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Obras de Mobilidade urbana em Fortaleza só iniciam em 2012

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Nos eventos que a Fifa realizará no Brasil, a cidade de Fortaleza surge como a grande surpresa: além de ter sido indicada para a Copa das Confederações em 2013, ainda poderá receber até dois jogos da seleção brasileira no Mundial de 2014. Tudo isso graças ao ritmo forte dos trabalhos no Castelão, cuja execução já ultrapassou os 50% e segue como a mais avançada obra da Copa.

No planejamento da mobilidade urbana, porém, não se vê o mesmo bom desempenho. Os seis projetos do governo do Ceará e da prefeitura de Fortaleza, que deveriam começar neste mês de dezembro, ainda estão sendo licitados, e a previsão mais otimista é que saiam mesmo do papel somente em 2012.

Ao todo, R$ 627,2 milhões serão investidos para melhorar vias e o transporte público de Fortaleza. Investimento que promete desafogar o trânsito da cidade, que nos últimos dez anos assistiu a um crescimento de 160% em sua frota de veículos.
Além da demora para iniciar as obras, a capital cearense é uma das poucas cidades-sede que reduziu seus projetos de mobilidade para o Mundial. Em 2009, quando as obras foram definidas, o objetivo era que três avenidas contassem com corredores exclusivos de ônibus, os chamados BRTs (Bus Rapid Transit). Agora, das cinco vias que passarão por intervenções para o Mundial, duas terão os corredores, uma será alargada, enquanto nas demais serão construídos apenas túneis e viadutos para desbloquear cruzamentos (confira abaixo a lista completa).

VLT, a principal obra
O projeto de transporte de maior fôlego ficou a cargo do governo estadual. É um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que ligará o bairro de Parangaba ao porto de Mucuripe, melhorando o acesso do aeroporto ao centro da cidade, onde se concentram os principais hotéis.

Tipo de bonde moderno, o VLT de Fortaleza terá 13 km de extensão e capacidade para transportar 1,8 milhões de passageiros por ano. O projeto está orçado em R$ 330,7 milhões e, como foi incluído na Matriz de Responsabilidades, documento assinado entre a União e os estados e municípios que receberão a Copa, terá financiamento de R$ 170 milhões do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Só que as obras, que já estão atrasadas, esbarram ainda na questão das desapropriações para deslanchar. Ao menos três mil famílias de nove bairros terão de ser realocadas. 

O governo propôs indenizações que variam de R$ 5 mil a R$ 40 mil e pretende construir um conjunto habitacional no bairro José Walter para abrigar os atingidos. Enquanto os apartamentos não ficam prontos, está previsto o pagamento de um aluguel social de R$ 200 por família.

Mesmo com as promessas, há divergências nas comunidades no que diz respeito às desapropriações. Enquanto os moradores reclamam da falta de diálogo, o governador Cid Gomes promete negociar as remoções pessoalmente.

Os habitantes da comunidade do Trilho, uma das 22 afetadas pelas desapropriações, estão divididos. Parte deles pretende aceitar a proposta do governo, mas um número grande promete comprar briga para aumentar o valor das indenizações.

Avenidas receberão obrasPara a Copa, a prefeitura de Fortaleza planeja intervenções em cinco avenidas do centro da cidade: Alberto Craveiro, Paulino Rocha, Dedé Brasil, Raul Barbosa e Almirante Henrique Saboya, conhecida como Via Expressa.

Os envelopes da licitação foram abertos em 9 de novembro passado. As construtoras Delta e Queiroz Galvão apresentaram propostas e foram habilitadas.
A previsão é que a vencedora seja conhecida no começo de dezembro e contratada ainda em 2011. A previsão é que as obras tenham início em janeiro de 2012 e estejam prontas em agosto de 2013. 

O governo municipal também terá que fazer desapropriações no entorno das avenidas. Na Raul Barbosa, por exemplo, uma oficina mecânica recusou a proposta da prefeitura, que acionou a Justiça para resolver o caso.
VLT Porangaba-Mucuripe terá 13 km de extensão e 10 estações

VLT Parangaba-Mucuripe
Status: atrasada
O que é: linha terá 13 km de extensão e 10 estações. Prevê 6 obras de arte (4 passagens subterrâneas rodoviárias, 1 elevado ferroviário e 1 viaduto rodoviário)
Estágio: desapropriações em negociação
Valor: R$ 330,7 milhões
Eixo Via Expressa / Avenida Raul Barbosa
Status: atrasada
O que é: construção de túneis nos cruzamentos da Via Expressa com as avenidas Santos Dumont, Padre Antônio Tomaz e Alberto Sá. Construção de viaduto no cruzamento da Raul Barbosa com a rua Murilo Borges. Melhorias na drenagem, na malha viária e na iluminação pública nas duas avenidas
Estágio: licitação lançada em 9/11
Valor: R$ 151,6 milhões
Avenida Alberto Craveiro
Status: atrasada
O que é: alargamento da avenida para 45 m, ampliando o número de faixas para 4 faixas por sentido. Implantação de BRT e construção de túnel no cruzamento com as avenidas Dedé Brasil e Paulino Rocha. Melhorias na drenagem, malha viária e iluminação pública
Estágio: licitação lançada em 9/11
Valor: R$ 33,7 milhões


Avenida Dedé Brasil
Status: atrasada
O que é: implantação do complexo viário da Parangaba, com a construção de viadutos nos cruzamentos com as avenidas Osório de Paiva e Germano Frank, e de túnel no cruzamento com o metrô da linha sul. Implantação de BRT. Melhorias na drenagem, malha viária e iluminação pública.
Estágio: licitação lançada em 9/11
Valor: R$ 41,6 milhões
Avenida Paulino Rocha
Status: atrasada
O que é: restauração com melhorias em drenagem, malha viária e iluminação pública
Estágio: licitação lançada em 9/11
Valor: R$ 34,6 milhões


Informações: Portal 2014

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Em Fortaleza, Trânsito pode entrar em colapso com intervenções

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

As obras de mobilidade urbana serão um dos maiores legados que a Copa do Mundo de 2014 deixará para a população. É o que afirma o Governo Federal. Em Fortaleza, as intervenções estão previstas para terem início em janeiro de 2012, com término em agosto de 2013. Dentre as obras do chamado Pacote Copa, estão previstos cinco túneis e três viadutos. Ao mesmo tempo, serão construidos pela primeira e segunda etapa do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), dois túneis e um viaduto.


