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VLT inicia teste com circulação do trem no novo trecho, em Santos

domingo, 22 de setembro de 2024

Na madrugada desta sexta-feira, 20 de setembro, foi iniciada mais uma etapa de testes na Linha 2 do VLT, com a passagem da composição por todo o trecho, desde a conexão da Linha 1, no cruzamento da rua Campos Melo x Avenida Afonso Pena, percorrendo os 8km, na área central de Santos. 

As atividades de homologação da infraestrutura aconteceram entre 0h e 4h desta sexta-feira e atenderam os gabaritos analisados de via permanente e eletrificação. O projeto continuará passando por testes para que adaptações necessárias sejam feitas para garantir a perfeita operação do modal.

Desde o dia 09/09, o VLT passa por testes onde são realizados procedimentos necessários para que o modal esteja apto e adequado a operar com segurança. Ao longo do percurso, estão sendo executadas atividades de validação de redes aéreas e de via permanente por onde passará o VLT.

Na primeira etapa de validação da via permanente as equipes técnicas executaram passagem de equipamento que simulou as dimensões do VLT, carregamento dos trens com materiais que reproduziram o peso dos passageiros, monitorando a medição de ruídos e vibração.

O segundo trecho do VLT contará com 8 km de percurso e 12 pontos de embarque e desembarque, interligando o ramal Barreiros-Porto ao bairro histórico do Valongo a partir da Estação Conselheiro Nébias. O trajeto, que tem recebido revitalização e melhorias de infraestrutura, será uma importante opção de deslocamento entre os bairros e o centro, com estações próximas a locais de interesse público como o Mercado Municipal, Poupatempo, universidades, áreas comerciais e o Terminal Valongo.

Os VLTs proporcionarão um transporte confortável, seguro, elétrico, silencioso, rápido e não poluente a cerca de 35 mil passageiros por dia da Baixada Santista, contribuindo também para a melhoria do trânsito na região central. Somando os 11,5 km da primeira fase em operação (Barreiros-Porto) com o segundo trecho (Conselheiro Nebias-Valongo), serão 19,5km de trajeto.

Conclusão das obras

As obras do VLT estão em fase de conclusão e o andamento dos serviços finais segue simultaneamente aos testes de validação.

Estão avançando trabalhos finais de pavimentação, ajustes da rede aérea, reparos, acabamentos, instalação de pisos e vidros nas estações e atividades complementares. Parte das estações já recebeu identidade visual, mapas indicativos da linha e arredores, placas de sinalização interna e itens de mobiliário, como bancos para os passageiros.

No cruzamento da rua João Pessoa com a Avenida Conselheiro Nébias foram finalizados os serviços de via permanente e no momento seguem as atividades de rede de drenagem. Está prevista, ainda, a interdição em meia pista do cruzamento da Avenida Conselheiro Nébias com a Rua Bittencourt para ligação de redes de drenagem, com data de início a ser definida a depender das condições climáticas na região, que podem interferir no andamento dos trabalhos.

As interdições e atividades nas vias são estudadas diariamente com a Prefeitura de Santos, determinadas e monitoradas pela CET e informadas à população de diversas formas, como presencial com panfletos, por whatsapp, no site vltsantos.com.br, no diário oficial do município e pela imprensa.

Informações: EMTU

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Ônibus elétricos começam a operar novas linhas em Lauro de Freitas e Simões Filho

O município de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), recebeu nesta sexta-feira (20), duas novas linhas de ônibus elétricos. Os veículos farão o trajeto Parque São Paulo (Lauro de Freitas) x Terminal Aeroporto e Simões Filho x Terminal Aeroporto.

A Superintendente de Mobilidade, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur), Grace Brito, explicou como funcionará os novos transportes adquiridos pelo governo da Bahia, por meio da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).

“Essas linhas vão funcionar diariamente, com intervalos de 30 minutos. Inicialmente serão gratuitas, já que fazem parte de um projeto piloto. Depois, à medida que novos ônibus elétricos chegarem, o número de linhas será ampliado. Atualmente, temos quatro ônibus, mas a meta é aumentar essa quantidade”, disse.

