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Rio de Janeiro: VLT da Zona Portuária começa a circular em 2014

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um velho túnel ferroviário, construído ainda no Império e há décadas abandonado, começa a tomar nova forma sob o Morro da Providência. Escavado no século XIX, para dar passagem ao transporte de cargas entre o Porto do Rio e a Estrada de Ferro Dom Pedro II (atual Central do Brasil), o túnel de 315 metros está sendo ampliado para receber bondes modernos, que deverão fazer parte da paisagem da Zona Portuária até 2016. O sistema de veículos leves sobre trilhos (VLTs) é uma das obras previstas na esteira do projeto Porto Maravilha, de revitalização da região. Do pacote também fazem parte novos túneis e avenidas, a demolição do Elevado da Perimetral, a reestruturação de redes subterrâneas de serviços públicos, a construção de museus e a recuperação de bens históricos. Parte dessa revitalização já está pronta e leva colorido à Avenida Barão de Teffé e seu entorno, onde escavações revelaram parte da história do tráfico negreiro no Rio.

Com seis linhas e 42 estações, o VLT deverá entrar em pleno funcionamento no primeiro semestre de 2016. Pelo cronograma da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (Cdurp), contudo, duas linhas começam a operar já na Copa de 2014. Uma delas deverá passar pelo túnel ferroviário. O projeto será apresentado em audiência pública amanhã, às 10h, na prefeitura. Já a concorrência para escolha do consórcio que vai implantar e operar o sistema por 25 anos deverá ocorrer em 30 dias. A previsão é que o vencedor saia em outubro e as obras comecem em janeiro de 2013.
Túnel deve ficar pronto até julho de 2013

Orçado em R$ 1,1 bilhão, o VLT será financiado em parte pela União, que aplicará R$ 532 milhões na obra. Segundo o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, o edital deverá prever que o consórcio adiante o restante dos recursos e só comece a receber a contraprestação da prefeitura depois que as duas primeiras linhas começarem a operar.
— O investimento inicial em material rodante e carros será pago pelo operador. Os custos operacionais do VLT e os lucros virão da bilhetagem — explica.

A engenharia financeira que dará viabilidade econômica ao projeto ainda está sendo finalizada. Mas já está decidido que os passageiros do VLT poderão usar o bilhete único no sistema. A validação dos bilhetes acontecerá nos vagões e nas estações de embarque, que não terão bilheteiros. Fiscais percorrerão as linhas para cobrar o pagamento da passagem. O sistema deverá ter ainda a tecnologia como aliada para evitar eventuais calotes. Sensores poderão fazer a validação automática da passagem mesmo que o bilhete esteja dentro de bolsas ou de peças de vestuário dos passageiros.
Uma das duas linhas a ficarem prontas em 2014 cortará a Zona Portuária, ligando a Rodoviária Novo Rio à Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro, passando pelas avenidas Rodrigues Alves e Rio Branco. Já o segundo circuito fará a ligação da Central do Brasil à Praça Mauá, passando pelo túnel ferroviário e contornando a Cidade do Samba.
De acordo com a concessionária Porto Novo, que assumiu em 2011 as obras de revitalização, o túnel ferroviário deverá ficar pronto até julho de 2013. O consórcio terá que deixar preparada ainda a calha de passagem do VLT nas vias públicas que estarão ou já estão em obras.

Redes de água e esgoto serão redimensionadas
A implantação do VLT é uma das faces da revitalização que, entre obras e serviços públicos, deverá ter investimentos de R$ 8 bilhões nos próximos 15 anos. O projeto prevê o desmonte gradual do Elevado da Perimetral a partir de abril de 2013; a reestruturação das redes de água, esgoto, drenagem, gás, telefonia, energia elétrica e iluminação pública de uma região de cinco milhões de metros quadrados; a construção do Museu do Amanhã, cujos primeiros pilares começam a aparecer no Píer Mauá; um reservatório de água no Morro do Pinto; três unidades de tratamento para os rios Comprido, Papa Couve e Maracanã; e o aumento de três para 11 do número de galerias de escoamento de águas pluviais.

O pacote inclui ainda a Avenida Binário, que está sendo construída em paralelo à Avenida Rodrigues Alves, terá dois túneis (sob os morros da Saúde e de São Bento) e duas alças de ligação com o Elevado do Gasômetro. Outra intervenção programada é a transformação da Rodrigues Alves numa via expressa, que terá parte de seu trajeto num túnel. Segundo o diretor-presidente da Porto Novo, José Renato Ponte, dois poços de perfuração desse túnel estão sendo montados na Praça Barão de Ladário, no 1 Distrito Naval e num terreno da Rua Sacadura Cabral.
— Nesses poços, o primeiro trabalho será o de arqueologia. As escavações no Porto têm revelado muitos vestígios históricos — diz José Renato.

Alguns desses vestígios foram expostos pelas obras da primeira fase do Porto Maravilha, iniciada em 2009 com recursos municipais. Num investimento de R$ 139 milhões, foram reurbanizadas 24 vias dos bairros de Saúde, Gamboa e do Morro da Conceição, entre elas as avenidas Barão de Teffé e Venezuela e as ruas Camerino e Sacadura Cabral. Na Barão de Teffé, as escavações para a implantação de tubulações de serviços públicos trouxeram à luz o antigo Cais do Valongo, por onde desembarcavam os escravos durante o Império. A localização do cais determinou mudanças no projeto, para que o sítio arqueológico virasse um memorial aberto à visitação.
Perto dali, as obras restauraram ainda os Jardins do Valongo. Construído em 1906 pelo então prefeito Pereira Passos, o conjunto arquitetônico inclui um antigo mictório público e a Casa da Guarda, que será transformada em centro cultural. O jardim recebeu de volta ainda as estátuas dos deuses Minerva, Mercúrio, Ceres e Marte, retiradas pela prefeitura da região em 2002, por causa de vandalismo.

O jardim só será aberto à visitação no dia 24 deste mês. Mas muita gente já vem descobrindo que o cais, a praça com canteiros de flores, as ruas do entorno e seu casario carregado de história valem o passeio. O trabalho ainda não acabou. Há canteiros aqui e ali, como no Largo da Prainha. Mas o baticum das máquinas não calou o samba das segundas-feiras na Pedra do Sal.


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Sistema BRT (Bus Rapid Transit) é solução imediata para regiões metropolitanas

domingo, 1 de julho de 2012

Em que tipo de cidade queremos viver? Segundo o especialista em planejamento e mobilidade urbana e diretor da C40 (órgão internacional que reúne os prefeitos das principais cidades do mundo), Adalberto Maluf Filho, não se pode pensar em mobilidade sem falar sobre uso de solo, integrando planejamento, meio ambiente e transporte eficiente de massa. Para o especialista o sistema de ônibus em via exclusiva, como o implantado no corredor ABD, tem inúmeras vantagens sobre a solução do monotrilho com o mesmo atendimento da demanda e um custo operacional muito inferior.
O especialista participou ontem (26) do seminário “Transporte Coletivo: Sustentabilidade, Mobilidade e Saúde”, organizado pela Metra, empresa que opera o Corredor Metropolitano de Ônibus ABD, e a Eletra, empresa brasileira que desenvolve tecnologia de tração elétrica para ônibus urbano, em São Bernardo do Campo.