Tensão
As obras ainda nem começaram, mas a população já está temerosa. O administrador Ellison Costa Machado, de 31 anos, mora no Passaré, bem próximo ao Castelão, e está apreensivo.

"O trânsito de Fortaleza já está em colapso e com essas obras da Copa a situação só irá piorar". Machado conta que nos domingos e feriados, o trajeto de sua casa para o trabalho, no bairro Dionísio Torres, é feito em 15 minutos. No dia a dia, no entanto, demora uma hora. Isso se não tiver nenhuma colisão.

O coordenador do Transfor, Daniel Lustosa, assegura que as intervenções vão dar uma sustentabilidade para que a cidade possa ter uma mobilidade satisfatória. Para minimizar transtornos, afirma que as obras serão feitas por etapas, evitando que vias sejam completamente interrompidas. Quando tiver que interromper momentaneamente, diz que será dada opção para que as pessoas se desloquem. "As obras vão acontecer dentro do prazo previsto, mas a cidade tem que se movimentar".

O valor total a ser gasto com as obras de mobilidade urbana que competem à Prefeitura é de R$ 261,5 milhões. Desse valor, R$ 206,6 milhões são provenientes da Caixa Econômica Federal e R$ 54,9 milhões da Prefeitura.
ESPECIALISTAS OPINAM

O problema será resolvido?
Com tantas intervenções previstas para ocorrerem na cidade, uma pergunta que muita gente se faz é se essas medidas irão resolver o problema do trânsito de Fortaleza. Para o Ministério Público Estadual (MPE) não resolve, mas proporcionará uma melhor fluidez do tráfego.

"Onde o solo e o terreno comportarem, a solução para o problema do trânsito de Fortaleza são as passagens subterrâneas e os viadutos. Apesar de não resolverem, não restam dúvidas de que melhoram a situação", declara o promotor Gilvan Melo. Ele defende que, mais cedo ou mais tarde, a Prefeitura terá de pensar em fazer um rodízio de carros. Avisa ainda que o Ministério Público estará de olho nas obras que visam o Mundial de 2014 e, caso as intervenções prejudiquem o trânsito, informa que o órgão irá intervir.
Planejamento
Carla Girão, mestre em Urbanismo e professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza (Unifor), afirma que os projetos de mobilidade da Copa são pontuais e fragmentados, implantados sem que tenha um planejamento macro para a cidade.

Sobre os túneis da Via Expressa, diz que vai amenizar o problema de alguns cruzamentos, mas não resolverá o problema. "O projeto da Via Expressa prevê via preferencial para ônibus? A questão é o transporte coletivo e não o individual". A especialista critica o governo por anunciar intervenções pontuais como se fossem projetos para a cidade, quando não são, e por mudar o processo em andamento de pensar a cidade, que está expresso no Plano Diretor de Fortaleza, criado em 2009. Com isso, quando o evento terminar, a cidade não vai saber quais frutos irá colher.

"O Plano Diretor vem sofrendo remendos a revelia da população, inclusive para se adaptar aos projetos da Copa".



Não restam dúvidas que as intervenções trarão melhorias para o trânsito da Capital, que vive situação caótica. O cenário diário é o mesmo, de extensos congestionamentos registrados nos principais corredores da cidade a qualquer horário do dia.


O problema é que, como as intervenções serão realizadas simultaneamente, até que sejam concluídas, o desafio será conseguir se locomover na cidade.


A Via Expressa receberá três túneis, nos cruzamentos com as avenidas Santos Dumont, Pe. Antonio Tomás e Alberto Sá. Já a Avenida Dedé Brasil ganhará dois túneis, no cruzamento com a Avenida Paulino Rocha e o metrô da linha sul, e um viaduto, na confluência com a Avenida Osório de Paiva. Está previsto ainda um viaduto no cruzamento das avenidas Raul Barbosa com Murilo Borges.


Tem ainda os projetos do Transfor, que preveem na Avenida Engenheiro Santana Júnior um túnel no cruzamento com Avenida Pe. Antonio Tomás e um viaduto com a Avenida Antonio Sales. Será construído ainda um túnel na confluência da Rua Eduardo Perdigão com Avenida Osório de Paiva.



Luana Lima - Diário do Nordeste

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Projetos de mobilidade urbana nas capitais estão atrasados

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A demora nas obras de mobilidade urbana é um dos principais pontos em debate amanhã, em São Paulo, no 12º Fórum Legislativo das Cidades Sedes da Copa de 2014. A Assembleia Legislativa paulistana será a última a realizar o encontro e, por uma coincidência de agendas, contará com a presença do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que estará no Brasil até terça-feira. E o governo terá contra si uma dura constatação: o Brasil enfrenta dificuldades para entregar as obras de mobilidade a tempo da realização da Copa das Confederações, marcada para 15 a 30 de junho de 2013.

Das 12 cidades que abrigarão os jogos do Mundial de 2014, apenas cinco iniciaram algum tipo de obra para garantir o deslocamento de turistas e torcedores ao longo dos 30 dias do torneio. Das quatro capitais confirmadas para sediar a Copa das Confederações, duas começaram a tocar as empreitadas.
O valor total que será investido em obras de mobilidade em Belo Horizonte ultrapassa os R$ 2 bilhões
A Copa das Confederações funciona como preparação para o Mundial de 2014 e servirá para a Fifa e a CBF testarem o poder de organização do país na hora de realizar grandes eventos. Foi anunciada na última quinta-feira uma nova matriz de responsabilidade, com o cronograma e o estágio das obras de infraestrutura que serão feitas para as duas atividades esportivas. As únicas cidades que mantiveram os mesmos prazos divulgados em 14 de setembro são Salvador, Natal e Curitiba. Em todas as demais, ocorreram alterações.

Como um minilaboratório para o Mundial do ano seguinte, a Copa das Confederações é uma disputa mais curta — metade do tempo — e com apenas oito seleções. Mesmo assim, a Fifa já avisou que será o momento para testar várias situações dos jogos, como agilidade nos deslocamentos do aeroporto até os hotéis, e dali para os estádios.

