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Em entrevista, Presidente do GRCT fala sobre o sistema de transporte na região metropolitana do Recife

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A região metropolitana de Recife (RMR) foi instituída em junho de 1973, sendo uma das nove primeiras regiões metropolitanas do Brasil. Afora isso, ela se constitui no segundo maior aglomerado urbano do Nordeste, atrás apenas da Região Metropolitana de Salvador.

Dentro desse contexto, o Grande Recife Consórcio de Transporte foi a primeira experiência de consórcio no setor de transporte de passageiros em todo o País. Uma empresa pública multifederativa, o Consórcio ocupou o lugar de uma empresa pública estadual, a EMTU, que gerenciava as linhas intermunicipais da RMR e as do município do Recife através de convênio, enquanto os municípios gerenciavam as linhas municipais.

Como tudo começou?

Nelson Menezes – O Consórcio foi criado em 2008, mas jáexistia a cultura da gestão metropolitana, proveniente da antiga EMTU. Em todo o Brasil existiam empresas nos moldes da EMTU, só que aqui em Recife, na época, já se tinha efetivado um convênio com a prefeitura do Recife para que ela assumisse o transporte público. Assim, a criação do Consórcio foi mais simples, pois jáexistia o convênio; No Consórcio entraram duas prefeituras (Recife e Olinda), e hoje háprevisão de outras entrarem. O que facilita tecnicamente a gestão do Sistema de Transporte é olhar para a Rede de linhas como um todo, e nãosomente como"a minha rede que entra na capital”- citoa capital porque normalmente énela que estáo grande problemado transporte público. Sem este olhar metropolitano as linhas do entorno entram na capital,muitas vezes, de um modo informal. Isso ocorre porque a prefeitura não deixa, ou não tem interesse, uma vez que também concorre com suas linhas municipais. Então, não se tem aquela cooperação de linhas e de racionalização do transporte, que  precisamos para repercutir favoravelmente no custo e atémesmopara facilitar a utilização do sistema pelo usuário.Em BH vemos um BRT que está com duas estações, a estação metropolitana e a estação da capital.

Foi mais fácil então criar o Consórcio?

Nelson Menezes – Foi, porque já existia o desenho das redes, e o sistema concebido era metropolitano e municipal integrados. A meu ver, isso fica claro: quando olhamos o desenho das redes, não dizemos "esta linha é do Recife, esta linha é metropolitana”. São as linhas da Rede, de Recife e Olinda. Nós ainda não temos dentro do Consórcio os outros municípios, estamos fazendo alguns estudosneste sentido. Cito como exemplo o caso de Jaboatão dos Guararapes, um município que tem suas peculiaridades, onde ainda não existe uma rede racionalizada, e há a presença do transporte clandestino. Para inserir a gestão das linhas de um município no Consórcio, além da questão técnica, que deve ser estudada, há também que se avaliar o lado político.

Como assim?

Nelson Menezes – É o que eu chamo de aproveitar a "janela política”, aquele período em que não há eleição municipal, nem estadual. Ou seja, aproveitar aquele prazo em que a questão não évista com um olhar eleitoral, de modo que o aspecto técnico possa predominar. No caso de Jaboatão nós estamos fazendo com a Prefeitura uma pesquisa para chegar a um modelo de gestão municipal que atenda à cidade, de um lado, mas que se integre em nosso modelo de racionalização de custos e de oportunidades. Por outro lado, háuma grande vantagem política para os Prefeitos entrarem no Consórcio. Pernambuco é o único estado em que a tarifa de ônibus é de responsabilidade do Governo Estadual. Os prefeitos repassam para o Consórcio e para o Governo toda a responsabilidade.

A definição da tarifa dos municípios integrantes do Consórcio então é do Governador?

Nelson Menezes – Dos municípios não, mas do sistema metropolitano, do qual fazem parte Recife e Olinda, sim. Quando outras cidades entrarem no Consórcio também será assim. Claro que a definição tarifária cabe aos entes municipais, através do CSTM - Conselho Superior de Transporte Metropolitano, mas no final fica caracterizado na figura do Estado, que é quem, aqui, mantém o Consórcio.  

Aqui existe um Conselho Superior de Transporte Metropolitano, com 19 membros, constituído por representantes das Prefeituras consorciadas, do Estado, das Câmaras de Vereadores e Assembléia Legislativa, de operadores e de usuários que formalmente define as tarifas e as diretrizes gerais do Sistema de Transporte. Mesmo assim, como o Consórcio é quem apresenta a proposta de tarifa e de projetos a responsabilidade é assumida pelo Governo do Estado, maior acionista do Consórcio. 

Nós fizemos a licitação das linhas, em sete lotes, e até agora implantamos dois. Quanto aos outros cinco lotes, o contrato ainda não foi assinado e estão sendo analisados na Procuradoria Geral do Estado. A exigência de investimentos que fizemos aos licitantes, somada à decisão do Governador de não aumentar a tarifa, acarretaram a necessidade do subsídio.

E o subsídio surgiu por que?

Nelson Menezes – O Governo do Estado assumiu as despesas do Consórcio, referentes a despesas de gestão, e principalmente às despesas operacionais, nos terminais integrados e nas estações do BRT, que têm uma despesa alta. Portanto, não se trata mais só de gestão, e sim de operação mesmo. Isso passou a acontecer a partir de junho deste ano, sendo assumido pelo Governo do Estado, como forma de solicitar os investimentos necessários para melhoria efetiva nos serviços (ar-condicionado, p.ex), sem o aumento na tarifa.

Então, voltando à questão do Consórcio, temos a grande vantagem de não olharmos Recife separadamente da região metropolitana. Sabemos que, tanto em São Paulo, como BH, as capitais são os grandes atrativos de transporte; as pessoas querem vir para os grandes centros urbanos. Mas aqui tratamos  todo o sistema como uma coisa única, não importando  se a linha é de Recife, ou de outra cidade. Nós temos 394 linhas de ônibus e duas de metrô. O usuário de fora da cidade pega uma linha metropolitana, chega próximo ao Centro do Recife,  desce no terminal, e entra em outra linha (que teoricamente seria uma linha de Recife) sem pagar uma nova tarifa.

Outro motivo da criação do Consórcio foi para que houvesse a licitação das linhas. Isso porque se fosse mantido apenas o convênio nos moldes da antiga EMTU ao invés do Consórcio, nós não poderíamos licitar as linhas de Recife – a EMTU teria que licitar as linhas metropolitanas e a prefeitura licitar suas linhas municipais. Com Recife e Olinda fazendo parte do Consórcio podemos licitar tudo num pacote só, pois todos fazem parte da gestão. Este também foi o grande mote para se criar o Consórcio.

Como é a interrelação entre todos os modais?

