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Retirada de cobradores dos ônibus de Porto Alegre avança e deve alcançar 75% do sistema até o fim do ano

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Quem anda nos ônibus de Porto Alegre percebe que a presença dos cobradores é cada vez menor. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), 68% do sistema já está operando sem esses profissionais — e a estimativa é de que, até o final do ano, o número chegue a 75%.

Conforme a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), em dois anos e meio houve uma redução de 53,2% no número de cobradores nas 11 empresas que formam os consórcios MOB, Viva Sul e Via Leste. Atualmente, 585 pessoas desempenham a função nessas companhias — quando a extinção gradual teve início na Capital, em fevereiro de 2022, eram 1.250.

Em junho do ano passado, para efeito de comparação, reportagem de Zero Hora apontou para 895 funcionários ocupando o posto nas mesmas empresas.

Além dos profissionais que constam no levantamento da ATP, há ainda 188 cobradores ativos na Carris. Dessa forma, o total chega a 773 profissionais atuando na Capital.

No mês passado, a linha T1 passou a circular sem alguém ocupando a poltrona elevada ao lado da roleta. A retirada, que foi gradual nesse itinerário, está concluída.

A reportagem de Zero Hora circulou na linha nesta semana e conversou com motoristas e passageiros. Os funcionários, que preferiram não ser identificados, relataram que ficou mais difícil desempenhar a função.

— Agora tem que cobrar, dirigir, cuidar a porta, fazer tabela. Eles nos pagam 15% a mais, mas deveria ser uns 25% — afirmou um deles.

Entre os passageiros, há quem diga que não sente tanta diferença por usar o cartão TRI no pagamento. Outros, entretanto, notam dificuldade na hora do troco quando pagam em dinheiro.

— Hoje mesmo deu problema no meu cartão. O motorista não tinha troco. Para contar na hora, é complicado. Eu pego também o (ônibus da linha) 476 e acho insalubre o motorista ter que contar o troco enquanto dirige na avenida. Não me parece uma condição de trabalho legal — afirma o estudante Anthony Vargas, de 23 anos.

Para facilitar o pagamento no transporte público, foi implementado o aplicativo TRI, no qual pode ser feita a compra de passagens por Pix. A liberação na catraca é realizada pelo condutor a partir da leitura do QR Code digital, gerado no celular e lido no aparelho onde o cartão também é passado.

Além da função principal, o cobrador podia cuidar mais da organização do ônibus, o que era bom para gente. Quando alguém tinha dúvida, também ajudava. Eric Son, 29 anos, estudante.

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre, a categoria chegou a contar com cerca de 2,5 mil cobradores.

— Recebemos reclamações tanto dos passageiros como dos próprios motoristas. Redobrou o serviço deles. Eles já estavam com o acúmulo de função, e agora piorou. Eles têm que estar cuidando porta, troco, cobrando passagem, cadeirante — relata o vice-presidente do sindicato, Alessandro Avila.

Realocação em outras vagas
À medida em que foram sendo fechados os postos de trabalho, as empresas passaram a oferecer vagas internas para os cobradores. Além de chapeação, oficina, almoxarife, alguns também se tornaram motoristas.

Na Carris, desde que a gestão da empresa foi repassada à iniciativa privada, em janeiro deste ano, 61 funcionários deixaram o posto e foram realocados nos departamentos de Administração, Manutenção e Tráfego.

Já nos consórcios, segundo a ATP, em dois anos e meio, pelo menos 300 cobradores foram alocados em outras funções dentro das próprias empresas.

É o caso de Cleber Santos, que atuou 15 anos como cobrador nas linhas de ônibus da Zona Norte. Em julho, ele passou a trabalhar na oficina da Nortran.

A carreira de cobrador foi muito boa, mas é um salto corajoso. Fui de uma função em que eu era praticamente sedentário, ficava só sentado, para uma que preciso replicar minha força. Faço 10 vezes mais força, mas estou gostando. Bem melhor do que ficar só sentado. Cleber Santos, funcionário da Nortran

Após cinco anos como cobrador, Denis Sutério virou almoxarife.