As linhas serão operadas por sete dos 19 veículos elétricos adquiridos em 2022, e custaram em torno de R$ 45 milhões, como parte do projeto piloto que visa modernizar e tornar o transporte público mais sustentável.

“Isso faz parte do compromisso do nosso governador com o transporte limpo, ajudando a fomentar o uso da estação, promovendo um serviço mais eficiente e ecológico. Esses dois novos planos de ação visam melhorar a mobilidade dentro e fora do terminal, beneficiando tanto quem viaja quanto quem depende do transporte para chegar ao aeroporto”, acrescenta o diretor -geral de departamento de qualidade e serviço da Agerba, Eurico Isaac.

Linhas de Atendimento

A linha Parque São Paulo x Terminal Aeroporto oferecerá 20 horários diários, com parada na plataforma C17, com operações iniciando às 5h e se estendendo até às 21h30. O itinerário cobrirá o Parque São Paulo, o Largo do Caranguejo em Itinga e finaliza no Terminal Aeroporto.

Já a linha Simões Filho x Terminal Aeroporto disponibilizará sete horários diários na plataforma A7 e a operação dessa linha terá início às 5h30 terminando às 21h30. O trajeto passará pela Praça Noêmia Meireles, Avenida Elmo Serejo de Farias (Simões Filho), Ceasa, BA-526 (CIA Aeroporto) e encerra no Terminal Aeroporto.

Os ônibus 100% elétricos com ar-condicionado e Wi-Fi já operam desde 2022 com as linhas Kartódromo (Praia de Ipitanga) x Terminal de Pituaçu e Ilha de São João x Terminal de Pituaçu.

Informações: Bahia.ba

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Dia Mundial Sem Carro: transporte público é decisão de gente consciente

Em apoio ao Dia Mundial Sem Carro (22/9), a BRT Sorocaba reforça o compromisso com a mobilidade urbana e a importância do transporte coletivo para a posteridade.  Nos últimos quatro anos, os ônibus do sistema BRT rodaram mais de 21 milhões de quilômetros, ajudando a retirar milhares de carros das ruas e facilitando a rotina dos sorocabanos.

O futuro é agora e ele clama pelo despertar de uma nova consciência para o entendimento que o transporte coletivo urbano é uma solução para o equilíbrio das cidades.  

Ter consciência é ter conhecimento, é o estado de saber. Por isso, é fundamental que as pessoas entendam que utilizar o transporte urbano vai muito além de simplesmente andar de ônibus, é olhar para a vida em sociedade numa perspectiva coletiva. É ter a compreensão que a atitude de hoje, contribuirá para o dia de amanhã. O todo é feito por várias partes e, em cada parte, há um cidadão que pode ser um novo passageiro e um agente de transformação.

Para se ter uma noção do quanto cada pessoa pode auxiliar nessa mudança de mentalidade, é válido saber que um único ônibus substitui pelo menos 40 carros, e isso ajuda a otimizar o uso do espaço urbano. Essa é uma constatação da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Somado a isso, segundo a entidade, um ônibus comum polui oito vezes menos que um carro, por passageiro transportado.

No sistema BRT, 123 ônibus possibilitam retirar mais veículos automotores do trânsito, o que torna a cidade menos poluída e barulhenta. “Se conseguirmos diminuir o número de carros e motos, menores serão as emissões de poluentes. A atmosfera tem sido fortemente impactada pelo excesso de gases nocivos e isto tem trazido implicações a natureza e, consequentemente, gerado episódios climáticos extremos. São fortes ondas de calor, altos volumes de chuvas, secas, incêndios e inundações. Muitos podem achar que nada tem a ver com isso, mas tem sim. As escolhas e as ações de cada um têm impactado no contexto de onde habitamos”, destaca Renato Andere, presidente da BRT Sorocaba.     