Nelson Menezes – Nosso metrô, o METROREC, é federal (CBTU). Mas aqui temos oSEI - Sistema Estrutural Integrado (1), que é uma rede de transporte composta de linhas de ônibus e metrô, com 25 terminais, dos quais 18 em operação. Estas linhas são integradas através desses terminais, o que possibilita uma grande variedade de ligações de origem-destino, através de viagens modais ou multimodais.  O usuário pode sair de Itamaracá e chegar a Suape, percurso de quase 100 quilômetros, com uma tarifa só, logicamente que fazendo baldeações. O SEI comporta 60% de nossas linhas, e o usuário paga uma única tarifa por sentido de deslocamento e vai para qualquer lugar, de terminal para terminal. Hoje temos doze terminais integrados às linhas de Metrô. A repartição tarifária que foi montada faz com que o usuário pegue um ônibus e depois desembarque num metrô, pagando apenas a primeira passagem. Ao voltar, o usuário paga o metrô e toma o ônibus de graça. Logicamente o metrô tem um subsídio bancado pelo governo federal, mas a lógica é essa.

E a lógica que vai funcionar para a navegabilidade também vai ser essa.

Nelson Menezes – Sim. O usuário vai chegar de ônibus na estação e vai poder pegar o barco com uma única tarifa. Na navegabilidade nós vamos ter uma estação que terá essa integração, a EstaçãoParque Santana.

Existe alguma previsão, ou vontade, do Metrô ser assumido pela prefeitura ou pelo Governo do Estado?

Nelson Menezes – Vamos ser sinceros: há uma vontade muito grande do Governo Federal em passar a responsabilidade pelo Metrô para o Estado ou para o município, mas por outro lado há dificuldades financeiras e técnicas para o Estado ou prefeitura assumirem o metrô. Isso passa por uma questão que, a meu ver, deve estar na pauta dos presidenciáveis, e seguramente vai estar nos próximos quatro anos do novo governo, que é a questão central da Mobilidade.

Porque o tema da Mobilidade, de quatro anos pra cá, entrou em pauta. De 2007 a 2014 melhoramos muito em saúde, educação e segurança. Mas na hora em que  estas questões essenciais são resolvidas, o ser humano, por sua própria natureza, quer mais e mais, sendo a questão da mobilidade um exemplo claro. Desde 2010 todos  falam em mobilidade, o transporte público voltou a ser prioridade e os governantes precisam olhar para isso. Se o Metrô deve ser federal, estadual ou municipal é certamente uma questão que vai passar por uma discussão, porque quem tem "cacife” na mesa é o governo federal, como sempre. Mas não somente para bancar o metrô, mas também parte do transporte público. Nem que o estado e o municípiotenham  que entrar com sua parte. Mas se o governo federal não entrar nessa discussão quanto a subsídios, de como fazer o transporte público melhorar, somente grandes estados como São Paulo e talvez o Rio de Janeiro, tenham capacidade financeira de bancar alguma coisa. Outros estados não têm, e principalmente os municipios tambénão têm.

Entre outras coisas é uma questão de recursos financeiros...

Nelson Menezes – Acredito que esta discussão tem que passar para o plano nacional. O Estado vai assumir o Metrô? Mas com que recursos? Porque os recursos para investimento geralmente aparecem, mas para o dia-a-dia, não.

Naquelas manifestações do ano passado qual foi o caminho do governo federal? Eles disseram "vamos fazer um PAC de R$ 50 bilhões”, lembrando que é financiamento, ou seja, os Estados e municípios têm que pagar ao governo Federal. Mas para fazer o que? Metrô, BRT, VLT. Mas quem sustenta isso? No modelo atual, com que tarifa você vai sustentar este sistema de transporte público?

Em 2008 o governo de Eduardo Campos conseguiu os recursos que podia no PAC-COPA e PAC-Mobilidade. Fizemos dois corredores de BRT, a prefeitura de Recife assumiu dois corredores exclusivos que devem sair e  temos mais um BRT na BR-101 (IV perimetral), também assumido pelo Estado. O Estado está investindo mais de R$ 1,5 bilhão em projetos de melhoria do transporte público. Mas depois das obras vem o mais caro, que é manter tudo isso em funcionamento.

As obras atrasaram?

Nelson Menezes – Sim, como em vários lugares, não é fácil implantar um corredor exclusivo de transporte numa cidade como Recife.

Mas e o Governo Federal? Como você afirmou, falta uma política nacional de mobilidade. Ao mesmo tempo em que o governo federal dá dinheiro para obras de transporte público, sua política há muitos anos tem sido a de privilegiar a compra e o uso do automóvel como principal meio de transporte... Como fica isso? Ele dá com uma mão, mas tira com a outra na hora em que subsidia a gasolina, estimula e facilita a compra de carros?

Nelson Menezes – Sim, não basta dar dinheiro para implantar um BRT. É preciso garantir condições para que ele funcione diariamente. É o que eu disse há pouco: o mais caro é manter tudo isso em funcionamento. Nós temos esse problema, e acredito que outras cidades também, porque implantar uma faixa exclusiva para o transporte coletivo não é fácil. Por exemplo: paga-se R$ 1,00 para estacionar no centro de Recife! É mais barato que pagar um flanelinha! O estacionamento deveria ser, no mínimo, R$ 20. E essa verba deveria vir para custear a melhoria do transporte público. Aquela taxa, a CIDE da gasolina, é um dinheiro que devia ser cobrado de quem usa carro, para investir prioritariamente em transporte público.  Aqui em Recife, finalmente, o governo municipal está olhando para o transporte público e tentando criar as faixas exclusivas. Não se trata de tarefa fácil , porque os proprietários de carro reclamam, não gostam de ver os ônibus andando mais rápido do que eles...

Mas como resolver esta disputa?

Nelson Menezes – Acredito que o transporte público, independentemente do fator  custo para o usuário, somente começará a ser melhor avaliado quando a pessoa começar a andar mais rápido que o carro. Nesta situação, a pessoa vai olhar e dizer: "é  o mesmo custo, mas de ônibus eu vou chegar mais rápido”. O que se percebe hoje, entretanto, é que o cidadão que está de carro, parado no congestionamento e vê o ônibus passando livre a seu lado, fica com raiva do governo, que não fez mais vias para que ele pudesse andar. Esta postura precisa ser mudada.

Nós temos aqui em Recife um lugar bem característico, que é a Av. Caxangá, que estava ainda em construção, portanto sem a pista exclusiva para o ônibus. Agora a pista exclusiva está operando, com os ônibus convencionais rodando à parte. Com o início da operação ficou claro que tivemos de reduzir uma pista, e o que se vê é uma grande reclamaçãodos proprietários de automóvel. E a Prefeitura é quem tem de assumir isso, junto com o Consórcio. Mas realmente ali o ônibus, hoje, está andando mais rápido que o carro.