— A transição foi tranquila. Tem sido um aprendizado. A questão salarial também não mudou tanto, só a insalubridade que teve um acréscimo. Tive meu tempo como cobrador, foi muito proveitoso, mas agora a escala também é melhor — afirma.

Nem a Carris nem a ATP informam o número de pessoas desligadas em razão da adequação.

A remoção dos cobradores de todos os ônibus da Capital está prevista para ser concluída até dezembro de 2025. Ou seja, em 2026, todos os coletivos porto-alegrenses passariam a circular sem a presença desses profissionais.

Informações: Zero Hora

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BRT em Goiânia entrará em operação a partir de setembro deste ano

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

O Governo de Goiás entregou, nesta terça-feira (20), 60 novos ônibus para o transporte coletivo da capital. Os novos veículos irão operar no Sistema BRT, que contará com 10 deles sendo ônibus elétricos e 50 movidos a combustão. Os veículos ainda contam com ar-condicionado e tecnologia de ponta.

“São silenciosos e com climatização, fundamental para nosso clima tropical. Confortáveis e com segurança. Isso é construir um transporte coletivo digno e à altura da população”, resumiu o governador Ronaldo Caiado ao vistoriar um dos veículos na Avenida Goiás, no Centro da capital.

A entrega faz parte de uma das etapas de execução da Nova Rede Metropolitana do Transporte Coletivo (Nova RMTC). Até 2026, o Governo de Goiás investirá R$ 1,7 bilhão no projeto, que conta com a parceria das prefeituras de Goiânia, Goianira, Senador Canedo e Trindade – por meio do subsídio à tarifa do transporte – e contrapartida do consórcio das empresas que operam o sistema.

O presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) e secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, explicou que o investimento do Estado no projeto é realizado em várias ações paralelas. “São reformas de 19 estações do Eixo Anhanguera e de terminais; troca de cerca de 7 mil pontos de ônibus; e renovação de frota, com quase 1,2 mil veículos”, enfatizou.

A Nova RMTC é fruto de um estudo especializado em mobilidade urbana para melhorar a qualidade do sistema na Grande Goiânia. Adriano estima que cerca de 10% do projeto já foi feito, e segue em evolução.

Padrão internacional

O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Murilo Ulhôa, explicou que a frota entra em operação a partir de setembro. Os movidos a combustão possuem padrão da Euro 6, que são as normas regulatórias europeias para emissão de poluentes.

“Significa que é um ônibus com bem mais tecnologia em termos de meio ambiente”, resumiu. Para efeito de comparação, apesar do grande porte, o veículo polui menos que uma motocicleta.

Os dez ônibus elétricos, da Eletra, e os outros 50, da Volkswagen, atendem a padrões nacionais e internacionais para operação de transporte e também de sustentabilidade, visando a melhoria da qualidade do ar e eficiência energética.

A velocidade máxima é de 60 quilômetros por hora. Os elétricos têm capacidade para transportar 94 passageiros, sendo 54 em pé e 40 sentados, enquanto os demais podem levar até 103 pessoas: 38 sentadas e 65 em pé.

Todos os ônibus são equipados para garantir mais segurança e conforto aos passageiros. Possuem climatização, assoalho revestido com plástico antiderrapante e bloqueador de portas, além de tomadas USB para carregamento de dispositivos móveis e campainha via wireless.

Também são mais silenciosos e contam com sistema de monitoramento em tempo real, câmeras internas (CFTV) e sonorização com aviso de próxima parada.

Informações: Radio Bandeirantes

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Conheça o novo trem de maglev da China

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

A China acaba de dar mais um passo gigantesco em direção ao futuro do transporte de alta velocidade. Durante um teste recente, o país apresentou seu mais novo projeto: um trem “voador” que atingiu impressionantes 1.000 quilômetros por hora, desafiando os limites da tecnologia ferroviária. Esse avanço pode transformar completamente a forma de deslocamento, tornando viagens entre grandes cidades, como Pequim e Xangai, uma questão de minutos.
O projeto é uma colaboração entre o governo da Província de Shanxi e a China Aerospace Science and Industry Corp, e promete revolucionar o transporte em terras chinesas.

