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Belém: Transporte Público há mais de 20 anos sem mudanças ou melhorias

quinta-feira, 8 de abril de 2010


Qual o principal meio de transporte que você utiliza para se locomover? Provavelmente, a resposta de muitos será o ônibus. Na Região Metropolitana de Belém, milhares de pessoas utilizam esse tipo de transporte coletivo, diariamente, para chegar a sua casa, ao trabalho ou à escola. Mas, nas últimas décadas, quais foram as mudanças ocorridas no sistema de transporte mais utilizado em Belém? Esse é o principal questionamento abordado na tese de doutorado intitulada "Transporte coletivo em Belém: mudança e continuidade", de autoria da professora Simaia do Socorro das Mercês do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos.
Apresentado em 2005, na Universidade de São Paulo (USP), o estudo compreende a análise do sistema de transporte coletivo no período de 1983 a 2004. Entretanto, para compreendermos o funcionamento desse sistema, é necessário voltar ao fim dos anos 60, quando foram constituídos os elementos que configuram a problemática do transporte coletivo na Região Metropolitana de Belém (RMB).
Nessa época, houve a constituição de 18 empresas privadas de prestação de serviço, a definição das áreas de monopólio e de como essas empresas iriam se relacionar com o Estado. O transporte público assume grande importância na agenda pública. No entanto, é necessário salientar o baixo nível de desenvolvimento econômico dos autorizados - muitos dos quais compartilhavam a propriedade de poucos veículos com outros parceiros, as diversas áreas desatendidas, as inúmeras linhas com itinerários superpostos, o atendimento ineficaz da periferia e a resistência a mudanças por parte dos prestadores do serviço. A partir desses elementos, foi sendo delineada a configuração e a atuação do transporte coletivo por ônibus na RMB.
Num segundo momento, a partir de 1983 (ano inicial da análise feita na tese), tudo o que foi citado anteriormente já estava efetivamente constituído e a aliança entre os principais envolvidos, empresas prestadoras do serviço e poder público, está fortalecida, uma vez que, em 1966, o Estado não exercia na plenitude sua função de regulamentador e controlador das condições operacionais do serviço, determinadas principalmente pelos operadores.

Ônibus é principal meio de locomoção da população
De acordo com o estudo, estima-se que na Região Metropolitana de Belém sejam feitas, diariamente, em torno de quatro milhões de viagens, sendo que, em 40% delas, o ônibus é utilizado como meio principal, constituindo-se como essencial para o deslocamento da população na região. Apesar de tal importância, sempre foram identificados diversos problemas e nada do que se propunha tecnicamente para amenizar ou solucionar os problemas era implementado. "Sempre esbarrávamos em uma dificuldade: o poder instituído do segmento empresarial. Eu sempre ouvia dizer que houve a tentativa de se criar uma nova linha para atender à necessidade da população, mas o empresário que tinha o monopólio da área onde a nova linha iria operar entrava na justiça", afirma Simaia das Mercês, que, à época, trabalhava com planejamento de transporte e planejamento metropolitano para órgãos públicos da cidade.

Estado não controla qualidade do serviço oferecido
Simaia das Mercês explica ainda que os problemas observados na prestação do serviço são decorrentes da relação que se estabelecera entre o Estado e o setor empresarial. "Enquanto os interesses das empresas de transporte coletivo são priorizados pelo Estado, o atendimento às necessidades da população, especialmente dos que residem na periferia, é realizado de maneira precária", denuncia.
Uma empresa que opera o transporte público terá lucro com o serviço, por isso, devem-se controlar as tarifas e a receita da empresa. Mas, de acordo com a pesquisadora, o poder público não tem esse controle. “Eles não sabem, por exemplo, quanto custa operar o transporte público na RMB ou qual a margem de lucro das empresas. O poder público fica sempre à margem, quando deveria cuidar do bem e do interesse coletivo: ter um transporte de qualidade, num sistema operando racionalmente”, revela a autora.
No período analisado, encontram-se algumas tentativas de melhorias e mudanças no sistema. A maioria aconteceu em 1991, quando foi delegada à Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), mediante contrato administrativo de concessão por 20 anos, o planejamento, a coordenação, a direção, a avaliação, o controle e a operação do serviço de transporte de passageiros no município, desde que previamente aprovado pela Prefeitura Municipal de Belém.
Além de meia-passagem estudantil, gratuidades para idosos e profissionais em serviço, como carteiros e policiais, no mesmo ano, foram institucionalizados o regulamento de transportes e o código disciplinar, onde constam as principais disposições sobre a delegação e transferência dos serviços de transporte e a sua fiscalização na RMB. Vale a pena ressaltar que muitas das conquistas que levaram a algumas mudanças no serviço foram provenientes da organização e reivindicações dos movimentos sociais.

Fonte: Jornal UFPA
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Sistema BRT de Belém ganha ampliação a partir de quinta-feira, 31

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O sistema BRT Belém ganha uma série de novidades a partir da próxima quinta-feira, dia 31. De forma experimental, o Terminal Maracacuera abre suas portas, não só para mais uma extensão de itinerário dos ônibus articulados do BRT, mas também para receber a chamada linha Troncal, com ônibus padrón, que são veículos com capacidade para 83 passageiros, com portas dos dois lados, que permitem que seja feito embarque e desembarque, não só nas paradas comuns, como também nos terminais e estações BRT.

Esses veículos circularão a partir do Terminal Macacuera até o Terminal São Brás, pela canaleta exclusiva, e de lá seguirão viagem em pista comum até a avenida Visconde de Souza Franco, rua Marechal Hermes, avenida Presidente Vargas, avenida Nazaré, avenida Magalhães Barata e avenida Almirante Barroso, em mais uma alternativa de interligação do sistema com o centro da cidade, com o usuário pagando uma única passagem.

Trajetos - Também a partir do dia 31, a linha Paricás - Águas Negras - São Brás passará a integrar no Terminal Maracacuera, de onde fará retorno ao bairro, portanto não seguirá mais viagem até o Terminal São Brás. A partir do dia 5 de novembro, as linhas Outeiro/Brasília - São Brás, Outeiro/Itaiteua - São Brás e Fama - São Brás também passarão a fazer a mesma integração no Maracacuera.

Quem se utiliza dessas linhas deve ficar atento de que precisará fazer o transbordo do ônibus comum, que vem dos bairros, e integrar, no Terminal Maracacuera, para seguir viagem, seja num ônibus BRT (até São Brás), ou no padrón até a Doca.

“Inicialmente os veículos padrón entram em circulação para atender prioritariamente a comunidade de Outeiro e entorno, que passa a ter essa mudança na forma de circulação e ganha uma possibilidade de seguir até o Centro. Também é importante ressaltar que, ao não ir mais até São Brás, essas linhas comuns voltam mais rapidamente para suas origens, o que vai gerar uma maior oferta dos veículos aos usuários nos bairros”, detalha Gilberto Barbosa, à frente da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB).

“Outra vantagem é que essas linhas seguiam até São Brás na pista comum, não eram expressas, e agora, com a viagem pelo BRT ou padrón na canaleta, este usuário ganhará em tempo de viagem”, comemora Gilberto.

Lazer - Uma outra vantagem será sentida pelo público que não reside ou trabalha em Outeiro, mas que busca o distrito nos momentos de lazer, em especial no veraneio, já que este usuário não precisará mais se concentrar em São Brás para o embarque, e poderá fazê-lo em estações, terminais, ou menos no trajeto do ônibus padrón pelo centro de Belém. “Este usuário também ganhará em tempo e conforto para aproveitar os momentos de lazer”, acrescenta o superintendente da SeMOB.

