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BRT Transbrasil reduz para menos de 1/3 o tempo de viagem no Rio

quarta-feira, 11 de setembro de 2024


O BRT Transbrasil acelerou a mobilidade de milhares de passageiros diariamente no Rio de Janeiro. A redução do tempo de viagem entre Deodoro e o Centro da cidade foi de até 3 horas para apenas 50 minutos. A comparação, realizada pelo site G1, foi feita medindo o mesmo trajeto realizado de carro e de BRT. Inaugurado em abril, o corredor exclusivo de ônibus já bateu recordes e se tornou uma alternativa atraente em relação a veículos particulares. 

O Transbrasil se junta aos corredores Transoeste, Transcarioca e Transolímpica, formando uma rede integrada de transporte que oferece aos cariocas uma alternativa rápida, segura e confortável para se locomover pela cidade. A prefeitura do Rio já anunciou planos de expansão da rede, com a construção de novos corredores e a integração com outros modais de transporte, visando ampliar ainda mais o acesso da população a um transporte público de qualidade.

Informações: NTU 

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Em Nova Friburgo, 10 novos ônibus entram em operação


A Nova Faol (Friburgo Auto Ônibus Ltda.), empresa responsável pelo transporte coletivo em Nova Friburgo (RJ), adquiriu 10 novos ônibus para integrar a frota municipal. A concessionária investiu R$ 7,5 milhões nos veículos, mesmo valor investido em maio na aquisição de outros 10 ônibus. A aquisição atende a requisitos do contrato da nova concessão assinado em março.

Os ônibus  têm chassi Mercedes, carroceria Caio e motores Euro 6, de última geração e menos poluentes. Os veículos possuem itens como elevadores para acessibilidade, portas USB para carregamento de dispositivos móveis, câmeras e ventiladores internos, ainda passarão pelos trâmites de emplacamento e instalação de validadores, entrando em operação após todo o processo de regularização.

As linhas que receberão os novos coletivos são Sítio São Luiz,  Granja Spinelli, Jardim dos Reis, Alto do Floresta, Fazenda de Laje, Belmont Furnas e Maria Teresa.

Informações: O Dia

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Metrô + BRT para o Rock In Rio custará R$ 38; transporte será 24 horas

domingo, 8 de setembro de 2024

O Rock in Rio organiza estratégias de transporte pela cidade para facilitar a chegada e a saída dos espectadores dos shows. Assim como nos anos anteriores, nos dias de festival o metrô funcionará durante 24 horas.

Para chegar no evento, uma das alternativas será usar o metrô e fazer a transferência para o BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) na estação Jardim Oceânico, que tem viagens sem paradas até o terminal Centro Olímpico. Lá, quem comprou o ingresso para usar esse veículo receberá uma pulseira de identificação que deve ser apresentada no retorno.

Para facilitar o acesso nos dias de festival, é possível carregar o cartão Riocard Mais com R$ 38,50 com antecedência — o valor do metrô é de R$ 7,50 por trecho e o do BRT Expresso Rock in Rio R$ 23 ida e volta.

Quem vai embarcar em estações do BRT poderá utilizar o sistema de bilhetagem digital do Cartão Jaé, que também pode ser adquirido em antecipação. Ele não é aceito nas catracas do MetrôRio.

Informações: CNN

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Rio ganha três novas linhas de ônibus no domingo e na segunda-feira

terça-feira, 3 de setembro de 2024

A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nas redes sociais três novas linhas de ônibus que vão transitar por três regiões da cidade. Neste domingo, começou a circular na Zona Norte a linha 222 (Vila Isabel x Gamboa) e na Zona Oeste a 894 (Terminal Campo Grande x Jardim Moriçaba).

Já na Zona Sul, a nova linha 585 (Largo do Machado x Jardim de Alah) começa a operar a partir desta segunda-feira (2).

