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Metrô SP é um dos órgãos públicos mais valorizados pela população paulistana

quarta-feira, 25 de março de 2015

O Metrô de São Paulo é o terceiro colocado no ranking de confiança da população da capital paulista entre 24 instituições e órgãos públicos avaliados, incluindo os serviços de táxi existentes.

A constatação, do IBOPE Inteligência, está na pesquisa anual "Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (IRBEM), em sua sexta edição, realizada entre os dias 24 de novembro e 8 dezembro de 2014, numa amostra envolvendo 1512 moradores.

O objetivo da enquete da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em parceria com a Rede Nossa São Paulo, é coletar informações úteis à formulação de ações, por parte do Poder Público e da sociedade civil, visando o bem-estar das pessoas.

Nesta IRBEM 2014, o Metrô obteve 71% de confiança entre os paulistanos, índice só suplantado pelos Correios (com 82%) e pelo Corpo de Bombeiros (93%). Os resultados da pesquisa comprovam que nos seis anos de avaliação, apesar das oscilações, o grau de confiabilidade da população nesses três órgãos nunca ficou abaixo dos 71%.

Além do Corpo de Bombeiros, Correios e Metrô, a Pesquisa IRBEM considera as seguintes instituições e órgãos públicos atuantes na cidade de São Paulo: PROCON, Eletropaulo, SABESP, Serviços de Táxi, Forças Armadas, CPTM, SPTrans, Conselho Tutelar, COMGÁS, CET, Conselhos Municipais, CETESB, Guarda Municipal, Polícia Civil, Poder Judiciário, Polícia Militar, Ministério Público, Subprefeitura, Prefeitura de São Paulo, TCM (Tribunal de Contas do Município) e Câmara Municipal.

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Obra da Linha 6-Laranja de metrô avança com encontro de túneis na região da Brasilândia

quarta-feira, 26 de junho de 2024

O governador em exercício Felicio Ramuth fez visita técnica nesta segunda-feira (24) nas obras de construção da Linha 6-Laranja de metrô, o maior projeto de infraestrutura em execução na América Latina. O empreendimento avançou com o encontro dos túneis da futura Estação Brasilândia e do Pátio Morro Grande, trecho que liga a linha de transporte à principal base de operação e controle do ramal metroviário.

“Mais uma etapa importante que vai garantir a chegada até o final de 2026 na estação Perdizes. São oito estações até Perdizes, e hoje aqui no Pátio Morro Grande, onde a gente interliga a primeira estação, a de Brasilândia”, afirmou Felicio. “E são uma série de obras voltadas ao metrô. Este mês tivemos autorizações importantes que vão permitir que o metrô chegue até o Jardim Ângela, outra linha até Guarulhos. Portanto, o nosso governador Tarcísio entende como prioridade a expansão do metrô e claro das nossas linhas da CPTM”, acrescentou.

A visita foi acompanhada pelo secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, executivos do consórcio Linha Uni, responsável pelas obras, e outras autoridades. O empreendimento é uma parceria público-privada (PPP) do Governo do Estado de São Paulo e conta com mais de R$ 18 bilhões em investimentos.

A rede de túneis entre a Estação Brasilândia e o Pátio Morro Grande é de 1.850 metros de extensão, 567 metros de passagem subterrânea de via e o restante do percurso em via singela. Sendo toda a linha acessada a partir do Pátio Morro Grande. “Essa obra é mais um compromisso do governo Tarcísio com a expansão da malha metroviária”, afirmou o secretário.

Com o avanço da obra, a construção da infraestrutura ferroviária do Pátio Morro Grande atinge 64,26%. Já foram instaladas 851 toneladas de estruturas metálicas na área de manutenção e estacionamento para os 22 trens que irão operar o ramal. O espaço possui mais de 213 mil m² – o equivalente a 26 campos de futebol.

Linha 6 – Laranja
Com 15 km de extensão e 15 estações, a Linha 6-Laranja de metrô de São Paulo vai ligar o bairro da Brasilândia, na Zona Norte, à Estação São Joaquim, na região central da cidade, reduzindo a apenas 23 minutos um trajeto que hoje é feito de ônibus em cerca de uma hora e meia. A linha deverá transportar cerca de 630 mil passageiros por dia.
SP nos Trilhos
O projeto da Linha 6 – Laranja faz parte do programa SP nos Trilhos, lançado pelo Governo do Estado de São Paulo,e reúne projetos de transporte de cargas e passageiros por ferrovias. São mais de 40 projetos entre trens intercidades (TIC), veículo leve sobre trilho (VLT), trens urbanos e metrô. Ao todo, os projetos estão estimados em R$ 194 bilhões e mais de 1 mil km de extensão de trilhos.

