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Ao menos 19 capitais terão passe livre no dia da votação; saiba quais

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Ao menos 19 capitais terão alguma forma de passe livre para os transportes públicos no primeiro turno das eleições municipais, que ocorrerá no próximo domingo (6). O levantamento foi feito pela Folha, que entrou em contato com autoridades municipais, estaduais e concessionárias.

Das dez maiores capitais do Brasil (excluindo Brasília, onde não há eleição municipal), Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus e Curitiba garantiram passe livre aos eleitores.

Em São Paulo, onde os ônibus já rodam de graça aos domingos, a SPTrans, estatal que administra o sistema, afirmou que a frota será reforçada.

Já Salvador e Recife não divulgaram seus planos para as eleições. Espirito Santo, Paraíba e Rio Grande do Norte garantem tarifa zerada para todos os seus municípios.

Algumas capitais afirmam analisar a questão, mesmo com decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Em outubro do ano passado, os ministros decidiram em unanimidade que o poder público deve ofertar transporte urbano coletivo gratuito, em frequência compatível aos dias úteis, nas datas das eleições.

Os termos da decisão são válidos enquanto o Congresso não editar uma lei que regulamente uma política de gratuidade do transporte público nesses dias — o que não aconteceu desde então. Até que isso aconteça, a regulamentação dessa oferta de transporte será feita pela Justiça Eleitoral.

Confira abaixo como será implementado o passe livre em cada capital:
São Paulo (SP)
Em São Paulo, onde os ônibus já rodam de graça aos domingos, a frota será a mesma dos sábados, com 6.800 veículos.

Para utilizar os ônibus gratuitamente, o passageiro deve passar pela catraca com o Bilhete Único. Caso não tenha o cartão, basta avisar o motorista ou o cobrador.

Nesta terça-feira (1º) as concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade, responsáveis pelas linhas 4-amarela e 5-lilás, do metrô paulistano, e das linhas 8-diamante e 9-esmeralda, dos trens metropolitanos, também disseram que não vão cobrar passagem.

Questionada pela reportagem, a Secretaria de Transportes Metropolitanos não confirmou se as linhas públicas do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também não vão cobrar os passageiros. Segundo apurou a reportagem, a pasta espera a assinatura de um decreto com as regras, o que deve sair nesta quarta (3).

Belém (PA)
Os passageiros podem acessar os terminais, estações e paradas de ônibus entre o período das 4h da manhã às 23h59 do domingo. Não será necessário apresentar documentos, segundo decreto municipal, e as catracas serão liberadas.

Belo Horizonte (MG)
Todas as linhas de ônibus ficarão gratuitas das 0h às 23h59 nos dias de votação, de acordo com a prefeitura.
O governo estadual também divulgou que o transporte coletivo intermunicipal de caráter urbano ou metropolitano será gratuito. O usuário não precisará apresentar o título de eleitor nem o comprovante de votação, mas terá de fazer o registro da viagem no cartão Ótimo ou bilhete.

A região metropolitana também terá passe livre em todos os ônibus metropolitanos. Além disso, o metrô vai operar de forma gratuita.

Curitiba (PR)
A gratuidade será válida durante todo o dia e incluirá as 242 linhas de ônibus em operação na cidade, que seguirão a tabela de horários de sábado. A única exceção será a Linha Turismo, que continuará cobrando a tarifa de R$ 50.

Florianópolis (SC)
A prefeitura confirmou que as linhas de ônibus da cidade serão gratuitas no dia da eleição. Os horários serão de dias úteis, com linhas extras conforme demanda. Não será necessário apresentar qualquer documento.
Florianópolis é uma das seis capitais que possuem alguma forma de passe livre, mesmo que parcial. No verão, todos os domingos têm passe livre. Fora da temporada os ônibus são gratuitos no último domingo do mês.

Fortaleza (CE)
A cidade terá ônibus gratuitos no primeiro e no segundo turno, conforme projeto aprovado pela Câmara Municipal.

O governo estadual também sancionou a gratuidade em ônibus metropolitanos e intermunicipais, incluindo transporte rodoviário e metroviário.

