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Usuários do BRT Transoeste sofrem com superlotação

quarta-feira, 18 de março de 2015

O trajeto do BRT entre o terminal da Alvorada, na Barra da Tijuca, e o bairro de Santa Cruz, vem sendo complicado para os passageiros, que já enfrentam dificuldades no início da manhã. Ônibus lotados, falta de ar condicionado e dificuldades para embarcar dão a tônica para os moradores da região, que enfrentam uma viagem de 1h10.

Alguns estudantes, por exemplo, ainda não receberam o Riocard, que dá gratuidade no transporte público. As aulas começaram no dia 8 de fevereiro.

A direção da escola onde estudam deu a eles uma declaração em papel atestando que os adolescentes estão matriculados. O documento deveria ser apresentado ao motorista e os estudantes liberados de pagar a pasagem. Mas, na pratica, isso nem sempre funciona. Mesmo após apresentarem a declaração, o grupo não conseguiu embarcar.
“A gente tem a declaração da escola e os onibus não aceitam. Segundo eles, a empresa falou que se pararem pro estudante vão perder a cesta basica. e o site sempre dá inválido”, afirmou Ana Julia Oliveira Nascimento, estudante.

Kaique Gonçalves conta que, para não perder aula,está pagando a pasagem normalmente. “Minha tia tá me ajudando. Há vezes que trabalho com minha tia so pra comprar passagem. Muitas vezes nem vou nas aulas”, contou.

Em nota, A Secretaria Municipal de Transportes reconhece que há um aumento da demanda e com isso determina constantes reajustes no sistema a fim de garantir mais conforto à população. As fiscalizações são constantes (somente em 2014 foram emitidas 326 multas ao BRT). No final do ano passado, a Prefeitura determinou a aquisição de 10 ônibus articulados, a fim de aumentar a capacidade de transporte e reduzir os intervalos no horário de pico. A aquisição foi cumprida.
O consórcio que opera o sistema tem de garantir intervalos curtos de forma a evitar a superlotação, sobretudo nos horários de maior frequência.

De acordo com a fiscalização, os intervalos regulares nesse sistema têm sido, em média, de seis (6) minutos. Quanto ao ar-condicionado das estações, elas foram projetadas para que os usuários ficassem poucos minutos dentro delas, portanto, não expostos ao calor em excesso. Além disso, elas foram projetas para garantir mais ventilação. Já os ônibus da frota do BRT todos possuem ar-condicionado.

Também em nota, o BRT diz que a estação Santa Cruz é a hoje a terceira de maior movimento no corredor Transoeste e, além de sua demanda natural, recebe também passageiros oriundos de trechos atendidos por outras estações que preferem embarcar no sentido contrário com destino a Santa Cruz de onde eles pretendem seguir viagem para Barra e Recreio. O BRT ressalta ainda que há pessoas que entram sem pagar invadindo as estações e sobrecarregando o sistema.

Informações: G1 Rio

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No Rio, Estação Novo Leblon do BRT Transoeste sofre vandalismo

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O sistema BRT do Rio foi novamente alvo de vandalismo. Desta vez, um adolescente, de 16 anos, quebrou as vidraças da estação Novo Leblon do BRT Transoeste, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. 

As imagens das câmeras de segurança da estação gravaram o momento em que o adolescente lança pedras contra o terminal. No total, 13 vidros foram quebrados e o prejuízo chega a 10 mil reais. 

De acordo com o consórcio que administra o BRT, o menor dormia na cobertura da estação e teria se revoltado quando os funcionários retiraram a tenda que ele tinha feito. O adolescente foi autuado pelo crime de dano qualificado na Delegacia da Barra da Tijuca. Depois, ele foi encaminhado para um abrigo.

Informações: Tupi+


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BRT Transcarioca vence prêmio mundial de transporte sustentável

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O BRT Transcarioca foi um dos vencedores do prêmio mundial de transporte sustentável realizado nesta quarta-feira (14) em Washington, nos Estados Unidos. O Sustainable Transport Award (STA) é um prêmio concedido desde 2005 para cidades que priorizam pedestres, ciclistas e usuários do transporte público em sua matriz de mobilidade urbana e que contribuíram para reduzir a emissão de poluentes.

Segundo o coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura do Rio, Laudemar Aguiar, os Jogos Olímpicos foram apenas o pretexto para uma transformação urbanística e para a mudança nos padrões de mobilidade do Rio. Além do corredor Transcarioca, o coordenador apontou o sistema carioca de BRTs, que inclui ainda o Transoeste e o CCO Alvorada, como um legado que a população já recebeu.

Na premiação, Aguiar também destacou os investimentos da prefeitura na mobilidade urbana, não apenas com o BRT, mas com uma rede integrada que inclui o Veiculo Leve sobre Trilhos (VLT) e a expansão das ciclovias.

O STA é realizado pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP, da sigla em inglês para Institute for Transportation and Development Policy) em parceria com o Comitê Diretor do Sustainable Transport Award (STA). Nesta edição, o prêmio também foi entregue para outras duas cidades brasileiras pelas vias exclusivas para ônibus: São Paulo e Belo Horizonte.

BRTs do Rio registraram mais de 40 acidentes desde 2012
O BRT Transoeste começou a operar 24 horas por dia no fim de junho de 2012 e desde então, foram muitos os acidentes na via, como que deixou 150 feridos nesta terça-feira (13). Em levantamento do G1, foram mais de 40, a maioria deles atropelamentos de pessoas que atravessam o corredor exclusivo e carros que também invadem a pista e acabam colidindo com os ônibus.

