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Em BH, Move Metropolitano deve ganhar dois corredores de faixa exclusiva

quarta-feira, 31 de julho de 2024


O Move Metropolitano deve ganhar dois novos corredores de faixa exclusiva em Ribeirão das Neves e Santa Luzia, na Grande BH. O projeto para a implantação das intervenções foi um dos selecionados pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, no eixo cidades sustentáveis e resilientes. O anúncio foi feito pelo governo federal na última sexta-feira (26/7).

O projeto, assinado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), está orçado em R$ 125 milhões. A implantação das faixas exclusivas deve reduzir o tempo de viagem para passageiros dos terminais Justinópolis, em Ribeirão das Neves, e São Benedito, em Santa Luzia.

Atualmente, os ônibus que partem das duas estações em direção à capital precisam trafegar por um longo trecho sem prioridade para o transporte coletivo, dividindo espaço com os carros antes de chegar nas pistas exclusivas.
O superintendente de transporte intermunicipal e metropolitano da Seinfra, Diego Pessoa, explica que a pasta não tem um prazo estipulado para o início das obras. “Estamos aguardando novas informações do ministério das Cidades para sabermos quais serão os prazos e como será feita a liberação desses recursos”, disse. Segundo Pessoa, o projeto básico dos corredores foi feito em 2014 e talvez receba mudanças para se adequar ao cenário atual da mobilidade nas duas cidades.

Ribeirão das Neves

Um dos corredores será construído na LMG-806 e deve fazer a ligação entre o Terminal Justinópolis e a Região de Venda Nova, em Belo Horizonte – onde será feita a integração com o BRT da Cristiano Machado. 

Atualmente, os ônibus que partem desse terminal trafegam por cerca de 5,5 quilômetros sem prioridade no trânsito até chegar na faixa exclusiva da Avenida Vilarinho, próximo à Estação Venda Nova.

Santa Luzia
 
O outro corredor será na Avenida Brasília, em Santa Luzia, e deve fazer a ligação do Terminal São Benedito com a MG-010, onde há uma faixa preferencial de dois quilômetros até o BRT da Avenida Dom Pedro I.

Atualmente, os ônibus Move que atendem ao terminal transitam por cerca de 2,5 quilômetros na Avenida Brasília nas mesmas faixas que os carros até chegar ao trevo do Serra Verde, onde seguem para a MG-010.

Informações: Estado de Minas

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Em BH, Move Metropolitano vai ter um novo terminal em Santa Luzia

domingo, 7 de julho de 2024

Usuários do transporte coletivo metropolitano de Santa Luzia, na Grande BH, vão receber um novo terminal de ônibus integrado ao sistema Move. O anúncio foi feito na noite dessa quinta-feira (4/7) pelo vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo). A construção da estação será feita por meio de um convênio entre o governo estadual e a prefeitura da cidade - será a primeira expansão do Move Metropolitano desde que o sistema foi inaugurado em 2014.

A expectativa é de que o terminal seja inaugurado em dois anos. O projeto, orçado em R$ 24 milhões, conta com recursos provenientes do Governo de Minas, do orçamento de Santa Luzia e de emendas parlamentares. Ainda neste ano deverá ser publicado o Termo de Referência para a licitação da obra, que ficará a cargo do município.

O governo estadual espera que a implantação da estação reduza o tempo de deslocamento dos moradores em direção ao centro de BH em até 30 minutos. "A construção deste terminal vai proporcionar mais desenvolvimento econômico para as cidades do Vetor Norte e, consequentemente, mais qualidade de vida para os mineiros", disse o vice-governador durante a cerimônia de anúncio da estação.
 
Como será a operação

O Terminal Santa Luzia será construído na Avenida Raul Teixeira da Costa Sobrinho, no bairro Boa Esperança, próximo ao centro da cidade, numa área de 17 mil m². As linhas da estação irão atender cerca de 20 mil pessoas por dia, com o pico de 1,5 mil pessoas nos horários de maior movimento. 

A operação será do tipo “tronco-alimentador”, com linhas de ônibus fazendo a ligação dos bairros para o terminal (alimentadoras). Ali, o passageiro poderá fazer integração com linhas que seguem em direção à Belo Horizonte (troncais). A estação também será alimentada por linhas com origem em Jaboticatubas e Taquaraçu de Minas.

De acordo com a Prefeitura de Santa Luzia, os usuários terão duas opções de linhas troncais: uma direta, que vai levar cerca de 35 minutos até o centro da capital, e uma semidireta, que deve levar cerca de 55 minutos para fazer o mesmo percurso.