Informações: Governo de São Paulo

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População de Santo André ganha novo bicicletário

segunda-feira, 1 de março de 2010


Começa a funcionar nesta segunda-feira (01/03) o bicicletário do Terminal Metropolitano de Santo André, parceria entre as empresas vinculadas à Secretaria dos Transportes Metropolitanos EMTU/SP e CPTM. Com capacidade para 330 bicicletas, o projeto teve investimentos de R$ 280 mil e está localizado anexo à estação Santo André, da CPTM, e ao Terminal Metropolitano Santo André Oeste, gerenciado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU/SP.
O novo bicicletário beneficiará usuários do Corredor Metropolitano ABD (São Mateus-Jabaquara) e da Linha 10 – Turquesa da CPTM. A região já conta com os bicicletários instalados junto ao Terminal Metropolitano de São Bernardo, com 85 vagas, e ao Terminal Jabaquara, anexo ao Metrô, que dispõe de 230 vagas.
Administrado pelo Instituto Parada Vital, com apoio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e patrocínio da Porto Seguro, o bicicletário é gratuito, mas oferecerá também aos usuários a possibilidade de aluguel de bicicletas. O horário de funcionamento é das 6h às 22h de segunda a sexta-feira e das 6h às 20h nos fins de semana e feriados.
O meio de locomoção por bicicleta – veículo não motorizado, portanto não- poluente - vem se destacando como importante transporte complementar no percurso entre a residência e os sistemas de ônibus, trens e metrô.
A instalação de bicicletários tem por objetivo atender os usuários que residem em locais de difícil acesso, além de incentivar o uso da bicicleta.Com a inauguração da unidade Santo André, já são 35 os bicicletários em operação nas estações do Metrô e da CPTM e nos terminais da EMTU/SP: 15 no Metrô, 15 na CPTM e 5 na EMTU. Juntos, oferecem mais de 5 mil vagas.
  • Como utilizar?
Basta comparecer ao local levando RG e CPF para efetuar o cadastro. O serviço é gratuito. No caso de empréstimos de bicicleta, é necessário um cartão de crédito Visa com um limite disponível de R$ 350,00 para pré-autorização. Quem não possui cartão de crédito pode comparecer à sede do Instituto Parada Vital (Rua Barra Funda, 827, sala 1) munido de RG, CPF, comprovante de residência (originais e uma cópia) e duas fotos 3X4 para confecção da carteirinha que dará acesso ao serviço.
  • Sobre o Instituto Parada Vital
O Instituto Parada Vital é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem como principal objetivo propor soluções que preservem o meio ambiente e promovam o desenvolvimento sustentável em grandes centros urbanos. Fundada em 2007, um dos principais projetos da entidade é o UseBike Porto Seguro, que consiste no empréstimo de bicicletas em pontos estratégicos da capital, permitindo a devolução em qualquer outro ponto do sistema. O projeto tem apoio do Metrô de São Paulo, da EMTU/SP, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e patrocínio da seguradora Porto Seguro. Em São Paulo, o UseBike já conta com cerca de 15 mil usuários cadastrados.
Bicicletários em operação
  • EMTU
A EMTU/SP possui bicicletários localizados nos terminais Jabaquara, São Bernardo do Campo, Hortolândia, Americana e Santo André.
  • Metrô
• Linha 1-Azul: Vila Mariana, Paraíso, Liberdade, Sé, Armênia e Santana.
• Linha 2-Verde: Vila Madalena.
• Linha 3-Vermelha: Palmeiras/Barra Funda, Santa Cecília, Marechal Deodoro, Anhangabaú, Brás, Carrão, Guilhermina/Esperança e Corinthians/Itaquera.
Também há paraciclos (estruturas para acorrentar bicicletas) nas estações Belém, Penha, Vila Matilde, Artur Alvim (Linha 3-Vermelha), Capão Redondo, Campo Limpo e Vila das Belezas (Linha 5-Lilás).
Fonte: EMTU
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Prefeito inaugura primeiro transporte hidroviário público de São Paulo

terça-feira, 14 de maio de 2024

O Aquático-SP, primeiro transporte hidroviário público de São Paulo, entrou em operação nesta segunda-feira (13) na represa Billings, Zona Sul, e irá beneficiar 385 mil pessoas dos bairros Grajaú, Cocaia e Pedreira. Inaugurado pelo prefeito Ricardo Nunes, o novo modal de transporte funciona em operação assistida com duas embarcações que fazem o trajeto entre os terminais Cantinho do Céu e Parque Mar Paulista Bruno Covas em 12 e 17 minutos, enquanto de ônibus a duração é de 1h20. 

“É um momento de alegria para a cidade, com mais um modal de transporte, agora o hidroviário, que iniciamos hoje, com a operação assistida, funcionando das 10h às 16h, levando os passageiros do Cantinho do Céu ao Terminal Mar Paulista Bruno Covas, ambos com ônibus elétrico fazendo a integração, auxiliando a locomoção das pessoas até o Terminal Santo Amaro, com interligação à rede de ônibus, Metrô e CPTM”, comemorou o prefeito Ricardo Nunes. 

A operação assistida vai funcionar das 10h às 16h, com viagens gratuitas até 31 de dezembro de 2024, com dois barcos. O veículo Bororé I opera nesta fase somente com passageiros sentados, com capacidade para 60 pessoas. Nessa fase do Aquático-SP, também está em operação um barco de apoio com capacidade para transportar até 30 passageiros e faz o percurso em 12 minutos.  

“Começamos com um barco de 60 [vagas] e um de 30 [vagas] e depois a gente vai ampliando o horário e as embarcações. É uma questão de cuidado para a gente não errar e fazer de acordo com os estudos e levantamentos”, contou o prefeito Ricardo Nunes.  “A gente tem todos os estudos, mas, obviamente, na prática com os passageiros é diferente”, completou Nunes.  

Além de garantir maior agilidade e rapidez nos deslocamentos, o Aquático-SP terá total integração com o transporte por ônibus, com a utilização do Bilhete Único, e inauguração de duas novas linhas, melhorando a mobilidade da região.   

