Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram
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Inovações Tecnológicas marcam o 1º Trem da Linha 17-Ouro

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

O primeiro trem da Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo está totalmente montado e pronto para iniciar a fase de testes estáticos. Com capacidade para 616 passageiros, o trem traz uma grande inovação: um conjunto de baterias que lhe dá autonomia para percorrer 8 km com energia própria. “É como se fosse uma subestação ambulante. Temos 20 sistemas embarcados nesta composição”, explica Roberto Torres, gerente do empreendimento da Linha 17-Ouro.

A composição, que será movida por um sistema automático (UTO) e controlada por tecnologia de monitoramento e sinalização de ponta, promete maior eficiência, conforto e segurança. O trem possui sistema de sinalização e controle CBTC, que reduz o intervalo entre as composições.

A nova unidade traz o “estado da arte” em tecnologia metroferroviária: ar-condicionado, câmeras de vigilância, sistema de detecção de incêndio, iluminação LED, mapas dinâmicos, bancos ergonômicos, sistema de comunicação audiovisual, entre outros.

A segunda composição chegará ao Brasil ainda em 2024 e os demais 12 ao longo de 2025. Todos os trens da frota foram adquiridos junto à BYD Skyrail e foram exclusivamente produzidos para a nova linha de monotrilho.

A Linha 17-Ouro ligará o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte, com previsão de operação em 2026 e capacidade para transportar 90 mil passageiros diariamente.

Informações: Metrô SP

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Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil

domingo, 20 de outubro de 2024

O novo trem da Linha 15-Prata chegou ao Brasil após o navio que o transportou atracar no Porto de Santos na noite de terça-feira (15). A unidade é a primeira de uma frota de 19 trens encomendados pelo Metrô e que estão em fabricação na China para atender a expansão da linha, que já tem obras de construção de três novas estações.

Após o desembarque, o trem passará pelo processo de liberação aduaneira, que pode levar até 45 dias. Em seguida, será transportado em sete carretas até o Pátio Oratório, na zona leste de São Paulo, onde iniciará os testes dinâmicos e estáticos, necessários para a certificação de segurança e posterior operação.

Esse novo lote de composições segue o mesmo layout das que já estão em operação na Linha 15-Prata, mas com atualização tecnológica do que existe de mais moderno no setor metroferroviário. A composição tem sete carros interligados, sistemas de telecomunicações avançados, monitoramento por câmeras, iluminação LED e gestão inteligente de energia.

Os novos trens vão melhorar a capacidade de atendimento aos passageiros, acompanhando o crescimento da Linha 15-Prata e de sua demanda, que hoje é de 140 mil pessoas por dia, garantindo maior conforto e segurança.

O lote foi encomendado junto ao Consórcio CEML – responsável pelo fornecimento dos carros para a Linha 15-Prata – e fabricados na China pela joint-venture PATS, sob a liderança da Alstom, com a participação da CRRC.

Tecnologia de ponta

Os 19 novos trens, assim como a atual frota da Linha 15-Prata, têm tecnologia de ponta, com capacidade para operar em sistema UTO (Operação de Trem sem Condutor), onde os trens funcionam de forma totalmente automatizada, semelhante à Linha 4-Amarela. Esse sistema, que já está em uso nesta linha, foi projetado com múltiplas camadas de segurança e redundância para evitar falhas graves, garantindo uma operação 100% segura, a exemplo das demais linhas do sistema metroviário.

A segurança do passageiro sempre foi prioridade no Metrô. Por isso, o sistema UTO da Linha 15 é monitorado em tempo real pelo Centro de Controle Operacional (CCO), além de já ter passado por exaustivos testes pelo fornecedor com a supervisão do Metrô para assegurar sua confiabilidade.

Nesta fase inicial, os trens ainda contam com operadores a bordo e, em breve, as estações terão profissionais especializados. Nenhum funcionário será demitido, pois serão realocados para atender as necessidades da empresa.

O monotrilho

A Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo atualmente conta com 15 km de extensão e 11 estações, ligando o Jardim Colonial à Vila Prudente. Ela permite a redução do tempo de viagem de 50% do extremo leste ao centro.

A linha está em expansão pelo Metrô com a construção de mais 4,6 km de extensão e as estações Boa Esperança e Jacu Pêssego (a leste de Jardim Colonial), além da Ipiranga (a oeste de Vila Prudente), que vai proporcionar a conexão com a Linha 10-Turquesa, agilizando o trajeto do extremo leste ao centro de São Paulo e ao ABC Paulista.
 