Os ônibus troncais terão portas elevadas à esquerda, no mesmo layout adotado no sistema Move. O diretor de mobilidade e planejamento da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), Diego Pessoa, explica que possivelmente serão construídas estações de transferência BRT ao longo da MG-020.

“Os ônibus vão usar também as estações da Av. Cristiano Machado. Assim, o passageiro que hoje faz integração no Terminal São Gabriel não vai precisar mais baldear ali”, detalha.
 
Projetos futuros

O estudo para a definição da rede de linhas que atenderão o Terminal Santa Luzia está sendo feito pela Seinfra em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). “Nós temos um conjunto de linhas que usamos para dimensionar a operação do terminal, mas o projeto definitivo precisa ser feito estudando como serão os movimentos das linhas nos próximos dois anos”, explica Diego.
Planta Terminal Santa Luzia

O outro terminal da cidade, São Benedito, em funcionamento desde 2015, continuará operando, mas há estudos para uma distribuição de parte das suas linhas alimentadoras para o novo terminal, otimizando o atendimento aos usuários.

Por hora, as linhas de ônibus municipais da cidade não farão integração com o Terminal Santa Luzia, mas essa situação pode mudar até a inauguração. “Há interesse em fazer essa integração, tanto por parte do estado quanto por parte da prefeitura”, relata Diego.

Estrutura do terminal

O layout do terminal inclui, além das plataformas dos ônibus, salas de administração e sanitários, estacionamento para veículos leves, motos e bicicletário. O projeto conta também com sistema de proteção contra descargas atmosféricas, sistema de combate a incêndios, telecomunicações, internet, dados de voz e câmeras de monitoramento.

Primeira expansão

A construção do Terminal Santa Luzia será a primeira expansão do Move Metropolitano desde que o sistema foi lançado em 2014, junto da versão da capital. Nos últimos dez anos, as poucas intervenções no sistema incluíram apenas reformas de estações de transferência e compra de ônibus para reforçar linhas já existentes.

Atualmente, o Move Metropolitano conta com cinco terminais e 50 estações de transferência - parte delas concedida à iniciativa privada. Em abril, o Governo de Minas iniciou trabalhos para privatizar as estações restantes. Conforme os números do Executivo estadual, as estações e terminais do Move Metropolitano registraram cerca de 31 milhões de passageiros em 2023, o que gerou receita de R$ 131 milhões.

Informações: Estado de Minas

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Em BH, Nova estação do Move na Amazonas começa a ser erguida em 2 anos

quarta-feira, 26 de junho de 2024

A implantação do sistema BRT (Move) na avenida Amazonas, em Belo Horizonte, prevê intervenções em cerca de 39 km de vias da capital, além da construção de uma estação de integração no bairro Gameleira, região Oeste da cidade. As informações foram apresentadas pela prefeitura nesta quarta-feira, 19 de junho, quando o prefeito Fuad Noman (PSD) anunciou o início dos estudos do projeto, que devem durar até 2 anos e meio. A previsão é de que as obras comecem no fim de 2026.

A avenida Amazonas tem 9 km de extensão, ligando o Centro de BH às regiões Oeste e do Barreiro, chegando até o limite com Contagem, na região metropolitana. No entanto, a administração municipal estima que 39,6 km de vias passarão por algum tipo de tratamento durante as obras. 

"As ruas do entorno da avenida Amazonas precisam ser preparadas para potencializar o projeto, conectando o corredor Amazonas às estações Barreiro e Diamante", explica o secretário Municipal de Obras e Infraestrutura, Leandro César Pereira.

Um dos pontos principais do projeto é a construção de uma estação de integração no cruzamento das avenidas Amazonas e Tereza Cristina, no bairro Gameleira. Ao contrário dos terminais de transferência, que são menores e ficam ao longo das avenidas, os de integração são maiores e ligam as linhas do Move às dos bairros. Alguns exemplos são as estações Venda Nova, Pampulha e Barreiro.
Já as estações de transferência, similares às das avenidas Paraná, Antônio Carlos e Cristiano Machado, serão instaladas nas avenidas Amazonas e Olegário Maciel. Segundo a prefeitura, os ônibus do Move neste novo corredor circularão em pistas e faixas exclusivas à esquerda, na Amazonas e na Olegário Maciel, e à direita nas vias do Barreiro e de Contagem. "Haverá ganho de acessibilidade e mobilidade. Essa estruturação do Corredor Amazonas diminuirá o tempo de deslocamento no vetor Oeste da cidade", afirma o secretário.

