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Projeto de lei prevê proibição de bicicletas e veículos elétricos nas ciclovias do Rio de Janeiro

domingo, 7 de abril de 2024

O projeto de lei nº 2467/2023 estabelece novas regras para o uso de bicicletas e veículos elétricos em ciclovias e ciclofaixas no Rio de Janeiro. No ano passado, a primeira versão do texto, que previa a proibição de qualquer veículo leve elétrico nas ciclovias cariocas, acabou sendo vetada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD). O texto recebeu alterações e, agora, retornou para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro para votação.

Elaborada pelo vereador Dr. Gilberto (Solidariedade), a nova proposta permite o uso de bicicletas elétricas sob algumas condições. De acordo com o texto, apenas é permitida a circulação nas ciclovias e ciclofaixas de modelos com pedal assistido, sem acelerador, com velocidade máxima de 25 km/h e potência nominal máxima de até 350 W. Procurado pela reportagem, o vereador Dr. Gilberto não respondeu à solicitação de entrevista.

O projeto de lei sobre a proibição de bicicletas elétricas também permite, em específico, o uso de equipamentos auxiliares de mobilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Veículos como ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos continuam proibidos de transitar nas ciclovias.

Proibição de bicicletas elétricas
Pedro Duarte (Novo) foi o único vereador com voto contrário ao primeiro texto. “O projeto era muito ruim e não é que nós não defendemos nenhuma regulamentação, mas [ela precisa] autorizar as bicicletas elétricas, dando condições equilibradas”, afirma.

Para o vereador, mesmo o novo projeto de lei com as alterações ainda apresenta problemas. Do ponto de vista legal, de acordo com o vereador, não é competência da Câmara de Vereadores legislar sobre as regras de trânsito. “Não cabe à Câmara Municipal definir o limite de velocidade […], a gente define o que é complementar, mas a legislação de trânsito compete ao governo federal”, explica. No Rio de Janeiro, a autoridade responsável pelo gerenciamento do trânsito é a Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio).

Ainda sem previsão de votação, de acordo com a assessoria de Duarte, na última terça-feira, 2, a pauta era a 28ª na ordem do dia. “Esse novo projeto se baseia na antiga resolução [996] do Contran, […] é muito difícil achar um modelo que se encaixe em todas essas restrições”, afirma. O texto a que ele se refere é a resolução de 2022 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), atualizada em 2023.

A última versão da publicação do Contran que define as categorias dos veículos leves elétricos não alterou as características que definem uma bicicleta elétrica, mas mudou os valores máximos de potência e velocidade de assistência do pedal. Desde então, as bicicletas elétricas podem conter motores com potência máxima de 1000 W (mil watts) e velocidade limite de 32km/h.

Legislação nacional

A primeira publicação sobre bicicletas elétricas a nível nacional pelo Contran aconteceu em 2009. “Em 2013, tivemos uma legislação mais específica sobre cicloelétricos e em 2023 uma atualização da legislação”, explica Sérgio Oliveira, diretor executivo da Abraciclo. Em 2022, o Contran estabeleceu novos parâmetros para as bicicletas elétricas, mas no ano seguinte, atualizou o texto novamente.

De acordo com o Ministério dos Transportes, a atualização ocorreu para acompanhar o aumento significativo desse tipo de veículo em circulação pelas cidades e a necessidade de um regramento para o tráfego. O novo texto deixou ainda mais clara a classificação dos veículos e equipamentos, e ampliou os valores mínimos de potência e velocidade das bicicletas elétricas.

Informações: Estadão

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Sistema Bike Rio ganhará 200 estações e chegará a regiões como Porto, Tijuca e Barra

domingo, 16 de junho de 2013

Desde outubro de 2011, já foram mais de 1,8 milhão de viagens com as magrelas. Agora, os planos são espalhar pelo Rio o sucesso das bicicletas de aluguel. A cidade ganhará 200 novas estações do sistema Bike Rio, que vão se juntar às 60 atuais. Com a expansão, o número de bicicletas disponíveis quadruplicará: passará de 600 para 2.600, como adiantou a coluna Gente Boa, semana passada. E a previsão é que elas cheguem a outras regiões, além da Zona Sul e do Centro, que concentram os pontos de retirada hoje. Os lugares exatos onde as estações ficarão ainda serão definidos. Mas a Secretaria municipal da Casa Civil adianta que áreas próximas a ciclovias e regiões que receberão equipamentos olímpicos, como Barra, Zona Portuária e o entorno do Maracanã e do Engenhão, terão prioridade.

O edital de licitação para ampliação do sistema, que deve ser publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial do município, determina que, após a assinatura do contrato, a localização das estações seja definida em até 30 dias, com prazo de um ano para instalação dos equipamentos. A escolha seguirá orientações da Secretaria municipal de Meio Ambiente, que sugeriu 346 pontos, dos quais 200 serão selecionados. Na lista de sugestões estão estações na Zona Sul (91 pontos), Barra (58), Recreio (16), Centro (70), Tijuca e Maracanã (20), Vila Isabel (12), Grajaú (seis), Ilha (20), Engenho Novo e Méier (15), Praça Seca (11), São Cristóvão, Curicica e Madureira (nove em cada bairro).
Na Tijuca, os adeptos das bicicletas comemoram a possível chegada do Bike Rio. Mas cobram que, junto à novidade, sejam construídas mais ciclovias, uma vez que a região ainda tem uma pequena malha cicloviária. O ciclista Alexandre Dias, de 35 anos, por exemplo, afirma que andar de bike em meio ao trânsito hostil de ruas como a Conde de Bonfim é um verdadeiro desafio. Mesma impressão do entregador Diogo da Silva Santos, de 19 anos, que trabalha todo dia de bicicleta no bairro.