Voltando ao Consórcio, como é a questão do trânsito?

Nelson Menezes – Esta é uma questão importante. Enquanto o transporte público é visto como um assunto metropolitano, o trânsito ainda não é. Isso complica um pouco a questão da fiscalização das faixas exclusivas. Nós vemos que em outras regiões o trânsito está vinculado ao transporte, o que é o correto, mas aqui isso ainda não acontece. O governador já sinalizou neste sentido, de que precisamos olhar o trânsito como uma questão metropolitana. Por exemplo, uma pessoa pode estar hospedada em Jaboatão, que é outra cidade, e vir para Recife. Quem não é daqui, provavelmente não irá perceber que são duas cidades diferentes, e vai sentir como se fosse uma única cidade. Aqui, se andarmos 20 quilômetros, passaremos por 4 municípios.  Saindo de Jaboatão, passando pela avenida Boa Viagem aqui em Recife, depois pela avenida Agamenon Magalhães, cujo final já é na  cidade de Olinda, após esta última cidade já estaremos  em Paulista. Ou seja, não há divisas perceptíveis.

Se esse transporte não fosse metropolitano, sem dúvida  estaria um caos em Recife. Principalmente em sua área metropolitana, porque quem tem menos recursos e mora mais longe estaria pagando um alto preço para chegar até o trabalho dentro da cidade. Portanto, o Consórcio nos permite manter uma tarifa mais baixa, mantendo um custo menor porque se consegue racionalizar melhor.

Como vocês encaram o problema das calçadas?

Nelson Menezes – É o primeiro modal. Digo sso porque não há como pegar qualquer transporte público sem andar pela calçada. Quem tem um ponto de ônibus em frente à sua casa, que o deixe em frente a seu local de trabalho? Isso não existe. Aqui em Recife a prefeitura optou por deixar as calçadas sob responsabilidade dos proprietários, o que acarretou  um lapso importante. Há locais em que quase não há calçadas. E às vezes nem se consegue transferir uma linha de uma rua para outra porque a pessoa se sente incomodada em andar um quarteirão a mais. Se houvesse uma calçada normal, com iluminação, com segurança,  esses pequenos deslocamentos não seriam problema.

Nós estávamos fazendo um estudo aqui na Avenida Conde da Boa Vista, que é um corredor central, para melhorar o fluxo de ônibus, uma vez que se trata de um local muito importante da cidade. Quando pensávamos em mudar uma parada dois quarteirões à frente, as pessoas se recusavam a aceitar. Nós perguntávamos qual a razão  das pessoas se posicionarem  contra uma mudança tão simples, até descobrirmos que não havia calçadas em condições adequadas para as pessoas andarem até o ponto. Calçadas esburacadas e ambulantes, entre outros empecilhos, dificultam a locomoção das pessoas que, não raro, optam por andar nas ruas, competindo com ônibus e carros. A prefeitura vem tentando  melhorar a situação das calçadas, mas isso não é fácil. A questão da condição das calçadas é um fator que complica muito as alterações que poderíamos fazer nas linhas, porque muitas vezes há a  falta da calçada, ou então ela não permite que as pessoas andem em segurança. As calçadas foram esquecidas. Recentemente li um livro que afirmava  que quando as pessoas querem pensar em rua, elas só pensam nos 7 metros por onde passarão os carros, e deixam de pensar se vai sobrar 1,5 metro ou 70 centímetros para a calçada, se ela será inclinada ou plana. Só se pensa no carro. Mas e o acesso? Como é que a pessoa chega ao ônibus?

Quando foram feitos os dois primeiros BRTs aqui em Recife o projeto não previu, até porque não se tinha verba para isso, a urbanização do entorno. Se faz um corredor de ônibus, mas o entorno não é agregado a ele. Se faz uma estação de BRT bonita, com um corredor exclusivo, mas a 20 metros do outro lado não há calçada, apenas mato, muitas vezes porque a prefeitura não consegue fazer por falta de recursos.

Quando comecei a trabalhar no Consórcio havia uma pesquisa sobre a avenida Conde da Boa Vista e as pessoas diziam que era ruim andar na calçada, que ela era estreita. Quando fomos verificar especificamente as calçadas daquele eixo urbano, verificamos que elas tinham de 1,5 m a 2 metros de largura, ou seja, não eram estreitas. Mas os ambulantes haviam tomado todo o espaço, atrapalhando e impedindo a livre circulação dos pedestres. A solução seria retirar os ambulantes de lá, o que não se consegue. Inicialmente até dá certo, mas dois meses depois eles estão de volta.

Como se dá em Recife a relação entre o uso do solo e a questão do transporte?

Nelson Menezes – Há alguns anos atrás os Planos Diretores não juntavam estas duas questões: uso do solo e mobilidade. Mas a questão da mobilidade virou vedete hoje. Ninguém se formou para isso. Isso me faz recordar da época de Collor, quando ninguém falava em saneamento e, de repente, houve um grande aporte de recursos  para projetos de saneamento e o mercado não tinha técnicos capacitados para produzir projetos na área, nem as universidades. O mesmo ocorre hoje com mobilidade urbana, não há técnicos suficientes para fazer e analisar projetos da área. Não me refiro somente ao conhecimento específico, mas também à experiência profissional. Faltam os dois. Tenho um amigo da área de Saneamento que naquela época [Collor] me disse: "Tem dinheiro e muito, o que não tem éprojeto”. No caso da Mobilidadevejo este cenário vai se repetir. Não adianta ter dinheiro se não temos técnicos suficientes para produzir projetos exequíveis, que realmente atendam às necessidades dos municípios.

Eu nunca vi o Plano Diretor e a Lei do Uso do Solo se debruçarem detalhadamente sobre a questão da Mobilidade Urbana. Ou seja, ao se fazer o Plano Diretor as pessoas se preocuparem em como estas duas questões vão ser resolvidas, o uso do solo e um plano de mobilidade, se deve ter prédio mais alto ou mais baixo, e o que isso impacta no transporte público, no custo desse transporte, etc.

Vejo essa questão ser mais abordada agora. Tanto é assim que hoje se tem um Plano Diretor, um Plano Diretor de Transporte Urbano – PDTU (2), que foi feito aqui no Recife, concluído em 2007, em que se pensou um pouco nessas questões. Antes não era assim e o que se pensava era: "se tem água e energia eu vou construir. Como as pessoas vão chegar, não interessa”.  Hoje na discussão sobre o uso do solo, é possível dizer :"vamos restringir aqui, ou ali”.