É preciso entender que decidir usar o ônibus é uma escolha de gente consciente. Não se trata de falar sobre uma pessoa, mas sim, sobre todos. Se cada cidadão fizer sua parte, juntos em sociedade será possível mudar este cenário e viver de maneira mais harmônica e equilibrada, sem tantos extremos climáticos e em um ambiente urbano mais limpo.

Para as cidades que ainda não entenderam a importância do transporte coletivo, é necessário o despertar de consciência não somente do passageiro, mas também daqueles que cuidam da estrutura e também de quem opera. É imprescindível que haja o investimento em infraestrutura e na qualidade do serviço ofertado para torná-lo atraente, seguro e acolhedor. Um sistema bem cuidado, com rapidez e eficiência possibilita mais agilidade no dia-a-dia da população e traz o passageiro para o ônibus.

Elevar os indicadores de qualidade dos serviços é uma iniciativa que depende se todos os envolvidos estiverem cientes que a mudança se faz necessária. A transformação precisa acontecer em todas as esferas, desde quem embarca no ônibus até os que monitoram e operam.

É pensando no coletivo e no futuro da cidade, que a BRT Sorocaba, oferece um serviço de transporte onde a sustentabilidade, a qualidade e a conscientização andam juntas.

“Fomentamos ações que contribuem para esse despertar de consciência onde o ônibus é o presente e o futuro. Convido os empresários do transporte, os gestores e os órgãos públicos a estimular uma comunicação mais próxima e amiga para transportar não somente passageiros, mas também, uma nova mentalidade. O despertar de consciência é um convite, para que nós, que já sabemos do potencial do transporte, possamos levar essa mensagem para aqueles que ainda não sabem. É preciso mudança de comportamento para enxergar o ônibus como um aliado para as cidades. Desejo de fato, um transporte coletivo em mente, espírito e ação”, finaliza Andere.

Informações:  Concessionária BRT Sorocaba

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Metrô de SP completa 50 anos com malha ainda insuficiente

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Sistema paulistano foi o pioneiro do país. Especialistas avaliam que avanço do sistema metroferroviário nas últimas décadas continua aquém da necessidade das grandes cidades brasileiras.Primeiro do país, o metrô de São Paulo entrou oficialmente em operação em 14 de setembro de 1974. Cinquenta anos depois, a malha de transporte urbano sobre trilhos no Brasil ainda está aquém do ideal, conforme apontam especialistas.

Em 1974, noticiou o jornal O Estado de S. Paulo: a inauguração do novo sistema de transporte da capital paulista foi uma festa com "balões de gás, bandas, desfiles de escolares, sambistas, sanfoneiros e folhetos de propaganda política" em que "o povo só pode ver de longe os passageiros do 'trem da alegria', o metrô", que fez o percurso inaugural do pequeno trecho então inaugurado, os 7 quilômetros entre Jabaquara e Vila Mariana.

Marketing político à parte, a inauguração finalmente fez com que o Brasil entrasse nos trilhos do sistema de transporte urbano rápido que já era consolidado em grandes cidades pelo mundo, como em Londres — em operação desde 1863 —, Paris — desde 1900 —, Berlim — inaugurado em 1902 — e Nova York — onde começou a funcionar em 1904. A vizinha argentina teve o metrô de Buenos Aires inaugurado em 1913.

São Paulo precisaria de malha seis vezes maior

De lá para cá, houve avanços, mas ainda tímidos. A mentalidade brasileira ainda privilegia o transporte rodoviário em relação ao sobre trilhos — e a sociedade valoriza o status do transporte individual em detrimento do coletivo.

Em São Paulo, a rede metroviária atual é formada por 6 linhas — oficialmente, já que uma é, na verdade, um sistema de monotrilho —, totalizando 104 quilômetros de extensão e 91 estações. Segundo dados do governo paulista, são 5 milhões de passageiros transportados todos os dias. Para efeitos de comparação, o metrô de Nova York tem 24 linhas com 468 estações espalhadas por 369 quilômetros de extensão e o de Londres, 16 linhas, 272 estações e cerca de 400 quilômetros.

