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Prefeitura do Rio inicia licitação para requalificação do sistema BRT

terça-feira, 9 de novembro de 2021


O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, apresentaram, nesta segunda-feira (8/11), no Palácio da Cidade, em Botafogo, o novo modelo a ser adotado para requalificação do sistema BRT. A modalidade, inédita no Brasil, será feita de forma separada, dividida em duas fases: a primeira para a locação de frota, possibilitando a substituição gradativa dos ônibus antigos, e a segunda para a concessão da operação do sistema. O novo formato possibilitará uma melhora do serviço prestado à população, com mais veículos, menos lotação e intervalos menores entre os ônibus.

A publicação do edital de licitação para a locação dos ônibus está prevista para o fim de novembro. Quem vencer a disputa ficará responsável pela aquisição dos novos ônibus e pela inspeção da manutenção a ser realizada pelo operador. O município pagará mensalmente ao locador pela frota disponibilizada durante o período do contrato. Já a licitação para a operação está prevista para acontecer em janeiro de 2022.

– Nós estamos dando uma solução definitiva para a operação adequada do sistema BRT. Esse novo modelo permite à futura concessão da operação uma garantia de um aporte importante ao sistema, com a prefeitura alugando os ônibus, tirando um custo dos operadores. Não tenho dúvida que, com esse novo sistema, vamos trazer mais dignidade e respeito à população que usa transporte público nessa cidade – disse o prefeito Eduardo Paes.

Tecnologia embarcada

Os ônibus contarão com uma série de dispositivos de tecnologia para aumentar a segurança e o conforto para os usuários. Entre as novidades estão telemetria e GPS para análise de desempenho; piloto automático para distanciamento dos veículos à frente; limitador de velocidade por GPS; módulo de segurança e interface com condutor; bloqueador de portas para evitar que os veículos circulem de portas abertas; sistema de alerta de colisão frontal e videomonitoramento.

Estão habilitadas a participar da licitação empresas (brasileiras e estrangeiras) que tenham comprovada experiência técnica, como fabricantes, encarroçadoras, empresas de energia e gestores de ativos. A participação de consórcios é permitida e o critério de escolha será o menor preço. A locação será pelo período de cinco anos, renováveis por igual período.

Sustentabilidade

Os veículos a diesel que chegam em 2023 já serão compatíveis com a norma ambiental Proconve P-8, equivalente ao Euro-6, que prevê redução de poluentes locais, como o material particulado em 50%, e hidrocarbonetos em 71%, representando enormes ganhos para a saúde.

Os veículos elétricos estão de acordo com o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio, que estipula uma substituição de até 20% da frota do sistema de ônibus por veículos zero emissão, até 2030. Com a entrada da frota, o município ainda supera a meta do Planejamento Estratégico de introdução de ônibus elétricos na cidade. A frota prevista já posiciona o Rio como uma das maiores cidades da América Latina em relação à frota zero emissão.

Audiência pública

Na quarta-feira (17/11), a Secretaria Municipal de Transportes promove na Câmara de Vereadores uma audiência pública sobre a licitação da locação de frota do BRT. Essa é uma das etapas anteriores à publicação do edital de licitação, quando o projeto será mostrado de forma transparente e os eventuais interessados poderão fazer suas sugestões de aperfeiçoamento do certame.

Licitação para operação do sistema

Em janeiro de 2022, está prevista uma nova licitação para a operação dos serviços do sistema BRT. A concorrência será dividida em três lotes, garantindo múltiplos operadores para diminuir o risco de descontinuidade. Cada um deve ser operado por um concessionário, que terá como atribuições a circulação da frota do respectivo lote, a manutenção dos veículos e a construção das garagens, que serão erguidas em terrenos disponibilizados pela Prefeitura. Até que os vencedores assumam, a prefeitura continuará encarregada pelos serviços do BRT.

