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Os motivos que levam à preferência pelo BRT em Salvador

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

As dúvidas a respeito do modelo ideal de transporte urbano a ser implantado em Salvador ainda são muitas, porém, as vantagens do BRT (Bus Rapid Transit) sobre o VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) cada vez mais apontam para a escolha deste modal composto por corredores exclusivos de ônibus e grande capacidade de passageiros.

A declaração da ministra do Planejamento Miriam Belchior de que as licitações do governo, especialmente no setor de transportes, vão dar preferência a obras que tenham projeto executivo, deve interferir diretamente nesta escolha. O BRT é único modelo que obedece tal critério.

A principal discussão gira em torno da escolha de um transporte sobre trilhos ou de um corredor exclusivo para ônibus que corte toda a cidade. No último mês de junho, o governo estadual, por meio do secretário de Planejamento, Zezéu Ribeiro, anunciou que a capital baiana possuiria os dois meios de transporte. Salvador será interligada a Lauro de Freitas com um transporte sobre trilhos implantado na Avenida Luiz Viana Filho (Paralela), um dos pontos de maior tráfego da capital baiana.

O principal benefício do projeto é o de viabilizar o metrô do ponto de vista econômico. Dos seis quilômetros que possui atualmente, ele passaria a ter 34, se incluído o trecho até a Estação Pirajá, ainda em construção. Os demais pontos da cidade seriam abastecidos pelo BRT. Em contrapartida, a execução deste projeto consumiria cifras astronômicas, previstas em até R$ 3 bilhões, além do extenso tempo que demandaria para sua execução.

Representantes da prefeitura, por sua vez, elegem corredores exclusivos de ônibus com grande capacidade de passageiros, ou seja, o BRT, como meio ideal para fazer a ligação entre os municípios, além de cortar toda a cidade.

A União dos Bairros Pela Mobilidade Urbana alerta sobre a existência de um estudo sobre a implantação de uma Rede Integrada de Transporte (RIT), com abrangência em toda capital baiana. O modelo proposto prevê 78 km de BRT e 12 km de Metrô. Diferentemente dos 22 km de metrô proposto pelo governo do estado. De acordo com a proposta, com o mesmo dinheiro, Salvador teria 90 km de vias exclusivas para transporte, 65 novas passarelas, 26 terminais de transbordo, 58 novos viadutos, 13 novos pontilhões e 10 passagens subterrâneas.

A entidade critica ainda o fato de o modelo proposto pelo governo não contemplar regiões periféricas da cidade, a exemplo do Subúrbio, Cajazeiras, Castelo Branco, Rio Sena, Liberdade, Pau Miúdo, São Caetano, Valéria, São Cristóvão, Boca do Rio e demais bairros populosos que, segundo a RIT, teriam caído no esquecimento.

A escolha pelo BRT é endossada pela diretora técnica do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), Ângela Levita. “A opção por BRT em Salvador é devido a sua adequação à nossa problemática de topografia, de uso do solo e da formatação dos movimentos da demanda, ou seja, onde estão as origens e os destinos das viagens. Esta é a melhor opção para a mobilidade de nossa capital”, afirmou. Para as obras de BRT, estão previstos investimentos da ordem de R$ 570 milhões.

A definição sobre qual modal será adotado em Salvador deve ser anunciada nos próximos dias. No total, foram enviados ao governo do estado sete projetos, todos de empresas privadas. A expectativa é de que o lançamento do edital de licitação, que seguirá o modelo de Parceria Público-Privada (PPP), ocorra no mês de agosto. As obras devem começar no início de 2012 e acabar em 2014, antes da Copa do Mundo.

  Propostas apresentadas

A apresentação dos sete projetos que participaram do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) ocorreu no dia 7 de junho deste ano, com transmissão ao vivo pela internet. Um workshop foi promovido para que as empresas e consórcios participantes do processo exibissem seus projetos ao Grupo de Trabalho Executivo (GTE), responsável pela avaliação das propostas.

O consórcio entre o Setps e a Odebrecht Transport propôs a implantação do BRT em duas fases, a primeira, de 41,9 quilômetros, concluída até 2014, e a segunda, de 36,1 quilômetros, interligaria o aeroporto de Salvador ao metrô e ao sistema ferroviário suburbano até 2016. O projeto com custo final de R$ 2,9 bilhões teria 173 estações e terminais, 58 viadutos, 14 pontilhões e 13 túneis, além de ciclovias e calçadas. A capacidade máxima do sistema é de 45 mil passageiros por hora.