"Metrô é o modal que viabiliza de forma humana e racional a mobilidade em cidades, sendo imprescindível em metrópoles com mais de 2 milhões de habitantes", argumenta o engenheiro de transporte Sergio Ejzenberg, consultor e especialista em mobilidade. "A conta é simples. Tomando como paradigma metrópoles adensadas, é preciso 50 quilômetros de metrô para cada milhão de habitantes."

Ou seja: São Paulo precisaria de seis vezes mais. "Isso explica a lotação do nosso metrô e explica por que cada linha colocada em operação lota nas primeiras semanas de funcionamento. E mostra a estupidez do investimento em sistemas de média capacidade, como monotrilhos e VLTs", acrescenta Ejzenberg.

De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) há hoje metrô operando em Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Especialistas discordam.

"Metrô mesmo no Brasil tem somente em São Paulo, no Rio e em Brasília", aponta o engenheiro de transportes Creso de Franco Peixoto, professor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Outras cidades costumam chamar de metrô o que na verdade são linhas ferroviárias de carga que foram adaptadas para que fossem usadas como metrô."

Tecnicamente, como ele explica, o metrô consiste em linhas construídas em regiões adensadas, com paradas planejadas em curtas distâncias, a partir de pesquisas detalhadas sobre comportamentos de origem e destino da população.
 
"A denominação metrô é adotada por diversos sistemas como imagem poderosa de marketing institucional, mesmo quando aplicados em locais que não se enquadrariam nessa categoria sob uma análise mais rigorosa", comenta o engenheiro especialista em mobilidade Marcos Bicalho dos Santos, consultor em planejamento de transportes.

Ele considera metrôs, além dos sistemas de São Paulo, Rio e Brasília, as linhas de Salvador e de Fortaleza. E classifica como uma segunda divisão os modelos "de alta capacidade, implantados aproveitando infraestruturas ferroviárias desativadas", ou seja, os chamados metrôs de Belo Horizonte, Porto Alegre e do Recife.

"Neste grupo poderiam também ser incluídos os trens urbanos, que atendem a elevadas demandas, mas que apresentam características operacionais distintas dos metrôs [principalmente quanto à velocidade, frequência e distância entre paradas]", acrescenta Santos, citando os trens metropolitanos de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O restante da malha de trilhos urbanos do Brasil (veja infográfico), o especialista classifica como "uma quarta categoria […] que, em função de sua inserção urbana ou por limitações de seus projetos operacionais, operam como sistemas de média capacidade, às vezes nem isso, atendendo a demandas pouco expressivas".

Atraso histórico e mentalidade rodoviarista

No total, a malha de trilhos urbanos é de 1.135 quilômetros e está presente em 12 das 27 unidades da federação. "Somos um país de dimensões continentais e essa infraestrutura de trilhos para passageiros é insuficiente para o atendimento à população", admite o engenheiro eletricista Joubert Flores, presidente do conselho da ANPTrilhos. "Mas essa rede de atendimento tem previsão de crescimento, já que contamos com 120 quilômetros de projetos contratados ou em execução, com indicação de conclusão nos próximos cinco anos. Para 2024, a previsão é inaugurarmos 20 quilômetros."

Se o transporte sobre trilhos é tão útil, por que o Brasil está tão atrasado? Primeiramente, pela mentalidade histórica. "Houve uma efetiva priorização do transporte rodoviário de passageiros, e mesmo de cargas, pelos governos brasileiros. Este talvez tenha sido o principal motivo de perdermos cerca de 20 ou 30 anos para o início do transporte metroferroviário em São Paulo e no Brasil. Talvez tenha havido uma falta de vontade política e de visão dos governantes à época", comenta o engenheiro metalurgista Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

Para o urbanista Nazareno Affonso, diretor do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), o Brasil sempre foi "carrocrata". "O Estado não prioriza o transporte público e prioriza investimentos ligados à indústria automobilística", diz, enfatizando que as maiores cidades do país "caminham para o colapso se não houver investimentos permanentes e crescentes em sistemas metroferroviário e de ônibus".