A prefeitura optou pelo modelo de contratação separada, com empresas especializadas nas áreas de provisão de frota e concessão da operação, de forma a dividir responsabilidades e aperfeiçoar sua gestão, oferecendo garantias financeiras e incentivos para a melhoria contínua do serviço, além de maior controle dos serviços pelo poder público e flexibilidade em caso de descontinuidade dos serviços. Para isso, a Prefeitura do Rio se inspirou em casos testados com sucesso em outras cidades do mundo, como Londres, Singapura, Bogotá e Santiago.

Garagens públicas

Para assegurar a competitividade da licitação, a Prefeitura inovou e vai oferecer aos operadores quatro terrenos públicos para a construção de garagens dos BRTs e instalação de infraestrutura, o que possibilitará atrair concorrentes internacionais e de outros estados. Os imóveis ficam na Avenida Cesário de Melo, em Santa Cruz, e próximo à estação Magarça, em Guaratiba – ambos para atender o corredor Transoeste; na Ilha do Fundão, para veículos dos corredores Transcarioca, Transoeste Lote Zero (entre os terminais Alvorada e Jardim Oceânico) e Transbrasil, quando estiver em operação; e em Deodoro, para articulados e biarticulados dos corredores Transolímpica, Transcarioca, Transoeste Lote Zero e Transbrasil.

Dependendo da necessidade, poderá haver remanejamento de frota entre corredores. A garagem da Cesário de Melo será a primeira garagem exclusivamente elétrica do país, recebendo todos os veículos elétricos previsto para o sistema BRT.

Novo modelo de bilhetagem

Para a reorganização do sistema BRT e do sistema de transporte público coletivo da cidade, a Prefeitura está implantando um novo modelo de gestão, com a contratação, por meio de uma licitação em andamento, de uma prestadora para gerir o sistema de bilhetagem. O concessionário vencedor será responsável pela arrecadação tarifária e pelo repasse das receitas ao município, por meio de uma Câmara de Compensação Tarifária, para o controle e pagamento aos novos operadores. A licitação da Bilhetagem Digital foi lançada em outubro deste ano e os envelopes serão abertos no próximo dia 7 de dezembro.

A partir da assinatura do contrato, a concessionária terá um prazo de seis meses para realizar todas as atividades e procedimentos necessários para o início de operação do sistema de bilhetagem digital, devendo fornecer os novos validadores aos operadores, emitir cartões de transportes e novas mídias aos usuários comuns e aos que têm direito à gratuidade, como QR Codes, disponibilizar a rede de venda, treinar funcionários e realizar os testes necessários.

O início da bilhetagem digital deverá coincidir com o início da nova concessão para operação do BRT, no segundo semestre de 2022.

Remuneração dos novos concessionários

LOCADOR – O cálculo da remuneração do locador de frota será determinado pela quantidade de veículos disponibilizados, multiplicada pelo valor de aluguel unitário. Os veículos sem condições para a operação não serão considerados.

OPERADOR – A remuneração do operador será com base no custo do serviço. Haverá também incentivos ou penalidades, de acordo com o serviço executado, além de incentivos em casos de aumento do número de passageiros. Atualmente, a remuneração do operador é pelo número de passageiros pagantes, gerando competição por passageiros e poucos incentivos para a prestação adequada do serviço. Com o novo modelo de remuneração e os incentivos propostos, a Prefeitura conseguirá maior qualidade e conforto para usuários, redução da pressão sobre a tarifa, redução de exposição ao risco da demanda sobre operadores e maior controle do serviço pelo poder público.

Prefeitura no controle

Mesmo com a entrada de novas empresas após a licitação da operação do BRT, o planejamento do sistema, o monitoramento e a operação do Centro de Controle Operacional do BRT permanecerão sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Transportes, assim como a avaliação dos resultados para a remuneração do serviço prestado.