A Camargo Correia e Andrade Gutierres, consórcio que também é responsável pela execução das obras e implantação do polêmico Metrô de Salvador, propôs a execução de um metrô de superfície. São 23 quilômetros de linha ligando o município de Lauro de Freitas à Rótula do Abacaxi, passando pelo Aeroporto de Salvador, canteiro central da Paralela e Iguatemi. O projeto que seria implantado em três fases teria o custo final de R$ 2,9 bilhões.

A ATP Engenharia também apostou em um metrô de superfície. Inspirada no sistema de transporte coletivo da cidade do Porto, em Portugal, a proposta contempla a implantação de trilhos entre Lauro de Freitas e Rótula do Abacaxi. Seriam 23 quilômetros de vias exclusivas, construídas em nível de solo, com 19 paradas e capacidade de transportar 60 mil passageiros por hora. O projeto contempla também a integração por um sistema complementar de BRT passando pelas avenidas Orlando Gomes e Pinto de Aguiar. O custo é de R$ 3 bilhões.

Obras divididas em fases

Outra que aposta no metrô de superfície é a Invepar Investimentos, que inclui a OAS e administra a Estrada do Coco e Linha Verde. O projeto possui duas linhas, uma com 20,5 quilômetros, de Lauro de Freitas à estação do Acesso Norte, e outra, com 12 quilômetros, entre Estação da Lapa ao bairro de Pirajá. O custo do projeto é de R$ 3 bilhões. A proposta atenderia aproximadamente 37,8 mil passageiros por hora, podendo chegar a 80 mil.

O grupo baiano Prado Valladares adotou o sistema tipo trollebus, ou BRT elétrico, podendo evoluir até 2030 para metrô. São 41 quilômetros de vias aéreas, composta por pistas elevadas, passarelas e ciclovias. O projeto custa R$ 2,4 bilhões e atenderia 22 mil passageiros por hora até 2014, evoluindo progressivamente até atingir o topo de 60 mil, com a migração do sistema para metrô. A proposta prevê 26 paradas, 126 pontos de acesso às ciclovias e passarelas, e três rodoviárias, uma em Lauro de Freitas, outra em Valéria e a última em Simões Filho.

Com o sistema BRT, a proposta da Metropasse interligaria o centro de Lauro de Freitas à estação da Calçada, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O projeto possui 75 quilômetros de vias exclusivas e contempla a construção de viadutos, passagens subterrâneas e passarelas. Orçado em R$2 bilhões, o sistema possui capacidade inicial de 18 mil passageiros por hora, atingindo o topo de 38 mil, em 2039.

O Grupo Queiroz e Galvão apostou no sistema de monotrilho, um trem encaixado em um único trilho em nível elevado, interligando os municípios de Salvador e Lauro de Freitas. O projeto de 25 km, com 23 paradas, interligaria o aeroporto à Rótula do Abacaxi, passando pela Paralela e seguindo até a Pituba. O custo do projeto é de R$ 2 bilhões e atenderia aproximadamente 49 mil passageiros por hora, em uma velocidade média de 35km/h, com tempo médio de 25 minutos embarcado.



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Brasil se aproxima de 600 ônibus elétricos no transporte público, mas Chile lidera com 2,4 mil

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Visto como uma forma de reduzir a emissão de dióxido de carbono — um dos principais gases do efeito estufa — pelo transporte público, o ônibus elétrico integra a frota de cidades de 11 países na América Latina, segundo o E-Bus Radar, plataforma desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Técnica da Dinamarca. O Brasil é o quarto país com mais veículos do tipo na região, mas tem apenas 578.

Chile (2.456), Colômbia (1.590) e México (752) ocupam as primeiras posições. De acordo com levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a frota nacional conta com 107 mil ônibus para o transporte público, de modo que os elétricos representam apenas 0,5% do total.

Os 578, que incluem 276 veículos movidos a bateria e 302 trólebus (que obtém energia de linhas aéreas), estão espalhados por cinco estados (Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia) e o Distrito Federal. A capital paulista é a cidade com mais ônibus elétricos no transporte público, com 381.

O E-Bus Radar estima que com a quantidade atual, será evitada a emissão de 61,05 quilotons de dióxido de carbono por ano.

Cada país signatário do Acordo de Paris, como o Brasil, estabeleceu metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada. A Contribuição brasileira estabelece que o país deve reduzir as suas emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.

