A Prefeitura do Natal até então não havia se pronunciado concretamente sobre a demora na unificação da bilhetagem eletrônica, desde a implantação do sistema de bilhetagem dos alternativos no mês de março. Mas, segundo o secretário, para a implantação do sistema híbrido ainda depende de que a categoria dos opcionais comprove que já possui um sistema organizado e funcionando corretamente (daí a necessidade desse tempo de testes dos equipamentos), é preciso que a categoria garanta que fará o percurso completo (daí a necessidade de se instalar também GPS para o rastreamento dos veículos) e de que não haverá interrupção no serviço e nem intransigência nas negociações. Para o secretário, essa é melhor forma de fazer unificação e o cartão com duas janelas beneficiará tanto a usuário quanto a permissionários.
As declarações do secretário Kalazans Bezerra tiveram a reação de imediato da comissão que hoje representa o Sindicato do Transporte Opcional do Rio Grande do Norte (Sitoparn). Eles, definitivamente, não querem o sistema híbrido e criticam o representante da Semob que desde que assumiu ainda não recebeu a categoria para discutir o impasse. "Aguardamos, ansiosamente, que ele marque um dia para nos receber", ressalta o membro da comissão representativa do Sitoparn, o permissionário Nivaldo Andrade Silva. Ele reconhece o interesse da Prefeitura de Natal em realizar a bilhetagem única, mas diz que aos empresários de ônibus não interessa a implantação.
Para ele, um cartão de dois chips não alteraria em nada o sistema que já funciona atualmente com dois cartões, o do Seturn e do Sitoparn. O usuário e os empregadores que compram passes para funcionários teriam dificuldades para abastecer em dois lugares diferentes. "Além disso, o sistema de duas janelas, ao contrário do que disse o secretário Kalazans, não existe em nenhuma capital do país, pois onde existe bilhetagem eletrônica o sistema é unificado, como em Recife, Fortaleza, São Paulo, Rio de janeiro", infomou o permissionário.
Fonte: Diário de Natal