Monotrilho versus BRT
Maluf Filho falou sobre as diferenças entre os modais Metrô, Monotrilho e BRT (Bus Rapid Transit ou ônibus de velocidade rápida). Explicou que o Metrô é um transporte de massa para altos volumes de passageiros (superior a 50 mil por hora), e que a demanda de passageiros destinada às novas linhas de monotrilho poderiam ser atendidas por sistemas de BRT, como em várias cidades do mundo: Bogotá, Cidade do México, Curitiba, em 12 províncias chinesas entre outros exemplos.

As grandes cidades, segundo Maluf Filho, tendem a optar por corredores de ônibus, devido à sua funcionalidade (que permite a integração com o espaço público), ao baixo custo na construção de vias exclusivas e ao baixo impacto ambiental, no caso dos ônibus de tração elétrica ou híbrida. “Mais de quatro mil ações sendo feitas nas cidades da C40 Cidades que estão evoluindo e apostando no corredor de ônibus", disse o especialista.

Maluf citou como exemplo a cidade de Bogotá (Colômbia) onde em duas faixas exclusivas os ônibus de trânsito rápido levam 35 mil pessoas/hora enquanto em outras cinco faixas, os carros levam apenas sete mil pessoas/hora. Na China as autoridades deixaram projetos de monotrilho em favor dos corredores de BRT usando a experiência de técnicos brasileiros. Na província de Ghuangzou o sistema atende até 45 mil passageiros/hora nos horários de pico, demanda equivalente a suportada pelo metrô.
O especialista em planejamento e mobilidade urbana considera importante a integração do transporte de massa com ciclovias, corredores exclusivos e metrô e reforçou que as melhores cidades do mundo privilegiam o sistema de transporte coletivo em detrimento do individual. Tomou como exemplo negativo as cidades Turim, na Itália, invadida por carros, e Seattle, nos EUA, que tem espaço destinado apenas aos automóveis, com baixa integração das pessoas no espaço público. Disse que ao contrário dessas duas, Nova York se reinventou com espaços de convivência, ruas completas com calçadas, proteção ao pedestre, sinalização, ciclovias e integração do espaço público. Disse que em São Paulo 82% das pessoas vão ao metrô de ônibus e que em Londres 76% das pessoas utilizam o ônibus nos deslocamentos. Na opinião de Maluf, o cenário ideal para uma cidade como São Paulo é que um sistema eficiente de BRT´s abasteça estações de metrô com linhas troncais, de forma integrada.

Exemplo de eficiência no corredor ABD
A solução apontada por Adalberto Maluf Filho pode tomar como exemplo o corredor metropolitano ABD, construído na década de 80, e há 15 anos operado pela Metra, com índice de satisfação de 80% segundo pesquisa feita com seus usuários.

Construído sobre vias segregadas, o corredor ABD tem extensão de 33 quilômetros e liga as zonas leste e sul de São Paulo, passando pelas de Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá. Circulam mensalmente pelo sistema, cerca de 7,5 de passageiros, em 13 linhas operadas, contando com 110 pontos de parada e 10 terminais.

Mobilidade, sustentabilidade e saúde
Participaram do seminário, além de Adalberto Maluf Filho, Vitor Seravalli, especialista em Desenvolvimento Sustentável e presidente do Comitê Brasileiro do Pacto Global da ONU; Paulo Saldiva, médico coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP) e os convidados Adriano Murgel Branco (ex-secretário de Transportes do Estado de São Paulo) e Oscar Silveira Campos, secretário de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo do Campo.

O Seminário é organizado no mês da celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, bem como da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, no Rio de Janeiro.

Informações: Casa da Notícia

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Trensurb inicia operação comercial em duas novas estações de Novo Hamburgo

sexta-feira, 29 de junho de 2012


Na próxima terça-feira, 3, a Trensurb inicia a operação comercial em duas das cinco novas estações da empresa, parte da expansão da Linha 1 até Novo Hamburgo. Uma cerimônia de inauguração oficial das estações ocorre na segunda-feira, 2, contando com as presenças dos membros do Conselho de Administração da Trensurb, incluindo o secretário executivo do Ministério das Cidades (e presidente do Conselho), Alexandre Macedo, e o diretor-presidente da empresa, Humberto Kasper, além dos prefeitos de São Leopoldo e Novo Hamburgo, respectivamente, Ary Vanazzi e Tarcísio Zimmermann.

Às 13h30 de segunda-feira, um trem partirá da Estação São Leopoldo, última atualmente em operação comercial, fazendo uma parada na Estação Rio dos Sinos, também em São Leopoldo, e seguindo até a Estação Santo Afonso, primeira da Trensurb em Novo Hamburgo. Na data, as duas novas estações estarão fechadas ao público até às 15h30, horário em que abrirão e será retomada a operação experimental gratuita (que segue normalmente até às 23h20).

Às 5h da manhã de terça-feira, as estações abrem ao público usuário já em operação comercial, marcando a concretização do projeto original da empresa, de ligar a capital gaúcha ao município hamburguense, através de um transporte rápido, seguro, limpo, eficiente e econômico. O trajeto da Estação Mercado até a Estação Santo Afonso leva 46 minutos e, inicialmente, espera-se que sejam agregados cerca de 6 mil usuários diários a mais ao sistema metroviário. O acesso à Linha 1 através das novas estações, gratuito durante o período de operação experimental, passa a ter tarifa de R$ 1,70 a partir do dia 3.

Essa primeira etapa da expansão da Trensurb a Novo Hamburgo estende a Linha 1 por mais 4,9 quilômetros, chegando a um total de 38,7 quilômetros.


Mais três estações e serviços complementares


A expansão a Novo Hamburgo prevê, ainda, mais 4,4 quilômetros de Linha 1, atingindo 43,1 quilômetros de extensão, de Porto Alegre até o Centro de Novo Hamburgo. Todo o trecho é estruturado em via elevada e comportará mais três estações – Industrial, Fenac e Novo Hamburgo -, cujas obras devem estar concluídas até o fim de 2012.

Serviços complementares incluem: a reurbanização dos entornos das estações (obras de drenagem pluvial, saneamento, pavimentação de ruas e calçadas, etc.); a construção de uma ponte rodoviária sobre o Rio dos Sinos ao longo do prolongamento da Av. Mauá, em São Leopoldo; um novo sistema viário desde a Av. Mauá (a partir da travessia do Rio dos Sinos) até a Av. Governador Roberto da Silveira, com duas pistas laterais ao elevado, canteiro central e passeios laterais; execução de serviços para melhoramento hidrodinâmico do Arroio Luiz Rau; reassentamento de 730 famílias em São Leopoldo.