O Brasil também se comprometeu em alcançar emissões líquidas neutras até 2050, ou seja, tudo que o país emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas ou recuperação de biomas. Os gases do efeito estufa contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Nesse cenário, o ônibus elétrico aparece como uma ferramenta importante. Porém, para sua implementação no transporte público no território brasileiro, há uma série de desafios a serem superados, e isso tem impedido sua disseminação nas frotas em ritmo acelerado no país.

Entre os desafios, estão o custo mais elevado que o dos ônibus convencionais, a necessidade de preparação da rede elétrica das cidades para suportar maior consumo de energia e a importância de capacitar pessoas para fazer a manutenção dos novos veículos.

O economista Wesley Ferro, secretário-executivo do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (Instituto MDT), explica que o ônibus a bateria "custa na faixa de R$ 3 milhões, R$ 3,5 milhões". Já um ônibus a diesel convencional, mesmo com motor de tecnologia mais moderna, que possui um nível de emissões de gases menor, está na faixa de R$ 800 mil.

"A diferença [de preço] entre um ônibus e outro é grande. Então o volume de recursos que precisa para investimento em frota é muito mais alto", pontua o especialista.

Ele salienta que você comprar um ônibus de R$ 3,5 milhões e colocá-lo para operar em uma cidade que não tem infraestrutura exclusiva para ônibus nem recursos assegurados para o financiamento do transporte público, como é caso da maioria ou todas as cidades brasileiras, "é um investimento de alto risco". Dessa forma, muitas vezes, a preferência dos governos locais acaba sendo por investir num ônibus que não terá emissão zero de gases, mas possui motor Euro 6, por exemplo, que emite muito menos que outros mais antigos.

Em relação à preparação da rede elétrica das cidades, ele ressalta que São Paulo, por exemplo, estabeleceu uma meta para ter 2.600 ônibus elétricos na frota municipal até o final de 2024, mas não conseguiu avançar rapidamente para alcançá-la. O motivo é porque esbarrou "num grande problema": a necessidade de investimentos em infraestrutura de instalação para garantir o fornecimento de energia para os veículos que estão sendo implementados.

"Os estudos técnicos que foram feitos lá em São Paulo mostraram que se você tivesse 50 ônibus carregando ao mesmo tempo durante um período em determinada região, você derrubava a energia do restante da população toda".

O doutor em transportes Pastor Willy Gonzales Taco, líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias (GCTNT), da Universidade de Brasília, reforça que os ônibus elétricos vão consumir a mesma energia que já é consumida na cidade para vários tipos de uso.

"Como as cidades [brasileiras] estão preparadas para isso? Ninguém se preparou para isso. E aí entra um concorrente, que vem a ser os veículos particulares de passeio, que já consomem energia, iria ter um bom número de veículos elétricos percorrendo as vias".

Para o especialista, é preciso "compreender as potencialidades de produção energética de cada cidade. Cada cidade tem sua característica. Alguns municípios Brasil já estão implementando há um bom tempo outros tipos de energia para sustentar os veículos. Biodiesel e assim vai".

Ele salienta que o planejamento do município para comprar ônibus elétricos precisa considerar ainda o fato de que o modelo pode já se tornar ultrapassado no ano seguinte, visto que a tecnologia avança rapidamente.

Autonomia
De acordo com Wesley Ferro, a autonomia dos ônibus elétricos com bateria é menor que dos ônibus convencionais.

"Esses primeiros ônibus elétricos que foram incorporados nas redes, nas cidades, eles têm a autonomia muito baixa, na faixa de 200 km, no máximo 250 km. Portanto, para operarem, eles são colocados em linhas muito específicas, que são linhas com extensões menores", afirma. As linhas costumam também não ter muitas subidas.

No caso do trólebus, há a questão de ser pouco flexível, por depender da rede elétrica. A circulação fica restrita a vias que possuam rede aérea de energia.

Falando sobre as experiências internacionais, o secretário-executivo do Instituto MDT diz que o Chile e a Colômbia já estão no processo de eletrificação do transporte público há mais tempo que o Brasil. Em Bogotá, capital colombiana, a multinacional italiana Enel, que atua no ramo de geração e distribuição de eletricidade e gás, ajuda na compra de ônibus elétrico e distribui para operadores.

Investimentos em transporte público
O transporte público por si só é uma forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, porque diminui o número de veículos particulares em circulação.

Segundo o relatório de síntese sobre o diálogo técnico do primeiro balanço global do Acordo de Paris, publicado pelo secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas em setembro de 2023, o transporte contribui com aproximadamente 15% das emissões globais de gases do efeito estufa, e a eliminação gradual de motores de combustão interna e o uso de veículos elétricos "oferecem o maior potencial de mitigação no setor".