— Sábado passado, um ônibus quase me atropelou. Tive que me jogar na calçada para não me machucar. O ciclista não é respeitado. Muitos motoristas sequer conhecem bem o Código de Trânsito. Não sabem que podemos andar pelo bordo da pista, no sentido dos carros. E, quando nos veem, xingam e buzinam para sairmos da pista. Mais ciclovias seriam muito bem-vindas — diz.

Valor dos passes será mantido

Secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo garante que, além da expansão do Bike Rio, aumentará o número de ciclovias na cidade. Até 2016, diz ele, o planejamento é chegar a 450 quilômetros, 150 a mais do que atualmente, inclusive em áreas como a Tijuca. Com o estímulo ao uso das bicicletas, ressalta, a expectativa é que, nessa nova fase do Bike Rio, o sistema deixe de ser basicamente usado apenas para o lazer, mas que uma quantidade crescente de usuários comece a utilizá-lo como transporte para o trabalho ou outras atividades do dia a dia.

— Nossa ideia é que a pessoa possa ir, por exemplo, do Recreio à Barra de bicicleta. No edital, deixamos inclusive aberta a possibilidade de o sistema ser incluído no bilhete único — diz Pedro Paulo, ressaltando que os preços atuais dos passes para aluguel das bikes (R$ 10 para o mensal e R$ 5 para o diário) serão mantidos.

Usuários cadastrados já são 160 mil

Com valor de outorga mínima de R$ 25 milhões, o novo contrato do sistema terá vigência de 5 anos. A licitação incluirá não só as 200 novas estações, mas também as 60 já existentes (operadas até setembro próximo pela Serttel e pelo Itaú, que também poderão participar da nova disputa). Hoje, o Bike Rio já tem mais de 160 mil usuários cadastrados e uma média de 10 mil viagens por dia. Números que, para o subsecretário municipal de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, mostram que a demanda futura pelas bicicletas de aluguel pode ser ainda maior.

— Foi um sucesso além do esperado. Quando começamos, tínhamos 12 estações, em Copacabana e Ipanema. Poucos acreditavam no programa. Mas hoje a cidade inteira quer mais bicicletas. O carioca aderiu. E, em breve, nossa ideia é integrar o Bike Rio, por exemplo, às estações de BRT — diz Altamirando, lembrando que o Rio é a cidade com maior número de viagens de bicicleta do Brasil, 1 milhão por dia, contra 250 mil de São Paulo.

Amantes, mas numa relação nem sempre tão amigável

Bem que a advogada Thaily Pizarro, de 26 anos, gostaria de ir de casa, em Copacabana, para o trabalho, no Humaitá, de bicicleta. Mas as dificuldades de fazer o percurso pedalando a levaram a recuar da pretensão. Embora o Rio tenha a maior malha cicloviária do país e planeje ampliar o sistema Bike Rio, a cidade nem sempre é tão amigável assim aos ciclistas, como demonstram episódios recentes como a morte do triatleta Pedro Nikolay, atropelado em abril em Ipanema.

— Só não vou para o trabalho de bicicleta por isso: em Botafogo, teria que passar por trechos sem ciclovia e com trânsito intenso. Acho perigoso. Além disso, eu me sinto insegura de atravessar de bicicleta os túneis que ligam Copacabana a Botafogo. Várias amigas já tiveram bicicletas roubadas ali — diz Thaily, que, apesar disso, recorre à bicicleta em trajetos curtos, e fez um cadastro do Bike Rio semana passada.

Pedestre também reclama

Embora a convivência entre ciclistas e motoristas realmente não seja tão pacífica no Rio, o engenheiro de transportes Alexandre Rojas, da Uerj, afirma serem positivas ideias como a expansão do Bike Rio. Para ele, o aumento do número de bicicletas nas ruas estimulará não só mais investimentos em ciclovias, mas também forçará mudanças de hábitos dos motoristas e, inclusive, dos ciclistas. Afinal, constata quase diariamente a aposentada Rosângela Elídio, de 60 anos, moradora de Copacabana: também são comuns os desrespeitos às leis de trânsito por parte dos que seguem nas magrelas.

— Na ciclovia da Avenida Atlântica, quando o sinal de trânsito fecha para carros e ciclistas, dificilmente quem vem de bicicleta para. Somos nós, pedestres, que temos de esperar eles passarem.

Por Suzana Velasco
Informações: O Globo
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Rio vai ganhar mais 11 estações de aluguel de bicicletas

domingo, 27 de setembro de 2009

Bairros contemplados serão Gávea, Ipanema, Leblon e Lagoa. Ao todo, serão 19 estações e 190 bicicletas em outubro.

A partir de outubro, os cariocas vão ganhar mais 11 estações de bicicletas de aluguel. A iniciativa faz parte do projeto Pedala Rio e vai contemplar os bairros da Gávea, Ipanema, Leblon e Lagoa, todos na Zona Sul do Rio.
As estações ficarão em pontos como a Praça Santos Dummont, na Gávea; Praça Antero Quental e Jardim de Alah, no Leblon; Parque do Cantagalo e Praça General Osório, em Ipanema. Atualmente, o Rio tem oito estações de aluguel de bicicletas em Copacabana, também Zona Sul. Com os novos pontos, a cidade terá 19 estações e 190 bicicletas. Em dezembro, os próximos bairros contemplados serão Botafogo, Flamengo, ambos na Zona Sul, e o Centro da cidade, onde mais 19 estações serão construídas e outras 190 bicicletas ficarão à disposição da população. Até o ano que vem serão instaladas mais 12 estações na Tijuca, na Zona Norte. “Com isso iremos completar a primeira fase do projeto, composta de 50 estações e 500 bicicletas”, explica Angelo Leite, presidente da Serttel, empresa responsável pela implantação do Pedala Rio. A prefeitura do Rio prevê a instalação de faixas exclusivas, compartilhadas e zonas 30.
Segundo Leite, desde a implantação do sistema, em dezembro de 2008, foram registrados apenas quatro furtos. "Nossas bicicletas se enquadram na categoria das chamadas smart bikes ou bicicletas inteligentes. Desde a inauguração, nosso sistema registrou apenas quatro casos isolados de furto e vandalismo em janeiro deste ano, o que é insignificante se comparado com os índices europeus", ressaltou.
Como alugar
Para alugar, o usuário tem que adquirir passes, que dão direito a viagens de até 30 minutos. Acima deste período, o usuário passa a pagar um valor adicional, chamado de viagem remunerada.
O passe pode ser de 1 dia (R$ 10), 3 dias (R$ 15), 6 meses (R$ 50) ou 1 ano (R$ 100). É preciso fazer um cadastro no site http://www.mobilicidade.com.br/ para adquirir os passes eletrônicos.
O pagamento é feito com cartão de crédito e as bicicletas são liberadas nas estações por meio do celular.
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Rio de Janeiro é a cidade com mais ciclovias da América Latina