Intervenção do BRT

O sistema BRT, que já teve, em seu auge, 384 veículos licenciados, encontra-se sob intervenção da Prefeitura desde março deste ano devido à degradação do serviço que vinha sendo prestado à população. A frota operacional de 297 articulados tinha apenas 120 rodando, em estado extremamente precário. Mesmo com o reforço da manutenção corretiva e de medidas preventivas, o desgaste dos veículos continua sendo o principal problema da atual frota, hoje composta por cerca de 200 ônibus em operação, provocando constantes desfalques e se tornando necessário um reforço na operação do BRT com o aluguel de ônibus comuns para serviços eventuais nos horários de pico da manhã e da tarde.

Como parte das melhorias previstas para o BRT, a Prefeitura planeja reformular algumas das estações mais movimentadas, como Santa Cruz e Curral Falso – ambas em Santa Cruz, além de Pingo D´Água, Magarça e Mato Alto, em Guaratiba. Desde o início da intervenção do BRT, em março deste ano, a Prefeitura já recuperou 37 estações, das 46 que estavam fechadas. As outras nove vão ser reabertas até o fim deste ano. Há previsão ainda de implantação, até 2023, do Terminal Intermodal Gentileza, próximo ao Terminal Rodoviário Novo Rio que fará a ligação intermodal com o VLT, propiciando incremento na demanda dos dois sistemas e trazendo maior conforto aos usuários.

Informações: Prefeitura do Rio
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Curitiba estuda triarticulado elétrico para o eixo Leste-Oeste

segunda-feira, 8 de novembro de 2021


O SRT (Super Rapid Transit), veículo triarticulado elétrico com 36 metros de comprimento e capacidade para transportar 320 passageiros, foi apresentado nesta quinta-feira (4/11) à equipe técnica de mobilidade e transporte do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), como opção de estudo para o eixo Leste-Oeste.

A apresentação foi feita, a partir de Xangai, por representantes da empresa chinesa CRRC Corporation Limited, fabricante dos veículos, em reunião por videoconferência com a participação do presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur; do diretor de Transportes da Urbs, Aldemar Martins Neto; de técnicos do New Development Bank (NDB), organismo financiador do projeto do corredor Leste-Oeste.

“A operação de ônibus elétricos com maior capacidade nos eixos troncais faz parte da evolução do transporte de Curitiba proposta pelo prefeito Rafael Greca. A opção apresentada pela fabricante chinesa integra os estudos em desenvolvimento pela Prefeitura”, observou Jamur.

A reunião serviu para apresentar o veículo que hoje opera na cidade de Yancheng, província chinesa de Jiangsu, e para a troca de informações técnicas sobre estudos de viabilidade. O SRT é apresentado como uma evolução do BRT (Bus Rapid Transit) com maior capacidade de transporte e velocidade, além de contar com sistemas inteligentes de operação para o conforto dos usuários.

“O SRT é o primeiro modelo de ônibus triarticulado movido a eletricidade que vimos disponível e que pode ser aplicado no sistema existente em Curitiba. Ainda estamos numa fase preliminar de estudo. A viabilidade da operação depende de análises técnicas mais aprofundadas”, explicou o presidente do Ippuc.

A CRRC é especialista na fabricação de trens urbanos elétricos e a diesel, trens de alta velocidade e locomotivas para uso em engenharia.

Por parte do NDB acompanharam a apresentação os integrantes da equipe do banco em Xangai e no Brasil, Fernando Silva, Ludmila Vidigal Silva e Marcos Thadeu Abicalil, Jennifer Nie e Diyun Wnag. Também participaram representantes da WRI Brasil, Eduardo Henrique Siqueira, e do C40, Ilan Cuperstein, que dão suporte ao projeto curitibano.

Da equipe do Ippuc participaram os integrantes do setor de mobilidade e transporte Olga Prestes e Fabiano Losso e os técnicos envolvidos nos projetos com investimentos externos Ana Jayme, Ismael França e Cléver de Almeida e o assessor da presidência Ricardo Bindo.