Na operação assistida, das 10h às 16h, a expectativa é atender 3 mil passageiros por dia com os dois barcos. 

Trajeto  
As embarcações farão a ligação entre os terminais Cantinho do Céu e o Parque Mar Paulista Bruno Covas, num percurso de 5,6 quilômetros, pela Represa Billings, realizado em cerca de 17 minutos, sem considerar os tempos de manobra, embarque e desembarque. Atualmente, de ônibus, a viagem dura cerca de 1h20.   

Portanto, haverá significativa redução nos deslocamentos da população rumo a regiões como Santo Amaro e o Centro da cidade. Durante a operação assistida, o Aquático-SP estará sob responsabilidade direta da SPTrans, empresa que gerencia o transporte público municipal.   

Quem já usou o novo sistema nesta segunda elogiou o Aquático-SP, ressaltando o ganho de tempo, a segurança e a beleza da represa. “Fizemos a travessia em 17 minutos, de um percurso que eu levaria 1h20, 1h30 para chegar. Isso ajuda muito a população que mora aqui no Cantinho do Céu, pois nós demoramos muito para chegar ao trabalho”, conta Sandra Maria Gomes, 40 anos, moradora da região há 35 anos, que participou da viagem inaugural do novo modal. “Eu, por exemplo, trabalho no período noturno e demorava, em média, duas horas para chegar ao Centro. Com o hidroviário, eu vou demorar cerca de 30, 40 minutos para chegar no meu trabalho”, completa Sandra, que cogitava mudar do bairro em que cresceu e que gosta de morar por conta da demora para se deslocar até o trabalho. 

A depiladora Thaís Gomes, 38 anos, vê no novo sistema uma possibilidade de crescimento profissional, pois acredita que com o ganho de tempo proporcionado pelo Aquático-SP poderá atender em bairros mais distantes. “Optei por ter um salão aqui por causa do transporte público. Porque tenho uma fila de 4 anos e um menino de 14 e quando eu trabalhava fora do bairro deixava eles muito tempo sozinhos por conta do transporte, demorava muito para chegar em casa”, disse. “Com esse hidroviário, posso ter mais segurança, passear com os meus filhos. Além do ganho de tempo, o barco vai mostrando também a beleza também da Represa Billings.” 

Estrutura 
O Bororé I é acessível, com espaço para cadeirante, área para bicicletas, ar-condicionado, tomadas USB, televisão, conexão de internet e sanitário, inclusive acessível para pessoas com mobilidade reduzida.    

Os terminais do Aquático-SP serão operados pela concessionária SPS VivaCidade - responsável pela operação de outros dez terminais urbanos na cidade e contarão, cada um, com bicicletário com 50 vagas, ampliando ainda mais a integração a outros modais de transportes. Além disso, o Bororé I tem espaço para bicicletas embarcadas.  

Novas linhas  
Para garantir a mobilidade e integração entre os sistemas de ônibus e hidroviário, os passageiros passarão a contar com duas novas linhas de ônibus elétricos. A nova linha ligando o Mar Paulista ao Terminal Santo Amaro irá oferecer viagens semiexpressas para que o deslocamento dos passageiros seja ainda mais rápido. As viagens da linha 627M-10 Mar Paulista - Term. Sto. Amaro que partirem após a chegada do Aquático-SP irão a Santo Amaro parando em apenas três pontos estratégicos durante o caminho: a Av. Miguel Yunes, 485 e a Av. das Nações Unidas nos numerais 20.201 e 22.013.     

No Terminal Santo Amaro, um dos maiores da cidade e com mais de 60 opções de linhas, o passageiro poderá se deslocar para toda a cidade por meio dos ônibus e também pelo sistema metroferroviário.    

A 606C-10 Cantinho do Céu será circular na região do Cantinho do Céu, integrando o Terminal Hidroviário Parque Linear Cantinho do Céu aos demais itinerários que atendem o bairro.    

Licenciamento  
O projeto do Aquático-SP conta com toda a segurança operacional e ambiental prevista, e tem o aval de todos os órgãos ambientais e de navegação necessários. 

Informações: Prefeitura de SP

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Metrô de SP completa 50 anos com malha ainda insuficiente

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Sistema paulistano foi o pioneiro do país. Especialistas avaliam que avanço do sistema metroferroviário nas últimas décadas continua aquém da necessidade das grandes cidades brasileiras.Primeiro do país, o metrô de São Paulo entrou oficialmente em operação em 14 de setembro de 1974. Cinquenta anos depois, a malha de transporte urbano sobre trilhos no Brasil ainda está aquém do ideal, conforme apontam especialistas.

Em 1974, noticiou o jornal O Estado de S. Paulo: a inauguração do novo sistema de transporte da capital paulista foi uma festa com "balões de gás, bandas, desfiles de escolares, sambistas, sanfoneiros e folhetos de propaganda política" em que "o povo só pode ver de longe os passageiros do 'trem da alegria', o metrô", que fez o percurso inaugural do pequeno trecho então inaugurado, os 7 quilômetros entre Jabaquara e Vila Mariana.