Para viagens na região metropolitana, a gratuidade vale das 5h às 18h do dia da eleição, mediante a apresentação do Título de Eleitor ou outro documento que comprove o local de votação no município de destino.

Para viagens entre cidades, não será cobrada tarifa do usuário entre 17h da sexta-feira anterior à eleição e 8h da segunda-feira imediatamente seguinte. O eleitor deve o eleitor solicitar a reserva das passagens de ida e volta com pelo menos dois de antecedência.

Goiânia (GO)
A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos disse que o transporte público será gratuito em Goiânia e em toda região metropolitana.

A planilha será de dia útil e o horário de funcionamento das 4h30 às 0h30 de segunda (7). Os usuários deverão acessar o serviço por meio da catraca e realizar a validação normalmente.

João Pessoa (PA)
O embarque nos ônibus com gratuidade da tarifa poderá ser realizado por qualquer pessoa, portando o Passe Legal e o Título de Eleitor, entre às 6h e às 20h.

Os paraibanos também terão direito a gratuidade do transporte intermunicipal nos dias de realização da votação de pleitos eleitorais.

Macapá (AP)
A cidade não vai oferecer tarifa zero para toda população. O acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) garante a gratuidade para idosos, pessoas com deficiência e com autismo, doadores de sangue e também mesários e pessoas que estão à disposição da Justiça Eleitoral.

Ao restante da população será adotada tarifa social de R$ 1,85.

Maceió (AL)
A prefeitura disse já concede gratuidade no transporte público aos domingos e que está programado um reforço nas linhas.

Manaus (AM)
A gratuidade será oferecida das 4h às 18h, e, de acordo com a prefeitura, cerca de 1.150 ônibus estarão em operação na cidade. A medida também será válida para o segundo turno, se houver. As áreas próximas aos locais de votação serão reservadas para facilitar o embarque e desembarque dos eleitores.

Natal (RN)
A governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou nesta segunda-feira (30) gratuidade no transporte rodoviário intermunicipal e metropolitano para o primeiro turno das eleições municipais no estado. O benefício será válido no fim de semana da votação.

Para passagens intermunicipais, os eleitores poderão retirar os bilhetes de viagem nos guichês das empresas a partir da quarta-feira (2), mediante a apresentação de um documento que comprove sua identidade e local de votação.

A gratuidade será válida para viagens no sábado, com retorno até as 18h da segunda.

Palmas (TO)
A cidade já tem uma lei que estabelece o transporte público é gratuito aos finais de semana e feriados. Não foi informado se haverá reforço da frota ou ajuste dos horários.

Porto Alegre (RS)
De acordo com decreto publicado na última sexta, a capital gaúcha terá gratuidade nos dias 6 e 27 de outubro (caso ocorra segundo turno). Não será necessário apresentar documentos. Devem ser disponibilizados 40% a mais de viagens que domingos convencionais para atender a demanda.

Porto Velho (RO)
A prefeitura anunciou, por meio de decreto, a concessão de isenção das tarifas do serviço público de transporte coletivo urbano de passageiro.

A gratuidade será aplicada no dia 6 de outubro de 2024, das 6h às 18h, abrangendo todas as linhas e itinerários operados pelas concessionárias do serviço. O município será responsável pelo ressarcimento das concessionárias.

Rio Branco (AC)
O transporte gratuito estará disponível para todos os cidadãos nos dias 6 e 27 de outubro, com início da circulação dos ônibus às 3h e término às 15h30. A medida foi pensada para atender ao horário de votação no Acre, que será das 6h às 15h.

Rio de Janeiro (RJ)
A Prefeitura do Rio de Janeiro autorizou passe livre para todos os transportes regulamentados na cidade no dia da eleição, das 6h até as 20h. Isso inclui ônibus, VLT, BRT, metrô, trem, barcas e vans. As empresas de ônibus devem manter o funcionamento de 100% da frota, segundo decreto.

O estado, no entanto, ainda não divulgou detalhes do funcionamento de metrô, trem e barcas no dia da votação.

São Luís (MA)
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes irá disponibilizar, com gratuidade, a mesma frota de ônibus dos dias de semana.

