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Sistema BRT virou mania nacional e agora vai chegar a Belo Horizonte

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BRT. É bom guardar essa sigla. Na falta do metrô, as três letras – do inglês transporte rápido por ônibus – se tornaram, além da principal aposta de Belo Horizonte para resolver os problemas de mobilidade até a Copa de 2014, uma mania nacional. Hoje há 113 projetos do sistema em curso em 25 cidades no país, totalizando 1,2 mil quilômetros de corredores exclusivos para os coletivos até 2016, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Em linha reta, significaria percorrer a distância de BH a Salvador apenas pelo BRT, que num horizonte de quatro anos deve transportar 16 milhões de passageiros por dia no país, igual a duas vezes a população da Suíça. A demanda representa um quarto dos usuários dos ônibus convencionais.

Somente o Ministério das Cidades está aplicando, entre investimentos e financiamentos, R$ 15,1 bilhões em 930 quilômetros de corredores de ônibus. Oito das 12 cidades sedes da Copa adotaram o BRT como opção de transporte público para atender a demanda do campeonato mundial de futebol. Apesar de prever uma das menores redes de BRT, com 26 quilômetros de pistas exclusivas, o objetivo em BH é transportar cerca de 700 mil passageiros por dia nos corredores. Há também projetos em curso em cidades de médio porte do interior do país, como Cascavel e Maringá, no Paraná, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Lá, um BRT está em operação e quatro em negociação.

Com o mais moderno BRT implantado no país, o Rio de Janeiro inaugurou em junho o primeiro dos quatro corredores previstos para a capital fluminense e já vem colhendo frutos. O TransOeste, que vai de Santa Cruz à Barra da Tijuca, em menos de quatro meses de operação está transportando 70 mil passageiros por dia e reduziu para 50 minutos a viagem que antes era feita em mais de duas horas. O corredor tem 40 quilômetros, mas vai chegar a 56 no fim de 2013, com 120 mil usuários ao dia.

Em Belo Horizonte, a meta é começar a operar o sistema no fim do ano que vem, gradativamente, até a Copa do Mundo, tirando 640 ônibus de circulação do hipercentro e reduzindo pela metade o tempo das viagens. Com financiamento do governo federal, recursos do estado e do município, o BRT de BH conta com investimento de R$ 1,2 bilhão em 26 quilômetros de pistas exclusivas, sendo 16 nas avenidas Antônio Carlos/Pedro 1, 5 na Cristiano Machado e cinco na área central. Criado em 1974, em Curitiba, pelo ex-prefeito da cidade Jaime Lerner, não é à toa que o sistema virou moda no Brasil e no mundo, onde está presente em 35 países.

O BRT se inspira no metrô para tornar o transporte por ônibus mais eficiente. Os pontos de embarque dão lugar a estações confortáveis, onde, numa tela, o passageiro pode conferir em tempo real quantos minutos faltam para o coletivo chegar. O pagamento do bilhete ocorre dentro da própria estação e o embarque é feito no mesmo nível do veículo, sem qualquer degrau. Os ônibus trafegam em corredores segregados das pistas de carros, agilizando o percurso, e têm um aspecto diferenciado dos convencionais. Em BH, todos os veículos vão contar com ar-condicionado e espaço para transportar bicicleta. Haverá modelos padrões, com medida entre 13,2m e 15m, e articulados, com pelo menos 18,6m e capacidade para transportar cerca de 140 passageiros.

BARATO E RÁPIDO

O principal motivo para o BRT ter caído na graça do poder público está relacionado, principalmente, ao custo e tempo de implantação. “Essa é uma ideia brasileira, que emplacou no mundo e, só agora, com a retomada dos investimentos em transporte público pelo governo federal, está se disseminando pelo país. O BRT chega a custar 10 vezes menos que o metrô. Além disso, enquanto a construção do corredor de trem subterrâneo demora 15 anos, o corredor de ônibus leva cerca de dois anos”, defende o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, convicto de que os corredores não representam a solução dos problemas do trânsito. “Para ser eficiente, um sistema de transporte tem que envolver todos os modais”, ressalta.

Embora mais barato e de execução mais rápida, o BRT não está livre de problemas. “O primeiro desafio é a decisão política, pois as cidades terão que tirar o espaço do automóvel. Outro entrave são as desapropriações”, lista Cunha. No Rio, onde o sistema começa a ganhar o dia a dia na cidade, brotam críticas dos motoristas quanto ao fato de duas pistas da Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, terem sido transformadas em corredores do Ligeirão, nome local do sistema. “Eles poderiam ter construído o BRT no canteiro central”, reclama um taxista.

Mas quem enfrentava longas horas de suplício dentro do coletivo só vê vantagens. “Antes, gastava três horas de casa até o trabalho e agora são só 50 minutos. O ônibus é geladinho, estou achando ótimo”, comenta a atendente Márcia Santana, de 40 anos. “Uma pesquisa apontou 90% de satisfação entre os usuários”, afirma o secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão. O Rio tem previsão de implantar um total de 149 quilômetros de pistas para os Ligeirões até 2016. “A intenção é atender 1,5 milhão de passageiros e tirar a metade dos ônibus do Centro do Rio”, afirma Sansão.
*A repórter viajou a convite da Fetransport

Adaptação ao estilo mineiro

Em pouco mais de um ano, moradores de Belo Horizonte vão poder circular num novo sistema de transporte inspirado em modelos ao redor do Brasil e do mundo. Para formatar o transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês), técnicos da BHTrans viajaram para Curitiba, berço do sistema, contrataram consultoria gaúcha e andaram no BRT carioca. Também conheceram de perto a experiência do Chile, da Colômbia e do México. A mistura de todos esses sotaques começa a circular no fim de 2013, com a inauguração dos corredores da Antônio Carlos e da Cristiano Machado. Mas o BRT belo-horizontino traz inovações à mineira que já estão dando o que falar. Além de mesclar ônibus metropolitanos e municipais, algumas linhas do BRT vão trafegar fora dos corredores exclusivos, como no Anel Rodoviário.

Para isso, o sistema contará com modelos de ônibus diferenciados, com portas normais à direita e adaptadas ao BRT à esquerda. “Estamos usando a criatividade a favor do usuário”, afirma o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas. A manutenção de ônibus metropolitanos nos corredores exclusivos é outra diferença. “O terminal de integração de Venda Nova, por exemplo, não tinha espaço para acolher os ônibus metropolitanos. Por isso, optamos por manter as linhas, mas no modelo do BRT e com estações diferenciadas”, ressalta Freitas.

O presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha, aponta que, como se trata de uma inovação, ela precisará ser testada. “É um trabalho audacioso e muito diferente”, ressalta Cunha, que aponta outro diferencial do sistema de BH. “A capital mineira vai misturar ônibus articulados com os de tamanho padrão. É uma concepção nova de BRT e tenho a impressão de que, nesse aspecto, perde-se um pouco da eficiência”, afirma. Mas, para chegar ao produto final que os belo-horizontinos conhecerão no ano que vem, a empresa que administra o trânsito da cidade foi buscar experiências fora dos limites da capital.