Pelo menos oito pessoas morreram, incluindo acidentes ocorridos no BRT Transcarioca, a via expressa mais recente, que circula em período integral desde junho de 2014. Em mais de uma ocasião, aconteceu mais de um caso no mesmo dia, como nesta terça, quando dois acidentes na mesma via ocorreram com intervalo de 30 minutos entre um e outro. Nos dois casos houve choque entre dois ônibus do BRT. 

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BRT's do Rio terão mais 25 veículos para reduzir superlotação dos ônibus

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Com 320 ônibus atualmente, o consórcio BRT deve receber, até o fim do ano, mais 25 veículos para operar nos corredores Transcarioca e Transoeste. A nova aquisição, junto com a instalação de um sistema eletrônico de otimização da frota, visa aliviar a situação de superlotação nos horários de pico.

O anúncio foi feito pela diretora de Relações Institucionais do BRT, Suzy Balloussier, em debate online sobre os ‘Desafios do BRT’, promovido, nesta sexta-feira, pelo ‘Observatório da Mobilidade’, do DIA. Suzy e o engenheiro de transportes Luís Antonio Lindau, da ONG Embarq Brasil, responderam a questionamentos enviados por email pelos leitores. A maioria deles foi sobre a superlotação dos veículos. Participou também do debate Olavo Junior, representando o Programa Diálogo Jovem, projeto da Federação das Empresas de Transporte do Rio de Janeiro (Fetranspor) de relacionamento com o público jovem.

A diretora do Consórcio BRT contou que a empresa comprou um software da empresa Goal Systems para auxiliar na otimização da frota. “Estamos apostando muito nisso. Esse software vai ajudar a gente na gestão da demanda. Acreditamos que, junto com o reforço na frota, isso vai dar um grande salto de qualidade e desafogar o sistema”, afirmou Suzy.

O início de operação dos outros dois corredores BRT em construção no Rio, o Transolímpico e o Transbrasil — previstos para 2016 e 2017 —, e do lote Zero do Transoeste, que vai ligar o Terminal Alvorada à estação do metrô Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, foi apontado por Suzy e Lindau como mais um fator que vai reduzir o aperto nos ônibus.

“Um dos grandes problemas do BRT são as primeiras linhas. Elas são parte de uma rede que não começa toda ao mesmo tempo. Então, esses ajustes são naturais. Isso aconteceu em todos os BRTs inaugurados no planeta”, disse o diretor da Embarq. Ele avalia ainda que não há uma razão ideal única entre o número de ônibus e de passageiros e que isso depende de cada sistema.

Suzy contou também que a empresa vai modificar, nas próximas semanas, o sistema de informação nas estações e terminais do BRT.

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No Rio, Passear no BRT Transoeste vira programão da Barra a Santa Cruz

domingo, 10 de junho de 2012

Depois de almoçar com 15 pessoas de sua família, a aposentada Ruth Moreira de Carvalho, de 79 anos, se arrumou toda, fez maquiagem e levou seus filhos e netos — “do mais velho ao caçula, veio todo mundo” — para um passeio ontem entre Santa Cruz e a Barra da Tijuca. O programão da família foi percorrer o trecho de 32 km do corredor expresso do BRT Transoeste para conhecer os ônibus articulados e climatizados. O novo sistema de transporte estreou na quinta-feira.
Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia
“A gente queria conferir como ficou a obra. É bom, bonito e rápido. E nada melhor do que fazer o trajeto com a família reunida. Passeamos e nos divertimos”, disse a moradora de Santa Cruz. O sistema que ela aprovou diminuiu o tempo de viagem de uma hora e meia para 55 minutos entre o Terminal Alvorada, na Barra, e a Estação Pingo D’água, em Santa Cruz.

Teve gente que enfrentou chuva e muito trânsito só para circular pela Zona Oeste nos novos ônibus. “Sai de São João de Meriti só para isso. Levei 45 minutos para chegar no Alvorada e quero muito passear nos BRTs. Fiquei muito curioso”, conta Leandro Santos da Silva, 26 anos.

Para transportar os passageiros, motoristas com autoestima para lá de elevada. Marcos Gonçalves, 48 anos, disse que se sentia “o cara” com o trânsito todo liberado para ele. “As pessoas precisam entender que isso não é uma ciclovia e parar de correr ou caminhar aqui”, alerta ele, que volta e meia tem que parar para não atropelar quem invade a pista exclusiva.

Passageiros surpresos com viagem rápida
O motorista Marcos Gonçalves, que há 16 anos transporta passageiros na Zona Oeste, está há dois dias em contato com os usuários do BRT Transoeste. Segundo ele, o que mais tem chamado a atenção é o sorriso no rosto de quem precisa fazer o percurso. Principalmente quando ele ouve o passageiro dizer: ‘Ih, já chegou’. “Tem sido um prazer”, afirma.

Já entre os parentes da aposentada Ruth Carvalho, só uma queixa. “Ô, fiscal. Cadê o moço do biscoito? Não vai passar ninguém vendendo um lanchinho, não?”, questionou Cátia Regina Cunha, 46 anos. “Biscoitinho não tem, não. Mas toda sexta vai ter o BRT do Pagode. O ônibus é grande e cabe a banda toda”, brincou o funcionário, arriscando uma sambadinha.

O BRT também virou opção para distrair crianças, que ficam impressionadas com a forma sanfonada da articulação dos carros. “Foi uma maneira divertida de entreter a criançada e uma forma de conhecer o novo sistema de transporte”, contou a vendedora Camila Souza, 29 anos, ao lado dos filhos Vitória 11, Letícia, 10 e Mateus, 8.

