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Linha do sistema BRT-2 em Feira de Santana é inaugurada

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

A linha BRT-2 em Feira de Santana foi inaugurada nesta quarta-feira (18) pelo prefeito Colbert Filho como parte das comemorações pelos 191 anos de emancipação política do município. A nova operação de transporte público por Bus Rapid Transit (BRT) possui 20,5km e atende as avenidas Ayrton Senna, Iguatemi, João Durval Carneiro e parte da Getúlio Vargas.

Ao todo, 14 bairros da região Norte do município passam a integrar à mobilidade do Novo Centro. O sistema BRT-2 é composto por uma frota de 14 ônibus articulados BRT equipados com ar-condicionado, espaço para até dois cadeirantes e capacidade para transportar, diariamente, em uma só viagem, cerca de dois mil passageiros. 

Também mais dois ônibus convencionais da Empresa São João com ar-condicionado (linhas 15-Jomafa/HGCA e 02-Shopping Boulevard via Terminal Sul) passam a integrar o corredor BRT-2 pelo modal FeiraMOB.

"A nossa prioridade é transportar o máximo de pessoas com total conforto e segurança, especialmente em horários de pico quando o fluxo de passageiros é maior por conta do trabalho ou da escola", explica o prefeito Colbert Filho. 

A nova operação oferta 274 viagens/dia através das seis estações BRT instaladas no percurso. Os bairros contemplados são: Mangabeira, Alto do Papagaio, Conceição I, II e III, Caseb, Centro, Ponto Central, Alto do Rosário, Conder, Cidade Nova, Parque Brasil, Agrovila e Jardim Europa. 

"Estamos entregando 20,5 quilômetros da linha BRT-2 e mais 27 [km] que estão circulando na linha BRT-1 do Centro ao Jardim Brasil. Com isso alcançamos cerca de 50 quilômetros de extensão cobrindo os principais corredores e bairros da cidade com ônibus de excelente qualidade para o trabalhador e o estudante", pontua o secretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro.
O titular da pasta ressalta que foram investidos para a implantação do sistema de mobilidade por BRT no município R$ 88.393.551,97, sendo 21,31% dos recursos em obras de drenagem, 32,48% na construção de túneis (trincheiras), 3,50% na elaboração e montagem do Centro de Controle Operacional (CCO), 11,48% no terminais de transbordo (Pampalona, Ayrton Senna e Nóide Cerqueira), 5,95% em novos abrigos e estações BRT e mais 25,28% na infraestrutura dos corredores Getúlio Vargas e João Durval Carneiro.

MOBILIDADE BRT

As tecnologias BRT de mobilidade urbana da Prefeitura de Feira, que atenderão a população, são oito ônibus articulados com 23 metros de comprimento e capacidade para 150 passageiros, mais um ônibus articulado de 18 metros (120 passageiros), um ônibus trucado BRT (100 passageiros) e mais dois ônibus padron Iveco BRT (90 passageiros). 


SISTEMA DE TRANSPORTE URBANO

Atualmente o município possui uma frota de 150 ônibus que circulam por dia 30 mil quilômetros. O número expressivo de percurso percorrido corresponde a quase uma volta completa ao mundo, sendo de 40 mil/km.

As duas concessionárias, segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro, realizam 2.500 viagens totalizando até 5 mil integrações de passageiros que utilizam mais de dois ônibus num intervalo de até duas horas.

Ainda, o Governo Municipal beneficia 312 mil pessoas que possuem direito à gratuidade no sistema de transporte público urbano - considerando a última média entre janeiro e agosto deste ano. Somente estudantes foram 181 mil utilizações do cartão eletrônico Via Feira com o benefício social da meia-passagem.

Informações: Prefeitura de Feira de Santana

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Metrô de SP completa 50 anos com malha ainda insuficiente

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Sistema paulistano foi o pioneiro do país. Especialistas avaliam que avanço do sistema metroferroviário nas últimas décadas continua aquém da necessidade das grandes cidades brasileiras.Primeiro do país, o metrô de São Paulo entrou oficialmente em operação em 14 de setembro de 1974. Cinquenta anos depois, a malha de transporte urbano sobre trilhos no Brasil ainda está aquém do ideal, conforme apontam especialistas.