A medida valerá de meia-noite até às 22h de domingo às pessoas que apresentarem o título de eleitor ou qualquer outro documento autorizado pela Justiça Eleitoral para votação.

Vitória (ES)
Vitória não divulgou programação especial para as eleições municipais. Contudo, desde dezembro de 2022, o transporte público coletivo agora é obrigatoriamente gratuito em dias de eleições no Espírito Santo.

Outras capitais
Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Recife (PE) e Salvador (BA) afirmaram que a questão ainda está em análise. Campo Grande (MS) e Teresina (PI) não responderam.

Informações: FolhaPress
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Transporte coletivo de Uberlândia recebe 21 novos ônibus

O transporte público de Uberlândia acaba de ser reforçado com a chegada de 21 novos ônibus, uma ação que promete melhorar a qualidade do serviço oferecido aos usuários. Esses veículos foram incorporados à frota para atender à crescente demanda por transporte coletivo e garantir mais conforto e segurança para os passageiros.


Investimento no Transporte Público
A Prefeitura de Uberlândia segue investindo para oferecer um transporte público de melhor qualidade. A aquisição dos novos ônibus faz parte de um plano estratégico para modernizar a frota e, consequentemente, atender às necessidades da população. Com essa ampliação, os usuários podem contar com veículos mais novos, o que reflete diretamente em um serviço mais eficiente. Essa iniciativa não apenas contribui para a qualidade do transporte, mas também para o meio ambiente, já que muitos desses veículos contam com tecnologias que reduzem a emissão de poluentes, contribuindo para uma cidade mais sustentável.

Mais Conforto e Segurança para os Usuários
Entre os principais benefícios dos novos ônibus está o aumento do conforto para os passageiros. Eles são equipados com sistemas de ar-condicionado, acessibilidade para pessoas com deficiência, e bancos mais ergonômicos. Além disso, a segurança também foi priorizada, com a implementação de câmeras de vigilância e sistemas modernos de monitoramento, garantindo viagens mais seguras.

Os 21 ônibus recém-adquiridos são parte de um plano de renovação contínua da frota, que prevê a substituição gradativa dos veículos mais antigos. Isso garante que o serviço prestado seja sempre de qualidade, com ônibus em boas condições para circular.

Expansão das Linhas e Frequência das Viagens
Com a chegada dos novos veículos, a expectativa é que a oferta de transporte público na cidade seja ampliada. Mais ônibus em circulação significam maior disponibilidade de viagens e menos tempo de espera nos pontos. Isso é especialmente importante em horários de pico, quando a demanda é maior e os usuários acabam enfrentando longas esperas.

Além disso, a previsão é que novas linhas sejam criadas e as rotas atuais sejam otimizadas, de modo a facilitar o deslocamento dos moradores de diferentes bairros. Esse é um passo fundamental para garantir que todos os cantos da cidade sejam atendidos de maneira eficiente.

Modernização e Sustentabilidade
A sustentabilidade é um tema cada vez mais relevante no setor de transporte. Em Uberlândia, a modernização da frota inclui a adoção de tecnologias mais limpas. Muitos dos novos ônibus possuem motores que emitem menos gases poluentes, ajudando a reduzir a pegada de carbono da cidade. Essa ação reflete um compromisso com o futuro, priorizando tanto a mobilidade urbana quanto a preservação ambiental. Além disso, a implementação de veículos mais modernos tende a reduzir a necessidade de manutenção frequente, o que diminui custos operacionais e garante um serviço mais confiável para os passageiros.

Melhoria na Qualidade do Serviço
A adição desses novos veículos à frota de Uberlândia deve gerar um impacto positivo na qualidade do transporte coletivo oferecido. Com mais ônibus, os passageiros devem experimentar menos lotação e maior pontualidade, fatores cruciais para garantir a satisfação dos usuários. Com veículos mais confortáveis, acessíveis e seguros, a tendência é que mais pessoas optem pelo transporte público, o que pode resultar em uma diminuição do tráfego de veículos particulares nas ruas da cidade, ajudando a reduzir os congestionamentos e melhorando a mobilidade urbana como um todo.