O Consórcio Nova Via – constituído pelas empresas Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Toniolo/Busnello e T’Trans – é o responsável pela execução da obra. O total do projeto é orçado em R$ 939,6 milhões.


Novos horários e intervalos


A nova estratégia operacional da empresa prevê a utilização de três carrosséis no horário de pico da manhã e dois no pico da tarde. O carrossel é, basicamente, o percurso de ida e volta do trem. Anteriormente, a Trensurb contava com dois carrosséis nos horários de pico: um entre a Estação Mercado e a Estação São Leopoldo, o outro entre Mercado e a Estação Sapucaia.

O novo serviço contará, no horário de pico da manhã, com um carrossel entre as estações Mercado e Santo Afonso, a manutenção do carrossel entre Mercado e Sapucaia e, nos momentos de maior fluxo, um terceiro carrossel, com intervalo de apenas 3 minutos, entre as estações Mercado e Mathias Velho.

No horário de pico da tarde, serão utilizados os carrosséis entre as estações Mercado e Santo Afonso e entre as estações Mercado e Sapucaia. Dessa forma, é possível adequar o intervalo de trens conforme a demanda, fazendo com que os trechos com maior número de usuários tenham mais veículos à disposição.



Fonte: Trensurb

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Ex-prefeito de Bogotá defende faixa de ônibus em vias congestionadas

segunda-feira, 25 de junho de 2012


Ex-prefeito de Bogotá e referência na criação de políticas de mobilidade urbana, o urbanista Enrique Peñalosa defende medidas radicais para combater os congestionamentos. Entre 1998 e 2001, quando esteve à frente da prefeitura da capital colombiana, Peñalosa criou 84 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, o Transmilênio. O sistema funciona no modelo de BRT (ônibus de trânsito rápido, na tradução), com faixas de ultrapassagem e linhas expressas. Os itinerários servem a 1,7 milhão de passageiros por dia útil, em média. 

No Grande ABC, são poucas as vias que têm corredores de ônibus, como Piraporinha, Lucas Nogueira Garcêz, Brigadeiro Faria Lima, Pereira Barreto e Capitão Mário Toledo de Camargo.

Para melhorar a fluidez nos grandes centros, o urbanista sugere medidas polêmicas. Em vias que costumam registrar altos índices de engarrafamento, o colombiano propõe a segregação de faixa exclusiva para o transporte coletivo. "O problema é que quem tem carro tem o poder político, e não quer ceder um centímetro de seu espaço à coletividade. Um ônibus que transporta 50 pessoas deveria ter 50 vezes mais espaço que um automóvel com um único passageiro. Isso é um princípio democrático básico", avalia. 

Na opinião do ex-prefeito, a construção dos BRTs deve ter preferência em relação ao metrô. Ele aponta para a melhor relação custo/benefício dos corredores. "O ônibus, por exemplo, pode entrar nas ruas dos bairros e recolher passageiros. Outra vantagem é que a distâncias entre os pontos é menor. Ou seja, o tempo de caminhada de casa ou do trabalho até o ponto e, desse local até o destino, é menor", complementa.

Peñalosa vê como hipocrisia a movimentação de grupos que pedem a ampliação da rede metroviária. "Muitas pessoas de alto poder aquisitivo são as que mais brigam pela construção de linhas de metrô, mas elas não têm a mínima intenção de usar esse tipo de transporte. Tudo que eles querem é que outras pessoas utilizem o metrô e deixem as ruas mais livres para os carros."

Outra medida defendida pelo especialista, que hoje preside o Institute for Transportation and Development Policy (Instituto de Políticas para Transportes e Desenvolvimento), é a construção de ciclovias e a restrição para o uso dos veículos particulares. "O automóvel vai gerar uma grande quantidade de custos sociais, ambientais e de qualidade de vida. Se há tantos impactos, o lógico e racional seria cobrar impostos cada vez mais caros pelo uso do carro e, com os recursos, subsidiar o transporte público.(colaborou Illenia Negrin)


Região estuda criação de corredores exclusivos

Para proporcionar mais fluidez ao sistema viário, as Prefeituras do Grande ABC estudam a criação de novas faixas exclusivas para o transporte público. Atualmente, a região conta com 33 quilômetros do Corredor ABD, que liga a região a três terminais paulistanos, além da via segregada na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, em Santo André.

Em São Bernardo, o projeto da Prefeitura é criar 11 corredores de ônibus e quatro terminais até 2016. As obras deverão custar cerca de R$ 470 milhões, sendo que a metade será financiada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O secretário de Mobilidade Urbana de Mauá, Renato Moreira dos Santos, informa que a cidade deverá ter vias exclusivas nas futuras avenidas marginais que estão sendo estudadas pela administração. Os corredores serão às margens do Rio Tamanduateí e do Córrego Corumbé.

A Prefeitura de São Caetano pretende construir estações de conexão nas divisas com Santo André e São Bernardo para diminuir o trânsito de ônibus intermunicipais pela cidade. “A ideia é organizar o fluxo dos coletivos para reduzir os congestionamentos”, explica o secretário de Mobilidade Urbana, Iliomar Darronqui.

Fábio Munhoz | Do Diário do Grande ABC

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Rio+20: Prefeitura do Rio apela para que carros fiquem na garagem nos dias 20, 21 e 22 de junho

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Na contagem regressiva para a Rio+20, a prefeitura apela aos cariocas para que evitem dirigir em vias importantes da cidade nos dias 20, 21 e 22 de junho e usem transporte público. Nesse período, chefes de estado de mais de 100 países estarão na cidade para a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável.

Linhas Vermelha e Amarela, Avenida das Américas e os viadutos da Perimetral e do Gasômetro terão o trânsito afetado pela passagem de mais de 500 automóveis das comitivas oficiais e dos batedores. Nestes dias, todas as faixas reversíveis da cidade estarão suspensas e a Avenida Niemeyer terá, em horários especiais, apenas um sentido.

“Pedimos a compreensão da população. A nossa cidade será uma espécie de capital do mundo nesse período”, explicou o prefeito Eduardo Paes. A orientação dele é que a população evite o trajeto entre o Aeroporto Internacional Tom Jobim e os bairros da zona Sul, além das rotas de acesso ao Riocentro, onde vai se concentrar o evento.

As Infiltradas
Durante a Rio+20, haverá mais repressão a cracolândias, principalmente no Centro e na Lapa. A Guarda Municipal recebeu informação de polícias de outros países sobre manifestações de ativistas ambientais aqui.

