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Linhas da EMTU de Taboão da Serra ganharão novos ônibus

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Três linhas gerenciadas pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e operadas pela Viação Pirajuçara vão ganhar 20 novos ônibus para renovar a frota em Taboão da Serra, Embu das Artes e na capital paulista.

Os novos veículos terão acessibilidade por meio de elevadores, ar-condicionado, entradas USB para carregar celulares e vidros para reduzir efeitos de raios Ultravioleta (UV).

Atualmente, os ônibus estão na empresa em fase final de preparação e devem entrar em operação nos próximos dias.

Linhas atendidas
De acordo com informações, 10 ônibus possuem três portas do lado direito e irão atender as linhas 841 – Embu das Artes (Jd. Valo verde)/São Paulo (Metrô Vila Sônia) e 845 – Taboão da Serra (Condomínio João Cândido) / São Paulo (Metrô Campo Limpo).

Os outros 10 possuem cinco portas, sendo três do lado direito e duas do lado esquerdo para transitar por corredores exclusivos de ônibus. Eles irão atender a linha 078 – Embu das Artes (Pq. Pirajuçara) / São Paulo (Metrô Vila Sônia).

Informações: Gazeta SP


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BRT começa a operar em Goiânia na próxima semana; veja linhas exclusivas

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Após uma série de adiamentos, o sistema do BRT Norte-Sul começa a operar em Goiânia no dia 31 de agosto, com as primeiras viagens previstas para às 4h30 da manhã, conforme informou a prefeitura da capital. O serviço contará com cinco linhas exclusivas que atravessam a cidade de ponta a ponta em 29,6 km, ligando o Terminal Veiga Jardim, em Aparecida de Goiânia, até o Parque Atheneu, passando por importantes terminais como Cruzeiro, Isidória, Paulo Garcia, Hailé Pinheiro e Recanto do Bosque. Estarão integradas ao corredor BRT, 121 linhas continuadas do transporte público de Goiânia. 

Os últimos detalhes para início da operação e inauguração do serviço foram definidos em reunião na tarde desta quinta-feira (22/8) entre gestores do Paço e da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). O Bus Rapid Transit (BRT) é um sistema de transporte coletivo de alta capacidade que opera em corredores exclusivos, o que permite maior velocidade e, consequentemente, redução no tempo de deslocamento e mais conforto durante as viagens.
 
As cinco linhas exclusivas do BRT Norte-Sul são as seguintes: NS 1: T. Veiga Jardim - T. Paulo Garcia; NS 2: T. Veiga Jardim - T. Paulo Garcia - Semi-expresso; NS 3: Atheneu - T. Paulo Garcia; NS 4: T. Recanto do Bosque - Praça Cívica; NS 5: T. Recanto do Bosque - T. Paulo Garcia.
 
O ex-presidente da CMTC e consultor de implantação do sistema, Tarcísio Abreu, explica que as linhas foram estrategicamente planejadas para cobrir as regiões de maior demanda. “Dentro do projeto da Nova RMTC, fizemos o Novo Planejamento Operacional (NPO). Assim, foi redefinido todo um estudo de origem e destino dos passageiros que utilizam as linhas que agora irão compor o BRT Norte-Sul”, diz.
 
O consultor também deu detalhes sobre o planejamento das linhas exclusivas do BRT. “Utilizamos a nomenclatura de linhas NS (Norte-Sul) 1, 2, 3, 4 e 5, para remeter à nomenclatura de metrô. Cada linha dessa tem um objetivo de atendimento”, pontua. 
 
O presidente da CMTC, Murilo Ulhôa, destaca a importância da inauguração do BRT. “Estamos trabalhando em conjunto para entregar o BRT em operação no dia 31 de agosto. Tenho certeza de que essa inauguração vai ser um marco na história da nossa capital, porque é uma obra que nós estamos aguardando há muitos anos”, ressalta.
 
Estrutura
O corredor de 29,6 km, que intercepta o Eixo Anhanguera no centro da cidade, foi planejado para atender às regiões de maior demanda e será operado por 60 veículos de 14 metros, equipados com ar-condicionado e portas em ambos os lados. A nova frota, definida pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), inclui dez veículos elétricos do modelo Super Padron, 100% nacional, com ar-condicionado, carregador de celular e Wi-Fi. O sistema é estruturado no modelo tronco-alimentado da RMTC.
 