A prefeitura aponta os seguintes benefícios com a implantação do BRT na Amazonas:

garantir prioridade no sistema viário ao transporte coletivo;
aumentar a velocidade operacional dos ônibus;
diminuir o tempo do passageiro dentro do veículo;
melhorar a segurança nas travessias de pedestres;
permitir maior fluidez na circulação viária para os ônibus;
racionalizar a operação com a otimização da frota;
reduzir os custos do transporte público;
facilitar a integração com os outros modos de transporte;
compartilhar os espaços da cidade de forma justa e racional.
De onde vem o dinheiro

Os recursos para as obras virão de um financiamento de US$ 80 milhões (R$ 437 milhões na cotação atual) com o Banco Mundial. Outros US$ 20 milhões (R$ 109 milhões) virão dos cofres da prefeitura.

Informações: O Tempo

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Número de passageiros no Metrô de BH caiu 72% em uma década

domingo, 24 de março de 2024

O Metrô BH, formado pelo Grupo Comporte Participações, assumiu o modal belo-horizontino há um ano, com o desafio de melhorar a qualidade do serviço e, consequentemente, conter a queda de usuários, que vem ocorrendo ano após ano. De 2013 para 2022, a quantidade anual de passageiros transportados caiu 72% – de 64,9 milhões para 18,1 milhões, conforme relatórios públicos de gestão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pela administração do sistema até aquele ano – os dados de 2023 não foram informados pela concessionária.

Entre os fatores que explicam a queda, a CBTU pontuou no documento de 2016 que a situação foi reflexo da “crise econômica pela qual passa o país, com grande número de cidadãos desempregados, e a concorrência predatória do BRT em Belo Horizonte, levando a uma perda de cerca de 3,3 milhões de passageiros naquele sistema”. O BRT (Bus Rapid Transit, que pode ser traduzido como “transporte rápido por ônibus”, chamado de “Move” em BH) foi inaugurado em 2015.

Para Mauro Zilbovicius, professor do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica (Poli) da USP e coordenador do Laboratório de Estratégias Integradas da Indústria da Mobilidade (MobiLab), um fator que influenciou fortemente a queda foi o aumento do valor da tarifa, que passou de R$ 1,80 em 2019 para R$ 5,30 em julho de 2023, o que a faz a terceira mais cara do país, atrás de São Paulo e Brasília.

“A tarifa é um regulador da demanda. A tarifa mais alta significa perder passageiro, porque a população tem renda baixa, e isso não é só no Brasil”, disse. Segundo ele, a operação do metrô de Paris, por exemplo, é paga pela soma do que é arrecadado com a tarifa dos usuários, além do aporte do Tesouro francês (dinheiro público), e de uma contribuição do comércio, que é considerado um grande usuário do sistema.

Usuários reclamam de trens lotados nos horários de pico
Por isso, o professor de urbanismo Roberto Rolim Andrés, da Escola de Arquitetura da UFMG, defende um subsídio para que a tarifa diminua em BH. “Você só recupera esses usuários com subsídio público para reduzir a tarifa. Isso, infelizmente, não está na perspectiva da gestão atual do metrô”, avalia.

Procurado, o Metrô BH não comentou a queda dos usuários e se há um plano para diminuir o valor da tarifa. O governo de Minas e o Ministério das Cidades também não tinham respondido sobre o subsídio até o fechamento desta edição. 

Empresa informa que já fez melhorias
O Metrô BH informou que, desde março de 2023, quando assumiu a concessão, o sistema opera de forma mais eficiente. “As melhorias graduais refletem o empenho da empresa em proporcionar regularidade, pontualidade e conforto ao usuário”, declarou, em nota.

Entre as ações, a empresa cita a redução das “evacuações” dos trens – quando todos os passageiros têm que descer por causa de alguma pane – de uma média de 30 para uma por mês. “O tempo médio de percurso entre as estações Vilarinho e Eldorado foi reduzido de 55 para 47 minutos. Já o número médio de viagens em atraso diminuiu de cerca de 35 para três, mensais”, alega.

Informações: O Tempo

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Expansão do Move em BH terá investimento de US$ 100 milhões

domingo, 10 de março de 2024

O Move, sistema de mobilidade urbana de Belo Horizonte que acaba de completar dez anos de implantação, está prestes a passar por uma grande expansão. 
Move é um dos principais sistemas de mobilidade de Belo Horizonte | Crédito: Alessandro Carvalho

Para isso, o projeto demanda um investimento de US$ 100 milhões. Os recursos para a obra vêm de um financiamento no valor de US$ 80 milhões provenientes do Banco Mundial (Bird). Os outros US$ 20 milhões serão custeados pela própria Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). 