O trem “voador” é, na verdade, um sistema de transporte baseado na tecnologia maglev (levitação magnética) em um tubo de vácuo. Esse sistema permite que o trem flutue sobre os trilhos, eliminando praticamente todo o atrito e permitindo que ele atinja velocidades extremas. Durante o teste, realizado em uma linha de 2 quilômetros, o trem atingiu 1.000 km/h, um marco impressionante que foi possível graças à combinação de levitação magnética e um ambiente de baixa pressão.A equipe testou não apenas a velocidade máxima, mas também a eficiência dos freios e a estabilidade da suspensão magnética.


Os resultados prometem acelerar o processo para futuras avaliações e, possivelmente, a implementação comercial. Com essa nova tecnologia, a velocidade extrema alcançada pelo trem “voador” tem o potencial de reduzir drasticamente o tempo de viagem entre as principais metrópoles chinesas.

No entanto, como bem ressaltou Sun Zhang, especialista em ferrovias da Universidade Tongji, ainda há um longo caminho pela frente. Antes que o público possa começar a embarcar nessa nova forma de transporte, serão necessários testes rigorosos de segurança.

A China lidera a corrida tecnológica nas ferrovias

A ideia de transporte em tubos de baixa pressão, conhecida como Hyperloop, não é nova. Elon Musk foi quem primeiro apresentou a proposta em 2013, mas desde então, poucas empresas conseguiram avanços significativos. A China, porém, com sua vasta rede ferroviária e alta densidade populacional, emerge como um dos lugares mais promissores para a viabilidade comercial dessa tecnologia revolucionária.

Com a conclusão das obras do projeto em novembro de 2023, a China demonstra que não está apenas explorando possibilidades; ela está moldando o futuro das ferrovias globais. Ao integrar tecnologias aeroespaciais e ferroviárias, o país asiático não só está abrindo caminho para viagens mais rápidas e eficientes, mas também está se posicionando como líder mundial em inovação tecnológica.

Informações: Engenharia Compartilhada

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Goiânia passa a ter 60 novos ônibus no transporte coletivo

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Em mais um passo rumo à melhoria do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia, o governador Ronaldo Caiado entregou, nesta terça-feira (20/8), 60 ônibus para operar no Sistema BRT. “São silenciosos e com climatização, fundamental para nosso clima tropical. Confortáveis e com segurança. Isso é construir um transporte coletivo digno e à altura da população”, resumiu o chefe do Executivo goiano ao vistoriar um dos veículos na Avenida Goiás, no Centro da capital.

Caiado mencionou que o Estado tem sido destaque em áreas como educação, segurança pública e social. O próximo passo é revolucionar o sistema público de transporte, um gargalo histórico. “Hoje, Goiás passou a ser referência em todas as áreas nas quais o Estado tem que participar ou definir políticas públicas. Estamos aqui para resolver o que não se resolvia. Vamos evoluindo, cada vez mais, para melhorar o nosso trânsito na capital e na Região Metropolitana”, enfatizou.

A entrega de 10 ônibus elétricos e 50 movidos a combustão, todos com ar-condicionado e tecnologia de ponta, faz parte de uma das etapas de execução da Nova Rede Metropolitana do Transporte Coletivo (Nova RMTC). Até 2026, o Governo de Goiás investirá R$ 1,7 bilhão no projeto, que conta com a parceria das prefeituras de Goiânia, Goianira, Senador Canedo e Trindade – por meio do subsídio à tarifa do transporte – e contrapartida do consórcio das empresas que operam o sistema.

O presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) e secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, explicou que o investimento do Estado no projeto é realizado em várias ações paralelas. “São reformas de 19 estações do Eixo Anhanguera e de terminais; troca de cerca de 7 mil pontos de ônibus; e renovação de frota, com quase 1,2 mil veículos”, elencou.

A Nova RMTC é fruto de um estudo especializado em mobilidade urbana para melhorar a qualidade do sistema na Grande Goiânia. Adriano estima que cerca de 10% do projeto já foi feito, e segue em evolução. “É um trabalho intenso, passo a passo. Teremos o melhor transporte coletivo do Brasil. Goiânia será referência para o mundo inteiro”, projetou o secretário-geral.