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O Rio tem mais faixas para bicicletas do que qualquer país da América Latina. Ao todo, são 405 quilômetros. Até os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, serão 450 km. Com tanto espaço para bicicletas, os motoristas precisam ter cada vez mais cuidado e respeito com os ciclistas. E essa relação tem melhorado.

Nos últimos cinco anos, o Rio reduziu em 58% o número de acidentes fatais envolvendo bicicletas, de acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde.

Um dos principais fatores para a queda no número de mortes é a divulgação de campanhas sobre a importância do melhor convívio entre motoristas e ciclistas nas pistas, como o programa Rio Capital da Bicicleta, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A iniciativa desenvolve, em parceria com o Detran-RJ, ações permanentes de educação para o trânsito e incentivo para o uso do meio de transporte. Segundo o secretário Carlos Alberto Vieira Muniz, desde 2014 não há registro de acidentes fatais na cidade.

“O Rio saiu na frente na América Latina – ao lado de Bogotá – na implantação da bicicleta como meio de transporte para curtas distâncias. Atualmente, o carro é um equipamento inviável para grandes cidades. Portanto, a bicicleta terá cada vez mais espaço. Com a criação de ciclovias, bicicletários e a conscientização, fazemos com que a sociedade se interesse cada vez mais.Para se ter uma ideia, em 2010 apenas 1% das mulheres utilizavam o modal. Hoje, são mais de 40%. E nenhuma morte há quase dois anos”, diz.

Além do incentivo ao uso da bicicleta, a secretaria também realiza campanhas com motoristas de ônibus, em escolas e com os próprios ciclistas, para que conheçam também suas obrigações.

Bicicletas como meio de transporte
Rodrigo Araújo, 26, auxiliar administrativo, é morador da Rocinha e vê a ligação da ciclovia entre a Barra e a Zona Sul como uma das principais obras da cidade. “Centenas de pessoas que moram aqui utilizam a bicicleta como o principal meio de transporte. Ano que vem, vamos poder ir trabalhar nos bairro do entorno de bike. Sem gastar dinheiro e de forma segura”, acredita. A previsão é que a construção da ciclovia entre Leblon e Barra da Tijuca fique pronta no próximo ano. Atualmente, são registradas mais de 1,5 milhão de viagens por dia na cidade do Rio, o que corresponde a cerca de 5% dos deslocamentos da capital.

Incentivos sustentáveis geram oportunidades
Com a demanda dos ciclistas, novas oportunidades de negócios surgiram. Esse foi o pensamento de Frederico Lima e seus outros dois irmãos, que abriram, há nove meses, a Bike Rio Café. O estabelecimento, que fica no Centro, oferece serviço de bicicletário, área para banho, café, almoço, conserto e manutenção e armário para roupas. “Com mais ciclistas e ciclovias, inovamos e abrimos o espaço. Hoje tenho demandas de diferentes regiões da cidade, como Zona Norte e Zona Sul. Tenho certeza que outras estruturas como essas serão lançadas, o que irá beneficiar o mercado. Vivemos um outro momento. E não terá volta”, conclui.

“Cicloculturalização” nas ruas
Para o presidente da Comissão de Segurança no Ciclismo do Rio de Janeiro, Raphael Pazos, a diminuição registrada na pesquisa do Ministério da Saúde indica um novo momento para quem utiliza o modal. "Há cerca de cinco anos, vejo o que chamo de “cicloculturalização” da população do Rio para o uso da bicicleta. A cada quilômetro de ciclovia ou ciclofaixa construído, o governo diz para a sociedade: Vá de bicicleta! Com isso, é possível ver um aumento considerável de pessoas que utilizam o modal para transporte, turismo, lazer e negócio. Com mais ciclistas nas ruas, maior entendimento dos direitos e deveres de cada um no trânsito”, afirma.

Ele acredita, também, que diferentes ações beneficiam quem está em cima das magrelas. “Há poucos meses, o estado do Rio conseguiu avançar na legislação no que diz respeito a esse meio de transporte. Agora é possível obter dados sobre roubos e furtos de bicicletas no Rio, o principal problema enfrentado pelos ciclistas. Mas, como disse, há uma mudança perceptível para melhor”, conclui.

O QUE CADA UM DEVE FAZER

CICLISTAS
- Apenas ultrapasse em 
local seguro
- Use os braços para sinalizar
- Não pedale na contramão
- Dê preferência aos pedestres
- Fique na faixa da direita

MOTORISTAS

- Mantenha distância de 
1,5m dos ciclistas
- Dê preferência aos ciclistas
e aos pedestres
- Cuidado com os cruzamentos
- Respeite a sinalização

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Rio de Janeiro é a única cidade brasileira entre as 20 melhores cidades do mundo para pedalar

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Copenhagenize, empresa dinamarquesa de consultoria especializada na utilização da bicicleta, publicou um ranking com as 20 melhores cidades do mundo para usar a bicicleta como transporte. A única cidade brasileira na lista é o Rio de Janeiro, na 18ª posição.

