-alimentador formando uma rede estrutural destinada a racionalizar e integrar o sistema de transporte público coletivo da cidade.

A cidade reinaugura até agosto des­te ano os corredores adaptados para BRT João Pessoa, Protásio Alves e Bento Gonçalves. O projeto com os três corredores prevê 17,2 quilôme­tros somando custos no valor de 199,5 milhões com desapropriações.

PORTO ALEGRE ESTÁ MODERNIZANDO OS CORREDORES EXCLUSIVOS PARA INAUGURAR BRT NESTE ANO

Na Avenida Bento Gonçalves a ade­quação será entre os terminais Aze­nha e o Terminal Antônio de Carva­lho, numa extensão aproximada de 6,5 km, e com previsão de 12 esta­ções de embarque e desembarque.

O corredor da Avenida Protásio Alves está localizado entre a Rua Sarmen­to Leite e a Rua Saturnino de Brito numa extensão de aproximadamente 7,5 km, com previsão de 14 estações de embarque e desembarque.

Já o corredor da Avenida João Pessoa terá a adequação no tre­cho compreendido entre a Avenida Azenha e Avenida Salgado Filho com extensão aproximada de 3,2 km, com previsão de 8 estações e 1 estação de integração multimodal.

DE OLHO NAS OBRAS

A NTU lançou em 2012 o projeto BRT Brasil no intuito de acompanhar a im­plantação desses projetos no Brasil. O monitoramento é realizado por uma rede técnica, composta por profis­sionais das empresas de transportes associadas e dos órgãos públicos envolvidos nas implantações do BRT. Essa rede alimenta o banco de dados da NTU, que pode ser consultada em www.brtbrasil.org.br.

O presidente da NTU, Otávio Cunha, lembra que em todo o Brasil serão 1.272 quilômetros de corredores. Isso representa investimentos pri­vados em veículos e sistemas in­teligentes com monitoramento da operação em tempo real, por GPS, e gerenciamento por meio do Cen­tro de Controle Operacional (CCO). “Estamos falando em R$ 8 bilhões de investimentos privados, 521 esta­ções e 60 terminais”, ressalta.

Cunha destaca que a priorização do transporte público coletivo em detrimento do individual é a solu­ção para melhorar a mobilidade nas cidades. Ele lembra que é possível, num sistema BRT, com ônibus arti­culados e biarticulados, atingir de­mandas de 40 a 45 mil passageiros por hora e por sentido. “Poucos metrôs no mundo operam com essa capacidade. Você consegue melho­rar muito a qualidade do transporte e as viagens vão ser muito mais rá­pidas”, aponta.

A qualidade, eficiência e seguran­ça, aliados à maior velocidade co­mercial, vai estimular o usuário do transporte público individual moto­rizado a migrar para esse sistema. A expectativa é que haja uma trans­ferência em torno de 20% para o transporte coletivo. “O BRT é uma invenção brasileira que ganhou o mundo, presente em mais de 145 cidades. O maior conforto e a rapi­dez proporcionados pelo BRT cer­tamente convencerão o usuário do automóvel a usar o transporte pú­blico como uma boa opção de des­locamento”, opina.

GANHOS DE MOBILIDADE

Os projetos de mobilidade contribuirão para a melhoria dos principais indicadores de qualidade do transporte público. Entre eles:

Aumento de 2% ao ano dos passageiros transportados;
Transferência superior a 20% das viagens do transporte individual para o coletivo;
Redução de 40% no tempo de viagem;
Aumento de 78% na velocidade média nos corredores;
Aumento significativo de confiabilidade dos serviços.

Fonte: NTU / Portal da Transparência do Governo Federal / Consórcio BRT-Sul *Estimativa.

Fonte: Revista NTU Urbano - Jan/Fev 2013
READ MORE - Brasil vai inaugurar mais de 250 quilômetros de BRT em 2014

Salvador terá corredor exclusivo para ônibus da Pituba ao aeroporto

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A prefeitura de Salvador vai construir o primeiro dos quatro corredores progressivos para ônibus, entre a Pituba e o aeroporto, segundo foi anunciado, ontem, durante reunião itinerante comandada pelo  secretário municipal de Urbanismo e Transportes, José Carlos Aleluia.