Marketing político à parte, a inauguração finalmente fez com que o Brasil entrasse nos trilhos do sistema de transporte urbano rápido que já era consolidado em grandes cidades pelo mundo, como em Londres — em operação desde 1863 —, Paris — desde 1900 —, Berlim — inaugurado em 1902 — e Nova York — onde começou a funcionar em 1904. A vizinha argentina teve o metrô de Buenos Aires inaugurado em 1913.

São Paulo precisaria de malha seis vezes maior

De lá para cá, houve avanços, mas ainda tímidos. A mentalidade brasileira ainda privilegia o transporte rodoviário em relação ao sobre trilhos — e a sociedade valoriza o status do transporte individual em detrimento do coletivo.

Em São Paulo, a rede metroviária atual é formada por 6 linhas — oficialmente, já que uma é, na verdade, um sistema de monotrilho —, totalizando 104 quilômetros de extensão e 91 estações. Segundo dados do governo paulista, são 5 milhões de passageiros transportados todos os dias. Para efeitos de comparação, o metrô de Nova York tem 24 linhas com 468 estações espalhadas por 369 quilômetros de extensão e o de Londres, 16 linhas, 272 estações e cerca de 400 quilômetros.

"Metrô é o modal que viabiliza de forma humana e racional a mobilidade em cidades, sendo imprescindível em metrópoles com mais de 2 milhões de habitantes", argumenta o engenheiro de transporte Sergio Ejzenberg, consultor e especialista em mobilidade. "A conta é simples. Tomando como paradigma metrópoles adensadas, é preciso 50 quilômetros de metrô para cada milhão de habitantes."

Ou seja: São Paulo precisaria de seis vezes mais. "Isso explica a lotação do nosso metrô e explica por que cada linha colocada em operação lota nas primeiras semanas de funcionamento. E mostra a estupidez do investimento em sistemas de média capacidade, como monotrilhos e VLTs", acrescenta Ejzenberg.

De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) há hoje metrô operando em Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Especialistas discordam.

"Metrô mesmo no Brasil tem somente em São Paulo, no Rio e em Brasília", aponta o engenheiro de transportes Creso de Franco Peixoto, professor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Outras cidades costumam chamar de metrô o que na verdade são linhas ferroviárias de carga que foram adaptadas para que fossem usadas como metrô."

Tecnicamente, como ele explica, o metrô consiste em linhas construídas em regiões adensadas, com paradas planejadas em curtas distâncias, a partir de pesquisas detalhadas sobre comportamentos de origem e destino da população.
 
"A denominação metrô é adotada por diversos sistemas como imagem poderosa de marketing institucional, mesmo quando aplicados em locais que não se enquadrariam nessa categoria sob uma análise mais rigorosa", comenta o engenheiro especialista em mobilidade Marcos Bicalho dos Santos, consultor em planejamento de transportes.

Ele considera metrôs, além dos sistemas de São Paulo, Rio e Brasília, as linhas de Salvador e de Fortaleza. E classifica como uma segunda divisão os modelos "de alta capacidade, implantados aproveitando infraestruturas ferroviárias desativadas", ou seja, os chamados metrôs de Belo Horizonte, Porto Alegre e do Recife.

"Neste grupo poderiam também ser incluídos os trens urbanos, que atendem a elevadas demandas, mas que apresentam características operacionais distintas dos metrôs [principalmente quanto à velocidade, frequência e distância entre paradas]", acrescenta Santos, citando os trens metropolitanos de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O restante da malha de trilhos urbanos do Brasil (veja infográfico), o especialista classifica como "uma quarta categoria […] que, em função de sua inserção urbana ou por limitações de seus projetos operacionais, operam como sistemas de média capacidade, às vezes nem isso, atendendo a demandas pouco expressivas".

Atraso histórico e mentalidade rodoviarista

No total, a malha de trilhos urbanos é de 1.135 quilômetros e está presente em 12 das 27 unidades da federação. "Somos um país de dimensões continentais e essa infraestrutura de trilhos para passageiros é insuficiente para o atendimento à população", admite o engenheiro eletricista Joubert Flores, presidente do conselho da ANPTrilhos. "Mas essa rede de atendimento tem previsão de crescimento, já que contamos com 120 quilômetros de projetos contratados ou em execução, com indicação de conclusão nos próximos cinco anos. Para 2024, a previsão é inaugurarmos 20 quilômetros."

Se o transporte sobre trilhos é tão útil, por que o Brasil está tão atrasado? Primeiramente, pela mentalidade histórica. "Houve uma efetiva priorização do transporte rodoviário de passageiros, e mesmo de cargas, pelos governos brasileiros. Este talvez tenha sido o principal motivo de perdermos cerca de 20 ou 30 anos para o início do transporte metroferroviário em São Paulo e no Brasil. Talvez tenha havido uma falta de vontade política e de visão dos governantes à época", comenta o engenheiro metalurgista Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

Para o urbanista Nazareno Affonso, diretor do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), o Brasil sempre foi "carrocrata". "O Estado não prioriza o transporte público e prioriza investimentos ligados à indústria automobilística", diz, enfatizando que as maiores cidades do país "caminham para o colapso se não houver investimentos permanentes e crescentes em sistemas metroferroviário e de ônibus".

"O estratosférico custo dos congestionamentos e dos sinistros de trânsito no Brasil inibe o crescimento e rouba parcela significativa do PIB", argumenta Ejzenberg, que calcula prejuízos diretos e indiretos de até 50 bilhões de reais por ano por conta disso, apenas na metrópole de São Paulo. "Esse custo anual, se investido em metrô, estancaria as perdas e daria maior competitividade ao Brasil. Continuamos nadando no sangue das vítimas evitáveis, ano após ano."

