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Em Florianópolis, Movimento de ônibus é normal na manhã desta sexta-feira

sexta-feira, 25 de março de 2011

Apesar do indicativo de paralisações-relâmpago do transporte coletivo de Florianópolis, na manhã desta sexta-feira, o movimento de ônibus na região é normal.

Quem precisou do serviço para chegar ao trabalho, nas primeiras horas da manhã, não teve problemas. Às 7h da manhã, não havia sinal de trabalhadores na Praça das Nações, local onde são realizadas as assembleias da categoria.

No Terminal de Integração do Centro (Ticen) e no Terminal Cidade de Florianópolis o trânsito de coletivos é normal.

A equipe de reportagem conversou com alguns motoristas e cobradores e eles disseram não saber da possibilidade de novas paralisações, mas falaram que, se houver, será de apenas uma hora.

No final da manhã de quinta-feira, a categoria parou por uma hora, o que revoltou os usuários no Ticen. A categoria pede a redução da jornada de trabalho, de seis horas e 40 minutos para seis horas, com a manutenção do salário.



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Em São Paulo, Metrô é o que seduz comprador de imóvel

São Paulo - Um parque ao alcance dos olhos, boas escolas para os filhos, silêncio durante a noite, um esquema de policiamento satisfatório e um shopping center para se divertir no final de semana são algumas das características das residências mais desejadas pelos paulistanos. Mas em uma cidade com graves problemas de mobilidade como São Paulo, nada disso é tão importante quando a infraestrutura de transportes disponível no local.

O mercado imobiliário já percebeu que a proximidade de uma estação de metrô vale ouro no estande de vendas porque aumenta as chances de sucesso de um empreendimento. Prova disso é que 109 dos 229 lançamentos planejados pelas incorporadoras para a cidade de São Paulo neste ano estão localizados a menos de 1 km de alguma estação, segundo pesquisa da Lopes, a maior imobiliária do Brasil.

O estudo inédito levou em consideração estações em funcionamento, em construção ou em fase de planejamento. Foram incluídas as nove linhas de metrô que serão realidade dentro de alguns amos (vermelha, azul, verde, lilás, amarela, laranja, prata, branca e ouro), mas ficaram de fora as estações da CPTM (de trens).

"As incorporadoras estão apostando em terrenos próximos ao metrô porque a comercialização das unidades é mais fácil", diz Mirella Parpinelle, diretora geral de atendimento da Lopes. A executiva usa a extensa base de dados fornecida pelos corretores da Lopes para aconselhar as incorporadoras sobre os projetos que vendem mais rápido e os que encalham nos estandes.

Para ilustrar o poder de atração do metrô, Mirella cita um empreendimento lançado pela Agre (hoje PDG) e vendido pela Lopes recentemente. Localizado a cerca de 800 metros da futura estação de metrô Vila Sônia (linha amarela), o Parque dos Pássaros/Parque das Flores inclui 1.200 unidades que foram totalmente comercializadas em apenas três meses.

Como os terrenos nessas regiões próximas ao metrô estão muito valorizados, as incorporadoras não conseguem viabilizar economicamente um empreendimento a não ser que reduzam o tamanho das unidades vendidas. O mais comum, portanto, é que sejam construídos imóveis de 50 a 80 metros quadrados que custam cerca de 500.000 reais.



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Cuiabá: Opção pelo BRT mostra falta de planejamento e cuidado com a população

Esqueçam qualquer interesse maior que possa estar sendo sugerido na disputa entre os meios de transporte BRT versus VLT como elemento fundamental para a mobilidade urbana na Copa do Mundo em Cuiabá. Ainda assim, a definição da Agência Executora da Copa no Pantanal, a Agecopa,  pela implantação do Bus Rapid Transit, o  BRT, que, em verdade, e o ônibus articulado em corredor exclusivo,  mostra apenas a continuidade da “eterna” falta de planejamento do setor público - nos três níveis de Governo, é bom que se diga. Não só nesse caso como para com vários serviços influentes na qualidade de vida da população. E mais: a opção, se confirmada, fere de morte  ao  Plano Diretor Metropolitano.