Informações: URBS
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No Recife, Aprovado ônibus com novo layout

domingo, 7 de novembro de 2021


A partir de 2022, os novos ônibus que entrarem em operação na Região Metropolitana do Recife terão que painéis de com mais informações na frente, lateral e parte traseira dos ônibus. Essa proposta levada pelo conselheiro Clayton Leal, representante dos Usuários foi aprovada na reunião do conselho e visa melhorar a informação do usuário junto ao sistema de ônibus tão carente de informação.

Essa mudança começará gradativamente e será apenas com os novos ônibus que entrarem no sistema.

Essa metodologia já acontece em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, tendo boa aceitação por parte dos usuários. 

Aqui no Recife, boa parte dos usuários pega o ônibus pelo nome e com a nova medida, os usuários verão um painel com o código da linha na vidro traseiro do ônibus, já na lateral e na frente do ônibus o projeto visa passar os principais pontos de referência e principais avenida durante o seu percurso.



Informações: Blog Meu Transporte

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Prefeitura e governo de SP estudam aumento de tarifa de ônibus, trens e metrô


Já sentida pelos motoristas, a alta no preço dos combustíveis deve impactar agora o orçamento de quem depende do transporte público. Em entrevista à Rádio Eldorado, do Grupo Estado, nesta quinta, 4, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), afirmou ser quase impossível não reajustar o preço da tarifa em 2022. Hoje, o passageiro do sistema paga R$ 4.40 pelo modelo unitário. Para o ano que vem, o valor ainda não está fechado, mas, se a correção se der pela inflação acumulada do período, ele pode chegar a R$ 4,92.

Nunes disse que a manutenção do custo atual só seria possível se o preço do óleo diesel – usado majoritariamente na frota – voltasse ao patamar do início do ano. “Mas a tendência é que fechemos o ano com uma alta de 60%, o que torna praticamente impossível não termos isso refletido na tarifa”, disse. A decisão oficial será anunciada em dezembro.

O último aumento em São Paulo se deu em janeiro de 2020, quando a tarifa passou de R$ 4,30 para R$ 4,40 por decisão do então prefeito Bruno Covas (PSDB) e do governador João Doria (PSDB), que geralmente promovem o reajuste de forma simultânea para ônibus, metrô e trens. Diante do agravamento da crise econômica, o valor se manteve nos três sistemas ao longo deste ano, com exceção do vale transporte integrado.

O prefeito afirmou saber da importância de não se aumentar o preço do ônibus e responsabilizou o governo Jair Bolsonaro pela inflação. “O governo federal não conseguiu conter o aumento do diesel. Ouvimos muito discurso em relação a isso, mas na prática não aconteceu. É natural então que se leve isso ao preço da tarifa”, disse.

A outra opção seria aumentar o subsídio para manter o sistema, mas hoje esse montante já passa de R$ 3,3 bilhões por ano e, segundo o Estadão apurou, não deve ser essa a escolha do Município. No início do ano, a SPTrans – empresa municipal que opera o sistema – estimou em R$ 4,2 bilhões o valor necessário para subsidiar o sistema em 2021. Para evitar que o preço chegue a esse patamar, Nunes conta com recursos que ainda não entraram no caixa, como os R$ 200 milhões estimados com as concessões dos terminais de ônibus, e uma readequação do sistema de bilhetagem, que renderia mais de R$ 200 milhões.