Além disso, mesmo a Copa das Confederações sendo disputada apenas em Brasília, em Fortaleza, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, o palco da decisão, não seria exagero pensar que os turistas que vierem prestigiar os jogos irão querer conhecer outras cidades e poderão ter uma surpresa negativa com as dificuldades de mobilidade nessas regiões.
Das 12 cidades sedes da copa, apenas 05 estão com obras em andamento
As únicas que já iniciaram algum tipo de obra de mobilidade urbana são Belo Horizonte, Cuiabá, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. Dessas, apenas mineiros e cariocas sediarão jogos da Copa das Confederações. No caso da capital mineira, a Via 710, uma transversal que ligará diversos bairros de diferentes regiões sem passar pelo centro de Belo Horizonte, ficará pronta em novembro. O corredor exclusivo para ônibus na Avenida Pedro II, que desemboca no Mineirão, previsto inicialmente para terminar em novembro, teve o cronograma antecipado para março de 2013, a tempo de ser entregue para a Copa das Confederações.

O Rio de Janeiro, que abrigará tanto a partida final da Copa das Confederações quanto a decisão do Mundial de 2014, tem apenas um projeto de mobilidade urbana, o BRT Corredor Transcarioca. Com um orçamento total de R$ 1,582 bilhão, a obra — uma avenida exclusiva para ônibus que ligará a Barra, na Zona Oeste, à Penha, na Zona Norte — tem conclusão prevista para novembro de 2013.

VLT
Brasília comemorou intensamente o direito de sediar a abertura da Copa das Confederações e assistir ao jogo da Seleção Brasileira. A capital federal receberá também sete jogos do Mundial de 2014, sendo um garantido do Brasil na primeira fase a e a decisão de terceiro lugar. Mas os dois únicos projetos de mobilidade urbana da cidade só estarão prontos, de acordo com o cronograma divulgado no mês passado, em dezembro de 2013. Apesar de a licitação não ter sido lançada, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando o aeroporto até a Asa Sul, continua com o início das obras previsto para dezembro e conclusão agendada para dezembro de 2013. Já a ampliação da DF-047, que liga o Aeroporto ao Plano Piloto, está prevista para ficar pronta em plena Copa das Confederações, em junho de 2013.
O monotrilho, principal obra de mobilidade em Fortaleza, deve ter licitação até o fim do ano
(foto: Fábio Lima)

Em Fortaleza, a expectativa até o momento é de que todas as obras sejam iniciadas ainda esse ano, mas nenhuma estará pronta antes da Copa das Confederações. Três delas estão previstas para terminar em junho — mês em que o torneio será iniciado — e as outras três em agosto, quando boa parte dos turistas e todas as seleções estrangeiras já terão deixado o país.

Dez dias atrás, a presidente Dilma Rousseff ficou irritada com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que anunciou a possibilidade de Salvador e Recife também entrarem como sedes da Copa das Confederações. Mas impôs uma ressalva em rede de tevê mundial: “Se elas concluírem a tempo a construção dos estádios”. Dilma interpretou essa mensagem como mais uma estocada pública da entidade, expondo a possibilidade de o governo não conseguir cumprir a sua parte no cronograma das obras.

Os estádios deverão estar prontos, já que, pelo cronograma previsto, eles serão concluídos em dezembro de 2012. O mesmo não pode ser dito das obras de mobilidade. Na capital pernambucana, o Terminal Cosme e Damião, do Metrô, tem previsão para entrar em funcionamento em novembro de 2012. Mas todas as outras intervenções de infraestrutura ficarão prontas em 2013. A única já iniciada, a Corredor Via Mangue — uma via expressa com aproximadamente 4,5 km — só fica pronta em setembro de 2013.

Em Salvador, existe apenas um projeto dentro do PAC Mobilidade Urbana: o BRT do Corredor Estruturante, exclusivo para ônibus ligando o aeroporto à zona norte da cidade. Com investimento de R$ 570,3 milhões, estará liberado para uso pela população em fevereiro de 2014.


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Prefeitura de Fortaleza dá início à licitação para construção de seis túneis

domingo, 9 de outubro de 2011

A Prefeitura de Fortaleza iniciou, ontem, o processo de licitação para as obras municipais de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de Futebol, em 2014. Dentre as intervenções, está prevista a construção de seis túneis em três vias: três na Via Expressa, dois na Dedé Brasil e um na Alberto Craveiro, principal acesso ao Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão. No dia 9 de novembro, as propostas das construtoras concorrentes devem ser recebidas.

A divulgação do resultado e contratação da vencedora estão previstas para o início de dezembro deste ano, com o começo das obras no fim do mesmo mês. A expectativa para o término das obras, segundo a Prefeitura, é em dezembro de 2013.

Cinco avenidas da Capital estão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana: Via Expressa, Alberto Craveiro, Dedé Brasil, Raul Barbosa e Paulino Rocha. Todas dão acesso ao Castelão.

Na Avenida Via Expressa, por exemplo, a Prefeitura eliminará os cruzamentos com as avenidas Santos Dumont, Alberto Sá e Padre Antônio Thomaz para construir os túneis. Já o Governo do Estado do Ceará é responsável pelo Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

As outras quatro avenidas receberão melhorias na malha viária, drenagem e iluminação pública. A única avenida que será alargada é a Alberto Craveiro. Todas, com exceção da Via Expressa, ganharão BRTs (Bus Rapid Transit), corredores exclusivos para os ônibus.

O valor para as obras da Copa que competem à Prefeitura é de R$ 211,5 milhões. Do total, R$ 206,6 milhões são da Caixa Econômica Federal e o restante, R$ 4,9 milhões, da Prefeitura.
Compromisso
Para o gerente das ações municipais para a Copa, Herbert Lima, o início da fase de licitação para as obras de mobilidade urbana representa o compromisso da Prefeitura para que todas as intervenções ocorram dentro do prazo previsto, considerando que o Município se comprometeu, junto ao Ministério do Esporte e ao Ministério das Cidades, a publicar o edital das obras no início de outubro deste ano.

Segundo Lima, as obras na Avenida Alberto Craveiro deve ganhar prioridade pelo fato de estar mais próxima ao Castelão e porque Fortaleza pretende também sediar a Copa das Confederações em 2013.