As linhas semiexpressas do BRT atenderão o tramo Sul e permitirão viagens mais rápidas, com uma velocidade média de 26 km/h, contra 22 km/h das linhas paradoras. Por exemplo, uma viagem entre o Terminal Veiga Jardim e o Terminal Paulo Garcia será 8 minutos mais rápida pela linha expressa NS2 em comparação com a NS1. A operação dessas linhas será otimizada para maior fluxo de passageiros, com retornos sem paradas no sentido de contrafluxo.
A frequência de serviço também será um diferencial. Nos horários de pico, os ônibus sairão do Terminal Veiga Jardim a cada 3 minutos, e a mesma frequência será mantida nos Terminais Cruzeiro e Isidória. No Terminal Paulo Garcia, a frequência será de 4 minutos, e no Terminal Recanto do Bosque, de 5 minutos. No Parque Atheneu, o intervalo será de 10 minutos. Esse planejamento visa atender à alta demanda de maneira rápida e eficiente, garantindo um ganho de tempo de viagem entre 30% e 40% em relação ao transporte convencional.
 
A expectativa é de que o BRT Norte-Sul atenda a cerca de 1,2 milhão de viagens por mês, percorrendo aproximadamente 500 mil km.
 
Modernização
A nova frota de veículos que vão operar no BRT Norte-Sul faz parte do investimento em modernização do transporte público, uma iniciativa financiada pela Prefeitura de Goiânia, em parceria com outras prefeituras e o governo de Goiás, sem reajuste nas tarifas. 
 
A prefeitura da capital contribui com 41,2% do valor total, o que representa um aporte mensal de R$ 21,5 milhões. A obra do BRT Norte-Sul, a maior intervenção de mobilidade urbana da história de Goiânia, foi iniciada em 2015 e enfrentou paralisações em gestões anteriores, com previsão inicial de entrega para 2019. Agora, o novo sistema chega para transformar o transporte público, oferecendo mais eficiência e sustentabilidade, além de reduzir o tempo de deslocamento para a população. 
 
O sistema de informação presente nos terminais do BRT Norte-Sul, baseado no aplicativo SimRMTC, também se destaca pela modernidade. Com painéis eletrônicos, sinalização sonora e displays, os passageiros terão acesso a informações em tempo real para auxiliar no planejamento das viagens. 

Informações: A Redação

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BRT Metropolitano de Belém está com 65% das obras concluídas

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

O Governo do Pará intensificou os esforços em direção à mobilidade urbana sustentável para a Região Metropolitana de Belém, com a aquisição de 40 ônibus elétricos e a progressão significativa das obras do BRT Metropolitano, que chegou a marca de 65% de sua conclusão.

No início do mês, o governador do Pará, Helder Barbalho, conheceu a Lat.Bus Transpúblico 2024, a maior feira de transporte coletivo e mobilidade da América Latina, realizada em São Paulo, onde pode acompanhar de perto o modelo de ônibus elétrico que estará à disposição da população paraense a partir de 2025. 

O governo estadual realizou um investimento para a aquisição de 40 unidades do veículo elétrico e 225 ônibus Euro 6. Todos os modelos dos transportes adquiridos pelo Governo do Pará contam com ar-condicionado, Wi-Fi, tomada de energia e ferramentas de acessibilidade.

Na expectativa para a mudança da realidade da mobilidade urbana da Região Metropolitana de Belém, o morador de Ananindeua, Felipe Almeida, espera que os novos veículos elétricos possam trazer mais dignidade aos usuários do sistema, além de contribuir para a redução de emissão de carbono.

“A minha expectativa é que a nova frota possa trazer um pouco mais de conforto aos passageiros, além de benefícios ao meio ambiente, pois já é de praxe encontrar veículos sem manutenção alguma, com peças internas quebradas, extremo calor e lotação”, destacou Felipe.