Segundo o diretor da BHTrans, as experiências de outras cidades ensinaram a não repetir os erros. “ Em Santiago, eles começaram a implantar todas as operações no mesmo dia e isso gerou um colapso. Já vimos que teremos que implantar as linhas aos poucos”, conta Freitas. Mesmo o recém-implantado BRT do Rio tem dado lições a BH. “Eles promoveram visitas guiadas com pessoas de referência dos bairros e grupos de deficientes e idosos, para mostrar como o sistema iria funcionar. Vamos repetir essa experiência”, conta. Em Bogotá, técnicos da prefeitura vislumbraram como o sistema de informação ao usuário poderá se tornar mais eficiente.

Coordenadora de projetos de transportes da Embarq Brasil, organização internacional voltada para a promoção do transporte sustentável, Brenda Medeiros ressalta que o BRT da capital mineira será exemplo em segurança viária. “Acompanhamos o projeto e há muita preocupação em relação à travessia segura de pedestres. O investimento para qualificar o sistema de ultrapassagens dos ônibus também faz muita diferença e aumenta muito a capacidade operacional”, afirma Brenda.
Obras de implementação do BRT na Avenida Cristiano Machado
DEMANDA
A expectativa da BHTrans é transportar pelo menos 700 mil passageiros por dia. O corredor Antônio Carlos/Pedro I, que corta as regiões Norte e Pampulha, terá 16 quilômetros de extensão, 25 estações e vai transportar 400 mil usuários por dia. O sistema reduzirá de 482 para 126 o número de ônibus que vão da Antônio Carlos em direção ao Centro.

Já o corredor da Cristiano Machado, com cinco quilômetros de extensão e 10 estações, deve receber 300 mil passageiros por dia O BRT evitará que 284 dos 455 ônibus que passam pela Cristiano Machado continuem a circular na área central, onde haverá seis estações. “Trabalhamos com o número de 700 mil passageiros, a demanda atual, mas esperamos que motoristas deixem o carro em casa e passem a usar o BRT”, explica Freitas, que garante, no caso das linhas expressas, sem paradas, a redução em 50% do tempo de viagem.

TRÊS PERGUNTAS PARA: Luiz Silla, gestor de operação do transporte coletivo de Curitiba

Como funciona o BRT em Curitiba?
Aqui, chamamos o sistema de expresso ou de canaletas. Ele foi criado em 1974 e faz parte de uma rede integrada de transportes. São 81 quilômetros, distribuídos em seis corredores exclusivos, que transportam 700 mil passageiros por dia. Além das canaletas exclusivas, o BRT trafega por vias laterais locais e em ruas destinadas apenas para ônibus, na região central de Curitiba. São 30 terminais e 364 estações tubo.

O sistema de transporte em Curitiba está prestes a completar 40 anos. Quais desafios surgiram a partir da maturidade do modelo?
Um dos nossos desafios é manter a velocidade. Quando começamos a operar as canaletas, os ônibus trafegavam a cerca de 22km/h. Hoje essa média é de 18km/h e, em horários de pico, 17km/h. Um dos problemas é não termos pistas de ultrapassagem e os ônibus acabam ficando em comboio.

Há projetos de revitalizar e ampliar as canaletas?
Em 2010, inauguramos o sexto corredor, que está com seu prolongamento em obras. Além disso, em outra canaleta fizemos um “up grade” para permitir ultrapassagens e aumentar a velocidade operacional. Isso dobra a capacidade do corredor. Hoje já temos circulando na cidade ônibus biarticulados, com 28 metros de extensão e capacidade para 250 passageiros. Também estamos recuperando a velocidade operacional com um sistema de prioridade semafórica.

SAIBA MAIS: BRT NO MUNDO
O transporte rápido por ônibus está presente em 35 países, em todos os continentes do planeta. O sistema, criado na década de 1970, em Curitiba, já inspirou projetos na Colômbia, Chile, Estados Unidos, África do Sul, Austrália, China, França, entre outros. Bogotá, na Colômbia, recebeu o primeiro BRT de alta capacidade e mostrou que o transporte de massas poderia ser feito fora dos trilhos. De acordo com a organização mundial BRT Data, os corredores exclusivos para ônibus transportam hoje no mundo 23,6 milhões de passageiros por dia, em 146 cidades.

Informações: Estado de Minas

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Em Belo Horizonte, BRT terá "versão light" na Avenida Pedro II

sábado, 9 de junho de 2012

Sem perspectiva de expansão das linhas de metrô a curto ou médio prazo e com um trânsito em que o volume de veículos já é equivalente ao de São Paulo, com 4,3 automóveis para cada mil metros quadrados de área urbana, Belo Horizonte tenta apelar para soluções “light” para um problema que de leve não tem nada. Uma delas já está nos planos oficiais, e surge como uma espécie de compensação para o fato de o município não ter conseguido viabilizar a implantação do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) na Avenida Pedro II. Um dos dois grandes corredores de acesso ao Mineirão – o outro é o complexo das avenidas Antônio Carlos/Pedro I –, a Pedro II deve ganhar um modelo simplificado do BRT, sem corredores exclusivos de coletivos ou obras de peso. A outra solução ainda será apresentada ao poder público e também consiste em uma “versão dietética” de um grande meio de transporte de massa: o chamado metrô leve em monotrilho é a sugestão da Sociedade Mineira de Engenheiros para lidar com o transporte público na capital.

Na Avenida Pedro II, corredor que liga o Complexo da Lagoinha, no Centro de BH, ao Anel Rodoviário, na Região Noroeste, o BRT light – definição usada pelo presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar – será uma versão mais simples que os modelos das avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos/Pedro I, já em implantação. Em comum, o sistema Pedro II tem operação do transporte público pela esquerda – no canteiro central da via –, embarque no mesmo nível do ônibus e passagem pré-paga em estações. A diferença fundamental é a ausência de pista exclusiva para ultrapassagem. Ou seja, para passar um ônibus que estiver parado em uma das nove estações o coletivo que vier atrás precisará entrar em uma das faixas reservadas ao trânsito misto, mais à direita da avenida. A expectativa é de que as obras comecem no início de 2013, podendo se estender até 2014, ano da Copa.

Com o novo modelo de transporte coletivo, a estimativa da BHTrans é de que o tempo de viagem no corredor Pedro II tenha redução de 45%. “Operamos hoje com uma média de velocidade de 11km/h. Em alguns pontos chega a 18km/h, mas em outros não passa de 6km/h. O BRT vai permitir aumento para uma média de 20km/h”, explica o diretor de Desenvolvimento e Implementação da BHTrans, Daniel Marx Couto. Segundo ele, o BRT da Pedro II terá ligação com a estação de integração São José, que será construída na interseção da avenida com o Anel Rodoviário. “A estação é fundamental para início da operação do sistema na Pedro II”, disse.