Nesta semana, a Prefeitura se reuniu com diversas concessionárias e apresentou o plano trabalho para a Copa. A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), a Companhia Energética do Ceará (Coelce) e a operadora de telefonia móvel Oi foram algumas das que participaram do encontro.

De acordo com Herbert Lima, o objetivo foi solicitar que cada uma das instituições comecem a se adaptar às mudanças pelas quais a cidade passará. "As intervenções também vão gerar custos para algumas concessionárias. Por isso, o trabalho deve ser feito em conjunto e com muito diálogo", afirma.

A apresentação do plano de trabalho foi a primeira fase. Outras duas acontecerão. Na segunda fase, as concessionárias apresentarão seus orçamentos, apontando o que pode ser gasto por elas e no que a Prefeitura deve contribuir. A terceira etapa, na avaliação de Lima, é a mais importante, tendo em vista todas se reunirão mensalmente para acompanhar o andamento das obras. "Isso será feito para superar aquele problema de a Prefeitura realizar uma obra e, depois de tudo pronto, vir uma empresa e intervir no que foi feito", explica.

Todo o processo também será acompanhado pela Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (ACFor), pela Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), pelo Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), pela Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado e pela Secretaria Especial da Copa (Secopa).
Transtornos
Sobre os possíveis transtornos causados pelas obras de mobilidade urbana, Herbert Lima garante que a Prefeitura fará o possível para diminuir os impactos nas comunidades que habitam no entorno dos locais que receberão as intervenções.

"Por mais que a gente tente uma ação conjunta, os transtornos sempre vão existir, mas vamos continuar conversando com a população e orientando a todos os moradores a respeito de todas as mudanças, como os desvios, por exemplo", comenta Lima, informando que a Prefeitura já promoveu audiências públicas em todas comunidades para falar sobre as intervenções. A aceitação do público, segundo fala, é positiva.

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Sem planejamento urbano, Fortaleza está parada pelo trânsito

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Uma cidade parada. Assim é Fortaleza há, pelo menos, 10 anos. Passar horas em um engarrafamento já faz parte da rotina diária dos fortalezenses. O estudante Wescley Santos da Costa leva 1h30 para chegar à faculdade. Ele mora na Avenida Bezerra de Menezes e faz, todos os dias, um dos itinerários mais complicados (avenidas 13 de Maio e Pontes Vieira) de transporte público. "Tenho que fazer um planejamento, sair de casa bem antes e ainda pego ônibus lotado", revela. Já o advogado André Real prefere deixar o carro em casa e andar a pé. "É complicado usar automóvel".

O problema, que se agravou nos últimos cinco anos, é que a frota de veículos cresce a cada dia, mas as ruas e avenidas continuam as mesmas. Fortaleza recebe um incremento de 6 mil automóveis por mês. Até 2015, a frota deve ultrapassar a casa de um milhão.

Em números relativos, até junho deste ano, segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE), a cidade continha 772.170 veículos circulando. De dezembro de 2010 a junho de 2011, houve um aumento de 4,8%.

Um das causas é que Fortaleza, assim como outras cidades brasileiras, está atrasada na implantação de medidas de planejamento urbano para receber o crescimento da frota e da população, como destaca o arquiteto e urbanista, Antônio Paulo Cavalcante. "Outras cidades do mundo, com uma frota maior que a Capital cearense, se preocuparam bem cedo em equilibrar: o uso e ocupação do solo (infraestruturas), a frota (público-privado) e os usuários (educação-transporte de massa)".
Plano Diretor
A cidade não conta nem mesmo com um Plano Diretor efetivo. O projeto, que prevê o desenvolvimento do sistema viário básico do Município, foi aprovado em 2009, mas não saiu do papel. "Ainda relutam as discussões de atualização dos projetos complementares ao Plano Diretor que não teve um cunho operacional e carece que a comunidade técnica tome a direção".

Fortaleza ainda tem a estrutura de trânsito dos anos 90. Conforme o arquiteto, a cidade está repleta de diferentes traçados e de loteamentos desconexos, sem padronização de quadras (quarteirões). "Esta deficiência de padronização é de natureza histórica da formação do Município e que, hoje, não comporta mais a frota existente".

Os congestionamentos são ocasionados por uma conjunção de fatores /atores que compõem os transportes: a frota, os usuários e a infraestrutura (vias), segundo o especialista. "Quanto à frota, a facilidade de aquisição tem elevado o número de veículos nas ruas. Isto tem ocorrido devido às melhores condições financeiras da população e de pagamento do carro".

Mas as dificuldades no trânsito também são ocasionadas pelos usuários. Faltam campanhas educativas e uma maior aceitação de regras, como aponta a doutora em Planejamento Urbano, Cleide Bernal. "Se queremos viver nas cidades e manter o elitismo da cultura do automóvel precisamos aceitar as regras da mobilidade urbana".

Sobre a infraestrutura da cidade, Cavalcante pontua que a eficiência do sistema é refém da lentidão do tráfego, exatamente pelo aumento da frota de veículos privados. Segundo ele, o tempo médio de deslocamento evoluiu para quase 60minutos, a depender da origem e do destino das viagens.

As consequências são devastadoras. Como aponta o especialista, a primeira delas é a morosidade nos deslocamentos, seguida do aumento de disputas por espaços e um crescimento de condições para acidentes. Antônio Paulo Cavalcante acredita em ações concatenadas, simultâneas e culturais na redução do uso do veículo privado e no aumento do uso do veículo público de qualidade, para todas as classes sociais como soluções. "As ações terão que ser ´cirúrgicas´ e urgentes".
OPINIÃO DO ESPECIALISTANão há tempo para mudanças profundas
É um problema de planejamento urbano, de política econômica e de políticas públicas. Com a crise econômica de 2009 o Governo Lula aplicou uma política de isenção fiscal para a indústria automobilística, sem nenhuma reflexão ou interação com os governos municipais. Com a redução dos preços dos automóveis a demanda explodiu. Foi a partir daí que o trânsito de Fortaleza tornou-se caótico, com um aumento inusitado da frota sem nenhuma política pública que viesse amenizar a situação da mobilidade urbana. O que temos, na prática, são investimentos em grandes obras, que são intermináveis, do tipo metrô e Transfor e, por outro lado, o poder público não pensa em investimentos na melhoria e ampliação do transporte coletivo. Além do aumento da frota, comprovamos aumento da quantidade de condutores com novas habilitações.