Em 1974, noticiou o jornal O Estado de S. Paulo: a inauguração do novo sistema de transporte da capital paulista foi uma festa com "balões de gás, bandas, desfiles de escolares, sambistas, sanfoneiros e folhetos de propaganda política" em que "o povo só pode ver de longe os passageiros do 'trem da alegria', o metrô", que fez o percurso inaugural do pequeno trecho então inaugurado, os 7 quilômetros entre Jabaquara e Vila Mariana.

Marketing político à parte, a inauguração finalmente fez com que o Brasil entrasse nos trilhos do sistema de transporte urbano rápido que já era consolidado em grandes cidades pelo mundo, como em Londres — em operação desde 1863 —, Paris — desde 1900 —, Berlim — inaugurado em 1902 — e Nova York — onde começou a funcionar em 1904. A vizinha argentina teve o metrô de Buenos Aires inaugurado em 1913.

São Paulo precisaria de malha seis vezes maior

De lá para cá, houve avanços, mas ainda tímidos. A mentalidade brasileira ainda privilegia o transporte rodoviário em relação ao sobre trilhos — e a sociedade valoriza o status do transporte individual em detrimento do coletivo.

Em São Paulo, a rede metroviária atual é formada por 6 linhas — oficialmente, já que uma é, na verdade, um sistema de monotrilho —, totalizando 104 quilômetros de extensão e 91 estações. Segundo dados do governo paulista, são 5 milhões de passageiros transportados todos os dias. Para efeitos de comparação, o metrô de Nova York tem 24 linhas com 468 estações espalhadas por 369 quilômetros de extensão e o de Londres, 16 linhas, 272 estações e cerca de 400 quilômetros.

"Metrô é o modal que viabiliza de forma humana e racional a mobilidade em cidades, sendo imprescindível em metrópoles com mais de 2 milhões de habitantes", argumenta o engenheiro de transporte Sergio Ejzenberg, consultor e especialista em mobilidade. "A conta é simples. Tomando como paradigma metrópoles adensadas, é preciso 50 quilômetros de metrô para cada milhão de habitantes."

Ou seja: São Paulo precisaria de seis vezes mais. "Isso explica a lotação do nosso metrô e explica por que cada linha colocada em operação lota nas primeiras semanas de funcionamento. E mostra a estupidez do investimento em sistemas de média capacidade, como monotrilhos e VLTs", acrescenta Ejzenberg.

De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) há hoje metrô operando em Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Especialistas discordam.

"Metrô mesmo no Brasil tem somente em São Paulo, no Rio e em Brasília", aponta o engenheiro de transportes Creso de Franco Peixoto, professor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Outras cidades costumam chamar de metrô o que na verdade são linhas ferroviárias de carga que foram adaptadas para que fossem usadas como metrô."

Tecnicamente, como ele explica, o metrô consiste em linhas construídas em regiões adensadas, com paradas planejadas em curtas distâncias, a partir de pesquisas detalhadas sobre comportamentos de origem e destino da população.
 
"A denominação metrô é adotada por diversos sistemas como imagem poderosa de marketing institucional, mesmo quando aplicados em locais que não se enquadrariam nessa categoria sob uma análise mais rigorosa", comenta o engenheiro especialista em mobilidade Marcos Bicalho dos Santos, consultor em planejamento de transportes.

Ele considera metrôs, além dos sistemas de São Paulo, Rio e Brasília, as linhas de Salvador e de Fortaleza. E classifica como uma segunda divisão os modelos "de alta capacidade, implantados aproveitando infraestruturas ferroviárias desativadas", ou seja, os chamados metrôs de Belo Horizonte, Porto Alegre e do Recife.

"Neste grupo poderiam também ser incluídos os trens urbanos, que atendem a elevadas demandas, mas que apresentam características operacionais distintas dos metrôs [principalmente quanto à velocidade, frequência e distância entre paradas]", acrescenta Santos, citando os trens metropolitanos de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O restante da malha de trilhos urbanos do Brasil (veja infográfico), o especialista classifica como "uma quarta categoria […] que, em função de sua inserção urbana ou por limitações de seus projetos operacionais, operam como sistemas de média capacidade, às vezes nem isso, atendendo a demandas pouco expressivas".