O terminal deve receber 22 linhas alimentadoras, que vão trazer os passageiros dos bairros. Eles vão embarcar em linhas troncais que seguem pela Pedro II em direção a outras partes da cidade. Atualmente, 22 linhas municipais passam pelo corredor, número que será reduzido para as cinco troncais. Entre as rotas estudadas estão os destinos Centro, via BRT Área Central; Centro, via Avenida Afonso Pena; Região Hospitalar; Avenida José Cândido da Silveira; e Região da Pampulha, todas partindo da Estação São José. Além das troncais, outros coletivos que passam pela Avenida Presidente Carlos Luz e seguem pela Pedro II – a exemplo da 3503 (Santa Terezinha/São Gabriel) – permanecem no corredor. Rotas alternativas, passando pelos pelo interior dos bairros, serão estudadas.

“Toda a frota será readequada. As linhas troncais terão ônibus articulados, com 18,6 metros e capacidade para 180 passageiros. Também serão usados ônibus menores, de 13 metros, capazes de levar 90 pessoas”, explica Couto. Os ônibus convencionais, atualmente em circulação, não terão ponto na avenida . “Podem até passar por ela em pequenos trechos, mas não vão parar”, informou.

Outro impacto para o corredor por onde passam 68 mil veículos diariamente será a racionalização da frota e consequente diminuição da emissão de poluentes. “No pico entre as 6h e as 7h, 171 ônibus passam pela Pedro II, fora as linhas metropolitanas, operadas pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER). Com o BRT, o número cairá para 51.”

O BRT light da Pedro II receberá R$ 10 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 e terá contrapartida do governo municipal, em valor ainda não definido. A obra está em fase de elaboração do projeto executivo, que dará condições de calcular o orçamento.

MUDANÇA DE PLANOS A Pedro II chegou a entrar no pacote de corredores aptos a receber a versão completa do BRT, com corredores exclusivos. Mas, devido ao alto custo das desapropriações, a prefeitura desistiu do projeto. A obra havia sido orçada em R$ 233,5 milhões. Na ocasião, foram levados em conta os fluxos diários de passageiros de cada corredor para estabelecer a prioridade das intervenções. Os BRTs da Antônio Carlos e da Cristiano Machado terão condição de transportar 36 mil e 24 mil passageiros no horário de pico, respectivamente, enquanto o da Pedro II teria capacidade para 8 mil. Segundo a prefeitura, a versão light do BRT não vai requerer desapropriações.


PALAVRA DE ESPECIALISTA: RONALDO GUIMARÃES GOUVêA, PROFESSOR DA UFMG E ESPECIALISTA EM TRANSPORTES URBANOS

Bom, mas insuficiente

“O BRT da Avenida Pedro II vai trabalhar com uma restrição operacional, já que os ônibus precisam entrar na faixa mista para fazer ultrapassagens. Ainda assim, qualquer BRT já significa um tratamento viário que prioriza o transporte coletivo e oferece uma condição melhor de tempo de viagem ao motorista. O sistema contribui para a política de transporte público, mas não isenta a cidade de implantar um modelo de maior capacidade, como o metrô. Belo Horizonte tem que continuar na busca incessante por recursos para ampliar a rede metroviária como espinha dorsal e o BRT e outros modais como complementares. No caso da Pedro II, bem como da Antônio Carlos e Cristiano Machado, onde as obras do BRT estão em andamento, já há demanda para mais passageiros do que a capacidade total. Os 8 mil passageiros estimados pela BHTrans para a Pedro II são pouco diante da real demanda, que hoje gira em torno de 20 mil passageiros.”


TIPOS DE BRT
1 – Completo
Semelhante ao modelo da Avenida Antônio Carlos, é operado à esquerda, com passagem pré-paga em estações no canteiro central, uma pista exclusiva para ônibus do BRT e outra para ultrapassagem. Ou seja, enquanto um ônibus estiver parado em uma das estações, outro poderá passar livremente por uma faixa lateral.
2 – Intermediário
Como o que está sendo implantado no corredor Cristiano Machado, esse modelo só tem ultrapassem exclusiva no trecho das estações.
3 – BRT Light
Previsto para a Pedro II, terá operação à esquerda, estações para pagamento de passagens e faixa exclusiva para ônibus, mas a ultrapassagem será feita na faixa dos carros.
4 – BRT Simples
Como na Avenida Nossa Senhora do Carmo, é operado à direita da via, sem estações nem faixa para ultrapassagem.

Fonte: Estado de Minas

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Candidata à abertura da Copa, BH está parando

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Em janeiro de 2010, Belo Horizonte assumiu vários compromissos para a Copa de 2014 ao assinar a matriz de responsabilidades com o governo federal. A cidade se comprometeu a realizar uma série de obras de mobilidade urbana que, em tese, facilitariam o acesso de torcedores ao estádio, ao setor hoteleiro e ao aeroporto da capital mineira.

De quebra, as novas intervenções ficariam como legado para a cidade, que há tempos sofre com a lentidão provocada pelo 1,29 milhão de carros que circulam por suas vias apertadas e também com a falta de um transporte de massa adequado às mínimas necessidade de sua população.

Segundo o documento assinado em janeiro de 2010 (veja em formato PDF), as obras de transporte para a Copa deveriam ter começado no ano passado. No entanto, várias datas foram alteradas, repetindo um padrão observado nas 12 cidades-sede do Mundial, todas com problemas para desenvolver os seus projetos de mobilidade urbana. 

Vencidas algumas etapas, Belo Horizonte começou finalmente a se transformar num canteiro de obras em 2011. A necessidade de um novo calendário foi explicada por Tiago Lacerda, presidente do Comitê Executivo da Copa: “Quando a matriz foi assinada estávamos no início do processo, e alguma coisa sempre muda nos projetos executivos. Mas todas as alterações foram acordadas com o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica. Todas essas intervenções estão dentro dos novos prazos acordados, e as conclusões estão todas previstas para antes da Copa”, completou.

O comitê sempre fez questão de deixar claro que até 2014 não havia tempo e condições para a construção do metrô, um velho sonho do belo-horizontino. Assim, a solução para o transporte de massa na cidade ficará a cargo do sistema Bus Rapid Transit (BRT), um corredor de ônibus de alta capacidade.

As obras na avenida Antônio Carlos para a adequação da avenida ao sistema do BRT já começaram, mas diferente da previsão inicial de entregar tudo em  setembro de 2012, a nova data é de 2013. Segundo a prefeitura da capital mineira, a cidade estará pronta a tempo de receber a Copa das Confederações.

A ampliação da Antônio Carlos chegou a ser alvo do Tribunal de Contas da União (TCU). Em relatório de fevereiro, o órgão alertou para o atraso em diversas obras da Copa, incluindo as de transporte. Segundo a análise, as dimensões da Antônio Carlos não comportam a construção de estações nem de pontos de ultrapassagem para o BRT. “O principal achado (da análise) é o seguinte: apenas está sendo feita uma adequação viária, mas a obra deveria ser para melhoria do transporte público de massa, no caso, BRT”, diz o relatório do TCU. Caberá ao município fazer as adaptações para implantar o sistema.