Precisamos de uma política urgente de ampliação e melhoria do transporte coletivo e campanhas educativas para os condutores. As saídas de ordem técnica são lentas: repensar o modelo de cidades e as espacialidades urbanas dentro da atual realidade. Precisamos mudar os hábitos e reorganizar o uso do solo urbano de forma que possamos andar a pé. Outra mudança necessária é romper com os valores da civilização do automóvel individual. As vias devem ser direito dos cidadãos e não apenas dos usuários de automóveis. As obras de infraestrutura viária, se forem aceleradas, e as campanhas educativas poderão ajudar, mas é muito curto o tempo para fazer mudanças profundas.

Cleide Bernal
- Doutora em Planejamento Urbano

TRANSFOR
Soluções são pensadas e executadas
Para solucionar o caos no trânsito de Fortaleza algumas medidas vêm sendo tomadas e pensadas. O Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) desenvolve uma política de mobilidade urbana. De acordo com o coordenador, Daniel Lustosa, o programa, em execução há mais de três anos, já conta com mais de 170 quilômetros de pavimentação concluída e mais de 20 quilômetros de drenagem. Além disso, o projeto prevê a construção de quatro túneis, dois viadutos, calçadas e ampliação dos terminais.

"O Transfor está aumentando a capacidade de avenidas, como a Bezerra de Menezes, de três para quatro faixas, restaurando a Domingos Olímpio, a Pontes Vieira e a Costa Barros. Essas ações já estão em andamento ou finalizadas", como informa o coordenador.

As ações para a Copa de 2014 são a retirada de semáforos da Via Expressa, obras de recuperação da Raul Barbosa com Murilo Borges, a duplicação da Alberto Craveiro e intervenções na Dedé Brasil. Além disso, haverá o investimento em ciclovias e em faixas exclusivas para o transporte público. Outras ações citadas por Daniel Lustosa são a regulação do transporte de carga e o investimento em educação no trânsito.

"O Transfor é um programa de ação continuada, já que a frota de veículos vai continuar crescendo e a população também. O foco é melhorar a mobilidade urbana", ressalta. Ele garante que as intervenções serão entregues até a Copa de 2014.

As obras são necessárias, mas geram ainda mais transtornos. Além disso, as vias que são abertas como alternativas durante as obras, não permanecem após a conclusão. Para evitar os transtornos, Lustosa explica que o Transfor comunica previamente que aquela localidade vai passar por obras. Ele diz que as vias estão sendo recuperadas para servir de acesso.

De acordo com o arquiteto e urbanista, Antônio Paulo Cavalcante, as intervenções são necessárias. "Mesmo com as obras, no que se refere a macroacessiblidade (escala da cidade) deve-se ter em mente a busca por amenizar os problemas. A cidade carece de novas continuidades".

O especialista acredita que a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) tem se debruçado sobre métodos de controle da demanda para saber como e onde os fluxos ocorrem com maior intensidade a fim de decidir quais intervenções devem ser feitas. Porém, o arquiteto coloca que as ações concatenadas entre a AMC e a Secretaria Municipal de Infraestrutura precisam ser contínuas e devem atuar em atividades urbanas que contribuam para o acirramento dos congestionamentos.
BR-116
O problema do trânsito em Fortaleza é tão grave que até mesmo nas BRs os congestionamentos são constantes. É o caso da BR-116. Para Cavalcante, a causa disso é que as cidades dormitórios (do Interior) não obtiveram sua independência econômica e, portanto, os fluxos afluem para a Capital. "Com o aumento da frota, todos optam, pelo uso do transporte privado para acessarem seus empregos em Fortaleza. A oferta de oportunidades nas cidades dormitórios precisa vir acompanhada das infraestruturas".

Uma das soluções apontadas pelo promotor do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas do Trânsito (Naetran), Gilvan Melo, foi o rodízio de carros. Ele diz que a medida foi rejeitada pela AMC. "O órgão alegou que não tinha como fiscalizar, mas o rodízio ainda é a salvação". O presidente da Autarquia de Trânsito, Fernando Bezerra, não quis se pronunciar sobre o assunto.



LINA MOSCOSO
Repórter do Diário do Nordeste
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Mobilidade Urbana em Fortaleza: Reforma em cinco vias de acesso segue no papel

As obras de mobilidade urbana para a Copa 2014, sob responsabilidade da Prefeitura de Fortaleza, estão ainda em fase de análise dos projetos executivos na Caixa Econômica Federal. A Coordenadoria de Projetos Especiais e Relações Institucionais e Internacionais da PMF (Cooperii) garante que é mantido "diálogo constante" com a instituição financeira. "Logo após o retorno das análises por completo, a Prefeitura poderá iniciar o processo licitatório, com expectativa para o segundo semestre de 2011. Já as obras físicas têm previsão para dezembro de 2011 e término até o segundo semestre de 2013", informa a Cooperii, por meio de sua assessoria de imprensa.

Na Capital, as cinco avenidas que estão no PAC da Mobilidade Urbana e na Matriz de Responsabilidade para a Copa dão acesso ao estádio Castelão. São a Via Expressa, Alberto Craveiro, Dedé Brasil, Raul Barbosa e Paulino Rocha.
Foto: José Leomar
Avenidas
Na Via Expressa, o governo do Estado é responsável pelo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A Prefeitura de Fortaleza é responsável por intervenções que eliminarão cruzamentos existentes hoje na avenida por meio da construção de túneis (cruzamentos com a Santos Dumont, Alberto Sá e Padre Antônio Thomaz). As outras quatro avenidas ganharão melhorias na drenagem, na malha viária e na iluminação pública e a construção de viadutos e túneis.

A avenida Alberto Craveiro, acesso principal ao Castelão e que será chamada a avenida da Copa, além das melhorias, será totalmente decorada de acordo com padrões da Fifa. Além disso, ela será a única das quatro avenidas a ser alargada. Completando essas obras, serão construídos nas avenidas Alberto Craveiro, Dedé Brasil, Paulino Rocha e Raul Barbosa corredores exclusivos para ônibus.

O valor total para as obras de mobilidade urbana na Capital, que competem à Prefeitura, é de R$ 211,5 milhões. Desse valor, R$ 206,6 milhões são provenientes da Caixa Econômica Federal. De contrapartida da Prefeitura de Fortaleza, R$ 4,9 milhões. Esses valores serão destinados para as obras físicas em si, sem contar com as desapropriações e indenizações, que ainda estão em negociações com as comunidades.