O custo é um grande gargalo, é verdade. Segundo levantamento do professor Peixoto, dificilmente uma obra de metrô no Brasil custa menos de 80 milhões de dólares por quilômetro. "Metrô é muito caro. Muito caro. Mas é preciso pensar que ele é capaz de transportar muita gente", comenta.

"O Brasil não investiu em transporte sobre trilhos por incompetência, insegurança jurídica e imediatismo político", critica Ejzenberg. Apesar de ser uma obra cara, ele argumenta que o modal sobre trilhos acaba tendo metade do custo do sistema de ônibus se considerado o custo do passageiro transportado por quilômetro — esta seria a incompetência, segundo o especialista. No caso da questão jurídica, ele diz que as mudanças no entendimento de como viabilizar parcerias privadas acabam afastando investidores. Por fim, politicamente há o peso eleitoreiro de que uma obra de metrô costuma levar mais do que um mandato de quatro anos entre o anúncio e a inauguração.

Solução é complexa
 
Mais metrô melhoraria em muito a qualidade de vida do brasileiro que habita as grandes cidades. Mas não é a solução mágica. "Para enfrentar a crise dos deslocamentos é preciso investimento em metrô, em ferrovias, em VLT. Mas não podemos descuidar da democratização das vias públicas, dando aos ônibus faixas exclusivas. E também a mobilidade ativa que tem crescido, com ciclovias e ciclofaixas para que avancemos nessa questão", sugere Affonso.

"Metrôs não são uma panaceia. Não são a única solução para os problemas na mobilidade urbana", acrescenta Santos. "Em muitas situações, não são a solução mais indicada, já que as soluções dependem de cada local e não podem ser unimodais."

Ele enfatiza que por mais eficiente que seja uma linha de metrô, "ela não será eficaz se as pessoas não conseguirem chegar até ela, caminhando, pedalando, usando transporte público alimentador e mesmo modos de transporte individual". O especialista salienta que, considerando isso, respectivamente é preciso também investir em calçadas adequadas, rede cicloviária e bicicletários, integração física, operacional e tarifária dos meios de transporte público e, por fim, estacionamentos e baias para desembarque e embarque para aqueles que vão chegar de carro.

"Resumindo, precisamos de planejamento urbano e de mobilidade, integrados, e não apenas de um plano de obras e compra de equipamentos", adverte ele.

Informações: Terra

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Ritmo de crescimento do Metrô de São Paulo dobrou nos últimos cinco anos

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O ritmo de expansão do Metrô de São Paulo cresceu 50% nos últimos cinco anos em relação à média histórica. O aumento ocorreu após o índice diminuir década a década desde a inauguração do primeiro trecho da companhia, em 1974. Ainda assim, o crescimento que o transporte sobre trilhos vem registrando desde 2007 está longe de garantir uma malha compatível com o tamanho e a população da cidade de São Paulo, dizem especialistas.
Entre a inauguração do metrô, em 1974, e 1984, 24,7 km de linhas passaram a operar, uma média de construção de 2,47 km por ano. Na década seguinte, entretanto, o ritmo diminuiu: foram 18,7 km de novas linhas entre 1984 e 1994, média de 1,87 km por ano. Apesar de a demanda por transporte aumentar e o trânsito na cidade se tornar cada vez mais caótico, o ritmo de ampliação da malha seguiu em queda entre 1994 e 2004. Foram apenas 1,42 km de metrô por ano no período.

Na média histórica, foi construído 1,88 km de metrô por ano, de 1974 a 2006. Nos últimos cinco anos, essa média aumentou para 2,82 km por ano (crescimento no ritmo de expansão de 50%) com a inauguração da linha 4-Amarela, e de novas estações na linha 2-Verde.

Promessas

Em setembro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que, até o final do seu governo (2014), terá entregue 30 km de novas linhas de metrô e deixará outros 95 km em construção, incluindo monotrilho (um trem mais estreito que roda por cima da terra em vias elevadas). O diretor-presidente do Metrô, Sergio Avelleda, diz que a companhia receberá investimentos de R$ 30 bilhões nos próximos quatro anos.

Entre as principais promessas do Metrô para os próximos anos estão o prolongamento da linha 2-Verde, entre a Vila Prudente e o Hospital Cidade Tiradentes, por meio de monotrilho; a inauguração de novas estações da linha 4-Amarela e sua expansão até a Vila Sônia; a inauguração de 11 novas estações da linha 5-Lilás, entre Adolfo Pinheiro e Chácara Klabin; e a criação da linha 17-Ouro, ligando Jabaquara ao estádio do Morumbi, também por meio de monotrilho.

Metrô de SP tem poucas conexões

Se concluídas no prazo, essas obras devem deixar São Paulo com uma malha metroviária 54,3 km maior até 2016. Isso representaria um aumento anual cinco vezes maior que o da média histórica até 2006 e três vezes maior que o verificado nos últimos cinco anos.

Crescimento insuficiente

Entretanto, de acordo com especialistas ouvidos pelo R7, mesmo esse ritmo inédito de expansão, caso se concretize, não vai proporcionar a São Paulo, em curto ou médio prazo, uma malha de metrô adequada. Além disso, dizem eles, esse crescimento até 2016 tem que ser relativizado por se basear, sobretudo, em linhas de monotrilho, que têm capacidade de transporte menor do que o metrô.