O projeto de expansão abrange uma área de cerca de 24 quilômetros e atende o Vetor Oeste da Capital, contemplando as regiões Central, Oeste e Barreiro, e também a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O eixo estruturante da expansão é a avenida Amazonas. 

As obras incluem:
  • a criação de faixas exclusivas para o transporte coletivo, 
  • a adequação de várias vias transversais, 
  • a construção de abrigos para passageiros em pontos de ônibus e 
  • a readequação de calçadas com foco na acessibilidade.
 
Elas integram o projeto de Melhoria da Mobilidade e Inclusão Urbana no Corredor Amazonas (BRT Amazonas), que contempla o tratamento prioritário para o sistema de transporte público e coletivo por ônibus.

Segundo a PBH, também é prevista a melhoria urbana da Vila Cabana do Pai Tomás, na região Oeste da Capital, com o desenvolvimento de obras de infraestrutura, como a construção de ruas e vielas e intervenções em locais com risco geológico.  

A Prefeitura não informou qual é a previsão de início e de conclusão das obras de expansão do Move em Belo Horizonte.

Mas disse que a licitação para os estudos e projetos do BRT Amazonas, através de financiamento com o Banco Mundial, está em andamento, na fase de negociação das condições de contrato com o consórcio vencedor da concorrência.

“Estima-se que a Ordem de Serviço para início dos trabalhos seja emitida nos próximos meses”, disse a PBH.

O que já foi feito no Move de BH

Para sua implantação, o sistema contou com os investimentos previstos no PAC da Mobilidade Urbana da Copa 2014. Ao longo destes dez anos de existência, o BRT Move aumentou a sua capacidade de passageiros de 30 mil para 350 mil usuários transportados por dia. De lá pra cá, algumas intervenções já foram feitas para acompanhar o crescimento da demanda. 

A mudança mais significativa para o usuário foi o valor dos passagens, que neste período acumulou uma alta de 98%. Se no início das operações a tarifa padrão custava R$ 2,65, hoje o passageiro desembolsa R$ 5,25 para pegar um ônibus em BH. 

Já na infraestrutura, o sistema contou com a construção de estações de integração por toda a cidade, que são aquelas estações maiores onde ocorre a ligação entre as linhas alimentadoras vindas de diversos bairros e as linhas do Move.

São elas:
  • Estação São Gabriel;
  • Estação Pampulha;
  • Estação Venda Nova;
  • Estação Vilarinho.

Além disso, também foram construídas as estações de transferência, onde os usuários podem desembarcar e embarcar nas linhas ali disponíveis. Elas estão localizadas ao longo dos corredores Antônio Carlos e Cristiano Machado, do Move, e nas avenidas Paraná e Santos Dumont, na região central da cidade.

Além disso, também foram implantadas e ampliadas faixas exclusivas para uso dos coletivos, abrangendo ainda a recuperação dos pavimentos, implementação de sinalização horizontal e vertical, fiscalização eletrônica, abrigos de ônibus com novas funcionalidades e tratamento de calçadas e canteiros. 

Nos últimos anos, o avançar da tecnologia também impulsionou a revitalização do sistema, com a inclusão de uma nova modalidade de crédito eletrônico, vendas por aplicativo ou pela internet, e instalação de máquinas de autoatendimento nas estações. 

Prazo de validade da frota do Move termina em 2026

Pensados para se locomover com mais rapidez e sem interrupções (nas pistas exclusivas), os ônibus do Move têm uma vida útil de 12 anos, conforme previsto em decreto municipal, contados a partir do ano de 2014. Com isso, o prazo de validade da frota expira daqui a dois anos, em 2026.

Atualmente, o sistema conta com 425 veículos, sendo 236 do tipo padrão, e 189 articulados. 

Informações: Diário do Comércio

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Em BH, Projeto do BRT Amazonas começa a ser feito em 2024

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Em debate há 10 anos, a implementação do BRT Amazonas, em Belo Horizonte, deve sair do papel em 2026, quando está previsto o início das obras. De acordo com a prefeitura da capital, as intervenções serão iniciadas após dois anos e meio da assinatura do contrato de estudos e projetos, que deve ser firmado no início do próximo ano.   

Na última terça-feira (19 de dezembro), o Executivo realizou a abertura dos envelopes referentes às propostas financeiras de dois licitantes, que foram aprovados pela Comissão Especial de Licitações para apresentar ofertas. Outros três consórcios, que também disputavam o serviço, foram eliminados por não atenderem requisitos obrigatórios.  