Os novos ônibus representam um avanço notável em termos de sustentabilidade, incorporando tecnologias que minimizam a emissão de carbono e melhoram a qualidade do ar. “Estamos comprometidos em transformar a mobilidade urbana em Belém, não apenas para melhorar o trânsito, mas para garantir um futuro mais sustentável” afirmou Helder Barbalho.

A escolha por veículos elétricos reflete uma política ambiental consciente, alinhada com as metas globais de sustentabilidade e preparando a região para ser uma vitrine durante a COP 30.

Além da comodidade dos novos veículos, o sistema do BRT Metropolitano vai resolver um problema histórico de mobilidade urbana na região que liga os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba. Com pistas exclusivas para os ônibus que integram o sistema, além da redução do tempo de viagem dos cidadãos que precisam utilizar o transporte público.

“Eu espero melhorias na logística de trânsito, no ir e vir, de casa para o trabalho. O povo se arrisca indo de madrugada para pegar os ônibus no final da linha para poder ir sentado, isso tem sido um tormento para o povo que usa o transporte coletivo”, contou Cristhian Martins, morador de Marituba. 

No primeiro semestre de 2024, a obra alcançou a marca de 65% do total executado. As pistas de concreto, que são os corredores exclusivos dos ônibus do BRT, estão 80% executadas e os túneis, 100% prontos.

Legado da COP 30

A realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) em Belém, em novembro de 2025, é uma oportunidade para demonstrar ao mundo as iniciativas locais que estão voltadas para o desenvolvimento sustentável. O BRT Metropolitano é uma peça central neste panorama, que não apenas vais facilitar o deslocamento dentro da região metropolitana, como também servir como um modelo de transporte público eficiente e ecológico. 

Os terminais integrados em Ananindeua e Marituba e as novas infraestruturas como passarelas, viadutos e arborização complementam o projeto, garantindo que o legado da COP 30 perdure por gerações.

Informações: Diário do Pará

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Brasil se aproxima de 600 ônibus elétricos no transporte público, mas Chile lidera com 2,4 mil

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Visto como uma forma de reduzir a emissão de dióxido de carbono — um dos principais gases do efeito estufa — pelo transporte público, o ônibus elétrico integra a frota de cidades de 11 países na América Latina, segundo o E-Bus Radar, plataforma desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Técnica da Dinamarca. O Brasil é o quarto país com mais veículos do tipo na região, mas tem apenas 578.

Chile (2.456), Colômbia (1.590) e México (752) ocupam as primeiras posições. De acordo com levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a frota nacional conta com 107 mil ônibus para o transporte público, de modo que os elétricos representam apenas 0,5% do total.

Os 578, que incluem 276 veículos movidos a bateria e 302 trólebus (que obtém energia de linhas aéreas), estão espalhados por cinco estados (Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia) e o Distrito Federal. A capital paulista é a cidade com mais ônibus elétricos no transporte público, com 381.

O E-Bus Radar estima que com a quantidade atual, será evitada a emissão de 61,05 quilotons de dióxido de carbono por ano.

Cada país signatário do Acordo de Paris, como o Brasil, estabeleceu metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada. A Contribuição brasileira estabelece que o país deve reduzir as suas emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.

O Brasil também se comprometeu em alcançar emissões líquidas neutras até 2050, ou seja, tudo que o país emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas ou recuperação de biomas. Os gases do efeito estufa contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Nesse cenário, o ônibus elétrico aparece como uma ferramenta importante. Porém, para sua implementação no transporte público no território brasileiro, há uma série de desafios a serem superados, e isso tem impedido sua disseminação nas frotas em ritmo acelerado no país.

Entre os desafios, estão o custo mais elevado que o dos ônibus convencionais, a necessidade de preparação da rede elétrica das cidades para suportar maior consumo de energia e a importância de capacitar pessoas para fazer a manutenção dos novos veículos.

O economista Wesley Ferro, secretário-executivo do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (Instituto MDT), explica que o ônibus a bateria "custa na faixa de R$ 3 milhões, R$ 3,5 milhões". Já um ônibus a diesel convencional, mesmo com motor de tecnologia mais moderna, que possui um nível de emissões de gases menor, está na faixa de R$ 800 mil.