Pelo menos 25 mulheres da Guarda trabalharão infiltradas no Riocentro, onde os chefes de estado vão se reunir. Elas vão monitorar suspeitos. A torre de vigilância usada no Rock in Rio — semelhante a que fica na fronteira do México com os EUA — será instalada no Parque do Flamengo, onde acontecerá a Cúpula dos Povos.
O equipamento tem câmera com visão 360º e capacidade noturna, que alcança até 2 km de distância. A torre possui alto-falantes e canhões de luz.

Dois Cieps no Centro e no Catete virarão alojamentos
Os 1.200 alunos dos Cieps Pedro Varela, no Centro, e Tancredo Neves, no Catete, terão as aulas suspensas a partir do dia 16. O primeiro vai alojar 900 pessoas e o segundo, 550, de movimentos sociais que virão à cidade para a Rio+20.
Ativistas poderão acampar no Sambódromo, na Quinta da Boa Vista e no no campus da Praia Vermelha da UFRJ entre 16 e 23 de junho. A conferência da ONU é de 13 a 22.
Haverá feriado escolar entre 20 e 22. Alunos de escolas públicas municipais terão dever de casa no folgão: fazer minirreportagens sobre o evento.

Reforço recorde na segurança aumenta para 20 mil homens
Vigiada por 20 mil homens a mais, a cidade não terá o maior aparato de segurança de sua história só no asfalto. O reforço de policiamento — que ganhou mais 5 mil homens além dos 15 mil anunciados na segunda-feira — se estenderá a seis favelas pacificadas que deverão receber visitas de delegações internacionais.

As comunidades são: Cidade de Deus, Complexo do Alemão, Santa Marta, Chapéu Mangueira, Babilônica, Pavão-Pavãozinho. O entorno do Riocentro promete ser o local mais vigiado da cidade, com policiais da ONU, federais e militares do Exército. O trajeto do aeroporto internacional até a Zona Sul, a Barra, o Píer Mauá, a Quinta da Boa Vista e a Arena HSBC, onde haverá alguns eventos da Rio+20, também estará cheio de policiais.
O prefeito Eduardo Paes e secretários explicaram as mudanças na cidade durante a conferência da ONU | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
O prefeito Eduardo Paes e secretários explicaram as mudanças na cidade durante a conferência da ONU | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
Nos alojamentos haverá 50 guardas. Nos arredores de hotéis do Centro, Flamengo, Botafogo, Leme, Copa, Ipanema, Leblon e Barra, 62. Só para o Aterro do Flamengo, local da Cúpula dos Povos de 15 a 23 de junho, serão 150 homens. Pão de Açúcar e Corcovado vão receber atenção especial.

Ação para impedir táxi pirata no aeroporto
De olho no aumento de desembarque de passageiros por causa da Rio+20, a CET-Rio vai começar sábado o projeto Táxi Boa Praça, no Aeroporto Santos Dumont. Câmeras vão multar taxistas não autorizados. No Aeroporto Internacional Tom Jobim, que já conta com o serviço, haverá a instalação de grades nas áreas onde taxistas irregulares estacionam. Lá, apesar das câmeras de fiscalização, alguns motoristas passam por atalho para fugir do monitoramento.
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São Paulo: Trabalhador leva mais de 2 horas no trânsito

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Cerca de 22% dos moradores do Grande ABC que trabalham em outros municípios gastam, em média, duas horas ou mais para ir e voltar do trabalho todos os dias. Essa rotina é enfrentada atualmente por 214.802 pessoas que moram na região e têm atividades em outras cidades.
O levantamento é parte do Censo 2010 que foi divulgada na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na proporção com o número de habitantes, Rio Grande da Serra, Mauá e Ribeirão Pires são as cidades onde os moradores levam mais tempo no deslocamento. Na primeira, o índice de trabalhadores que têm essa rotina é de 32% do total, ou 5.300 pessoas. Em Mauá, o número é de 31%, ou 50.000 habitantes. Já em Ribeirão, 10.333 trabalhadores (24,5%) perdem duas horas ou mais diariamente. Dentre as sete cidades da região, as três são as mais distantes do centro da Capital.
Nos municípios mais próximos da região central paulistana, a quantidade de pessoas que perdem uma hora ou mais em cada deslocamento é menor. Em São Caetano, 9.399 trabalhadores (15,7%) se encaixam no grupo. Em Diadema, a rotina é enfrentada por 27.452 habitantes (18,3%), enquanto em São Bernardo, a faixa abrange 57.237 moradores (20%). Dos 55.140 profissionais de Santo André, que equivale a 20,9% do total, gastam duas horas ou mais para ir e voltar do serviço.

Análise - Os dados não surpreendem especialistas, que comumente defendem medidas para diminuir o transtorno de motoristas e passageiros no trânsito caótico das metrópoles. A curto prazo, o engenheiro de tráfego e transporte Horácio Figueira indica alternativas que já são conhecidas na região e na Capital: a criação de corredores exclusivos para circulação de ônibus. "Não adianta restringir o tráfego de caminhões (medida que é estudada para implantação nos 39 municípios da Grande São Paulo). É ilusão. Isso dá vazão aos automóveis, que em um mês irão entupir aquele espaço. A faixa exclusiva é a melhor opção, mas tem de ter fiscalização humana e eletrônica para impedir invasões. Hoje os ônibus não são atrativos. Eles têm de andar mais rápido do que os carros."
Figueira avalia que a opção do investimento no transporte público, como criação de trens e linhas de metrô, é considerada insuficiente diante da urgência que a situação exige, já que as obras levariam anos ou décadas.

Especialista sugere semáforos inteligentes para ônibus
A única saída apontada pelo engenheiro especialista em tráfego e transporte Horácio Figueira para melhorar as condições viárias no Grande ABC é a criação de faixas exclusivas para ônibus, o que possibilita mais fluidez.
Em Curitiba, desde 2008, sistema informatizado garante sinal verde permanente em semáforos de 45 cruzamentos da capital paranaense. A ideia foi criada com objetivo de reduzir pela metade o tempo de percurso dos passageiros e estimular a troca do carro pelo ônibus. "Sem obras, Londres (capital da Inglaterra) implantou o mesmo modelo em 1977 e conseguiu redução de 30% no tempo de percurso. Só falta vontade política para resolver. Os técnicos sabem como implantar. Temos que atrapalhar o usuário de carro, não há outro jeito", avalia.
O sensor do ônibus é acionado a pelo menos cem metros do cruzamento, distância considerada segura para a transição entre os sinais vermelho, amarelo e verde. O sistema funciona por meio de sensores instalados no chão.