Para ficar num exemplo aqui de Recife, temos o caso da avenida Norte. É um importante eixo viário, mas que não há como fazer nela uma via exclusiva, embora eu ainda acredite que deveria haver um esforço para tanto. Esta via corta o bairro do Rosarinho, que em cinco anos cresceu assustadoramente. Ninguém ousou dizer "não vai mais construir ali”. Isso ocorreu porque no Rosarinho, que é um bairro nobre, ninguém vai usar transporte público. Como consequência, há muito mais carros na avenida Norte. Então ninguém olhou essa situação e disse "não vou deixar mais construir aqui”. Não é somente pela oferta de água e energia que se pode definir entre  construir ou não, mas também pelo prejuízo à mobilidade urbana. Então a mobilidade corre atrás, e não em conjunto, como deveria ser. Outra questão relevante ocorre quando se decide construir "no fim do mundo",  para depois dizer "agora eu quero uma linha de ônibus aqui”.

Outro dia, passei por uma construção que está sendo feita depois da Arena Pernambuco, especificamente um projeto ’Minha Casa, Minha Vida’, à beira da rodovia. Observando a obra, fiquei me perguntando: quem descer do outro lado da pista não tem como passar para  lá. Há um muro de concreto no canteiro central e a construtora não foi obrigada pela Prefeitura a fazer uma passarela; assim, o primeiro acesso ao transporte público já está comprometido. Imediatamente pensei: vamos ter que oferecer  uma linha para atender um lugar isolado, porque não tem nada em volta.

Então essa tendência no sentido do  Plano Diretor olhar uso do solo e mobilidade conjuntamente  está surgindo agora,  não sendo desta maneira em um passado recente. Há certos lugares que é imperioso ser dito "não vai construir”, pela ausência de um projeto que permita transportar as pessoas para lá e de lá para cá.

No exemplo citado,o caso emblemático  do Rosarinho , todos reclamam, o que não impede que se continue a construir muito lá e nem que se compre muito imóvel naquela área também. Depois reclamam: "eu quero que o transporte público chegue, eu quero que meu carro chegue”. E não vai chegar... O que já era complicado fica pior ainda, porque se cria uma demanda maior num lugar que já estava saturado.

Como fica então a questão do Governo Federal, que estimula não só a venda de carros, como promove projetos habitacionais como ’Minha Casa, Minha Vida’ da forma como você citou?

Nelson Menezes – O Governo Federal precisa chamar a discussão sobre o transporte público para si, porque hoje ele fica à parte do assunto. Hoje o Governo Federal tem a postura contraditória de incentivar construções em locais sem infraestrutura, de não pagar custeio dos sistemas de transporte, e de estimular o aumento do número de carros. Normalmente os conjuntos habitacionais são construídos em lugares muito distantes,  sem qualquer infraestrutura. Aqui em Recife, por exemplo, o construtor fez em um local isolado 2 mil unidades, entretanto quando houver moradores vai ocorrer uma grande demanda no local. Com certeza irão reclamar da linha de ônibus, que a linha vai demorar 20 minutos, meia hora, não levando em conta que, naquele local, somente há aquele conjunto habitacional. E, neste cenário, o Governo federal faz o que? Nada. Tal postura complica o sistema de transporte público.

Depois das manifestações de 2013 o Governo disse: existe a disponibilidade de 50 bilhões pra fazer obras em mobilidade. Tudo bem, mas quem é que irá sustentar essas obras lá na frente, na operação do sistema?

Mobilidade, como foi dito antes, agora está na pauta. O Governador Eduardo Campos, que para mim foi um exemplo de gestor, disse-me uma vez  que mobilidade agora é como futebol. Ele disse: ”o brasileiro agora, além de técnico de futebol e economista, também é técnico de mobilidade”. E isso foi dito por ele, antes de começar uma reunião em que íamos mostrar alguns projetos. Não deu meia hora e ele já estava dando o palpite dele. Então, mobilidade hoje é um assunto em que todo mundo quer dar seu pitaco. É de um simplismo raso. Como são simplistas os palpites de futebol, de economia, também são os de mobilidade.

E isso complica muito, porque, na maioria dos serviços na área de transporte público, por conta de achatamento de tarifa, de falta de investimento, e eu diria por contado congestionamento (principal problema), os serviços não são bons. Especificamente  por causa do trânsito, uma vez que se torna impossível proporcionar a desejável regularidade, a velocidade adequada, se o transporte público não  tem a prioridade.

E o trânsito acaba impactando na tarifa...

Nelson Menezes – ...no final impacta na tarifa e o cidadão quer mais ônibus. Como se aumentando a frota fosse resolver a questão. Para se ter a certeza que não resolve, basta tirar uma foto dos principais eixos urbanos quando há um protesto. Será muito visível a grande quantidade de ônibus, muitas vezes enfileirados. É ônibus que não acaba mais. Nesta situação, mais ônibus pra quê? Para ficar parados? Isso implica inclusive em mais custos... Mas a solução simplista é essa...

Quando os técnicos de transporte vão dar sua contribuição, ficam um tanto  desacreditados porque o serviço está ruim. Mas o serviço está ruim porque não se aceita o que os técnicos dizem. Às vezes é necessário tomar uma posição radical e isso não ocorre, porque ninguém quer bancar o desgaste de medidas radicais. Como a questão da mobilidade hoje está sob os holofotes, tomara que os políticos voltem a dar prioridade ao assunto e a tomar decisões que impactem nos formadores de opinião.

O político sabe que se investir em mobilidade isso dá voto, mas ao mesmo tempo ele não pode brigar com o dono do carro...

Nelson Menezes – Exatamente... O dono do carro é tudo para o político tradicional. Mas por que? Desta maneira, tudo vai caminhar contra medidas radicais em favor do Transporte Público porque o cidadão quer andar no carro dele. A prefeitura do Recife já fez duas faixas exclusivas e nós pressionamos para que se faça mais. Sabemos o quanto é difícil, porque onde fizer, o carro vai sofrer. Dou o exemplo de um amigo que esteve em São Paulo e pegou um taxi para o aeroporto de Guarulhos. Do trânsito engarrafado, de dentro do taxi, ele viu o ônibus andando. Ele me disse: ”se eu soubesse eu teria pego aquele ônibus, saía  lá na frente e pegava um táxi mais próximo do aeroporto”. É nesse momento que você vai ter uma volta para o Transporte Público, não sendo a tarifa o motivo. Porque a tarifa está acessível aqui em Recife, e ela não é a grande diferença e sim a velocidade no deslocamento, ou seja, o usuário quer chegar mais rápido. E tendo velocidade, o próximo passo é regularidade, porque o ônibus vai passar sempre naquele horário.