O vice-governador Daniel Vilela lembrou que toda a transformação em andamento no transporte público é realizada sem pesar para o cidadão, pelo contrário. “Há seis anos não se aumenta o valor da tarifa. É algo que não acontece em nenhum lugar do Brasil”, ressaltou. O preço da passagem na grande Goiânia é R$ 4,30. O Estado custeia uma porcentagem, enquanto municípios da Região Metropolitana arcam com a outra parte.

Padrão internacional
O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Murilo Ulhôa, explicou que a frota entra em operação a partir de setembro. Os movidos a combustão possuem padrão da Euro 6, que são as normas regulatórias europeias para emissão de poluentes. “Significa que é um ônibus com bem mais tecnologia em termos de meio ambiente”, resumiu. Para efeito de comparação, apesar do grande porte, o veículo polui menos que uma motocicleta.

Os dez ônibus elétricos, da Eletra, e os outros 50, da Volkswagen, atendem a padrões nacionais e internacionais para operação de transporte e também de sustentabilidade, visando a melhoria da qualidade do ar e eficiência energética. A velocidade máxima é de 60 quilômetros por hora. Os elétricos têm capacidade para transportar 94 passageiros, sendo 54 em pé e 40 sentados, enquanto os demais podem levar até 103 pessoas: 38 sentadas e 65 em pé.

Todos os ônibus são equipados para garantir mais segurança e conforto aos passageiros. Possuem climatização, assoalho revestido com plástico antiderrapante e bloqueador de portas, além de tomadas USB para carregamento de dispositivos móveis e campainha via wireless. Também são mais silenciosos e contam com sistema de monitoramento em tempo real, câmeras internas (CFTV) e sonorização com aviso de próxima parada.

Informações: Governo de Goiás

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O que falta para a mobilidade sobre ônibus ser atrativa?

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Sempre que são discutidas as soluções para os problemas do transporte por ônibus no Brasil vemos que o foco se limita aos seus elementos básicos, o feijão com arroz. Aponta-se a falta de velocidade, capacidade, frequência, segurança, confiabilidade, sem contar com o conforto mesmo da viagem. É claro que esses são requisitos básicos para a aceitação desse mais importante meio, mas por que será que até hoje não se conseguiu o apoio para mudar isso?

Ninguém duvida que os ônibus são úteis, mas parece que não são desejados, e em uma sociedade de consumo e com viés importante de desejo por status e distinção, a paixão é o poder que abre todas as portas! Mesmo consertando todos esses defeitos objetivos, já descritos, seremos automaticamente e imediatamente amados?

Ao pesquisarmos as duas palavras do título observamos alguns pontos característicos e curiosos sobre os seus significados. Enquanto a utilidade é medida por objetivos claros a serem alcançados com o uso do objeto, o desejo parece ser satisfeito por ele mesmo, e muitas vezes de forma misteriosa e pouco clara. A diferença de força e complexidade do desejo é evidente até mesmo na quantidade de definições e explicações que requer. 

Nosso primo-irmão tecnológico, o automóvel, cedo compreendeu essas diferenças e partiu para enfrentar enormes dificuldades e conquistar o desejo. Conseguiu até “corrigir” a seu favor realidades que davam vantagens a outros meios.

Se as cidades densas eram suas inimigas, partiu para viabilizar os subúrbios distantes, ao mesmo tempo atendendo ao desejo de moradias maiores e terrenos mais baratos. Conseguiu que as estradas necessárias para isso fossem construídas e pagas pela conta de todos, mesmo os que não as usassem. Os desejos “naturais”, como comprar objetos, namorar, foram adaptados para que fossem mais convenientes com o automóvel e as cidades também se adaptaram para serem acessíveis a eles e seus “donos”. O carro é uma propriedade que tem utilidade mesmo quando não é usado, enquanto o ônibus é um serviço prestado que, em vez de distinguir seus passageiros, os nivela, o oposto dos mandamentos da modernidade em que vive o carro.