Fonte: O Dia Online


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Sistema BRT virou mania nacional e agora vai chegar a Belo Horizonte

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BRT. É bom guardar essa sigla. Na falta do metrô, as três letras – do inglês transporte rápido por ônibus – se tornaram, além da principal aposta de Belo Horizonte para resolver os problemas de mobilidade até a Copa de 2014, uma mania nacional. Hoje há 113 projetos do sistema em curso em 25 cidades no país, totalizando 1,2 mil quilômetros de corredores exclusivos para os coletivos até 2016, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Em linha reta, significaria percorrer a distância de BH a Salvador apenas pelo BRT, que num horizonte de quatro anos deve transportar 16 milhões de passageiros por dia no país, igual a duas vezes a população da Suíça. A demanda representa um quarto dos usuários dos ônibus convencionais.

Somente o Ministério das Cidades está aplicando, entre investimentos e financiamentos, R$ 15,1 bilhões em 930 quilômetros de corredores de ônibus. Oito das 12 cidades sedes da Copa adotaram o BRT como opção de transporte público para atender a demanda do campeonato mundial de futebol. Apesar de prever uma das menores redes de BRT, com 26 quilômetros de pistas exclusivas, o objetivo em BH é transportar cerca de 700 mil passageiros por dia nos corredores. Há também projetos em curso em cidades de médio porte do interior do país, como Cascavel e Maringá, no Paraná, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Lá, um BRT está em operação e quatro em negociação.

Com o mais moderno BRT implantado no país, o Rio de Janeiro inaugurou em junho o primeiro dos quatro corredores previstos para a capital fluminense e já vem colhendo frutos. O TransOeste, que vai de Santa Cruz à Barra da Tijuca, em menos de quatro meses de operação está transportando 70 mil passageiros por dia e reduziu para 50 minutos a viagem que antes era feita em mais de duas horas. O corredor tem 40 quilômetros, mas vai chegar a 56 no fim de 2013, com 120 mil usuários ao dia.

Em Belo Horizonte, a meta é começar a operar o sistema no fim do ano que vem, gradativamente, até a Copa do Mundo, tirando 640 ônibus de circulação do hipercentro e reduzindo pela metade o tempo das viagens. Com financiamento do governo federal, recursos do estado e do município, o BRT de BH conta com investimento de R$ 1,2 bilhão em 26 quilômetros de pistas exclusivas, sendo 16 nas avenidas Antônio Carlos/Pedro 1, 5 na Cristiano Machado e cinco na área central. Criado em 1974, em Curitiba, pelo ex-prefeito da cidade Jaime Lerner, não é à toa que o sistema virou moda no Brasil e no mundo, onde está presente em 35 países.

O BRT se inspira no metrô para tornar o transporte por ônibus mais eficiente. Os pontos de embarque dão lugar a estações confortáveis, onde, numa tela, o passageiro pode conferir em tempo real quantos minutos faltam para o coletivo chegar. O pagamento do bilhete ocorre dentro da própria estação e o embarque é feito no mesmo nível do veículo, sem qualquer degrau. Os ônibus trafegam em corredores segregados das pistas de carros, agilizando o percurso, e têm um aspecto diferenciado dos convencionais. Em BH, todos os veículos vão contar com ar-condicionado e espaço para transportar bicicleta. Haverá modelos padrões, com medida entre 13,2m e 15m, e articulados, com pelo menos 18,6m e capacidade para transportar cerca de 140 passageiros.

BARATO E RÁPIDO

O principal motivo para o BRT ter caído na graça do poder público está relacionado, principalmente, ao custo e tempo de implantação. “Essa é uma ideia brasileira, que emplacou no mundo e, só agora, com a retomada dos investimentos em transporte público pelo governo federal, está se disseminando pelo país. O BRT chega a custar 10 vezes menos que o metrô. Além disso, enquanto a construção do corredor de trem subterrâneo demora 15 anos, o corredor de ônibus leva cerca de dois anos”, defende o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, convicto de que os corredores não representam a solução dos problemas do trânsito. “Para ser eficiente, um sistema de transporte tem que envolver todos os modais”, ressalta.

Embora mais barato e de execução mais rápida, o BRT não está livre de problemas. “O primeiro desafio é a decisão política, pois as cidades terão que tirar o espaço do automóvel. Outro entrave são as desapropriações”, lista Cunha. No Rio, onde o sistema começa a ganhar o dia a dia na cidade, brotam críticas dos motoristas quanto ao fato de duas pistas da Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, terem sido transformadas em corredores do Ligeirão, nome local do sistema. “Eles poderiam ter construído o BRT no canteiro central”, reclama um taxista.

Mas quem enfrentava longas horas de suplício dentro do coletivo só vê vantagens. “Antes, gastava três horas de casa até o trabalho e agora são só 50 minutos. O ônibus é geladinho, estou achando ótimo”, comenta a atendente Márcia Santana, de 40 anos. “Uma pesquisa apontou 90% de satisfação entre os usuários”, afirma o secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão. O Rio tem previsão de implantar um total de 149 quilômetros de pistas para os Ligeirões até 2016. “A intenção é atender 1,5 milhão de passageiros e tirar a metade dos ônibus do Centro do Rio”, afirma Sansão.
*A repórter viajou a convite da Fetransport

Adaptação ao estilo mineiro

Em pouco mais de um ano, moradores de Belo Horizonte vão poder circular num novo sistema de transporte inspirado em modelos ao redor do Brasil e do mundo. Para formatar o transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês), técnicos da BHTrans viajaram para Curitiba, berço do sistema, contrataram consultoria gaúcha e andaram no BRT carioca. Também conheceram de perto a experiência do Chile, da Colômbia e do México. A mistura de todos esses sotaques começa a circular no fim de 2013, com a inauguração dos corredores da Antônio Carlos e da Cristiano Machado. Mas o BRT belo-horizontino traz inovações à mineira que já estão dando o que falar. Além de mesclar ônibus metropolitanos e municipais, algumas linhas do BRT vão trafegar fora dos corredores exclusivos, como no Anel Rodoviário.