Entendo que os principais indicadores são acesso ao serviço (valor da tarifa), velocidade, regularidade e depois conforto. Perguntamos em algumas comunidades se as pessoas preferem andar de ônibus durante uma hora com ar condicionado, ou durante meia hora, mas sem ar condicionado. Todos respondem "meia hora sem ar”, porque não querem  passar mais meia hora dentro do ônibus só por causa do ar condicionado. Então velocidade e regularidade são dois quesitos fundamentais para que o Transporte Público volte a aumentar a demanda, e isso não só aqui no Recife, mas em todo o Brasil.

E o legado da Copa aqui em Recife?

Nelson Menezes – Como houve atraso em algumas obras, embora algumas já estejam funcionando, este legado vai ser visto em breve. Nós temos dois corredores de BRT em início de operação (PAC-Copa), dois projetos de corredor exclusivo (PAC-Mobilidade) em duas perimetrais complicadas – isso é projeto da prefeitura, um BRT na 4ª perimetral. Mas para o PAC-Copa estava previsto a construção de dois corredores de BRTs, chamado Via Livre, que  serão o grande legado, pois isso vai proporcior um serviço de muito  melhor qualidade para transportar 300 mil pessoas por dia. Um desses BRTs já começou a funcionar, mas não atingiu ainda a operação plena, enquanto o outro está iniciando seu funcionamento.

O BRT, para nós, é um pouco mais complicado, porque o que se vê normalmente em todos os BRTs é o ponto a ponto, nos moldes do metrô, linha de um ponto a outro com várias estações. Aqui temos uma linha de um ponto a outro com alguns terminais no meio, como se as várias linhas entrassem ao longo do corredor.

Existem outros projetos, na área de navegabilidade, o BRT da IV perimetral, as duas faixas exclusivas em duas perimetrais importantíssimas da cidade que, vale observar, irão exigir desapropriação, não se trata somente de pintar faixa. E mesmo assim, até pra pintar uma faixa vai ser preciso coragem política, pois são lugares altamente adensados, nos quais não há a desapropriação, pois o custo seria de três vezes o valor da obra. A conclusão dessas obras e com a licitação feita pelo Governo, que prevê que nos troncais os ônibus tenham ar condicionado e câmbio automatizado, o usuário  tem uma melhoria que será percebida no período de seis meses a um ano.

Quanto à questão ambiental, existe alguma discussão a respeito?

Nelson Menezes – Está muito no início. Este é um assunto que só irá aparecer quando se tiver o processo da licitação das linhas por completo, quando você tiver concluído todas as contratações.  Porque ônibus com tecnologias novas, como elétrico, a álcool, etc são mais caros, e isso exige uma discussão mais profunda. Por exemplo: vai se utilizar ônibus elétrico, mas que tipo de elétrico? Já estiveram aqui dois ou três fabricantes, cada um com um modelo diferente, e cada um defendendo sua tecnologia e seu custo. Para isso você vai ter que bancar uma parte do investimento, não pode ir para a tarifa.

(Entrevista realizada por Alexandre Pelegi, na sede do Grande Recife Consórcio de Transporte, em 20/08/2014)
NOTAS

(1) SEI - Sistema Estrutural Integrado: Rede de transporte público da Região Metropolitana do Recife, composta de linhas de ônibus, metrô e trem a diesel. Todas as linhas são integradas através de terminais, especialmente construídos, possibilitando uma multiplicidade de ligações de origem - destino, através de viagens modais ou multimodais. O SEI é voltado para transporte de massa, com uma configuração espacial constituída por eixos Radiais e Perimetrais. No cruzamento destes dois eixos, situam-se os Terminais de Integração (T.I.), onde o usuário pode trocar de linha sem pagar nova tarifa. Os ônibus gerenciados pelo Grande Recife Consórcio de Transporte ,que participam do SEI são identificados por cores, e cada cor significa um tipo de linha.

Linha Perimetral – cruza os grandes corredores sem passar pelo centro do Recife – ônibus cor Vermelha

Linha Radial – sai do Terminal de Integração com destino ao Centro do Recife – ônibus da cor azul

Linha Interterminal – liga um Terminal Integrado a outro.- ônibus da cor verde

Linha Alimentadora – vai do subúrbio atéo Terminal Integrado mais próximo – ônibus da cor amarela

Linha Circular – liga-se às áreas do entorno do Terminal Integrado – linhas da cor branca

(2) PDTU - Plano Diretor de Transportes Urbanos da Região Metropolitana do Recife. O PDTU, concluído em 2008, é um documento que expressa a Política, Objetivos e Diretrizes de Transportes, previstos para a região nos próximos 10 anos. Nele estão contidos as medidas e os investimentos requeridos pelo Sistema de Transportes, por ordem de prioridade. Prevê a articulação dos 3 níveis de governo: federal, estadual e dos municípios da RMR.

Importante: O PDTU partiu da aceitação da existência de uma estreita relação do transporte urbano com o uso do solo, com o desenvolvimento urbano e com a qualidade de vida dos cidadãos.

Fonte: ANTP


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Governo de Pernambuco inaugura o Terminal Integrado Cajueiro Seco

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O Governador de Pernambuco, Eduardo Campos e o Secretário das Cidades, Danilo Cabral inauguraram sexta-feira (18/01), o Terminal Integrado Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes. O equipamento servirá como um importante elo de consolidação do Sistema Estrutural Integrado (SEI), sendo o 15º a entrar em operação na Região Metropolitana do Recife. A partir do sábado (19/01), os usuários já poderão transitar pelo TI, que abrigará 13 linhas de ônibus e terá conexão com a linha sul do metrô.

Ainda durante a solenidade o Governador, Eduardo Campos, aproveitou para assinar a Ordem de Serviço para a construção do Terminal Integrado de Prazeres, orçado em R$ 3,8 milhões e, anunciar a implantação de equipes da Polícia Militar em todos os Terminais Integrados da RMR, durante os horários de pico para auxiliar no ordenamento dos equipamentos.

Segundo o Secretário das Cidades, Danilo Cabral, a vinda das equipes da Polícia Militar para dentro dos Terminais Integrados trará para a população mais segurança. “Firmamos uma parceria com a Secretaria de Defesa Social para que a partir de 1º de fevereiro os Terminais Integrados possam contar com equipes da Polícia. Essas equipes estarão nos TI’s entre os horários das 5h até às 7h e 17h até 19h, todos os dias. Serão dois policiais por Terminal”, pontuou, Danilo.

O Terminal de Cajueiro Seco beneficiará diretamente cerca de 51 mil usuários das comunidades de Cajueiro Seco, Conjunto Marcos Freire, Prazeres, Curcurana, Comporta, Muribeca dos Guararapes, Cohab, Pontezinha, Ponte dos Carvalhos, Gaibú (via integração no TI Cabo), Centro do Cabo, Nossa Senhora do Ó, Camela, Centro de Ipojuca e Suape (todos via integração no TI Cabo).