"Além disso, intervenções do lado da demanda, como a mudança de modos de transporte (por exemplo, para caminhar e usar o transporte público), serão essenciais no contexto de repensar a mobilidade".

A organização ambientalista World Resources Institute, de Washington, nos Estados Unidos, ressalta que ônibus e trens podem diminuir as emissões de gases de efeito estufa em até dois terços por passageiro por quilômetro em comparação com os veículos particulares.

Entretanto, o Orçamento da União de 2024 prevê um percentual pequeno de despesas com apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e capacitação de recursos humanos para transportes coletivos urbanos, as ações orçamentárias mais específicas sobre transporte público.

As dotações atuais são de R$ 140,4 milhões, R$ 591 milhões e R$ 1,2 milhão, respectivamente, representando somadas 0,01% dos R$ 5,39 trilhões previstos pelo Orçamento com despesas. Dos totais, R$ 88,5 milhões, R$ 111,5 milhões e R$ 283,5 mil foram realizados até o momento.

Em relação às emendas parlamentares, dos 213 congressistas da Frente Parlamentar Mista do Transporte Público, apenas o deputado Marcello Crivella (Republicanos-RJ) direcionou quantia para alguma dessas ações orçamentárias, sendo R$ 400 mil para apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano. A dotação atualizada total das emendas dos parlamentares da frente é de R$ 8,6 bilhões.

Ainda em relação às emendas, no total, são direcionados R$ 17,1 milhões para funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, com as bancadas de Goiás e Rio Grande do Norte tendo direcionados montantes também.

Para Wesley Ferro, o tema do transporte público ainda está distante da agenda de prioridades do setor público no Brasil.

Também, de acordo com ele, apesar de alguns processo estarem em andamento, como a discussão da renovação de frota elétrica, a chegada de linhas de financiamento de parceiros e bancos, como o BNDES, e a discussão de um marco legal para o transporte público (proposta tramitando no Senado), a política de mobilidade urbana "não é prioridade" do governo federal nem dos estados e municípios.

"Faltam recursos, falta qualificação de corpo técnico, faltam projetos qualificados para serem implementados", pontua.

Wesley ressalta que, historicamente, o sistema de transporte público no país "foi sempre financiado basicamente pela tarifa paga pelos usuários".

"A receita gerada nas catracas era a única fonte de financiamento do sistema de transporte público. Então servia para custear o sistema, manter o sistema em operação, e minimamente para fazer algum nível de investimento".

Com a queda da demanda durante a pandemia, mas necessidade de manter a oferta do serviço, visto que trabalhos essenciais não pararam, a fragilidade do modelo ficou evidente. A Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, acrescenta Wesley, "já apontava alguns caminhos que deveriam ser adotados para você mudar esse quadro, ter financiamento para o transporte público". Porém, para os instrumentos de gestão de política de mobilidade urbana apresentados serem implementados nas cidades, eles pressupõem "que você compre algumas brigas dentro da cidade".

É possível, por exemplo, a taxação do uso do automóvel dentro dos municípios. "Mas esse é um caminho que os gestores evitam. Ninguém quer que se indispor com determinados setores da sociedade".

O secretário-executivo do Instituto MDT salienta ainda que a transição energética não resolve "o problema do transporte público no Brasil", ou seja, você reduz emissões, pode estar cumprindo metas pactuadas nos acordos internacionais, mas se o transporte público continuar sem infraestrutura exclusiva para circulação nas cidades, como faixas e corredores exclusivos, corre-se o risco de ter uma frota eletrificada presa em congestionamento.

"Portanto, a infraestrutura tem o poder de contribuir também para a redução de emissões, num nível muito próximo do que você imagina com a substituição da frota por outra matriz".

O Instituto MDT apoia a implementação, no país, de um Sistema Único de Mobilidade. "A gente defende que esse é um caminho para que o transporte público possa ser de fato o grande estruturador das cidades e a grande prioridade das gestões públicas".

Na opinião de Taco, a atenção dos congressistas e do governo federal ao transporte público "está mais voltada à questão dos subsídios".

"Quando você vê as diversas demandas que se tem, é justamente mais voltada para os subsídios, ou seja, para atender os custos derivados da operação do transporte. Em termos especificamente de infraestrutura, tem havido uma paralisação ao longo dos anos".

Segundo o líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias, ao se observar os investimentos que os municípios fazem, salvo exceções e algumas grandes regiões metropolitanas, percebe-se que eles estão voltados mais para infraestrutura para o carro do que ao transporte público.