Estações - Outra novidade é que, a partir do dia 31, mais estações passarão a funcionar em caráter experimental, aumentando as possibilidades de embarque e desembarque de usuários ao longo do trajeto. Inicialmente, junto com o Terminal Maracacuera serão ativadas as estações Homobono (próximo à Celpa, na Augusto Montenegro), Maguari, Grêmio Português, Eduardo Angelim e Castro Moura.

A previsão é que, até o fim de novembro, todas as estações localizadas nas avenidas Augusto Montenegro e Almirante Barroso sejam ativadas, inclusive o segundo módulo localizado em São Brás, que dará suporte aos veículos que seguirão para a avenida Governador José Malcher.

Horário - Também, a partir do dia 31, passará a ser ampliado o horário de atendimento do Sistema BRT, com terminais e estações funcionando das 6 horas às 23h30 de segunda-feira a sábado. Nesta etapa os ônibus padrón não acessarão o Terminal Mangueirão, para dar ainda mais conforto e velocidade a quem fez o embarque nos terminais Maracacuera - onde será seu ponto inicial e final - e Tapanã, mas nada impede que um usuário que esteja no Terminal Mangueirão, por exemplo, acesse um veículo BRT e faça o transbordo ao padrón em uma das estações.

Padrón - Ao todo, seis veículos padrón entram no sistema no dia 31. A partir do dia 5 de novembro já serão 20 veículos e até o final de novembro a previsão é de 50 ônibus padrón circulando do Maracacuera até ao centro de Belém. O número de veículos articulados BRT, que circulam atualmente, também aumenta de nove, para 15, sendo nove com origem no Terminal Maracacuera e seis no Terminal Tapanã.   

Integração - Com essas mudanças, os usuários devem estar atentos à forma correta de se utilizar do benefício da integração. Como para fazer a integração entre as linhas que irão apenas até o Maracacuera com o sistema BRT e/ou os veículos padrón será preciso fazer o deslocamento entre a parada comum e o Terminal, os usuários deverão portar um cartão que dará acesso a este segundo embarque.

Quem possui Vale-Digital, Passe Fácil Sênior ou Passe Fácil Especial fará o acesso diretamente. Quem possui Passe Fácil Estudantil precisa colocar créditos em seu cartão, até hoje utilizado por muitos apenas como uma espécie de “identidade” apresentada junto a um pagamento em dinheiro.

“Já temos muitos estudantes que utilizam o Sistema BRT e que se habituaram a colocar créditos no cartão, alguns para a semana toda”, detalha Natanael Romero, do Sindicato das Empresas de Transporte de Belém (Setransbel).

Quem não possui nenhum desses cartões precisará adquirir o Cartão Expresso, que pode ser comprado e alimentado em qualquer terminal ou estação do sistema BRT, e que tem o custo de R$ 4, podendo ser carregado com o valor que o usuário desejar.

Esse sistema de cartões é fundamental não só para a integração, como para o embarque de passageiros ao longo do trajeto em direção ao centro de Belém, fora da canaleta, já que não haverá presença do cobrador no veículo.

“Grande parte do itinerário é feito dentro do Sistema BRT, que já tem cobrança da passagem do lado de fora, nas bilheterias. Essa não comercialização dentro dos veículos também aumenta a segurança de motoristas e passageiros, já que não haverá a circulação de dinheiro dentro dos veículos”, reforça o superintendente da SeMOB.

Novo transporte público - Todas essas novidades são mais uma etapa no caminho de uma mudança estrutural no sistema de transporte público de Belém, que avança para uma licitação com abertura prevista para janeiro de 2020.

“É importante ressaltar que a Prefeitura de Belém continua caminhando para a realização da licitação, inclusive estamos com consulta pública aberta no site da SeMOB para receber contribuições da sociedade até o dia 30 de outubro. No dia 30 de setembro, fizemos uma audiência pública com ampla participação popular. Passado o período da consulta pública iremos seguir os trâmites legais para a realização da licitação”, esclarece Gilberto Barbosa.

A aquisição desses novos veículos faz parte da exigência feita pelo prefeito Zenaldo Coutinho de que os operadores do sistema público de transporte investissem em cerca de 200 novos veículos 0 km. Segundo o superintendente da SeMOB, as novidades não só dão funcionalidade ao novo trecho de obra a ser entregue em breve, do Tapanã ao Maracacuera, como já permitem que o usuário experimente, desde já, algumas mudanças estruturais que ocorrerão de forma ampliada quando o sistema estiver todo reconfigurado.

“Agora os moradores de áreas como Outeiro poderão ter uma experiência mais clara sobre como funcionam linhas alimentadoras e linhas troncais padrón e BRT. Em breve, essa experiência será ampliada para outros bairros de Belém”, anuncia o superintendente da SeMOB.

Informações: Rede Pará
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Licitação dos ônibus em Belém prevê contrato de 6 anos e ar condicionado

quinta-feira, 11 de agosto de 2022


O edital de concorrência para licitação do transporte público de Belém foi publicado pela prefeitura municipal nesta quarta-feira (10).

Entre os principais pontos estão os dois lotes de serviços, e a separação das tarifas pública e de remuneração.

O edital e seus anexos estão disponíveis para retirada gratuita e os envelopes devem ser abertos pela Comissão Geral de Licitação (CGL) na sexta-feira (12).

O documento, entre outros pontos, prevê:

Execução dos serviços por 6 anos, com possibilidade de prorrogação, em regime de exclusividade e de participação de consórcio;
critério de escolha será o da menor tarifa de remuneração;
sistema de informações aos usuários sobre itinerário do veículo e tempo de chegada nas paradas de ônibus;
frota deve ter monitoramento de câmeras de segurança;
nos primeiros dois anos, 20% da frota de veículos deverão possui ar condicionado.

Lotes de serviços
Serão dois lotes de serviços para atender o município, que juntos somam contrato de R$2,8 bilhões.

Cada um dos lotes de serviços é composto por área de operação: "Marajó" e "Guamá" - veja no mapa abaixo.

O lote 1 "Marajó" inclui as categorias "Básico (serviços básico, semiurbano e local) e "BRT/BRS (serviços BRT/BRS Troncal Principal, Troncal Secundário e Serviço Alimentador). O valor do contrato deste lote é de R$1.492.234.444,80.

Já o lote 2 "Guamá" tem a categoria básico (serviços básico e local). O valor do contrato é de R$1.317.527.565,12.

O documento explica que os dois lotes de serviços são "conjunto de serviços de transporte de passageiros, bem como a operação e manutenção das infraestruturas (...) e outros serviços conexos, conforme especificado no Projeto Básico".

Segundo o edital, o prazo de concessão é de 6 anos, a partir da publicação do extrato de contrato de concessão no Diário Oficial de Belém, podendo ser prorrogado por mais 6 anos se a empresa atender aos requisitos previstos no edital.
O valor estimado do contrato, de acordo com o edital, é o total das receitas tarifárias da concessionária durante o prazo da concessão.

Veja a descrição de cada categoria e tipo de serviço:

Categoria Básico - deve ofertar os seguintes serviços:
Básico: serviço operado preferencialmente com veículos convencionais atendendo aos pontos onde não há influência direta das linhas do Sistema BRT/BRS;
Semiurbano: serviço operado preferencialmente com veículo convencional cuja extensão exceda 75 km;
Local: serviço operado preferencialmente com micro-ônibus ou midi atendendo a pontos de viário restrito.

