Trolebus em SP
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Salvador amanhece com greve parcial de ônibus
segunda-feira, 2 de maio de 2011Motoristas e funcionários de algumas empresas de ônibus que circulam em Salvador atrasaram a saída dos coletivos das garagens na manhã desta segunda-feira (2).
O Sindicato dos Rodoviários promoveu a paralisação como parte da campanha salarial da categoria. A circulação dos ônibus começou a ser normalizada às 8h na maioria das empresas.
De acordo com funcionária da empresa Axé Transportes Urbanos, os veículos estão saindo aos poucos do pátio. Mas, segundo ela, nem 50% da frota foi normalizada por volta das 8h40.
Manoel Machado, presidente do Sindicato dos Rodoviários, diz que 21 empresas participaram da manifestação, sendo 10 urbanas e 11 metropolitanas.
Ainda segunto ele, a principal questão é a falta de avanço na negociação salarial com os empresários. A categoria pede 18% de reajuste. "Por enquanto, não é greve, e sim, paralisação. Estão previstas outras ações como esta ao longo da semana. Oito empresas estão circulando normalmente para atender a população", diz o sindicalista.
A paralisação começou às 4h desta segunda-feira, com a presença de representantes dos Sindicato na porta das empresas.
Fonte: G1.com.br
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Salvador pode ter Greve de Ônibus nos próximos dias
domingo, 1 de maio de 2011
Se a capital baiana já está um caos em dias normais, havendo a paralisação dos rodoviários na próxima semana praticamente ficará travada. Depois de um mês de campanha e cinco rodadas de negociação com os sindicatos patronais de transportes urbano e intermunicipal sem acordo, os rodoviários aprovaram a realização de mobilizações durante todo o mês de maio. Os trabalhadores pedem reajuste salarial pela inflação do período e ganho real, ticket nas férias, folgas aos sábados ou domingos, plano de saúde inteiramente pago pelos empresários e a volta do qüinqüênio.
Fonte: Bahia Negócios
Postado por Meu Transporte às 19:31 3 comentários
Marcadores: Bahia
Especialistas sugerem integração do sistema de transporte público de São Paulo com forte investimento em metrôs e trens
Especialistas ouvidos pela Agência Brasil afirmam que a única solução possível para diminuir o congestionamento em São Paulo é investir na integração do sistema de transporte público, além de ampliar a rede de metrôs e trens.
Eles ressaltam, no entanto, que o metrô requer altos investimentos, além de ser um projeto de tempo de execução longo. Segundo os especialistas, na capital paulista, no curto prazo, poderia ser ampliado e modernizado o transporte por meio de ônibus. Eles recomendam também a criação de corredores exclusivos para os ônibus.
“Os automóveis ocupam de 80% a 90% do espaço viário para transportar metade da demanda de clientes [pessoas]. Os ônibus ocupam, no máximo, 10% ou 20% do espaço para levar a outra metade”, disse Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de tráfego e transportes. Nessa comparação, Figueira destaca que não está considerando o transporte feito por trilhos.
São Paulo tem uma população de 11 milhões de habitantes. Segundo a SPTrans, empresa responsável pelo transporte de ônibus na capital, somando a população da região metropolitana, são 17 milhões de pessoas.
Cerca de 55% das viagens na região metropolitana, de acordo com a empresa, são feitas em transporte coletivo, num total de 6 milhões de passageiros transportados por dia. Para atender a essa demanda, existem 16 consórcios operando na região, com 15 mil veículos, em mais de 1,3 mil linhas. Na capital, existem atualmente dez corredores de ônibus.
De acordo com a Secretaria Municipal de Transporte, a média de passageiros transportados por ônibus, em março, chegou a 250,9 milhões, enquanto o metrô transportou 89,8 milhões. Por dia útil, os ônibus transportaram, em março, a média de 9,8 milhões de passageiros. A média diária no metrô foi 3,6 milhões.