Ainda de acordo com a publicação, outras duas linhas terão os pontos finais remanejados e itinerários alterados. A linha 908 (Terminal Deodoro x Bonsucesso) terá o itinerário estendido para o Terminal Deodoro e a linha 779 (Metrô Pavuna x T. Madureira), vai ter o ponto final no Terminal Paulo da Portela, com o objetivo de facilitar a integração com o BRT.

Itinerários
Linha 222 - Vila Isabel x Gamboa

Percurso: Vila Isabel, Praça Tobias Barreto, UERJ, Avenida Maracanã, Metrô São Cristóvão, Praça da Bandeira, Cidade Nova, Central, Candelária, Rua Acre, Praça Mauá, Hospital dos Servidores, Gamboa.

Operação: 28 viagens programadas em dias úteis.

Linha 585 - Largo do Machado x Jardim de Alah

Percurso: Largo do Machado, Rua das Laranjeiras, Cosme Velho, Túnel Rebouças, Rua Jardim Botânico, PUC, Praça Antero de Quental, Jardim de Alah.

Operação: 26 viagens programadas em dias úteis.

Linha 894 - Terminal Campo Grande x Jardim Moriçaba

Percurso: Campo Grande, Rua Mora, Senador Vasconcelos, Jardim Moriçaba, Estrada do Pré.

Operação: 33 viagens programadas em dias úteis.

Linha 908 - Terminal Deodoro x Bonsucesso, via Metrô Inhaúma

Percurso: Terminal Deodoro, Guadalupe, Marechal Hermes, Madureira, Cascadura, Cavalcante, Inhaúma, Complexo do Alemão, Ramos, Bonsucesso.

Operação: 179 viagens programadas em dias úteis.

Linha 779 - Metrô Pavuna x Terminal Madureira, via Rua João Vicente

Percurso: Pavuna, Anchieta, Ricardo de Albuquerque, Deodoro, Marechal Hermes, Bento Ribeiro, Oswaldo Cruz, Madureira.

Operação: 97 viagens programadas em dias úteis.

Informações: O Globo

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No Rio, Lei permite uso de bicicletas elétricas em ciclovias e ciclofaixas

terça-feira, 27 de agosto de 2024

O prefeito Eduardo Paes (PSD) sancionou a lei que regulamenta o uso de bicicletas elétricas em ciclovias e ciclofaixas da cidade. A circulação só será permitida para veículos com pedal assistido, com velocidade máxima de 25 km/h e potência de até 350 Watts.

Segundo o texto, publicado no Diário Oficial de segunda-feira (26), fica permitida a circulação de equipamentos auxiliares de mobilidade utilizados para a locomoção de pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida.

No entanto, a circulação de veículos ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos não está permitida nas ciclovias e ciclofaixas. Somente as bicicletas elétricas, que devem respeitar as seguintes condições:

- Serem providas de sistema que garanta o funcionamento do motor somente quando o condutor pedalar, ou seja, o veículo deve ter pedal assistido;
- Desenvolvam velocidade máxima de 25 km/h;
- Potência máxima de até 350 W;
- Estar com sinalização noturna, campainha ou buzina, pneus em condições mínimas de segurança e de pedal.

Quem não respeitar as regras pode ser penalizado com uma multa no valor de R$ 1.000. Caso haja uma reincidência, o valor será o dobro. 

Segundo a Prefeitura do Rio, a nova regulamentação é complementar às normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), inclusive no que se refere à limitação de velocidade dentro das ciclovias. A prefeitura destacou que, através da Secretaria de Ordem Pública, da Guarda Municipal, da Secretaria de Transportes e da CET-Rio, já realiza reuniões para verificar a melhor forma de regulamentar a nova lei.

Aprovação na Câmara
O projeto, de autoria do vereador Dr. Gilberto (SDD), foi aprovado pela Câmara de Vereadores do Rio em junho deste ano. Segundo o parlamentar, a proposta foi construída depois do veto de Paes a um projeto mais rígido, aprovado em 2023, que vetava qualquer tipo de bicicleta elétrica.