Ao total, foram usados 13 critérios de avaliação: grupos organizados que lutam pelos direitos dos ciclistas, a cultura da bicicleta (se as pessoas usam ou não a bicicleta como meio de transporte), infraestrutura e facilidades (existência de ciclovias, possibilidade de entrar com bicicletas no metro, etc), a organização de um sistema de compartilhamento ou aluguel de bicicletas, a divisão dos gêneros dos ciclistas, o uso de outros modos de transporte, a segurança dos ciclistas, as políticas públicas sobre o meio ambiente e o ciclismo, a aceitação social dos ciclistas, o planejamento urbano e ter pouco trânsito nas cidades.

Confira a lista das cidades:
1. Amsterdam (Holanda): as bicicletas representam até metade de todo o transporte feito na cidade. A cidade tem uma extensa malha de ciclovias e sistemas de aluguel de bicicletas. O planejamento urbano a favor das bicicletas começou ainda na década de 70.

2.  Copenhagen (Dinamarca): a bicicleta é o principal meio de transporte de 40% da população e até os táxis aceitam transportar as magrelas. A cidade também foi a primeira do mundo a organizar um sistema público de uso colaborativo das bicicletas.

3. Barcelona (Espanha): é uma das cidades que mais investe atualmente em melhorar a infraestrutura para as bicicletas, e várias leis feitas diminuíram os índices de acidentes com bicicletas.

4. Tóquio (Japão): a cidade apresenta diversas facilidades para os ciclistas. Um exemplo é um estacionamento subterrâneo para mais de 9 mil bicicletas, para os ciclistas poderem fazer parte do caminho de bicicleta e outra parte de metro.

5. Berlim (Alemanha): a cidade é plana,facilitando o uso das bicicletas para transporte. O governo trabalha agora com campanhas de incentivo do uso da bicicleta como transporte e em 2012 a cidade contará com locais exclusivos para trânsito e estacionamento de ciclistas.

6. Munique (Alemanha): a cidade apresenta 1,2mil quilômetros de ciclovias. Além disso, leis e fiscalização rigorosas evitam acidentes.

7. Paris (França): conta com um serviço público de aluguel de bicicletas desde 2007. O Vélib, como é chamado, registrou mais de 100 milhões de viagens feitas com bicicleta e mais de 180 mil ciclistas inscritos. 20 mil bicicletas estão divididas em 1,8 mil estações.

8. Montreal (Canadá): também conta com um serviço de aluguel de bicicletas, o BIXI (ativo desde 2009).

9. Dublin (Irlanda): o Dublinbikes, serviço de aluguel de bicicletas, foi considerado pela pesquisa um dos mais bem sucedidos da Europa. Pelo menos 10% da população da cidade utiliza a bicicleta como transporte principal.

10. Budapeste (Hungria): ainda está em processo de ampliar a infraestrutura para ciclistas, mas conta com diversas campanhas governamentais de incentivo para esse modelo de transporte.

11. Portland (EUA): a cidade conta com grandes investimentos governamentais em infraestrutura e campanhas de incentivo.

12. Guadalajara (México): os principais pontos positivos para as bicicletas na cidade são os altos índices de segurança e um sistema de compartilhamento de bicicletas organizado. A cidade deve, porém, melhorar a infraestrutura.

13. Hamburg (Alemanha): o número de pessoas usando a bicicleta como meio de transporte principal cresce cada vez mais, além de te rum serviço organizado de compartilhamento de bicicletas.

14. Estocolmo (Suíça): a cidade apresenta um tráfego lento e calmo, permitindo que ciclistas circulem nas ruas com segurança. O governo da cidade se esforça para melhorar a infraestrutura do local.

15. Helsinki (Finlândia): o maior desafio da cidade é modernizar infraestruturas que já estão degradadas. A cidade tem um grande histórico de altos índices de ciclistas.

16. Londres (Inglaterra): a cidade passa por um momento de retomar o uso da bicicleta, mas as políticas públicas ainda não são fortes nesse sentindo. Londres já conta com um serviço de aluguel de bicicletas inspirado no de Paris.

17. São Francisco (EUA): a cidade conta com a utilização da bicicleta como transporte em sua cultura. A cidade precisa ainda melhorar a infraestrutura.

18. Rio de Janeiro (Brasil): segundo a pesquisa, a cidade conta com uma boa infraestrutura de ciclovias, desde 1992. Ainda, a cidade precisaria diminuir o limite de velocidade dos carros, para que ciclistas e pedestres pudessem circular com mais segurança.

19. Viena (Áustria): o uso da bicicleta como transporte é uma das prioridades do governo da cidade, que aumenta a infraestrutura e faz campanhas de incentivo. A cidade ainda não tem, porém, uma cultura da bicicleta.

20. Nova York (EUA): a cidade conta com grupos de luta pelo ciclismo fortes e organizados, mas com pouco incentivo governamental. Os índices de segurança também devem aumentar.



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Prefeitura do Rio comemora 1 milhão de viagens do programa de aluguel de bicicletas

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Prefeitura do Rio, em conjunto com a empresa concessionária Serttel/Samba, e parceria do Itaú Unibanco, atingiu a marca de um 1 milhão de viagens do programa de aluguel de bicicletas Bike Rio. Lançado em outubro do ano passado para incentivar a integração da bicicleta ao transporte público na cidade, o projeto contabiliza 100 mil inscritos e, em média, 3,3 quilômetros por retirada.