O pouco investimento no sistema de transporte coletivo faz com que se crie, em São Paulo, de acordo com Figueira, uma cultura voltada para o transporte individual, o que amplia os congestionamentos. “Nos anos 60, muita gente andava de ônibus. Ônibus era bom? Não. Os filhos dessas pessoas vieram e é a lei do mercado: a pessoa estudou, fez faculdade, evoluiu e a primeira coisa que ela quer fazer é sair do ônibus porque o serviço é ruim. É um processo autofágico. Está se plantando um não usuário a partir daí”, lamentou.
Para Figueira, o ideal é destinar duas faixas por sentido nas principais avenidas da capital para o deslocamento de ônibus. A sugestão dele é que a faixa da esquerda seja exclusiva para ônibus urbano e a do meio, para ultrapassagem de ônibus em horário de pico, ônibus fretado, táxi com passageiro e automóveis com duas ou mais pessoas. As outras faixas seriam destinadas para os demais veículos.
“Numa faixa de ônibus, se consegue levar, de 10 a 15 mil passageiros por hora/sentido. Na faixa de automóveis, não se leva mais do que mil ou 1,5 mil pessoas por hora/sentido, uma relação de dez para um”, exemplificou o consultor.
Segundo Kazuo Nakano, arquiteto urbanista do Instituto Pólis, implantar corredores de ônibus e planejar as linhas dos coletivos não têm custo muito elevado. “Pode-se começar a fazer os investimentos em transporte público agora, com essas medidas de menor custo”, afirmou. E a vantagem desse tipo de transporte, de acordo com ele, é que os ônibus alcançam praticamente todos os bairros da cidade.
Mas, para Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, investir somente em ônibus não resolverá o problema. Ele acredita que a melhor solução para a questão da mobilidade é o metrô.
“Os corredores de ônibus, sozinhos, não têm capacidade para atender à demanda na cidade de São Paulo. O corredor de ônibus tem um limite físico operacional que se dá, teoricamente, em cerca de 46 mil passageiros por hora/sentido. Já o metrô chega a 96 mil passageiros hora/sentido, podendo até ultrapassar isso com medidas de redução de intervalo entre as composições”, observou. Ejzenberg enfatizou ainda que os corredores de ônibus têm uma limitação pelo fato de que nem toda avenida os comporta. Já no caso do metrô, faz-se uma rede pelo subsolo.
Fonte: Agência Brasil
Postado por Meu Transporte às 19:30 0 comentários
Marcadores: Especialistas, São Paulo, trem/metrô
Investimento em transporte público é solução para trânsito de São Paulo
A frota de veículos da cidade de São Paulo ultrapassou os 7 milhões em março deste ano, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Desse total, mais de 5 milhões são automóveis, contribuindo para aumentar o problema dos congestionamentos na capital.
Segundo o consultor de engenharia de tráfego e transportes Horácio Augusto Figueira, se todos esses carros, ônibus, motos e caminhões estivessem circulando ao mesmo tempo na capital paulista, não haveria espaço suficiente para que ficassem parados um atrás do outro nas vias.
Para resolver esse problema, que afeta a vida diária do paulistano, os especialistas consultados pela Agência Brasil afirmaram que é preciso uma mudança de foco do Poder Público nas três esferas de governo: deixar de investir em asfalto e no transporte individual e passar a concentrar esforços nos veículos de massa, principalmente nos de trilhos como metrôs e trens.
“Experiências em outras cidades mostraram que o único jeito é abrir espaço para infraestrutura de transporte coletivo. Não dá mais para a gente ocupar espaço na cidade com sistema viário, com rua e estacionamento, não tem mais espaço para expandir isso. A ocupação desses espaços por automóveis individuais otimiza pouco: um automóvel, carregando uma ou duas pessoas, ocupa muito espaço. Se aproveitar esse espaço para colocar um sistema de transporte coletivo, num espaço menor, vai ser transportada uma quantidade maior de gente”, explicou Kazuo Nakano, arquiteto urbanista do Instituto Pólis.