Categoria BRT/BRS - deve ofertar os seguintes serviços:
Troncal Principal: serviço operado por veículo articulado com porta à esquerda e de operação exclusiva em canaleta dos corredores BRT/BRS;
Troncal Secundária: serviço operado por veículo Padron com porta dos dois lados, percorrendo parte de seu trajeto dentro das canaletas exclusivas e parte em tráfego misto;
Alimentadoras: serviço operado por veículo micro/midi/convencional com porta a direita, levando os usuários dos bairros aos Terminais e Estações.

Tarifa pública e tarifa de remuneração
O edital prevê uma mudança que empresas de ônibus operantes em Belém já apoiam: a criação da tarifa pública, que é o valor que o passageiro paga, e a tarifa de remuneração, que é o valor repassado pelo poder público às empresas concessionárias.

"O concessionário será remunerado por passageiro transportado em viagem concluída, independente do usuário do transporte fazer jus ao benefício legal de gratuidade", diz o edital.

O edital cita que ainda a adoção das tarifas (pública e de remuneração), prevista na Lei Federal 12.587/2012, afirmando que em caso de déficit entre as duas tarifas "deverá ser coberto por receitas extratarifárias, receitas alternativas, subsídios orçamentários, subsídios cruzados intrassetoriais e intersetoriais provenientes de outras categorias de beneficiários dos serviços de transporte, dentre outras fontes, instituídos e indicadas pelo poder público (...)".

Por outro lado, o edital também aponta que se houver superávit tarifário, "a receita deverá ser revertida para o próprio Sistema Integrado de Transporte Público de Passageiros de Belém".

O documento da prefeitura diz que a "tarifa pública será calculada de forma a equilibrar os custos de operação e gestão do sistema" e que a "fixação da tarifa pública é de competência do Poder Executivo Municipal".

Com a licitação, a empresa não deverá ter mais participação nos processos de cálculos das tarifas, apenas se for convidado pela gestão municipal.

Sobre o projeto básico
O projeto básico da licitação do transporte público é resultado de estudos técnicos entre 2012 e 2019 e 2022 pela Superintendência de Mobilidade Urbana do Município de Belém (Semob).

Em 2013, foi firmado o Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público (Estadual e Federal) para regularização técnica a fim de retomar obras civis necessárias ao funcionamento do sistema de transportes.

A Semob realizou audiência pública em 2018, apresentando versão revisada dos conceitos da presente licitação, permitindo a apresentação de dúvidas e sugestões por parte da sociedade. Várias solicitações foram incorporadas, como a inclusão de obrigatoriedade de parte da frota com ar condicionado, já desde o início do contrato, além de ampliação gradual da frota.

Ao longo de 2019, foi dada divulgação aos aspectos do processo licitatório, com nova audiência pública realizada em setembro de 2019, e com a posterior consulta pública, nos meses de outubro e novembro de 2019.
Por fim, houve a revisão final no final de 2021 e início de 2022, a partir da atualização dos dados de demanda e oferta de viagens, onde questionamentos, contribuições e sugestões apresentadas pela sociedade e por órgãos de controle foram recebidos. Um dos pontos incorporados é a evolução das condicionantes da matriz de risco e de aspectos da frota.

Informações: G1 Belém
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Em Belém, Obras do BRT são paralisadas por determinação judicial

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O juiz Elder Lisboa, da 1ª Vara da Fazenda Pública, determinou segunda (16), por meio de liminar, a suspensão das obras do Bus Rapid Transit (BRT), o projeto da prefeitura de Belém que promete resolver os problemas do transporte público na capital paraense.

A decisão atinge os trechos em construção nas avenidas Augusto Montenegro e Almirante Barroso. Na decisão, publicada na página do Tribunal de Justiça do Estado na internet, o juiz explica que a medida tem o objetivo de “resguardar os interesses da mobilidade urbana da população, ao mesmo tempo em que atende à necessidade de acautelar a administração financeira do município, uma vez que no custo total, estimado em cerca de R$ 500 milhões (previsão inicial), não há demonstração da competente fonte de custeio”.

Ainda segundo o juiz, a decisão deverá ser mantida “até que a administração pública indique a fonte do montante de recursos orçamentários aprovados, que assegurem a total execução do empreendimento”. A multa em caso de descumprimento da decisão é de R$ 50 mil por dia, sempre pagos pelo prefeito Duciomar Costa.


CONTESTAÇÃO

A decisão judicial atendeu a ação impetrada pela construtora paraense Estacon Engenharia, que contestou a licitação vencida pela empresa Andrade Gutierrez. O Ministério Público do Estado é o impetrante substituto.

Na ação, a construtora afirma que não foram respeitados no edital os princípios da competitividade e legalidade. “Analisados exaustivamente os termos do edital pelas equipes técnicas da impetrante, a mesma constatou a existência de diversos requisitos eivados de irregularidades, já que infringentes à norma legal que disciplina e controla os processos licitatórios, como também contrários aos princípios que norteiam o processo licitatório, de acordo com a mencionada norma e com a Constituição Federal”.

Essa não é a primeira decisão contra a polêmica obra do BRT. Em janeiro deste ano, a juíza Margui Gaspar Bittencourt chegou a determinar a suspensão da abertura dos envelopes com as propostas das empresas no processo licitatório, mas a medida foi cassada pela desembargadora Dahil Paraense de Souza.

LIMINAR

Na época, a juíza informou que não decidiria sobre o mérito porque a questão era complexa e exigia análise mais detalhada. O caso foi então distribuído ao juiz Elder Lisboa, que agora concedeu nova liminar suspendendo as obras.

Na Justiça Federal, uma ação impetrada pelo Ministério Público Federal também gerou liminar proibindo o governo federal, por meio do Ministério das Cidades, de repassar recursos para o BRT da prefeitura de Belém. Entre as razões estariam também indícios de irregularidades na licitação e a não compatibilidade das obras do município com o Ação Metrópole, um projeto do Estado mais amplo e definitivo para resolver a questão do transporte e do tráfego de veículos na região metropolitana de Belém.

Este último problema foi resolvido após uma série de encontros entre as equipes do Estado e da prefeitura que resultou em um acordo para que os dois projetos se tornassem complementares.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Belém informou, no final da tarde de segunda-feira (16), que o município ainda não havia sido informado oficialmente da decisão e que por isso não se manifestaria sobre o assunto.

O projeto do BRT da prefeitura de Belém deve consumir investimentos de R$ 380 milhões. O novo valor foi definido após o acordo com o Estado, que delimitou os trechos da obra que ficarão a cargo de cada uma das esferas de governo.

Os recursos para o trecho sob responsabilidade da prefeitura viriam dos cofres do município e também do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a mobilidade. A parte, já licitada, inclui obras nas avenidas Almirante Barroso e Augusto Montenegro chegando até a orla de Icoaraci, onde será implantado um terminal intermodal. O município ficou responsável também por ampliar o sistema de ônibus rápido para o trecho que vai de São Brás até o Ver-o-Peso.


CONCLUSÃO


Em entrevista ao DIÁRIO, no início do mês passado, o prefeito Duciomar Costa prometeu concluir as obras do Entroncamento a São Brás ainda na atual gestão, que vai até 31 de dezembro deste ano, quando ele deixará o cargo.