Segundo a PBH, a abertura das propostas financeiras ocorreu conforme previsto. A administração pública, no entanto, não informou o ganhador e disse apenas que o resultado será divulgado no Diário Oficial do Município (DOM), sem informar uma data.  

O acordo com a concessionária vencedora deve ser assinado no início de 2024. A empresa que assumirá a obra terá o prazo de dois anos e meio para fazer os estudos e a elaboração dos projetos para a implementação do sistema BRT Amazonas. As obras de mobilidade na avenida Amazonas estão previstas para ter início em 2026, após a conclusão dos projetos. 

Promessa  
Se concretizado o projeto, o início das obras marcará o fim de debates iniciados há uma década, em 2013, quando a prefeitura da capital anunciou que estudava a implantação de duas novas linhas de transporte na cidade - o BRT Amazonas e o Metropolitano. Na ocasião, o governo do então prefeito Márcio Lacerda (PSB) corria contra o tempo para concluir as obras atrasadas do BRT nas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Pedro I e Vilarinho.  

Belo Horizonte
Segundo anunciou a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) à época, na avenida Amazonas, o BRT seria construído ao longo dos 9 km de extensão da via, a partir da ligação com o BRT da avenida Paraná, no centro da capital, até o bairro Vila São José, no limite com Contagem, pouco antes da via se transformar na BR–381. Conforme a BHTrans, o projeto tinha potencial de reduzir o fluxo na via em 40% no local. A estimativa de custos era de R$ 300 milhões.  

Programa Mobilidade e Inclusão Urbana 
Em agosto deste ano, a Prefeitura de BH e o Banco Mundial incluíram o projeto de criação do BRT Amazonas no Programa Mobilidade e Inclusão Urbana, que tem o objetivo de desenvolver o vetor Oeste do município - que integra as regiões Central, Oeste e Barreiro, tendo como eixo estruturante a avenida Amazonas - e trazer melhorias para comunidades estratégicas da cidade. 

No programa, o Executivo ampliou o pacote de intervenções previstas para o BRT Amazonas. Conforme a proposta, em uma extensão aproximada de 24 km, serão criadas faixas exclusivas para o transporte coletivo e adequação de várias vias transversais, abrigos para passageiros em pontos de ônibus e readequação de calçadas com foco na acessibilidade. Há previsão ainda de melhoria urbana da Vila Cabana do Pai Tomás, na região Oeste de Belo Horizonte, com o desenvolvimento de obras de infraestrutura, como a construção de ruas e vielas e intervenções em locais com risco geológico. 

Os recursos para as obras virão de um financiamento de US$ 80 milhões com o Banco Mundial (Bird), aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, no ano passado. Outros US$ 20 milhões virão dos cofres da Prefeitura de Belo Horizonte.

Obra preocupa motoristas e comerciantes 
Para quem passa pela avenida Amazonas todos os dias, a perspectiva da via se tornar um “canteiro de obras” não é animadora. O motorista de aplicativo, Frederico Ribeiro, de 41 anos, acredita que as intervenções podem fazer com que o trânsito fique caótico. “Trânsito já é um caos e se colocar pista móvel vai piorar bastante. Moro aqui perto e acho que o trânsito aqui é caótico,precisava era alargar a via. Se fizer Move aqui eu vou tentar desviar pela Teresa Cristina para não passar por aqui”, afirma.

Opinião parecida tem o contador José Ronaldo Coelho, de 60 anos, que trafega pela avenida todos os dias. Ele conta que em horários de pico a lentidão na via é uma dor de cabeça. “Com a obra vai piorar bastante porque vai diminuir a pista e não vai facilitar para os motoristas. No horário de pico já é impossível, imagina com obra”, questiona. 

Quem trabalha na avenida Amazonas teme uma diminuição na movimentação do comércio com o início das intervenções. É o caso do gerente Robson Ribeiro, 57. "Vai piorar. O consumidor já não tem lugar para estacionar e com o Move aí que não vai ter lugar, então vai ser ruim para o consumidor e para o comércio", reclama. 

Apesar dos problemas, há quem avalie como positivo a implementação do sistema BRT na avenida. A aposentada Zilda Caetano, 77, sonha com o dia em que poderá chegar na casa onde mora, em Contagem, com mais rapidez. “Eu moro no bairro Novo Riacho, e estou esperando há mais de uma hora e meia o ônibus. Acho que o corredor vai ser bom e vai facilitar. Isso aqui é uma pouca vergonha, fica difícil. Espero que melhore com o novo sistema”, avalia.