Síntese: o serviço de ônibus é visto como um mal necessário, não é desejado porque é um mau parceiro, se comporta mal e não produz uma experiência feliz, não dá presentes na hora certa e não se antecipa aos sentimentos de seu público. Faz isso por depender de uma “família disfuncional” em que cada um detém parte do que ele precisa para se tornar o parceiro ideal, mas preferem não cuidar do sistema todo e não acreditam, de fato, que a história triste de hoje possa ser mudada. Esse é o pior preconceito e discriminação que impede o desejo.

Mas o que pode ser feito para reverter essa situação?
Diante do que já foi dito, a solução está em, como em qualquer relação deteriorada, surpreender o parceiro com indicadores de que o ônibus pertence aos serviços desfrutáveis por pessoas bem-apreciadas. Para isso, a primeira conquista precisa ser a independência financeira para poder gastar nessas transformações e ambientações.

Mas a qualidade do transporte por ônibus não é percebida apenas na viagem, como o caso do automóvel.

Há uma dependência íntima entre o que pode ser feito pelo operador e o que a cidade precisa prover. No caso do metrô, a experiência ocorre no interior de um ambiente completo controlado. A qualidade das estações, dos trens, as mensagens e a presença de agentes operacionais transmitem uma sensação de modernidade, segurança e atendimento que influenciam a imagem de quem o utiliza.

O ônibus precisará operar em uma cidade assim para ter os mesmos benefícios. O trânsito, a faixa de domínio, as calçadas, os pontos de parada, os terminais, a arborização, o policiamento e finalmente a comunicação em tempo real farão com que uma experiência comum e pouco qualificada se transforme em viagens atraentes e, pouco a pouco, mude a afetividade da escolha desse meio. Enquanto o automóvel não precisa de uma cidade ótima para todos, o ônibus, ao mesmo tempo, exige e deixa de herança esses benefícios.

Enfim, e isso é um benefício adicional da mobilidade por ônibus, a cidade precisa melhorar para todos, pedestres, ciclistas, idosos e pessoas com necessidades especiais, para que todos, sejam usuários ou não, possam apreciar esse velho novo companheiro de forma mais romântica.

Informações: NTU

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No DF, Mais 40 novos ônibus vão circular nas linhas do Plano Piloto, Cruzeiro, Lago Norte, Varjão, Sobradinho e Planaltina

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Usuários do transporte público do DF passam a contar, nesta terça-feira (23), com 40 novos ônibus que vão circular nas linhas do Plano Piloto, Cruzeiro, Lago Norte, Varjão, Sobradinho e Planaltina. A entrega dos coletivos ocorreu durante cerimônia na Praça do Buriti.

O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves (centro), destacou que o DF tem a frota de ônibus mais nova do Brasil: “O Distrito Federal pode se orgulhar disso. Por obrigação de contrato, todas as empresas devem, a cada sete anos, renovar os ônibus” | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

A renovação e substituição dos veículos feita desde 2019 coloca o Distrito Federal como a unidade da Federação com a frota mais nova do país. Do total de 3 mil ônibus, cerca de 2.700 foram trocados, segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade. O restante deve ser substituído até o final do ano. Trabalho que representa mais conforto para os rodoviários e passageiros, conforme explica o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.

“Nós temos a frota de ônibus mais nova do Brasil. O Distrito Federal pode se orgulhar disso. Por obrigação de contrato, todas as empresas devem, a cada sete anos, renovar os ônibus. Hoje, nós temos uma idade média de quatro anos e meio das frotas. Na Bacia 1, da Piracicabana, a idade média da frota é de dois anos e meio. São ônibus que não quebram, que têm menos impacto em poluição, que atendem com mais qualidade, menos ruído, mais agilidade, mais regularidade. Com isso, a gente tem um transporte mais confortável, mais previsível e com um atendimento muito mais adequado às necessidades do usuário do nosso transporte”, avalia Zeno Gonçalves.

Os novos coletivos são convencionais e têm capacidade para 80 usuários, sendo 38 sentados e 42 em pé. Eles possuem a cor prata, com detalhes em verde, semelhante aos que já estão em circulação. Além disso, contam com motor Euro 6, que prevê a diminuição de 70% dos poluentes, e são equipados com acessibilidade e elevador para acesso das pessoas com deficiência, com avanço tecnológico e conforto. Atualmente, a Piracicabana opera com 552 veículos.