O BRT é um sistema de ônibus que trafegam sob canaletas. O projeto de Belém prevê veículos para até 250 passageiros com linhas expressas e semi-expressas. O modelo foi aplicado em capitais como Curitiba (Paraná).

O governo do Pará deve investir R$ 530 milhões para fazer o prolongamento da avenida João Paulo II (antiga Primeiro de Dezembro), do atual trecho asfaltado na passagem Mariana até o viaduto do Coqueiro (obra considerada estratégica como via alternativa para entrada e saída de Belém).

Também investirá no sistema de ônibus rápido do Entroncamento até o município de Marituba. Os recursos viriam de empréstimo junto a Agência de Cooperação Japonesa (Jica) e do governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A previsão é de que o projeto esteja concluído em 2015.

Informações: Diário do Pará

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Setrans-Bel pede que passagens custem R$ 2,15

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setrans-Bel) protocolou ontem (26) junto à Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) uma planilha que prevê o aumento da tarifa de ônibus de R$1,85 para R$2,15. O argumento utilizado pelo sindicato está relacionado à adequação dos custos das empresas ao preço dos insumos utilizados.

Segundo o assessor técnico do sindicato, Délcio Arthur de Souza, a tarifa é calculada a partir de uma metodologia estabelecida pelo Ministério do Transporte que divide o custo total da empresa pela relação entre o volume de passageiros e a quilometragem percorrida pelos ônibus. “São muitos os fatores que influenciam esse cálculo”, explica.

Um dos fatores ao qual Délcio atribui o aumento da tarifa é a diminuição do número de passageiros no decorrer dos anos agravado pelo aumento do número dos transportes clandestinos. “Ao longo do tempo, o volume de passageiros caiu 34,5%. Foi uma queda gradual expressiva que influencia nos custos das empresas”. Outro fator que, segundo o sindicato, contribui para a definição da tarifa de ônibus, é o aumento no salário e no benefício dos funcionários. “O valor do benefício é o mesmo para todos os funcionários. Então, o custo é alto”, justifica.

VALE-TRANSPORTE
Ele também argumenta que a grande utilização de vales-transporte na capital contribui para o aumento da tarifa. “Belém é a campeã nacional em utilização de vale-transporte, com 57,7% do uso em todo o Brasil. Apenas 6% da população paga com dinheiro a passagem dos ônibus. Para que a despesa batesse com a receita, a tarifa teria que ficar em R$ 2,15”, completa.

Mesmo com o aumento considerável pedido na tarifa de ônibus, o sindicato acredita que o valor é acessível à população. “A passagem aumentou 478,13% e o salário mínimo 714,18%. Então vemos que o salário aumentou bem mais. Esse valor (de R$2,15) é viável para a população. Temos uma das tarifas mais baixas do Brasil”, afirma

Já a assistente de recursos humanos Nilde Ribeiro discorda e acredita que o valor é muito alto. “Não há condições de aumentar a passagem desse jeito com esse salário. Tá caro demais”, reclama. A contadora Tássia Sumaia também não concorda com o aumento e acredita que o valor pedido não corresponde ao serviço prestado. “Não é justo esse preço. Primeiro precisa melhorar as condições dos veículos que circulam nas ruas”. O historiador Rui Castro é outro usuário do serviço de transporte público que não vê necessidade no aumento. “Não precisa isso. Esse aumento só vai penalizar as pessoas que têm menor poder aquisitivo”, diz.

Segundo Délcio, a Setrans-Bel deu entrada no pedido de aumento na manhã de ontem, porém a definição do valor do aumento ainda deve demorar. “Após o nosso pedido, o documento será despachado para o setor técnico da CTBel e só depois será encaminhado para o prefeito. Quando o documento estiver com ele, será convocado o conselho de transporte para que se defina o valor do aumento”, explica.

Em nota, a CTBel informou que “até o final do expediente externo do órgão, o Gabinete da Diretora Superintendente ainda não havia recebido a proposta de aumento de tarifa encaminhada pelo Sindicato de Empresas de Transporte de Belém”.

Já a qualidade dos ônibus

Enquanto o Setrans-Bel ia até a CTBel protocolar o pedido de aumento da tarifa da passagem de ônibus para um valor acima de R$ 2, o DIÁRIO flagrava no pátio de retenção da CTBel, 14 ônibus de linha apreendidos.

No último sábado, quando foi divulgada a possibilidade do aumento, o Setrans-Bel alegou que o reajuste seria necessário para cobrir investimentos realizados no último ano. Além disso, o sindicato chegou a afirmar que Belém conta com uma frota nova, com idade média de cinco anos.

Porém, não foi isso que a reportagem constatou no pátio de retenção da CTBel e o que causou surpresa foi o motivo da apreensão. “Dos 14 ônibus que temos aqui no pátio, 10 vieram parar aqui por estarem trafegando pelas ruas de Belém há mais de 10 anos, o que não é permitido por lei”, explicou o diretor de transportes da CTBel, Onofre Veloso. Ele disse ainda, que os outros quatro ônibus apreendidos apresentavam condições precárias para trafegar, por isso, também acabaram retidos.

O diretor garantiu que nenhum desses ônibus deve voltar a circular pelas ruas da cidade. “A empresa pode até conseguir retirar o veículo do pátio, após quitar suas obrigações, porém, o ônibus será proibido de voltar a rodar”, ressaltou.

No pátio de retenção do Departamento Estadual de Trânsito do Pará (Detran/PA), mais ônibus apreendidos. Lá, o problema mais comum é licenciamento em atraso. O coordenador de planejamento do Detran, Carlos Valente, explicou que a frota de ônibus da Região Metropolitana de Belém (RMB) com o licenciamento em dia é de 2.599. Já a quantidade de ônibus com licenciamento em atraso é de 334, o que representa 11%. “O Detran pretende colocar em prática ações para regularizar a situação dos ônibus na questão do licenciamento, mas está estudando a maneira mais adequada de realizar essas ações”.

O assessor técnico do Setrans-Bel, Délcio de Souza, garante que todas as empresas que fazem transporte coletivo em Belém estão regularizadas e dentro dos padrões exigidos. “Nenhum veículo está acima de 10 anos circulando na cidade. Temos o controle e registro de todos os veículos que fazem parte do sindicato das empresas de ônibus”, afirma o assessor.

Segundo Délcio, o que pode acontecer, é empresas que não são filiadas ao sindicato estarem fazendo transporte irregular, mas cabe à CTBel fazer a fiscalização.

RENOVAÇÃO DA FROTA (Fonte: Setrans-Bel)

2005 – Comprados 139 ônibus;

2006 – Comprados 219 ônibus;

2007 – Comprados 204 ônibus ;

2008 – Comprados 164 ônibus;

2009 – Não foi fornecido;

2010 – Não foi fornecido.


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Tarifa de ônibus sobe para R$ 2,00 em Ananindeua

terça-feira, 19 de julho de 2011

Moradores do município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, passaram a pagar R$ 2 pela tarifa de ônibus. O reajuste, que chega com dois meses de atraso, equipara o valor da passagem no município com o que já vem sendo cobrado no restante da Grande Belém. O aumento já foi homologado pela prefeitura de Ananindeua e passa a valer a partir de sua publicação no Diário Oficial do Município, o que acontece hoje. Nas ruas, apesar de muita gente desconhecer a medida, o reajuste já era esperado. "Imaginava que ia aumentar. Isso de preço diferenciado estava causando muita confusão", disse o estudante Rodrigo Silva, para quem vai ser mais fácil pagar a meia-passagem. "Pelo menos vai facilitar o troco", brincou.