Informações: Governo de SP

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Metrô de SP completa 50 anos com malha ainda insuficiente

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Sistema paulistano foi o pioneiro do país. Especialistas avaliam que avanço do sistema metroferroviário nas últimas décadas continua aquém da necessidade das grandes cidades brasileiras.Primeiro do país, o metrô de São Paulo entrou oficialmente em operação em 14 de setembro de 1974. Cinquenta anos depois, a malha de transporte urbano sobre trilhos no Brasil ainda está aquém do ideal, conforme apontam especialistas.

Em 1974, noticiou o jornal O Estado de S. Paulo: a inauguração do novo sistema de transporte da capital paulista foi uma festa com "balões de gás, bandas, desfiles de escolares, sambistas, sanfoneiros e folhetos de propaganda política" em que "o povo só pode ver de longe os passageiros do 'trem da alegria', o metrô", que fez o percurso inaugural do pequeno trecho então inaugurado, os 7 quilômetros entre Jabaquara e Vila Mariana.

Marketing político à parte, a inauguração finalmente fez com que o Brasil entrasse nos trilhos do sistema de transporte urbano rápido que já era consolidado em grandes cidades pelo mundo, como em Londres — em operação desde 1863 —, Paris — desde 1900 —, Berlim — inaugurado em 1902 — e Nova York — onde começou a funcionar em 1904. A vizinha argentina teve o metrô de Buenos Aires inaugurado em 1913.

São Paulo precisaria de malha seis vezes maior

De lá para cá, houve avanços, mas ainda tímidos. A mentalidade brasileira ainda privilegia o transporte rodoviário em relação ao sobre trilhos — e a sociedade valoriza o status do transporte individual em detrimento do coletivo.

Em São Paulo, a rede metroviária atual é formada por 6 linhas — oficialmente, já que uma é, na verdade, um sistema de monotrilho —, totalizando 104 quilômetros de extensão e 91 estações. Segundo dados do governo paulista, são 5 milhões de passageiros transportados todos os dias. Para efeitos de comparação, o metrô de Nova York tem 24 linhas com 468 estações espalhadas por 369 quilômetros de extensão e o de Londres, 16 linhas, 272 estações e cerca de 400 quilômetros.

"Metrô é o modal que viabiliza de forma humana e racional a mobilidade em cidades, sendo imprescindível em metrópoles com mais de 2 milhões de habitantes", argumenta o engenheiro de transporte Sergio Ejzenberg, consultor e especialista em mobilidade. "A conta é simples. Tomando como paradigma metrópoles adensadas, é preciso 50 quilômetros de metrô para cada milhão de habitantes."

Ou seja: São Paulo precisaria de seis vezes mais. "Isso explica a lotação do nosso metrô e explica por que cada linha colocada em operação lota nas primeiras semanas de funcionamento. E mostra a estupidez do investimento em sistemas de média capacidade, como monotrilhos e VLTs", acrescenta Ejzenberg.

De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) há hoje metrô operando em Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Especialistas discordam.

"Metrô mesmo no Brasil tem somente em São Paulo, no Rio e em Brasília", aponta o engenheiro de transportes Creso de Franco Peixoto, professor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Outras cidades costumam chamar de metrô o que na verdade são linhas ferroviárias de carga que foram adaptadas para que fossem usadas como metrô."

Tecnicamente, como ele explica, o metrô consiste em linhas construídas em regiões adensadas, com paradas planejadas em curtas distâncias, a partir de pesquisas detalhadas sobre comportamentos de origem e destino da população.
 
"A denominação metrô é adotada por diversos sistemas como imagem poderosa de marketing institucional, mesmo quando aplicados em locais que não se enquadrariam nessa categoria sob uma análise mais rigorosa", comenta o engenheiro especialista em mobilidade Marcos Bicalho dos Santos, consultor em planejamento de transportes.

Ele considera metrôs, além dos sistemas de São Paulo, Rio e Brasília, as linhas de Salvador e de Fortaleza. E classifica como uma segunda divisão os modelos "de alta capacidade, implantados aproveitando infraestruturas ferroviárias desativadas", ou seja, os chamados metrôs de Belo Horizonte, Porto Alegre e do Recife.