Medidas da prefeitura
Para tentar controlar o trânsito caótico da capital, a prefeitura de São Paulo apostou em um conjunto de medidas: a restrição de tráfego de caminhões e de ônibus fretados, implantação de motofaixas nos corredores da Avenida Sumaré e da Avenida Vergueiro, ampliação de ciclovias e ciclofaixas e até operações nos corredores de ônibus para aumentar a velocidade dos coletivos. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as medidas foram acertadas, já que “houve melhora significativa nos índices de lentidão”.
Também foram realizadas obras na Marginal Tietê e inaugurados dois trechos do Rodoanel, que contorna a capital, a região metropolitana e o entorno. Segundo a Dersa - Desenvolvimento Rodoviário S.A, as obras de readequação e alargamento da Marginal Tietê foram iniciadas em 2009 e liberadas ao tráfego ao longo do ano e em 2010. Já o trecho sul do Rodoanel, sob concessão da SPMar, foi inaugurado em março de 2010, ao custo de R$ 5 bilhões, e liga a Rodovia Régis Bittencourt ao Sistema Anchieta/Imigrantes.
Segundo a SPMar, a média diária de veículos que trafegam pelo Rodoanel trecho sul é 22 mil veículos por trecho, totalizando 44 mil. Já o trecho oeste do Rodoanel, administrado pela concessionária Rodoanel Oeste, que integra as rodovias Raposo Tavares, Castello Branco, Régis Bittencourt e o sistema Anhanguera/Bandeirantes, recebe cerca de 240 mil veículos por dia.
Melhora de 22%
De acordo com a CET, as médias de lentidão registradas no segundo semestre de 2010, em comparação ao mesmo período do ano anterior, mostraram uma melhora de 22%, passando de 72,9 quilômetros para 56,9 quilômetros, das 7h às 20h. Com as restrições de caminhões, a Avenida dos Bandeirantes reduziu os congestionamentos em 69%, passando de 5,3 quilômetros para 1,6 quilômetros. Na Marginal Tietê, o ganho, segundo a CET, foi 51%, passando de 18,4 quilômetros para 8,9 quilômetros.
“Mesmo com o aumento de 22,9% na frota registrada de veículos entre os anos de 2007 e 2010, os índices de lentidão no ano passado permaneceram abaixo dos níveis registrados em 2008 e 2009. Pela primeira vez desde 2007, a média anual de lentidão nos horários de pico da manhã e da tarde ficou abaixo da casa dos 100 quilômetros, registrando uma média de 99 quilômetros em 2010”, respondeu a CET à Agência Brasil.
Quem planta asfalto colhe congestionamento
Segundo o engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Sergio Ejzenberg, o “remédio que se tem dado para a cidade não funciona”. “Quando se planta asfalto, se colhe congestionamento. Abrindo mais vias, mais se estimula o uso do automóvel”, disse Ejzenberg.
Para os três especialistas, passado praticamente um ano desde que foram entregues, as obras do Rodoanel e da Marginal Tietê já se mostram saturadas e insuficientes para conter o problema do trânsito. “Essas obras viárias na cidade foram todas inúteis. A Marginal Tietê, um ano depois, já voltou a ter congestionamento”, disse Figueira. “Se tivéssemos dobrado a nossa linha de metrô, em vez de investir no Rodoanel ou em asfalto, isso teria feito uma diferença enorme na qualidade de vida das pessoas”, ressaltou Ejzenberg.
Concentrar esforços na construção ou ampliação de vias é um “erro estratégico, um viés antissocial e antidemocrático”, afirmou Figueira. E o problema, segundo ele, é que esse modelo observado na capital, que prioriza o transporte individual, está se “replicando” em todas as cidades do país. “Todas as cidades brasileiras vão entrar em colapso nos próximos dez anos se mantivermos esse mesmo modelo do automóvel”, disse.
Ônibus, metrô e trens
Uma das soluções, segundo ele, seria o poder público investir a curto prazo no transporte de ônibus, ampliando os corredores e melhorando o serviço, e, a longo prazo, em metrôs e trens.