Apesar de amplamente divulgado na mídia, o aumento deve pegar alguns usuários de surpresa. Ontem de manhã, em vários pontos de ônibus de Ananindeua, passageiros declararam não saber o valor que passa a ser cobrado a partir de hoje. "Confesso que não sabia. Fui pego de surpresa", comentou o vendedor Eduardo Júnior. Segundo ele, não há placas dentro dos coletivos sinalizando o aumento. "Geralmente, quando a passagem vai aumentar eles colocam logo uma placa dentro do ônibus alertando os passageiros, dessa vez ainda não vi nenhuma", completou. De fato, muitos ônibus estão circulando dentro do município sem o aviso do reajuste. Em um deles, da linha Águas Lindas/Presidente Vargas, nem cobrador nem motorista sabiam do reajuste. "Ainda não fomos informados", afirmou o condutor.

A decisão de equiparar o preço com Belém foi tomada em uma reunião entre o Ministério Público Estadual (MPE), a Companhia de Transporte de Belém (CTBel), o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel) e a Prefeitura Municipal de Ananindeua, no último dia 13.

Ananindeua era o único dos cinco municípios da Região Metropolitana que permanecia com o preço da passagem a R$ 1,85. O que vinha gerando alguma confusão. Enquanto passageiros que passavam pela catraca dos coletivos em Belém, Marituba, Benevides e Santa Bárbara pagavam R$ 2, os que passavam em Ananindeua pagavam R$ 1,85. A diferença de preço entre os municípios vizinhos fazia com que passageiros que apanhavam o ônibus em Belém esperassem chegar a Ananindeua para passar pela catraca e pagar 15 centavos a menos.

Fonte: O Liberal

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CTBel participa de fórum sobre transporte público

quarta-feira, 23 de junho de 2010


A Companhia de Transportes de Belém (CTBel) participa, nesta quarta-feira (23), às 14h40, do ‘Fórum de Transporte da Região Metropolitana de Belém: Desafios e Perspectivas’. O evento, aberto nesta terça-feira, 22, promovido pelo Governo do Estado, reúne técnicos e especialistas na área, além de representantes das prefeituras localizadas na Grande Belém para discutir melhorias no transporte e no trânsito da capital.

O diretor de Transportes da CTBel, Walter Campos, será um dos palestrantes da mesa redonda ‘Panorama Atual do Sistema de Transporte Público de Belém’. Durante a palestra, a CTBel apresentará os projetos que a Prefeitura de Belém expôs ao Ministério das Cidades, em Brasília, e que devem melhorar consideravelmente o transporte público coletivo na capital.

Entre os projetos está o de canaletas exclusivas para ônibus nas avenidas Almirante Barroso e Augusto Montenegro. O projeto já está sob apreciação do Governo Federal e, sendo aprovado, deverá receber financiamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Além de projetos, o diretor da CTBel também mostrará o que já foi feito pelo órgão para melhorar o serviço de transporte coletivo na capital. Desde 2005, o transporte público coletivo de Belém ganhou o reforço de mais de 30 novas linhas de ônibus. Atualmente, cerca de 160 roteiros atendem Belém e Região Metropolitana. E para garantir que um número maior de usuários seja servido por essas linhas, a Companhia faz um trabalho permanente de avaliação e, quando necessário, de reorganização dessas linhas, diminuindo o fluxo de veículos no centro da capital e servindo áreas antes menos atendidas.

De acordo com Campos, “a implantação de novas linhas e roteiros é um procedimento regular” do órgão, que visa melhorar o transporte público coletivo não apenas nas áreas menos atendidas, como também onde há maior fluxo de ônibus e se faz necessária uma redistribuição das linhas já existentes.

Fonte: Diário do Pará
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Transporte de Belém ganha novos ônibus articulados

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A dobradinha Caio Induscar e Mercedes-Benz forneceu recentemente 15 novos ônibus articulados para a capital paraense Belém. A carroçaria Millennium BRT e o chassi O500 MDA foram os escolhidos para compor a frota do sistema de BRT (Trânsito Rápido de Ônibus) da cidade, em sua primeira etapa, ligando a estação do Estádio Mangueirão até a São Brás.

Os veículos contam com 18.60 metros de comprimento e capacidade para transportar 134 passageiros. Possuem também poltronas totalmente estofadas, ar condicionado como item padrão, vidros na cor fumê que proporcionam conforto térmico, e itens de tecnologia embarcada como Wi-Fi e sistema de monitoramento. Os 15 ônibus foram adquiridos  por quatro empresas do sistema de transportes de Belém: Belém Rio, Nova Marambaia, Rio Guamá e Vialoc.

Para a Mercedes-Benz, sua presença no mais novo sistema de transporte público de Belém é fruto de um amplo trabalho junto aos gestores de mobilidade urbana da cidade e das empresas operadora. Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, destacou a participação da equipe de assessoria em sistemas de transporte da fabricante no processo de escolha dos veículos.

“Com base em sua ampla experiência e conhecimento, a equipe de assessoria em sistemas de transporte da nossa Empresa apresentou vários estudos aos planejadores locais, fornecendo subsídios para que fosse desenhada a melhor solução frente às características e às demandas locais, apoio essencial porque se trata da implantação de um novo conceito de transporte urbano em Belém”, disse ele.

O executivo ainda ressaltou a demonstração inicial do chassi articulado para que os operadores conhecessem o desempenho do veículo e seus benefícios. “Disponibilizamos às empresas operadoras um O 500 MA de nossa frota de demonstração durante um mês, para que elas pudessem verificar, na prática, os atributos do nosso veículo, como força, excelente desempenho, robustez e resistência na severa aplicação do transporte de massa”, explicou.

Com a implantação do novo corredor exclusivo, há uma expectativa, dos gestores e operadores, de redução do tempo de deslocamento em até 70%.

Legenda imagem – Os novos ônibus chegaram para modernizar o sistema de transporte coletivo de Belém, promovendo rapidez e conforto nas viagens.

Foto - Caio Induscar
Informações: Revista Auto Bus
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Belém terá mesma frota de ônibus no dia do Enem

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

A Prefeitura de Belém, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), fará a orientação e fiscalização do transito para garantir fluidez nos acessos aos principais locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontecerá no próximo domingo, 13. 

Dezoito agentes de trânsito, sete viaturas e quatro motocicletas estão disponibilizadas para a execução do serviço, no horário de 9h às 14h.

Pontos Operacionais – Foram definidos como pontos operacionais os principais locais de prova, que representam os de grande movimentação de candidatos e de fluxo de veículo. Na Universidade Federal do Pará (UFPA), os agentes estarão posicionados nos portões 1 e 3 e na avenida Perimetral com a rua Augusto Corrêa. Em cada local de acesso estarão dispostos dois agentes e uma viatura.
As avenidas Pedro Miranda e Alcindo Cacela, onde se localizam a Universidade da Amazônia (Unama) e no Centro de Estudos Superiores (Cesep), e na rua dos Mundurucus com a rua dos Tupinambás, no acesso ao Colégio Ideal, são locais de grande movimentação de veículos e de candidatos. A Semob destacou equipes para orientar o trânsito nesses trechos e garantir a segurança viária dos candidatos no acesso aos locais de prova e a fluidez do trânsito.