Atraso histórico e mentalidade rodoviarista

No total, a malha de trilhos urbanos é de 1.135 quilômetros e está presente em 12 das 27 unidades da federação. "Somos um país de dimensões continentais e essa infraestrutura de trilhos para passageiros é insuficiente para o atendimento à população", admite o engenheiro eletricista Joubert Flores, presidente do conselho da ANPTrilhos. "Mas essa rede de atendimento tem previsão de crescimento, já que contamos com 120 quilômetros de projetos contratados ou em execução, com indicação de conclusão nos próximos cinco anos. Para 2024, a previsão é inaugurarmos 20 quilômetros."

Se o transporte sobre trilhos é tão útil, por que o Brasil está tão atrasado? Primeiramente, pela mentalidade histórica. "Houve uma efetiva priorização do transporte rodoviário de passageiros, e mesmo de cargas, pelos governos brasileiros. Este talvez tenha sido o principal motivo de perdermos cerca de 20 ou 30 anos para o início do transporte metroferroviário em São Paulo e no Brasil. Talvez tenha havido uma falta de vontade política e de visão dos governantes à época", comenta o engenheiro metalurgista Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

Para o urbanista Nazareno Affonso, diretor do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), o Brasil sempre foi "carrocrata". "O Estado não prioriza o transporte público e prioriza investimentos ligados à indústria automobilística", diz, enfatizando que as maiores cidades do país "caminham para o colapso se não houver investimentos permanentes e crescentes em sistemas metroferroviário e de ônibus".

"O estratosférico custo dos congestionamentos e dos sinistros de trânsito no Brasil inibe o crescimento e rouba parcela significativa do PIB", argumenta Ejzenberg, que calcula prejuízos diretos e indiretos de até 50 bilhões de reais por ano por conta disso, apenas na metrópole de São Paulo. "Esse custo anual, se investido em metrô, estancaria as perdas e daria maior competitividade ao Brasil. Continuamos nadando no sangue das vítimas evitáveis, ano após ano."

O custo é um grande gargalo, é verdade. Segundo levantamento do professor Peixoto, dificilmente uma obra de metrô no Brasil custa menos de 80 milhões de dólares por quilômetro. "Metrô é muito caro. Muito caro. Mas é preciso pensar que ele é capaz de transportar muita gente", comenta.

"O Brasil não investiu em transporte sobre trilhos por incompetência, insegurança jurídica e imediatismo político", critica Ejzenberg. Apesar de ser uma obra cara, ele argumenta que o modal sobre trilhos acaba tendo metade do custo do sistema de ônibus se considerado o custo do passageiro transportado por quilômetro — esta seria a incompetência, segundo o especialista. No caso da questão jurídica, ele diz que as mudanças no entendimento de como viabilizar parcerias privadas acabam afastando investidores. Por fim, politicamente há o peso eleitoreiro de que uma obra de metrô costuma levar mais do que um mandato de quatro anos entre o anúncio e a inauguração.

Solução é complexa
 
Mais metrô melhoraria em muito a qualidade de vida do brasileiro que habita as grandes cidades. Mas não é a solução mágica. "Para enfrentar a crise dos deslocamentos é preciso investimento em metrô, em ferrovias, em VLT. Mas não podemos descuidar da democratização das vias públicas, dando aos ônibus faixas exclusivas. E também a mobilidade ativa que tem crescido, com ciclovias e ciclofaixas para que avancemos nessa questão", sugere Affonso.

"Metrôs não são uma panaceia. Não são a única solução para os problemas na mobilidade urbana", acrescenta Santos. "Em muitas situações, não são a solução mais indicada, já que as soluções dependem de cada local e não podem ser unimodais."

Ele enfatiza que por mais eficiente que seja uma linha de metrô, "ela não será eficaz se as pessoas não conseguirem chegar até ela, caminhando, pedalando, usando transporte público alimentador e mesmo modos de transporte individual". O especialista salienta que, considerando isso, respectivamente é preciso também investir em calçadas adequadas, rede cicloviária e bicicletários, integração física, operacional e tarifária dos meios de transporte público e, por fim, estacionamentos e baias para desembarque e embarque para aqueles que vão chegar de carro.