"Neste grupo poderiam também ser incluídos os trens urbanos, que atendem a elevadas demandas, mas que apresentam características operacionais distintas dos metrôs [principalmente quanto à velocidade, frequência e distância entre paradas]", acrescenta Santos, citando os trens metropolitanos de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O restante da malha de trilhos urbanos do Brasil (veja infográfico), o especialista classifica como "uma quarta categoria […] que, em função de sua inserção urbana ou por limitações de seus projetos operacionais, operam como sistemas de média capacidade, às vezes nem isso, atendendo a demandas pouco expressivas".

Atraso histórico e mentalidade rodoviarista

No total, a malha de trilhos urbanos é de 1.135 quilômetros e está presente em 12 das 27 unidades da federação. "Somos um país de dimensões continentais e essa infraestrutura de trilhos para passageiros é insuficiente para o atendimento à população", admite o engenheiro eletricista Joubert Flores, presidente do conselho da ANPTrilhos. "Mas essa rede de atendimento tem previsão de crescimento, já que contamos com 120 quilômetros de projetos contratados ou em execução, com indicação de conclusão nos próximos cinco anos. Para 2024, a previsão é inaugurarmos 20 quilômetros."

Se o transporte sobre trilhos é tão útil, por que o Brasil está tão atrasado? Primeiramente, pela mentalidade histórica. "Houve uma efetiva priorização do transporte rodoviário de passageiros, e mesmo de cargas, pelos governos brasileiros. Este talvez tenha sido o principal motivo de perdermos cerca de 20 ou 30 anos para o início do transporte metroferroviário em São Paulo e no Brasil. Talvez tenha havido uma falta de vontade política e de visão dos governantes à época", comenta o engenheiro metalurgista Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

Para o urbanista Nazareno Affonso, diretor do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), o Brasil sempre foi "carrocrata". "O Estado não prioriza o transporte público e prioriza investimentos ligados à indústria automobilística", diz, enfatizando que as maiores cidades do país "caminham para o colapso se não houver investimentos permanentes e crescentes em sistemas metroferroviário e de ônibus".

"O estratosférico custo dos congestionamentos e dos sinistros de trânsito no Brasil inibe o crescimento e rouba parcela significativa do PIB", argumenta Ejzenberg, que calcula prejuízos diretos e indiretos de até 50 bilhões de reais por ano por conta disso, apenas na metrópole de São Paulo. "Esse custo anual, se investido em metrô, estancaria as perdas e daria maior competitividade ao Brasil. Continuamos nadando no sangue das vítimas evitáveis, ano após ano."

O custo é um grande gargalo, é verdade. Segundo levantamento do professor Peixoto, dificilmente uma obra de metrô no Brasil custa menos de 80 milhões de dólares por quilômetro. "Metrô é muito caro. Muito caro. Mas é preciso pensar que ele é capaz de transportar muita gente", comenta.

"O Brasil não investiu em transporte sobre trilhos por incompetência, insegurança jurídica e imediatismo político", critica Ejzenberg. Apesar de ser uma obra cara, ele argumenta que o modal sobre trilhos acaba tendo metade do custo do sistema de ônibus se considerado o custo do passageiro transportado por quilômetro — esta seria a incompetência, segundo o especialista. No caso da questão jurídica, ele diz que as mudanças no entendimento de como viabilizar parcerias privadas acabam afastando investidores. Por fim, politicamente há o peso eleitoreiro de que uma obra de metrô costuma levar mais do que um mandato de quatro anos entre o anúncio e a inauguração.

Solução é complexa
 
Mais metrô melhoraria em muito a qualidade de vida do brasileiro que habita as grandes cidades. Mas não é a solução mágica. "Para enfrentar a crise dos deslocamentos é preciso investimento em metrô, em ferrovias, em VLT. Mas não podemos descuidar da democratização das vias públicas, dando aos ônibus faixas exclusivas. E também a mobilidade ativa que tem crescido, com ciclovias e ciclofaixas para que avancemos nessa questão", sugere Affonso.

"Metrôs não são uma panaceia. Não são a única solução para os problemas na mobilidade urbana", acrescenta Santos. "Em muitas situações, não são a solução mais indicada, já que as soluções dependem de cada local e não podem ser unimodais."

Ele enfatiza que por mais eficiente que seja uma linha de metrô, "ela não será eficaz se as pessoas não conseguirem chegar até ela, caminhando, pedalando, usando transporte público alimentador e mesmo modos de transporte individual". O especialista salienta que, considerando isso, respectivamente é preciso também investir em calçadas adequadas, rede cicloviária e bicicletários, integração física, operacional e tarifária dos meios de transporte público e, por fim, estacionamentos e baias para desembarque e embarque para aqueles que vão chegar de carro.