Os agentes de trânsito também farão rondas em viaturas e motocicletas nos principais corredores de trânsito,onde existirem locais de provas, como as avenidas Almirante Barroso, Governador José Malcher, Nazaré, Governador Magalhães Barata, Gentil Bittencourt e Conselheiro Furtado. 

Frota

As linhas municipais e metropolitanas gerenciadas pela Prefeitura de Belém devem operar com a mesma frequência dos dias úteis, de maneira a atender ao fluxo de pessoas em trânsito para os locais de prova. 
Para isso, a Semob encaminhou ordem de serviço às empresas determinando que nos dois domingos de realização do Enem 2022, nos dias 13 e 20 de novembro, a frota do sistema de transporte coletivo por ônibus seja a mesma estabelecida nos dias úteis, em todas as linhas gerenciadas pela Prefeitura de Belém, via Semob.
 
Exame

As provas do Enem ocorrerão em dois domingos, no dia 13 e no dia 20 de novembro.Nas duas datas, os portões dos locais de prova serão fechados às 13 horas e o exame iniciará às 13h30 (horário de Brasília).

A quantidade exata de estudantes paraenses habilitados a fazerem as provas (na versão impressa e digital) é de 199.843. No primeiro dia, terão que responder a 90 questões de Linguagens e Ciências Humanas, além de escrever uma redação de até 30 linhas.

Informações: Prefeitura de Belém
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Em Belém, Nova tarifa (R$2,20) entra em vigor nesta quarta

terça-feira, 31 de julho de 2012


A nova tarifa para o transporte coletivo da capital paraense será R$ 2,20 a partir de agosto. O valor foi sancionado nesta segunda-feira (30) pelo prefeito Duciomar Costa, e deve vigorar na próxima quarta-feira (1º), data em que a homologação deve ser publicada no Diário Oficial do Município, segundo informações da Secretaria Municipal de Administração (Semad). A meia passagem será de R$ 1,10.

O reajuste se estende ainda ao transporte seletivo, realizado por microônibus, e hidroviário. Na ocasião, a tarifa para o transporte coletivo hidroviário do trajeto Belém-Cotijuba/Cotijuba-Belém fica por R$ 2,20, de segunda a sexta, e R$ 4,40 aos sábados, domingos e feriados. Já a tarifa do micro-ônibus urbano fica por R$ 3,60, por não precisar ter valor correspondente ao dobro do custo da tarifa urbana do serviço de transporte coletivo convencional.

Inclusive, a planilha com o novo valor da tarifa foi discutida e aprovada na última semana, com maioria de votos, pelo Conselho Municipal de Transportes, que reúne diversas entidades governamentais e sociedade civil organizada.

Na primeira discussão o Sindicato das Empresas de Transporte de Belém (Setransbel) cogitou o valor de R$ 2,34, porém, a proposta foi derrubada diante do valor sugerido pela Companhia de Transporte de Belém (CTBel), de R$ 2,20.

Segundo o Conselho, o último reajuste ocorreu em 2011 e o novo valor deve atender os aumentos nos preços de algumas peças, pneus e combustíveis, que em certos casos estavam superiores à planilha de custos do setor de transporte urbano da capital. Ainda de acordo com o Conselho, Belém possui uma das menores tarifas de transporte coletivo entre as capitais brasileiras.

Apesar de o presidente do Setransbel, Paulo Fernandes Gomes, afirmar que o aumento não será suficiente para suprir os custos com o sistema de transportes, que hoje mantém uma frota de 1.755 ônibus, um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) prevê que com a nova tarifa os custos com transporte para uma pessoa que utiliza duas conduções diárias chegará a R$105,60, o correspondente a 16,98% do atual salário mínimo.

ABUSIVIDADE

O Ministério Público Estadual (MPE) recebeu do Conselho Regional de Economia do Pará (Corecon-PA) um pedido de providências quanto a nova tarifa de transporte urbano homologada. Em nota, o MPE informou que a promotora de justiça do consumidor, Joana Chagas Coutinho, de imediato, enviou ofício ao Setransbel pedindo informações e cópia da Planilha de Custos, que embasou o pedido de reajuste da tarifa de ônibus de Belém. Em posse desta planilha, a promotoria fará uma análise para verificar se houve ou não aumento abusivo. Um ofício também foi enviado à Ctbel pedindo informações sobre a homologação dessa tarifa.

Fonte: Diário Online

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Belém poderá ter o primeiro sistema integrado de transporte público com redução de CO2

domingo, 18 de abril de 2010


A Região Metropolitana de Belém poderá ser a primeira capital brasileira a ter um sistema integrado de transporte público associado a um programa de redução de emissão de gás carbônico.
Para conseguir pôr a ideia em prática o governo do Pará pleiteia junto à Agência Internacional do Japão (Jica) um empréstimo de R$ 420 milhões.
Um termo de compromisso, que permite o acesso ao empréstimo inicial de R$ 320 milhões do Governo do Japão, já foi assinado pela Agência e o Governo do Pará.
De acordo com o chefe da delegação da Jica, Katsuhiko Haga, o processo deve ser acelerado, para que ainda em abril o empréstimo seja aprovado pelo governo japonês. Ele comparou as negociações com o governo do Pará a "um longo namoro, que se firma com um casamento feliz”.
Até agosto deste ano, técnicos da Agência Internacional do Japão (Jica) iniciam os estudos de mensuração da redução da emissão de CO2 na Grande Belém. Eles vão fazer uma comparação entre a emissão atual e a que existirá quando o Sistema Integrado de Transporte Metropolitano for implementado.
Segundo Paulo Ribeiro, coordenador de planejamento do programa Ação Metrópole, onde está inserido o projeto, a redução de CO2 será possível porque o Sistema Integrado de Transporte Metropolitano prevê a redução significativa do número da frota de ônibus, que passarão a circular nos corredores exclusivos e preferenciais construídos na Região Metropolitana de Belém.
“O tempo de parada desses veículos nos engarrafamentos será menor contribuindo para a diminuição da emissão de dióxido de carbono na atmosfera”, explica. Com esses dados, o governo do Pará pretende captar recursos junto ao mercado de carbono, a título de compensação ambiental.
A criação do sistema integrado de transporte público irá beneficiar dois milhões de pessoas moradores da Região Metropolitana deBelém (RMB).
“Para os usuários do transporte coletivo teremos a melhoria da oferta do sistema de transporte na periferia. À medida que se racionaliza o sistema (troncaliza), haverá linhas percorrendo vias segregadas com veículos de maior capacidade, reduzindo o número de ônibus convencionais que hoje circulam nas vias com tráfego compartilhado. Então isso irá aumentar a capacidade dessas vias.” comentou o coordenador de planejamento do projeto, o arquiteto e urbanista Paulo Ribeiro.