Fonte: Portal 2014


Além da Antônio Carlos, outros dois corredores de acesso ao Mineirão estão sendo reformulados: a avenida Pedro II, que receberá uma linha de BRT, e a Presidente Carlos Luz, também chamada de Catalão. As obras começam no segundo semestre de 2011 e terminam em dezembro de 2013.
Em junho próximo devem começar as ações do BRT em outra avenida crucial no trânisto de BH: a Cristiano Machado, que fica pronta para o segundo semestre de 2012. No caso desta obra, as datas ainda são as mesmas da Matriz de Responsabilidades.
Outras obras importantes são aquelas da Via 710 (Andradas/Cristiano Machado) e da Via 210 (Tereza Cristina/Via do Minério). A primeira deveria terminar em julho de 2012, mas na nova previsão será entregue no segundo semestre de 2013. O atraso nas obras da chamada Via 210 também foi de um ano: de novembro de 2011 para o segundo semestre de 2012.

E por fim, o Boulevard Arrudas, atualmente em obras, terá concluído o trecho entre a rua Carijós e a avenida Barbacena no máximo até junho. O percurso restante, até a rua Extrema, deve ficar pronto no segundo semestre de 2012.

Quase parandoOutra avenida que receberá o BRT é a Pedro I, que liga o aeroporto de Confins ao Mineirão. O projeto prevê a duplicação de suas vias e das pistas da barragem da lagoa da Pampulha. As obras começarão após o fim das intervenções na trincheira da avenida Santa Rosa, estratégica ao local, e que começou a ser reformada no mês passado. Por causa desses trabalhos os motoristas que cruzam a cidade no sentido norte-sul ganharam um pouco mais de dor de cabeça – problema que deve se agravar no começo de 2012, quando a maior parte das obras previstas terão começado e quase nenhuma estará finalizada.

No final de março, o trânsito de Belo Horizonte parou com a visita da presidenta Dilma Rousseff. O problema exigiu que, dias depois, fosse montado um esquema intensivo por ocasião do velório do ex-presidente José Alencar para que os problemas não se repetissem.  Contudo, uma manifestação de agentes da Polícia Civil, pouco depois, parou novamente o trânsito na cidade, evidenciando uma incapacidade da cidade em gerar alternativas fora de eventos planejados.

Obra                                                                          Prazo inicial   Prazo ajustadoBRT Antonio Carlos/Pedro I                                     Set 2012          Dez 2013
BRT Pedro II/ Carlos Luz (Catalão)                         Set  2012         Dez 2013
BRT Área Central                                                      Jun 2012         Jun 2012
Central de Controle de Trânsito (expansão)            Mar 2012        Mar 2012
Via 210 (Via Minério-TerezaCristina)                      Nov 2011      2º Sem 2012
Via 710 (Andradas-Cristiano Machado)                   Jul 2012           Jul 2013
BRT Cristiano Machado                                           Mar 2011         Fev 2012
Boulevard Arrudas/ Tereza Cristina                         Set 2012           Set 2012



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Cronograma do BRT/Move da Avenida Cristiano Machado está apertado

quinta-feira, 6 de março de 2014

Em tempos de contagem regressiva para a prometida inauguração do BRT/Move da Avenida Cristiano Machado, a realidade desafia o calendário: embora a Prefeitura de Belo Horizonte reafirme que o primeiro corredor do novo sistema de transporte coletivo da capital entrará em operação com três linhas no sábado, quem passa pela Cristiano Machado ainda vê obras longe do fim. Faltam rampas, passarelas para travessia de pedestres, monitores dentro de estações, sinalização e, principalmente, informação. Sobram dúvidas entre os passageiros que, diante do primeiro adiamento na inauguração do sistema, prevista inicialmente para 15 de fevereiro, têm dúvidas se o BRT/Move parte mesmo depois de amanhã.

Muito lixo ainda está acumulado em estações de transferência – módulos montados ao longo de oito pontos da avenida que substituem os antigos pontos de ônibus. Há algumas mais adiantadas, quase prontas, mas a maior parte ainda não está equipada com os monitores que permitirão acompanhar os horários dos coletivos e não tem sinalização nos vidros ou dentro da estação. Fios aparentes mostram ainda que é preciso incrementar a iluminação.

Do lado de fora, duas passarelas, na altura dos bairros União e Sagrada Família, nas regiões Nordeste e Leste, respectivamente, sequer começaram a ser montadas. De acordo com um funcionário da obra, trata-se de trabalho para pelo menos duas semanas. Em outros pontos, as estruturas estão sem guarda-corpo. Faixas de pedestres ainda não foram pintadas, tampouco foram instaladas as placas de indicação do novo sistema, sem falar nos tapetes de grama por plantar, empilhadas em canteiros centrais.

Na Estação de Integração São Gabriel, que ainda está sem cobertura, há um verdadeiro canteiro de obras armado, que será mantido até abril. Até lá, apenas a parte do mezanino da estação funcionará. Nas estações das avenidas Santos Dumont e Paraná, no Centro, televisores e sinalização estão em processo de implantação e guindastes indicam que há serviço a ser feito. Mesmo assim, a Prefeitura de BH reafirma a meta e confirma o início da operação do sistema no sábado. De acordo com a BHTrans, empresa que gerencia o trânsito da capital, três linhas começarão a rodar e, neste primeiro momento, não haverá extinção de nenhum itinerário.

Trajetos
A linha 83P (Estação São Gabriel/Centro) terá embarque e desembarque nas oito estações de transferência ao longo da Avenida Cristiano Machado, parando apenas no Centro, nas estações São Paulo, na Avenida Santos Dumont, e Tamoios, na Avenida Paraná. O mesmo percurso será feito pela linha 83D, que, por ser direta, não fará paradas ao longo da Cristiano Machado. A expectativa é de que o tempo gasto no trajeto diminua de 35 minutos para 20, no caso da linha paradora, e para 15, no caso da linha direta. A terceira linha do BRT/Move fará o mesmo percurso, mas terá como destino a Avenida dos Andradas, até a área hospitalar da capital.

Às vésperas da inauguração, as dúvidas superam a expectativa de benefícios, na avaliação de passageiros. “Sou de Santa Luzia e não sei quantos ônibus vou ter que pegar a partir de agora, nem de quanto em quanto tempo vão passar”, afirma a eletrotécnica Isabela Amorim Silva, de 21 anos. O encarregado de obras Evaldo de Oliveira, de 42, mora no Bairro Jaqueline, na Região Norte, e trabalha no Buritis, na Região Oeste. Atualmente, pega dois ônibus no trajeto e agora está perdido na matemática da mobilidade. “Vou pegar três ônibus, mas não sei se vai ser realmente mais rápido”, diz.