Média da região é inferior à da Grande SP
A quantidade de pessoas que perdem duas horas ou mais diariamente para ir e voltar do trabalho é maior na Região Metropolitana de São Paulo em comparação ao Grande ABC. Nos 39 municípios da Grande São Paulo, 1,9 milhão pessoas entram para o grupo, o que corresponde a 28,5% do total de trabalhadores com atividade profissional em outra cidade.
Na Capital, a parcela é ainda maior, com 31% do total, enquanto no Estado, a taxa cai para 28,5%. A média nacional de pessoas que ficam pelo menos duas horas por dia no trajeto ao trabalho é de 11,4%.
Para o presidente do Instituto Brasileiro de Ciências do Trânsito, José Almeida Sobrinho, o tempo disperdiçado no trajeto reflete mudanças nas relações de trabalho nas últimas décadas. "Antigamente, as grandes indústrias tinham vilas nas proximidades onde os funcionários moravam. Isso foi mudando."
Na avaliação de Sobrinho, atualmente o tempo de permanência dos profissionais na mesma empresa é menor, o que faz com que aumentem as chances de a pessoa morar longe do trabalho. "O trabalhador optou por ficar em um local para morar e trabalhar onde for conveniente", analisa.
O especialista prevê tendência de aumento no tempo de deslocamento nos próximos anos, caso não sejam feitos investimentos significativos em mobilidade urbana. "O transporte público não é suficiente, tanto em horário quanto em volume. Isso obriga os cidadãos a se deslocarem de forma isolada, o que piora ainda mais a fluidez no sistema viário."
O especialista acrescenta que o tempo perdido no trânsito prejudica a produtividade no trabalho. "Duas horas diárias para ir e voltar equivalem a 25% da jornada de oito horas. Isso é muita coisa. A pessoa não rende o esperado."

Fonte: Diário do Grande ABC

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Prefeitura de São Caetano estuda criar duas faixas exclusivas para ônibus

terça-feira, 24 de abril de 2012

A Prefeitura de São Caetano estuda criar duas faixas exclusivas para ônibus, nas avenidas Goiás e Guido Aliberti. O objetivo é organizar o trânsito nas duas avenidas mais movimentadas da cidade e garantir mais fluidez para o transporte público. A administração avalia também a construção de duas estações de conexão nas divisas com São Bernardo e Santo André para reestruturar o itinerário das linhas intermunicipais.
As propostas dependem de análise da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e da conclusão do Plano Regional de Mobilidade, que está em fase de licitação no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Segundo a diretora de Transportes de São Caetano, Cristina Baddini, a Prefeitura aguarda há um mês e meio o agendamento de reunião com a EMTU para apresentar os projetos.
Baddini explica que as mudanças fazem parte de plano para otimizar o transporte na cidade e diminuir a sobreposição das linhas intermunicipais e municipais. "Temos só nove linhas municipais, mas 42 linhas metropolitanas cruzam o município", informa a diretora. Segundo ela, 30% das viagens são para outras cidades, ou seja, não têm como destino São Caetano.
De acordo com a proposta, as estações de conexão seriam transformadas em pontos finais para as linhas intermunicipais com destino a São Caetano. Lá, os usuários fariam conexão gratuita com ônibus municipais, que seguiriam rumo ao terminal rodoferroviário, no Centro. A ideia é construir os mini-terminais no fim da Avenida Goiás e nas proximidades da Praça Mauá. A partir desses pontos, as faixas exclusivas agilizariam o traslado até o Centro.

As mudanças nas linhas intermunicipais que utilizam São Caetano apenas como passagem só poderão ser definidas após a conclusão do Plano de Mobilidade. Após a assinatura do contrato, o conjunto de estudos, orçado em R$ 1 milhão, irá demorar seis meses para ser elaborado.

TRENS
A partir de junho, passageiros do município terão desconto - o valor ainda não foi definido - ao fazer baldeação dos ônibus para os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), no Centro. A Câmara Municipal aprovou em março projeto que autoriza a integração tarifária.

São Bernardo terá 11 pistas segregadas em até quatro anos
Em São Bernardo, a proposta da Prefeitura para melhorar o transporte coletivo é a construção de 11 corredores exclusivos de ônibus e quatro terminais. Os três primeiros corredores serão os do Alvarenga, João Firmino e Senador Vergueiro, que devem ficar prontos até 2014. A previsão de entrega dos outros oito é para o fim de 2016.

As intervenções foram orçadas em US$ 250 milhões (cerca de R$ 470 milhões). Deste total, 50% virão por meio de contrato de financiamento a ser assinado com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O restante virá do orçamento municipal. Os outros corredores serão os da Faria Lima, Jurubatuba, Montanhão, Ferrazópolis, Rotary, Capitão Casa, Castelo Branco, Alvarenga e Galvão Bueno.

Fonte: Diário do Grande ABC

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No Rio, Fiscais do Detro determinam recolhimento de 99 ônibus com irregularidades