Informações: Isto É

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Em SP, Nova faixa exclusiva de ônibus começará a operar na Zona Leste


A Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana (SETRAM), da São Paulo Transporte (SPTrans) e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), vai implantar no sábado, dia 6 de novembro, uma nova faixa exclusiva de ônibus na Rua Serra de Botucatu, na zona Leste. Serão 1,6 km entre a Av. Conselheiro Carrão e a Rua Itapura, no sentido centro, beneficiando 26 mil pessoas por dia que utilizam as 11 linhas que circulam na via. O horário de operação da faixa será de segunda a sexta-feira, das 6h às 9h no sentido centro

A próxima faixa que será entregue à população até o fim do ano, também na zona Leste, será na Av. José Pinheiro Borges, entre a alça de acesso para a Av. Jacu Pêssego e a Rua Copenhague com extensão 9,3 km (somando ambos os sentidos). Cerca de 90 mil pessoas por dia vão circular nas 10 linhas que atendem a região .

A primeira entrega ocorreu no dia 25 de setembro, com 0,43 km em três novas faixas no entorno do Terminal Grajaú, na zona Sul. Dois dias depois, entrou em operação uma faixa exclusiva no Viaduto Antártica, na zona Oeste, com 1,9 km de extensão, somando ambos os sentidos. Cerca de 50 mil pessoas passaram a ser beneficiadas em cada uma dessas estruturas.

Com todas as inaugurações feitas e as previstas para este ano, a Prefeitura entrega ao menos 13,23 km de novas faixas exclusivas, Com isso, 25% da meta será concluída já no primeiro ano da gestão e a cidade passará de 536 km para praticamente 550 km de faixas exclusivas de ônibus. A iniciativa faz parte do Programa de Metas da Prefeitura de São Paulo, que prevê um total de 50 km de faixas exclusivas para ônibus até o fim de 2024.

Veja as linhas que passam na faixa exclusiva da Rua Serra de Botucatu:

3029-10 JD. DAS ROSAS - METRÔ TATUAPÉ

3745-10 JD. IMPERADOR -  METRÔ TATUAPÉ

3762-10 JD. IVA - METRÔ TATUAPÉ

3778-10 JD. STA. TEREZINHA - METRÔ CARRÃO

407J-10 JD. SOARES - METRÔ TATUAPÉ

407W-10 JD. IV CENTENÁRIO - METRÔ CARRÃO

4315-10 TERM. VL. CARRÃO - TERM. PQ. D. PEDRO II

507T-10 TERM. SAPOPEMBA - METRÔ CARRÃO

573T-10 TERM. SAPOPEMBA - METRÔ CARRÃO

573T-31 TERM. SAPOPEMBA - METRÔ CARRÃO

N407-11 TERM. VL. CARRÃO - METRÔ BELÉM

Informações: Prefeitura de São Paulo

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Governo de SP inaugura estação João Dias da CPTM e apresenta novo cartão de mobilidade


O Governador João Doria inaugurou nesta sexta-feira (5) a estação João Dias da Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM. A estação, 20ª parada da Linha 9-Esmeralda, é a primeira da companhia de trens a ser construída pela iniciativa privada e doada ao Governo de São Paulo.

Durante o evento, Doria também lançou o TOP, novo cartão de mobilidade para os transportes sobre trilhos e ônibus intermunicipais gerenciados pela EMTU na Região Metropolitana de São Paulo. O anúncio faz parte do plano de modernização dos meios de pagamento dos transportes metropolitanos.

“Estamos inaugurando essa estação em tempo recorde, graças ao trabalho contínuo e à referência da eficiência, da rapidez da entrega e a observância dos princípios desse governo, que é priorizar as suas ações para os mais vulneráveis, para atender aos cidadãos que precisam do transporte coletivo para chegar ao trabalho e retornarem às suas casas. É a primeira vez que temos uma estação de transporte coletivo de trilho feita integralmente pela livre iniciativa”, afirmou o Governador João Doria.

O projeto e construção da nova estação foram feitos pela Brookfield Properties e a adequação da via pela CPTM. A partir deste sábado (6), a estação começa a funcionar em horário integral, das 4h à meia-noite, beneficiando cerca de 10 mil passageiros por dia.