“Se houver alternativas, as pessoas deixam de utilizar o veículo porque o custo é muito grande: tem de colocar capital naquele bem que vai se depreciar; gasta-se combustível, que está muito caro; gasta-se estacionamento; corre-se o risco de receber multa e perde-se o tempo de deslocamento sem poder atender o telefone, fazer alguma coisa. Ao passo que se estivesse num transporte de massa digno, poderia aproveitar o tempo de deslocamento para ler um jornal, estudar, se atualizar e até dormir um pouquinho”, afirmou Ejzenberg.
Para que as pessoas sejam estimuladas a deixar o carro em casa, optando pela utilização do transporte público, Nakano afirma que a primeira necessidade é ampliar a oferta, fazendo com que ele atinja todos os pontos da cidade. O transporte também precisa ser frequente, confiável, confortável e estar integrado com as demais redes e linhas. Outra ideia defendida pelo arquiteto é a criação do pedágio urbano, cobrado pelo uso do veículo que circule, por exemplo, na área central da cidade nos horários de pico. “Esse dinheiro que será arrecadado é importante que seja convertido para investimentos no transporte público, alimentando investimentos de expansão da oferta”, ressaltou.
Mas os pedágios só podem ser implantados, segundo Nakano, na medida em que todas as regiões de São Paulo estiverem conectadas com o transporte coletivo e que as oportunidades de emprego migrem do centro da capital para as áreas mais periféricas.
Nakano acredita que os canteiros das principais avenidas da capital poderão ser utilizados para a instalação de monotrilhos e que a cidade deve investir também no transporte de motocicletas e bicicletas como uma alternativa de transporte, desde que não fiquem circulando entre os carros, o que provoca conflitos e acidentes.
Segundo Ejzenberg, São Paulo paga um preço muito alto pelos congestionamentos, o que já começou a provocar uma mudança de hábitos na população e nas empresas, que preferem perder clientes distantes de seu raio de atuação a pagar um preço alto pelo deslocamento. “São Paulo está perdendo oportunidades de negócio. A capital está deixando de ser, a longo prazo, o motor nacional, porque não anda. O custo indireto do congestionamento é a poluição e a perda da qualidade de vida, que se refletem em baixa produtividade”, afirmou.
Segundo o consultor de engenharia de tráfego e transportes Horácio Augusto Figueira, se todos esses carros, ônibus, motos e caminhões estivessem circulando ao mesmo tempo na capital paulista, não haveria espaço suficiente para que ficassem parados um atrás do outro nas vias.
Para resolver esse problema, que afeta a vida diária do paulistano, os especialistas consultados pela Agência Brasil afirmaram que é preciso uma mudança de foco do Poder Público nas três esferas de governo: deixar de investir em asfalto e no transporte individual e passar a concentrar esforços nos veículos de massa, principalmente nos de trilhos como metrôs e trens.
“Experiências em outras cidades mostraram que o único jeito é abrir espaço para infraestrutura de transporte coletivo. Não dá mais para a gente ocupar espaço na cidade com sistema viário, com rua e estacionamento, não tem mais espaço para expandir isso. A ocupação desses espaços por automóveis individuais otimiza pouco: um automóvel, carregando uma ou duas pessoas, ocupa muito espaço. Se aproveitar esse espaço para colocar um sistema de transporte coletivo, num espaço menor, vai ser transportada uma quantidade maior de gente”, explicou Kazuo Nakano, arquiteto urbanista do Instituto Pólis.
Medidas da prefeitura
Para tentar controlar o trânsito caótico da capital, a prefeitura de São Paulo apostou em um conjunto de medidas: a restrição de tráfego de caminhões e de ônibus fretados, implantação de motofaixas nos corredores da Avenida Sumaré e da Avenida Vergueiro, ampliação de ciclovias e ciclofaixas e até operações nos corredores de ônibus para aumentar a velocidade dos coletivos. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as medidas foram acertadas, já que “houve melhora significativa nos índices de lentidão”.