O professor do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leandro Cardoso afirma que, neste momento, maior divulgação sobre o novo sistema seria imprescindível. “Há uma grande falta de informações, tanto dos usuários quanto dos operadores do sistema. É preciso maior divulgação sobre as linhas que desaparecerão, sobre todas as mudanças, com uma campanha massiva”, ressalta. O professor aponta ainda a necessidade de o BRT/Move começar a operar com segurança. “Todas as passarelas e a sinalização, inclusive das pistas de tráfego misto, deveriam estar prontas”, destacou.

Área central
Cones e obstáculos móveis continuam espalhados pelas áreas central e hospitalar da capital, que passaram por diversas mudanças de circulação para receber o BRT/Move. Motoristas ainda se mostram confusos diante delas. “Não entendi ainda as alterações”, disse um condutor na Avenida Afonso Pena, enquanto tentava decifrar placas e direções. De acordo com a BHTrans, todas as adaptações necessárias ficam prontas até amanhã.

Por Flávia Ayer
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BH: BRT / Recursos do PAC mobilidade para a melhoria do trânsito

segunda-feira, 12 de julho de 2010


As obras estão incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. Ao todo, serão investidos R$ 1,23 bilhões nas obras que incluem os Bus Rapid Transit (BRTs) da Avenida Antônio Carlos/Pedro I, Pedro II, Área Central e Cristiano Machado, Via 210, Via 710, Boulevard Arrudas Tereza Cristina e a Ampliação da Central de Controle de Tráfego da BHTrans.

O Bus Rapid Transit (BRT) é um sistema de transporte de alta capacidade, operado por ônibus, que oferece um serviço de qualidade com conforto e rapidez para o usuário. A operação do serviço é semelhante à do metrô: vias exclusivas, estações de transferência ao longo do itinerário que permitem a cobrança externa da tarifa e embarque em nível (o usuário entra na estação, efetua o pagamento da passagem e embarca sem passar por degraus), o que torna a viagem mais rápida.

“Belo Horizonte é a primeira cidade sede a assinar o PAC da Copa do Mundo de 2014. Essas são obras viárias importantes, de transporte de massa, que nos ajudarão a acolher bem os turistas durante a Copa de 2014. Além de todos os benefícios a curto prazo, o equipamento será ainda um legado permanente para a cidade”, disse o prefeito Marcio Lacerda.

“Não são obras exclusivamente para a Copa do Mundo de 2014 ou obras exclusivamente da cidade de Belo Horizonte, são obras que atendem os dois quesitos. Essas obras aqui autorizadas caracterizam o nosso objetivo, que é dar acesso rápido e seguro aos turistas”, disse o ministro das Cidades, Márcio Fortes.

Bus Rapid Transit (BRT) Avenida Antônio Carlos/Pedro I

Além de promover um acesso de alta capacidade ao Complexo Mineirão/Mineirinho, ao mesmo tempo em que aumenta a segregação da pista exclusiva de transporte coletivo, o projeto atenderá cinco regionais administrativas da cidade e parte da demanda metropolitana de transporte coletivo. Todo o projeto urbanístico será realizado com base nas normas brasileiras de acessibilidade.

As metas do Projeto BRT Antônio Carlos/ Pedro I serão materializadas em quatro grupos de intervenções:

Meta 1: Interseção avenida Antônio Carlos e avenida Abraão Caram

Meta 2: Alargamento da avenida Pedro I

Meta 3: Interseção avenida Pedro I e avenida Vilarinho

Meta 4: BRT Antônio Carlos e avenida Pedro I


BRT – Pedro II

Com a implantação de um BRT nessa avenida, haverá uma melhoria significativa na qualidade do transporte coletivo da área, visando não só oferecer um acesso alternativo ao Mineirão pelo transporte público, como também proporcionar a requalificação urbanística de uma via estruturante do município.

O projeto prevê um corredor central exclusivo para ônibus, com faixas de ultrapassagem, sistemas de pagamento externo em estações e controle telemétrico da operação.

Pode-se prever também uma melhoria qualitativa na integração modal e nas políticas de tarifação. Outro impacto positivo será a racionalização da frota, com diminuição da emissão de efluentes atmosféricos.

Todo o projeto urbanístico será realizado com base nas normas brasileiras de acessibilidade, promovendo a universalização na utilização desse meio de transporte.


BRT – Área Central

O projeto consiste na implantação de infra-estrutura de sistema de transporte coletivo por ônibus através da requalificação de 7,6 Km de vias preferenciais, dotando-as de estações com cobrança externa, embarque e desembarque em nível e sistemas de controle da operação e de informações ao usuário informatizado e em tempo real.

A implantação de equipamentos e a execução de obras civis para adequar a malha viária do Centro ao BRT são essenciais para a consolidação da infra-estrutura de um transporte de massa de qualidade no município.

Através das obras de requalificação, será possível o intercâmbio de três corredores radiais do BRT: BRT Cristiano Machado, BRT Antônio Carlos / Pedro I e BRT Pedro II / Carlos Luz, ampliando significativamente a mobilidade dos cidadãos através do aproveitamento racional da malha radiocêntrica, com impactos positivos diretos na política tarifária, na melhoria dos tempos das viagens com destino moradia-trabalho-moradia e redução da poluição atmosférica com racionalização da frota.


BRT Cristiano Machado

O projeto de reestruturação do corredor implanta um sistema de transporte de alta capacidade, com adequação da atual pista exclusiva para a operação junto ao canteiro central, utilizando uma faixa por sentido, com faixa adicional para ultrapassagem nas estações de transferência, dimensionadas adequadamente à demanda, com circulação e acessos seguros para os pedestres.

O corredor será dotado de sistema de câmeras, possibilitando o monitoramento contínuo dos trechos de circulação e embarque/desembarque. Faz parte da intervenção a reforma da Estação São Gabriel com adequação das plataformas ao sistema de embarque.

O tratamento do corredor para a priorização da operação do transporte coletivo melhorará o acesso para diversos bairros da região Norte, incentivando o adensamento e viabilizando o desenvolvimento econômico deste eixo. Constitui-se ainda num corredor secundário de acesso ao Mineirão a partir da região Leste da cidade.


Fonte: Jornal BH Notícias
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Estreia do Move/BRT é marcado por falta de informação

sábado, 8 de março de 2014

O início da operação do BRT/Move, novo sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte, foi marcado pela falta de informação e confusão. Motoristas ficaram perdidos sem saber em qual terminal da estação São Gabriel, na Região Nordeste, deveriam pegar os passageiros. Isso gerou correria de funcionários da BHTrans e também de usuários, que não sabiam onde embarcar. Os dois primeiros ônibus, que saíram às 4h20 e 4h40, iniciaram o percurso no horário sem passar pelo terminal correto. A viagem de estreia aconteceu sem nenhum usuário. 

A confusão na Estação São Gabriel começou quando os veículos sanfonados chegaram. Eles deveriam estacionar no terminal leste, que é o antigo, porém se posicionaram no novo terminal, que é chamado de Oeste. Os condutores alegam que não foram informados do local exato dos embarques. Alguns funcionários da BHTrans, que esperavam para vistoriar os ônibus, foram surpreendidos e chegaram a correr para tentar impedir a saída do BRT. 