Informações: O Tempo

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Espera média por transporte público em BH foi de 24 minutos em 2022

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

O Relatório Global sobre Transporte Público produzido pelo Moovit, popular aplicativo de mobilidade urbana, divulgado na última terça-feira (24/1), revelou que em 2022 o belo-horizontino esperou em média 24 minutos em pontos e paradas durante uma viagem em dias úteis. Só ficou atrás apenas de Recife onde o usuário esperou 27 minutos. Também foram  levantados dados sobre o Tempo de Viagem, Distância Percorrida, Incentivos ao Uso de Transporte Público e etc.

Comparando com outras cidades brasileiras, o usuário de transporte público em BH ainda precisou esperar mais do que o Paulista, que aguarda em média 18 minutos, e o Carioca - 21 minutos. Na capital mineira, 47,5% das pessoas ficam em esperas longas de 20 minutos ou mais durante uma viagem, o que é considerado uma experiência ruim, e apenas 9,2% esperam menos do que cinco minutos.
No quesito, BH ainda ocupa a oitava posição em um ranking internacional, “ganhando” de cidades como Aguascalientes (37 minutos), no México, Palermo e Trapani (29min cada), na Itália. O levantamento inclui dados sobre o uso de ônibus, metrô, trem e outros modais de transporte.

A pesquisa da Moovit foi feita utilizando os dados dos usuários, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sendo complementada por um questionário respondido por 33 mil usuários de dez cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. 

No Brasil o aplicativo já foi baixado mais de 100 milhões de vezes na PlayStore (Android) e ocupa a 3ª colocação na categoria “navegação” na Apple Store (iOS).

Tempo de Viagem

Para Marcelo Amaral, especialista em mobilidade urbana e coordenador de projetos do movimento NossaBH - grupo que faz pesquisas em políticas públicas da capital -, esse tipo de levantamento do Moovit é fundamental para pensar e refletir sobre o transporte. “Não necessariamente a gente precisa deles para dizer se o transporte está ruim ou bom, mas são importantes para o planejamento da Gestão Pública”, comentou.

Fundamental para a integração da cidade, o transporte público de Belo Horizonte tem sido alvo de constantes debates que, nos últimos meses, levaram a greves no metrô e greves nos ônibus.

O usuário que precisa enfrentar os problemas dos modais, no entanto, tem gastado em média 1 hora em deslocamento, tempo que inclui o tempo de caminhada, espera e no transporte.

A Capital Mineira é a quarta cidade no quesito, atrás de Rio de Janeiro (67 min), Recife (64 min) e São Paulo (62 min). Em BH 30,27% dos usuários fazem trajetos de 1 a 2 horas em viagens consideradas de média duração e quase 7% fazem viagens de 2 horas ou mais

Marcelo destaca toda a infraestrutura como fator determinante para reduzir os tempos de espera e viagem, comparando com outras cidades, principalmente aquelas que possuem mais de um milhão de habitantes. 

“A gente fala muito de metrô que é nosso sonho de consumo a décadas e que é uma solução rica, mas não dá para esperar só ele como solução. Os corredores de ônibus BRT (Move) é uma solução que BH começou a implantar, mas parou. Os corredores são um grande ganho para quem faz longas distâncias para reduzir, tanto o tempo de espera, quanto o tempo de viagem. É uma infraestrutura que tende a melhorar muitos fatores”, explicou Marcelo Amaral.

O especialista ainda destaca o BRT da Avenida Amazonas, como algo que a gestão pública deveria se ater em implantar. Em setembro do ano passado, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) firmou um acordo com o Banco Mundial para melhorias na Avenida, onde serão investidos mais de US$ 100 milhões. A expectativa é que a fase de elaboração dos projetos seja concluída em dois anos, após esse prazo as obras devem ser iniciadas.

Distância Percorrida

O levantamento do Moovit também demonstra que o belo-horizontino percorreu uma distância média de 7,82 Km por viagem. A cidade ocupa a sétima colocação entre as participantes brasileiras da pesquisa. Brasília aparece como a primeira colocada com a distância média sendo 12,41 Km, seguida por Rio de Janeiro com 11,42 Km, e Recife com 8,22 Km.

O Moovit ainda considera trajetos que percorrem mais de 12 Km como viagens longas. Nesse sentido, em BH apenas 17,8% dos usuários percorrem essa distância em uma viagem. No Distrito Federal, 39,4% das pessoas fazem viagens de percurso longo, e no Rio de Janeiro 33,5%.