 O diagnóstico atual do sistema de Transporte Público e Trânsito de Cuiabá pode ser visto como “objetivamente fácil de ser interpretado”. E mais fácil ainda, de se chegar a conclusão sobre o que ele representa. Ou seja, é um sistema que não oferece qualidade aos usuários.  O caos gerencial chega às raias do absurdo. As queixas partem de todos os lados: dos donos das empresas que querem ganhar mais na tarifa, dos operadores, que reclamam dos baixos salários, e dos usuários, que se queixam da qualidade inegavelmente ruim e do mal atendimento.

 Isso, por si só, já seria por demais suficiente para se colocar na prancheta dos técnicos da Agecopa, no sentido de, realmente, os mais de R$ 500 milhões que, vale ressaltar, serão pagos com impostos dos cidadãos, serem utilizados em benefício destes mesmos cidadãos, com moderno planejamento de trânsito e escolha de veículos de transporte público condizentes com esta necessidade. E não para beneficiar exclusivamente a compra de um tipo de veículo - os ônibus - dos quais as cidades estão saturadas, e os usuários não têm por parte das empresas responsáveis por estes a busca pela consonância de seus serviços e produtos com as necessidades coletivas, ou mesmo a preocupação com a qualidade do serviço prestado. Talvez aqui, da proposta da Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa) e do Governo do Estado, ficará como legado à gente desta terra, a perpetuação de velhos problemas de Transporte Público em Cuiabá.

A presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Mato Grosso, Marleide Oliveira Carvalho, tem opinião de  que “o BRT desafogará um pouco as linhas alimentadoras e mestras”, mas não resolverá a questão de trânsito e transporte de Cuiabá. “Para se ter uma idéia – ela explica -  um mesmo percurso que há 5 anos demorava cerca de 30 minutos para ser percorrido, hoje leva uma média de 50 minutos, a exemplo do Pascoal Ramos-Centro”. O BRT, por circular em corredor exclusivo,  se movimentará mais rápido que um ônibus convencional, mas, para ser um sistema de média capacidade,  “perde para o VLT em termos de tempo, conforto e segurança".

As grandes transformações atribuídas pela Agecopa ao BRT, segundo a presidente,  é “coisa para inglês ver”. O sistema não adentrará realmente as vias principais de Várzea Grande. Ela cita o caso da Avenida Couto Magalhães -  que atenderia à necessidade da região metropolitana. Marleide frisa que  ainda não se colocou à mesa as melhorias nas linhas alimentadoras  -que vêm dos bairros. “Uma pesquisa, realizada há cerca de quatro  anos, com consumidores, mostrou que um dos problemas que estava causando baixas vendas nos estabelecimentos comerciais de Várzea Grande, era a falta de transporte público adequado” - completa ela, no sentido de pontuar o longo alcance do sistema a ser implantado.

Diferente do BRT, que não atrai determinados tipos de usuários, no VLT a média de passageiros, somando Cuiabá e Várzea Grande, deverá alcançar os 10 milhões desde o primeiro ano de funcionamento deste metrô de superfície. Isto é: é certo que muita gente deverá deixar o carro em casa para circular em um transporte rápido, moderno e eficiente. A experiência nesse sentido é internacional – e se deu em praticamente todo o mundo que adotou o sistema.

A  capacidade do BRT, de acordo com a ASSUT,  é abaixo do adequado para a demanda crescente, bem como para a proposta das cidades modernas de se diminuir o tráfego de carros e motos, atraindo os cidadãos com qualidade, ambiente climatizado e rapidez no cumprimento dos percursos, todos os critérios encontrados no VLT.