Também foram realizadas obras na Marginal Tietê e inaugurados dois trechos do Rodoanel, que contorna a capital, a região metropolitana e o entorno. Segundo a Dersa - Desenvolvimento Rodoviário S.A, as obras de readequação e alargamento da Marginal Tietê foram iniciadas em 2009 e liberadas ao tráfego ao longo do ano e em 2010. Já o trecho sul do Rodoanel, sob concessão da SPMar, foi inaugurado em março de 2010, ao custo de R$ 5 bilhões, e liga a Rodovia Régis Bittencourt ao Sistema Anchieta/Imigrantes.
Segundo a SPMar, a média diária de veículos que trafegam pelo Rodoanel trecho sul é 22 mil veículos por trecho, totalizando 44 mil. Já o trecho oeste do Rodoanel, administrado pela concessionária Rodoanel Oeste, que integra as rodovias Raposo Tavares, Castello Branco, Régis Bittencourt e o sistema Anhanguera/Bandeirantes, recebe cerca de 240 mil veículos por dia.
Melhora de 22%
De acordo com a CET, as médias de lentidão registradas no segundo semestre de 2010, em comparação ao mesmo período do ano anterior, mostraram uma melhora de 22%, passando de 72,9 quilômetros para 56,9 quilômetros, das 7h às 20h. Com as restrições de caminhões, a Avenida dos Bandeirantes reduziu os congestionamentos em 69%, passando de 5,3 quilômetros para 1,6 quilômetros. Na Marginal Tietê, o ganho, segundo a CET, foi 51%, passando de 18,4 quilômetros para 8,9 quilômetros.
“Mesmo com o aumento de 22,9% na frota registrada de veículos entre os anos de 2007 e 2010, os índices de lentidão no ano passado permaneceram abaixo dos níveis registrados em 2008 e 2009. Pela primeira vez desde 2007, a média anual de lentidão nos horários de pico da manhã e da tarde ficou abaixo da casa dos 100 quilômetros, registrando uma média de 99 quilômetros em 2010”, respondeu a CET à Agência Brasil.
Quem planta asfalto colhe congestionamento
Segundo o engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Sergio Ejzenberg, o “remédio que se tem dado para a cidade não funciona”. “Quando se planta asfalto, se colhe congestionamento. Abrindo mais vias, mais se estimula o uso do automóvel”, disse Ejzenberg.
Para os três especialistas, passado praticamente um ano desde que foram entregues, as obras do Rodoanel e da Marginal Tietê já se mostram saturadas e insuficientes para conter o problema do trânsito. “Essas obras viárias na cidade foram todas inúteis. A Marginal Tietê, um ano depois, já voltou a ter congestionamento”, disse Figueira. “Se tivéssemos dobrado a nossa linha de metrô, em vez de investir no Rodoanel ou em asfalto, isso teria feito uma diferença enorme na qualidade de vida das pessoas”, ressaltou Ejzenberg.
Concentrar esforços na construção ou ampliação de vias é um “erro estratégico, um viés antissocial e antidemocrático”, afirmou Figueira. E o problema, segundo ele, é que esse modelo observado na capital, que prioriza o transporte individual, está se “replicando” em todas as cidades do país. “Todas as cidades brasileiras vão entrar em colapso nos próximos dez anos se mantivermos esse mesmo modelo do automóvel”, disse.
Ônibus, metrô e trens
Uma das soluções, segundo ele, seria o poder público investir a curto prazo no transporte de ônibus, ampliando os corredores e melhorando o serviço, e, a longo prazo, em metrôs e trens.
“Se houver alternativas, as pessoas deixam de utilizar o veículo porque o custo é muito grande: tem de colocar capital naquele bem que vai se depreciar; gasta-se combustível, que está muito caro; gasta-se estacionamento; corre-se o risco de receber multa e perde-se o tempo de deslocamento sem poder atender o telefone, fazer alguma coisa. Ao passo que se estivesse num transporte de massa digno, poderia aproveitar o tempo de deslocamento para ler um jornal, estudar, se atualizar e até dormir um pouquinho”, afirmou Ejzenberg.