“A cidade vai se alastrando e as oportunidades não se alastram na mesma velocidade das pessoas que vão morar muito longe. O primeiro passo da cidade é o planejamento urbano, o Plano Diretor. Sendo um plano bem feito, que adensa ao longo dos corredores, tende a diminuir o tempo de viagem e as distâncias percorridas”, disse Marcelo, que destacou a política urbana como um primeiro fator a ser melhorado.
“O segundo fator é o transporte de qualidade. A velocidade depende da prioridade ao longo do corredor. Por que as faixas exclusivas são tão importantes nas grandes avenidas? pois assim os ônibus andam mais rápido do que os carros”, ressaltou Marcelo Amaral.

Incentivo ao uso do Transporte Público

Outro destaque da pesquisa promovida pelo aplicativo é a pergunta feita aos usuários: "O que faria você usar transporte público com mais frequência?". Em BH 29% dos usuários responderam que mais veículos e um tempo menor de espera seria um bom incentivo, 19,5% reivindicam passagens mais baratas e outros 15,3% horários confiáveis.

Para Marcelo, a pergunta ajuda a entender o porquê as pessoas deixam de usar o transporte público e usam outros modos. O especialista destaca a ascensão social como um dos fatores que possibilita a compra de motos e carros, no entanto, não existe solução para as cidades que seja baseado em automóveis individuais.

“A ideia de que o transporte público precisa ser atraente é fundamental. O que faria você usar? O ideal é sempre a pessoa esperar um pouco, ser barato e rápido até o destino dela. Não necessariamente dá para fazer tudo ao mesmo tempo. Não dá para tornar a passagem mais barata, por exemplo, se você não tiver outra fonte de financiamento, que é o que BH faz com subsídio”, completou Marcelo Amaral.

Em nota a Prefeitura de Belo Horizonte informou que tem trabalhado para aprimorar o acesso da população ao transporte coletivo, e ainda reforça que são realizadas ações de fiscalização para melhorar o tempo de espera e garantir o cumprimento do quadro de horários.

Informações: Estado de Minas
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BRT tem demanda mediana no Brasil

domingo, 26 de maio de 2019

Apontado como alternativa de transporte em relação aos sistemas sobre trilhos, o BRT (Bus Rapid Transit) não tem um caso comprovado capaz de atender a uma grande demanda no Brasil. O site compilou informações dos principais operadores dos corredores de ônibus brasileiros e também na página BRT Brasil.org, mantida pela NTU, entidade que representa as empresas de transporte coletivo no país. As informações, embora em alguns casos um tanto desatualizadas ou incompletas, conseguem fornecer um panorama geral do funcionamento do modal nas principais cidades do Brasil.
Principais corredores de ônibus de grande capacidade no país estão longe do movimento visto no Transmilenio, o celebrado BRT de Bogotá, na Colômbia

O corredor que tem o número mais vistoso é o Move, de Belo Horizonte, mas no BRT de pouco mais de 23 km também circulam ônibus de bairros que utilizam as vias em trechos menores ao mesmo tempo que os veículos de maior capacidade. Os dados sobre o movimento diário de passageiros variam dependendo da fonte. No site BRT Brasil fala-se numa capacidade de 750 mil passageiros enquanto a BH Trans, a empresa responsável pela operação, diz que o número transportado seria de 450 mil passageiros por dia.

Se esse último dado for real, o BRT de Belo Horizonte transportaria quase 20 mil passageiros por km, mas é pouco provável que esse número seja exclusivo do corredor já que parte disso pode incluir usuários que circulam por bairros – distância não incluída no cálculo.

Corrobora essa hipótese o fato de os dois corredores de ônibus seguintes no ranking terem metade desse movimento. As linhas Norte e Sul da RIT, a Rede Integrada de Transporte Coletivo de Curitiba, pioneira nesse modal, transportavam diariamente 10 mil e 11,1 mil passageiros por km de vias, baseado nos dados disponíveis no BRT Brasil.

Nem mesmo os badalados BRTs cariocas chegam perto de terem uma demanda elevada diante da sua extensão. O mais movimentado dele, o Transcarioca, transporta 234 mil passageiros pelo seus 39 km, média de 6 mil pessoas por km.

Para efeito de comparação, a Linha 15-Prata, longe ainda de ter um intervalo baixo e da velocidade média prevista, consegue transportar 8,2 mil passageiros por km atualmente. Se a estimativa do governo se concretizar, essa média  subirá para quase 27 mil passageiros por km quando o trecho até São Mateus estiver em operação plena. Ou seja, bem superior ao melhor cenário do BRT.