"A diferença [de preço] entre um ônibus e outro é grande. Então o volume de recursos que precisa para investimento em frota é muito mais alto", pontua o especialista.

Ele salienta que você comprar um ônibus de R$ 3,5 milhões e colocá-lo para operar em uma cidade que não tem infraestrutura exclusiva para ônibus nem recursos assegurados para o financiamento do transporte público, como é caso da maioria ou todas as cidades brasileiras, "é um investimento de alto risco". Dessa forma, muitas vezes, a preferência dos governos locais acaba sendo por investir num ônibus que não terá emissão zero de gases, mas possui motor Euro 6, por exemplo, que emite muito menos que outros mais antigos.

Em relação à preparação da rede elétrica das cidades, ele ressalta que São Paulo, por exemplo, estabeleceu uma meta para ter 2.600 ônibus elétricos na frota municipal até o final de 2024, mas não conseguiu avançar rapidamente para alcançá-la. O motivo é porque esbarrou "num grande problema": a necessidade de investimentos em infraestrutura de instalação para garantir o fornecimento de energia para os veículos que estão sendo implementados.

"Os estudos técnicos que foram feitos lá em São Paulo mostraram que se você tivesse 50 ônibus carregando ao mesmo tempo durante um período em determinada região, você derrubava a energia do restante da população toda".

O doutor em transportes Pastor Willy Gonzales Taco, líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias (GCTNT), da Universidade de Brasília, reforça que os ônibus elétricos vão consumir a mesma energia que já é consumida na cidade para vários tipos de uso.

"Como as cidades [brasileiras] estão preparadas para isso? Ninguém se preparou para isso. E aí entra um concorrente, que vem a ser os veículos particulares de passeio, que já consomem energia, iria ter um bom número de veículos elétricos percorrendo as vias".

Para o especialista, é preciso "compreender as potencialidades de produção energética de cada cidade. Cada cidade tem sua característica. Alguns municípios Brasil já estão implementando há um bom tempo outros tipos de energia para sustentar os veículos. Biodiesel e assim vai".

Ele salienta que o planejamento do município para comprar ônibus elétricos precisa considerar ainda o fato de que o modelo pode já se tornar ultrapassado no ano seguinte, visto que a tecnologia avança rapidamente.

Autonomia
De acordo com Wesley Ferro, a autonomia dos ônibus elétricos com bateria é menor que dos ônibus convencionais.

"Esses primeiros ônibus elétricos que foram incorporados nas redes, nas cidades, eles têm a autonomia muito baixa, na faixa de 200 km, no máximo 250 km. Portanto, para operarem, eles são colocados em linhas muito específicas, que são linhas com extensões menores", afirma. As linhas costumam também não ter muitas subidas.

No caso do trólebus, há a questão de ser pouco flexível, por depender da rede elétrica. A circulação fica restrita a vias que possuam rede aérea de energia.

Falando sobre as experiências internacionais, o secretário-executivo do Instituto MDT diz que o Chile e a Colômbia já estão no processo de eletrificação do transporte público há mais tempo que o Brasil. Em Bogotá, capital colombiana, a multinacional italiana Enel, que atua no ramo de geração e distribuição de eletricidade e gás, ajuda na compra de ônibus elétrico e distribui para operadores.

Investimentos em transporte público
O transporte público por si só é uma forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, porque diminui o número de veículos particulares em circulação.

Segundo o relatório de síntese sobre o diálogo técnico do primeiro balanço global do Acordo de Paris, publicado pelo secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas em setembro de 2023, o transporte contribui com aproximadamente 15% das emissões globais de gases do efeito estufa, e a eliminação gradual de motores de combustão interna e o uso de veículos elétricos "oferecem o maior potencial de mitigação no setor".

"Além disso, intervenções do lado da demanda, como a mudança de modos de transporte (por exemplo, para caminhar e usar o transporte público), serão essenciais no contexto de repensar a mobilidade".

A organização ambientalista World Resources Institute, de Washington, nos Estados Unidos, ressalta que ônibus e trens podem diminuir as emissões de gases de efeito estufa em até dois terços por passageiro por quilômetro em comparação com os veículos particulares.