Ação social
Há também ações como a parceria com a Secretaria de Justiça do Estado do Ceará (Sejus) para cumprir um acordo celebrado entre o Conselho Nacional de Justiça, o Comitê Organizador Local da Copa 2014, o Governo Federal e os Estados e Municípios que sediarão o evento. O acordo prevê que os editais de licitação das obras dos serviços públicos da Copa devem incluir cláusulas que obriguem as empresas vencedoras a destinarem 5% das vagas de trabalho a presos, egressos do sistema penitenciário e cumpridores de penas alternativas.

Também na questão social, a Prefeitura de Fortaleza vem fechando um convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para incluir socioprodutivamente catadores de lixo em programa de coleta seletiva. O objetivo é que Fortaleza possua um programa de coleta seletiva de porta a porta feita por catadores como preparação para a Copa de 2014. A prefeita Luizianne Lins já autorizou a destinação de todos os recursos do Fundo de Defesa do Meio Ambiente (Fundema) para financiar o convênio.

As ações que são executadas por outras pastas da Prefeitura são justamente as apresentadas quando Fortaleza se candidatou para ser sub-sede da Copa 2014. Além delas, há também as obras do Programa de Drenagem Urbana de Fortaleza (Drenurb). Com investimento total de cerca de R$ 270 mi, o Drenurb irá reestruturar o sistema de escoamento de águas pluviais na cidade, solucionando problemas de buracos e alagamento em suas origens. (CC)




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Fortaleza aguarda VLT e metrô; enquanto isso, o trânsito só piora

sábado, 16 de abril de 2011

Apenas em 2010, foram licenciados no município de Fortaleza 86.227 novos veículos, segundo dados do Detran-CE. O aumento no número de veículos na capital cearense já provoca engarrafamentos e acidentes de trânsito, e faz com que a cada dia seja mais estressante deslocar-se em suas ruas, seja de carro ou de ônibus.


Fonte: Portal 2014

“O pior é que, como o transporte público não funciona, não temos como abrir mão do carro”, desabafou ao Portal 2014 o advogado Victor Fontenele, enquanto buscava paciência para suportar o congestionamento matinal da avenida Engenheiro Santana Júnior, uma das principais da cidade.

A garantia da mobilidade é exigência da Fifa para as cidades que queiram sediar os jogos de 2014. Em Fortaleza, as principais obras de mobilidade urbana previstas para os próximos anos são: a conclusão do Metrofor (que está em execução, devendo operar já no final deste ano), a construção do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) - ambas sob responsabilidade do governo do estado - e a ampliação de cinco avenidas: Dedé Brasil, Alberto Craveiro, Paulino Rocha, Raul Barbosa e Almirante Henrique Saboya, conhecida como Via Expressa - a cargo da prefeitura.

VLT Mucuripe/ParangabaNa Via Expressa o governo atuará junto com a prefeitura, se responsabilizando pela implantação do VLT, que ligará o bairro do Mucuripe à estação da Parangaba. Originalmente, a Matriz de Responsabilidades indicava o início das obras para janeiro de 2011 e conclusão em junho de 2013. Mas, em comum acordo, governo do estado e Fifa reajustaram este cronograma, informa a assessoria de imprensa do Metrofor. A data prevista de início das obras foi redefinida para outubro de 2011 e a conclusão da obra para maio de 2013. Em maio próximo, deve ser iniciado o processo de licitação do VLT.  

Outro desafio é a implantação do sistema Bus Rapid Transit (BRT), corredores exclusivos de ônibus nas avenidas Alberto Craveiro, Raul Barbosa, Dedé Brasil e Paulino Rocha, previstos para dezembro de 2012. A ampliação dessas vias, que permitirá a instalação do BRT, envolve recursos da ordem de R$ 260 milhões; só com desapropriações, os gastos previsto são de quase R$ 50 milhões.

“As obras já começaram, com a elaboração do projeto executivo para alargamento da via. Para prosseguir, aguardamos a liberação dos recursos pela Caixa Econômica Federal”, informou o secretário municipal de Projetos Especiais, Geraldo Accioly, acrescentando: “Agora partiremos para a obra física, que deve começar em julho deste ano”. Já o executivo de Finanças da prefeitura, Alexandre Cialdini, acredita que a CEF libere os recursos solicitados para esta e outras obras de mobilidade urbana, considerando que houve aumento no volume de investimentos da prefeitura, de 2009 para 2010. 

Trânsito para além da CopaMesmo antes da conclusão das obras de mobilidade, diferentes setores vem buscando saídas para o problema do trânsito em Fortaleza. Em setembro, o Instituto Brasileiro de Defesa da Cidadania (Ibradec) realizará na cidade o 1º Fórum de Valorização da Vida no Trânsito - Fortran, que apresentará ao poder público alternativas possíveis de serem adotadas para a capital cearense. “Dados oficiais dão conta de que morrem mais pessoas no trânsito do que nas guerras”, alertou o presidente do Ibraced, Maxwell Ribeiro. “Temos a obrigação de encontrar soluções para este problema”, enfatizou.

Participam ainda do Fortran a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) e o Detran-CE. “Queremos discutir o trânsito de Fortaleza para além da Copa do Mundo, pois precisamos encontrar uma solução definitiva para este problema”, conclamou Ribeiro.

Também o setor de eventos mostra preocupação com o problema. Antes, durante e depois da Copa este mercado estará bastante aquecido em Fortaleza, avalia o empresário de eventos Roslavo Brilhante. Então, para não comprometer a qualidade deste trabalho, aconselha, "é fundamental um trânsito que flua com agilidade". “Hoje estamos correndo contra o tempo para não haver nenhum atraso no que planejamos para o período da Copa. Então, é preciso que as autoridades entendam o problema e encontrem rapidamente soluções para que este importante mercado não seja prejudicado”, alertou.
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Fortaleza solicita R$ 442 mi para mobilidade

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Projetos serão analisados pelo Governo Federal. Prefeitura diz que começa as obras este ano, logo após o dinheiro ser liberado. Contudo, prevê entrega de duas intervenções somente para 2014
Seis projetos estão em fase de finalização na Prefeitura de Fortaleza tendo como foco a mobilidade urbana da Capital. Ao todo, serão R$ 442 milhões vindos do Tesouro da União e financiamentos.