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A fiscalização do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) retornou, na manhã desta segunda-feira, a vários terminais do estado para checar as condições da frota de ônibus que opera as linhas intermunicipais. Como resultado da ação, 99 veículos foram recolhidos às garagens das empresas e 119 infrações foram aplicadas por irregularidades diversas. O valor das multas aplicadas está entre R$ 503,56 e R$ 2.275,20, sendo que, nos casos de reincidência, este valor é duplicado.
A fiscalização teve início às 6h e prosseguiu até as 10h, com veículos recolhidos nos terminais da Misericórdia (Praça XV), Menezes Cortes, Américo Fontenelle (Central), Rodoviária Novo Rio, Campo Grande e na Pavuna, no Rio; Duque de Caxias, Itaguaí, Nilópolis e São João de Meriti, na Baixada Fluminense; João Goulart, em Niterói; Alcântara, em São Gonçalo; Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana; Itaperuna, Macaé e Campos, no Norte do estado; Paraty, no Sul Fluminense; e em Volta Redonda e Barra Mansa, no Vale do Paraíba.
"É inaceitável que aqueles que têm a obrigação de prestar à população um serviço seguro e de qualidade, teimem em não cumprir com este compromisso. O direito de ir e vir tem que ser assegurado ao cidadão e o transporte público é base para o exercício do mesmo, assim como para o desenvolvimento de qualquer região. Se os empresários não cumprem com a sua obrigação, o Detro cumpre com a dele que é a de fiscalizar sem tréguas as prestadoras de serviço a fim de garantir aos usuários uma frota capaz de transportá-los com segurança e presteza", afirma Alcino Rodrigues Carvalho, presidente em exercício do Detro.
As principais irregularidades encontradas foram a alteração de características (instalação de roleta em ônibus rodoviário ou substituição do banco do trocador por de passageiros), descumprimento do edital do Detro, dupla função do motorista, rampa para portador de deficiência defeituosa, limpador de para-brisa e iluminação defeituosos, falta de equipamentos de segurança como extintor, estacionamento em fila dupla, veículo sem registro no Detro e documentação em atraso.
No Rio, tiveram ônibus recolhidos no terminal da Praça XV, as empresas Jurema (dois por alteração de características) e Rio Ita (um por alteração de características e um por CRLV atrasado e bancos a mais, além de três veículos infracionados por dupla função). No Menezes Cortes, foram recolhidos veículos da Limousine Carioca (dois por alteração de características), da 1001 (um por alteração de características) e da Nossa Senhora do Amparo (três por alteração de características).
No Américo Fontenelle (Central) foram mandados para as garagens por trafegarem com limpador de para-brisa inoperante veículos da Transmil (dois), da Mageli (um) e da Master (um); e por circularem com iluminação inoperante um veículo da Caravelle, um da Reginas, um da Tinguá e outro da União. A Reginas teve também um ônibus apreendido por pneus lisos.
Ainda na Capital, na Rodoviária Novo Rio, houve apreensões nas empresas Costa Verde (um por alteração de características), Macaense (um por CRLV atrasado), Teresópolis (um por para-brisa trincado e outros dois por alteração de características) e 1001 (um por alteração de características), além das infrações aplicadas na Costa Verde (um), Única (um) e Útil (um) por falta dos adesivos obrigatórios. Na Pavuna, foi apreendido um ônibus da São José que teve quatro infrações por CRLV vencido, falta de documentação obrigatória, falta de selo e tacógrafo inoperante e um outro da Vila Rica por limpador de para-brisa inoperante. E, por fim, em Campo Grande, três veículos da Expresso Mangaratiba foram recolhidos, sendo dois por alteração de características e um terceiro por limpador de para-brisa inoperante.
Na Baixada Fluminense, em Duque de Caxias, foi recolhido um ônibus da Vera Cruz por para-brisa trincado; dois da Master por iluminação inoperante; dois da Expresso Mangaratiba por alteração de características e iluminação inoperante; um da União por iluminação inoperante, empresa que teve também outro veículo infracionado por estar parado com o motor ligado; e um da Flores por iluminação inoperante.
Em São João de Meriti, foram flagradas irregularidades em veículos da Santa Terezinha (um apreendido por limpador de para-brisa inoperante e outro infracionado por falta de adesivos) e da Flores (três apreendidos por limpador de para-brisa inoperante, um infracionado por rampa de portador de deficiência inoperante e outro infracionado por falta de adesivos obrigatórios). Em Nilópolis, foram apreendidos ônibus da Cruzeiro do Sul (um por CRLV atrasado), da Ponte Coberta (um por limpador de para-brisa inoperante) e da Transmil (um por CRLV atrasado). Finalmente, em Itaguaí, foram mandados para as garagens seis ônibus da Expresso Magaratiba, sendo dois por CRLV atrasado, dois por limpador de para-brisa inoperante e dois por alteração de característica e aplicadas infrações em veículos da São Cristóvão e da Macabu – um de cada – por atraso superior a 10 minutos.
No Terminal João Goulart, em Niterói, foram para as garagens um ônibus da Rio Ita por não estar cadastrado no Detro; um da ABC por para-brisa trincado e falta de registro, empresa que teve também dois veículos infracionados por pararem em fila dupla; e um da Fagundes por falta de documento obrigatório, sendo que outros dois veículos da mesma empresa foram infracionados por pararem em fila dupla. A Estrela também teve um veículo infracionado por falta de adesivos. No Terminal do Alcântara, em São Gonçalo, a Fagundes teve quatro veículos recolhidos por CRLV atrasado e a Mauá outros quatro por iluminação inoperante, limpador de para-brisa inoperante, alteração de características e pneu liso.
No Norte do estado, as apreensões aconteceram em Itaperuna onde dois veículos da 1001 foram recolhidos por selo vencido; em Macaé, na 1001 (sete veículos, sendo cinco por selo vencido e dois por farol quebrado) e na Macaense (quatro por selo vencido e um por para-brisa trincado); e em Campos dos Goytacazes, onde a 1001 teve quatro carros recolhidos por selo vencido e outros dois por farol trincado, sendo este último, o mesmo motivo para apreensão de outro ônibus da Brasil.
Já no Sul Fluminense, houve registro de dois veículos da Colitur recolhidos em Paraty, por mau estado de conservação e CRLV vencido. Na Região Serrana, em Teresópolis, os fiscais do Detro recolheram três ônibus da Viação Teresópolis por iluminação inoperante e para-brisa trincado e; em Nova Friburgo, dois da Viação Teresópolis por iluminação inoperante e falta de CAT, um da Viação Brasil por falta do seguro obrigatório, dois da Natividade por falta do CAT e quatro da 1001 por iluminação inoperante, CAT vencido e falta de selo.
Por fim, no Vale do Paraíba, um ônibus da Aparecida foi infracionado em Barra Mansa por falta de adesivos obrigatórios, enquanto em Volta Redonda, três ônibus foram apreendidos das empresas Normandy, São João Baptista e Resendense por extintor vazio e um quarto da Colitur por iluminação inoperante.



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No Grande ABC, Frota de veículos cresceu cerca de 86% nos últimos 10 anos

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Trânsito caótico não é problema apenas da capital paulista. Há anos motoristas enfrentam engarrafamentos intermináveis em quase todos os municípios do ABC. Além da falta de investimentos na malha viária e em transporte público, o aumento da frota de veículos tem contribuído para o gargalo. Só nos últimos 10 anos a região ganhou mais de 663 mil veículos, segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Enquanto os sete municípios contavam com 772,6 mil veículos em 2001, no último mês de 2011 tinham 1,4 milhão de carros, caminhões e motos nas vias da região.

O município com a maior frota é São Bernardo: são 479,3 mil veículos, seguido por Santo André, com 442,5 mil, e Mauá, com 163,2 mil. Quando o cálculo leva em consideração apenas os veículos, a região contabiliza mais de um milhão de carros, 36,8 mil caminhões e 185,9 mil motos.

Segundo Humberto de Paiva, professor adjunto de Transporte e Mobilidade Urbana do Curso de Engenharia Ambiental do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da UFABC (Universidade Federal do ABC), a população cresceu 8% na região enquanto a frota aumentou 86% na última década. “O aumento da frota que está circulando nas ruas foi de 34%. Na pequena Rio Grande da Serra, a circulação aumentou 163%”, diz. O especialista afirma que os dados do Denatran indicam os veículos licenciados num determinado município e não os que estão necessariamente circulando nele.

“Se a tendência for mantida, a demanda por transporte coletivo deverá crescer em torno de 5% ao ano e a de transporte individual 3%, o que é mais acelerado do que no resto da região metropolitana e deverá exigir uma atenção maior”, alerta.

Caminhões
Para o professor, apesar de considerados os ‘vilões do trânsito’, os caminhões não são tão culpados assim. “Os caminhões são vítimas como todos os demais. Restringir a circulação deles é uma medida paliativa para recuperar parte da capacidade do sistema. Assim que os caminhões saírem os automóveis, em alguns anos, irão ocupar o seu espaço e voltaremos à estaca zero”, comenta.
O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC confirmou no começo do mês que a restrição à circulação de caminhões em algumas das principais vias da região começará em abril. A proibição está sendo esboçada desde o final do ano passado e chegou a ser adiada, a pedido das empresas de transporte da região. A proibição será aplicada entre 6h30 e 8h30, e entre 17h e 20h.