Acesso Facilitado para Pessoas com Deficiência
Outro ponto importante dessa modernização da frota é a acessibilidade. Todos os novos ônibus são equipados com rampas para cadeirantes e espaços reservados, garantindo que as pessoas com deficiência possam se locomover pela cidade com mais facilidade e autonomia. Essa é uma conquista importante para tornar a cidade mais inclusiva e garantir que todos os cidadãos tenham direito ao transporte público de qualidade.

Informações: Correio de Uberlândia

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Obras da linha 2 do metrô de BH têm início nesta segunda-feira

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Na manhã da segunda-feira (16), teve início a construção da tão aguardada Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte, com uma cerimônia oficial que contorno com a presença do governador Romeu Zema e do vice-governador, professor Mateus Simões, ambos do Partido Novo. O projeto promete transformar a mobilidade urbana da capital mineira para conectar a região Oeste ao Barreiro.

A nova linha do metrô está prevista para estar em pleno funcionamento em 2028, segundo a operação Metrô BH. A nova estação do Barreiro estará interligada ao Terminal BHBUS e ao ViaShopping, facilitando a integração com outros meios de transporte. No entanto, duas estações, Nova Suíça e Amazonas, estarão operando já em 2026.

Durante a cerimônia, o governador Romeu Zema ressaltou a magnitude do projeto. “Estamos falando da maior obra de mobilidade em décadas. São mais de R$ 3 bilhões de investimento. Estou iniciando as obras, mas sei que meus sucessores terão o prazer de inaugurá-la. É um investimento para o futuro”, declarou Zema.

O investimento total para a Linha 2 e melhorias na Linha 1 é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 2,8 bilhões vêm do Governo Federal, e R$ 440 milhões são oriundos de um Termo de Reparação assinado pelo Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) com a Vale, em resposta ao rompimento da barragem de Brumadinho.

A Linha 2 terá uma extensão de 10,5 km e será composta por sete estações: Nova Suíça (onde ocorrerá a interseção das duas linhas), Amazonas, Nova Gameleira, Nova Cintra, Vista Alegre, Ferrugem e Barreiro. A expectativa é que a linha transporte diariamente cerca de 213 mil passageiros, divididos entre 157 mil na Linha 1 e 56 mil na Linha 2.

Além disso, em maio deste ano, o governo estadual anunciou a aquisição de 24 novos trens, fabricados pela chinesa Changchun Railway Vehicles. A entrega dos primeiros trens está prevista para o primeiro semestre de 2026. Esses trens serão usados ​​nas duas linhas do metrô, prometendo um aprimoramento significativo no serviço de transporte público de Belo Horizonte.

Informações: Portal Impactto

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Metrô de SP completa 50 anos com malha ainda insuficiente

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Sistema paulistano foi o pioneiro do país. Especialistas avaliam que avanço do sistema metroferroviário nas últimas décadas continua aquém da necessidade das grandes cidades brasileiras.Primeiro do país, o metrô de São Paulo entrou oficialmente em operação em 14 de setembro de 1974. Cinquenta anos depois, a malha de transporte urbano sobre trilhos no Brasil ainda está aquém do ideal, conforme apontam especialistas.

Em 1974, noticiou o jornal O Estado de S. Paulo: a inauguração do novo sistema de transporte da capital paulista foi uma festa com "balões de gás, bandas, desfiles de escolares, sambistas, sanfoneiros e folhetos de propaganda política" em que "o povo só pode ver de longe os passageiros do 'trem da alegria', o metrô", que fez o percurso inaugural do pequeno trecho então inaugurado, os 7 quilômetros entre Jabaquara e Vila Mariana.

Marketing político à parte, a inauguração finalmente fez com que o Brasil entrasse nos trilhos do sistema de transporte urbano rápido que já era consolidado em grandes cidades pelo mundo, como em Londres — em operação desde 1863 —, Paris — desde 1900 —, Berlim — inaugurado em 1902 — e Nova York — onde começou a funcionar em 1904. A vizinha argentina teve o metrô de Buenos Aires inaugurado em 1913.