Atualmente, estão disponíveis aos cariocas 60 estações de aluguel com 600 bicicletas em 14 bairros do Centro e Zona Sul da cidade. Os equipamentos estão à disposição dos usuários todos os dias da semana, de 6h às 22h e as estações são interligadas por sistema de comunicação sem fio, via rede GSM e 3G, permitindo que as todas as estações de bicicleta estejam conectadas com a Central de Controle Samba 24 horas por dia.

O projeto Bike Rio faz parte do objetivo estratégico da Prefeitura de incentivar o uso de bicicleta como transporte alternativo, integrando outros modais de transporte. Nesse momento, a Prefeitura do Rio investe na expansão da malha de ciclovias da cidade que passará a ter 300 quilômetros até o final de 2012.

Nova licitação para expansão do sistema será lançada ainda este ano
A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos deu início à elaboração de novo edital para ampliação do programa Bike Rio na cidade, em parceria com as secretarias de Meio Ambiente e de Transporte. O novo edital, que prevê integração com a expansão da malha cicloviária e demais modais de transporte, deve ser lançado ainda este ano para que as atividades possam iniciar já no primeiro semestre de 2013.

A previsão é de que o programa passará a ter de três a cinco mil bicicletas. A integração com o sistema de BRT será uma das prioridades. O projeto de ampliação do sistema prevê o aumento de bases de aluguel no Centro e na Zona Sul e a expansão do projeto para Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Recreio, e bairros da zonas Norte e Oeste.

- O programa de aluguel de bicicletas no Rio tornou-se referência mundial. Temos os maiores índices de utilização de bicicletas por dia e uma das menores taxas de roubo e vandalismo. Isso motivou a expansão do sistema, que passará, a partir do ano que vem, a integrar toda a cidade – disse o secretário de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osorio.

Informações: Correio do Brasil

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Prefeitura do Rio quer incentivar uso da bicicleta no trajeto para o trabalho

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A bicicleta pode ser o meio mais rápido de chegar ao trabalho e uma solução para escapar dos congestionamentos. Para incentivar mais pessoas a aderir à prática, uma série de ações de estímulo ao uso da biciicleta como meio de transporte marcará o Dia Mundial de Bicicleta ao Trabalho, na sexta-feira (8), no Rio de Janeiro.

A ideia é buscar alternativas para os problemas de mobilidade, que, além de melhorar o trânsito, promovem mais qualidade de vida.

As atividades fazem parte de uma agenda mundial, que se repetirá em várias cidades brasileiras. No Rio, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, as organizações não governamentais Bike Anjo e Escola de Pedal promovem, a partir de hoje (4), palestras com dicas destinadas àqueles que querem ganhar confiança para enfrentar as movimentadas avenidas da cidade.

“O primeiro passo para ir de bicicleta ao trabalho é escolher uma rota. O ciclista tem de pegar vias menos movimentadas. Ou seja, escolher um roteiro para conquistar segurança”, orientou Ana Luiza Carboni, da Bike Anjo. Segundo ela, é preciso saber um pouco de direção defensiva.

“O ciclista deve ser assertivo, se impor na pista [e não ficar acuado no canto], gesticular e se comunicar com os demais motoristas”, acrescentou.

Para Ana Luiza, a desculpa de não ter vestiário ou bicicletário na empresa não deve impedir ninguém de andar de bicicleta. Como solução para evitar o suor excessivo no trajeto, no caso do Rio, ela sugere pedaladas mais lentas ou o conforto de um estacionamento pago.

Entusiasta das bicicletas, o secretário de Meio Ambiente, Altamirando Fernandes Moraes, que recentemente inaugurou, na sede administrativa da prefeitura, uma estrutura para que os ciclistas tomem banho e troquem de roupa, informou que tem ampliado ciclovias e estações onde é possível alugar uma bicicleta. O desafio é a integração com trens e o metrô, que ainda não permitem passageiros com bicicletas no horário comercial.

“A parceria com a Supervia [empresa que administra os trens] é muito boa. Temos vagas para bicicletas e local para encher pneus. A parceria foi muito boa. Aos sábados e domingos, está liberado o transporte de bicicletas nos trens. No metrô, a liberação inclui sábados, domingos e [o período] após 21h, o que é um avanço”, destacou Altamirando.

Quem usa a bicicleta de casa para o trabalho garante que a prática revigora. Antônio Nunes, consultor de informática, disse que não perde mais tempo procurando vagas e não tem mais o mesmo estresse no trânsito. “Os ônibus, táxis e motos ainda não se acostumaram às bicicletas, mas eles não têm outra opção a não ser nos aceitar”, explicou. “Quanto mais pessoas usando bicicletas por toda a cidade, mais os ciclistas serão notados e respeitados”, completou Nunes.

Para o secretário Altamirando Fernandes, a convivência respeitosa é a única solução para o trânsito. “Não teremos ciclovias em todas as ruas. Temos de baixar a velocidade [dos carros], como fizemos em Copacabana [para 30 quilômetros por hora nas ruas principais]. A bicicleta anda na pista e o carro espera o melhor momento para ultrapassar.”

Por Isabela Vieira
Informações: Agência Brasil

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No Rio, Lei permite uso de bicicletas elétricas em ciclovias e ciclofaixas

terça-feira, 27 de agosto de 2024

O prefeito Eduardo Paes (PSD) sancionou a lei que regulamenta o uso de bicicletas elétricas em ciclovias e ciclofaixas da cidade. A circulação só será permitida para veículos com pedal assistido, com velocidade máxima de 25 km/h e potência de até 350 Watts.

Segundo o texto, publicado no Diário Oficial de segunda-feira (26), fica permitida a circulação de equipamentos auxiliares de mobilidade utilizados para a locomoção de pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida.