Para o consultor de engenharia de tráfego Horácio Figueira, mestre em engenharia de transportes pela USP (Universidade de São Paulo), é uma ilusão achar que o metrô pode resolver o problema do trânsito na capital paulista.

- A conclusão é cruel. É caro, é demorado, não dá para esperar ficar pronto para essa encarnação. Talvez daqui a cem anos vamos ter um transporte de trilhos adequado, mas aí talvez a gente nem vá mais precisar de nada disso. Não podemos nem devemos nos iludir que Metrô e CPTM vão resolver o problema de mobilidade.

Doutor em engenharia de transportes também pela USP, Cláudio Barbieri da Cunha reforça a afirmação feita por Figueira de que o ritmo de expansão atual não é suficiente. Ele diz ainda que não dá para colocar o monotrilho ao lado de metrô quando se fala na expansão da rede.

- Quando a gente fala em monotrilho, a gente está falando de sistema de transporte ferroviário, mas não é exatamente um metrô. Investimento é menor, capacidade é menor, complexidade é menor. Tem regiões que a demanda é tão alta que isso nem vai dar conta.



Fonte: R7.com



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EMTU/SP terá linha Aeroporto Internacional - Autódromo no GP Interlagos

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A EMTU/SP prolongará o itinerário da linha metropolitana E-437TRO-000-R Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) – São Paulo (Itaim Bibi) nos dias 6 (sábado) e 7 de novembro (domingo) para agilizar a locomoção dos turistas que vão desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo e seguir para o Autódromo de Interlagos para assistir ao GP Brasil de Fórmula 1.
Os oito veículos que compõem a frota da concessionária Internorte estenderão o percurso até as imediações do Autódromo (Avenida Jacinto Júlio x Avenida Feliciano Correia) e, na volta ao Aeroporto, o ponto inicial previsto é o cruzamento da avenida Rio Bonito com a Avenida Antonio B da Silva Sandoval. Não haverá paradas intermediárias. O itinerário estabelecido poderá sofrer adequações de acordo com as necessidades operacionais da CET/SP e SPTrans. A tarifa será a mesma cobrada no itinerário normal: R$ 31,00.
Tabela Horária
Partidas do Aeroporto Internacional de São Paulo, previstas para os dias 06 (sábado) e 07 (domingo):
06h00 – 07h00 – 08h00 – 09h00 – 10h00 – 11h00 – 12h00 – 12h30.
Partidas do Autódromo de Interlagos, previstas para os dias 06 (sábado) e 07 (domingo):
Para retornar ao Aeroporto, os ônibus da linha metropolitana 437TRO vão operar ao longo do dia, dentro da faixa horária definida pela organização do evento, sendo que o último veículo partirá às 17h no sábado e às 17h30 no domingo.

CPTM oferece opção sobre trilhos
Assistir ao GP de Fórmula 1 em Interlagos é ótimo programa. Assistir sem a preocupação de como ir e voltar para casa ou hotel é melhor ainda. Uma boa dica é a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que oferece trens de qualidade, estação próxima ao Autódromo e operação especial planejada para esse grande evento.
A Estação Autódromo (Linha 9-Esmeralda), que fica a 600 metros do portão de acesso ao setor G do Autódromo de Interlagos, atenderá, além dos moradores da capital, aos milhares de turistas que irão assistir à corrida.
Além de trens extras com ar-condicionado, haverá orientadores bilíngues identificados para prestarem informações aos turistas estrangeiros. A Estação Autódromo contará também com placas e avisos sonoros de orientação em inglês, distribuição de panfletos com o mapa do trajeto entre a estação e o portão de acesso ao setor G do autódromo.

De qualquer ponto de São Paulo
Com apenas R$ 2,65, o usuário pode se deslocar de diversos pontos da região metropolitana de São Paulo para o autódromo, utilizando as integrações gratuitas entre CPTM e Metrô e o sistema ORCA, da EMTU (especialmente disponibilizado para atendimento ao Grande Prêmio de Fórmula 1).
Além das sugestões abaixo, os usuários podem acessar o site www.cptm.sp.gov.br para traçarem sua rota até a Estação Autódromo. Na web é possível simular diversos trajetos, de diferentes pontos da região metropolitana de São Paulo.

Veja os roteiros disponíveis para acessar o autódromo partindo de diferentes regiões:

Avenida Paulista: os torcedores que moram ou estiverem hospedados nessa região, incluindo Sumaré e Perdizes, podem utilizar a Linha 2-Verde, do Metrô, desembarcando na Estação Vila Madalena. Dali, por meio de integração gratuita, embarcar na Ponte ORCA até a estação Cidade Universitária, na Linha 9-Esmeralda. De lá, seguir sentido Grajaú até a estação Autódromo.

Zona Norte: acessar o metrô por uma das estações da Linha 1-Azul, entre Tucuruvi e Tiradentes, e seguir no sentido Jabaquara até a estação Ana Rosa. Naquela estação, por meio de integração gratuita, embarcar na Ponte ORCA até a estação Vila Olímpia, na Linha 9-Esmeralda. Seguir, então, no sentido Grajaú até a estação Autódromo.