Ação Metrópole:
O programa Ação Metrópole é a maior intervenção na malha viária da Região Metropolitana de Belém (RMB) dos últimos 20 anos. A primeira etapa do projeto já está em andamento com a execução das obras, que fazem parte do chamado "Corredor Norte", que compreende o prolongamento e duplicação de avenidas que fazem ligação com a periferia e rodovias, a construção de um elevado e um túnel na região central, além de obras de compensação ambiental no Parque Ambiental de Belém.
A segunda etapa prevê a implantação de corredores exclusivos para o transporte coletivo, novas estações e terminais de integração. O sistema funcionará com tráfego de ônibus articulados, com capacidade para 200 passageiros, garantindo a bilhetagem única para os usuários que necessitam de mais de uma condução para chegar ao seu destino dos cinco municípios da RMB - Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara do Pará. A renovação da frota de ônibus vai melhorar não apenas o trânsito, mas também o impacto sobre o meio ambiente.
Quanto à infraestrutura, destaca-se a possibilidade de ultrapassagem dos ônibus nos pontos de parada. No projeto, estão previstas a operação de linhas simultâneas, linhas que vão parar em todos os pontos e linhas semiexpressas, que só vão parar nos pontos de demanda, principalmente nos horários de pico, ampliando a capacidade do sistema.
Será adotado o ônibus com porta do lado esquerdo, com piso elevado, e a estação de embarque em nível, ou seja, os pontos de parada serão áreas pagas do sistema e o usuário, ao ingressar no ponto de parada, vai poder embarcar no ônibus de forma muito mais rápida.
Todas as obras em curso no projeto prevêem a implantação de ciclovias, estrutura que é da maior importância para o usuário de bicicletas na RMB e que representa mais de 7% no total de deslocamentos realizados diariamente nessa região.
O sistema integrado irá possibilitar a conexão entre a bicicleta e o ônibus, já que permitirá que o ciclista deixe sua bicicleta no terminal de integração para pegar o ônibus a partir daquela área.

Fonte: Fernanda Mira

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Ônibus modelo do BRT já está em Belém para teste

terça-feira, 26 de junho de 2012


Um ônibus do modelo que será usado no primeiro corredor BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês) de Belém, que ligará o centro ao distrito de Icoaraci, chegou à cidade nesta segunda-feira (25). O veículo foi testado durante toda a tarde desta segunda-feira (25) na Avenida Almirante Barroso, do Entroncamento até a Avenida Tavares Bastos.

O ônibus articulado, que veio de Curitiba, no Paraná, tem capacidade para 170 pessoas. O veículo possui sistema de refrigeração, computadores de bordo e câmeras de segurança. A velocidade chega a 60 km por hora, segundo a Prefeitura de Belém.

De acordo com a Prefeitura de Belém, o teste não apresentou nenhum problema. E a chuva que caiu no final da tarde possibilitou a realização do teste de aderência com pista molhada.

A gerente executiva do BRT, Suely Pinheiro, esteve no local acompanhando o teste.

Entenda o projeto
O Bus Rapid Transit (BRT) foi planejado para beneficiar mais de 600 mil pessoas que são usuárias do corredor de tráfego na capital paraense. O modelo de transporte rápido é construído sobre caneletas e possui um corredor de ônibus exclusivo, garantindo agilidade, com redução do tempo de viagem em até 70%. O novo corredor que vai do Distrito de Icoaraci até o bairro de São Brás, terá paradas climatizadas a cada 700 metros e sistema de bilhete antecipado. As obras do BRT Belém foram iniciadas no mês de março nas avenidas Almirante Barroso e Augusto Montenegro, dois dos principais corredores de transporte da capital.

O projeto prevê três estações. Uma no bairro de São Brás, outra no Entroncamento e a terceira em Icoaraci, distrito de Belém. O sistema deverá atender toda a Região Metropolitana de Belém (RMB). Ao todo serão 20 quilômetros de pistas monitoradas por um Centro de Controle Automatizado.

Hoje existem em todo o mundo mais de 160 sistemas BRT operando ou em construção, por terem se tornado a melhor escolha para a mobilidade urbana em 23 países dos cinco continentes. Apesar da origem do BRT ser baseada em ônibus, o transporte tem pouco em comum com os sistemas tradicionais de ônibus. A maioria dos BRT’s implantados com sucesso, como em Curitiba (PR), opera com corredores exclusivos ou preferência para a circulação do transporte coletivo, embarques e desembarques rápidos, através de plataformas elevadas no mesmo nível dos veículos, entre outras vantagens.

Fonte: G1 Pará

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Bélem: Ônibus x usuários: caos no trânsito de Belém

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Quem depende do transporte coletivo na Região Metropolitana de Belém (RMB) encontra uma série de dificuldades diárias que já se arrastam há décadas.Durante três dias, o DIÁRIO entrevistou usuários, técnicos e trabalhadores sobre a situação dos ônibus em Belém. Nossa equipe constatou que a insatisfação com o sistema de transporte coletivo é sentida por grande parte da população.As reclamações começam antes mesmo de entrar nos coletivos. “Temos que ficar no meio da rua fazendo sinal para que o motorista nos veja. Mesmo assim, ainda tem muitos motoristas que nos ignoram e queimam as paradas”, disse a doméstica Suely Costa, justificando porque é tão comum ver usuários no meio das ruas para tentar chamar atenção dos coletivos.Os motoristas, por outro lado, alegam que a culpa não é deles, e sim da Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), uma vez que é ela que estipula prazos de saídas e chegadas. “Temos que cumprir um horário muito apertado. E do jeito que o trânsito está hoje em Belém, não tem como evitar os atrasos. Então às vezes temos que queimar paradas para não atrasarmos o roteiro”, explica o motorista Laurindo Melo.Délcio Farias, assessor técnico do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém - SetransBel, concorda com o rodoviário. Segundo ele, há mais de duas décadas a CTBel não faz uma revisão nos horários que os rodoviários têm que cumprir. “O motorista que faz a linha Marituba Ver-o- Peso tem o mesmo tempo de outro que faz um percurso bem menor. A cidade cresceu, não é como era há 20 anos. A CTBel precisa reorganizar essa planilha de horários”, avalia Farias. >> População reclama também de paradas sem abrigo e da sujeiraPara os usuários dos coletivos em Belém, além das queimas de paradas, outros problemas demonstram descaso dos órgãos competentes. “É uma humilhação ter que ficar horas esperando o ônibus sem nenhum conforto. Temos que encarar a chuva, o sol, além dos problemas de todos os dias”, disse Nazaré Silva. Ela e muitos outros usuários citam a falta de pontos cobertos como um dos problemas da cidade. Sobre essa questão, o diretor de transportes da CTBel, Walter Campos, confirma que, dos 1.500 pontos de paradas de ônibus existentes na RMB, apenas um terço dispõe de abrigo e oferecem melhores condições de conforto. “A prefeitura tem um projeto de revitalização nos abrigos de ônibus, o que já acontece desde 2007. Aproximadamente 500 paradas já foram reestruturadas e a meta é continuar e construir novos abrigos para a população”, garantiu Campos.Os passageiros dizem que dentro dos coletivos a situação também não é nada agradável. “A passagem aumentou e a sujeira nos ônibus também. Além disso, ainda temos que respirar a fumaça poluída que eles soltam”, reclama a dona-de-casa Dilza Cunha.