São Paulo precisaria de malha seis vezes maior

De lá para cá, houve avanços, mas ainda tímidos. A mentalidade brasileira ainda privilegia o transporte rodoviário em relação ao sobre trilhos — e a sociedade valoriza o status do transporte individual em detrimento do coletivo.

Em São Paulo, a rede metroviária atual é formada por 6 linhas — oficialmente, já que uma é, na verdade, um sistema de monotrilho —, totalizando 104 quilômetros de extensão e 91 estações. Segundo dados do governo paulista, são 5 milhões de passageiros transportados todos os dias. Para efeitos de comparação, o metrô de Nova York tem 24 linhas com 468 estações espalhadas por 369 quilômetros de extensão e o de Londres, 16 linhas, 272 estações e cerca de 400 quilômetros.

"Metrô é o modal que viabiliza de forma humana e racional a mobilidade em cidades, sendo imprescindível em metrópoles com mais de 2 milhões de habitantes", argumenta o engenheiro de transporte Sergio Ejzenberg, consultor e especialista em mobilidade. "A conta é simples. Tomando como paradigma metrópoles adensadas, é preciso 50 quilômetros de metrô para cada milhão de habitantes."

Ou seja: São Paulo precisaria de seis vezes mais. "Isso explica a lotação do nosso metrô e explica por que cada linha colocada em operação lota nas primeiras semanas de funcionamento. E mostra a estupidez do investimento em sistemas de média capacidade, como monotrilhos e VLTs", acrescenta Ejzenberg.

De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) há hoje metrô operando em Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Especialistas discordam.

"Metrô mesmo no Brasil tem somente em São Paulo, no Rio e em Brasília", aponta o engenheiro de transportes Creso de Franco Peixoto, professor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Outras cidades costumam chamar de metrô o que na verdade são linhas ferroviárias de carga que foram adaptadas para que fossem usadas como metrô."

Tecnicamente, como ele explica, o metrô consiste em linhas construídas em regiões adensadas, com paradas planejadas em curtas distâncias, a partir de pesquisas detalhadas sobre comportamentos de origem e destino da população.
 
"A denominação metrô é adotada por diversos sistemas como imagem poderosa de marketing institucional, mesmo quando aplicados em locais que não se enquadrariam nessa categoria sob uma análise mais rigorosa", comenta o engenheiro especialista em mobilidade Marcos Bicalho dos Santos, consultor em planejamento de transportes.

Ele considera metrôs, além dos sistemas de São Paulo, Rio e Brasília, as linhas de Salvador e de Fortaleza. E classifica como uma segunda divisão os modelos "de alta capacidade, implantados aproveitando infraestruturas ferroviárias desativadas", ou seja, os chamados metrôs de Belo Horizonte, Porto Alegre e do Recife.

"Neste grupo poderiam também ser incluídos os trens urbanos, que atendem a elevadas demandas, mas que apresentam características operacionais distintas dos metrôs [principalmente quanto à velocidade, frequência e distância entre paradas]", acrescenta Santos, citando os trens metropolitanos de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O restante da malha de trilhos urbanos do Brasil (veja infográfico), o especialista classifica como "uma quarta categoria […] que, em função de sua inserção urbana ou por limitações de seus projetos operacionais, operam como sistemas de média capacidade, às vezes nem isso, atendendo a demandas pouco expressivas".

Atraso histórico e mentalidade rodoviarista

No total, a malha de trilhos urbanos é de 1.135 quilômetros e está presente em 12 das 27 unidades da federação. "Somos um país de dimensões continentais e essa infraestrutura de trilhos para passageiros é insuficiente para o atendimento à população", admite o engenheiro eletricista Joubert Flores, presidente do conselho da ANPTrilhos. "Mas essa rede de atendimento tem previsão de crescimento, já que contamos com 120 quilômetros de projetos contratados ou em execução, com indicação de conclusão nos próximos cinco anos. Para 2024, a previsão é inaugurarmos 20 quilômetros."