Boxeador meio-pesado em luta de pesados

Não é apenas na comparação da quantidade de passageiros transportados por km que o BRT não comprova sua suposta capacidade equivalente a de um sistema sob trilhos. Mesmo quando analisada a capacidade de transporte por hora os corredores de ônibus se revelam uma solução no limite para dar conta de uma demanda superior. É como um boxeador meio-pesado que faz um trabalho para ganhar massa muscular e subir de categoria. Ele até pode chegar perto mas a um custo muito alto.

De acordo com um documento produzido pelo governo Lula em 2008 chamado “Manual de BRT” e que foi publicado na época em que diversas linhas estavam prestes a serem implantadas no Brasil nos anos seguintes, “um sistema BRT padrão, sem faixas de ultrapassagens para serviços expressos, proverá um máximo de, aproximadamente, 13.000 passageiros por hora por sentido“. Em outras palavras, um BRT que tomaria o lugar da Linha 18-Bronze no ABC Paulista teria de possuir vários trechos de ultrapassagens para elevar essa capacidade em 67%. O mesmo artigo afirma que para ter faixas de ultrapassagens nas estações, um sistema “exige pelo menos 20 metros de largura de rua só para uso do BRT“.

Vale dizer que a região por onde passará grande parte da Linha 18 margeia o Córrego dos Meninos, trecho onde existem avenidas com cerca de 30 metros de largura, bem menos da realidade dos BRT do Rio e Curitiba, por exemplo. Em outras palavras, a implantação de um corredor dependeria de algumas opções de intervenção: eliminar faixas de rolagem de veículos, desapropriar parte dos imóveis para alargar a via ou construir o corredor sobre o córrego, por exemplo.

Com capacidade por hora estimada em 21.640 passageiros por sentido, o monotrilho ocupa um espaço bem menor na superfície, de no máximo 1,4 metro, segundo o Relatório de Impacto Ambiental produzido pelo Metrô. Mesmo na altura das vias, a largura é de apenas 4,55 metros, segundo o mesmo documento.

Por falar em documento, o estudo do governo petista cita, como fazem muitos defensores do BRT, o Transmilenio, sistema existente em Bogotá, capital da Colômbia, como exemplo prático da capacidade do modal. De acordo com ele, o BRT colombiano chega a transportar 42 mil passageiros por hora, quase o mesmo que o estimado pelo Metrô para o monotrilho da Linha 15-Prata (48 mil passageiros/hora).

No entanto, basta uma rápida observação das vias da capital colombiana para constatar que o Transmilenio foi construído em meio à vias extremamente largas, de cerca de 90 metros de largura, o que permitiu que fossem implantadas faixas duplas em ambos os sentidos. Não é a realidade do ABC Paulista e suas malha viária congestionada.

De quebra, o sistema de Bogotá, após quase 20 anos, já demonstra sinais de saturação, elevados índices de poluição e rejeição da população de avenidas por onde existem estudos de expansão. Justamente o efeito contrário de uma linha de metrô, capaz de valorizar e promover o desenvolvimento do entorno por onde passa.

Em busca de um novo caminho

A necessidade de transporte coletivo na região do ABC é a de criar novos e mais velozes caminhos e eles só são possíveis por vias elevadas ou subterrâneas. Além de degradar o entorno, um sistema implantado na superfície reduz a eficiência do sistema, como já revelava o estudo ambiental do Metrô em 2012. Num quadro comparando alternativas de modais entre monotrilho e VLT, a hipótese de vias na superfície é de longe a pior.

Para manter a capacidade de 340 mil passageiros por dia, um VLT com quatro carros teria um intervalo de 109 segundos contra 138 do monotrilho, mas uma velocidade média de 22,9 km/h contra 35,9 km/h do segundo. E a frota teria de ser 56% maior para dar conta da demanda. Esse cenário, levado para o BRT, cujo ônibus articulado mais utilizado pode levar 170 passageiros contra 665 do VLT e até 840 do monotrilho, se mostraria ainda mais degradado.

Em declaração à imprensa nesta terça-feira (21), o governador João Doria afirmou que a decisão sobre o modal será tomada até o final de junho enquanto o vice-governador Rodrigo Garcia revelou que o estudo que baseará a escolha será finalizado no dia 30 de maio.

Doria disse ainda que fará “o que for mais adequado, independentemente de pressões, desejos, ambições, será solução técnica” e que vai optar projeto “mais adequado para a população“. Se assim for então o BRT deveria ser descartado o quanto antes afinal não se trata apenas de decidir sobre uma questão de capacidade e demanda e sim de levar à frente uma solução de mobilidade que tem potencial de requalificar seu entorno, melhorar a produtividade, reduzir a poluição e satisfazer o desejo dos habitantes que há muito tempo esperam pelo metrô.

Informações: Metrô CPTM

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