Para isso, o sistema contará com modelos de ônibus diferenciados, com portas normais à direita e adaptadas ao BRT à esquerda. “Estamos usando a criatividade a favor do usuário”, afirma o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas. A manutenção de ônibus metropolitanos nos corredores exclusivos é outra diferença. “O terminal de integração de Venda Nova, por exemplo, não tinha espaço para acolher os ônibus metropolitanos. Por isso, optamos por manter as linhas, mas no modelo do BRT e com estações diferenciadas”, ressalta Freitas.

O presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha, aponta que, como se trata de uma inovação, ela precisará ser testada. “É um trabalho audacioso e muito diferente”, ressalta Cunha, que aponta outro diferencial do sistema de BH. “A capital mineira vai misturar ônibus articulados com os de tamanho padrão. É uma concepção nova de BRT e tenho a impressão de que, nesse aspecto, perde-se um pouco da eficiência”, afirma. Mas, para chegar ao produto final que os belo-horizontinos conhecerão no ano que vem, a empresa que administra o trânsito da cidade foi buscar experiências fora dos limites da capital.

Segundo o diretor da BHTrans, as experiências de outras cidades ensinaram a não repetir os erros. “ Em Santiago, eles começaram a implantar todas as operações no mesmo dia e isso gerou um colapso. Já vimos que teremos que implantar as linhas aos poucos”, conta Freitas. Mesmo o recém-implantado BRT do Rio tem dado lições a BH. “Eles promoveram visitas guiadas com pessoas de referência dos bairros e grupos de deficientes e idosos, para mostrar como o sistema iria funcionar. Vamos repetir essa experiência”, conta. Em Bogotá, técnicos da prefeitura vislumbraram como o sistema de informação ao usuário poderá se tornar mais eficiente.

Coordenadora de projetos de transportes da Embarq Brasil, organização internacional voltada para a promoção do transporte sustentável, Brenda Medeiros ressalta que o BRT da capital mineira será exemplo em segurança viária. “Acompanhamos o projeto e há muita preocupação em relação à travessia segura de pedestres. O investimento para qualificar o sistema de ultrapassagens dos ônibus também faz muita diferença e aumenta muito a capacidade operacional”, afirma Brenda.
Obras de implementação do BRT na Avenida Cristiano Machado
DEMANDA
A expectativa da BHTrans é transportar pelo menos 700 mil passageiros por dia. O corredor Antônio Carlos/Pedro I, que corta as regiões Norte e Pampulha, terá 16 quilômetros de extensão, 25 estações e vai transportar 400 mil usuários por dia. O sistema reduzirá de 482 para 126 o número de ônibus que vão da Antônio Carlos em direção ao Centro.

Já o corredor da Cristiano Machado, com cinco quilômetros de extensão e 10 estações, deve receber 300 mil passageiros por dia O BRT evitará que 284 dos 455 ônibus que passam pela Cristiano Machado continuem a circular na área central, onde haverá seis estações. “Trabalhamos com o número de 700 mil passageiros, a demanda atual, mas esperamos que motoristas deixem o carro em casa e passem a usar o BRT”, explica Freitas, que garante, no caso das linhas expressas, sem paradas, a redução em 50% do tempo de viagem.

TRÊS PERGUNTAS PARA: Luiz Silla, gestor de operação do transporte coletivo de Curitiba

Como funciona o BRT em Curitiba?
Aqui, chamamos o sistema de expresso ou de canaletas. Ele foi criado em 1974 e faz parte de uma rede integrada de transportes. São 81 quilômetros, distribuídos em seis corredores exclusivos, que transportam 700 mil passageiros por dia. Além das canaletas exclusivas, o BRT trafega por vias laterais locais e em ruas destinadas apenas para ônibus, na região central de Curitiba. São 30 terminais e 364 estações tubo.

O sistema de transporte em Curitiba está prestes a completar 40 anos. Quais desafios surgiram a partir da maturidade do modelo?
Um dos nossos desafios é manter a velocidade. Quando começamos a operar as canaletas, os ônibus trafegavam a cerca de 22km/h. Hoje essa média é de 18km/h e, em horários de pico, 17km/h. Um dos problemas é não termos pistas de ultrapassagem e os ônibus acabam ficando em comboio.

Há projetos de revitalizar e ampliar as canaletas?
Em 2010, inauguramos o sexto corredor, que está com seu prolongamento em obras. Além disso, em outra canaleta fizemos um “up grade” para permitir ultrapassagens e aumentar a velocidade operacional. Isso dobra a capacidade do corredor. Hoje já temos circulando na cidade ônibus biarticulados, com 28 metros de extensão e capacidade para 250 passageiros. Também estamos recuperando a velocidade operacional com um sistema de prioridade semafórica.

SAIBA MAIS: BRT NO MUNDO
O transporte rápido por ônibus está presente em 35 países, em todos os continentes do planeta. O sistema, criado na década de 1970, em Curitiba, já inspirou projetos na Colômbia, Chile, Estados Unidos, África do Sul, Austrália, China, França, entre outros. Bogotá, na Colômbia, recebeu o primeiro BRT de alta capacidade e mostrou que o transporte de massas poderia ser feito fora dos trilhos. De acordo com a organização mundial BRT Data, os corredores exclusivos para ônibus transportam hoje no mundo 23,6 milhões de passageiros por dia, em 146 cidades.