"O estratosférico custo dos congestionamentos e dos sinistros de trânsito no Brasil inibe o crescimento e rouba parcela significativa do PIB", argumenta Ejzenberg, que calcula prejuízos diretos e indiretos de até 50 bilhões de reais por ano por conta disso, apenas na metrópole de São Paulo. "Esse custo anual, se investido em metrô, estancaria as perdas e daria maior competitividade ao Brasil. Continuamos nadando no sangue das vítimas evitáveis, ano após ano."

O custo é um grande gargalo, é verdade. Segundo levantamento do professor Peixoto, dificilmente uma obra de metrô no Brasil custa menos de 80 milhões de dólares por quilômetro. "Metrô é muito caro. Muito caro. Mas é preciso pensar que ele é capaz de transportar muita gente", comenta.

"O Brasil não investiu em transporte sobre trilhos por incompetência, insegurança jurídica e imediatismo político", critica Ejzenberg. Apesar de ser uma obra cara, ele argumenta que o modal sobre trilhos acaba tendo metade do custo do sistema de ônibus se considerado o custo do passageiro transportado por quilômetro — esta seria a incompetência, segundo o especialista. No caso da questão jurídica, ele diz que as mudanças no entendimento de como viabilizar parcerias privadas acabam afastando investidores. Por fim, politicamente há o peso eleitoreiro de que uma obra de metrô costuma levar mais do que um mandato de quatro anos entre o anúncio e a inauguração.

Solução é complexa
 
Mais metrô melhoraria em muito a qualidade de vida do brasileiro que habita as grandes cidades. Mas não é a solução mágica. "Para enfrentar a crise dos deslocamentos é preciso investimento em metrô, em ferrovias, em VLT. Mas não podemos descuidar da democratização das vias públicas, dando aos ônibus faixas exclusivas. E também a mobilidade ativa que tem crescido, com ciclovias e ciclofaixas para que avancemos nessa questão", sugere Affonso.

"Metrôs não são uma panaceia. Não são a única solução para os problemas na mobilidade urbana", acrescenta Santos. "Em muitas situações, não são a solução mais indicada, já que as soluções dependem de cada local e não podem ser unimodais."

Ele enfatiza que por mais eficiente que seja uma linha de metrô, "ela não será eficaz se as pessoas não conseguirem chegar até ela, caminhando, pedalando, usando transporte público alimentador e mesmo modos de transporte individual". O especialista salienta que, considerando isso, respectivamente é preciso também investir em calçadas adequadas, rede cicloviária e bicicletários, integração física, operacional e tarifária dos meios de transporte público e, por fim, estacionamentos e baias para desembarque e embarque para aqueles que vão chegar de carro.

"Resumindo, precisamos de planejamento urbano e de mobilidade, integrados, e não apenas de um plano de obras e compra de equipamentos", adverte ele.

Informações: Terra

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Em Sorocaba, Urbes põe climatizadores em terminais de ônibus

sábado, 14 de setembro de 2024


A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Urbes Trânsito e Transportes, instalou aparelhos climatizadores em cinco terminais de ônibus da cidade. A iniciativa busca minimizar os impactos à saúde dos usuários e trabalhadores do sistema de transporte público, causados pelo clima seco dos últimos dias.

Os equipamentos liberam vapor de água, que aumentam a umidade do ambiente e foram distribuídos da seguinte forma: cinco no Terminal Santo Antônio, três no Terminal São Paulo, dois no Terminal Vitória Régia, dois no Terminal São Bento e dois no Terminal Ipiranga.

Os climatizadores estão sendo utilizados a partir de doação, sem ônus ou encargos, pelo prazo de 30 dias, a partir de iniciativa viabilizada pela concessionária City Transportes Urbanos Global, informa a prefeitura.