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Futuro da mobilidade paulista passa por trilhos

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Com o processo de adensamento populacional e sua inerente demanda por infraestrutura, a cidade de São Paulo segue com problemas quando o assunto é mobilidade urbana. A dinâmica da capital paulista, que completa hoje 458 anos, está apoiada em uma cultura que prioriza o automóvel e que cria, consequentemente, um maior espaço viário voltado para o trânsito de veículos privados. 
Segundo o engenheiro e ex-secretário estadual de Transportes de São Paulo, Adriano Murgel Branco, a densidade demográfica em constante crescimento gera a necessidade de investimentos em transporte coletivo. “Hoje, o transporte público responde por 55% das necessidades de mobilidade da população, e 45% são atendidas pelo transporte privado”, explica.

O engenheiro comenta a respeito dos alicerces sobre os quais foi erguido o sistema de transporte e exemplifica: “Se considerarmos que são necessários 127 automóveis para fazer o mesmo transporte que realiza um ônibus articulado fica fácil perceber o equívoco de anos dedicados ao estímulo da comercialização de carros e de descaso com a malha viária urbana. Não há espaço para tantos veículos”. Murgel demonstra com outro exemplo, ao afirmar que “os sete milhões de automóveis da cidade, colocados um diante do outro, formariam uma fila de 70 mil quilômetros”, aproximadamente duas vezes o contorno da Terra.

A instituição de corredores, um “sistema de transporte em faixas exclusivas” ou Bus Rapid Transit (BRT) é defendido pelo ex-secretário. Com fabricação no Brasil, os trólebus de última geração, seriam utilizados prioritariamente e, segundo Murgel, confeririam “eficiência, segurança, conforto, baixo nível de ruído e poluição atmosférica nula”.

Desta forma, seria possível “atender às demandas ambientais e à necessidade de um transporte confortável e atrativo para aqueles que utilizam só automóveis para locomoção”. Como modelo na capital paulista, Murgel cita, com ressalvas, o planejamento do Corredor ABD (que liga, desde 1997, São Paulo, Diadema, Mauá, São Bernardo do Campo e Santo André).

“O projeto havia sido concebido para ser 100% eletrificado e exclusivo. Com as obras não concluídas, o trecho que conecta os distritos de Jabaquara e Brooklin foi compartilhado com empresas distintas de ônibus, táxis, além da aparição de motos e carros particulares, saindo do pressuposto original de segregação”, explica.

“Ainda assim, apenas a primeira parte, que opera como previsto originalmente, implantada entre Diadema e São Paulo (zona leste), já demonstra cabalmente os resultados esperados”, complementa. Segundo pesquisa realizada pela Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP), 80% de seus usuários avaliam positivamente o corredor.

Custos

Um estudo realizado em 1998 pelo próprio engenheiro analisou o congestionamento urbano e as deficiências do transporte público e chegou a resultados que traziam prejuízos da ordem de R$ 22 bilhões todos os anos ao País. “Mais recentemente, o prof. dr. Marcos Cintra, PhD em Economia pela Universidade de Harvard e professor titular da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (Eaesp- FGV), fez cálculos semelhantes, chegando a uma avaliação de cerca de R$ 40 bilhões anuais”, completa.

Em razão do congestionamento das vias, nos horários de picos, é comum associar a superlotação dos ônibus à baixa velocidade de percurso. O especialista deixa claro que “reduzir o congestionamento, por si, permite o aumento da velocidade dos ônibus, tornando-os mais eficientes e reduzindo os seus custos”. No entanto, não basta renovar e ampliar a frota, “é preciso prever a reserva de faixas de circulação para ônibus, criando corredores exclusivos, que elevam consideravelmente a velocidade média e a oferta de transporte de alta qualidade, atraindo passageiros e reduzindo os custos operacionais”.

Há, segundo Murgel, uma ampla aceitação em nível mundial do BRT como solução para os problemas de mobilidade. “No mundo todo há uma centena de instalações desse tipo em curso e o Brasil precisa aderir a esse movimento”, conclui.

Qualidade

Gil Carvalho, diretor da Federação Internacional das Profissões Imobiliária (FIABCI/ Brasil) e representante da entidade na Câmara de Política Urbana da Associação Comercial de São Paulo, afirma que “a solução da questão da mobilidade passa, preferencialmente, pelos trilhos”.

O especialista, também professor licenciado de projetos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Belas Artes, ressalta que a cultura que prioriza o automóvel “incha as cidades com imensas frotas cumulativas”.  Carvalho foca sua explanação no fluxo diário de pessoas e em como será possível criar condições de locomoção para toda a população.

 “Diariamente, partem dois milhões de pessoas para trabalho e estudo, que saem de centros como a macrópole paulista [São Paulo, Baixada Santista e Campinas]. É essencial, portanto, oferecer infraestrutura para que essa população chegue e saia da cidade de São Paulo de maneira organizada, segura e confortável”, discorre o professor.

Para ele, o transporte público de qualidade, com baixo impacto ambiental, é a solução para muitos dos males enfrentados atualmente.

“Alternativas como os trens metropolitanos de superfície – os veículos leves sobre trilhos (VLTs) –, o metrô, os monotrilhos, o sistema BRT, ciclovias, ciclofaixas, além de corredores de ônibus movidos por fontes de energia limpa devem ser priorizados pelos gestores públicos”, enumera.

Os projetos de infraestrutura voltados à população, para o especialista em Arquitetura e Urbanismo, devem atender às premissas de qualidade aplicadas na “filosofia do morar, viver e conviver”. Carvalho compara: “Mesmo em metrópoles consagradas pela organização e eficiência como Paris, por exemplo, que tem um dos melhores sistemas de metrô do mundo, com 200 km de linhas, também tem seus dias de trânsito congestionado”, completa.

Fonte: DCI



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Cidade de Mauá-SP têm o maior bicicletário da América Latina

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A mais nova aquisição do bicicletário erguido ao lado da estação de trem de Mauá, município da região metropolitana de São Paulo, é um brechó. A pequena loja, montada nos fundos daquele que é considerado o maior estacionamento de bicicletas da América, com capacidade para pelo menos 2 mil magrelas, disponibiliza aos associados pedais, quadros, guidões e todo tipo de peças usadas. O cantinho, que ostenta um delicado gradil forjado com catracas, correias e pedivelas, tem um significado especial para a mantenedora do local, a Associação dos Condutores de Bicicletas de Mauá (Ascobike).