A entrega da estação João Dias à população integra o projeto de expansão da Linha 9-Esmeralda com investimento total de R$ 975 milhões e o objetivo de ampliar as opções de mobilidade e transporte público no extremo sul da capital paulista, que ainda inclui as estações Bruno Covas-Mendes-Vila Natal, inaugurada em agosto deste ano, e Varginha, prevista para ser entregue em 2022. A estimativa é que cerca de 110 mil passageiros passem a utilizar a Linha 9-Esmeralda diariamente com o funcionamento integral dessas estações.

“Seguimos o compromisso de facilitar a mobilidade dos milhares de cidadãos que utilizam o transporte público. Entregamos a estação João Dias à população que vive e trabalha nesta região. Juntamente com isso, demos mais um passo na modernização do já conhecido cartão de transporte, com diversos benefícios e novas soluções, algumas ainda inéditas no contexto da mobilidade urbana brasileira”, ressaltou o Secretário de Transportes Metropolitanos, Paulo Galli.

Iniciada em março de 2020, a construção contou com investimento de R$ 81 milhões, sendo R$ 60 milhões custeados pela iniciativa privada, fruto de um convênio assinado em 2014 entre a CPTM e a Brookfield Properties, e outros R$ 21 milhões de recursos da CPTM.

Localizada a 1,9 km da estação Granja Julieta e a 2 km de Santo Amaro, e construída em uma área de 5,6 mil m², a nova estação oferece acessibilidade plena com três escadas rolantes, três elevadores e itens que garantem a sustentabilidade arquitetônica com gerador próprio de energia, sistema de detecção e combate a incêndio, mecanismo para captação e reaproveitamento de água de chuva, sistema de energia solar, além de recursos tecnológicos para monitoramento completo por câmeras.

Outro ponto de destaque é a passarela de transposição da Marginal Pinheiros com 53,4 metros de extensão, que conecta a plataforma de embarque à estação.

“A parceria com a iniciativa privada garante melhoria contínua da prestação de serviço nos trens da CPTM a favor da mobilidade de milhares de passageiros. Por ser uma estação intermediária, a construção foi um grande desafio tanto do ponto de vista técnico de engenharia como operacional, uma vez que circulação de trens não deixou de funcionar”, afirmou Pedro Moro, presidente da CPTM.

“A inauguração da estação João Dias traz uma nova alternativa de mobilidade para a cidade. A formalização da doação da estação por parte da Brookfield Properties mostra como a parceria entre a iniciativa privada e o poder público pode deixar um legado permanente para a sociedade. Hoje entregamos este equipamento urbano de alta qualidade que vai beneficiar todos que moram e trabalham na região”, destacou o CEO da Brookfield Properties no Brasil, Roberto Perroni.

Cartão TOP

O novo cartão de mobilidade para os transportes sobre trilhos e ônibus intermunicipais vai substituir o cartão BOM gradativamente. A nova etapa é fundamental no processo de modernização dos meios de pagamento no Metrô, CPTM e agora na EMTU. A novidade também vai permitir novas funcionalidades para os passageiros que utilizam o cartão de transporte sem interferir nos serviços e vantagens já presentes no BOM, como o desconto de R$ 1,50 na integração entre ônibus e trilhos.

Pela primeira vez, uma única plataforma agregará e integrará funções de pagamento de transporte, débito e crédito, e futuramente diversos outros serviços de relevância ao cidadão. Desde o lançamento, serão oferecidos serviços financeiros, como a Conta Digital e o cartão multifuncional, que, além de cartão de transporte, também é cartão de débito e crédito aceito em mais de 2 milhões de estabelecimentos comerciais. O cidadão poderá escolher a opção apenas para o transporte.

Entre as outras novidades deste lançamento está a integração do cartão com o aplicativo TOP que, além da venda dos Bilhetes Digitais QR Code, também possibilita a gestão da conta digital e das funcionalidades de transporte, débito e crédito do cartão. Outro diferencial que estará presente em período de teste na nova Estação João Dias é o pagamento por aproximação em duas catracas por meio das bandeiras Mastercard, Visa e ELO. Elas estão sinalizadas para facilitar o embarque. A compra de bilhetes também pode ser feita por meio do aplicativo TOP para celular, WhatsApp e máquinas de autoatendimento e estabelecimentos credenciados.