Informações: Jornal Cruzeiro do Sul 

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Segundo trecho do VLT de Santos inicia testes para validação operacional

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

A partir da próxima segunda-feira, 9 de setembro, a EMTU e a Álya Construtora darão início à etapa de validação operacional da segunda fase do VLT no trecho entre Conselheiro Nébias e Valongo, no centro de Santos, realizando procedimentos necessários para que o modal esteja apto e adequado a operar com segurança. Ao longo dos 8km de extensão, o projeto receberá, até 15/09, atividades de preparação e homologação de redes aéreas e de via permanente, por onde o modal passará.

Já as demonstrações para passagem e circulação dos veículos do VLT têm previsão de início em 16 de setembro, das 10h às 15h, sem passageiros. Serão instaladas nas vias sinalizações indicativas do tráfego de VLTs.

Durante os testes, será proibido o estacionamento na via permanente, com restrição de carga e descarga, e haverá fechamento dos cruzamentos viários nos momentos de passagem das composições. Em conjunto com a Prefeitura de Santos e CET, agentes de tráfego ficarão em pontos estratégicos para sinalizar a circulação dos VLTs.

Nesta primeira etapa de validação da rede aérea serão realizadas atividades como lançamento e regulagem de fio de contato, teste de geometria, ajustes e testes de isolamento do sistema para garantir que esteja seguro para ser eletrificado. Já na homologação da Via Permanente, as equipes técnicas vão executar passagem de gabarito dinâmico, que simulam as dimensões do VLT, fazer o carregamento dos trens com materiais que reproduzam o peso dos passageiros, organizar pontos de inspeção próximos aos trilhos para verificar o impacto da operação e executar os experimentos de passagem dos trens pelas vias, monitorando a medição de ruídos e vibração.

Após esses procedimentos iniciais de preparação, o projeto deverá receber a Licença de Operação provisória pela Cetesb para que sejam iniciados os testes definitivos previstos para este semestre. A operação tem previsão de início no primeiro semestre de 2025.

Diálogos com a população

A CET-Santos, EMTU e a Álya Construtora realizam contatos diários com a comunidade dos trechos em obras para explicar as atividades, divulgar avisos, esclarecer dúvidas e ouvir demandas da população.

No dia 29 e 30 de agosto, a CET promoveu dois encontros com comerciantes e moradores da região das ruas João Pessoa, Amador Bueno e Campos Melo. A construtora realizou apresentações técnicas e detalhou o passo a passo desta nova fase de ensaios, enfatizando ao público principalmente a importância de respeitar a sinalização e não estacionar nas vias, permitindo assim que os trabalhos sigam com a fluidez necessária.

Também serão distribuídos milhares de folhetos porta a porta nos imóveis do entorno das regiões impactadas, para que a comunidade tenha conhecimentos das atividades realizadas. O diálogo com a população é fundamental para que o projeto evolua e esteja de acordo com as demandas dos moradores/comerciantes.

As interdições e atividades nas vias são estudadas diariamente com a Prefeitura de Santos, determinadas e monitoradas pela CET e informadas à população de diversas formas, como presencial com panfletos, por whatsapp, no site vltsantos.com.br, no diário oficial do município e pela imprensa.

Fase final das obras

As obras do VLT estão avançando em sua fase final com trabalhos de pavimentação, ajustes da rede aérea, instalação de trilhos, reparos, acabamentos, instalação de pisos e vidros nas estações e atividades complementares. Parte das estações já recebeu identidade visual, mapas indicativos da linha e arredores, placas de sinalização interna e itens de mobiliário, como bancos para os passageiros.

Na última sexta-feira (30) até domingo (1/09) foram realizadas atividades de pavimentação, com interdição do cruzamento da Av. Conselheiro Nébias e Av. Cons. Rodrigues Alves.