Para que as pessoas sejam estimuladas a deixar o carro em casa, optando pela utilização do transporte público, Nakano afirma que a primeira necessidade é ampliar a oferta, fazendo com que ele atinja todos os pontos da cidade. O transporte também precisa ser frequente, confiável, confortável e estar integrado com as demais redes e linhas. Outra ideia defendida pelo arquiteto é a criação do pedágio urbano, cobrado pelo uso do veículo que circule, por exemplo, na área central da cidade nos horários de pico. “Esse dinheiro que será arrecadado é importante que seja convertido para investimentos no transporte público, alimentando investimentos de expansão da oferta”, ressaltou.
Mas os pedágios só podem ser implantados, segundo Nakano, na medida em que todas as regiões de São Paulo estiverem conectadas com o transporte coletivo e que as oportunidades de emprego migrem do centro da capital para as áreas mais periféricas.
Nakano acredita que os canteiros das principais avenidas da capital poderão ser utilizados para a instalação de monotrilhos e que a cidade deve investir também no transporte de motocicletas e bicicletas como uma alternativa de transporte, desde que não fiquem circulando entre os carros, o que provoca conflitos e acidentes.
Segundo Ejzenberg, São Paulo paga um preço muito alto pelos congestionamentos, o que já começou a provocar uma mudança de hábitos na população e nas empresas, que preferem perder clientes distantes de seu raio de atuação a pagar um preço alto pelo deslocamento. “São Paulo está perdendo oportunidades de negócio. A capital está deixando de ser, a longo prazo, o motor nacional, porque não anda. O custo indireto do congestionamento é a poluição e a perda da qualidade de vida, que se refletem em baixa produtividade”, afirmou.
Fonte: Estado de Minas
Postado por Meu Transporte às 19:30 0 comentários
Marcadores: São Paulo
No Rio, Inaugurado o 1º viaduto da Transoeste no Recreio e apresentado modelo de ônibus articulado BRT
sábado, 30 de abril de 2011
O prefeito Eduardo Paes inaugurou neste sábado, dia 30, a primeira obra da Transoeste: o viaduto Capitão de Mar e Guerra Orlando Raso, na Avenida das Américas, no cruzamento com a Avenida Salvador Allende, no Recreio dos Bandeirantes. Essa é uma das mais importantes intervenções da construção do corredor expresso, com BRTs (Bus Rapid Transit), que ligará a Barra da Tijuca a Campo Grande e Santa Cruz. O novo viaduto tem cerca de 250 metros em cada sentido e foi construído em nove meses. Outra etapa da obra inclui ainda um outro viaduto (sobre o canal das Taxas) e o túnel da Grota Funda.
Durante a inauguração foi apresentado um ônibus articulado que vai trafegar na via exclusiva do BRT da Transoeste.
A Transoeste é um corredor exclusivo para ônibus articulados (BRTs), que vai reduzir pela metade o tempo médio de viagem entre os três bairros (Barra da Tijuca/Campo Grande/Santa Cruz). Além disso, é um dos três corredores que compõem o projeto de preparação viária da cidade para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ao lado da Transcarioca e da Transolímpica.
Durante a inauguração, o prefeito Eduardo Paes, acompanhado de vários secretários municipais e de familiares do CMG Orlando Raso, destacou a importância desse novo corredor expresso para a cidade e falou sobre as mudanças que serão sentidas pela população já com a inauguração do novo viaduto:
- Essa é a primeira grande marca de uma super obra que é a Transoeste. É uma mudança na lógica de transporte na cidade. Quem demora duas horas para vir da Zona Oeste para a Barra da Tijuca vai passar a vir em 40 minutos e junto com essa obra de BRT existem uma série de obras viárias que melhoram muito o trânsito. Esse é um cruzamento tradicionalmente problemático e que sem dúvida vai melhorar. Estamos entregando hoje uma parte da obra, que ainda tem mais uns cinco viadutos como esse, mas a população já vai sentir os impactos dessa mudança a partir de hoje.
O prefeito falou também das vantagens deste novo sistema de transporte.