Assim como o BOM, o Cartão TOP poderá ser usado para embarque nas linhas intermunicipais da EMTU na Região Metropolitana de São Paulo, na CPTM e no Metrô. A mudança de BOM para TOP começa no dia 5 de novembro com os cartões BOM Vale-Transporte e, a partir de dezembro, será ampliada para os cartões BOM Comum. Os cartões BOM Escolar, Sênior e Especial serão trocados no início de 2022.

O novo cartão poderá ser retirado gratuitamente em um dos postos presenciais ou entregue em domicílio (com custo de envio). O calendário, informações e locais de troca do cartão estão disponíveis em: www.boradetop.com.br. A data de fim do funcionamento dos atuais cartões BOM será divulgada nas próximas semanas.

Informações: Governo de São Paulo

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Em Porto Alegre, EPTC amplia horários de linhas de ônibus a partir deste sábado


Três linhas do transporte público de Porto Alegre serão ampliadas a partir deste sábado, informou a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Diariamente a empresa analisa a demanda de passageiros para adequar a oferta de viagens. As tabelas horárias podem ser consultadas no site da EPTC e a localização em tempo real pode ser acessada na função GPS do aplicativo do TRI.

Ampliação a partir de sábado:

Linha 491 – Passo Dorneles/ Vila Safira – ampliação de duas viagens por dia, passando de 68 para 70 viagens por dia, sendo 35 em cada sentido. Há dois novos horários em cada sentido, às 22h20 no bairro/Centro e às 23h05 do Centro ao bairro.

Ampliações a partir de segunda-feira:

Linha 286 – Belém Velho/Cristal/UFRGS – ampliação de uma viagem, chegando a 45 viagens diariamente, sendo 22 no sentido bairro/avenida Diário de Notícias e 23 no sentido terminal/bairro. O novo horário sai do terminal da avenida Diário de Notícias, em direção ao bairro, às 6h35.

Linha 2701 – Grutinha via Amapá – ampliação de uma viagem, totalizando 18 viagens por dia, sendo nove por sentido. A nova viagem sai da avenida Senador Salgado Filho, no Centro, em direção ao bairro às 7h20.

Informações: Correio do Povo

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Ônibus híbrido da VW usa motor de Golf e roda 200 km sem recarga

quinta-feira, 4 de novembro de 2021


Passear de trólebus pelas ruas do Centro de São Paulo era um dos meus passatempos favoritos de infância. Admito que ficava fascinado com a ideia de andar em um ônibus tão grande que quase não fazia barulho, especialmente quando você tem só cinco anos. Desde então alimentava um sonho: dirigir um ônibus. 

Assim dá para imaginar como essa reportagem foi especial para mim. Dirigir um ônibus híbrido foi a realização de dois grandes sonhos. E de quebra ainda fui o primeiro jornalista a guiar o E-Flex, ônibus híbrido flex do mundo que ainda está na fase de protótipo.

"O E-Flex é resultado de uma plataforma modular de veículos eletrificados que estamos desenvolvendo há três anos. Sua proposta é a de um carro de passeio por meio do uso do motor 1.4 TSI que é consagrado no Golf e traz a flexibilidade de diferentes formas de tração e propulsão. E existe ainda a possibilidade de trabalhar com diferentes matrizes energéticas, como etanol, gasolina e até gás natural", afirma Argel Franceschini, supervisor de engenharia de mobility e autônomos da Volkswagen Caminhões e Ônibus. 