“Traz conforto, economicidade, a questão do meio ambiente também é fundamental, porque é um sistema mais moderno em relação ao uso dos combustíveis”, comenta o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo (terceiro à esquerda)

Para o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, a renovação da frota é uma das etapas em que o GDF trabalha na busca de um transporte público com cada vez mais qualidade.

“Traz conforto, economicidade, a questão do meio ambiente também é fundamental, porque é um sistema mais moderno em relação ao uso dos combustíveis. Esse é um empenho que está sendo feito pelo governador Ibaneis Rocha de uma maneira geral, para que a gente tenha ônibus mais novos. O ganho de tempo é a qualidade de vida que a pessoa pode usar em outras áreas, né? Cuidar da família, do seu lazer, etc”, pontua.

Durante o evento, o secretário de Governo anunciou que o GDF vai liberar a primeira etapa dos viadutos do Jardim Botânico e do Riacho Fundo em 8 de agosto e 29 de agosto, respectivamente. Comunicou também que a expansão do metrô em Samambaia está em andamento, reforçou a execução da obra da terceira faixa da BR-020 e o trabalho para concluir a obra do BRT Sul no trecho que liga o Zoológico ao Terminal Asa Sul (TAS). Além disso, o governo busca um financiamento junto ao governo federal para troca da frota do metrô.

Novos ônibus

A chegada dos ônibus deixou o motorista Ricardo Cavalcante, de 42 anos, animado. Ele conduz diariamente milhares de passageiros há 15 anos, sendo 9 anos e meio pela Piracicabana. E sabe apontar, de cabeça, cada uma das melhorias.

“Os carros são bem sofisticados, com sistema de freio bem evoluído. Eles têm um sistema de segurança na hora do embarque, não afastam do lugar com a porta aberta, só saem com a porta totalmente fechada. Isso é segurança para o motorista e para o passageiro. A questão do ruído diminuiu bastante, o carro tem mais força, tem a telemetria que está cada vez melhor. A gente tem uma condução cada vez melhor, favorecendo o conforto do passageiro, que é o principal foco nosso, a qualidade do transporte do passageiro”, enumera.

Informações: Agência Brasília

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Linhas de ônibus têm mudanças para atender a Lapa e os terminais Deodoro e Gentileza na madrugada; confira

quinta-feira, 4 de julho de 2024

A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) anunciou a mudança no trajeto de dezenas de linhas de ônibus do Rio, que começaram a valer na segunda-feira, 1º de julho. O maior número de alterações abrange a extensão dos percursos até a região da Lapa, além dos terminais Deodoro e Gentileza, durante o fim da noite e a madrugada. A medida visa, por exemplo, a integração com o serviço 24 horas do BRT, que passou a funcionar no fim de junho.

Ao todo, 21 linhas do chamado Serviço Noturno (SN) — que roda entre 23h e 4h — sofrerão alterações em suas rotas. Algumas das que vão até a Candelária, por exemplo, passam a retornar pela Praça Mauá, percorrendo a Avenida Rio Branco, passando pelo Castelo até acessar a Lapa, para então seguir seus trajetos até bairros das Zonas Norte e Oeste nesse período.

Algumas das mudanças também incluem a mudança dos pontos finais: o SN309 (que até então fazia o trajeto entre o Terminal Alvorada e a Central do Brasil), passa a ir até o Terminal Gentileza. Já o SN624, que fazia o percurso entre Mariópolis e a Praça da Bandeira, passa a ir até a Praça da República, no Centro, também atendendo a Lapa e o Terminal Gentileza.

As alterações foram comunicadas em audiências públicas realizadas no início de junho. Nas reuniões, Maxwell dos Santos Simões, coordenador técnico das regionais da SMTR, afirmou que a ideia é "aumentar a oferta de transportes por ônibus com foco no acesso à cultura e nos trabalhadores que atendem nesses estabelecimentos", conforme ata publicada no Diário Oficial da última sexta-feira.