Zona Sul: nessa região, o torcedor que puder acessar diretamente a Linha 9-Esmeralda, da CPTM, embarcará no sentido Grajaú e descerá na estação Autódromo. Ou, se necessário, deve usar uma das duas linhas do Metrô: a Linha1-Azul, se estiver entre os bairros de Jabaquara e Liberdade; ou a Linha 5-Lilás, se estiver entre as regiões de Capão Redondo e Giovanni Gronchi. No primeiro caso, deverá seguir até a estação Ana Rosa, na Linha 1-Azul e dali, por meio de integração gratuita, embarcar na Ponte ORCA até a Estação Vila Olímpia, na Linha 9-Esmeralda. Seguir então no sentido Grajaú até a estação Autódromo. No caso da Linha 5-Lilás, fazer a integração para a Linha 9-Esmeralda na Estação Santo Amaro e, de lá, seguir sentido Grajaú.

Zona Leste: moradores de municípios vizinhos à capital, com divisa na região Leste, como Mogi das Cruzes, Suzano, Poá e toda a área do Alto Tietê, podem utilizar as linhas 11-Coral (Estudantes-Luz) e 12-Safira (Calmon Viana-Brás) da CPTM. Utilizando a Linha 11-Coral, desembarcar na Luz e fazer a integração gratuita para a Linha 1-Azul, do Metrô. Seguir então no sentido Jabaquara até a estação Ana Rosa. Em Ana Rosa, embarcar na Ponte ORCA, em integração gratuita, até a estação Vila Olímpia, na Linha 9-Esmeralda. De lá, seguir sentido Grajaú até a estação Autódromo. Quem utilizar a Linha 12-Safira, deve desembarcar na estação terminal Brás. Naquela estação, fazer a integração gratuita com a linha 3-Vermelha do Metrô até a Sé. A partir daí, embarcar em trem da Linha 1-Azul do Metrô no sentido Jabaquara, desembarcar em Ana Rosa, embarcar na Ponte Orca até a Estação Vila Olímpia, na Linha 9, e seguir o trajeto para o autódromo.

Zona Oeste: as regiões de Francisco Morato e de Itapevi são servidas por linhas da CPTM. Assim, quem sair de municípios vizinhos (Jundiaí, Várzea Paulista, Francisco Morato, Caieiras e Franco da Rocha) e bairros da Zona Oeste da Capital (Perus, Pirituba, Lapa), poderá acessar a rede por meio das estações da Linha 7-Rubi. Descer na estação Palmeiras-Barra Funda, fazer a integração gratuita para a Linha 8-Diamante sentido Itapevi, seguir até Presidente Altino e integrar-se, novamente, gratuitamente para a Linha 9-Esmeralda sentido Grajaú, descendo na estação Autódromo. Já quem vem de Itapevi e bairros atendidos pela Linha 8-Diamante deve seguir até as estações Osasco ou Presidente Altino e fazer a integração gratuita para a Linha 9-Esmeralda, sentido Grajaú, a fim de descer em Autódromo.

Grande ABC: quem estiver na região do ABC pode usar a Linha 10-Turquesa (Rio Grande da Serra-Luz) até a Luz e fazer a integração gratuita para a Linha 1-Azul, do Metrô, no sentido Jabaquara. Descer na estação Ana Rosa e embarcar gratuitamente na Ponte ORCA para o trajeto até a estação Vila Olímpia, na Linha 9-Esmeralda. Seguir então sentido Grajaú e descer na estação Autódromo.

Quem for de São Caetano do Sul, também pode utilizar a nova estação Tamanduateí, que integra gratuitamente com a Linhas10-Turquesa da CPTM e Linha 2-Verde do Metrô. A Estação Tamanduateí do Metrô ainda está em fase de testes, por isso, opera em horário reduzido, das 8h30 às 17h. No entanto, o usuário pode utilizar a estação da CPTM das 4h às 24h.

Outra opção é utilizar o sistema EMTU por meio do ônibus linha 376 - Diadema (Terminal Metropolitano de Diadema) / São Paulo (Morumbi), cujo terminal inicial é na Av. Presidente Kennedy/Av. Fabio Eduardo Ramos Esquivel e o terminal final: estação Berrini Linha 9-Esmeralda. Pegar nesta estação o trem sentido Grajaú até a estação Autódromo.

Fonte: EMTU-SP
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Metrô de São Paulo opera no vermelho mesmo com tarifa, publicidade e loja

terça-feira, 24 de junho de 2014

O Metrô de São Paulo opera com prejuízos todos os meses mesmo com a cobrança de tarifa (R$ 3), a utilização maciça de publicidade e o recente licenciamento da marca. A conclusão é de um recente estudo da Austin Rating – uma agência que avalia a saúde financeira de empresas –, que joga um balde de água fria nos entusiastas da catraca livre, principal bandeira do Movimento Passe Livre (MPL).

Inspirado nas manifestações de junho, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo chegou a propor a tarifa zero durante a greve que quase ameaçou a abertura da Copa do Mundo e que só foi suspensa depois que 42 metroviários foram demitidos por determinação do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

De acordo com o estudo, os custos de operação, manutenção, despesas com vendas, administração e planejamento de obras custam aos cofres do Metrô R$ 181,3 milhões ao mês, enquanto a tarifa e outras fontes de receita, como publicidade e licenciamento da marca, arrecadam R$ 169,7 milhões, um déficit mensal de R$ 11,6 milhões, ou de R$ 140 milhões por ano. Desde a década de 1990, o rombo acumulado chega a R$ 5,1 bilhões.