Segundo o secretário, o corredor faz parte do Projeto de Mobilidade da Copa do Mundo e a previsão é que esteja pronto já para o evento teste — Copa das Confederações —, em junho. “Vamos implantar o primeiro nesse trecho e depois seguir para os outros pontos. A via será monitorada com fiscalização eletrônica”, destacou.

Aleluia (camisa clara) embarca em ônibus para percorrer terminais

De acordo com o coordenador de planejamento de transportes da Semut, Francisco Ulisses, técnicos já fizeram vistorias e estudos preliminares. “Serão criadas duas faixas, nos dois sentidos. Algumas intervenções pequenas vão ser feitas nas pistas, em locais com estacionamentos irregulares ao longo da orla, por exemplo”, pontuou. O traçado, porém, ainda não está definido. “A gente tem a possibilidade de a via passar pelo Parque das Dunas ou pela avenida Orlando Gomes”, assinalou Ulisses. 

Os outros corredores serão instalados nas avenidas ACM, Paralela e Suburbana.  Na reunião itinerante, o grupo saiu da sede da Transalvador, no Vale dos Barris, e visitou as estações Pirajá, Iguatemi e Lapa, além de analisar o trânsito no Ogunjá, Dique, avenidas Bonocô, Paralela e Vasco da Gama, Acesso Norte e entrada da BR-324.

O percurso foi feito em duas horas em ônibus que só teve a comitiva como passageiros. Ao chegar no terminal de transbordo em Pirajá, Aleluia ficou surpreso com as condições dos banheiros do local. “Que cheiro é esse? Isso é uma vergonha”, definiu.

Indignado, ele rasgou dois cartazes na porta do sanitário feminino, em que eram pedidas moedas para colaborar com a limpeza do banheiro feita pelos ambulantes. “Não vamos fazer grandes obras agora, como consertar as escadas, mas vamos manter a limpeza e a ordem. Os terminais de transbordo estão longe do que queremos. Temos que priorizar o transporte coletivo e as condições desse sistema”, avaliou Aleluia. 

De acordo com o secretário, a terceirizada que cuidava dos terminais entrou em “colapso” por falta de pagamentos da gestão passada, mas a questão deve ser resolvida até a próxima semana. Além de técnicos e gestores, a vice-prefeita Célia Sacramento, o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, e o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes (Setps), Horário Brasil, também integraram a comissão.

Por Leo Barsan
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Obras de mobilidade urbana para Copa em Salvador têm prazos incertos

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A mobilidade urbana em Salvador é um problema crônico e que leva a um gargalo atualmente insuperável na cidade. Com a confirmação de que a capital baiana sediaria a Copa de 2014, houve grande esperança por parte da população de que obras e recursos pudessem enfim livrar a cidade dos enormes engarrafamentos e melhorassem seu sistema de transporte de baixa qualidade. Hoje, quem não tem carro em Salvador está servido unicamente de ônibus para se movimentar pela cidade.

A frota de ônibus de Salvador gira em torno atualmente de 2.450 ônibus, auxiliados por 290 veículos que integram o Sistema de Transporte Complementar. Entretanto, a passagem de R$ 2,80 é criticada por usuários e entidades civis devido à frota mal distribuída entre os bairros e com veículos antigos e desconfortáveis. Além disso, os coletivos seguem por ruas malcuidadas e frequentemente engarrafadas a qualquer hora do dia. Com isso, a melhor opção segue sendo tomar um táxi, cuja bandeirada inicial custa R$ 3,75 e o quilômetro rodado em R$ 1,85 na bandeira 1 e R$ 2,59 na bandeira 2. É o táxi mais caro entre as capitais do Nordeste, mas com um custo nacional apenas mediano.