Responsável por uma população mensal flutuante de 1200 a 1700 ciclistas, a maioria deles trabalhadores e estudantes que usam a bicicleta como alternativa de transporte para se deslocar de casa até o trem, a entidade precisa garantir que todos tenham seu veículo em condições de uso, sempre. "Servimos gente muito humilde, normalmente da periferia aqui de Mauá, que compromete a parte do salário que iria para a condução de ônibus em outras coisas, como pão e leite para os filhos. Por isso não podemos deixar ninguém sem bicicleta para voltar pra casa", explica o ferroviário e assistente social Adílson Alcântara da Silva, de 51 anos, idealizador do projeto. Além do brechó, o bicicletário dispõe de uma oficina mecânica com preços abaixo dos praticados pelo mercado, um compressor de ar para calibrar os pneus, banheiros masculino e feminino com espelho, um kit para engraxar sapatos, um bebedouro, café quente a toda hora e um televisor. "Temos também 12 bicicletas para empréstimo." Os associados da Ascobike pagam 15 reais por mês para ter acesso ao bicicletário. Quem não é mensalista desembolsa 1 real avulso para deixar a bike ali por um dia.

Uma década
A associação completou dez anos de existência em maio deste ano e só surgiu por causa da dedicação de Adílson. Paranaense de Apucarana, o ferroviário veio criança para São Paulo, com a mãe e dois irmãos menores. Conta que teve uma vida difícil. Por falta de condições, foi entregue ao Juizado de Menores e viveu internado em instituições como a Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) até os 18 anos. Já adulto, fez bicos em padarias, pequenas fábricas e construções. E foi trabalhando como assistente de pedreiro que soube por um maquinista de um concurso da então Rede Ferroviária Federal. O ano era 1978. Com a 6ª série do Ensino Fundamental, inscreveu-se, fez o teste em duas fases e conquistou a vaga de bilheteiro: estava empregado com carteira assinada. Mas continuou trabalhando por conta. "Com os primeiros salários que recebi, montei duas bicicletarias. Naquela época, consertávamos bicicletas, de verdade. Hoje os meninos só trocam peças", brinca Adílson.

A paixão pela magrela acompanhou o ferroviário durante toda a carreira, como bilheteiro, encarregado, chefe de estação e supervisor. Adepto dos pedais como meio de transporte, ele sempre se incomodou com as bicicletas penduradas nos arredores das estações. "O pior é que eu podia colocar minha bike dentro da estação, mas os passageiros não. E, quando as bicicletas não eram roubadas ou depenadas, eu, como chefe de estação, era obrigado a apreendê-las quando estivessem obstruindo a passagem, uma tortura", lembra. Quando Adílson chegou a Mauá, em 1998, as coisas começaram a mudar. E, de tanto que insistiu, conseguiu, enfim, em 2001, montar a Ascobike em um terreno cedido pela Companhia de Trens Metropolitanos de São Paulo (CPTM).

Transporte rápido
O movimento no bicicletário não para. A Ascobike funciona 24 horas. Os primeiros associados chegam ainda de madrugada e o pico da manhã começa às 5 horas e segue intenso até pelo menos as 7. Uma fila de gente em pé ao lado da bicicleta se forma no calçadão em frente à entrada da entidade para retirada do bilhete de acesso ao local. Os funcionários da associação, todos do Programa Primeiro Emprego, que insere jovens no mercado de trabalho, checam o cadastro de cada um no computador antes de imprimir o tíquete. Os ciclistas penduram suas bicicletas nos ganchos do estacionamento e, depois de tomar um café, quase sempre apressados, caminham para a estação de trem. À tarde, o corre-corre é no sentido contrário. Levas de passageiros do trem chegam para retirar suas bikes a cada comboio que para na estação e o entra e sai é incessante.

Em Mauá, a grande vantagem da bicicleta, além da redução dos gastos com condução e dos benefícios para a saúde, é a economia de tempo para voltar para casa. Quem depende do ônibus, principalmente durante o rush, depois das 5 da tarde, horário em que as filas estão enormes, chega a esperar mais de meia hora entre a liberação de embarque e a partida do "busão". Como ali o percurso dos ciclistas dificilmente ultrapassa 6 quilômetros, pedalar é mais rápido que pegar qualquer outro transporte público. Que o diga o encanador Gildácio Santos Dias, de 37 anos. Ele trabalha na construção de um prédio na cidade de São Paulo e usa o trem durante a semana. "Levo pouco mais de 15 minutos de bicicleta da estação até em casa, é bem rápido. De ônibus, ia demorar mais", garante.

Varal de duas rodas
O sistema de ganchos para pendurar as bicicletas, hoje replicado em todos os bicicletários da CPTM, nasceu em Mauá. "Saiu da minha cabeça", orgulha-se Adílson. A solução é simples e engenhosa. Um varal de ferro de cerca de 3 metros permite a acomodação de 20 bicicletas suspensas pela roda, dez de cada lado. O segredo está na disposição dos ganchos, que apresentam alturas intercaladas, o que lhes permite ficar a apenas 30 centímetros distantes uns dos outros. Esse desenho faz com que os guidões das bicicletas ladeadas se encaixem sem atritos. Mas há também vagas horizontais, para quem tem dificuldade para erguer a própria bicicleta. Erasmo Lima, de 55 anos, usuário desde os primórdios do bicicletário, é um deles. "Tenho problema na coluna e paro minha bicicleta neste suporte aqui do chão", conta ele, apontando para sua vaga numerada. Outra solução, mais recente, é o uso de conduítes, os famosos espaguetes, na ponta dos ganchos, para proteger o aro das bikes.

A ideia dos ganchos acompanhou Adílson desde a época das bicicletarias, mas erguer a Ascobike no fim dos anos 1990 exigiu muito do então supervisor de estação e sindicalista atuante. Ele precisou fazer um empréstimo no banco e passou a pedir todo tipo de ajuda para a comunidade local. Para abrir o dia inteiro, arrumou três sócios, que se revezavam na portaria, um de manhã, outro de tarde e o terceiro à noite. Cada um ficava com 1 real dos 5 que a associação cobrava dos mensalistas. "Nos primeiros dias, tínhamos apenas uma bicicleta. O Toninho [um dos sócios] chegou a guardar a bike na banca de jornal dele." Com o tempo, a demanda aumentou e, em poucas semanas, já eram cerca de 250 bicicletas. De lá para cá, Adílson se formou assistente social, a CPTM injetou recursos no projeto para padronizar e ampliar o lugar e o número de usuários subiu. Hoje, existem mais de 10 mil nomes no cadastro da Ascobike, embora o número de associados regulares, que têm gancho numerado no bicicletário, seja menor. Adílson contabiliza muitas inadimplências e exige da oficina descontos de pai para filho no remendo de câmaras, na troca de sapatas de freio e na compra de peças novas ou usadas, mas garante que vale a pena, por um motivo muito simples: "Não estamos preocupados com as bicicletas e sim com a pessoa sentada no selim".

Reportagem: Giuliano Agmont
Fonte: Vida Simples


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