Passageiros também ficaram confusos. Algumas pessoas foram para o terminal leste e, quando viram os ônibus do outro lado, tentaram correr. Funcionários da BHTrans os alertaram e todos tiveram que voltar. A primeira viagem no terminal leste deveria ser feita às 5h. Porém, o veículo só saiu do local às 5h10 com apenas quatro passageiros.

Alheio aos erros da BHTrans, o motorista Valdivino Rodrigues Moreira Neto, 29, cumpriu à risca o que lhe foi passado e foi até o novo terminal. Ele deixou a estação às 4h20, inaugurando o BRT em Belo Horizonte. Mas apesar da empolgação dele e da cobradora Maria de Fátima Souza Luz, 37, ninguém entrou no ônibus articulado durante uma hora saindo do São Gabriel, passando pela área hospitalar, Savassi e retornando ao ponto de partida. "Nesse horário é comum rodar vazio. Foi bom para testar mais uma vez o trecho, sentir o trajeto e ir pegando o jeito", diz ele.

Linhas iniciais na Av. Cristiano Machado

No dia da inauguração, usuários que passam pela Cristiano Machado terão duas opções de linhas no corredor exclusivo para chegar ao Centro (uma direta e outra paradora). A terceira fará o acesso à região hospitalar, no Bairro Santa Efigênia, passando pela Avenida dos Andradas.

A 83P (Estação São Gabriel/Centro) terá embarque e desembarque nas oito estações de transferência (ETs) ao longo da Cristiano Machado. No Centro, haverá parada nas estações São Paulo, na Avenida Santos Dumont; e Tamoios, na Avenida Paraná, onde retorna. O mesmo percurso será feito pela 83D, mas, por ser direta, não fará paradas ao longo da Cristiano Machado. O desembarque e embarque de passageiros da 83D ocorrerá somente no Centro, nos terminais São Paulo e Tamoios. A expectativa da empresa é de que o tempo médio de viagens, que hoje chega a 35 minutos, sem engarrafamentos, entre o Centro e a Estação São Gabriel, passe a ser feito em 20 minutos na linha paradora e em 15 minutos na direta. 

A terceira linha tronco da primeira fase do BRT/Move fará o mesmo percurso que a 83D e a 83P, até atravessar o túnel da Lagoinha, no Centro. De lá, os ônibus articulados seguirão pela Andradas até a área hospitalar. Nesse percurso, usarão portas de embarque e desembarque dos dois lados, para se adaptarem às estações e aos pontos de ônibus normais. 

A expectativa da BHTrans é de que o tempo médio de viagens, que hoje chega a 35 minutos, sem engarrafamentos, entre o Centro e a Estação São Gabriel, passe a ser feito em 20 minutos na linha paradora e em 15 minutos na direta. Os intervalos entre as viagens serão de 15 minutos, na hora de pico, e chegarão a 20 minutos no horário normal. Com horários de saída intercalados, as linhas 83P e 83D terão embarque de 7 em 7 minutos.

Como pegar um ônibus

As pessoas que quiserem acessar um dos veículos do Move devem seguir até uma das estações de transferência ou integração ao longo da Avenida Cristiano Machado e também no Centro de Belo Horizonte. 

As passagens serão pagas antes do embarque. Todas as estações têm caixas para atender os passageiros, que poderão comprar um bilhete unitário ou utilizar o cartão BHBus. Segundo a BHTrans, todos os cartões BHBus são aceitos para acesso ao BRT Move.

O teto das passagens é de R$ 2,65. Quem não tem o cartão poderá comprar bilhetes individuais nas estações de transferência ou em um dos quatro quiosques construídos nas avenidas Paraná (2) e Santos Dumont (2). Haverá ainda possibilidade de recarregar os cartões dentro dos ônibus. Mais informações podem ser conferidas no site www.brtmove.pbh.gov.br ou pelo telefone 156, da prefeitura.

Informações: Estado de Minas

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A 500 dias da Copa, BH enfrenta desafios para melhorar mobilidade urbana

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O relógio da Praça da Liberdade marca hoje 500 dias para a Copa do Mundo, mas Belo Horizonte, uma das sedes do evento, ainda enfrenta desafios para melhorar a mobilidade urbana até o Mundial de 2014. A conclusão das obras do BRT (transporte rápido por ônibus) em alguns dos principais corredores da capital, que num primeiro momento chegou a ser prometida para junho, agora está prevista para dezembro, segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). A entrada em operação do sistema em corredores como as avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos ainda não tem data marcada.

A BHTrans, empresa que gerencia o trânsito na capital, informou que a meta é que os primeiros ônibus adaptados comecem a circular no início de 2014, mas não definiu se isso ocorrerá em janeiro, fevereiro ou março. Para que o sistema funcione plenamente, a empresa precisará de tempo para testes e ajustes. Especialista em transportes, o professor Ronaldo Guimarães Gouvêa, alerta que são necessários de 90 dias a 120 dias depois do início das operações do BRT para que sejam feitas adequações na sinalização, frota e vias alimentadoras, por exemplo, necessárias para que o sistema fique “azeitado”. Para ele, se o BRT for inaugurado depois de janeiro, essa fase final de adequações pode coincidir com o início da Copa.

“Na engenharia de transporte, você prevê 100% dos efeitos de uma intervenção, há mecanismos que permitem avaliar previamente boa parte das consequências. Mas, eventualmente, ocorrem fatores externos à própria lógica do projeto”, avalia Gouvêa, coordenador-geral do núcleo de transportes da Escola de Engenharia da UFMG. “Não seria bom que, ao mesmo tempo em que a Copa esteja acontecendo, nós façamos ajustes na rede de transporte. É preciso um prazo razoável para ajuste da lógica operacional, da integração das linhas alimentadoras com as troncais, e da questão tarifária”, opina. E acrescenta: “Os usuários têm que conhecer o sistema. Você não pode esperar que da noite para o dia as pessoas percebam a lógica do BRT.”

Mesmo sem definir em que mês de 2014 o BRT começará a operar, a BHTrans informou que campanhas serão feitas para orientar a população e que até a Copa do Mundo as pendências serão sanadas. Com o novo meio de transporte, Belo Horizonte terá dois corredores exclusivos para o BRT nas avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos/Pedro I. As duas linhas vão se encontrar na Região Central e o número de linhas de coletivos no Hipercentro, segundo o projeto, vai diminuir de 136 para 18. O BRT terá estações ao longo do percurso.

Andamento Balanço do Comitê Executivo Municipal da Copa informou que a primeira fase do BRT Antônio Carlos/Pedro I, que inclui o viaduto da Avenida Antônio Abrahão Caran, já foi concluída. A segunda fase da obra, que é o alargamento da Avenida Pedro I e construção de viadutos próximos à Barragem da Pampulha, está com 42% dos serviços prontos e deve ser concluída no segundo semestre deste ano. A terceira fase é a interseção das avenidas Pedro I e Vilarinho, em Venda Nova, que está com 33,49% concluídos. A quarta etapa, dividida em duas fases, e que já está com 71% dos trabalhos concluídos, trata-se de adequações viárias para implantação do BRT ao longo de toda a Antônio Carlos e da Pedro I à Vilarinho. O BRT Cristiano Machado está com 59,21% das obras realizadas.