A falta de entendimento entre os entes públicos causa grande desconfiança de que as intervenções prometidas sejam de fato efetivadas e entregues aos moradores. De todas estas obras, a mais polêmica, esperada e que poderia começar a sinalizar uma transformação radical na forma de encarar o transporte de massa na cidade é a do metrô de Salvador. Porém, após mais de 12 anos de iniciada, a construção do modal jamais chegou ao seu final e ainda teve o trecho original, de 12 quilômetros, reduzido à metade. Atualmente, a linha já erguida liga a Estação da Lapa – a maior da cidade – à movimentada Rótula do Abacaxi, mas não funciona. O trecho adicional deveria seguir até a Estação Pirajá e desobstruir o quase caótico trânsito da BR-324, mas somente as estruturas elevadas ficaram prontas, sem trilhos nem estações.

A ideia do governo do estado é usar verba federal para terminar e colocar em operação o primeiros seis quilômetros e, logo após, efetuar as obras de uma segunda linha, da Rótula até o aeroporto, com extensão de 24 quilômetros atravessando toda a avenida Paralela, uma das mais importantes da cidade. Além disso, o governo estadual também propôs construir paralela à nova linha corredores para BRT, o que resultaria em grande alívio do trânsito da Paralela, atualmente sufocado durante qualquer período do dia. Por fim, há a promessa de revitalizar os trens do Subúrbio Ferroviário e também implementar ciclovias em torno do estádio.
O projeto ainda está em fase de licitação e, caso seja aprovado, deverá ter obras iniciadas em 2013 e encerradas somente em 2016, dois anos depois da Copa. O custo foi fixado em R$ 3,5 bilhões com parceria entre governo e entes privados. A própria Linha 1, de seis quilômetros, não estará disponível a baianos e turistas na época do evento. Apesar de já ter trilhos, trens e ter passado por fase de testes, ainda não há os últimos recursos disponíveis para, enfim, liberar o transporte aos moradores de Salvador. Por conta de indefinições políticas, ainda é impossível determinar quando e como o modal será enfim inaugurado e integrado à vida da população.

Assim, a estratégia dos organizadores locais é, em última análise, trabalhar com o improviso. Há propostas de explorar sistemas de transporte alternativos, como ônibus especiais, reforço da frota de coletivos comum. O trade turístico entraria na questão oferecendo pacotes de traslado de hóspedes de hotéis até o estádio. Para facilitar este processo, haverá decreto de feriados em todos os dias de partidas na cidade, o que, esperam os gestores, diminua o trânsito em toda a cidade e facilite o caminho para quem vai à Fonte Nova.
Ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador
As únicas duas obras relativas aos esforços da Copa em andamento atualmente são a ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador e a reforma do porto da cidade. Classificada como satisfatória em termos de prazos, a intervenção no terminal aéreo visa reforma e adequação do terminal de passageiros e ampliação do pátio de aeronaves, além de construção de nova torre de controle. Todas as etapas deverão ser entregues no período entre agosto e dezembro de 2013.

Já no porto, uma intervenção longamente acalentada pelo trade turístico, o trabalho teve início no meio do ano. A intenção é transformar dois antigos armazéns em terminais turísticos e de passageiros, o que trará ao local atrações como restaurantes, galerias de exposição, casas de shows e outros equipamentos a serem usados por baianos e turistas. O estado aplicará verba federal de cerca de R$ 36 milhões, com fim das obras previsto para maio, coincidindo com o aniversário de 100 anos do terminal. 

Outra obra que, apesar de não ter sido iniciada, tem previsão de entrega para este ano é a das ciclovias da cidade. O projeto, chamado “Cidade Bicicleta”, prevê construir oito quilômetros de pista cicloviária no entorno da Arena Fonte Nova e 14 quilômetros no percurso do Centro até a orla, a área de Itapagipe (situada na Cidade Baixa) e o Centro Antigo. Este projeto, de execução considerada simples, seria entregue já para a Copa das Confederações e estaria também entre os planos de mobilidade como teste para a Copa do Mundo, integrando os sistemas já disponíveis.