Entretanto, o Orçamento da União de 2024 prevê um percentual pequeno de despesas com apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e capacitação de recursos humanos para transportes coletivos urbanos, as ações orçamentárias mais específicas sobre transporte público.

As dotações atuais são de R$ 140,4 milhões, R$ 591 milhões e R$ 1,2 milhão, respectivamente, representando somadas 0,01% dos R$ 5,39 trilhões previstos pelo Orçamento com despesas. Dos totais, R$ 88,5 milhões, R$ 111,5 milhões e R$ 283,5 mil foram realizados até o momento.

Em relação às emendas parlamentares, dos 213 congressistas da Frente Parlamentar Mista do Transporte Público, apenas o deputado Marcello Crivella (Republicanos-RJ) direcionou quantia para alguma dessas ações orçamentárias, sendo R$ 400 mil para apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano. A dotação atualizada total das emendas dos parlamentares da frente é de R$ 8,6 bilhões.

Ainda em relação às emendas, no total, são direcionados R$ 17,1 milhões para funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, com as bancadas de Goiás e Rio Grande do Norte tendo direcionados montantes também.

Para Wesley Ferro, o tema do transporte público ainda está distante da agenda de prioridades do setor público no Brasil.

Também, de acordo com ele, apesar de alguns processo estarem em andamento, como a discussão da renovação de frota elétrica, a chegada de linhas de financiamento de parceiros e bancos, como o BNDES, e a discussão de um marco legal para o transporte público (proposta tramitando no Senado), a política de mobilidade urbana "não é prioridade" do governo federal nem dos estados e municípios.

"Faltam recursos, falta qualificação de corpo técnico, faltam projetos qualificados para serem implementados", pontua.

Wesley ressalta que, historicamente, o sistema de transporte público no país "foi sempre financiado basicamente pela tarifa paga pelos usuários".

"A receita gerada nas catracas era a única fonte de financiamento do sistema de transporte público. Então servia para custear o sistema, manter o sistema em operação, e minimamente para fazer algum nível de investimento".

Com a queda da demanda durante a pandemia, mas necessidade de manter a oferta do serviço, visto que trabalhos essenciais não pararam, a fragilidade do modelo ficou evidente. A Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, acrescenta Wesley, "já apontava alguns caminhos que deveriam ser adotados para você mudar esse quadro, ter financiamento para o transporte público". Porém, para os instrumentos de gestão de política de mobilidade urbana apresentados serem implementados nas cidades, eles pressupõem "que você compre algumas brigas dentro da cidade".

É possível, por exemplo, a taxação do uso do automóvel dentro dos municípios. "Mas esse é um caminho que os gestores evitam. Ninguém quer que se indispor com determinados setores da sociedade".

O secretário-executivo do Instituto MDT salienta ainda que a transição energética não resolve "o problema do transporte público no Brasil", ou seja, você reduz emissões, pode estar cumprindo metas pactuadas nos acordos internacionais, mas se o transporte público continuar sem infraestrutura exclusiva para circulação nas cidades, como faixas e corredores exclusivos, corre-se o risco de ter uma frota eletrificada presa em congestionamento.

"Portanto, a infraestrutura tem o poder de contribuir também para a redução de emissões, num nível muito próximo do que você imagina com a substituição da frota por outra matriz".

O Instituto MDT apoia a implementação, no país, de um Sistema Único de Mobilidade. "A gente defende que esse é um caminho para que o transporte público possa ser de fato o grande estruturador das cidades e a grande prioridade das gestões públicas".

Na opinião de Taco, a atenção dos congressistas e do governo federal ao transporte público "está mais voltada à questão dos subsídios".

"Quando você vê as diversas demandas que se tem, é justamente mais voltada para os subsídios, ou seja, para atender os custos derivados da operação do transporte. Em termos especificamente de infraestrutura, tem havido uma paralisação ao longo dos anos".

Segundo o líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias, ao se observar os investimentos que os municípios fazem, salvo exceções e algumas grandes regiões metropolitanas, percebe-se que eles estão voltados mais para infraestrutura para o carro do que ao transporte público.