No entanto, a circulação de veículos ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos não está permitida nas ciclovias e ciclofaixas. Somente as bicicletas elétricas, que devem respeitar as seguintes condições:

- Serem providas de sistema que garanta o funcionamento do motor somente quando o condutor pedalar, ou seja, o veículo deve ter pedal assistido;
- Desenvolvam velocidade máxima de 25 km/h;
- Potência máxima de até 350 W;
- Estar com sinalização noturna, campainha ou buzina, pneus em condições mínimas de segurança e de pedal.

Quem não respeitar as regras pode ser penalizado com uma multa no valor de R$ 1.000. Caso haja uma reincidência, o valor será o dobro. 

Segundo a Prefeitura do Rio, a nova regulamentação é complementar às normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), inclusive no que se refere à limitação de velocidade dentro das ciclovias. A prefeitura destacou que, através da Secretaria de Ordem Pública, da Guarda Municipal, da Secretaria de Transportes e da CET-Rio, já realiza reuniões para verificar a melhor forma de regulamentar a nova lei.

Aprovação na Câmara
O projeto, de autoria do vereador Dr. Gilberto (SDD), foi aprovado pela Câmara de Vereadores do Rio em junho deste ano. Segundo o parlamentar, a proposta foi construída depois do veto de Paes a um projeto mais rígido, aprovado em 2023, que vetava qualquer tipo de bicicleta elétrica.

"Modificamos, fizemos um novo projeto que permite a circulação de bicicletas elétricas que funcionem propulsão por pedal assistido. Permite-se também a circulação de veículos que auxiliem a mobilidade de pessoas especiais e com necessidades físicas. Acredito que esse projeto melhora a vida das pessoas que circulam pelas ciclovias da cidade", disse.

O vereador Pedro Duarte (Novo), defendeu a flexibilização incluída no texto, que autorizou bicicletas com acelerador, desde que tenham pedais. "Lutei, desde o começo, para manter a possibilidade de circulação de bicicletas com acelerador. Isso é essencial porque a bicicleta elétrica é bem mais pesada do que a comum, e, muitas vezes, o usuário ou usuária não tem força suficiente para avançar só pedalando. Felizmente, os vereadores concordaram comigo, aprovando uma emenda nesse sentido", pontuou.

Informações: O Dia

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Em São Paulo, pistas especiais (ciclovias e ciclofaixas) ajudam a vender bicicletas

quinta-feira, 17 de março de 2011

A via de 30 quilômetros que liga, há cerca de um mês, quatro parques na zona sul da capital paulista está ajudando a ampliar as vendas de bicicletas e acessórios para a prática do ciclismo.

No dia 26 de janeiro, quando foi inaugurada a CicloFaixa, 40 mil ciclistas passearam na via entre os parques das Bicicletas, Ibirapuera, do Povo e Villa Lobos, segundo Walter Feldman, secretário municipal de esportes, lazer e recreação.

A diretora de marketing da Caloi, Juliana Grossi, diz que as lojas de bicicleta próximas da CicloFaixa triplicaram as vendas.

A Bike Town, loja localizada no bairro do Campo Belo, chegou à marca de 2 mil bicicletas vendidas em 2010, entre as vendas feitas pela internet e na loja física. Metade desse total é atribuída às campanhas de incentivo ao uso da bicicletas. "A CicloFaixa é fundamental para impulsionar o uso da bicicleta", diz Celso Cardoso do Amaral Filho, sócio da Bike Town, inaugurada em 2008.

O comércio não ligado diretamente ao mundo da bicicleta também fatura com o movimento. A lanchonete Açaí, na avenida Faria Lima, viu sua loja lotar no domingo que antecedeu o aniversário de 457 anos de São Paulo, em 25 de janeiro, com bicicletas estacionadas por todo lado. As vendas crescem cerca de 50% aos domingos, no horário que a ciclo faixa funciona, das 7h às 14h.

A fabricante de bicicletas Caloi vendeu 700 mil bicicletas em 2010, com aumento de 15% em relação ao ano anterior. Para 2011 o crescimento esperado é de 30%, com expectativa de ultrapassar a marca de um milhão de bicicletas.

O crescimento é mais impactante se comparado com a estabilidade na produção de bicicletas no Brasil no biênio 2009/2010, em 5,3 milhões de unidades por ano, segundo dados da Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares. Em 2008, a produção chegou a 5,8 milhões de unidades. Para este ano, a previsão é de um pequeno aquecimento para 5,4 milhões de bicicletas produzidas -a estimativa da Houston é maior, de 6,3 milhões para o país.

A Caloi fornece equipes de manutenção de bicicletas e empresta bicicletas para quem quer passear na CicloFaixa. Vendeu a preço de custo as 7 mil bicicletas participantes neste ano do World Bike Tour de São Paulo, no aniversário da cidade. Esse passeio ciclístico também ocorre em cidades como Lisboa, Porto e Madri. E já confirmou seu apoio para a edição de 2012 do evento em São Paulo.

A diretora da Caloi diz que o papel da empresa não é construir ciclovias, mas observa que o melhor plano de marketing que uma fabricante de bicicletas pode ter é apoiar melhorias de infraestrutura para uso desse meio de transporte.

A Bradesco Seguros seguiu mais ou menos o mesmo raciocínio. Patrocinou a CicloFaixa, a World Bike Tour, a competição ciclística Tour do Rio e um bicicletário para os visitantes da Casa Cor de 2010, em São Paulo. Enrique Adan, diretor do grupo Bradesco Seguros, se diz aberto a novos projetos de incentivo à bicicleta que contribuam para a longevidade dos brasileiros.

"Não dá para segurar o que seu tempo chegou. Chegou o tempo da bicicleta", diz Walter Feldman, que estava na inauguração da CicloFaixa há pouco mais de um ano e encabeçou a criação do projeto que já estava no papel há 20 anos e deve ser ampliado.