Atuação do BNDES
Em maio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que financiará a renovação da frota de ônibus em municípios brasileiros. "Ao todo, serão investidos R$ 4,5 bilhões para aquisição de 1.034 ônibus elétricos e 1.149 ônibus Euro 6, que reúnem o que há de mais moderno no mundo em termos de eficiência energética e baixo consumo de combustível", acrescentou o comunicado.

O banco explicou que a renovação de frota com veículos sustentáveis é uma das modalidades do Novo PAC Seleções. Ela prevê a destinação de R$ 10,5 bilhões para a aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 ônibus Euro 6 e 39 trens para atender 98 municípios. "Além do financiamento do BNDES, no valor de R$ 4,5 bilhões, a Caixa Econômica Federal financiará 39 trens, 1.495 ônibus elétricos e 1.633 ônibus Euro 6, com investimento de R$ 6 bilhões para essa modalidade".

A diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, Luciana Costa, reforça algumas das dificuldades para implementação do ônibus elétrico no transporte público, como o custo bem mais elevado para compra do veículo. Luciana ressaltou vantagens dele em relação ao convencional: possui um custo de manutenção cerca de 80% menor; custo de operação "muito menor", porque energia elétrica é muito mais barata do que diesel; ajuda o país no cumprimento do Acordo de Paris, por não emitir gases do efeito estufa; é silencioso; e não emite poluentes.

Conforme a diretora, diante desses benefícios, o investimento em eletromobilidade, embora ele seja maior inicialmente, "é um investimento que se repaga". Ela pondera que, em alguns lugares no país, ainda não caberá uma frota eletrificada, porque as prefeituras brasileiras têm capacidades financeiras muito diferentes entre si.

Luciana salienta que o Brasil possui "um grande déficit" de infraestrutura de mobilidade urbana, estimado pelo BNDES em R$ 360 bilhões.

"Em 2022, foi investido 0,06% do PIB em mobilidade urbana nos modais de média e alta capacidade. Dentro desse número de R$ 360 bilhões, a gente não considera ônibus. A gente só considera metrô, VLT", explicou. A meta do banco é elevar o percentual de investimento para 0,25% do PIB.

Segundo Luciana, "o histórico de investimento no Brasil, seja em média e alta capacidade, seja em ônibus, é de instabilidade, imprevisibilidade e insuficiência. Por isso que essa pauta de mobilidade urbana, desde que essa gestão assumiu o BNDES, se tornou uma das grandes prioridades, nós sabemos que o desafio é enorme".

O banco está realizando um estudo nacional de mobilidade urbana para identificar qual seria a estrutura de média e alta capacidade que deveria ser implementada. A ideia é criar um banco de projetos para média e alta capacidade, que servirá deum insumo para a estratégia nacional de mobilidade urbana. O estudo começou no início deste ano e deve ser concluído no início do próximo ano. O custo para sua realização será de R$ 27 milhões.

Exemplo de Curitiba
Curitiba, que tem sete ônibus elétricos em sua frota do transporte público, sendo seis que começaram a circular em julho e um que deve começar a circular em agosto, tem como meta fazer com que 33% de sua frota seja elétrica até 2033 e 100% até 2050. Hoje, no total, são 1,1 mil ônibus na capital paranaense.

Segundo a Urbs, que gerencia o transporte coletivo na cidade, 54 ônibus elétricos vão ser adquiridos em 2025, com R$ 380 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Mais 70 estão programados com lei aprovada na Câmara Municipal de Curitiba, que prevê recursos de R$ 317 milhões nos veículos".

Questionada se a prefeitura entende que o investimento em transporte público e na descarbonização da frota são medidas importantes para o enfrentamento das mudanças climáticas, disse que "sem dúvida". "Os novos ônibus representam um salto tecnológico e um passo decisivo rumo a uma Curitiba mais sustentável. Sem emissões, sem ruído, com maior conforto térmico, eles trazem uma série de benefícios para a população".

O projeto de descarbonização da frota do município começou em 2018, e, em 2023, teve início os primeiros testes com veículos elétricos. Foram testados ônibus das marcas BYD, Eletra, Marcopolo, Volvo e Ankai até o momento.

"Em paralelo, Curitiba comprou os primeiros veículos elétricos. Cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo".

Os ônibus elétricos são os primeiros da frota da cidade com ar-condicionado. Possuem piso baixo para melhor embarque e desembarque de pessoas com mobilidade reduzida e contam também com entradas USB para recarga de celulares e sistema de anúncio de fechamento das portas. Em relação aos bancos, 20% são reservados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os veículos têm dois espaços para cadeirantes.