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Obras do BRT/Move no corredor da Antônio Carlos e Pedro I desafiam calendário da Copa

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Enquanto mais mudanças no transporte público são anunciadas para o novo sistema BRT/Move na Avenida Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I – que espera receber diariamente 400 mil passageiros – ainda esbarra em obras e na conclusão do terminal de integração Pampulha. Primeira estação a ser inaugurada na modalidade BRT, a São Gabriel, na Cristiano Machado, deve atingir a marca de atendimento de 100 mil passageiros/dia no próximo sábado. Nessa data, cinco linhas semiexpressas serão transformadas em alimentadoras e passarão a ligar os bairros ao terminal, sem se dirigir ao Centro. Para chegar a essa região, os passageiros deverão seguir nos ônibus articulados do Move. O número de usuários ainda é bem distante dos 300 mil que devem ser atendidos na São Gabriel até a Copa, como anuncia a BHTrans, mas já representa um avanço em relação ao corredor Antônio Carlos, prometido para ficar pronto dentro de um mês. O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cezar, garante que só faltam “bijuterias e maquiagem” para o fim das obras nesse corredor. Mas, no local, ainda há muito a ser feito, como garantem os próprios operários. 

Segundo Ramon, até a Copa do Mundo, daqui a menos de dois meses, os dois corredores vão estar em funcionamento. Na Antônio Carlos, as obras apresentam maior avanço entre o Viaduto São Francisco e o Bairro Lagoinha. No sentido contrário, até a Avenida Pedro I, funcionários ainda trabalham na instalação de equipamentos dentro das estações, na implantação de paisagismo e na conclusão das obras da Estação Pampulha. Um dos funcionários convida a reportagem do Estado de Minas para conferir o andamento das intervenções e diz: “Não vai dar para ficar pronta para a Copa”. Ainda assim, Ramon garante que “a bijuteria, a maquiagem, a roupinha, aquilo que é essencial, está quase tudo pronto”. Já nas estações Vilarinho e Venda Nova, segundo ele, as adequações estão em andamento. “São coisas mais simples e vamos operar lá também”, diz.

A lista de mudanças no BRT, previstas para sábado, inclui a criação de duas linhas troncais, que se somam às três já existentes. A linha 85 ligará a Estação São Gabriel ao Centro, passando pelos bairros Sagrada Família e Floresta, e à Região Hospitalar. Nesse itinerário, os veículos articulados e com ar-condicionado do Move seguirão pelo corredor exclusivo da Cristiano Machado até a Avenida Silviano Brandão, passando pela Rua Itajubá e pelas avenidas Francisco Sales, Bernardo Monteiro, Alfredo Balena e Augusto de Lima. O retorno será pelas ruas Goiás e Paraíba, pelas avenidas Bernardo Monteiro, Francisco Sales, Assis Chateaubriand e Contorno, Rua Itajubá e Avenida Silviano Brandão, onde o BRT retorna ao corredor exclusivo.

O quadro de horários e o cálculo dos intervalos entre as viagens da linha 85 ainda está sendo feito. A linha vai operar com ônibus padrons (modelo intermediário do Move, equipado com ar-condicionado, suspensão a ar, comprimento de 13,2 a 15 metros e bicicletário), que circulam dentro e fora do corredore. “A Avenida Augusto de Lima, as ruas Goiás e Timbiras, e a Avenida Alfredo Balena passam a contar com uma faixa operando exclusivamente para ônibus e com fiscalização para garantir uma circulação mais rápida à linha troncal 85”, explica Ramon. No início do mês, segundo ele, uma primeira leva de radares será implantada na Augusto de Lima, para controlar invasões de faixa. “Temos uma licitação em andamento e vamos aumentar o número de radares em todos os corredores do BRT, inclusive para controlar a bus way”, afirma.

Já para a nova linha troncal que funcionará a partir de sábado, a 8151 (Estação São Gabriel/BH Shopping, via Anel Rodoviário), o atendimento será feito, inicialmente, com ônibus convencionais, a exemplo dos que operam em linhas diametrais, que atualmente ligam bairro a bairro. Isso, porque, ao longo do Anel, não há estações do sistema Move. De acordo com a BHTrans, a criação do novo itinerário tem o objetivo de oferecer mais uma opção de acesso aos bairros no entorno do centro de compras, localizado na Região Centro-Sul da capital.

Alimentadoras

Cinco linhas semiexpressas, que hoje fazem a ligação de bairros no entorno do terminal São Gabriel ao Centro, também passam por mudanças e serão transformadas em alimentadoras. Para isso, deixam de ir para a Região Central e passam a ter a estação como destino final. Dois desses itinerários serão novos e três passarão por adaptações para o atendimento. A linha 5502 A (Jardim Vitória A) será transformada na 814 (Estação São Gabriel/Jardim Vitória). A nova 813 vai substituir a atual 5506C (Paulo VI, via Ribeiro de Abreu) e fazer a ligação entre esse bairro e a estação.

Outras duas linhas semiexpressas serão trocadas por linhas alimentadoras, que já funcionam aos domingos e feriados. Elas terão os quadros de horários readequados para operar também em dias úteis e aos sábados. As linhas 5502B (Capitão Eduardo) e 5506B (Ribeiro de Abreu Via Conjunto) serão substituídas, respectivamente, pelas 832 (Estação São Gabriel/Capitão Eduardo) e 837 (Estação São Gabriel/Conjunto Ribeiro de Abreu). Já a 5507A (Jardim Guanabara A) será transformada na alimentadora 707 (Estação São Gabriel/Jardim Guanabara). Esse itinerário já funciona durante toda a semana, mas terá o número de viagens ampliado.

Intervalo

Com as mudanças programadas, a expectativa é retirar 56 ônibus convencionais (por hora/pico) da pista mista da Cristiano Machado. Outra alteração será o acréscimo de 28 mil passageiros às cerca de 70 mil pessoas que já usam o BRT, passando pelo terminal São Gabriel. Para atender à nova demanda, a BHTrans promete aumentar o número de ônibus articulados no corredor Cristiano Machado, passando de 35 para 50 veículos. O reforço vai garantir, segundo a empresa, a redução de 50% no tempo entre uma viagem e outra. Na linha 83D (São Gabriel/Centro Direta), esse tempo será entre dois e três minutos e o número de saídas passa de 130 viagens/dia para 239 viagens/dia, aumento de 84%. Já no itinerário parador (83P), o tempo entre uma viagem e outra será de seis minutos, com realização de 113 viagens/dia, um aumento de 20% em relação `às 94 feitas atualmente. No trecho São Gabriel/Região Hospitalar, feito pela linha 82, o intervalo passa a ser de até cinco minutos, com 145 saídas/dia, 51% mais que as 96 viagens/dias atuais.