 “Certamente continuará a superlotação nos transporte coletivo de Cuiabá, mas agora no BRT, já que serão tirados de circulação das vias principais os ônibus convencionais. E a quantidade de veículos articulados necessários no sistema BRT não atenderá ao atual número de usuários e ainda poderá entupir os corredores, como acontece em São Paulo, onde a velocidade no trânsito caiu pela metade” -  informa Marleide.



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Prefeitura de São Paulo terá de justificar reajuste na tarifa dos ônibus

O desembargador David Haddad determinou na última segunda-feira, 22, que a Prefeitura de São Paulo preste informações em dez dias sobre o aumento da tarifa de ônibus que circulam na capital, de R$ 2,70 para R$ 3.

 
Haddad é o relator do mandado de segurança impetrado por Ítalo Cardoso, vereador e líder do PT na Câmara Municipal, que pede a suspensão do aumento da passagem. Em seu pedido, Ítalo salienta que a planilha utilizada pela São Paulo Transportes (SPTrans) é inflacionada e que as incongruências proporcionam um ganho exorbitante aos concessionários e permissionários, sem beneficiar a população.


Após o recebimento das informações, o representante do Ministério Público terá o prazo de dez dias para se manifestar. Após o voto do relator, o caso será julgado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça, composto por 25 desembargadores. Haddad afirmou que em "cuidadosa análise o Órgão Especial solucionará a questão, adotando eventualmente as providências que entender cabíveis".


Fonte: O Diário

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SPTrans começa a operar duas linhas na nova estação Butantã do Metrô

Duas linhas de ônibus municipais passarão a operar na Estação  do Metrô Butantã a partir da próxima terça-feira (29/3). A linha 8012/10 "Metrô Butantã - Cidade Universitária"   vai operar  das 8h às 15h,  em sistema circular, e a integração da linha 7458/21 "Estação da Luz - Butantã", passando a denominar-se 7458/21 "Metrô Butantã - Estação da Luz".

As 13 linhas que  já atendem à Cidade Universitária serão mantidas sem alterações, inclusive aquelas que têm como origem a zona norte e o centro da Cidade.  

As mudanças fazem parte das alterações que serão implantadas com o início das operações da  Estação Butantã, da  Linha 4 do Metrô. O terminal será gerenciado pela ViaQuatro, devendo receber linhas municipais e intermunicipais. O Terminal de  Ônibus Butantã está em um espaço anexo à nova estação localizada no quadrilátero formado pelas ruas Camargo, MMDC, Pirajussara e Av. Dr. Vital Brasil.

Técnicos da SPTrans vão acompanhar a movimentação dos usuários, a partir da inauguração da Estação, para avaliar a necessidade de futuros ajustes.


Fonte: SPTrans

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Prefeito confirma aumento da tarifa de ônibus em Manaus, apartir da circulação da nova frota

A nova tarifa de ônibus só será estabelecida após a nova frota de coletivos começar a circular em Manaus. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (24), pelo prefeito Amazonino Mendes, durante a assinatura do contrato com as empresas vencedoras da licitação para o transporte coletivo na capital.

Após a assinatura do contrato, o prefeito seguiu para Caxias do Sul (RS), onde irá visitar as empresas de chassis e carrocerias que estão fabricando os novos ônibus.

A visita é para solicitar das empresas, prioridade na montagem dos ônibus que entrarão em circulação em Manaus. A Prefeitura estabeleceu o prazo de até final de julho para que os ônibus novos sejam incorporados à frota.

Participaram da assinatura do contrato o superintendente municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Marcos Cavalcante, e os empresários das empresas vencedoras.

O contrato foi assinado com as nove empresas vencedoras da licitação, ao contrario da licitação anterior, realizada em 2007, quando o transporte de passageiros foi monopolizado através de um Consórcio, a Transmanaus. As empresas que venceram a licitação foram São Pedro, Expresso Coroado, Global, Rondônia, Transtol, Nova Integração, Líder, Via Verde e City Transportes.