Segundo o Governador, Eduardo Campos, esse equipamento é fundamental para consolidar o Sistema de Transporte da área sul da RMR. “Esse é um equipamento importante para a integração de toda a região da Muribeca, Marcos Freire, Curcurama e demais comunidades. As pessoas que antes utilizavam a tarifa do Anel B e pagavam R$ 3,45 para sair desses locais e se deslocarem até o centro da cidade, passarão a pagar a tarifa do Anel A que é a de R$ 2,25. Isso gerará uma economia mensal de aproximadamente R$ 70,00, melhorando assim a economia das famílias que pagarão passagens mais baratas”, pontuou o Gestor.

Com uma área de 7.819,27m², o equipamento foi projetado dentro dos padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e oferece uma estrutura moderna e funcional, incluindo os requisitos relacionados à acessibilidade para usuários com mobilidade reduzida. Dentro do equipamento funcionarão uma lanchonete e três boxes, além de dois vestiários com banheiros masculino e feminino para funcionários e banheiros masculino, feminino e acessível para o público.

Já o Terminal de Prazeres, também localizado em Jaboatão dos Guararapes, será construído em um terreno de 4.080,11 m², tendo 1.683,03 m² de área construída e 1.412,81 m² para a plataforma. Para o terminal estão previstas seis linhas de ônibus e o transporte de 17 mil passageiros nos dias úteis.

O projeto do Terminal de Prazeres consiste em plataforma de embarque e desembarque e dois Blocos. O Bloco 1 será destinado a administração, depósitos, almoxarifado, apoio, copa, espera e hall. Já no Bloco 2 haverá lanchonete, depósito, lixo, despensa, cozinha, sala de refeições, vestiários masculino e feminino com wc e especial para funcionários, além de banheiros para o púbico masculino, feminino e acessível. Também haverá duas guaritas, 02 ilhas de despachantes e área verde. A empresa Trópicos Engenharia e Comercio LTDA está responsável pela construção do equipamento que terá 11 meses para ser concluído.

CAJUEIRO SECO

Benefícios – Os primeiros benefícios que serão sentidos pelos usuários será o acesso ao SEI e a integração com o metrô, sobretudo, pelas comunidades de Curcurana e Comporta que não tinham essa opção.

Serão oito linhas alimentadoras que transportarão os usuários do subúrbio para o terminal; duas linhas circulares (uma atendendo aos usuários do próprio bairro de Cajueiro Seco e outra com destino ao Shopping Center Recife); uma linha troncal e uma outra linha fazendo ligações com outros terminais integrados (TI Cabo e TI Barro), levando os passageiros desses TI’s para vários destinos da Região Metropolitana do Recife.

Redução de tarifa - O ganho tarifário também é uma das melhorias provenientes do início das atividades deste TI. Das 13 linhas que integram a rede, 11 operarão com tarifa do Anel A (R$ 2,25). Além disso, os usuários das linhas que atendem Ponte dos Carvalhos, Muribeca, Muribeca dos Guararapes, Conjunto Marcos Freire e Shopping Recife, que pagavam a tarifa do Anel B (R$ 3,45), pagarão, agora, a tarifa do Anel A (R$ 2,25).

Outra mudança acontecerá para os passageiros da linha 196- Recife/Porto de Galinhas (IMIP), que será extinta com a implantação do equipamento. Com a novidade, os usuários que pagavam R$ 7,50 apenas para ir até o litoral, agora, passarão a integrar no sistema por meio da criação da linha 196 - TI Cabo/Nossa Senhora do Ó e pagarão a tarifa do anel B (R$ 3,45). Uma redução de R$ 4,05 no bolso dos usuários.

Novos Itinerários - O início das atividades também proporcionará novas opções de itinerários para as comunidades que até então só possuíam ligação direta com a região central da capital. A multiplicidade de deslocamentos, por exemplo, oferecerá ligações diretas, entre as linhas de ônibus, com outros dois terminais integrados da RMR: Cabo e Barro. Além da integração com todas as estações do metrô.

Por meio da integração com o TI Cabo, por exemplo, cria-se ainda a possibilidade do deslocamento até o Terminal Integrado de Joana Bezerra, podendo o usuário seguir até os municípios de Camaragibe e São Lourenço. Além disso, as comunidades de Jordão Alto, Jordão Baixo, Jardim Jordão e QG Aeronáutica, retornando do Centro do Recife, já podem se deslocar com uma tarifa mais barata, utilizando a Linha Sul do metrô, com custo de R$1,60.

Acessibilidade – Todo o entorno do TI conta com rampas de acesso, escadas fixas e escadas rolantes. O interior do equipamento também conta com elevador e piso tátil (que facilita a orientação de pessoas com deficiência visual e visibilidade reduzida), além de mecanismos antiderrapantes, para evitar quedas e escorregões. Nas áreas de atendimento, como o local destinado aos trabalhos do pessoal da Central de Atendimento ao Cliente, também há acessibilidade.

Para informações complementares sobre a operação das linhas, os usuários podem entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente (0800.0810158) ou acessar o site www.granderecife.pe.gov.br.

Informações: Sec. das Cidades



População compareceu para inauguração

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Por mais segurança, Metroviários do Recife podem paralisar novamente

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Os metroviários do Recife podem paralisar as atividades ainda esta semana. Na tarde desta quarta-feira (1º), a categoria está reunida com representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU/Metrorec) em rodada de negociação na sede da Metrorec, em Areias, Zona Norte do Recife. 

Nesta quinta (2), o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (SindmetroPE) realiza assembleia geral, onde os profissionais podem deflagrar greve. A assembleia acontece às 18h na Estação Central do Recife. "Não iremos pegar a população de surpresa. Respeitaremos todos os prazos de comunicação da paralisação. O serviço está garantido para esta quinta", garantiu o diretor de comunicação do SindmetroPE, Levi Arruda. 

A categoria reivindica melhorias na segurança do metrô, por meio da elaboração de um plano para a área. "Os metroviários continuam cobrando medidas efetivas para garantia de segurança nas estações e trens do metrô do Recife. As denúncias de casos de violência dentro do sistema metroviário recifense se mantêm, sejam atos cometidos em dias de jogos ou não. A prática vai do assédio sexual, principalmente contra as mulheres, violência física no acesso aos trens quando chegam às plataformas, até furtos, assaltos e arrastões dentro do metrô", informou o SindmetroPE por meio de nota.