"Modificamos, fizemos um novo projeto que permite a circulação de bicicletas elétricas que funcionem propulsão por pedal assistido. Permite-se também a circulação de veículos que auxiliem a mobilidade de pessoas especiais e com necessidades físicas. Acredito que esse projeto melhora a vida das pessoas que circulam pelas ciclovias da cidade", disse.

O vereador Pedro Duarte (Novo), defendeu a flexibilização incluída no texto, que autorizou bicicletas com acelerador, desde que tenham pedais. "Lutei, desde o começo, para manter a possibilidade de circulação de bicicletas com acelerador. Isso é essencial porque a bicicleta elétrica é bem mais pesada do que a comum, e, muitas vezes, o usuário ou usuária não tem força suficiente para avançar só pedalando. Felizmente, os vereadores concordaram comigo, aprovando uma emenda nesse sentido", pontuou.

Informações: O Dia

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Brasil se aproxima de 600 ônibus elétricos no transporte público, mas Chile lidera com 2,4 mil

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Visto como uma forma de reduzir a emissão de dióxido de carbono — um dos principais gases do efeito estufa — pelo transporte público, o ônibus elétrico integra a frota de cidades de 11 países na América Latina, segundo o E-Bus Radar, plataforma desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Técnica da Dinamarca. O Brasil é o quarto país com mais veículos do tipo na região, mas tem apenas 578.

Chile (2.456), Colômbia (1.590) e México (752) ocupam as primeiras posições. De acordo com levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a frota nacional conta com 107 mil ônibus para o transporte público, de modo que os elétricos representam apenas 0,5% do total.

Os 578, que incluem 276 veículos movidos a bateria e 302 trólebus (que obtém energia de linhas aéreas), estão espalhados por cinco estados (Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia) e o Distrito Federal. A capital paulista é a cidade com mais ônibus elétricos no transporte público, com 381.

O E-Bus Radar estima que com a quantidade atual, será evitada a emissão de 61,05 quilotons de dióxido de carbono por ano.

Cada país signatário do Acordo de Paris, como o Brasil, estabeleceu metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada. A Contribuição brasileira estabelece que o país deve reduzir as suas emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.

O Brasil também se comprometeu em alcançar emissões líquidas neutras até 2050, ou seja, tudo que o país emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas ou recuperação de biomas. Os gases do efeito estufa contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Nesse cenário, o ônibus elétrico aparece como uma ferramenta importante. Porém, para sua implementação no transporte público no território brasileiro, há uma série de desafios a serem superados, e isso tem impedido sua disseminação nas frotas em ritmo acelerado no país.

Entre os desafios, estão o custo mais elevado que o dos ônibus convencionais, a necessidade de preparação da rede elétrica das cidades para suportar maior consumo de energia e a importância de capacitar pessoas para fazer a manutenção dos novos veículos.

O economista Wesley Ferro, secretário-executivo do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (Instituto MDT), explica que o ônibus a bateria "custa na faixa de R$ 3 milhões, R$ 3,5 milhões". Já um ônibus a diesel convencional, mesmo com motor de tecnologia mais moderna, que possui um nível de emissões de gases menor, está na faixa de R$ 800 mil.

"A diferença [de preço] entre um ônibus e outro é grande. Então o volume de recursos que precisa para investimento em frota é muito mais alto", pontua o especialista.

Ele salienta que você comprar um ônibus de R$ 3,5 milhões e colocá-lo para operar em uma cidade que não tem infraestrutura exclusiva para ônibus nem recursos assegurados para o financiamento do transporte público, como é caso da maioria ou todas as cidades brasileiras, "é um investimento de alto risco". Dessa forma, muitas vezes, a preferência dos governos locais acaba sendo por investir num ônibus que não terá emissão zero de gases, mas possui motor Euro 6, por exemplo, que emite muito menos que outros mais antigos.