Questões de segurança pública não influenciaram nas decisões, informa a pasta. "A motivação foi buscar áreas de maior demanda, como a Lapa, e comodidade no atendimento aos terminais de BRT", observa a secretaria.

O intervalo dessas linhas que circularão na madrugada será de uma hora. Já o número de passageiros atendidos será apurado após a implementação das mudanças, informa a SMTR.

— Ainda será necessário tempo para entendermos os reflexos das mudanças, mas toda ação que tenha como objetivo trazer mais conforto e segurança à população e ainda facilite seu retorno do trabalho para casa é sempre bem-vinda pelo setor — diz Fernando Blower, presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio), que trata como "fundamental", para a vida dos funcionários e a viabilidade econômica dos negócios, a circulação dos ônibus durante a noite.

O diretor do Sindicato dos Garçons, Barman e Maître do Estado do Rio (Sigabam), Antônio Anjo, vê as mudanças como uma forma de facilitar a rotina dos profissionais do setor. Essas alterações também são vistas por ele como uma forma de aumentar a segurança das pessoas, com mais opções e, consequentemente, menos tempo na rua:

— Devido à natureza da atividade, saímos um pouco mais tarde. Quando o último cliente sai, a gente ainda tem que esperar meia hora para poder organizar tudo e sair do trabalho. Na madrugada, às vezes tem pouca oferta de ônibus e a gente fica muito tempo exposto.

Confira as mudanças
Serviços noturnos que passam a atender a Lapa:

SN298 Acari - Castelo
SN324 Ribeira - Candelária
SN328 Bananal - Candelária
SN355 Madureira - Praça Tiradentes
SN363 Vila Valqueire - Candelária
SN368 Riocentro - Candelária
SN388 Santa Cruz - Candelária
SN393 Bangu - Candelária
SN397 Campo Grande - Candelária
SN399 Pavuna - Passeio
SN415 Usina - Leblon
SN457 Abolição - Copacabana
SN624 Mariópolis - Praça da República

Serviços noturnos que passam a atender o Terminal Gentileza (e a fazer parada nas plataformas):

SN209 Candelária - Caju
SN265 Marechal Hermes - Castelo
SN298 Acari - Castelo
SN309 Terminal Alvorada - Terminal Gentileza
SN353 Gardênia Azul - Terminal Gentileza
SN474 Méier - Copacabana
SN624 Mariópolis - Praça da República

Serviços noturnos que passam a atender o Terminal Deodoro (e a fazer parada nas plataformas):

SN388 Santa Cruz - Candelária
SN393 Bangu - Candelária
SN397 Terminal Campo Grande - Candelária
SN731 Campo Grande - Marechal Hermes
SN779 Pavuna - Madureira
SN790 Campo Grande - Cascadura

Alterações em linhas regulares

Diferentemente dos casos acima, em que a mudança vale para o período da noite e madrugada, também há alterações em linhas regulares, que passaram a valer nesta segunda-feira. A linha 785, que até então fazia ponto final em Coelho Neto, foi estendida até Marechal Hermes. Já a 855 e a 883, que até então encerravam suas viagens em Bangu, passam a operar até o Terminal Deodoro.

Confira mudanças em linhas regulares para atender o Transbrasil:

785 Cascadura - Marechal Hermes (via Coelho Neto e BRT Jardim Guadalupe)
855 Magarça - Terminal Deodoro (via Estrada do Monteiro, Shopping Bangu e Vila Militar)
883 Mato Alto - Terminal Deodoro (via Estrada da Cachamorra, Shopping Bangu e Vila Militar)
922 Tubiacanga - Fundão (via Estrada das Canárias)

Também há alterações para atender a mais passageiros da Transoeste. Confira abaixo:

834 Terminal Campo Grande - Cabuçu de Baixo (via Alhambra e Comari)
836 Campo Grande - Rio da Prata (via Estrada dos Caboclos)
837 Terminal Campo Grande - Conjunto da Marinha (via Estrada do Moinho)

Informações: O Globo

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Quais as soluções para uma Mobilidade Urbana Sustentável?