"O novo contrato de concessão do transporte coletivo, previsto para 2025, que está sendo formatado em parceria com o BNDES, já contemplará, na sua origem, a operação também de frota elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa", diz a Urbs.

O novo modelo de concessão será o primeiro do Brasil a contemplar, já na sua origem, a prioridade de redução de emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética; de acordo com a Urbs, isso "traz também segurança jurídica". Os dois grandes projetos do transporte coletivo em andamento em Curitiba — novo Inter 2 e BRT Leste-Oeste — terão frota elétrica.

A Urbs pontua que as precisam ser "mais resilientes às mudanças climáticas" e buscar soluções para "mitigar esse problema e evitar seu agravamento". "A eletrificação da frota das cidades é um passo importante para tornar as cidades mais sustentáveis, com zero emissões de gases do efeito estufa, de material particulado, e de poluição sonora".

A empresa pondera que, como toda nova tecnologia, apresenta desafios, por exemplo a forma de estruturação da aquisição dos veículos, e a oferta de ônibus e de fontes de financiamento.

Informações: SBT News

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Conheça o novo trem de maglev da China

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

A China acaba de dar mais um passo gigantesco em direção ao futuro do transporte de alta velocidade. Durante um teste recente, o país apresentou seu mais novo projeto: um trem “voador” que atingiu impressionantes 1.000 quilômetros por hora, desafiando os limites da tecnologia ferroviária. Esse avanço pode transformar completamente a forma de deslocamento, tornando viagens entre grandes cidades, como Pequim e Xangai, uma questão de minutos.
O projeto é uma colaboração entre o governo da Província de Shanxi e a China Aerospace Science and Industry Corp, e promete revolucionar o transporte em terras chinesas.

O trem “voador” é, na verdade, um sistema de transporte baseado na tecnologia maglev (levitação magnética) em um tubo de vácuo. Esse sistema permite que o trem flutue sobre os trilhos, eliminando praticamente todo o atrito e permitindo que ele atinja velocidades extremas. Durante o teste, realizado em uma linha de 2 quilômetros, o trem atingiu 1.000 km/h, um marco impressionante que foi possível graças à combinação de levitação magnética e um ambiente de baixa pressão.A equipe testou não apenas a velocidade máxima, mas também a eficiência dos freios e a estabilidade da suspensão magnética.


Os resultados prometem acelerar o processo para futuras avaliações e, possivelmente, a implementação comercial. Com essa nova tecnologia, a velocidade extrema alcançada pelo trem “voador” tem o potencial de reduzir drasticamente o tempo de viagem entre as principais metrópoles chinesas.

No entanto, como bem ressaltou Sun Zhang, especialista em ferrovias da Universidade Tongji, ainda há um longo caminho pela frente. Antes que o público possa começar a embarcar nessa nova forma de transporte, serão necessários testes rigorosos de segurança.

A China lidera a corrida tecnológica nas ferrovias

A ideia de transporte em tubos de baixa pressão, conhecida como Hyperloop, não é nova. Elon Musk foi quem primeiro apresentou a proposta em 2013, mas desde então, poucas empresas conseguiram avanços significativos. A China, porém, com sua vasta rede ferroviária e alta densidade populacional, emerge como um dos lugares mais promissores para a viabilidade comercial dessa tecnologia revolucionária.

Com a conclusão das obras do projeto em novembro de 2023, a China demonstra que não está apenas explorando possibilidades; ela está moldando o futuro das ferrovias globais. Ao integrar tecnologias aeroespaciais e ferroviárias, o país asiático não só está abrindo caminho para viagens mais rápidas e eficientes, mas também está se posicionando como líder mundial em inovação tecnológica.

Informações: Engenharia Compartilhada

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Em Salvador, Decisão entre BRT e VLT sairá até dia 30

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sistema BRT em Curitiba
As vias da mobilidade urbana em Salvador levam a implantação do BRT (Bus Rapid Transit), sistema de transporte coletivo inventado em Curitiba, que Bogotá aperfeiçoou, para orgulho dos colombianos, e outras metrópoles do mundo aderiram. Entretanto, apesar de técnicos da prefeitura e dos governos estadual e federal estarem debruçados sobre o projeto, ainda não está definido qual o sistema que predominará em Salvador, com vistas a Copa do Mundo, se BRT ou Veículo Leves sobre Trilho (VLT). Entretanto, até 30 de março, o projeto básico deverá ser conhecido e as obras iniciadas ainda no segundo semestre deste ano, com prazo de conclusão em dezembro de 2013.