Saiba Mais - O metrô do Recife:

Área de cobertura: 39,5 km
Composto por duas linhas: Centro e Sul 
Passageiros: 400 mil/dia

Linha Sul cobre 10,5 km
Linha Centro 29 km

Linha Sul transporta 120 mil passageiros por dia
Linha Centro transporta 280 mil diariamente

Linha Sul opera com 9 trens em intervalos de 6 minutos
Linha Centro opera com 15 trens em intervalos de 5 minutos

Linha Sul realiza 259 viagens por dia
Linha Centro realiza 317 viagens por dia

Trens - 40 trens e 9 VLTs cobrem o percurso de Cajueiro Seco até o Cabo e também Cajueiro Seco até o Curado

Fonte: Metrorec

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No Recife, Começa obra das estações para transporte no Capibaribe

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A construção das estações de embarque e desembarque de passageiros no Rio Capibaribe, no Recife, teve início na sexta-feira (13). As obras fazem parte do Programa Rios da Gente, projeto que pretende tornar o Capibaribe navegável para transporte público fluvial até junho do próximo ano. A ordem de serviço foi assinada, na manhã de hoje, pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio, e pelo secretário das Cidades, Danilo Cabral, em solenidade realizada no canteiro de obras da BR-101, no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte da capital.

Inicialmente, está prevista a construção de sete estações. O projeto, que deve transportar 300 mil pessoas por mês, prevê a circulação de embarcações em duas rotas. Com 11 quilômetros de extensão, a Rota Oeste terá 5 estações e vai passar pelos bairros de Dois Irmãos, Santana, Torre, Derby e Centro do Recife.  As três primeiras estações dessa rota devem ficar prontas até fevereiro de 2014: as estações do Derby, na área central; do Recife, próxima à Estação Central de Metrô, e a de Santana, em Casa Forte. As outras duas devem ficar prontas até junho.


Já a Rota Norte terá 2,5 quilômetros e duas estações, ligando a Rua do Sol, no Centro da cidade, até a região próxima à Escola de Aprendizes Marinheiros, no limite entre a capital e Olinda.

As estações serão erguidas em uma área de 438 m², cuja limpeza está inserida no processo de construção. As cabines serão compostas por plataformas flutuantes, acessibilidade plena, guichê para emissão dos bilhetes, banheiros, circuito fechado de televisão, estacionamento para veículos e bicicletário. Uma audiência pública marcada para 15 de outubro deve discutir com a população o projeto de operação do transporte fluvial, incluindo os preços das passagens, que ainda não estão definidos.

De acordo com o governador, a reunião também vai tratar do processo de licitação para contratar a empresa que vai comandar o serviço. "Vamos terminar o ano sabendo quem vai ser responsável por colocar os barcos na água e operar o serviço. Está tudo dentro do cronograma", afirmou Eduardo Campos. "A ideia é chegar à Copa do Mundo com o sistema funcionando a pleno vapor".

Os treze barcos que farão o transporte de passageiros no Capibaribe têm capacidade para transportar 89 pessoas por vez. As viagens serão realizadas em intervalos de dez minutos e tempo máximo de 40 entre os pontos mais distantes. Também está prevista a construção de uma garagem para a manutenção dos barcos no bairro da Ilha Joana Bezerra. O projeto ainda prevê o serviço de dragagem do rio, que pretende recuperar 17 quilômetros fluviais desde a BR-101 até a divisa entre Recife e Olinda.

Dragagem e limpeza
Desde abril passado, o Capibaribe vem recebendo obras de dragagem, que busca criar um canal de navegação, com 35 metros de largura por 3 metros de profundidade. Todo o sedimento contaminado que é retirado do fundo do rio é levado até o canteiro de obras, na BR-101, onde cerca de 100 caminhões levam até um aterro sanitário em Igarassu, no Grande Recife. Dos treze quilômetros da rota prevista, já foram dragados seis no trecho que liga a BR-101 à Praça do Derby. O processo de dragagem também deve ser concluído até março do ano que vem, juntamente com as três primeiras estações.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio, acredita que o projeto vai unir a população e o rio e criar uma relação melhor do que a que já existe. "Tenho certeza que a integração das pessoas com o rio vai promover um tratamento melhor. O rio hoje é isolado das cidades, as pessoas só vêem o rio nas pontes. A navegabilidade vai fazer todo mundo cuidar melhor do rio", disse. De acordo com ele, projetos a médio e longo prazo também vão discutir a retirada das famílias que vivem à beira do Capibaribe e a mudança para diversos habitacionais em construção na cidade.

O Programa Rios da Gente está orçado em R$ 289 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do tesouro estadual.

Por Lorena Aquino
Informações: G1 Pernambuco

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Recife: Interdição na Avenida Dantas Barreto altera itinerários e paradas de 45 linhas

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Grande Recife Consórcio de Transporte irá alterar provisoriamente, a partir do próximo sábado (19/02), os itinerários e pontos de parada de 45 linhas de ônibus, que trafegam em dois trechos da Avenida Dantas Barreto. A mudança ocorrerá em decorrência da interdição da via, para a montagem do Camarote da Prefeitura do Recife e da Arquibancada para o carnaval 2011. A alteração do trânsito no local será executada pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).

No primeiro trecho, entre a Rua Primeiro de Março e a Avenida Nossa Senhora do Carmo, haverá um bloqueio na faixa da esquerda da Avenida Dantas Barreto, para dar lugar ao Camarote da Prefeitura do Recife. Esta alteração irá modificar o trajeto de 27 linhas (18 com mudanças neste trecho e mais nove de ambos) que trafegam pela via. Os veículos poderão ter como ponto de retorno o Terminal de Passageiros de Santa Rita, ou trafegar pelas Rua do Imperador Dom Pedro II ou Praça da República, de acordo a origem da linha (veja lista abaixo).

Já no segundo trecho, localizado na faixa da direita na Av. Dantas Barreto entre as Ruas Tobias Barreto e São João, apenas as calçadas serão interditadas. Com a mudança os ônibus continuarão passando pela via, porém, as nove paradas seletivas no trecho estarão temporariamente desativadas. Com isso, as 27 linhas (18 com mudanças apenas neste trecho e mais nove de ambos) irão utilizar três pontos provisórios implantados antes (1) e depois (2) do trecho interditado.

No total, 18 linhas terão apenas alteração no primeiro trecho, 18 sofrerão modificações apenas no segundo e outras nove terão alterações em ambos. A mudança se estenderá até o desmonte das estruturas, depois do carnaval.

A divulgação está sendo feita por meio de cartazes, nos coletivos das linhas envolvidas na operação e nas paradas interditadas, além de divulgadores que estão distribuindo panfletos de na área e informando os usuários das mudanças. Outras informações sobre a alteração de itinerário podem ser obtidas na Central de Atendimento ao Cliente, através do telefone 0800 081 0158 ou pelo site www.granderecife.pe.gov.br.