Segundo o prefeito, com a assinatura do contrato, as empresas são obrigadas a colocarem em circulação no período de 60 dias, 400 ônibus novos e no prazo de 120 dias outros 458. O investimento previsto para o novo sistema de transporte de passageiros é de R$ 5,3 bilhões.

O contrato estabelece multas de até duas vezes o valor do ônibus novos caso a empresa não cumpra o cronograma estabelecido pela SMTU.

Informações: A Crítica


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Usar o transporte coletivo tem se tornado um desconforto diário e desafiador para a população de Cuiabá e Várzea Grande

quinta-feira, 24 de março de 2011

As pessoas que precisam do transporte em Várzea Grande se queixam do serviço ofertado por parte da única empresa que possui a concessão do transporte coletivo no município, a União Transporte. A empresa que pertence ao empresário Rômulo Botelho também possui a Concessão do Transporte Coletivo Intermunicipal entre Cuiabá e Várzea Grande.

Insatisfeita com o ônibus que faz o Intermunicipal linha Univag/Ufmt, a estudante Rosangela Brito denuncia a falta de humanidade e de respeito com os usuários. “A maioria dos estudantes sai de casa pela manhã para trabalhar e vão direto para a faculdade que é o meu caso. Levamos uns 20 minutos para entrar no ônibus lotado e ainda ficam alunos no ponto esperando o próximo ônibus. O mesmo acontece para voltar para casa. Pagamos por um serviço de péssima qualidade”, reclama.

Não é necessário ficar muito tempo na parada de ônibus para perceber a intolerância e o desrespeito dos motoristas. A maioria não para nas paradas, não cumpre horários e se negam a dar informações. A população é testemunha diária da falta de respeito. Preocupada, a estudante ainda relata que “o motorista desce a rua em alta velocidade e se estourar um pneu poderá acontecer uma tragédia”, disse Rosangela.

Segundo a estudante, outro problema que os usuários devem enfrentar é a dupla função que o motorista exerce. Além de dirigir ele faz o papel de cobrador, o que prejudica ainda mais o aumento das filas e a demora para chegar aos destinos.

De acordo com o empresário Rômulo Botelho, essa semana já houve um reforço na linha nos horários de maior movimentação. Ele ainda disse que a empresa oferece aos motoristas a cada trimestre um curso de reciclagem e direção defensiva, mas que vai fiscalizar a atuação dos motoristas e se necessário aplicar advertência. Rômulo reforça que os usuários devem procurar a empresa quando se sentirem prejudicados. “Os usuários devem ligar informando o número do ônibus e o nome do motorista, pois vamos tentar resolver o problema”.

Em relação à dupla função do motorista, o empresário informou que é uma situação irreversível devido à modernização do sistema. “A tendência é fazer com que as pessoas criem o hábito de usar o cartão, várias cidades do país já adotaram esse sistema. Queremos multiplicar os usuários de cartão transporte. Mas isso é um processo gradativo que vai agilizar o embarque”, garantiu Rômulo.



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Porto Alegre: Solução para problemas do trânsito está no transporte coletivo