Se o transporte sobre trilhos é tão útil, por que o Brasil está tão atrasado? Primeiramente, pela mentalidade histórica. "Houve uma efetiva priorização do transporte rodoviário de passageiros, e mesmo de cargas, pelos governos brasileiros. Este talvez tenha sido o principal motivo de perdermos cerca de 20 ou 30 anos para o início do transporte metroferroviário em São Paulo e no Brasil. Talvez tenha havido uma falta de vontade política e de visão dos governantes à época", comenta o engenheiro metalurgista Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

Para o urbanista Nazareno Affonso, diretor do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), o Brasil sempre foi "carrocrata". "O Estado não prioriza o transporte público e prioriza investimentos ligados à indústria automobilística", diz, enfatizando que as maiores cidades do país "caminham para o colapso se não houver investimentos permanentes e crescentes em sistemas metroferroviário e de ônibus".

"O estratosférico custo dos congestionamentos e dos sinistros de trânsito no Brasil inibe o crescimento e rouba parcela significativa do PIB", argumenta Ejzenberg, que calcula prejuízos diretos e indiretos de até 50 bilhões de reais por ano por conta disso, apenas na metrópole de São Paulo. "Esse custo anual, se investido em metrô, estancaria as perdas e daria maior competitividade ao Brasil. Continuamos nadando no sangue das vítimas evitáveis, ano após ano."

O custo é um grande gargalo, é verdade. Segundo levantamento do professor Peixoto, dificilmente uma obra de metrô no Brasil custa menos de 80 milhões de dólares por quilômetro. "Metrô é muito caro. Muito caro. Mas é preciso pensar que ele é capaz de transportar muita gente", comenta.

"O Brasil não investiu em transporte sobre trilhos por incompetência, insegurança jurídica e imediatismo político", critica Ejzenberg. Apesar de ser uma obra cara, ele argumenta que o modal sobre trilhos acaba tendo metade do custo do sistema de ônibus se considerado o custo do passageiro transportado por quilômetro — esta seria a incompetência, segundo o especialista. No caso da questão jurídica, ele diz que as mudanças no entendimento de como viabilizar parcerias privadas acabam afastando investidores. Por fim, politicamente há o peso eleitoreiro de que uma obra de metrô costuma levar mais do que um mandato de quatro anos entre o anúncio e a inauguração.

Solução é complexa
 
Mais metrô melhoraria em muito a qualidade de vida do brasileiro que habita as grandes cidades. Mas não é a solução mágica. "Para enfrentar a crise dos deslocamentos é preciso investimento em metrô, em ferrovias, em VLT. Mas não podemos descuidar da democratização das vias públicas, dando aos ônibus faixas exclusivas. E também a mobilidade ativa que tem crescido, com ciclovias e ciclofaixas para que avancemos nessa questão", sugere Affonso.

"Metrôs não são uma panaceia. Não são a única solução para os problemas na mobilidade urbana", acrescenta Santos. "Em muitas situações, não são a solução mais indicada, já que as soluções dependem de cada local e não podem ser unimodais."

Ele enfatiza que por mais eficiente que seja uma linha de metrô, "ela não será eficaz se as pessoas não conseguirem chegar até ela, caminhando, pedalando, usando transporte público alimentador e mesmo modos de transporte individual". O especialista salienta que, considerando isso, respectivamente é preciso também investir em calçadas adequadas, rede cicloviária e bicicletários, integração física, operacional e tarifária dos meios de transporte público e, por fim, estacionamentos e baias para desembarque e embarque para aqueles que vão chegar de carro.

"Resumindo, precisamos de planejamento urbano e de mobilidade, integrados, e não apenas de um plano de obras e compra de equipamentos", adverte ele.

Informações: Terra

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Em BH, Linhas do transporte público vão poder circular com ônibus de cinco portas

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

O transporte público de Belo Horizonte vai ganhar novos veículos. Trata-se de ônibus BRT Misto de 5 portas. A Prefeitura regulamentou, nesta terça-feira, o decreto que autorizava as empresas a utilizar este tipo de coletivo.

De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial do Município (DOM), esses ônibus não poderão ser utilizados pelas concessionárias para substituir a operação de veículos articulados, que devem ser mantidos com o mesmo quantitativo e rodar com o mesmo quadro de horário e número de viagens dos meses de março e abril deste ano.