LISTA DAS 27 LINHAS QUE SOFRERÃO MUDANÇA DE ITINERÁRIO NA PISTA LESTE DA AVENIDA DANTAS BARRETO (Primeiro trecho):

1 – Linhas:
181 – CABO (COHAB)
183 – PONTE DOS CARVALHOS
185 – CENTRO DO CABO

Alteração de Itinerário
Sentido : Subúrbio/Centro/Subúrbio

...Av. Sul, Av. Cais de Santa Rita, Terminal de Passageiros Santa Rita, Av. Cais de Santa Rita, Travessa do Forte...

2 – Linhas:
134 – LAGOA ENCANTADA (Via PCR)
153 – JORDÃO ALTO (Via PCR)

Alteração de Itinerário
Sentido : Subúrbio/Centro/Subúrbio

...Rua Primeiro de Março, Rua do Imperador Dom Pedro II (parada provisória – Ao lado da Igreja do Espírito Santo), Av. Nossa Senhora do Carmo, Av. Dantas Barreto (parada provisória – em frente ao n° 794 / TF Bike), Av. Sul...

3 – Linhas:
018 – BRASÍLIA TEIMOSA
125 – CÓRREGO DA GAMELEIRA
212 – JARDIM SÃO PAULO
242 – PACHECO
411 – ESTRADA DOS REMÉDIOS
412 – SAN MARTIN (LARGO DA PAZ)

Alteração de Itinerário
Sentido : Subúrbio/Centro/Subúrbio

...Av. Martins de Barros, Av. Nossa Senhora do Carmo, Av. Dantas Barreto (parada provisória – em frente ao n° 794 / TF Bike), Av. Sul...

4 – Linhas:
822 – JARDIM BRASIL I (CRUZ CABUGÁ)
824 – JARDIM BRASIL II (CRUZ CABUGÁ)
921 – OURO PRETO (JATOBÁ I)
993 – CONJUNTO PRAIA DO JANGA

Alteração de Itinerário
Sentido : Subúrbio/Centro/Subúrbio

...Praça da República, Rua do Imperador Dom Pedro II (parada provisória – Praça 17), Av. Nossa Senhora do Carmo, Av. Martins de Barros, Rua Siqueira Campos...

5 – Linhas:
631 – NOVA DESCOBERTA (CABUGÁ) - Via PCR
911 – OURO PRETO (COHAB)
926 – OURO PRETO (JATOBÁ II)
971 – AMPARO
973 – CASA CAIADA

Alteração de Itinerário
Sentido : Subúrbio/Centro/Subúrbio

...Praça da República, Rua do Imperador Dom Pedro II (parada provisória – Em frente ao Restaurante Dom Pedro), Av. Nossa Senhora do Carmo, Av. Martins de Barros, Ponte Buarque de Macedo...

6 – Linhas:
631 – NOVA DESCOBERTA (CABUGÁ) - Não Atende PCR
741 – DOIS UNIDOS

Alteração de Itinerário
Sentido : Subúrbio/Centro/Subúrbio

...Praça da República, Rua do Imperador Dom Pedro II (parada provisória – Em frente ao Restaurante Dom Pedro), Av. Nossa Senhora do Carmo, Av. Martins de Barros, Rua Primeiro de Março...

7 – Linhas:
946 – IGARASSU (BR-101)
967 – IGARASSU (SÍTIO HISTÓRICO)
976 – PAULISTA (PREFEITURA)

Alteração de Itinerário
Sentido: Subúrbio/Centro/Subúrbio

...Ponte Pricensa Isabel, Rua do Sol, Praça da República (parada provisória – Em frente à Caixa Econômica Federal), Ponte Buarque de Macedo...

8 – Linhas:
122 – VILA DO IPSEP
144 – UR-04

Alteração de Itinerário
Sentido : Subúrbio/Centro/Subúrbio

...Praça da República, Rua do Imperador Dom Pedro II (parada provisória – Ao lado da Igreja do Espírito Santo), Av. Nossa Senhora do Carmo, Av. Dantas Barreto (parada provisória – em frente ao n° 794 / TF Bike), Av. Sul...

9 – Linhas:
137 – UR-11
141 – JARDIM MONTE VERDE

Alteração de Itinerário
Sentido : Subúrbio/Centro/Subúrbio

...Praça da República, Rua do Imperador Dom Pedro II (parada provisória – Ao lado da Igreja do Espírito Santo), Av. Nossa Senhora do Carmo, Av. Martins de Barros, Cais de Santa Rita, Terminal de Passageiros Santa Rita, Cais de Santa Rita...

LISTA DAS 27 LINHAS QUE TERÃO SEUS PONTOS DE EMBARQUE/DESEMBARQUE ALTERADOS (Segundo trecho):

1 - Linha:
018 – BRASÍLIA TEIMOSA

Alteração de itinerário

Sentido: Cidade/Subúrbio

...Av. Dantas Barreto (Pista Oeste) (parada provisória – Em frente ao nº794/TF Bike), Rua do Peixoto...

2 - Linhas:
122 – VILA DO IPSEP
125 – CÓRREGO DA GAMELEIRA
133 – TRÊS CARNEIROS
134 – LAGOA ENCANTADA
135 – UR-10
136 – UR-05
144 – UR-04
153 – JORDÃO ALTO
242 – PACHECO
243 – VILA DOIS CARNEIROS
411 – ESTRADA DOS REMÉDIOS
412 – SAN MARTIN (LARGO DA PAZ)

Alteração de itinerário

Sentido: Cidade/Subúrbio

...Av. Dantas Barreto (Pista Oeste) (parada provisória – Em frente ao nº794/TF Bike), Av. Sul...

3 - Linhas:
013 – JARDIM BEIRA RIO (PINA)
018 – BRASÍLIA TEIMOSA
021 – Q.G. AERONÁUTICA
031 – SHOPPING CENTER (TERM. RES. BOA VIAGEM)
033 - AEROPORTO
069 – CONJUNTO CATAMARÃ
161 – BRIGADEIRO IVO BORGES
162 – JARDIM PIEDADE

Alteração de itinerário

Sentido: Cidade/Subúrbio

...Av. Dantas Barreto (Pista Oeste) (parada provisória – Em frente ao nº1185/Edifício San Rafael), Rua do Peixoto...

4 - Linhas:
111 – PINHEIROS
124 – VILA DO SESI
126 – UR-03
211 – VILA TAMANDARÉ
221 – VILA CARDEAL E SILVA
222 – VILA JARDIM UCHÔA
232 – CAVALEIRO

Alteração de itinerário

Sentido: Cidade/Subúrbio

...Av. Dantas Barreto (Pista Oeste) (parada provisória – Em frente aos nº1252/1256), Av. Sul...

Fonte: CGRT

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