Informações: Estado de Minas

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Prefeito do Rio apresenta sistema BRT na Barra como o principal legado das Olimpíadas

terça-feira, 20 de setembro de 2011

RIO - Foi apresentada, nesta terça-feira, a primeira estação da BRT da Transoeste (Bus Rapid Transit, sistema de pontos de ônibus em faixa exclusiva, com estruturas de estações para embarque de passageiros). O ponto modelo fica na Avenida das Américas, na altura do condomínio Novo Leblon, na Barra da Tijuca (Zona Oeste). O prefeito Eduardo Paes ressaltou que este é o principal legado das Olimpíadas para a cidade.
 - Esse é o pontapé para resolver a mobilidade na cidade. Essa é uma mudança que envolve vários outras questões como a de moradia, por exemplo. Por que muitas das vezes as pessoas moram barracos? Porque em locais com melhores condições, elas iria demorar horas para chegar ao serviço. Esse é um sistema que vao mexer com a logística da cidade - afirmou o prefeito.

A estação do Novo Leblon mede 250 metros e tem capacidade para até cinco mil passageiros por hora. O secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, disse que a próxima estação a ser finalizada será a de Guaratiba, no início de outubro.

- Estamos dentro do prazo e vamos entregar todas as estações dentro do tempo previsto - afirmou.

As obras do BRT Transoeste, no trecho entre Campo Grande/Santa Cruz e o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, só ficarão prontas no fim do primeiro semestre de 2012. Mas a prefeitura decidiu antecipar a construção de duas das 39 futuras estações de embarque e desembarque, para que a população comece a se familiarizar com o projeto.

O BRT Transoeste faz parte de um projeto maior, coordenado pela Secretaria municipal de Transportes e ainda em estudo, para reorganizar a circulação das linhas de ônibus. Tanto no Transoeste como nos demais BRTs - Transcarioca, Transolímpico e Transbrasil -, não haverá venda de bilhetes nos veículos. Será preciso comprar antes os tíquetes e validá-los nas estações. Os veículos articulados circularão com intervalos entre 60 segundos e 90 segundos.



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No Rio, Reestruturação do BRT contará com 700 novos ônibus

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

O presidente Lula, ao lado do prefeito Eduardo Paes, de ministros e do governador Claudio Castro, anunciou um pacote de investimentos para a cidade do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (10/8), no estádio Ítalo Del Cima, em Campo Grande, na Zona Oeste. Para fomentar a recuperação do Sistema BRT estão sendo investidos quase R$ 2 bilhões, que possibilitarão a compra de cerca de 700 ônibus, a requalificação do corredor Transoeste e a construção de terminais e garagens públicas. Os investimentos foram adquiridos por meio de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1,2 bilhão, e com a Caixa Econômica Federal, de mais R$ 645,9 milhões. Por meio do BNDES, a União aportará R$ 702,7 milhões no projeto de mobilidade que vai transformar Campo Grande, o bairro mais populoso do país, com mais de 400 mil habitantes e 10 mil hectares. Com a contrapartida da Prefeitura do Rio, o valor chegará a R$ 843 milhões.

Reestruturação do BRT conta com cerca de 700 novos ônibus

Os recursos federais permitirão a compra de cerca de 700 ônibus para o BRT. No anúncio, o prefeito Eduardo Paes assinou os acordos com o vice-presidente do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, para os investimentos no sistema BRT, e com a presidente da Caixa, Rita Serrano, para a aquisição de mais ônibus. E o ministro das Cidades, Jader Filho, assinou portaria para o repasse de recursos no modal de transporte.

– Estou de volta para ajudar o estado e a cidade do Rio de Janeiro. Vou voltar muitas vezes para anunciar novas obras – disse Lula, que conheceu o novo modelo de ônibus do BRT.

A previsão é que o Sistema BRT opere plenamente com seus quatro corredores, incluindo a reforma da Transbrasil – em fase de conclusão – com 100% dos ônibus novos no início do próximo ano.

Além dos novos ônibus que já estão em operação nos corredores Transolímpica, Transcarioca e Transoeste (no trecho entre os terminais Jardim Oceânico e Alvorada, e na Avenida Cesário de Melo), a partir de novembro deste ano, até março de 2024, a cidade receberá os outros 270 articulados – comprados com o valor proveniente da Caixa Econômica Federal – para atendimento aos corredores Transoeste (trecho entre Santa Cruz e Alvorada) e Transbrasil. Os demais são oriundos do aporte do Banco do Brasil.  Estes 270 novos veículos já serão compatíveis com a norma ambiental Proconve P-8, equivalente ao Euro 6, que prevê redução de poluentes locais. Com esta aquisição, o Rio se torna a primeira cidade do Brasil a utilizar articulados Euro 6. E a Prefeitura já acertou a compra de mais 67 articulados com a tecnologia Euro 6, que serão entregues no próximo ano.