Estão sendo realizadas regulagem de estruturas de rede aérea e lançamento de cabos de 30/08 a 4/09 nos trechos da Rua Campos Melo, entre a Rua Dona Luiza Macuco e a Av. Campos Sales, e na Rua Dr. Cochrane entre a Av. Campos Sales e a Rua João Pessoa; e de 01/09 a 8/09 na região da Rua Amador Bueno, entre a Rua Frei Gaspar e a Rua da Constituição. Condições climáticas poderão ocasionar alteração do prazo das atividades.

Desde a última quarta-feira (28), o cruzamento da Rua da Constituição com a Av. São Francisco foi interditado, até 14/09, para drenagem e execução de via permanente. A Rua da Constituição está com a mão invertida no trecho da Rua Amador Bueno até a Rua Xavier da Silveira, conforme o mapa nos comunicados disponível no site www.vltsantos.com.br.

Atividades de drenagem e instalação de trilhos estão sendo executados na rua João Pessoa com avenida Conselheiro Nébias e na rua da Constituição com avenida São Francisco, com liberação prevista em 14/09.

Com as intervenções, estão sendo desviadas nos locais as linhas intermunicipais 915, 931, 932, 932DV1, 933, 933BI1, 933DV1, 934, 934EX1, 939, 939DV1, 947, 948, 952, 954, 956, 957 e 968.

O segundo trecho do VLT contará com 8 km de percurso e 12 pontos de embarque e desembarque, interligando o ramal Barreiros-Porto ao bairro histórico do Valongo a partir da Estação Conselheiro Nébias. O trajeto, que tem recebido revitalizações e melhorias de infraestrutura, será um importante meio de deslocamento entre os bairros e o centro, com estações próximas a locais de interesse público como o Mercado Municipal, Poupatempo, universidades, áreas comerciais e o Terminal Valongo.

Os VLTs que irão operar a partir de 2025 proporcionarão um transporte confortável, seguro, elétrico, silencioso, rápido e não poluente a cerca de 35 mil passageiros por dia da Baixada Santista, contribuindo também para a melhoria do trânsito na região central. Somando os 11,5 km da primeira fase em operação (Barreiros-Porto) com o segundo trecho (Conselheiro Nebias-Valongo), serão 19,5km de trajeto.

Informações: EMTU

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Em Goiânia, Usuários de ônibus comemoram a inauguração do BRT Norte-Sul

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Após quase uma década de espera e muitos obstáculos ao longo do caminho, o tão aguardado sistema BRT Norte-Sul de Goiânia finalmente entrou em operação na madrugada deste sábado, 31 de agosto de 2024. O novo corredor de transporte promete transformar a mobilidade na capital e em Aparecida de Goiânia, oferecendo uma solução rápida e eficiente para os deslocamentos diários dos cidadãos.

Com um investimento total de R$ 319 milhões, o BRT Norte-Sul se estende por 29,6 km, conectando o Terminal Recanto do Bosque, na região Noroeste de Goiânia, até o Terminal Veiga Jardim, em Aparecida de Goiânia. O novo sistema de transporte não apenas promete conforto e agilidade, mas também simboliza um avanço significativo na infraestrutura urbana da região.
A estreia do BRT foi marcada por uma série de eventos emocionantes. Maria Aparecida Feitosa, de 60 anos, foi a primeira passageira a embarcar no novo sistema. Ela, que realiza o percurso entre Recanto do Bosque e a Praça Cívica há 25 anos, não escondeu a alegria de testemunhar a inauguração de um serviço que promete revolucionar sua rotina. “Estou muito feliz por ser a primeira passageira do BRT. O conforto e a rapidez são realmente notáveis”, declarou Maria Aparecida.

O BRT Norte-Sul é operado por uma frota moderna, composta por 60 veículos de 14 metros, sendo 10 deles elétricos e os demais movidos a biodiesel. Esses ônibus estão equipados com ar-condicionado, carregadores de celular e Wi-Fi. Os novos veículos foram integrados à frota da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e representam um passo significativo em direção à sustentabilidade.