Em relação à preparação da rede elétrica das cidades, ele ressalta que São Paulo, por exemplo, estabeleceu uma meta para ter 2.600 ônibus elétricos na frota municipal até o final de 2024, mas não conseguiu avançar rapidamente para alcançá-la. O motivo é porque esbarrou "num grande problema": a necessidade de investimentos em infraestrutura de instalação para garantir o fornecimento de energia para os veículos que estão sendo implementados.

"Os estudos técnicos que foram feitos lá em São Paulo mostraram que se você tivesse 50 ônibus carregando ao mesmo tempo durante um período em determinada região, você derrubava a energia do restante da população toda".

O doutor em transportes Pastor Willy Gonzales Taco, líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias (GCTNT), da Universidade de Brasília, reforça que os ônibus elétricos vão consumir a mesma energia que já é consumida na cidade para vários tipos de uso.

"Como as cidades [brasileiras] estão preparadas para isso? Ninguém se preparou para isso. E aí entra um concorrente, que vem a ser os veículos particulares de passeio, que já consomem energia, iria ter um bom número de veículos elétricos percorrendo as vias".

Para o especialista, é preciso "compreender as potencialidades de produção energética de cada cidade. Cada cidade tem sua característica. Alguns municípios Brasil já estão implementando há um bom tempo outros tipos de energia para sustentar os veículos. Biodiesel e assim vai".

Ele salienta que o planejamento do município para comprar ônibus elétricos precisa considerar ainda o fato de que o modelo pode já se tornar ultrapassado no ano seguinte, visto que a tecnologia avança rapidamente.

Autonomia
De acordo com Wesley Ferro, a autonomia dos ônibus elétricos com bateria é menor que dos ônibus convencionais.

"Esses primeiros ônibus elétricos que foram incorporados nas redes, nas cidades, eles têm a autonomia muito baixa, na faixa de 200 km, no máximo 250 km. Portanto, para operarem, eles são colocados em linhas muito específicas, que são linhas com extensões menores", afirma. As linhas costumam também não ter muitas subidas.

No caso do trólebus, há a questão de ser pouco flexível, por depender da rede elétrica. A circulação fica restrita a vias que possuam rede aérea de energia.

Falando sobre as experiências internacionais, o secretário-executivo do Instituto MDT diz que o Chile e a Colômbia já estão no processo de eletrificação do transporte público há mais tempo que o Brasil. Em Bogotá, capital colombiana, a multinacional italiana Enel, que atua no ramo de geração e distribuição de eletricidade e gás, ajuda na compra de ônibus elétrico e distribui para operadores.

Investimentos em transporte público
O transporte público por si só é uma forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, porque diminui o número de veículos particulares em circulação.

Segundo o relatório de síntese sobre o diálogo técnico do primeiro balanço global do Acordo de Paris, publicado pelo secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas em setembro de 2023, o transporte contribui com aproximadamente 15% das emissões globais de gases do efeito estufa, e a eliminação gradual de motores de combustão interna e o uso de veículos elétricos "oferecem o maior potencial de mitigação no setor".

"Além disso, intervenções do lado da demanda, como a mudança de modos de transporte (por exemplo, para caminhar e usar o transporte público), serão essenciais no contexto de repensar a mobilidade".

A organização ambientalista World Resources Institute, de Washington, nos Estados Unidos, ressalta que ônibus e trens podem diminuir as emissões de gases de efeito estufa em até dois terços por passageiro por quilômetro em comparação com os veículos particulares.

Entretanto, o Orçamento da União de 2024 prevê um percentual pequeno de despesas com apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e capacitação de recursos humanos para transportes coletivos urbanos, as ações orçamentárias mais específicas sobre transporte público.

As dotações atuais são de R$ 140,4 milhões, R$ 591 milhões e R$ 1,2 milhão, respectivamente, representando somadas 0,01% dos R$ 5,39 trilhões previstos pelo Orçamento com despesas. Dos totais, R$ 88,5 milhões, R$ 111,5 milhões e R$ 283,5 mil foram realizados até o momento.