O E-Flex é um projeto desenvolvido totalmente no Brasil pela Volkswagen Caminhões e Ônibus. Além da Alemanha, ele também participou de um evento de inovação na Suécia, onde foi muito bem recebido. Não é para menos: trata-se do primeiro estudo de ônibus do grupo Traton (formado pelas marcas MAN, VW Caminhões e Ônibus e Scania) com propulsão híbrida flex. 

A filial brasileira, aliás, se firmou dentro do grupo como uma forte apoiadora de fontes alternativas de propulsão. É dela o projeto do E-Delivery, o versátil caminhão elétrico revelado na última Fenatran.



Cara de ônibus, coração de Golf 

O E-Flex tem dois motores: um movido a gasolina ou etanol e outro elétrico. O motor a combustão é um velho conhecido da indústria automotiva: é o 1.4 TSI de 150 cv que equipa vários modelos da Volkswagen, como Jetta, Polo GTS e Golf GTE - o primeiro automóvel hibrído vendido pela marca no país. 

No E-Flex ele serve como gerador para as baterias do motor elétrico e entra em ação quando a carga das baterias fica abaixo de 20% e deixa de funcionar quando a carga chega a 80%. Este tipo de híbrido é chamado de serial. De acordo com a fabricante, as baterias podem ser totalmente carregadas em até três horas.

O projeto, inclusive, prevê até abastecimento com gás natural, exigindo apenas a substituição por um motor movido a GNV, conhecido dentro da VW como TGI. "Nosso trabalho foi realizado por uma área de engenharia dedicada à eletrificação em parceria com a divisão de automóveis de Volkswagen. A gente trabalhou nos últimos dois anos para adaptar o powertrain do Golf 1.4 TSI para a aplicação em ônibus e utilizamos este tempo para desenvolver e amadurecer esta tecnologia", revelou Argel. 


O motor elétrico entrega o equivalente a 408 cv e pode rodar até 200 quilômetros. As baterias ficam na parte superior do ônibus, perto do teto - o que aumenta muito o espaço dentro da cabine. Até 65 passageiros viajam confortavelmente no ônibus, cuja carroceria é feita pela Marcopolo. 

O som do silêncio 

Se já é curioso não ouvir nada ao dar a partida em um carro elétrico, imagine só em um ônibus? Apenas uma luz no painel indica que estamos prontos para partir. Não havia tantos obstáculos dentro da pista de testes da Volkswagen, localizada em Resende. Mesmo assim, dirigir o ônibus foi bem desafiador (e preocupante) nos primeiros minutos.

O E-Flex aproveita uma das maiores virtudes dos veículos eletricos: o torque instantâneo, que neste caso é de incríveis 219,2 kgfm. Logo o ônibus ganha velocidade. A única estranheza fica por conta de estar em um ônibus sem ouvir praticamente nenhum ruído de motor. Se o coletivo estiver vazio (como estava na ocasião de nosso teste) o condutor consegue escutar até o barulho dos pneus em contato com o solo. 

Importante ressaltar como a dirigibilidade é surpreendente para um veículo tão comprido. O raio de giro é muito bom e as respostas ao volante são precisas. A direção é extremamente leve e o campo de visão do motorista é muito bom, algo importante quando se está guiando um ônibus de 10 metros de cumprimento.

Resultado: rapidamente me senti a vontade e poucos minutos depois já estava andando como se estivesse guiando uma picape. 

Outros elementos me fizeram sentir ao volante de um automóvel. O banco do motorista tem um desenho muito parecido com o dos carros da Volkswagen. Já o painel de instrumentos é o mesmo do E-Golf europeu da geração anterior - e lembra muito os modelos vendidos aqui. O seletor giratório dos faróis também é uma herança dos carros de passeio.

Quando chega às ruas? Por enquanto, a VW Caminhões e Ônibus afirma que o E-Flex ainda está em fase de desenvolvimento. Justamente por isso é que o ônibus não deve se tornar realidade antes de 2022.

Informações: Vitor Matsubara

Do UOL, em São Paulo

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