É difícil imaginar que a quantidade de acidentes de trânsito, de atropelamentos, de mortes, de pessoas feridas, de dor e de sofrimento irá diminuir somente com campanhas de conscientização. Também é difícil acreditar que os prejuízos econômicos e sociais que as intermináveis filas de automóveis em congestionamentos causam irão acabar somente pedindo-se que as pessoas deixem seus veículos em casa.
O fato é que, com o crescimento que a frota de veículos nas vias vem tendo, é inevitável que ocorram mais engarrafamentos e, assim, também é inevitável que o estresse dos motoristas aumente, gerando um comportamento mais agressivo. O que tem de ser feito, então, é reduzir o número de veículos nas vias. Há um problema, porém: como fazer isso em um país em que a economia está aquecida e em que as pessoas estão tendo cada vez mais facilidades para comprar um carro? A resposta dada por quem estuda o tema é quase unânime: investir em transporte coletivo.
Para o professor do Departamento de Engenharia de Produção e Transportes da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Luis Antonio Lindau, há muito o que ser feito na área.
"Precisamos melhorar bastante o transporte coletivo. Muito, muitíssimo", enfatiza. Lindau não vê a realização de grandes obras viárias como uma solução para o problema. "Não tem como resolver fazendo isso. Se hoje dispuséssemos de uma fortuna para investir em obras, isso não resolveria o problema, pois ele cresce de uma forma muito maior que nossa capacidade de fazer obras", destaca.
O especialista enfatiza que a criação de corredores exclusivos para os ônibus e de uma rede de transporte coletivo de alta eficiência são caminhos para se resolver o imbróglio. "Precisamos de uma solução de maior intensidade. Vamos concentrar no transporte coletivo", diz.
Para Lindau, a criação de vias de uso único dos ônibus, com veículos modernos e confortáveis, faria, ao contrário do que se pode pensar, com que o custo das passagens diminuísse. "A tarifa de ônibus aumenta porque o próprio carro a faz aumentar. Na medida em que as vias estão mais congestionadas, é preciso mais ônibus para prover o mesmo serviço, pois o ônibus vai e não consegue voltar no tempo certo. Temos é que tirar o ônibus de qualquer congestionamento. Precisamos ter faixas só para ônibus, que, aliás são dez vezes mais eficientes para levar pessoas do que uma faixa de carro", observa.
Se é sabido que o investimento em redes de transporte coletivo é o que traz mais retorno para a melhoria do trânsito nas grandes cidades, porque, então, isso não é feito? Para o superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Marcos Bicalho, a resposta é simples. "Falta vontade política dos gestores. Recursos existem e são gastos em outras coisas. Talvez porque as classes dirigentes não usem o transporte coletivo. É inegável que a indústria automobilística é uma cadeia produtiva enorme e que tem interesses enormes. Ninguém quer que essa corrente se rompa. Ninguém quer ver uma crise em um setor importante como esse", afirma.
Bicalho defende os corredores para ônibus como a melhor alternativa, porém destaca a dificuldade para que isso seja realizado em grande escala. "Acho que os corredores são o ovo de Colombo. Mas eles são o conflito. É você tirar o espaço dos carros para dar espaço aos ônibus, uma decisão extremamente difícil e politicamente radical. Mais radical do que fazer metrô, porque no metrô você trabalha em um espaço novo. O corredor não, ele é uma ação revolucionária, subversiva em relação à ordem vigente", argumenta.

Medidas de restrição ao uso do carro terão de ser tomadas

Outro ponto em que os estudiosos convergem diz respeito a medidas de restrição ao uso do automóvel. Para ambos, cada um apontando um modo diverso, elas precisam ser tomadas. "Uma coisa é ter o carro, a posse dele. Outra questão é como adequar isso ao limitado espaço urbano. Não conseguimos crescer o volume viário na forma como cresce a frota, então precisamos restringir o uso", ressalta Lindau.
Para o professor da Ufrgs, os motoristas deveriam pagar uma tarifa pelo uso da via em horários de pico. "Isso faz com que pessoas que não precisam estar usando-a naquele momento repensem os seus deslocamentos. Isso existe em vários lugares: em Londres, em Estocolmo", exemplifica.
Bicalho acredita que ações nesse sentido devem ser realizadas antes de os carros chegarem às ruas. "As restrições ao uso do automóvel devem ser econômicas. Tem uma colocação de um ex-secretário de São Paulo que é muito atual. Quando uma prefeitura vai fazer um corredor de ônibus ela é obrigada a realizar um estudo de impacto ambiental e a fazer medidas compensatórias dos impactos da obra, o que é correto. Só que isso torna o metrô e os corredores mais caros. Quando a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) aumenta a produção de veículos, ninguém exige que ela faça um estudo de impacto ambiental, e isso tem de ser feito. Essa produção tem um impacto enorme, e as companhias não pagam nada por isso", enfatiza.
A produção de veículos em 2010 no Brasil foi recorde, alcançando 3,64 milhões de unidades, o que representa uma expansão de 14% sobre os 3,18 milhões de veículos produzidos no ano anterior.