Em relação às emendas parlamentares, dos 213 congressistas da Frente Parlamentar Mista do Transporte Público, apenas o deputado Marcello Crivella (Republicanos-RJ) direcionou quantia para alguma dessas ações orçamentárias, sendo R$ 400 mil para apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano. A dotação atualizada total das emendas dos parlamentares da frente é de R$ 8,6 bilhões.

Ainda em relação às emendas, no total, são direcionados R$ 17,1 milhões para funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, com as bancadas de Goiás e Rio Grande do Norte tendo direcionados montantes também.

Para Wesley Ferro, o tema do transporte público ainda está distante da agenda de prioridades do setor público no Brasil.

Também, de acordo com ele, apesar de alguns processo estarem em andamento, como a discussão da renovação de frota elétrica, a chegada de linhas de financiamento de parceiros e bancos, como o BNDES, e a discussão de um marco legal para o transporte público (proposta tramitando no Senado), a política de mobilidade urbana "não é prioridade" do governo federal nem dos estados e municípios.

"Faltam recursos, falta qualificação de corpo técnico, faltam projetos qualificados para serem implementados", pontua.

Wesley ressalta que, historicamente, o sistema de transporte público no país "foi sempre financiado basicamente pela tarifa paga pelos usuários".

"A receita gerada nas catracas era a única fonte de financiamento do sistema de transporte público. Então servia para custear o sistema, manter o sistema em operação, e minimamente para fazer algum nível de investimento".

Com a queda da demanda durante a pandemia, mas necessidade de manter a oferta do serviço, visto que trabalhos essenciais não pararam, a fragilidade do modelo ficou evidente. A Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, acrescenta Wesley, "já apontava alguns caminhos que deveriam ser adotados para você mudar esse quadro, ter financiamento para o transporte público". Porém, para os instrumentos de gestão de política de mobilidade urbana apresentados serem implementados nas cidades, eles pressupõem "que você compre algumas brigas dentro da cidade".

É possível, por exemplo, a taxação do uso do automóvel dentro dos municípios. "Mas esse é um caminho que os gestores evitam. Ninguém quer que se indispor com determinados setores da sociedade".

O secretário-executivo do Instituto MDT salienta ainda que a transição energética não resolve "o problema do transporte público no Brasil", ou seja, você reduz emissões, pode estar cumprindo metas pactuadas nos acordos internacionais, mas se o transporte público continuar sem infraestrutura exclusiva para circulação nas cidades, como faixas e corredores exclusivos, corre-se o risco de ter uma frota eletrificada presa em congestionamento.

"Portanto, a infraestrutura tem o poder de contribuir também para a redução de emissões, num nível muito próximo do que você imagina com a substituição da frota por outra matriz".

O Instituto MDT apoia a implementação, no país, de um Sistema Único de Mobilidade. "A gente defende que esse é um caminho para que o transporte público possa ser de fato o grande estruturador das cidades e a grande prioridade das gestões públicas".

Na opinião de Taco, a atenção dos congressistas e do governo federal ao transporte público "está mais voltada à questão dos subsídios".

"Quando você vê as diversas demandas que se tem, é justamente mais voltada para os subsídios, ou seja, para atender os custos derivados da operação do transporte. Em termos especificamente de infraestrutura, tem havido uma paralisação ao longo dos anos".

Segundo o líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias, ao se observar os investimentos que os municípios fazem, salvo exceções e algumas grandes regiões metropolitanas, percebe-se que eles estão voltados mais para infraestrutura para o carro do que ao transporte público.

Atuação do BNDES
Em maio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que financiará a renovação da frota de ônibus em municípios brasileiros. "Ao todo, serão investidos R$ 4,5 bilhões para aquisição de 1.034 ônibus elétricos e 1.149 ônibus Euro 6, que reúnem o que há de mais moderno no mundo em termos de eficiência energética e baixo consumo de combustível", acrescentou o comunicado.