O descumprimento das regras desta portaria vai levar as empresas a receber menos a remuneração complementar, ou seja, o subsídio.

Os novos veículos estão autorizados a circular nas seguintes linhas: 62, 63, 64, 67, 6350, 85, 5401, 5106, 5107, 5201, 5250, 5401, 5550, 6030, 8101, 8550 e 8551.

Informações: 98live

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Grande BH vai receber 850 novos ônibus

terça-feira, 3 de setembro de 2024

O Governo de Minas, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) assinaram, nesta segunda-feira (2/9), acordo que estabelece a aquisição de 850 novos ônibus para o transporte metropolitano da Grande BH. Para essa renovação, serão destinados R$ 382 milhões e os veículos irão começar a ser entregues ainda neste ano. 

"A mesa surgiu com uma solicitação do Governo do Estado, pela Secretaria de Infraestrutura, e nós trabalhamos durante um ano para que esse acordo pudesse ser costurado. Cada uma das partes, o Governo e as empresas de ônibus contrataram as suas consultorias e cada uma dessas empresas de consultoria apresentaram suas contas. Nós chegamos a números que passavam de 500 milhões de reais. E esse acordo foi firmado em R$ 377 milhões (R$ 382 milhões - corrigidos pelo IPCA)", explica Agostinho Patrus, conselheiro do TCE-MG e coordenador da Mesa de Conciliação entre o Governo de Minas e o Sintram.

Ainda segundo Agostinho Patrus, o valor será totalmente revertido para a compra de novos veículos. "A solicitação dentro do nosso acordo é que eles atendam as localidades mais distantes, porque, afinal de contas, é a localidade em que o passageiro fica mais tempo dentro do ônibus, viaja em um trecho maior. Estamos falando de um em cada três ônibus da Grande Belo Horizonte, que será renovado. É a maior renovação da frota dos últimos anos (a última renovação foi de 100 ônibus em um único ano). Estou falando de oito anos da maior renovação de frota de ônibus já existente", conclui.

Parte dos recursos para a compra dos ônibus deriva dos rendimentos da conta judicial do acordo entre o governo do estado e a mineradora Vale para reparação das perdas e danos decorrentes do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Região Metropolitana de BH. “Quando percebemos que haveria saldo remanescente, resolvemos priorizar projetos capazes de impactar de forma mais abrangente a população”, explicou o vice-governador de Minas, Mateus Simões, que estava presente na assinatura do acordo.  

O tratado foi firmado a título de indenização pelos contratos de transporte coletivo impactados pela pandemia da COVID-19 e com intermediação da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), Controladoria Geral do Estado (CGE) e Advocacia-Geral do Estado (AGE). 

As concessionárias de transporte metropolitano também assumiram o compromisso de adquirir, com recursos próprios, mais 250 ônibus. Eles deverão ser entregues até 2025, assim como os outros 600, que representam 25% da frota atual, de acordo com o presidente do Sintram, Rubens Lessa. 

“Hoje temos uma frota já envelhecida, poluente, que quebra muito e desconfortável”, disse o governador do estado, Romeu Zema (Novo), que estava presente na cerimônia de assinatura do acordo e comemorou a aquisição dos novos ônibus. 

Com os 850 novos ônibus, Mateus Simões defende que “nós vamos ter viagens que vão acontecer sem problemas mecânicos, garantia de conforto maior e uma diminuição considerável da poluição, já que esses motores que estão sendo comprados são Euro 6, que poluem 75% menos que os ônibus antigos”. De acordo com o governo do estado, com a aquisição, a idade média da frota de ônibus vai diminuir de 11 para seis anos.

Informações: Estado de Minas

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BH tem quase 90 painéis eletrônicos com 'paradeiro' dos ônibus estragados nos pontos de embarque

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Pelo menos 87 painéis eletrônicos informativos em pontos de ônibus de Belo Horizonte estão sem funcionar, dificultando a vida dos usuários do transporte público. Alvos constantes de vandalismo, os equipamentos disponibilizam a previsão de chegada dos veículos nas plataformas de embarque ou desembarque. 
Painel com defeito na Rua Curvelo, em BH (Fernando Michel / Hoje em Dia)

De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), os dispositivos estão instalados em 671 locais. A maioria na área central, como nas estações de integração e de transferência do Move.