Criação de mais ciclovias é alternativa sustentável

Em maio de 2008 a prefeitura de Porto Alegre apresentou o Plano Diretor Cicloviário Integrado com a promessa de que os 17,6 quilômetros de ciclovias considerados prioritários estariam prontos já no ano seguinte. A lei criando o plano foi sancionada pelo então prefeito José Fogaça no dia 15 de julho de 2009. Até agora, apenas oito quilômetros de vias exclusivas estão prontas na Capital: 4,8 quilômetros no bairro Restinga, dois na avenida Diário de Notícias e 1,2 em Ipanema.
Para uma cidade que se vangloria em ser uma das mais avançadas do País, a existência de somente oito quilômetros de ciclovias, enquanto no Rio de Janeiro existem 160, chega a ser vergonhoso. "Hoje as cidades desenvolvidas estão todas voltadas para isso. Dizemo-nos uma cidade avançada, mas não temos nenhuma medida na área de transportes que evidencie isso", afirma o professor Lindau.

Quem se utiliza da bicicleta na Capital relata que as pistas existentes não se ligam a outros trechos da cidade, impossibilitando a mobilidade completa. O cozinheiro Mercelo Kalil, participante do grupo Massa Crítica - que ficou mais conhecido após um motorista ter atropelado vários de seus integrantes no dia 25 de fevereiro - acredita que existem possibilidades mais baratas para eles. "Há ruas com estacionamentos dos dois lados. Se em um desses lados fossem criadas faixas preferenciais para os que andam de bicicleta, ficaria mais seguro", explica.

Segundo Kalil, além de um local apropriado, está faltando respeito dos condutores. "A maioria dos motoristas respeita, mas 10% não, o que é bastante. O que falta é educação e respeitar o limite de afastamento de um metro e meio de distância", avalia. Ele também relata que muitos condutores aceleram perto dos ciclistas, querendo intimidá-los. "Ainda existem pessoas que acham que quem utiliza bicicletas deve andar nas calçadas. Deveria ser feita uma fiscalização maior em torno disso", complementa.

Metrô ou corredores exclusivos para ônibus?

Capitais como Curitiba e Porto Alegre estão brigando para garantir verbas federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, que destinará R$ 18 bilhões para 24 grandes cidades do País. As duas metrópoles querem aproveitar a oportunidade para construírem seus metrôs.

Lindau acredita que os valores poderiam ser investidos de um melhor modo. "Seria preciso perguntar ao governo federal se vale a pena fazer alguns quilômetros de metrô ou centenas de quilômetros de redes de ônibus de alta capacidade", desafia.

O superintendente da ANTP acredita que os dois sistemas se complementam. "Tem espaço para metrô e para corredor de ônibus. Nenhuma solução é por si só ideal. O metrô tem de se integrar com os ônibus. Se não se integrar, ele está meio morto", observa.

Tanto Lindau quanto Bicalho preveem um futuro nebuloso nas vias das metrópoles brasileiras se nenhuma medida drástica for tomada. Entretanto, os dois acreditam que ainda há tempo para se fazer algo. "Nem tudo está perdido. O que está perdido é o modelo atual. O espaço viário, se for racionalizado, é ótimo", diz o professor da Ufrgs.

Para Bicalho, o agravamento da situação é o maior aliado para que ações comecem a ser realizadas. "A discussão do transporte é como a questão ambiental. A crise é a aliada. A única esperança é que essa crise se agrave a tal ponto em que sejamos obrigados a tomar decisões antes de ser tarde demais", conclui. - Juliano Tatsch



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