O banco explicou que a renovação de frota com veículos sustentáveis é uma das modalidades do Novo PAC Seleções. Ela prevê a destinação de R$ 10,5 bilhões para a aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 ônibus Euro 6 e 39 trens para atender 98 municípios. "Além do financiamento do BNDES, no valor de R$ 4,5 bilhões, a Caixa Econômica Federal financiará 39 trens, 1.495 ônibus elétricos e 1.633 ônibus Euro 6, com investimento de R$ 6 bilhões para essa modalidade".

A diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, Luciana Costa, reforça algumas das dificuldades para implementação do ônibus elétrico no transporte público, como o custo bem mais elevado para compra do veículo. Luciana ressaltou vantagens dele em relação ao convencional: possui um custo de manutenção cerca de 80% menor; custo de operação "muito menor", porque energia elétrica é muito mais barata do que diesel; ajuda o país no cumprimento do Acordo de Paris, por não emitir gases do efeito estufa; é silencioso; e não emite poluentes.

Conforme a diretora, diante desses benefícios, o investimento em eletromobilidade, embora ele seja maior inicialmente, "é um investimento que se repaga". Ela pondera que, em alguns lugares no país, ainda não caberá uma frota eletrificada, porque as prefeituras brasileiras têm capacidades financeiras muito diferentes entre si.

Luciana salienta que o Brasil possui "um grande déficit" de infraestrutura de mobilidade urbana, estimado pelo BNDES em R$ 360 bilhões.

"Em 2022, foi investido 0,06% do PIB em mobilidade urbana nos modais de média e alta capacidade. Dentro desse número de R$ 360 bilhões, a gente não considera ônibus. A gente só considera metrô, VLT", explicou. A meta do banco é elevar o percentual de investimento para 0,25% do PIB.

Segundo Luciana, "o histórico de investimento no Brasil, seja em média e alta capacidade, seja em ônibus, é de instabilidade, imprevisibilidade e insuficiência. Por isso que essa pauta de mobilidade urbana, desde que essa gestão assumiu o BNDES, se tornou uma das grandes prioridades, nós sabemos que o desafio é enorme".

O banco está realizando um estudo nacional de mobilidade urbana para identificar qual seria a estrutura de média e alta capacidade que deveria ser implementada. A ideia é criar um banco de projetos para média e alta capacidade, que servirá deum insumo para a estratégia nacional de mobilidade urbana. O estudo começou no início deste ano e deve ser concluído no início do próximo ano. O custo para sua realização será de R$ 27 milhões.

Exemplo de Curitiba
Curitiba, que tem sete ônibus elétricos em sua frota do transporte público, sendo seis que começaram a circular em julho e um que deve começar a circular em agosto, tem como meta fazer com que 33% de sua frota seja elétrica até 2033 e 100% até 2050. Hoje, no total, são 1,1 mil ônibus na capital paranaense.

Segundo a Urbs, que gerencia o transporte coletivo na cidade, 54 ônibus elétricos vão ser adquiridos em 2025, com R$ 380 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Mais 70 estão programados com lei aprovada na Câmara Municipal de Curitiba, que prevê recursos de R$ 317 milhões nos veículos".

Questionada se a prefeitura entende que o investimento em transporte público e na descarbonização da frota são medidas importantes para o enfrentamento das mudanças climáticas, disse que "sem dúvida". "Os novos ônibus representam um salto tecnológico e um passo decisivo rumo a uma Curitiba mais sustentável. Sem emissões, sem ruído, com maior conforto térmico, eles trazem uma série de benefícios para a população".

O projeto de descarbonização da frota do município começou em 2018, e, em 2023, teve início os primeiros testes com veículos elétricos. Foram testados ônibus das marcas BYD, Eletra, Marcopolo, Volvo e Ankai até o momento.

"Em paralelo, Curitiba comprou os primeiros veículos elétricos. Cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo".

Os ônibus elétricos são os primeiros da frota da cidade com ar-condicionado. Possuem piso baixo para melhor embarque e desembarque de pessoas com mobilidade reduzida e contam também com entradas USB para recarga de celulares e sistema de anúncio de fechamento das portas. Em relação aos bancos, 20% são reservados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os veículos têm dois espaços para cadeirantes.