– Em 2016, o sistema BRT tinha 400 ônibus. Em janeiro de 2021, estava com 120. O que está sendo feito aqui hoje é permitir que a Prefeitura, com o financiamento do Governo Federal, resolva esse problema. Para que possamos comprar novos ônibus, recuperar o sistema e devolver a dignidade para a população de toda a cidade, mas especialmente da Zona Oeste – afirmou Eduardo Paes.
Além da compra da nova frota de ônibus, os investimentos estão permitindo que toda a infraestrutura do sistema seja requalificada. Na Transoeste, é realizada a obra de substituição do pavimento e recuperação da base do corredor.  Além disso, quatro estações serão transformadas em terminais: Mato Alto, Pingo D´Água, Curral Falso e Santa Cruz; e uma será ampliada: Magarça. O objetivo é proporcionar mais conforto e segurança aos passageiros que viajam diariamente de BRT pela Zona Oeste.

Outra obra que recebe investimentos do Governo Federal é a do Terminal Intermodal Gentileza (TIG), que vai integrar o BRT Transbrasil, 22 linhas de ônibus municipais e as linhas 1 e 2 do VLT, que será estendido por cerca de 700 metros até a área do antigo Gasômetro.

– Hoje é um dia importante para essa região. A partir de um programa importante do ministério das Cidades, que é o Programa Avançar Cidades, estamos assinando com a Prefeitura do Rio um financiamento para a compra de ônibus articulados. Um dos principais problemas que o Brasil tem hoje é a questão do transporte público. A união do trabalho entre os estados, os municípios e o Governo Federal vai fazer com que as pessoas possam viver melhor, que possam ter um transporte público de qualidade. Tivemos a oportunidade de visitar um desses ônibus. São excelentes. Sem dúvida, também vai economizar tempo na vida das pessoas, além de dar um transporte digno – declarou o ministro das Cidades, Jader Filho.

A Prefeitura também vai disponibilizar ainda cinco garagens públicas para atendimento ao BRT. As garagens, localizadas em Ramos, Curicica, Cascadura, Deodoro e Paciência, serão conectadas à malha viária do BRT já adaptadas para operação. Outro avanço foram as reformas de todas as 120 estações do Sistema BRT. Entre as melhorias realizadas, estão substituição de painéis e portas de vidro por chapas de aço vazadas; fiação embutida e mecanismos das portas blindados; alarmes luminosos e sonoros das portas, indicando a abertura e o fechamento, e trava automática das portas.  Entre os serviços executados, estão ainda pinturas interna e externa, novas instalações elétricas e programação visual e reforço na iluminação.

Campo Grande ganha um novo sistema viário para modernizar a mobilidade

Nesta quinta-feira (10/8), o presidente Lula e o prefeito Eduardo Paes também participaram da primeira detonação para construção do túnel sob o morro Luiz Bom. Logo depois, Paes e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, assinaram o termo para o repasse dos investimentos.

– A prioridade é melhorar a vida do povo trabalhador desse país, das pessoas mais necessitadas – afirmou Lula, que conheceu um dos novos ônibus “amarelinhos” do novo sistema BRT.

O Anel Viário de Campo Grande compreende a construção de um mergulhão sob a Avenida Cesário de Melo, um túnel de 600 metros sob o morro Luiz Bom, além da implementação das rótulas na rua Artur Rios e Estrada da Caroba. As novas rotas irão permitir o escoamento de tráfego de veículos na região central, diminuindo o tempo de deslocamento e facilitando a circulação. O projeto inclui dois quilômetros de ciclovia.

– Campo Grande é o maior bairro do Brasil, o coração econômico da Zona Oeste. Esse projeto do Anel Viário, do túnel, do mergulhão, das vias todas que serão feitas, é da década de 90, que nuca foi feito. Com essa parceria com o BNDES conseguimos viabilizar o financiamento para que as obras sigam a todo vapor, mudando a vida de quem mora em Campo Grande e permitindo que a região possa crescer – disse Eduardo Paes.

Outra grande intervenção prevista para integrar o Anel Viário é a implantação da nova Floresta da Posse. Uma área verde no coração de Campo Grande, com 950 mil m² – algo equivalente a mais de 130 campos de futebol. O projeto prevê o plantio de 240 mil árvores e recuperação dos mananciais, além de proteção da fauna e da flora nativas.

– Vamos ter um segundo semestre muito melhor do que o primeiro na economia. Estamos trabalhando fortemente para isso. E o BNDES voltou, olhando para aquilo que é estratégico, prioritário para o povo. Esse projeto é muito importante para o Rio, para o bairro de Campo Grande. Temos grandes intervenções: o anel viário, a interligação para a saída para a cidade do Rio, além do túnel. O dinheiro do BNDES é do povo, é de Campo Grande, é do Rio de Janeiro, é do Brasil – declarou Aloizio Mercadante.

O Plano de Mobilidade de Campo Grande conta com outras intervenções. Serão executadas obras como a ligação expressa da Estrada da Posse com a Avenida Brasil, passando por áreas ainda pouco adensadas. O objetivo é diminuir o fluxo veicular de vias saturadas como as estradas do Mendanha e do Lameirão. Também está planejada a implantação de um túnel sob o Morro João Vicente, além de pontes, viadutos e mais infraestrutura cicloviária.

O Binário Rio/SP (interseções entre a Estrada Rio-São Paulo, Rua Vitor Alves e a Estrada Rio do A); Largo da Maçonaria (otimização e distribuição de interseções viárias na Estrada do Mendanha); Duplicação da Estrada da Cachamorra, concluem o grande plano de mobilidade de Campo Grande.

Informações: Prefeitura do Rio
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Como funciona o BRT Transoeste, principal transporte da Olimpíada de 2016

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Quem chega pela primeira vez ao Terminal de Ônibus Alvorada, na Barra da Tijuca, espanta-se com a fila formada para o embarque no BRT Transoeste – mesmo fora do horário de pico. "A fila está grande, mas daqui a pouco devo estar saindo", avisa uma usuária, por telefone. Ela estava certa. Bastou um ônibus e em cinco minutos mais da metade das cerca de cem pessoas se foram. A mulher que falava ao telefone embarcou no carro seguinte. Cada veículo comporta 70 pessoas sentadas, mas são raros os ônibus que deixam a Barra sem que dezenas de usuários já se aglomerem de pé.