"Resumindo, precisamos de planejamento urbano e de mobilidade, integrados, e não apenas de um plano de obras e compra de equipamentos", adverte ele.

Informações: Terra

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Governo de SP transporta 1º trem da Linha 17-Ouro até a capital

domingo, 8 de setembro de 2024

O governador Tarcísio de Freitas acompanhou na manhã deste domingo (8) a chegada do primeiro trem da futura Linha 17-Ouro do Metrô, que vai conectar o Aeroporto de Congonhas à estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda. Fabricada na China, a composição veio de Santos até o Pátio Água Espraiada, na região da avenida Jornalista Roberto Marinho, em uma operação especial de transporte que envolveu mais de 40 pessoas e oito veículos de grande porte, ao longo da madrugada de sábado (7) para domingo.

“A chegada da primeira composição da Linha 17-Ouro à cidade de São Paulo é motivo de muita celebração, já que materializa nosso trabalho para a otimização da mobilidade urbana e de eficiência de gestão”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas. “Retomamos essas obras, que se prolongavam há 12 anos, porque tirar ideias do papel e dar continuidade a ações estagnadas são bases importantes de nosso governo”, completou.

Cinco carretas transportaram a estrutura do monotrilho, enquanto outros três caminhões trouxeram os gangways, estruturas de conexão entre os vagões. A logística do transporte do trem, em um percurso de 70km, contou com o apoio da concessionária responsável pela rodovia dos Imigrantes, além dos órgãos municipais de tráfego ao entrar nos limites de Diadema e São Paulo.

Por ser feita durante a madrugada de um fim de semana, a viagem levou apenas uma noite, pois reduziu o impacto no tráfego das vias por onde passou. As carretas que levaram os vagões têm 30 metros de comprimento, mais de cinco metros de altura e três de largura. O comboio somou 150 metros, o que equivale a mais de dois quarteirões de extensão. A operação envolveu gestores, motoristas, policiais e agentes de trânsito.

Com a chegada do trem ao Água Espraiada, o próximo passo envolve o processo de montagem do trem que pode levar até 30 dias. Depois, começam os testes estáticos e dinâmicos nas vias já construídas no Pátio e o protocolo de comissionamento, que garante o certificado de segurança e liberação para a operação.

“A chegada do primeiro trem ao Pátio Água Espraiada representa mais um avanço rumo à operação da Linha 17-Ouro. Começaremos agora o processo de montagem e, em seguida, os testes nas vias já construídas. Este é o primeiro dos 14 trens que operarão a linha, transportando mais de 90 mil passageiros todos os dias, em oito novas estações”, disse Marco Antonio Assalve, Secretário dos Transportes Metropolitanos.

Os trens, adquiridos da empresa BYD, foram exclusivamente produzidos para a Linha 17-Ouro. A primeira unidade chegou ao Brasil de navio, navegando por 40 dias desde o porto de Zhangjiagang, na região de Xangai, na China. A segunda composição será enviada ainda neste ano e o restante, ao longo de 2025.

Características do trem
O primeiro veículo, assim como as demais 13 composições, tem modo de operação automática (UTO) e utiliza tecnologia de Sistema de Controle de Monitoramento de Trens (TCMS), com sistema de sinalização CBTC. Por meio de comunicação via rádio digital, forma blocos móveis entre os trens, permitindo maior aproximação entre eles e a redução do intervalo de circulação.

Cada composição do monotrilho é formada por cinco carros. Os das extremidades contam com 21 assentos cada, enquanto os intermediários têm 24 assentos cada, totalizando 114 assentos e capacidade total para 616 passageiros, incluindo assentos prioritários e áreas para deficiente. Os trens possuem passagem livre entre os vagões, sistema de ar-condicionado, iluminação LED, câmeras de vigilância, sistema de detecção e combate a incêndio, sistema de comunicação audiovisual aos passageiros, com mapa de linha dinâmico e intercomunicador para contato ao Centro de Controle Operacional (CCO).

Próxima etapa é montagem do trem
O veículo tem 3,2 metros de largura e cada carro possui quatro portas (duas em cada lado) com largura de 1,6 metros, adequada às normas e critérios de acessibilidade. As paredes laterais estão equipadas com janelas panorâmicas, proporcionando visualização do entorno do trajeto. Há também janelas basculantes, que podem ser abertas em casos de emergência para garantir ventilação aos passageiros.