"O novo contrato de concessão do transporte coletivo, previsto para 2025, que está sendo formatado em parceria com o BNDES, já contemplará, na sua origem, a operação também de frota elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa", diz a Urbs.

O novo modelo de concessão será o primeiro do Brasil a contemplar, já na sua origem, a prioridade de redução de emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética; de acordo com a Urbs, isso "traz também segurança jurídica". Os dois grandes projetos do transporte coletivo em andamento em Curitiba — novo Inter 2 e BRT Leste-Oeste — terão frota elétrica.

A Urbs pontua que as precisam ser "mais resilientes às mudanças climáticas" e buscar soluções para "mitigar esse problema e evitar seu agravamento". "A eletrificação da frota das cidades é um passo importante para tornar as cidades mais sustentáveis, com zero emissões de gases do efeito estufa, de material particulado, e de poluição sonora".

A empresa pondera que, como toda nova tecnologia, apresenta desafios, por exemplo a forma de estruturação da aquisição dos veículos, e a oferta de ônibus e de fontes de financiamento.

Informações: SBT News

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BRT Transbrasil: nova linha vai ligar Vigário Geral ao Terminal Gentileza

domingo, 4 de agosto de 2024

A  partir da próxima segunda-feira (5), o corredor Transbrasil ganhará uma nova linha, que vai ligar Vigário Geral, na Zona Norte, ao Terminal Gentileza, no Centro, em horários de pico, de segunda a sexta-feira.

A Linha 71, expressa, terá intervalos de cinco minutos entre as composições e contará com sete estações: Cidade Alta, Mercado São Sebastião, Lobo Júnior, Marinha Mercante, Piscinão de Ramos, Rubens Vaz e Fiocruz.

A circulação será de segunda a sexta-feira, com os seguintes horários: das 5h às 9h e, na parte da tarde, das 16h às 19h. Saindo do Terminal Gentileza, os horários vão das 5h30 às 9h, e, à tarde, das 16h às 19h30. Outra linha também utilizada pelos cariocas na mesma região é a 80, que faz o trajeto Terminal Gentileza x Penha – Parador.

Recentemente, a Prefeitura do Rio inaugurou a Linha 67 do BRT, que liga o Terminal Campo Grande ao Terminal Deodoro, na Zona Oeste, e aumentou a velocidade da faixa seletiva do BRT de 40 km/h para 60 km/h. Segundo a prefeitura, essa mudança tem como objetivo melhorar a operação dos ônibus articulados, além de ajustar o fluxo na Avenida Brasil nos horários em que a faixa seletiva é liberada para todos os veículos.

Informações: O Dia

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Linhas da Auto Viação Jabour terão novo ponto final no Terminal Deodoro a partir de segunda-feira (05)

A partir de segunda-feira, 05/08/2024, os usuários das linhas 853 e SV853 da Auto Viação Jabour terão seus trajetos ajustados com novo ponto final no Terminal Deodoro. As linhas, que antes seguiam até a Vila Kennedy via Posse e Mendanha respectivamente, serão integradas aos serviços do BRT Transbrasil e Transolímpica.

Com essa mudança, os passageiros contarão com uma integração mais fluida e eficiente entre os sistemas de transporte, proporcionando maior comodidade e redução de tempo de viagem. A Auto Viação Jabour destaca que a medida visa melhorar o fluxo de passageiros e a conectividade na região, facilitando o acesso aos principais pontos da cidade.

Para mais detalhes sobre os novos itinerários e horários, os usuários podem consultar os canais oficiais da empresa ou entrar em contato com o serviço de atendimento ao cliente.

As linhas da Auto Viação Jabour passarão a ser designadas da seguinte forma:
853 – Term. Deodoro x Term. Mato Alto (via POSSE)
SV853 – Term. Deodoro x Term. Mato Alto (via MENDANHA)

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