Atuação do BNDES
Em maio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que financiará a renovação da frota de ônibus em municípios brasileiros. "Ao todo, serão investidos R$ 4,5 bilhões para aquisição de 1.034 ônibus elétricos e 1.149 ônibus Euro 6, que reúnem o que há de mais moderno no mundo em termos de eficiência energética e baixo consumo de combustível", acrescentou o comunicado.

O banco explicou que a renovação de frota com veículos sustentáveis é uma das modalidades do Novo PAC Seleções. Ela prevê a destinação de R$ 10,5 bilhões para a aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 ônibus Euro 6 e 39 trens para atender 98 municípios. "Além do financiamento do BNDES, no valor de R$ 4,5 bilhões, a Caixa Econômica Federal financiará 39 trens, 1.495 ônibus elétricos e 1.633 ônibus Euro 6, com investimento de R$ 6 bilhões para essa modalidade".

A diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, Luciana Costa, reforça algumas das dificuldades para implementação do ônibus elétrico no transporte público, como o custo bem mais elevado para compra do veículo. Luciana ressaltou vantagens dele em relação ao convencional: possui um custo de manutenção cerca de 80% menor; custo de operação "muito menor", porque energia elétrica é muito mais barata do que diesel; ajuda o país no cumprimento do Acordo de Paris, por não emitir gases do efeito estufa; é silencioso; e não emite poluentes.

Conforme a diretora, diante desses benefícios, o investimento em eletromobilidade, embora ele seja maior inicialmente, "é um investimento que se repaga". Ela pondera que, em alguns lugares no país, ainda não caberá uma frota eletrificada, porque as prefeituras brasileiras têm capacidades financeiras muito diferentes entre si.

Luciana salienta que o Brasil possui "um grande déficit" de infraestrutura de mobilidade urbana, estimado pelo BNDES em R$ 360 bilhões.

"Em 2022, foi investido 0,06% do PIB em mobilidade urbana nos modais de média e alta capacidade. Dentro desse número de R$ 360 bilhões, a gente não considera ônibus. A gente só considera metrô, VLT", explicou. A meta do banco é elevar o percentual de investimento para 0,25% do PIB.

Segundo Luciana, "o histórico de investimento no Brasil, seja em média e alta capacidade, seja em ônibus, é de instabilidade, imprevisibilidade e insuficiência. Por isso que essa pauta de mobilidade urbana, desde que essa gestão assumiu o BNDES, se tornou uma das grandes prioridades, nós sabemos que o desafio é enorme".

O banco está realizando um estudo nacional de mobilidade urbana para identificar qual seria a estrutura de média e alta capacidade que deveria ser implementada. A ideia é criar um banco de projetos para média e alta capacidade, que servirá deum insumo para a estratégia nacional de mobilidade urbana. O estudo começou no início deste ano e deve ser concluído no início do próximo ano. O custo para sua realização será de R$ 27 milhões.

Exemplo de Curitiba
Curitiba, que tem sete ônibus elétricos em sua frota do transporte público, sendo seis que começaram a circular em julho e um que deve começar a circular em agosto, tem como meta fazer com que 33% de sua frota seja elétrica até 2033 e 100% até 2050. Hoje, no total, são 1,1 mil ônibus na capital paranaense.

Segundo a Urbs, que gerencia o transporte coletivo na cidade, 54 ônibus elétricos vão ser adquiridos em 2025, com R$ 380 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Mais 70 estão programados com lei aprovada na Câmara Municipal de Curitiba, que prevê recursos de R$ 317 milhões nos veículos".

Questionada se a prefeitura entende que o investimento em transporte público e na descarbonização da frota são medidas importantes para o enfrentamento das mudanças climáticas, disse que "sem dúvida". "Os novos ônibus representam um salto tecnológico e um passo decisivo rumo a uma Curitiba mais sustentável. Sem emissões, sem ruído, com maior conforto térmico, eles trazem uma série de benefícios para a população".

O projeto de descarbonização da frota do município começou em 2018, e, em 2023, teve início os primeiros testes com veículos elétricos. Foram testados ônibus das marcas BYD, Eletra, Marcopolo, Volvo e Ankai até o momento.