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Imagine uma grande cidade sem transporte público. Metrópoles como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte ou Salvador sem ônibus, metrô ou trem durante vários dias.

Provavelmente os moradores dos bairros periféricos e regiões de difícil acesso não chegariam ao trabalho. Consequentemente, serviços essenciais para a população não funcionariam.  O município, com certeza, entraria em colapso.

A situação é hipotética, mas dá para imaginar o caos que provocaria e entender o quanto a mobilidade urbana é um importante gargalo para as cidades.

Oferecer soluções eficientes de transporte coletivo, bem como multimodalidade, com a possibilidade de integração entre o transporte sob trilhos para longas distâncias e o rodoviário ou aquaviário para trajetos mais curtos são importantes desafios enfrentados por gestores, principalmente os dos grandes municípios.
E para discutir o assunto tão relevante e encontrar possíveis alternativas, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) realizará, no dia 9 de julho, em Brasília, o 8º Fórum CNT de Debates com o tema “Mobilidade Urbana Sustentável”.

Dialogar para avançar
Com a participação de autoridades públicas, empresários e especialistas em mobilidade urbana, o evento pretende abordar ações efetivas e economicamente possíveis para municípios, empresas e usuários. Uma discussão que envolve investimentos em infraestrutura multimodal, fortalecimento de políticas públicas para o transporte coletivo e soluções sustentáveis, baseadas em boas práticas de ESG.

“Precisamos investir no transporte coletivo rodoviário e por trilhos e acreditar neles como modelos viáveis e sustentáveis. A eficiência da sustentabilidade está na integração dos modos, faixas exclusivas, uso das tecnologias da informação, micromobilidade, entre outras soluções”, destaca o diretor de Relações Institucionais da CNT, Valter Luís de Souza.

Programação
Para debater as raízes dos problemas da mobilidade urbana das cidades, sempre com um olhar voltado para a sustentabilidade econômica, social e ambiental, o 8º Fórum CNT de Debates trará temas como o Transporte público rodoviário e sobre trilhos (trem, metrô, VLT, etc.); Integração entre os modais; Financiamento público e privado; Criação de faixas exclusivas para ônibus; Uso de tecnologias da informação para otimizar serviços; Transporte de carga last mile, impulsionado pelo e-commerce, e Micromobilidade como suplemento na cadeia de transporte.

Valter Souza explica que muito se fala em eletrificação das frotas de ônibus ou do uso de combustíveis verdes, mas pouco se debate acerca da operacionalização, da eficácia de tais medidas. “Estamos em ano de eleições municipais, então este será um assunto fundamental para quem for pleitear um cargo eletivo em outubro. Convidamos esses candidatos para se juntar ao nosso debate, juntamente com as empresas do transporte, as autoridades e o usuários na busca por soluções”, diz o diretor da CNT.

Com a realização de dois painéis: um para debater os desafios da implementação de um sistema sustentável de mobilidade nas cidades; e outro sobre o novo marco legal do transporte público coletivo, o evento contará com a presença de convidados como Vander Costa, Presidente da CNT; Jader Filho, Ministro das Cidades; Paulo Roberto Ziulkoski, Presidente da Confederação Nacional dos Municípios; Aloízio Mercadante, Presidente do BNDES; Beto Simonetti, Presidente da OAB e Denis Andia, Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, entre outros.

O 8° Fórum CNT de Debates será realizado em formato híbrido. A parte presencial ocorrerá em Brasília e será limitada a participantes selecionados. Já no online, todos são bem-vindos para acompanhar a transmissão via internet pelo canal da CNT no YouTube, ao longo de toda a manhã.

As inscrições já estão abertas para todos os interessados. Ao preencher e enviar o formulário, a participação será automaticamente confirmada na modalidade online. Para o presencial, será necessário aguardar a confirmação da equipe da CNT.

Serviço
8º Fórum CNT de Debates – Mobilidade Urbana Sustentável

Data: 9 de julho de 2024
Hora: 9h às 13h
Local: Sede do Sistema Transporte
Setor de Autarquias Sul, Quadra 1, Bloco J, Ed. Clésio Andrade – Brasília (DF)

Informações: CNN
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