Professor do departamento de transportes da Escola Politécnica da USP, Telmo Giolito Porto explica que o metrô tem três fontes de renda: tarifa, outras receitas e aporte do Estado. “É totalmente impossível expandir o metrô apenas com a receita do bilhete. O ideal é que a tarifa pague a manutenção e operação, enquanto o Estado cuide da expansão.”

O estudo da agência informa que o Estado investiu R$ 3 bilhões no ano passado, montante 34% superior ao ano anterior. Desse valor, R$ 488 milhões correspondem à manutenção da rede – dinheiro que deveria sair da tarifa – e R$ 2,5 bilhões à expansão do sistema metroviário.

Por essa razão, Porto considera um “absurdo” a proposta de catraca livre. “Isso significa acabar com a receita do Metrô, provocando a degradação financeira da empresa. Se fosse instituída a catraca livre, o Estado pagaria toda a diferença utilizando os nossos impostos. No fim, perdem todos.”

Mais: Sistema de R$ 750 milhões que reduz espera no Metrô só funciona aos domingos

Para conseguir bancar pelo menos a manutenção e operação dos trens, o professor sugere uma alternativa já utilizada em todo o mundo e que ganha força em São Paulo: a venda de espaço publicitário nas estações e o licenciamento da marca “Metrô”.

Ao todo, 134 lojas foram construídas em diversas estações do sistema nos últimos anos. São 14 opções de publicidade interna, que vão desde banner e painéis nas paredes até propaganda em televisões gigantes e adesivos no chão e corrimão. Um banner de 5 m² custa R$ 2.450, enquanto dois adesivos de 70 m² ligando duas estações não saem por menos de R$ 41 mil.

Desde o dia 23 de abril, uma loja de produtos oficiais, com o logotipo e mapas da malha, foi inaugurada na estação Consolação da linha 2-verde. São canecas, bolsas e chaveiros. A loja não é operada pelo metrô, mas por um empresário que paga pelo uso da marca. Quando o design do produto é desenvolvido pelo metrô, a companhia estatal embolsa 9% do faturamento, enquanto esse índice cai para 7% se o desenho for do empresário. Questionado pela reportagem, o Metrô não revelou quanto arrecada com publicidade e licenciamento.

Essa é mais uma das razões para que o relatório da Austin cravasse uma nota AA- ao Metrô e recomendasse ao empresariado que invista na companhia, apesar de ainda deficitária. “A grande razão para essa nota é que o Estado é o principal investidor, dono do segundo maior orçamento do País, depois da União”, justifica Leonardo Santos, economista responsável pelo estudo. “O governo cobre a manutenção e ainda investiu R$ 3 bilhões no ano passado.”

Além disso, diz ele, a companhia parou de tomar dívida desde 2010, quando toda ela passou a ser administrada pelo caixa do Tesouro. “Isso deixa a companhia saudável para investimento de longo prazo.”

A agência também destaca o crescimento médio anual de 13,3% da receita metroviária aliado à queda nas despesas. "Mas o metrô ainda é deficitário e, se fosse uma empresa privada, a nota seria mais baixa", diz o economista, que preferiu não especular sobre o índice. "O fato é que o Metrô é uma empresa com vocação pública, sem objetivo de lucro, e essa característica foi considerada em nossa análise."

A boa nota contrasta com algumas conclusões do estudo. Uma delas é de que a companhia rodou 18,3 milhões de quilômetros em 2013, 14,8% menor que o ano de 2011, quando a rede percorreu 21,5 milhões de quilômetros. Além disso, seus principais ramais operam com aproximadamente 40% da velocidade máxima, enquanto, nos horários de pico, a utilização de sua frota atinge 77% dos 900 carros à disposição no horário de pico.

Solvência

Gerente financeiro do Metrô, José Carlos do Nascimento admitiu durante a CPI dos Transportes, no ano passado, que a tarifa é incapaz de bancar os custos operacionais. Relator da comissão, o vereador Paulo Fiorillo (PT) afirmou ao iG que desconfia das informações prestadas pela companhia na ocasião. “É preciso abrir as contas do Metrô de forma mais transparente porque as planilhas que a gente recebeu eram muito simplistas. Não ficou claro como ela faz sua manutenção e investimento”, diz. “O Metrô têm um grande espaço para propaganda e publicidade, que pode ajudar a congelar ou reduzir a passagem.”

O economista da Austin garante que poucas empresas que administram metrô ao redor do mundo conseguem se bancar apenas com o custo da tarifa. “Isso é raro. Essas empresas tem uma missão pública que não pode ser desprezada e que reflete nos preços das passagens.”

O professor da USP concorda. “A companhia precisa mesmo diversificar a arrecadação porque isso ocorre nas companhias mais importantes do mundo.” Por outro lado, é “ilusão” acreditar que essa medida vai resolver os entraves de manutenção e operação. “Só a tarifa paga por esse serviço. O ideal é subir a passagem quando necessário para pagar seus custos de operação e assim manter sua independência de gestão. Catraca livre é um sonho.”

Por Wanderley Preite Sobrinho - iG São Paulo
Informações: Ultimo Segundo

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