A proposta será apresentada ao Ministério das Cidades, que deu início ontem à seleção de projetos com foco na melhoria da infraestrutura do transporte público coletivo das 24 maiores cidades do País. Juntas, elas poderão utilizar R$ 18 bilhões. Projeta-se benefícios para 39% da população brasileira.

É o chamado PAC da Mobilidade, fatiado pelo Governo Federal em três grupos. Fortaleza integra o Mob 1, do qual fazem parte as nove cidades e regiões metropolitanas com mais de três milhões de habitantes.

Do Mob 2, participam os municípios que tenham entre um e três milhões de moradores, enquanto o Mob 3 é direcionado a localidades de 700 mil a um milhão de habitantes. Dentre as beneficiadas, 11 são subsedes da Copa de 2014. Somente Cuiabá (MT) ficou de fora. (veja mapa ao lado)

Na Capital cearense, a intervenção de maior monta será feita em dois corredores de transporte e dois terminais. As melhorias no eixo Conjunto Ceará-Centro e Siqueira-Centro somadas à ampliação e reforma dos pontos de integração da Parangaba e Siqueira custarão R$ 370 milhões.

Os outros dois projetos chegam a R$ 72 milhões. São a construção do sistema viário que liga a ponte da Sabiaguaba à avenida Manoel Mavignier; e o sistema viário da Praia do Futuro, que prevê melhorias em todas as ruas de suporte às principais vias do bairro (as avenidas Zezé Diogo e Dioguinho).

Agora e em 2014
A execução dos projetos será responsabilidade do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor). Segundo o coordenador do órgão, Daniel Lustosa, as obras começam ainda este ano, tão logo a verba seja liberada. “Algumas já estão sendo discutidas desde 2007. Então já estão bem maduras e com sinalizações positivas”, diz.No caso dos terminais, Sabiaguaba e Praia do Futuro, a previsão de entrega é até dezembro de 2012, quando encerra o mandado da prefeita Luizianne Lins (PT). Já a estruturação dos dois corredores de transporte durariam mais tempo. Bem mais tempo.
Pelas contas de Daniel, pelo menos três anos. Com isto, as vias só estariam prontas em 2014, ano da Copa. Um ano, portanto, após a Copa das Confederações, uma espécie de “teste” para o Mundial. “Tudo está dentro de um planejamento sistêmico; de um contexto de continuação do plano de mobilidade da cidade e de requalificação da nossa orla”, argumenta Lustosa.

Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A mobilidade urbana é a temática mais batida pela Fifa para a realização da Copa do Mundo. Ao lado dos estádios públicos, esta é a única área em que o Governo Federal promete ajuda financeira para o Mundial.

NÚMEROS

370
MILHÕES
serão utilizados em dois corredores de transportes e dois terminais de integração

SAIBA MAIS

O Ministério diz que vai priorizar projetos voltados para áreas com população de baixa renda.

O processo de seleção começou ontem, mas as inscrições no site do Ministério das Cidades só iniciam no próximo dia 21. Um manual também vai ser disponibilizado no portal, que tem o seguinte endereço: http://www.cidades.gov.br/

A Prefeitura diz ter assegurado R$ 261,5 milhões no PAC da Copa para obras nas avenidas Dedé Brasil, Alberto Craveiro, Paulino Rocha, Raul Barbosa e Via Expressa.


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Etufor define programação especial para Fortal 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010


De 22 a 25 de julho, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) fará uma programação especial de ônibus para a 19ª edição do Fortal. A fim de facilitar o deslocamento do público até o local do evento, os horários de 12 linhas de ônibus serão prolongados, todos os dias, até o término da festa. A linha (840) Papicu/Fortal, que visa atender exclusivamente aos foliões, ligando o Terminal Papicu à Cidade Fortal, também estará operando.

Além dessas medidas, a Etufor prolongará o itinerário de três linhas que passam próximo ao evento e disponibilizará 75 veículos extras, que deverão estar a serviço da população a partir das 14 horas.

Linhas de ônibus com horário prolongado durante o Fortal:

027 - Siqueira/Papicu/Aeroporto
028 - Antônio Bezerra/Papicu
030 - Siqueira/Papicu/13 de Maio
041 - Av. Paranjana I
042 - Av. Paranjana II
044 - Parangaba/Papicu/Montese
045 - Cj Ceará/Papicu/Montese;
051 - Grande Circular I
052 - Grande Circular II
069 - Lagoa/Papicu/Via Expressa
076 - Cj Ceará/Aldeota
804 – Aldeota

Linhas de ônibus com itinerário prolongado durante o Fortal:

831 – Papicu/Hospital Geral/Cidade 2000
832 – Papicu/Cidade 2000
833 – Cidade 2000/Centro

Fonte: ETUFOR
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Fortaleza: Aumento da frota contribui para imobilidade Urbana, Solução é o Transporte Coletivo

domingo, 16 de maio de 2010


Número de carros só aumenta, mas a malha viária não cresce na mesma proporção que o caos no trânsitoA cada dia, a população de Fortaleza sente mais os efeitos do trânsito caótico. A frota da Capital fechou o mês de abril com 661.086 veículos, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Nos quatro primeiros meses do ano, foram 20.250 novas unidades, uma média de 5.062 veículos por mês.

Ano passado, na esteira da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a frota ganhou mais 70.604 veículos. De 1995 a abril de 2010, a frota de Fortaleza cresceu em 379.008 veículos, mais do que o dobro em relação aos 15 anos anteriores, quando as ruas ganharam mais 177.981 carros.

A Copa de 2014 pode ser o prazo que falta para obrigar o poder público a fazer a infraestrutura viária acompanhar o aumento de carros nas ruas. Até lá, não faltam projetos. A Via Expressa, por exemplo, terá a outra margem concluída. A legislação municipal prevê a via como integrante do 1º Anel Viário de Fortaleza, disposta dos dois lados do atual ramal ferroviário de cargas, que receberá veículos leves sobre trilhos. De cada lado, a pista terá cinco faixas de tráfego (três expressas e duas marginais), com corredores exclusivos de transporte público.