- Os BRTs representam a maior revolução da cidade do Rio de Janeiro. Hoje a cidade carrega só 15% da população em transporte de alta capacidade, mas quando os BRTs estiverem prontos esse número aumentará para 50%. Os ônibus articulados funcionam como um vagão de metrô. Haverá faixa exclusiva para o trânsito desses veículos, o bilhete será comprado na estação fora dos ônibus, e os veículos serão mais confortáveis e com ar condicionado. É esse o padrão que queremos para a nossa cidade.
O viaduto Capitão de Mar e Guerra Orlando Raso é uma expectativa antiga dos moradores e das pessoas que passam diariamente por aquela região da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes. Ele elimina o cruzamento e os sinais de trânsito das avenidas das Américas e Salvador Allende, possibilitando a passagem direta dos veículos e eliminando as retenções diárias ocasionadas pela parada nos sinais antes existentes. A elevação da via também ajuda a amenizar os congestionamentos que acontecem nos horários de pico.
O secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, explicou como o novo viaduto vai beneficiar os motoristas:
- Essa obra consiste na execução de dois viadutos, em que acabamos com interseção semaforizada, o que vai melhorar muito esse cruzamento da Avenida Salvador Allende com a Avenida das Américas, permitindo uma maior fluidez e deslocamento das pessoas para casa ou trabalho mais rapidamente. Esse primeiro trecho entregue vai reduzir aproximadamente em dez minutos o trajeto no horário de pico.
Para orientar os motoristas nesse novo trajeto, que passa a funcionar a partir deste sábado, a Prefeitura instalou dois painéis de mensagens variáveis móveis e contará com a atuação de 30 agentes de trânsito, entre guardas municipais e controladores de tráfego. De acordo com a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego), passam diariamente pelo cruzamento aproximadamente 211 mil veículos, sendo 157 mil na Avenida das Américas e 54 mil na Salvador Allende.
Após a cerimônia de inauguração, o prefeito entregou à viúva do CGM Orlando Raso uma réplica em miniatura do viaduto e convidou à população a visitar um modelo de ônibus articulado que estava no local.
Transoeste - A via de 56 quilômetros com corredor BRT vai ligar o Jardim Oceânico (próximo à Linha 4 do Metrô que está em construção) até as estações de trem de Campo Grande e Santa Cruz. O valor total de investimento nas obras é de R$ 800 milhões e a previsão é de que as obras sejam concluídas no primeiro semestre de 2012. O sistema BRT da Transoeste é totalmente segregado do tráfego geral, composto por linhas expressas e paradoras.
CMG Orlando Raso - falecido em 2006, o Capitão de Mar e Guerra foi importante líder da Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes. Desde os anos 70 atuou ativamente buscando melhorias e tentando resolver os problemas daquela região. Oficial da Marinha altamente condecorado, foi morador pioneiro no Recreio.
Fonte: Prefeitura do Rio
Postado por Meu Transporte às 18:10 0 comentários
Marcadores: B R T, Rio de Janeiro
Em Fortaleza, Prorrogada validade da carteira estudantil
Mais uma vez a validade das carteiras estudantis de 2010 foi prorrogada. Agora os alunos poderão utilizar a carteira antiga até o dia 14 de maio. A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) espera que dentro desse prazo todos os problemas relacionados ao documento possam ser solucionados, pelas entidades estudantis, e os 50 mil alunos com a situação pendente possam receber o seu cartão.
A decisão de prorrogar o prazo de validade, que antes estava programado para amanhã, 1º de maio, veio através de uma reunião entre a Etufor e as entidades estudantis, na manhã de ontem, em que verificaram a necessidade de oferecer mais tempo para que a confirmação da matrícula, entre outros problemas, sejam solucionados.
"Pensando no melhor para os estudantes de Fortaleza achamos por bem aumentar o prazo em 15 dias, para que todas as pendências sejam resolvidas e assim todos possam utilizar suas novas carteiras de estudante", explicou o presidente da Etufor, Ademar Gondim.
Ele comentou que a principal preocupação da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza é com os estudantes que já pediram a sua carteira, mas ainda não receberam. Principalmente aqueles que realizaram o pedido até o dia 15 de março. "Não queremos que os alunos tenham a necessidade de ir até a sede da Etufor para pegar o seu documento e sim que eles recebam no local em que estudam", completou.