Por Valquiria Lopes 
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BRT deve atender 700 mil passageiros por dia em BH

terça-feira, 11 de junho de 2013

Belo Horizonte espera ter até o ano que vem 700 mil passageiros por dia apenas no sistema de transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês). Do total, superior à população de todas as outras cidades mineiras, 420 mil pessoas se deslocarão usando linhas municipais e 280 mil, linhas metropolitanas que vão passar pelos corredores do BRT na cidade. O número de 700 mil usuários representa quase metade das atuais 1,58 milhão de pessoas transportadas no sistema convencional e um incremento diário de 40 mil passageiros no sistema de transporte público municipal, que chegará a 1,62 milhão de usuários/dia. 

Os números levam em conta o início da operação do novo sistema em três corredores: avenidas Antônio Carlos/Pedro I; Paraná/Santos Dumont e Cristiano Machado. Mas, para alcançar o desempenho previsto, a Prefeitura de BH precisa contornar problemas que vem enfrentando no curso das obras, como atrasos e erros de projeto. Recentemente, a administração precisou multar em mais de R$ 1 milhão uma empresa de consultoria responsável pela fiscalização de uma das intervenções, como informou o prefeito Marcio Lacerda, ontem, durante o 3º Congresso As Melhores Práticas SIBRT na América Latina, que reuniu na capital mineira especialistas em transporte e urbanismo. 


No mês passado, a administração municipal assistiu à necessidade de destruição de trechos de concreto da Avenida Antônio Carlos. Mesmo destino teve uma estação inteira do BRT na Cristiano Machado. Corrigir erros durante a operação são premissas básicas que, segundo o arquiteto e urbanista Jaime Lerner – precursor da implantação do BRT no Brasil e palestrante do congresso – são prioritárias para se chegar à qualidade do transporte. 

De acordo com o prefeito Marcio Lacerda, a multa recentemente aplicada a uma das contratadas do município refere-se ao descumprimento das obrigações de fiscalização e gerenciamento da obra na Avenida Antônio Carlos. “Isso gerou problemas, atrasos e a empresa foi multada por descumprimento de contrato”, disse o prefeito, afirmando tratar-se de procedimento normal na relação entre o poder público e as empresas de engenharia. Ele afirmou ainda que muitos dos problemas enfrentados nas obras são fruto de erros de projeto. “O Brasil ficou parado por 20 anos. Por isso, temos uma carência no ramo de empresas de construção e muitas vezes os projetos executivos ainda apresentam erros”, disse. “O importante é que não é a prefeitura que está pagando por isso”, disse. 

Grande BH
Além dos três corredores em construção na capital, o sistema BRT chegará à região metropolitana. Com a ampliação, a ideia é chegar a 100 quilômetros de malha, ou seja, 78 quilômetros de vias além dos atuais 22 que estão sendo implantados nos corredores Cristiano Machado, Antônio Carlos/Pedro I e Paraná/Santos Dumont. As três obras já em andamento custarão cerca de R$ 1 bilhão e têm previsão para terminar até o fim do ano. Os testes nas pistas estão marcados para janeiro e fevereiro, meses antes da Copa do Mundo 2014. No Corredor Cristiano Machado, a pista central no sentido Centro/bairro será aberta ao tráfego no próximo dia 15. 

Ibirité, Sarzedo, Contagem e Betim são os primeiros municípios da região metropolitana cotados para serem ligados à capital pelo sistema BRT. A BHTrans e o governo do estado já iniciaram um estudo para implantar a nova modalidade, passando pela Avenida Amazonas e pela Via Expressa, em Belo Horizonte. O objetivo é que sistema opere em pista exclusiva, com pagamento antecipado de passagens e embarque no mesmo nível em ônibus articulados. A expectativa para esse trecho, bem como para os outros ramais em construção na cidade, é de operação com intervalo de um minuto entre uma viagem e outra. “Temos condições de operar com esse tempo nos horários de pico. Nos momentos em que a demanda for menor, podemos trabalhar com intervalos de três e quatro minutos”, afirmou ontem o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas, durante o congresso. 

Palestrante convidado, o arquiteto e urbanista Jaime Lerner – precursor da implantação do modelo quando era prefeito de Curitiba, em 1974 – falou sobre a importância do sistema frente à demora para construção do metrô. “Defendo os sistemas de superfície, porque operam onde estão a vida e o trabalho das pessoas na cidade. Por outro lado, o sistema de BRT é mais viável economicamente quando não se têm recursos para implantar o metrô”, afirmou. Atualmente já são 156 as cidades no mundo que operam o sistema BRT. 

Especialista faz elogio ao sistema da capital

A integração de vários tipos de transporte é a peça-chave para garantir fluidez ao trânsito de qualquer cidade. Além disso, é preciso transferir os usuários do transporte individual cada vez mais para o serviço público de alta capacidade. Essas foram as principais premissas defendidas pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner durante o 3º Congresso As Melhores Práticas SIBRT na América Latina. Pioneiro na implantação do BRT em Curitiba, há três décadas, ele defende que o sistema é uma das melhores saídas para a mobilidade urbana.

Sobre Belo Horizonte, o arquiteto elogiou a implantação do BRT, que classificou como uma “senhora rede”. Segundo ele, a escolha da modalidade de transporte foi a melhor para a capital, levando em consideração as demandas por expansão da capacidade de transporte e a insuficiência de recursos para construção do metrô. No entanto, o especialista destacou a necessidade de que o sistema tenha conexão com outras formas de transporte público, para que o atendimento seja de qualidade.

Sustentabilidade, economia e rapidez na realização de obras também foram defendidos por Lerner para o futuro das cidades. Segundo ele, tão importante quanto reduzir o uso do automóvel particular é separar e reciclar o lixo e ser rápido na implantação das ações que vão dar forma aos grandes centros no futuro. “A velocidade é importante. Temos que ser rápidos para evitar nossa própria burocracia. Quando temos boas ideias, é só começar”, afirma. Como exemplo, Lerner citou a realização de obras em Curitiba, feitas em tempo recorde. Uma delas foi o Jardim Botânico, erguido em três meses, e outra, a de um teatro que ficou pronto em apenas 60 dias. 

ENQUANTO ISSO... ...METRÔ AVANÇA EM MARCHA LENTA
Para quem aguarda a ampliação do metrô da capital, os prazos serão mais demorados. De acordo com o prefeito Marcio Lacerda, os projetos executivos para as obras nas linhas 1, 2 e 3 devem ficar prontos até o fim do ano e o edital de licitação da parceria público-privada (PPP) deve ser lançado no início do próximo ano. Com as obras, os atuais 20 quilômetros de malha metroviária serão ampliados para 45 quilômetros. Para o Vetor Sul da capital estão sendo feitos estudos de viabilidade para uma linha ligando a Savassi ao Bairro Belvedere, ainda sem prazo para sair do papel.

Por Valquiria Lopes
Informações: Estado de Minas
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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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