Conforme Francisco Santos Rocha, coordenador de planejamento de transportes do município, ainda não há o conhecimento do projeto como um todo. “O foco que mais aparece é o da Paralela, que se tornou polêmico e fica parecendo discussão de futebol”. Segundo ele, que já proferiu palestras em faculdades e na Câmara Municipal de Salvador, para esclarecer as alternativas viáveis para o transporte de massa na capital baiana, há dois anos técnicos da prefeitura realizam estudos sobre as possibilidades da mobilidade urbana soteropolitana.

 Rocha, que visitou Bogotá em 2007 para observar os prós e contras do sistema que encantou os bolivianos, aponta o sistema BRT como o mais viável para a cidade, por ser “uma alternativa de menor custo, menor prazo de implantação e mais flexibilidade para atender as necessidades da cidade”.

O governador Jaques Wagner, atento aos estudos em andamento sobre a viabilidade econômica e técnica dos sistemas, já demonstrou não ter predileção por nenhum deles e manifestou através de sua assessoria de comunicação, que “o fundamental é um projeto de mobilidade urbana para Salvador concebido dentro de uma lógica de articulação dos moldais existentes”. Desta forma, para o governo do estado não importa se BRT, VLT ou Metrô, se a busca é um sistema metropolitano de transporte integrado.

Francisco Rocha diz que a prefeitura também é a favor desta integração. “Salvador tem uma característica urbana  própria que pede um sistema multimodal, integrando a capital e a Região Metropolitana através de vias alternativas de ônibus, trem, metro e ciclovias”, ressaltou. Sendo assim, a Paralela poderá ter uma via exclusiva de ônibus do sistema BRT, ligando o aeroporto ao acesso norte, com corredores transversais chegando até a Pituba e estações da Lapa e Calçada, num total de 86 km.

Enquanto o poder público estuda as alternativas para o transporte público de Salvador, o que há de concreto é uma verba de R$ 570 milhões, recursos do PAC via Ministério das Cidades, para se dar início as obras do sistema após licitação.  Até 30 de abril será apresentada pelos técnicos envolvidos, a proposta dos projetos complementares que contemplarão a construção dos demais corredores da mobilidade urbana soteropolitana, para os quais serão necessárias mais verbas.

Para Horácio Brasil, superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), que confia na implantação do sistema BRT, “o Metrô é a melhor coisa do mundo para a cidade, mas para ser levado a sério teria que chegar até Cajazeiras, a onde tem uma população carente”.

 Em sua opinião, a aproximação política entre o governo do estado e governo municipal vai “gerar a energia necessária para prevalecer o bom senso. Ficaria muito feliz se alguns dirigentes visitassem algumas cidades do mundo que já têm o sistema BRT, como Los Angeles( USA), Nante (França), Stambul ( Turquia), Xangai (China) e Bogotá. VLT  é brincadeira de europeu rico. Ao meu ver o BRT é o único sistema que pode trazer resultados a curto prazo, com custo menor e eficiência”, afirmou.


Em meio a discussão sobre o futuro do transporte de massa de Salvador, o professor da UFBa Marco Aurélio Filgueiras, coordenador do Observatório da Copa, conclui: “ O problema é tão grande que deveria ter sido enfrentado com seriedade há muito tempo. Eu acho que o BRT em si não vai resolver os problemas da cidade. Não adianta pensar só nisso. Tem que ter articulação com o Metrô e integração com o sistema como um todo, além de incentivo ao transporte de duas rodas, em especial ciclovias como alternativas. Estes três anos serão decisivos para a resolução dos problemas”.



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Subsídio ao transporte público atinge R$ 12 bi por ano e desafia futuros prefeitos

sexta-feira, 12 de julho de 2024

O valor total de subsídios para o transporte coletivo por ônibus já chega a R$ 12 bilhões anuais e pressiona o caixa de prefeituras em todo o país. Antes da pandemia de covid-19, apenas três grandes cidades subsidiavam o sistema: Brasília, Curitiba e São Paulo.

Hoje, 237 municípios usam subsídios para amortecer as tarifas dos passageiros, incluindo 18 capitais e seis regiões metropolitanas. Os dados foram compilados pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e repassados à CNN. De forma geral, isso mostra o tamanho do desafio que aguarda os prefeitos que serão eleitos (ou reeleitos) em outubro.