Plano Diretor, a grande polêmica
Em Salvador, a grande polêmica que envolve a organização da Copa do Mundo é relativa a uma série de concessões institucionais às empresas da construção civil listadas na tentativa de aprovação de um novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Como as alterações visam a mudanças de regras para exploração financeira no período da copa, a matéria passou a ser popularmente conhecida como PDDU da Copa.

O conjunto de propostas inclui alterações de exploração do espaço no entorno da Arena Fonte Nova para a construção de novos estacionamentos e estabelecimentos comerciais. A região, considerada histórica, tem uma série de edifícios tombados e, assim, muitos poderiam ser derrubados para dar lugar a novos centros comerciais. Mas a grande polêmica está em relação às concessões para construção de novos empreendimentos em diversas áreas da cidade, em especial a Orla Marítima.

Segundo o projeto, haverá mudanças nas regras que podem liberar o gabarito da região, o que, na avaliação dos ambientalistas, provocará o inapelável sombreamento da orla da cidade, nos moldes da região da praia de Boa Viagem, em Recife. A prefeitura de Salvador não obedeceu o trâmite legal da votação do projeto e não realizou a série necessária de audiências púbicas, além de não colocar à disposição o projeto na íntegra para apreciação da população, apostando no envio da matéria para a Câmara de Vereadores. Assim, o PDDU da Copa foi travado pela Justiça a pedido do Ministério Público Estadual (MP-BA) e assim permanece desde o ano passado.

Para tentar aprovar as medidas, os vereadores de Salvador transferiram os pontos questionados do PDDU da Copa para a votação de outro projeto, o da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Louos), de caráter similar. A Louos original foi votada no final do exercício legislativo de 2011 em uma sessão extraordinária no dia 27 de dezembro, novamente sem o cumprimento do trâmite legal, e sancionada pelo prefeito João Henrique no início de janeiro de 2012.

Para que as matérias do PDDU da Copa vingassem na Louos, uma nova votação deveria ser feita, mas novamente o MP questionou na Justiça os méritos e a própria aplicação da Louos foi suspensa pela Justiça no meio do ano. Os vereadores de Salvador prometeram e votaram os aditivos da lei no final do ano mesmo com protestos de políticos e entes jurídicos de toda a cidade alegando que a discussão deveria ser transferida para a próxima legislatura.

O ambientalista e vereador eleito pelo PV Marcell Moraes analisa a situação e afirma que a votação da matéria é uma “afronta à população”. “Houve uma renovação de 56% na Câmara de Vereadores de Salvador, o que indica que a cidade quer um outro perfil de legisladores. Até por respeito a esta decisão, a Câmara atual e o prefeito deveriam esperar mais 15 dias para que os novos vereadores assumam e que esta proposta possa ser debatida pela sociedade. Já chega, em Salvador, de votações no apagar das luzes do fim do ano”, criticou Moraes.

Mesmo assim, a polêmica matéria foi votada na noite do último dia 12 de dezembro. Na ocasião, o PDDU da Copa teve sete emendas para facilitar a construção durante o período do mundial e o texto dos adendos foi arbitrariamente escondido da oposição, minoria na Casa até então. O texto final era desconhecido de todos os vereadores. No final do pleito, apenas os parlamentares Olívia Santana (PcdoB), Aladilce Souza (PCdoB), os petistas Gilmar Santiago, Marta Rodrigues e Vânia Galvão, além de Andréa Mendonça (PV) e Heber Santana (PSC) foram contrários às medidas.

Como havia prometido ao longo de 2012, a promotora de Justiça Rita Tourinho foi à Justiça exigindo a anulação da votação ocorrida no apagar das luzes da última legislatura. Segundo ela, as decisões comprometem diversas administrações além da última e dá aos construtores poder para ignorar regulamentações ambientais. “O mínimo que se deve fazer é uma discussão ampla com a sociedade. O prefeito tem legitimidade até o último dia de mandato, mas há, neste caso, um aspecto moral. O correto seria deixar essas questões para o administrador seguinte. As mudanças só beneficiam o empresariado”, ponderou.

Por: Lucas Esteves
Informações: Rede Brasil Atual
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