"Resumindo, precisamos de planejamento urbano e de mobilidade, integrados, e não apenas de um plano de obras e compra de equipamentos", adverte ele.

Informações: Terra

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Em Feira de Santana, Nova linha BRT passa a interligar 27km do Centro ao bairro Jardim Brasil

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

A nova linha BRT 007 começou a atender usuários do transporte público urbano interligando o Terminal Central ao bairro Jardim Brasil. O itinerário de 27km passa a ser um dos mais extensos da mobilidade urbana do município coberto pelo Bus Rapid Transit.

“A proposta de expansão gradual do BRT é transportar mais passageiros com conforto e agilidade, especialmente em longas distâncias”, explica o titular da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), Sérgio Carneiro. 

A rota da linha BRT007/Jardim Brasil via Terminal da Noide/Terminal Central é realizada com ônibus articulado de capacidade para 148 passageiros e ar-condicionado. O veículo compõe a frota da concessionária São João. 

Além do Terminal Central, o trajeto contempla as estações BRT/Getúlio Vargas, Terminal Noide Cerqueira, a avenida Artêmia Pires e rapidamente alcança o bairro Jardim Brasil, além dos condomínios Reserva Paraty, Dhama  I e II. 


Segundo o secretário também foram feitas intervenções estruturais no Terminal Nóide Cerqueira com a construção de um novo acesso que melhorou o fluxo dos ônibus através da avenida Tobias Barreto. “Com isso ganhamos velocidade na operação e os veículos chegam mais rápido na Artêmia Pires”. Foram instalados conjuntos semafóricos nos acessos do transbordo.

CITTAMOBI

O passageiro pode utilizar o Cittamobi, maior aplicativo de mobilidade urbana do Brasil, para acompanhar informações sobre horários de ônibus, rotas alternativas e alertas sobre desvios e interrupções. 

Além do aplicativo de navegação padrão, o app ainda oferece o Cittamobi Acessibilidade, ferramenta inovadora projetada para garantir a segurança e a autonomia dos usuários com deficiência visual.

Com recursos como compatibilidade com leitores de tela, ajuste de contraste, roteirização e pontos de referência personalizados, o aplicativo promove uma experiência inclusiva e autônoma.

"O Cittamobi Acessibilidade não apenas oferece as funcionalidades padrão do Cittamobi, mas sistema de GPS embutido e diversos modos operacionais, tornando possível usá-lo em diversas situações, como embarques, desembarques e deslocamentos pelas ruas com detecção de obstáculos", explica Sérgio Carneiro.

A ferramenta inovadora gratuita oferece diversas funcionalidades por meio de recursos de comando de voz e som - chamado VoiceOver - para melhor orientação do passageiro com cegueira, baixa visão ou mobilidade reduzida.

O Cittamobi permite a previsão em tempo real e aviso de chegada ao ponto de destino, ambientação do usuário ao longo do trajeto, roteirizador e a possibilidade de criar pontos de referências personalizados. Todas as funções são ativadas por comandos de voz e possuem suporte de assistente virtual.

Informações: Prefeitura de Feira de Santana

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Transporte de passageiros sobre trilhos cresce 4,4% no 1º semestre/2024

Os sistemas de metrô, trem urbano, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e people movers transportaram 1,25 bilhão de passageiros no primeiro semestre de 2024. O valor é 4,4% maior que no primeiro semestre do ano passado.  Os dados fazem parte do Balanço do Setor Metroferroviário do 1º semestre 2024 da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).

“Analisando os dados dos últimos 18 meses, percebemos uma tendência de crescimento leve e estável, mas sabemos que dificilmente recuperaremos a demanda anterior a pandemia. O trabalho é o principal motivo de viagens dos passageiros e com a adoção do trabalho híbrido e remoto muitas pessoas mudaram o hábito de uso dos sistemas. Além disso, o uso de veículos privados e os incentivos para aquisição de carros também afetam a demanda. Temos ainda as compras pela internet, que contribuem para a redução dos deslocamentos para o consumo”, explica Joubert Flores, Presidente do Conselho Administrativo da ANPTrilhos. 