Feldman já propôs leis, como vereador e deputado por São Paulo, em prol do uso da bicicleta. Uma delas dizia que toda nova avenida construída em São Paulo teria que possuir uma ciclovia. Se esta lei tivesse sido cumprida, a cidade já teria uma malha de ciclovias de 100 km somente por conta das novas avenidas, estima o secretário.

Feldman informou que o site da prefeitura deverá ter neste ano um link chamado Ciclorotas, que mostrará os melhores caminhos para quem quiser usar a bicicleta como meio de transporte. Em alguns países o site de mapas do Google, além de oferecer rotas para carros, ônibus e a pé, oferece caminhos adequados para o uso de bicicleta.

O Grupo Executivo (GE) Pró-Ciclista, criado pela Prefeitura de São Paulo em 2006, é formado por um conjunto de cinco secretarias, além de técnicos da SPTrans e CET. A Secretaria Municipal de Transportes, que encabeça este GE, elaborou os projetos funcionais do Plano de Ciclovias, prevendo a implantação de mais 54,5 km de infra-estrutura cicloviária em São Paulo, a ser iniciada neste ano.

A CET está preparando licitação para implantação de ciclovias no Jardim Helena (Zona Leste da capital paulista), no Jardim Brasil (Zona Norte), e Grajaú/Cocaia (Zona Sul).

O arquiteto e urbanista Ricardo Corrêa, da TC Urbes, empresa privada com foco no planejamento de soluções de transporte não motorizado, já tem 123 quilômetros de ciclovias projetadas para Campo Belo, Santo Amaro e Campo Grande. Desses, 30 quilômetros já foram aprovados pela subprefeitura de Santo Amaro.

De acordo com dados da Abraciclo, 50% das bicicletas no Brasil são de transporte, 32% infantis, 17% de recreação e lazer e 1% competição. E 28,8 milhões de bicicletas circulam pela região Sudeste do País, 44% da frota nacional.

Na cidade de São Paulo, a maioria das bicicletas de recreação e lazer para adultos é do tipo "mountain bike", apesar de grande parte dos ciclistas pedalar sobre o asfalto. Poucos, realmente, fazem trilhas de terra.

Na loja Bike Town, 70% das bicicletas vendidas são "mountain bikes" e menos de 5% são urbanas. Apenas como comparação curiosa, em países como o Canadá os números se invertem: 70% são bicicletas urbanas, segundo o dono da Bike Town. Ricardo Corrêa, da TC Urbes, diz que o Brasil deverá aproximar-se do Canadá em menos de 25 anos.

A Caloi está voltando neste ano com a linha urbana de bicicletas, da série Mobilidade, depois de quatro anos. Essas bicicletas têm um desenho mais adequado para o uso na cidade, com rodas maiores, aro 700 (ou cerca de 28 polegadas), e deixam a postura mais confortável.

Corrêa, da TC Urbes, também pretende entrar no mercado de bicicletas para uso urbano, com pequena produção, de 50 unidades de cada vez. Ele está produzindo um protótipo da bicicleta, com o nome sugestivo de Urbana, que deve começar a ser vendida em maio.

Outros projetos de incentivo ao uso da bicicleta em São Paulo começam a aparecer: ônibus acomodam bicicletas em seu interior; vagões do Metrô abertos para transporte de bicicletas a partir das 20h30 e aos domingos; e bicicletários em estações do Metrô e nos novos terminais de ônibus da SPTrans. Já faz parte do cenário noturno da cidade, os grupos das pedaladas noturnas, ou "night bikers".

Para Thiago Benicchio, diretor geral da Ciclocidade, associação focada no estímulo ao uso da bicicleta no ambiente urbano, as faixas exclusivas para bicicletas têm lados positivos e negativos. Estimulam o uso da bicicleta na cidade, mas, no caso da CicloFaixa, foi montada do lado errado da rua.

Benicchio diz que os ciclistas estão se acostumando a pedalar do lado esquerdo da pista, dificultando o acesso às ruas transversais. E alguns motoristas estão achando que ciclistas só podem trafegar entre cones. "Quem pedala todo dia já foi 'agredido verbalmente' por motoristas que mandaram o ciclista 'ir pedalar no domingo'", diz ele.

É, basicamente, na América Latina que são usadas, segundo Benicchio, as "segregated bike lanes", onde confinam-se os ciclistas do trânsito violento das cidades, por exemplo, com cones. Na Europa e nos Estados Unidos, quase todas as ciclovias são somente pintadas nas ruas, sendo respeitadas pelos motoristas. Afinal, no código de trânsito nacional a bicicleta tem preferência de circulação frente aos transportes motorizados.

No caso da ciclovia da Marginal do rio Pinheiros, a qualidade da pista de 14 km é boa, com piso adequado, aproveitando a característica plana da várzea do rio. O problema é o isolamento do ciclista. Ele é cercado por vias de alta velocidade e conta com apenas dois acessos à ciclovia. Existe um projeto de ampliação dessa pista em seis quilômetros até o parque Villa Lobos ainda neste ano.

O arquiteto Dimitre Gallego, que deixa sua bicicleta dobrável estacionada atrás de sua escrivaninha, faz parte do grupo que pedala da casa para o trabalho. "O que me motivou a comprar uma bicicleta dobrável foi a dificuldade de estacionar a bicicleta no meu novo trabalho. Apesar de o escritório ter duas vagas de carro, o edifício, como norma, não permite o estacionamento de bicicletas. E na rua não existem bicicletários ou paraciclos próximos", diz Gallego. "Agora demoro a metade do tempo que levava de ônibus e paro a bicicleta ao lado da minha mesa de trabalho".