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Belém: Passagem de ônibus fica em R$ 1,70

domingo, 21 de dezembro de 2008

O preço da passagem que os usuários terão que pagar a partir de amanhã nos ônibus de Belém será de R$ 1,70. O prefeito Duciomar Costa homologou o aumento de 13,33% na passagem na manhã de ontem, após uma reunião com empresários e a Companhia de Transportes de Belém (CTBel). Estudantes com direito à meia-passagem pagarão R$ 0,85.O aumento no preço da passagem, no entanto, foi condicionado pela Prefeitura Municipal de Belém à assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (SetransBel). Por meio da assinatura deste termo, os empresários assumiram alguns compromissos propostos pela prefeitura para a melhoria da qualidade do transporte público de Belém. A partir de primeiro de janeiro de 2009, os empresários têm que comprovar, em até 90 dias, a renovação de pelo menos 50% da frota de veículos para atender à população. Além disso, eles também se comprometem a garantir atendimento de transporte público em todos os bairros de Belém, inclusive nos distritos de Outeiro e Mosqueiro, cobrando o mesmo preço da passagem. Os empresários terão ainda que estender a toda a frota a pintura padronizada definida pela CTBel, os validadores eletrônicos das carteiras de meia-passagem, gratuidades e vale-transporte digital, e o monitoramento por câmeras de seguranças, que inibem a ação de assaltantes. A proposta da prefeitura de uma tarifa única de um real aos domingos foi recusada pela Setrans-Bel e ficou de fora do acordo. Os empresários também não aceitaram a proposta de arcar com os custos da adaptação dos ônibus para a acessibilidade de portadores de necessidades especiais.

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BRT Metropolitano de Belém emprega 1500 operários em mais de 30 frentes de obras diurnas e noturnas

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Quem trafega pela rodovia BR-316, em qualquer hora do dia, encontra operários trabalhando para o avanço das obras do BRT Metropolitano. Ao todo, mais de 1.500 trabalhadores e 280 máquinas atuam nas cerca de 30 frentes que a obra dispõe. Atualmente, está sendo realizada a construção das pistas de concreto, que chegaram a 70% executadas, passarelas, ciclovias, pavimentação, drenagem, entre outras, visando o objetivo final, que é proporcionar melhoria da mobilidade na região metropolitana de Belém.   

Na BR-316, as obras de infraestrutura do corredor, além das faixas exclusivas de ônibus, a obra prevê a execução de uma rede de drenagem em toda sua extensão e também a implantação de cinco lançamentos para escoar as águas pluviais captadas pela rede. Vale destacar que boa parte das obras não estão na superfície da rodovia e que no subsolo está sendo implantado um sistema de drenagem completo, nunca antes projetado nos mais de 40 anos de existência da via.

"Além disso, será recuperado todo asfalto, assegurando em toda extensão da BR-316 três faixas de tráfego, assim como a implantação de ciclovias, calçadas, que juntamente com a iluminação e paisagismo, compõem a urbanização da via. Para os usuários do sistema BRT estão sendo construídas 13 passarelas e 13 estações para acessar os ônibus além de dois terminais de integração, sendo um em Ananindeua e um em Marituba”, explica o diretor geral do NGTM, Eduardo Ribeiro.

De acordo com a última medição do status da obra, as obras dos terminais estão com aproximadamente 40% de avanço e seguem com terraplenagem e pavimentação dos pátios. Já as passagens inferiores contabilizam cerca de 60% dos serviços executados. Quanto as obras de passarelas, já são cerca de 34% de avanço, sendo que quatro delas já foram liberadas. As pistas do BRT estão com 70% de pavimento rígido concluído. Além disso, há também as obras civis do Centro de Controle Operacional (CCO), que fica na Augusto Montenegro, e já estão 90% executadas.

A rodovia BR-316 é a principal via de acesso à Região Metropolitana de Belém e um dos trechos mais movimentados do Brasil, que registra circulação média de 80 mil veículos por dia em ambos os sentidos. Existe um esforço contínuo do Governo do Pará, através dos órgãos que fazem a gestão do trecho da rodovia, destinado a reduzir os transtornos à população.

Para o governador do Estado, Helder Barbalho, a obra, de grande porte, é muito importante e trará benefícios à população. "Nunca foi feita uma obra dessa natureza e era necessário fazer. Quando iniciamos, tínhamos a informações que projeto estava pronto, mas foram identificadas situações que precisavam ser cumpridas e diante disso, houve um atraso no prazo. Mas, hoje a obra é executada em três horários: manhã, tarde e noite e tem um efetivo de 1.500 trabalhadores. Estamos comprando 265 ônibus novos com ar condicionado, Wi-Fi para a população", ressaltou o governador.

Segundo o Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), o objetivo da obra é a melhoria da mobilidade da população da Grande Belém. A implantação do BRT Metropolitano vai reduzir o tempo de viagem no transporte coletivo pela metade, e com isso, proporcionar aos usuários melhor condição de mobilidade, com viagens mais rápidas, mais seguras e mais confortáveis.
 
"As obras da rodovia BR-316, entre os km 0 e km 10.8, trecho sob delegação do Estado, têm como objetivo a melhoria da infraestrutura da via para implantação do Sistema Troncal de Ônibus da Região Metropolitana de Belém (BRT Metropolitano), projeto de fundamental importância, considerando que cerca de 70% das pessoas que se deslocam dos municípios abrangidos nesta etapa de projeto ao centro de Belém utilizam o transporte coletivo", detalha o diretor-geral do NGTM, Eduardo Ribeiro que reforçou que conforme levantamentos anteriores, identificou que os usuários do transporte coletivo ficavam até 5h dentro de um ônibus para fazer o percurso de ida e volta.

Informações: Agencia do Pará

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Taxis no BRT de Belém é um retrocesso dizem especialistas

segunda-feira, 11 de abril de 2022

No entendimento da professora Patrícia Bittencourt, de disciplinas relacionadas a Trânsito e Transportes da Faculdade de Engenharia Civil da UFPA, o projeto nada acrescenta à mobilidade urbana em Belém. “ Considero o projeto um retrocesso e espero que o prefeito não aprove. A prioridade deve ser para o transporte público coletivo. O sistema de transporte público por ônibus de Belém dispõe de prioridade em pouquíssimas vias. Deveriam dispor de mais exclusividade/prioridade para o TPC (Transporte Público Coletivo), isso sim!”, afirma, destacando que o táxi é um tipo de transporte público individual.


Patrícia externa esperar que  a proposta não vigore, e salienta que “caso contrário, a fiscalização precisa ser intensificada e vai ser um porta para o uso da faixa do BRT por outros usuários do transporte individual (automóveis) e descumprimento da regra”. A professora diz não ter indicadores para avaliar se o Sistema BRT tem contribuído para melhorar o trânsito em Belém. No entanto, observa que “deve-se levar em consideração que o BRT não está em pleno funcionamento e, se assim fosse, com certeza estaria contribuindo de forma efetiva para o sistema de mobilidade da cidade”.

Como sugestões para melhorar o trânsito de Belém, Patricia Bittencourt defende melhorar a eficiência e a qualidade do sistema de transporte público coletivo. “Outras ações importantes: organização do transporte de carga urbana (é muito comum operações de carga e descarga nos corredores da cidade em horários críticos), ações educativas no trânsito, maior fiscalização, melhorar a sinalização, priorizar o transporte cicloviário e incentivar o transporte escolar”, conclui.

O que diz a Semob?
A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informa que não foi consultada sobre o projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal de Belém, para o tráfego de táxi nas vias do BRT.  A autarquia explica que o instrumento legal vigente, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), artigo 184, inciso 3º, não permite que outros veículos circulem na via expressa, a não ser os ônibus do BRT. A excepcionalidade é dada, conforme o artigo 29, inciso 7º, aos veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias.

A Semob comunica que, atualmente, existem 5.337 taxistas credenciados para o serviço e o Sistema BRT conta com uma frota de 14 veículos articulados e 50 troncais atuando no município. Em relação a acidentes, em 2021, foram registradas 14 ocorrências na via expressa. Os dados de 2022 ainda estão sendo sistematizados.


Informações: O Liberal
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