"Em paralelo, Curitiba comprou os primeiros veículos elétricos. Cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo".

Os ônibus elétricos são os primeiros da frota da cidade com ar-condicionado. Possuem piso baixo para melhor embarque e desembarque de pessoas com mobilidade reduzida e contam também com entradas USB para recarga de celulares e sistema de anúncio de fechamento das portas. Em relação aos bancos, 20% são reservados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os veículos têm dois espaços para cadeirantes.

"O novo contrato de concessão do transporte coletivo, previsto para 2025, que está sendo formatado em parceria com o BNDES, já contemplará, na sua origem, a operação também de frota elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa", diz a Urbs.

O novo modelo de concessão será o primeiro do Brasil a contemplar, já na sua origem, a prioridade de redução de emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética; de acordo com a Urbs, isso "traz também segurança jurídica". Os dois grandes projetos do transporte coletivo em andamento em Curitiba — novo Inter 2 e BRT Leste-Oeste — terão frota elétrica.

A Urbs pontua que as precisam ser "mais resilientes às mudanças climáticas" e buscar soluções para "mitigar esse problema e evitar seu agravamento". "A eletrificação da frota das cidades é um passo importante para tornar as cidades mais sustentáveis, com zero emissões de gases do efeito estufa, de material particulado, e de poluição sonora".

A empresa pondera que, como toda nova tecnologia, apresenta desafios, por exemplo a forma de estruturação da aquisição dos veículos, e a oferta de ônibus e de fontes de financiamento.

Informações: SBT News

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Prefeitura de Ribeirão Preto entrega 70 ônibus novos

quinta-feira, 25 de julho de 2024

A prefeitura de Ribeirão Preto entregou na manhã nesta terça-feira, 23 de julho, na avenida Costábile Romano (em frente ao Estádio Santa Cruz), mais 70 novos ônibus que serão usados pelo Consórcio PróUrbano – grupo concessionário do transporte coletivo urbano na cidade formado por Rápido D’Oeste (50%) e Transcorp (50%). 

São 27 ônibus do modelo padron (roxo) e 43 veículos convencionais (azul) para a frota do transporte coletivo urbano do município. Ribeirão Preto é a única do Brasil 100% renovada com a tecnologia Euro 6, que emite menos poluentes e mais sustentável. Os ônibus zero quilômetro contam com ar-condicionado, entrada USB para carregamento da bateria do celular, internet grátis, suspensão pneumática e câmeras de segurança mais modernas.  
 
No último dia 2, doze ônibus urbanos padron, com maior capacidade de transporte, começaram a circular pelos corredores de Ribeirão Preto. Inicialmente, esses veículos atendem a linha 910 – Norte-Sul 1B, que liga a região do complexo de bairros do Ribeirão Verde à região do RibeirãoShopping. 
 
Com ano de fabricação/modelo 2024/2025, os ônibus padron (modelo de maior capacidade estrutural) que foram entregues possuem cores roxa e branca como predominante e detalhes em verde em referência às linhas de ônibus que ligam locais distintos da cidade.  
Os novos veículos contam com câmeras que estarão com acompanhamento em tempo real no Centro de Controle e Operação (CCO) recém inaugurado na RP Mobi – Empresa de Mobilidade Urbana de Ribeirão Preto S.A, a antiga Transerp, responsável pelo trânsito e transporte da cidade.  
 
Ainda, também tem a opção de pagamento com uma nova tecnologia embarcada ao novo sistema que permitirá aos usuários pagar os créditos de acesso ao veículo com cartões nas funções débito ou crédito. Os veículos de modelo convencional possuem cores em azul e branco como predominante e detalhes em laranja em referência as linhas de ônibus que ligam locais distintos da cidade.   
 
Os ônibus já estão equipados com câmeras de segurança, elevador e assentos para pessoas com deficiências, mobilidade reduzida e idosos, oferecendo 100% de acessibilidade. A renovação faz parte do acordo assinado entre a prefeitura de Ribeirão Preto e o PróUrbano.  
 