O monotrilho vai operar sobre uma viga de concreto de 800mm de largura, com tensão nominal de 750 Vcc e velocidade de 80 km/h. A composição tem baterias de tração, que funcionam como fonte de energia reserva, garantindo que o trem chegue à próxima estação caso haja interrupção de fornecimento de energia, proporcionando mais segurança para o usuário.

Informações: Governo de SP

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Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo bate recorde de passageiros e adota novas tecnologias de operação e manutenção

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

A Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo registrou um recorde histórico no transporte de passageiros. Na última quinta-feira (15), a linha atendeu 139 mil pessoas, o maior volume de passageiros transportados em um único dia desde o início de sua operação há 10 anos.

A recente adoção de uma nova estratégia de manobra à oeste da Estação Vila Prudente contribuiu significativamente para essa melhoria. Agora, os passageiros realizam o embarque e desembarque em lados diferentes das plataformas, o que otimiza o fluxo e aumenta a eficiência operacional, melhorando a experiência das pessoas.

Operação totalmente automática (UTO)

A Linha 15-Prata está em processo de transição para o sistema de operação totalmente automatizada (UTO – Unattended Train Operation). A tecnologia permite que os trens operem de forma remota, semelhante ao modelo já utilizado na Linha 4-Amarela. Projetada desde o início para funcionar nesse modo, a Linha 15-Prata está equipada com sistemas avançados que garantem a segurança e eficiência da operação.

A transição para o UTO começou neste domingo (18) e ocorreu dentro do planejamento, sem registro de intercorrências. A adoção definitiva vem sendo feita de forma gradativa. Inicialmente, os trens continuam com operadores a bordo, enquanto a tecnologia é rigorosamente monitorada e testada pelo Metrô. Ao mesmo tempo, as estações também contarão com operadores especializados para garantir a segurança e o suporte necessário. Importante destacar que nenhum operador perderá o emprego durante essa transição, com remanejamentos para outras linhas ou funções dentro da própria Linha 15-Prata.

Controle à distância

Para suportar a operação UTO, o Metrô implementou um novo Posto de Supervisão do Tráfego no Centro de Controle da Linha 15-Prata (CC15). Esse posto permite o monitoramento remoto e em tempo real de todas as funcionalidades essenciais dos trens, assegurando que qualquer falha ou anomalia seja rapidamente identificada e corrigida. O sistema permite o acesso a informações detalhadas sobre os trens, incluindo o estado das baterias, ar-condicionado, portas, pneus, e sistemas de comunicação, garantindo uma operação segura e confiável.

Monitoramento da Manutenção

A manutenção dos trens da Linha 15-Prata também passou a ser monitorada remotamente, com a transferência do posto de manutenção para o Centro de Controle de Manutenção (CCM) no Pátio Jabaquara. Agora, a Linha 15 integra a estratégia de manutenção das demais linhas do Metrô, com todos os dados dos trens sendo transmitidos em tempo real e analisados para prever e prevenir falhas, garantindo que a operação ocorra sem interrupções.

O CCM utiliza tecnologias avançadas como o Módulo Data Logger (MDL) e a Plataforma de Monitoramento de Ativos (PMA) para coletar e analisar dados de todos os sistemas dos trens, permitindo a manutenção preventiva e corretiva de forma eficaz. Essa estrutura assegura que a operação da Linha 15-Prata seja contínua e que todos os equipamentos estejam sempre em perfeito funcionamento, contribuindo para a segurança e conforto dos passageiros.

Sobre o monotrilho

A Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo, que é a linha de metrô que mais cresce em São Paulo, conta atualmente conta com 15 km de extensão e 11 estações, ligando o Jardim Colonial a Vila Prudente, permite a redução do tempo de viagem de 50% do extremo leste ao centro.

Ela não apenas atinge novos marcos de eficiência e atendimento, como também se posiciona na vanguarda da tecnologia ferroviária com a adoção do sistema UTO e um monitoramento de manutenção altamente integrado e inovador. Essas mudanças reforçam o compromisso do Metrô de São Paulo com a segurança, confiabilidade e a constante melhoria na qualidade dos serviços prestados à população.