A lotação do sistema parece inevitável, afinal, a demanda por transporte para a região que mais cresce no Rio é imensa. E desde o início da operação do sistema, inaugurado há dois meses, o movimento é intenso. Mas a fila de hoje parece ser o menor dos problemas. Quem hoje usa o BRT conseguiu cortar uma hora e meia do seu tempo de viagem, como atesta o motorista Luís Aurélio da Silva Nascimento, de 34 anos. "Antes, demorava duas horas e meia no meu trajeto, e tinha de levantar da cama às 3h30 para chegar a tempo ao serviço. Cheguei a vir de carro um tempo para compensar, só que gastava mais. Hoje, levo de 30 a 40 minutos. Ganhei mais de uma hora de sono de manhã, e mais tempo para brincar com meus filhos à noite", conta. Ele sabe que se trata de uma obra olímpica, mas integra o grupo de quem já é beneficiado antes da chegada dos turistas: os trabalhadores, que representam 84% dos usuários.

"Os maiores favorecidos são as pessoas que moram na zona oeste e dependem do transporte público para chegar ao trabalho. Estamos falando de uma região com 1,64 milhão de habitantes. É outra cidade dentro do Rio. Mas o BRT é ônibus para turista também", destaca Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor e do Rio Ônibus, os sindicatos das empresas de ônibus do estado e da capital, respectivamente. Teixeira lembra, por exemplo, que as quatro linhas do BRT (Bus Rapid Transit, em inglês, ou Transporte Rápido por Ônibus), quando concluídas, integrarão duas das regiões que mais recebem investimentos para a Olimpíada de 2016: Deodoro e Barra da Tijuca, este último local do futuro Parque Olímpico, definido pela presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques, como "o coração dos jogos".

Linhas - Serão, ao todo, mais de 150 quilômetros de vias segregadas, dos quais 51 estão em funcionamento no trecho da Transoeste – a maior delas, que hoje liga a Barra a Santa Cruz e se estenderá até Campo Grande. São 36 estações divididas entre o corredor expresso e o parador (que, como o nome diz, para em cada uma delas). A próxima a ficar pronta deve ser a Transcarioca, que permitirá integração ao Aeroporto Internacional do Galeão. As outras duas, Transbrasil e Transolímpica, estão em fase de projetos.

Dentro dos ônibus articulados, uma gravação informa a próxima estação de parada em português e inglês, quando necessário – como faz o metrô carioca. Atualmente, a Transoeste transporta 60.000 pessoas diariamente. A estimativa é chegar a 120.000 por dia com a ampliação.

Teixeira assegura que o sistema comportará esse aumento de demanda. E mais: precisa que isso aconteça, para que seja lucrativo. Ao custo de 2,75 reais, o valor da tarifa é o mesmo de uma linha de ônibus comum, que não exige os gastos vinculados ao novo sistema – que tem estações de embarque e desembarque especiais, com equipes de limpeza e segurança próprias para ajudar a conter o vandalismo, e sistema informatizado que avisa o intervalo entre os veículos, monitorados por GPS. "O BRT ainda não se paga, mas acreditamos que nos próximos meses, à medida que o sistema crescer, chegaremos a um equilíbrio. A população não está acostumada, porque não cortamos as linhas paralelas, o que deve acontecer gradualmente a partir da migração", explica o presidente do Rio Ônibus, garantindo que não se cogita aumento de tarifa.

Aprovação - Mais qualidade e rapidez no transporte pelo mesmo preço são razões suficientes para justificar a aprovação do sistema: 90% dos usuários se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos, segundo pesquisa realizada no mês de julho pelo instituto de pesquisa Mapear. O índice de insatisfeitos é de 2% (8% se declararam neutros). "É um sucesso que não imaginávamos", admite Teixeira.

A fiscal de caixa Daniele Duarte, de 31 anos, é uma das que engrossa as estatísticas elogiando o sistema que, com corredor exclusivo, escapa de qualquer congestionamento. "Antes, eu ficava de 40 minutos a uma hora parada no trânsito, e chegava em casa cansada e estressada. Não passo mais por isso e sei que vou sempre estar no horário."

Na tarde de segunda-feira passada, a reportagem de VEJA percorreu o caminho de Alvorada a Santa Cruz, e o inverso. A fila observada na ida não se repetiu na volta – nem o volume de pessoas em pé dentro do ônibus. Por ser articulado, o veículo sacode um pouco mais do que os tradicionais, o que exige bom equilíbrio e pulso firme dos usuários. A maioria que conseguiu lugar sentada logo se ajeitou para um cochilo, que só foi interrompido quando um passageiro decidiu ouvir música no celular sem fones de ouvido – afinal, o novo sistema não anula velhos problemas de convivência e educação. Mesmo assim, a principal vantagem apontada pelos usuários foi comprovada: com pouca ou muita gente a bordo, o tempo gasto foi de exatos 50 minutos de ponta a ponta, em ambos os sentidos.