A alteração no contrato de concessão que permitiu repasse de R$ 70 milhões para o grupo concessionário com o objetivo de mitigar o impacto da pandemia de coronavírus nos cofres das empresas. Em junho do ano passado, a prefeitura também começou oficialmente a subsidiar o déficit do transporte coletivo urbano.  

O subsídio inicial era de R$ 2,09 por passageiro transportado – número de vezes em que a catraca rodar. Mas em fevereiro deste ano subiu para R$ 3,45. Em Ribeirão Preto, o passageiro paga pela tarifa de ônibus R$ 5,00. Atualmente, a frota do transporte coletivo tem 354 ônibus. 
 
Porém, devido à remodelação das linhas deverá diminuir até o final do ano e passar a ter 306 ônibus. Até dezembro eram 117 linhas.  A prefeitura tambéem obteve o financiamento no valor de R$ 210 milhões para a aquisição de 60 novos ônibus elétricos. Os recursos são do PAC Mobilidade – Eixo Refrota, o PAC Seleções, do governo federal.  
 
No dia 3, dois veículos elétricos com tecnologia chinesa e ar condicionado, entre outras inovações, passaram a integrar de modo temporário o atendimento aos passageiros das linhas 901 – Norte-Sul 1 A e 910 – Norte-Sul 1B, que percorrem trajetos que leva do complexo de bairros do Ribeirão Verde à região do RibeirãoShopping. O período de testes com estes veículos é de 30 dias. 

Informações: Tribuna Ribeirão

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BRT de Sorocaba produz mais eletricidade do que precisa

quarta-feira, 3 de julho de 2024

No ano passado as placas fotovoltaicas do BRT de Sorocaba produziram 227.478 Kwh de energia solar. Essa quantidade foi suficiente para abastecer as atividades do modal e ainda doar eletricidade para a população da cidade.

“O total que doamos ao sistema de energia da cidade pôde abastecer cerca de 160 casas com quatro moradores durante um ano”, afirma Renato Andere, presidente do BRT de Sorocaba. A energia solar excedente é disponibilizada para a rede do município e distribuída para os moradores pela companhia de energia local.

O uso de placas fotovoltaicas

As placas fotovoltaicas do BRT de Sorocaba estão instaladas nos terminais Vitória Régia, São Bento e Ipiranga, além de 22 estações distribuídas nos corredores Itavuvu e Ipanema. De acordo com Andere, a quantidade de placas já é suficiente para manter a operação do modal e, no momento, não é necessário expansão.

“Temos uma estrutura robusta, inteligente, sustentável e de alta performance”, informa o diretor. A infraestrutura do BRT de Sorocaba foi pensada desde o seu planejamento para captar o máximo possível de energia solar.

“O Sol é o nosso combustível”
A iluminação de toda a infraestrutura e os equipamentos eletrônicos que controlam o sistema utilizam a energia solar produzida nas estações. No entanto, a produção ainda está condicionada a questões ambientais. “O Sol é o nosso combustível e dependemos da presença dele para termos 100% da performance desejada”, esclarece Andere.

Apesar de produzir mais energia do que a necessária para a operação, a administração do BRT de Sorocaba revela que o sistema é apenas 90% autônomo. “Dependemos do ‘comportamento’ da natureza, e isso é algo que não temos o controle, já notamos diferenças de um mês para outro conforme a mudança do clima e suas variações”, ressalta o diretor do modal.

O BRT de Sorocaba

Em maio deste ano o BRT de Sorocaba finalizou suas obras e inaugurou o corredor estrutural oeste. Atualmente, sistema de transporte possui 24 linhas, três terminais, um miniterminal, 128 pontos de parada e transporta cerca de 2 milhões de pessoas por mês.

Com o uso de corredores exclusivos para ônibus e pontos de entrada na mesma altura do veículo, o sistema garante mais rapidez no transporte de passageiros. O objetivo da prefeitura da cidade era tornar os ônibus da cidade mais velozes, seguros e previsíveis para a população.

Por fim, os veículos que transitam pelo sistema BRT do município contam com capacidade para 160 passageiros e oferecem Wi-Fi gratuito e ar-condicionado.

Informações: Estadão

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