Os cruzamentos com as avenidas Padre Antônio Tomás, Antônio Sales e Alberto Sá serão eliminados com a construção de passagens inferiores.

O cruzamento das avenidas Raul Barbosa e Murilo Borges terá um viaduto, o que poderá contribuir para o fim dos engarrafamentos e a redução das ocorrências policiais. Na Raul Barbosa, uma das atuais três faixas será um corredor de transporte.

TRÂNSITO CAÓTICO

Não basta alargar vias - "Alargar vias e investir pura e simplesmente em infraestrutura, como solução para os congestionamentos e o caos urbanos, corresponde à ação de afrouxar o cinto no caso da obesidade". É assim que a professora chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Nadja Dutra Montenegro, responde à indagação de que as obras propostas até 2014, como Metrofor, Transfor e alargamentos de vias, serão suficientes para resolver o problema da mobilidade urbana na Cidade."Para mim esta frase já virou um mantra", diz.

Ela destaca a importância de investir em transporte coletivo de qualidade e também obedecer à legislação vigente quanto ao devido uso do solo. Isso significa que não deveria ser permitido a construção ou mudança de uso de equipamentos a toda hora, como acontece, desrespeitando a Lei de Uso e Ocupação do Solo, por conseguinte, o plano diretor da Cidade, pontua.

Nadja Montenegro sugere que, sempre que for proposta a mudança ou a construção de um novo equipamento, devem ser considerados os impactos de área e no seu entorno, já imputando aos interessados as medidas necessárias ao bom funcionamento do sistema viário. "Deve-se pensar na operação do sistema como um todo, respeitando os usuários, as vias, os veículos e a regulação/gestão".

A especialista pontua que, "pela própria dinâmica da Cidade, nada poderia ser considerado pleno" e ressalta que projetos estruturantes, como metrô e terminais de transportes requerem pesquisas. Por outro lado, não é possível dizer que os projetos serão natimortos. "Teríamos de investigar a atual situação dos desejos de deslocamento da população", explica.Conforme a professora, sem esse conhecimento, "tudo o que vier pode não surtir o efeito desejado". Ou quem sabe, "ainda piorar o que já não está bom". Chama a atenção para um detalhe importante: o dinamismo das cidades. Assim, projetos antigos como o do metrô pode chegar defasado.

O coordenador do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), Daniel Lustosa, reconhece que a cidade já está sentindo os efeitos da falta de mobilidade. "A frota está aumentando demais, muito rápido, e a nossa estrutura não consegue acompanhar essa velocidade", reconhece.

Prioridade

Lustosa afirma que tanto do programa quanto das obras incluídas no Plano Sistêmico da Copa trabalham com o conceito de priorizar o transporte público. Essa prioridade, considera, é fundamental para melhorar a mobilidade urbana e inverter a tendência de preferência pelo transporte particular.

"Quando a população passa a ver uma oferta interessante de serviços, conforto, segurança e, por outro lado, o stress maior [de dirigir], aliado a consciência ambiental, começa a deixar o seu carro em casa", acredita.Para a a mestre em Desenvolvimento Urbano e professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza (Unifor), Carla Camila Girão Albuquerque, "como instrumento essencial do planejamento urbano, os planos diretores municipais têm existido quase que somente na teoria, no discurso".

No caso brasileiro e fortalezense, "os projetos urbanos surgem como intervenções pontuais no contexto da cidade a partir do reconhecimento de oportunidades entre elas os eventos de visibilidade mundial que têm a capacidade de desencadear vultosos investimentos".

A arquiteta lembra que outros países usaram estratégias como reabilitar áreas portuárias e revitalizar centros urbanos. Essas obras "têm afetado a configuração formal da cidade e as perspectivas de desenvolvimento de fato". (Ícaro Joathan e Iracema Sales)

Fonte: Diário do Nordeste
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Fortaleza: Recuperação da Osório de Paiva beneficia usuários de três terminais

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Seis equipes da Operação Tapa-Buracos, da Prefeitura de Fortaleza, atuam na avenida Osório de Paiva, corredor de acesso os terminais de ônibus Parangaba, Siqueira e Lagoa. Com a recuperação total da via, onde circulam 47 linhas, mais de 260 mil usuários do transporte público serão beneficiados. Esta semana, a Operação atua ainda em pontos como Praia do Futuro, Beira-Mar e Praia de Iracema, além dos corredores comerciais do Centro, tendo em vista o aumento do fluxo de veículos por conta do período de férias.

Confira as linhas de ônibus que circulam na Osório de Paiva:

025-Opaia/Lagoa
027-Siqueira/Papicu/Aeroporto
029-Parangaba/Náutico
030-Siqueira/Papicu/13 de Maio
038-Parangaba/Papicu
050-Siqueira/Messejana/Papicu
051-Grande Circular I
052-Grande Circular II
067-Lagoa/Albert Sabin
069-Via Expressa/Lagoa
070-Clube de Regatas/Parangaba
077-Parangaba/Mucuripe
078-Siqueira/Mucuripe
319-Parque São José/Osório de Paiva
320-João XXIII/Centro
322-Granja Portugal/Lagoa
329-Parque Santa Rosa/Siqueira
330-Cj Esperança/Siqueira
331-Cj Esperança/Centro
332-Siqueira/Lagoa
333-Bom Jardim/Centro
334-Mondubim/Siqueira I e II
335-Bom Jardim I
336-Parque Santa Cecilia I
337-Jardim Jatobá/Siqueira I
338-Canindezinho342-Parque São Vicente
345-Cj Ceará/Siqueira
346-Jardim Fluminense
351-Joquei/Bonsucesso
352-Bonsucesso/Joquei
355-Siqueira/José Bastos
360-Siqueira/João Pessoa
361-Siqueira/Osório de Paiva/Parangaba
362-Siqueira/Vila Manoel Sátiro/Parangaba
363-Vila Manoel Sátiro/Centro
366-Bom Jardim II
369-Parque Santa Rosa/Parangaba
376-Parque Santa Cecilia II
378-Canindezinho/Urucutuba
381-Santa Maria/Siqueira
382-Parque Jerusalém
384-Parque Santana
386-Planalto Granja Lisboa I e II
387-Jardim Jatobá/Centro
390-Av. João Pessoa
397-Jardim Jatobá/Siqueira II
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