Informações: Metrô SP

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Primeiro trem da Linha 17-Ouro chega ao Porto de Santos

domingo, 30 de junho de 2024

O primeiro trem da Linha 17-Ouro chegou ao Brasil na tarde deste sábado (29), vindo da China, onde foi fabricado. O navio “Kong Que Song” atracou no Porto de Santos, trazendo a composição que será retirada da embarcação no domingo (30) e passará pelos procedimentos de liberação aduaneira antes de ser transportada até a capital paulista.

Os passos seguintes compreendem a subida da serra do litoral paulista, por meio de cinco carretas, que transportarão individualmente cada um dos carros do trem até o Pátio Água Espraiada. A logística envolve apoio de tráfego especial em horários específicos, de forma a reduzir os impactos no tráfego das rodovias e avenidas do trajeto.

Já no Pátio na capital, o veículo será montado por completo, incluindo a passagem entre carros e passará pelo protocolo de testes que vão garantir o certificado de segurança e liberação para a operação.

O transporte marítimo do trem desde a China foi iniciado em 15 de maio, com o embarque no navio no Porto de Zhangjiagang, na região de Xangai.

Esse trem faz parte de um lote de 14 unidades encomendadas pelo Metrô junto à BYD, que fabrica as composições na China. A segunda unidade chegará ao Brasil ainda este ano e os demais serão entregues ao longo de 2025, de acordo com o cronograma estabelecido.

Características do Trem
O primeiro trem, assim como as demais 13 composições, foi projetado exclusivamente para atender ao projeto da Linha 17-Ouro, com o modo de operação automática (UTO), utilizando tecnologia de Sistema de Controle de Monitoramento de Trens (TCMS) e sistema de sinalização CBTC, que, por meio de comunicação via rádio digital, forma blocos móveis entre os trens, permitindo maior aproximação entre eles e a redução do intervalo de circulação.

Cada composição é formada por cinco carros, sendo que os de extremidade contam com 21 assentos cada e os intermediários têm 24 assentos cada, totalizando 114 assentos e capacidade total para 616 passageiros, incluindo assentos prioritários e áreas para Pessoas com Deficiência (PCD).  O trem possui passagem livre entre os carros, sistema de ar-condicionado, iluminação LED, câmeras de vigilância, sistema de detecção e combate a incêndio, sistema de comunicação audiovisual aos passageiros, com mapa de linha dinâmico e intercomunicador para contato ao Centro de Controle Operacional (CCO).

O veículo mede 3,2 metros de largura, sendo que os carros de extremidade possuem 13,5 metros cada e os intermediários medem 10 metros de comprimento, além da área de passagem de 0,95 metros, totalizando 60,8 metros de comprimento. Cada carro possui quatro portas – duas em cada lado – medindo 1,6 metro de largura que respeitam as normas e critérios de acessibilidade. As paredes laterais estão equipadas com janelas panorâmicas, proporcionando excelente visualização do entorno do trajeto e janelas tipo basculantes, que podem ser abertas caso necessário, garantindo ventilação de emergência para os passageiros.

O monotrilho opera sobre vigas de concreto de 800mm de largura e possui dois truques por carro, sendo cada um equipado com um motor de tração, duas rodas de carga, quatro rodas guia e duas rodas estabilizadoras. Sua tração é feita por alimentação elétrica, com uma tensão nominal de 750 Vcc, com velocidade operacional de até 80 km/h.

Outro diferencial do trem são as baterias de tração, que funcionam como fonte de energia reserva para o veículo, garantindo assim que ele chegue à próxima estação, mesmo que haja interrupção no fornecimento de energia, proporcionando mais segurança ao passageiro em caso de emergência operacional.

Implantação da Linha 17-Ouro
O Metrô retomou a construção da Linha 17-Ouro em setembro do ano passado e vem avançando nas obras com mais de mil pessoas envolvidas. Neste ano, a empresa concluiu o lançamento de vigas da via de operação comercial e há atividades de fabricação das vigas do Pátio, além da montagem dos aparelhos de mudança de via neste local.

Também são feitos os acabamentos e ajustes das estações, bem como a fabricação e instalação das estruturas metálicas, passarelas e esquadrias para fechamento. Em paralelo, ocorrem as atividades para a implantação de sistemas, com a colocação de dutos e cabeamento de alimentação elétrica, assim como o uso de um carrinho que percorre as vias para a instalação dos trilhos de captação de energia.

A meta é concluir a obra bruta até o final de 2025, permitindo o avanço da instalação de sistemas para a abertura da linha em 2026, que vai ligar o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos e beneficiar a 100 mil pessoas diariamente.

Informações:  ABC do ABC

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