Atropelamentos - A fluidez com que andam esses ônibus, que não têm obstáculos na faixa exclusiva e só param nas estações ou semáforos, permite entender a razão de tantos elogios, mas também leva a pensar diante de outro número que começa a surpreender: o de pessoas atropeladas. Foram cinco acidentes desde a inauguração, em junho, três com morte - a última, na quinta-feira passada, próximo à estação Bosque da Barra, em direção a Santa Cruz. Segundo a CET-Rio, a mulher tentava atravessar a via fora da faixa de pedestres. Em coletiva de imprensa no último dia 3, o prefeito Eduardo Paes disse que o índice não preocupa e que pode ser contido facilmente com campanhas de conscientização. "O que a gente precisa é alertar, educar a população, mostrar que não dá para atravessar fora da faixa - nem em área de BRT nem em área de veículo comum."

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Após paralisação, Ônibus no Rio voltam a circular

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Após as 24 horas da paralisação dos rodoviários que causou muito transtorno para quem dependia do transporte público no Rio, nesta sexta-feira (9) os passageiros encontraram o funcionamento normal dos ônibus, trens e o BRT Transoeste.

O movimento de ônibus e passageiros no Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, era tranquilo nesta manhã. Na Central do Brasil, no Centro, várias linhas de ônibus trafegavam sem problemas. A Rio Ônibus informou que as empresas fizeram um mutirão para arrumar os veículos que tinham sido depredados.

Os ônibus do BRT Transoeste também rodavam sem qualquer tipo de problema. Na Rodoviária de Campo Grande o fluxo de passageiros era tranquilo no período. Cerca de 40% das linhas do BRT não rodaram na quinta-feira e o tempo de espera dos passageiros chegou a quase duas horas.

O metrô e os trens estavam circulando com intervalos regulares nesta sexta. A plataforma da SuperVia em São Cristóvão estava movimentada por volta das 6h50. Segundo os passageiros que usam o transporte, as composições estavam mais cheias porque a população ficou com receio de ter problemas pelo segundo dia consecutivo com a falta de ônibus. Na quinta-feira, a SuperVia operou com capacidade máxima para atender ao aumento da demanda; segundo a empresa, o movimento foi 8% maior do que é registrado na média por dia.
Paralisação de 24 horas dos rodoviários terminou com 467 veículos depredados e uma trocadora ferida (Foto: Daniel Silveira/G1)

Paralisação dos rodoviários
Os Motoristas e cobradores questionam o acordo firmado entre o Sindicato dos Rodoviários e as empresas de ônibus em março. A categoria ganhou um aumento de 10% no salário retroativo a abril e o salário base do motorista passou para cerca de R$ 1.950. Os rodoviários também tiveram um reajuste de 40% no valor da cesta básica, que subiu para R$ 140.

Os grevistas, no entanto, querem um aumento de 40% no salário — passariam a receber quase R$ 2,5 mil, além de cesta básica de R$ 400. Outra reivindicação é o fim da dupla função, onde motoristas também trabalham também como trocadores. Segundo eles, o sindicato não consultou a categoria ao aceitar o acordo com as empresas.

A paralisação de rodoviários deixou 467 ônibus depredados e uma trocadora ferida, segundo a Rio Ônibus. As principais avarias foram quebra de parabrisas, janelas, retrovisores e portas. A área mais afetada foi a Zona Oeste, incluindo Barra e Jacarepaguá.

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BRT Transoeste passa a funcionar das 6h às 18h a partir desta quarta

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Prefeitura do Rio de Janeiro ampliou, nesta quarta-feira (20), o horário de funcionamento do Bus Rapid Transit (BRT) da Transoeste. A partir desta quarta-feira, os ônibus circulam de 6h até 19h, como mostrou o Bom Dia Rio. No total, 21 estações estão funcionando entre Santa Cruz e Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade.

Na semana passada, uma semana depois de entrar em operação, o BRT Transoeste teve o horário de operação ampliado das 9h às 16h na quarta-feira (13). O corredor expresso é o primeiro da cidade e segue em fase de testes até o dia 23 de junho.

No dia da inauguração, apenas nove estações estavam em funcionamento. Na quinta-feira (14), o número de estações aumentou para 14. As novas paradas inauguradas foram: Bosque da Barra, Américas Park, Santa Mônica, Golf Olímpico e Interlagos.

A partir de agosto, de acordo com a Secretaria municipal de Transportes, as 31 estações e o Terminal Alvorada estarão operando. O trajeto tem cerca de 40 quilômetros.
O primeiro corredor expresso de ônibus vai transportar 120 mil passageiros por dia, com uma redução de uma hora no trajeto entre Barra, Santa Cruz e Campo Grande. A partir de agosto, quando todo o sistema estiver em operação, o BRT terá 56 quilômetros de extensão e 63 estações. O intervalo entre os ônibus será de aproximadamente um minuto meio. A passagem custa R$ 2,75 e só pode ser comprada nas bilheterias das estações. O passageiro também pode usar o Bilhete Único carioca.

Passagem
Os passageiros poderão usar o BRT e um ônibus convencional pagando o preço de uma passagem, R$ 2,75, desde que façam a integração em até duas horas. Quem usar o BRT e um ônibus intermunicipal pagará R$ 4,95, utilizando o Bilhete Único.
Posteriormente, também haverá integração de passagens com as novas linhas alimentadoras que serão criadas e também com os trens.

Ligeirões
Os Ligeirões, como foram apelidados os ônibus articulados que vão trafegar nas vias exclusivas, farão a viagem sem congestionamentos, o que encurtará a viagem pela metade do tempo, levando cerca de uma hora para percorrer o trecho Santa Cruz Alvorada.
Segundo o prefeito, o trecho Santa Cruz-Campo Grande, que foi incorporado ao projeto original somente no ano passado, deve ficar pronto em agosto de 2013.

Fonte: G1 Rio

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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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