Em junho deste ano, a frota brasileira de automóveis e motocicletas, por exemplo, superou a marca de 90 milhões. Na comparação com junho de 2023, o aumento geral foi de 3,07%. As políticas públicas de incentivo à compra de veículos particulares não contribuem para o desenvolvimento de mobilidade urbana sustentável.

Além disso, nem todos os operadores apresentaram resultados positivos na movimentação de passageiros. As enchentes no Rio Grande do Sul, em maio deste ano, paralisaram os serviços de transporte na Região Metropolitana de Porto Alegre por 27 dias. No acumulado do primeiro semestre, essa interrupção causou queda acentuada no número de passageiros transportados (-30,0%).

No caso dos sistemas nos estados da Paraíba (-27,1%), do Piauí (-20,7%), de Pernambuco (-10,8%) e do Rio de Janeiro (-3,5%), a redução da demanda envolve outros fatores. 

No Piauí, as obras para requalificação do Metrô de Teresina resultaram em interrupções temporárias e na diminuição das viagens ofertadas. Na Paraíba, a queda é atribuída a problemas de evasão de passageiros nas estações, onde medidas estão sendo tomadas para fechamentos das estações. Enquanto, em Pernambuco, a questão deve-se à redução da regularidade e pontualidade do sistema ocasionado por problemas técnicos, com melhorias previstas por meio do projeto de recuperação aprovado no Programa de Aceleração do Crescimento - Novo PAC 2023–2026. 

No Rio de Janeiro, parte dessa redução foi atribuída ao aumento da diferença tarifária entre os serviços de trens/metrôs e os de ônibus. Esses fatores demonstram a complexidade dos desafios enfrentados pelos operadores, assim como a necessidade de intervenções estratégicas para mitigar os impactos negativos na disponibilidade e qualidade dos serviços ofertados à população.

Avanço na rede e projetos em andamento

O setor registrou a ampliação de 1,5 km de trilhos e inauguração de duas estações. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) inaugurou a Estação de Várzea Nova, integrante do projeto de modernização do sistema de Trens Urbanos da Região Metropolitana de João Pessoa, na Paraíba. No Rio, VLT Carioca iniciou a operação comercial da Linha 4-Laranja, conectando a Praça XV ao novo Terminal Gentileza, também inaugurado no semestre. 

Para 2024 ainda estão previstas as inaugurações:

  • Inauguração do People Mover do Aeroporto de Guarulhos; 
  • Expansão da Linha 9-Esmeralda de trem urbano de São Paulo;
  • Trecho 2 do VLT da Baixada Santista;
  • Ramal Aeroporto da Linha Nordeste do VLT de Fortaleza, no Ceará; e
  • A expansão da Linha 1 de Teresina, no Piauí. 

Os dados completos dos projetos previstos, assim como o detalhamento do documento estão disponíveis no site da ANPTrilhos - http://anptrilhos.org.br/balanco-2024-1sem 

Informações: ANPTrilhos

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Cittamobi e CCR Metrô Bahia anunciam parceria inédita para melhorar a experiência dos passageiros do transporte público em Salvador

domingo, 8 de setembro de 2024

O aplicativo Cittamobi e a CCR Metrô Bahia firmaram uma parceria inédita para aprimorar ainda mais a mobilidade urbana e a experiência dos passageiros do transporte público, trazendo benefícios significativos para os clientes do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, dentre eles a possibilidade de conferir, antes de sair de casa, o tempo estimado de chegada do próximo trem.

O Cittamobi, conhecido por fornecer horários dos ônibus em tempo real e por facilitar o planejamento de rotas que incluem diversos meios de transporte, agora integra informações em tempo real do metrô de Salvador, se tornando intermodal. Além das funcionalidades já existentes no aplicativo, a parceria traz mais uma novidade importante: a informação em tempo real da lotação dos trens, uma funcionalidade inovadora disponível exclusivamente no aplicativo para os clientes do metrô de Salvador.