Em última instância, a própria estrutura de financiamento do setor está em xeque. Por um lado, os municípios têm escassez orçamentária para bancar as subvenções.
Por outro, o número de passageiros é incapaz de sustentar o sistema tal como ele funciona atualmente.

Entre 1995 e 2019, o transporte coletivo nas nove principais capitais brasileiras perdeu 45% de seus passageiros por ônibus.

Com a pandemia, o número de passageiros transportados despencou novamente. A demanda se recuperou, mas ainda está 15% abaixo do patamar pré-pandemia.

Para a NTU, há mudanças estruturais que explicam esse declínio. Além da opção pelo transporte individual, com o crescimento da frota de motos nos últimos tempos, algumas alterações reduziram o volume de deslocamentos: o teletrabalho (home office), o aumento do ensino a distância, a popularização do comércio eletrônico.

“Não podemos mais perder passageiros”, diz o diretor-executivo da NTU, Francisco Christovam.

“E ainda temos condições, com melhorias no serviço, de atrair uma população ávida por usar o transporte coletivo”.

Em um estudo recente, a associação indicou potenciais novas formas de financiamento para o setor. Entre as alternativas listadas, estão:

– Tarifa sobre a exploração de transporte remunerado por aplicativo (como Uber e 99);
– Exploração de estacionamentos rotativos ou de estacionamentos de longa duração nas vias públicas;
– Taxação sobre estacionamentos privados e outros polos geradores de tráfego;
– Tarifas de congestionamento ou pedágio urbano;
– Custeio dos benefícios tarifários (gratuitades e meia-tarifa) pelos orçamentos da União, estados e municípios.

Marco legal
Enquanto isso, um marco legal da mobilidade urbana está em discussão no Senado.

O PL 3278 foi apresentado em 2021 pelo então senador Antonio Anastasia (MG), hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), e ganhou um substitutivo ao projeto em maio deste ano.

O texto foi apresentado pelo relator, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), com base em documento elaborado pelo Ministério das Cidades. A pasta ouviu dezenas entidades do setor no âmbito do Fórum Consultivo de Mobilidade Urbana.

A ideia é votar o projeto no segundo semestre de 2024, no Senado, embora os trabalhos legislativos estejam mais lentos por causa das eleições municipais em outubro.

“É um texto bem alinhado com todo mundo. Foram meses e meses de discussões, com amplo acompanhamento do setor e da sociedade civil”, disse à CNN o secretário nacional de Mobilidade Urbana, Denis Andia.
Os serviços de transporte público são de titularidade municipal (ônibus) ou estadual (trens e metrôs), mas uma legislação nacional criaria um marco jurídico do que pode ou não ser aplicado pelos prefeitos e governadores.

Pelo projeto, o poder concedente dos serviços de transporte coletivo poderá constituir um “fundo de estabilização” para receber os recursos provenientes da cobrança de receitas alternativas.

Além de possibilidades mencionadas no estudo da NTU, como pedágio urbano e a cobrança de “tributos ou tarifas” de plataformas tecnológicas que fazem a intermediação do transporte individual, o substitutivo do projeto abre caminho para a “cobrança de contribuição de melhoria decorrente de valorização imobiliária privada ocorrida em razão de investimentos públicos em mobilidade urbana”.

Na prática: se uma nova linha de metrô for construída, imóveis nas proximidades das estações muito provavelmente serão valorizados.

Com o marco legal, abre-se espaço para que o poder público ajuste o IPTU ou introduza alguma contribuição para capturar essa valorização e dotar o sistema de mais recursos.

Esses recursos precisariam ir necessariamente, porém, para esse novo fundo — para bancar a modicidade tarifária ou novos investimentos em mobilidade.

Andia esclarece que nada disso será obrigatório, mas uma legislação nacional permitiria que gestores municipais ou estaduais implementem esse tipo de medida com mais previsibilidade.

“O marco traz segurança jurídica para pontos que hoje são nebulosos”, afirma.

O projeto exige licitação para os serviços de transporte coletivo de passageiros e veda contratos de natureza precária, como ocorre hoje em inúmeras prefeituras.

Com isso, surgem também exigências de controle e metas de qualidade para a prestação dos serviços.

Quem não seguir a previsão legal deixaria de ter acesso a recursos federais, além de ficar sujeito a contestações do Ministério Público e da Justiça.

É algo semelhante ao que ocorre no marco legal do saneamento básico.

“Isso tudo cria uma dinâmica de, ao longo do tempo, privilegiar [com recursos e financiamento da União] quem se adequou ao marco”, acrescenta o secretário do Ministério das Cidades.

Informações: CNN Brasil

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