Atualmente, 13% dos painéis estão inoperantes. A previsão de reparo depende do defeito apresentado. Uma das principais causas, de acordo com o Executivo, é o furto de cabos, que engloba 95% das ocorrências.

Mas há também situações em que o ponto de ônibus foi atingido durante um acidente de trânsito, danificando o equipamento. A manutenção é de responsabilidade da Transfácil.

De acordo com a empresa, o custo do reparo varia de R$ 750 a R$ 800 por aparelho. Uma equipe monitora em tempo real os equipamentos para detectar as falhas. 

A PBH informou que acompanha a operação e cobra a manutenção sempre que recebe solicitações da população. Afirmou ainda que, nestes casos, os usuários podem acompanhar os horários e o trajeto da linha pelos aplicativos Siu Mobile, o Bus2, o Moovit e o BH BUS+.

A prefeitura também informa que os passageiros podem solicitar manutenção pelo Portal de Serviços.

Informações: Hoje em Dia

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Ônibus elétricos continuam sendo testados em Belo Horizonte

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Desde setembro do ano passado, é possível ver em Belo Horizonte ônibus elétricos transitando pelas vias da Capital. Este tipo de transporte está sendo testado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que está com uma nova fase em andamento. Quatro coletivos já estão rodando e se revezando entre oito linhas municipais, sendo que três deles entraram em operação ainda em julho passado – das empresas Marcopolo, Volvo e BYD. O modelo da SHC Ankai começou a rodar neste mês.

As quatro empresas foram selecionadas por meio de chamamento público para um Acordo de Cooperação Técnica de estudos e projetos operacionais para futuras contratações e licitações. De acordo com informações da PBH, os testes se tratam de um passo importante para ampliar o conhecimento sobre a tecnologia dos ônibus elétricos e sua aplicação no dia a dia do belo-horizontino. Durante o período de avaliação serão realizadas comparações entre os veículos nas mesmas condições de operação.

Os coletivos estão operando em regime de rodízio semanal nas seguintes linhas da Capital: 105 – Estação Central/ Lourdes; SC01A – Contorno A; SC01B – Contorno B; SC03A – Hospital Felício Rocho / Hospital Militar; SC04A – Santa Casa / Savassi / Rodoviária; SC04B – Santa Casa / Rodoviária / Savassi; 2101 – Grajaú / Sion e 2103 – Prado / Anchieta.

Um dos principais objetivos deste projeto da prefeitura é incluir veículos movidos a combustíveis não fósseis, visando melhorar a qualidade do meio ambiente urbano e a eficiência ao sistema de transporte de Belo Horizonte. Com o Plano de Mobilidade Limpa da Prefeitura, a previsão é que sejam substituídos cerca de 40% da frota atual por ônibus movidos por energia limpa até 2030, incluindo ônibus elétricos. A ação tem por objetivo reduzir a emissão de carbono e alinhar o município aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Estava previsto que a PBH iria receber R$ 564 milhões do governo federal, recurso do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções. E a maior parte deste montante, algo em torno de R$ 317 milhões, seria destinada à mobilidade em Belo Horizonte, e iria para a aquisição de cerca de 100 ônibus elétricos para a frota do transporte coletivo municipal.

Os veículos coletivos elétricos podem atingir velocidades que variam entre 70 e 80 km/h e têm uma autonomia de cerca de 230 km por carga, acomodando até 80 passageiros. O projeto também previa a inclusão de ônibus com motores movidos a gás biometano, que emitem 90% menos gases poluentes na comparação com o diesel, com autonomia um pouco maior do que a dos veículos elétricos. Com o gás biometano, o veículo pode percorrer, em média, 350 quilômetros com a carga total de gás.

Os testes com os ônibus elétricos em Belo Horizonte começaram em outubro e o primeiro modelo testado foi um veículo fabricado pela montadora chinesa BYD. Na época, o teste abrangeu seis das nove regionais de Belo Horizonte.

Informações: Diário do Comércio

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