Leandro Cândido, de 41 anos, o motorista responsável pela condução dos primeiros passageiros, expressou sua empolgação com a inauguração. “Ser o primeiro motorista a operar no BRT é um sonho realizado. O treinamento foi intenso, mas ver o sistema funcionando é muito gratificante”, afirmou Leandro.

Como vai funcionar
O BRT foi projetado para atender uma alta demanda de passageiros, com uma previsão de realizar 1,2 milhão de viagens por mês. O sistema conta com cinco linhas exclusivas e 121 linhas continuadas, que vão de um extremo ao outro da cidade, passando por terminais estratégicos como Cruzeiro, Isidória, Paulo Garcia e Hailé Pinheiro. 

Para garantir um fluxo contínuo e rápido, a frequência dos ônibus será otimizada, especialmente durante os horários de pico. Nos terminais principais, como Veiga Jardim e Recanto do Bosque, os ônibus sairão a cada 3 a 5 minutos, garantindo que a demanda seja atendida de forma eficiente e rápida. Durante os horários de pico, essa frequência será crucial para minimizar o tempo de espera e maximizar a eficiência do sistema.

O início das operações do BRT Norte-Sul foi recebido com uma mistura de alívio e celebração. Após vários atrasos e interrupções, a inauguração do sistema representa uma vitória para a administração municipal e um alívio para os cidadãos que esperaram pela conclusão do projeto.

O chefe de gabinete do prefeito Rogério Cruz, José Firmino, expressou sua satisfação com a entrega do sistema, destacando a importância da realização para a cidade. “Ninguém acreditava que o BRT seria entregue, mas hoje é um marco para Goiânia. A realização deste projeto é fruto do esforço de muitos trabalhadores e secretários que se dedicaram a tornar isso possível”, disse Firmino.

O secretário executivo de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Alexandre Garcês, também ressaltou a relevância do BRT Norte-Sul. “O BRT traz um benefício coletivo gigantesco. É um prazer imenso ter feito parte deste projeto que vai beneficiar toda a cidade. As equipes que acompanharam a obra desde 2015 têm agora a satisfação de ver o resultado do trabalho árduo”, afirmou Garcês.

Tarifa e subsídios
A tarifa do BRT Norte-Sul será mantida em R$ 4,30, o mesmo valor cobrado pelo transporte coletivo convencional. Esta estabilidade no preço foi viabilizada através de um consórcio de financiamento que inclui a Prefeitura de Goiânia, o Governo de Goiás e os municípios de Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. A Prefeitura de Goiânia, em particular, investiu mais de R$ 246 milhões no subsídio do transporte coletivo ao longo dos últimos 21 meses, garantindo a acessibilidade econômica do novo sistema para os usuários.

Acessibilidade e tecnologia marcam nova era do Transporte Público 
Todas as estações do BRT Norte-Sul são equipadas com rampas de acesso, piso tátil e comunicação em braille, garantindo que pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida possam utilizar o sistema sem dificuldades. Além disso, as estações contam com câmeras de segurança e um sistema de monitoramento 24 horas para garantir a segurança dos passageiros.

As portas automáticas das estações possuem sensores de segurança que evitam o esmagamento e são equipadas com dispositivos de emergência para garantir a segurança dos usuários. A administração também assegurou que as estações sejam bem iluminadas e monitoradas para prevenir vandalismo e garantir a segurança dos passageiros em qualquer horário.

Com a operação do BRT Norte-Sul, Goiânia e Aparecida de Goiânia entram em uma nova era de mobilidade urbana. A integração com outras linhas da RMTC e a infraestrutura moderna do sistema são um avanço significativo para a região, prometendo uma viagem mais rápida, segura e confortável para todos os usuários.

O BRT Norte-Sul representa um importante passo para a cidade, não apenas em termos de infraestrutura, mas também como um símbolo do comprometimento com o desenvolvimento urbano sustentável e eficiente. O impacto desse transporte será sentido em muitos aspectos da vida urbana, desde a redução dos tempos de deslocamento até a melhoria na qualidade do transporte público.

Informações: O Hoje

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Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960