Com a nova parceria, os passageiros que utilizam o Cittamobi na capital baiana poderão visualizar as opções de transporte público disponíveis no mapa, facilitando a localização de estações de metrô próximas. Segundo Emanuele Cassimiro, CPO do Cittamobi, “essa inovação visa não apenas melhorar a experiência de viagem, mas também a segurança e o conforto dos passageiros”.

Para Frederico Pimentel, Coordenador de Arrecadação da CCR Metrô Bahia, “a parceria entre o Cittamobi e a CCR Metrô Bahia representa um passo significativo na melhoria da mobilidade urbana em Salvador, demonstrando o compromisso conjunto em oferecer soluções inovadoras e eficientes para os cidadãos da cidade”.

Para baixar o aplicativo visite o site oficial do Cittamobi em www.cittamobi.com.br, ou nas lojas oficiais de iOS e Android.

Informações: Blog Meu Transporte

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BRT Salvador é destacado como um dos mais efetivos do mundo

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O diretor de Mobilidade Urbana Global do WRI (World Resources Institute) e ex-gestor de mobilidade da cidade colombiana de Bogotá, Felipe Ramírez, visitou as instalações do BRT Salvador nesta quarta-feira (28). Aproveitando a realização da capacitação em Eletromobilidade, que acontece na capital baiana até esta quinta-feira (29), Ramirez contou um pouco da experiência com o modal da capital colombiana, um dos maiores do planeta, e destacou a infraestrutura e operação do BRT de Salvador como uma das mais modernas do mundo.

“É preciso felicitar Salvador pelo grande esforço realizado com o sistema BRT, que responde às necessidades das pessoas. Tive a oportunidade de conhecer muitos sistemas similares ao redor do mundo, e o de Salvador é, possivelmente, um dos melhores, pois combina uma série de coisas que são muito positivas, como a infraestrutura e as políticas públicas implantadas, no trato das pessoas e na implantação de novas estratégias para garantir a satisfação dos usuários. Estou completamente satisfeito com o que vi nesta visita”, afirmou Ramirez.

Sobre a avaliação de Ramirez, o titular da Semob, Fabrízzio Muller, lembra que a visita do ex-gestor e especialista colombiano é mais um indicativo de que o trabalho está fluindo conforme a expectativa, além de ser um depoimento positivo de um órgão renomado e com ampla experiência no planejamento e implementação de BRT, como o WRI.

Informações: Tribuna da Bahia

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Ciclovias e ciclofaixas avançam nas capitais brasileiras

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Mobilidade urbana, melhora na qualidade de vida, diminuição nas taxas de poluição, economia de tempo e dinheiro. São inúmeras as vantagens que a expansão das redes cicloviárias em grandes centros urbanos pode trazer. Apesar dos incontestáveis benefícios, a ampliação da malha cicloviária cresce em ritmo muito aquém da necessidade: no último ano, a malha de ciclovias e ciclofaixas nas capitais cresceu 4%, passando de 4.196 km em 2022 para 4.365 km em 2023 – um acréscimo de 169 km no período de um ano.

O monitoramento foi feito pela Aliança Bike (Associação Brasileiras do Setor de Bicicletas), que ouviu todas as prefeituras das capitais brasileiras por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). O período considerado pelo levantamento foi de junho de 2022 a junho de 2023.

Na média, cada uma das capitais brasileiras possui 161,7 km de ciclovias e ciclofaixas em 2023.

É importante ressaltar que os dados contemplam apenas as estruturas segregadas e exclusivas para a circulação de bicicletas. Por esta razão, ciclorrotas e outras estruturas compartilhadas com veículos motorizados não fazem parte dos 4.365 km totais considerados – apenas as ciclovias e as ciclofaixas estão incluídas no monitoramento.

“A construção de mais ciclovias e ciclofaixas é um ponto fundamental no incentivo à mobilidade e mostra o interesse dos municípios em trazer soluções para os deslocamentos urbanos. Oferecer segurança e local apropriado ao uso da bicicleta pode trazer mudanças positivas gigantescas no dia a dia das pessoas e das cidades, contribuindo em vários aspectos. Que esse viés de alta se mantenha e que avance em todas os municípios brasileiros”, comenta André Ribeiro, vice-presidente da Aliança Bike.