No banco Santander, os funcionários que optam pela bicicleta têm estacionamento especial e vestiário para tomar banho e trocar de roupa.

Cardoso, da Bike Town, diz que os usuários das faixas especiais, assim como os novos ciclistas que vão ao trabalho de bicicleta, estão na mira do setor. Ele vendeu bicicletas recentemente para três funcionários do Santander e para um casal residente no Morumbi, bairro na zona sul da cidade de São Paulo. O casal decidiu comprar bicicletas quando a CicloFaixa chegou perto de sua casa.

Cleber Ricci Anderson, da loja Anderson, aberta em 1992, afirma que estímulos como a CicloFaixa e a educação do consumidor podem ajudar a levar novos clientes para sua loja. Em 2010, as vendas na Anderson cresceram 15%, em relação a 2009.


Fonte: Valor Econômico

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MetrôRio disponibiliza bicicletários gratuitos dentro das estaçôes

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Para atender os clientes que preferem combinar os dois meios de transporte mais rápidos da cidade e fugir do trânsito, o MetrôRio disponibiliza bicicletários gratuitos dentro das estaçôes.
Nos fins de semana, o embarque das bicicletas é permitido aos sábados, domingos e feriados, sem restrição de horário e deve ser feito sempre no último carro de cada composição.
Regulamento

1. UTILIZAÇÃO DO BICICLETÁRIO
- O ciclista poderá guardar apenas uma bicicleta no bicicletário.
- Cabe ao cliente colocar sua bicicleta e prendê-la ao bicicletário, com corrente ou cabo de aço e cadeado.
- Só poderão ser guardadas bicicletas convencionais (adulto, infantil etc.) e em boas condições de limpeza. Não serão aceitas bicicletas de carga, motorizadas, sujas, carrinhos de bebê, cadeiras de rodas, carrinhos de compras, patins, patinetes e afins.
- O METRÔ RIO não se responsabiliza por acessórios de fácil retirada - assento de gel, garrafinha, suportes,
bagageiros, campainha e lanterna, refletivo tipo “olho-de-gato”, entre outros equipamentos.
- As bicicletas que não forem retiradas no mesmo dia em que foram guardadas no bicicletário serão trancadas, com corrente e cadeado, sob a guarda do METRÔ RIO e ficarão a disposição dos clientes para serem retiradas em até 48h, na presença de um Agente de Atendimento. Após este prazo, a bicicleta será encaminhada para o depósito e sua retirada deverá ser solicitada através do telefone 0800 595 1111 ou 4003-2111 (24 horas).
OBS: As bicicletas somente ficarão no Achados e Perdidos por 60 dias, após este prazo serão doadas a instituições de caridade, ONGs, etc.
- Cabe ao cliente inspecionar sua bicicleta no momento em que for retirá-la. Em caso de constatação de dano, o cliente deverá dirigir-se ao Agente de Atendimento imediatamente. Reclamações feitas após a retirada não serão aceitas.
- O proprietário é o único responsável pela documentação que garante a propriedade da bicicleta.

2. FUNCIONAMENTO DO BICICLETÁRIO
- O bicicletário funciona de segunda a sábado, das 05h à meia-noite; domingos e feriados, das 07h às 23h.
- As bicicletas devem ser guardadas até 1 hora antes do fechamento: segunda a sábado até 23h; domingos e feriados até 22h.
- Os clientes que trabalham à noite e que deixarem as suas bicicletas após as 18h poderão retirá-las até as 10h da manhã do dia seguinte.
- A retirada da bicicleta pelos clientes está garantida até a chegada do último trem na estação.
- Em caso de paralisação do sistema e evacuação da estação, as bicicletas permanecerão no bicicletário sob a guarda do METRÔRIO, sendo devolvidas logo após a normalização do incidente.
- Em situações de anormalidade no sistema, ou situações atípicas de grande fluxo de usuários, o deslocamento no interior da estação com bicicletas e o acesso aos bicicletários poderão ser suspensos temporariamente por medida de segurança.

3. TRANSPORTE DA BICICLETA NA ESTAÇÃO
- A entrada e saída da bicicleta deverá ser acompanhada pelo Agente de Segurança, através do portão de serviço. O cliente não poderá entrar na estação com mais de uma bicicleta. O transporte da bicicleta é de responsabilidade do cliente, devendo conduzi-la sempre ao seu lado e seguindo a sinalização específica para ciclistas.
- Não é permitido andar de bicicleta nas dependências do Metrô. É proibido transportar a bicicleta pelas escadas rolantes, tapetes rolantes e elevadores, inclusive os de uso exclusivo por pessoas com necessidades especiais.
- Nas escadas fixas, a bicicleta deverá ser transportada suspensa, ao lado, não podendo ser empurrada. Os deslocamentos dos ciclistas com suas bicicletas deverão ser realizados sempre dando a preferência aos demais clientes sem bicicleta.
- Danos causados pelos ciclistas aos demais usuários, a si próprio ou ao patrimônio dos trens e estações são de responsabilidade do ciclista.
- Em situações onde sejam desrespeitadas as regras estabelecidas por este regulamento, o Agente de Segurança poderá retirar o cliente e sua bicicleta das dependências do Metrô.

O serviço está disponível de segunda a sábado, das 5h à meia-noite e nos domingos e feriados das 7h às 23h. Onde encontrar:

Estação Pavuna (100 vagas)
Estação Colégio (20 vagas)
Estação Irajá (16 vagas)

Estação Vicente de Carvalho (10 vagas)
Estação Inhaúma (10 vagas)

Estação Triagem (10 vagas)
Estação Estácio (10 vagas)
Estação São Francisco Xavier (05 vagas)
Estação Catete (05 vagas)
Estação Cantagalo (10 vagas)
Estação Ipanema/Gal. Osório (30 vagas)




Informações do Metrô Rio


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