Segundo o presidente essa é a última vez em que o prazo será prorrogado este ano. Pois foi realizada uma analise e essas duas semanas serão o suficiente para que todos entraves possam ser sanados.
Para acompanhar a situação dos alunos e de entidades estudantis, a Etufor vai mandar equipes para escolas e universidades. Dessa forma essa equipe também poderá ajudar em qualquer eventualidade.
Gondim lembrou que os estudantes que ainda não realizaram o pedido da carteira de estudante 2011 ainda podem faze-lo. "Quanto mais rápido pedir mais cedo ele receberá o documento", concluiu o presidente da Etufor.
O pedido pode ser feito na sua instituição de ensino, entidade estudantil ou na sede da Etufor. Os documentos necessários são: declaração de matrícula, foto 3X4, identidade ou certidão de nascimento.
A nova carteira será entregue aos alunos veteranos programada para valer a partir do dia 15 de maio. Os novatos, que não têm carteira de estudante antiga receberão o documento desbloqueado, pronto para o uso.
Alívio
O estudante Roger Mendonça afirmou que está bastante aliviado com o aumento do prazo de validade da sua nova carteira de estudante. "Eu já estava com medo de não ter o direito a meia passagem no ônibus ou ter que pagar a inteira no cinema a partir do dia 1º de maio".
Mendonça espera não termais nenhum problema para receber a sua carteira dentro do novo prazo estabelecido. "Não é possível que tudo não seja resolvido rapidamente", disse.
A decisão de prorrogar o prazo de validade, que antes estava programado para amanhã, 1º de maio, veio através de uma reunião entre a Etufor e as entidades estudantis, na manhã de ontem, em que verificaram a necessidade de oferecer mais tempo para que a confirmação da matrícula, entre outros problemas, sejam solucionados.
"Pensando no melhor para os estudantes de Fortaleza achamos por bem aumentar o prazo em 15 dias, para que todas as pendências sejam resolvidas e assim todos possam utilizar suas novas carteiras de estudante", explicou o presidente da Etufor, Ademar Gondim.
Ele comentou que a principal preocupação da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza é com os estudantes que já pediram a sua carteira, mas ainda não receberam. Principalmente aqueles que realizaram o pedido até o dia 15 de março. "Não queremos que os alunos tenham a necessidade de ir até a sede da Etufor para pegar o seu documento e sim que eles recebam no local em que estudam", completou.
Segundo o presidente essa é a última vez em que o prazo será prorrogado este ano. Pois foi realizada uma analise e essas duas semanas serão o suficiente para que todos entraves possam ser sanados.
Para acompanhar a situação dos alunos e de entidades estudantis, a Etufor vai mandar equipes para escolas e universidades. Dessa forma essa equipe também poderá ajudar em qualquer eventualidade.
Gondim lembrou que os estudantes que ainda não realizaram o pedido da carteira de estudante 2011 ainda podem faze-lo. "Quanto mais rápido pedir mais cedo ele receberá o documento", concluiu o presidente da Etufor.
O pedido pode ser feito na sua instituição de ensino, entidade estudantil ou na sede da Etufor. Os documentos necessários são: declaração de matrícula, foto 3X4, identidade ou certidão de nascimento.
A nova carteira será entregue aos alunos veteranos programada para valer a partir do dia 15 de maio. Os novatos, que não têm carteira de estudante antiga receberão o documento desbloqueado, pronto para o uso.
Alívio
O estudante Roger Mendonça afirmou que está bastante aliviado com o aumento do prazo de validade da sua nova carteira de estudante. "Eu já estava com medo de não ter o direito a meia passagem no ônibus ou ter que pagar a inteira no cinema a partir do dia 1º de maio".
Mendonça espera não termais nenhum problema para receber a sua carteira dentro do novo prazo estabelecido. "Não é possível que tudo não seja resolvido rapidamente", disse.
Postado por Meu Transporte às 18:10 0 comentários
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