Todas as prefeituras das 26 capitais estaduais, além do Distrito Federal, foram ouvidas na pesquisa. Dentre as cidades que mais cresceram em quilômetros implantados, a que mais evoluiu em números percentuais foi Palmas-TO, com 39,8% de acréscimo. Em seguida estão Maceió-AL (aumento de 27%) e Brasília-DF com aumento de 20,8% – confira mais na lista logo abaixo.

Utilizando a comparação entre o volume de ciclovias e ciclofaixas e a população residente, o principal destaque é Florianópolis-SC, com 22,96 km a cada 100 mil habitantes. Na sequência, aparecem Brasília-DF, com 21,79 km a cada 100 mil habitantes, e Palmas-TO, com 20,48 km a cada 100 mil habitantes – veja mais na lista abaixo.

Neste comparativo com o número da população, São Paulo-SP aparece na 19ª posição – mesmo tendo a maior malha cicloviária segregada, com 689,1 km.

2023 é o segundo ano consecutivo em que a Aliança Bike realiza o levantamento das ciclovias e ciclofaixas das capitais brasileiras. O objetivo é construir uma série histórica, que funcione como uma base de dados para o acompanhamento da evolução da infraestrutura cicloviária brasileira. O monitoramento não analisa a qualidade das infraestruturas e não pode ser considerado sinônimo de toda a malha cicloviária do país, pois foram consideradas apenas as capitais

Capitais com a maior rede de ciclovias e ciclofaixas em 2023:

São Paulo-SP: 689,1 km
Brasília-DF: 636,89 km
Rio de Janeiro-RJ: 487 km
Fortaleza-CE: 419,2 km
Salvador-BA: 306,64 km
Curitiba-PR: 245,7 km
Recife-PE: 174,3 km
Florianópolis-SC: 131,86 km
Belém-PA: 116,5 km
Belo Horizonte-MG: 105,78 km

Maiores crescimentos (%) em ciclovias e ciclofaixas implantadas – de 2022 a 2023:

Palmas-TO: 39,8%
Maceió-AL: 27%
Brasília-DF: 20%
Teresina-PI: 12,8%
João Pessoa-PB: 12,27%
São Luís-MA: 11,11%
Campo Grande-MS: 9,57%
Florianópolis-SC: 8,47%
Rio de Janeiro-RJ: 8,22%
Boa Vista-RR: 7,85%

Maiores malhas cicloviárias em relação à população residente:

Florianópolis-SC: 22,96 km/100 mil habitantes
Brasília-DF: 21,79 km/100 mil habitantes
Palmas-TO: 20,48 km/100 mil habitantes
Rio Branco-AC: 20,44 km/100 mil habitantes
Vitória-ES: 19,49 km/100 mil habitantes

O que são ciclovias e ciclofaixas

Embora sejam estruturas segregadas dos veículos automotores, ciclovias e ciclofaixas possuem diferenças entre si. De acordo com o Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro – e ratificado no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, Volume VIII, Sinalização Cicloviária – ciclovia é uma “pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum”; e ciclofaixa é uma “parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica”.

Portanto, ciclovias podem usar grades, blocos de concretos, canteiros ou mesmo altura diferente da via de rodagem dos demais veículos para garantir uma segregação física.

Já as ciclofaixas funcionam na mesma pista de rolamento dos veículos automotores, mas com faixas pintadas exclusivas para ela. Podem contar com sinalização viária como tachões, balizadores e placas para delimitar o espaço específico para o tráfego de ciclistas.

Sobre a Aliança Bike – Associação Brasileira do Setor de Bicicletas

Criada em 2003 e formalizada em 2009, a Aliança Bike tem em seu escopo de atuação a defesa do setor e da economia da bicicleta no país, sempre visando o interesse coletivo. A entidade é formada por mais de  mais de 170 empresas e organizações associadas, abrangendo fabricantes, montadores, importadores, varejistas e lojistas, espalhados por mais de 20 estados.

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Carlos Ghiraldelli | carlos@seppia.com.br

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